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não res olvem to talmente o problema do cliente. O cult o ao s Orixás perd eu,
no decorrer dos séculos, grande parte de seus fundamentos principai s em
decorrência da insegurança de seus maiores sacerdotes, insegurança
revelada na pr efe rência de l evar par a a sepultur a os seus co nhecimento s à
transmití- los ao s se us se g uidores. Não podemo s permiti r que tal fato
continue a esvaziar os no sso s fundament os religios os , eles são precioso s
demais para serem perdidos, enterrados junto com este ou aquele sacerdote
que, po r vaidade o u usura, negue-se a transmití -los , o q ue ass egurar ia a
co ntinui dade do Axé em total int egridade. A velha respos ta que t o do s o s
iniciad os no culto c ertamente fartar am-se de o uvir: "Ainda é muito ce do prá v
os micê saber essas coisas!"- Não é mais cabí vel, não é mais aceita, na
medida em que pesso as mais e mais es clarecidas, optam por noss as
práticas religi osas e co mpreendem perf eitamente que, para o saber , não
existe hora certa nem li mites. Par a faz er sim, é ne ces sário que se e steja
Dice Ifá Rec ebemos de Orunm ilá, atr avés de deter mina ção de nos so s O dus
pesso ais, a missão de transm it ir os ensinament os que dev erão ser
preservad os pelas ger açõe s futura s, não mais oralm e nte co mo se f azia até
bem pouco tempo, mas es critos e publicad os para que não s e per cam e
para que estejam ao alcanc e de todo s que deles po ss am tirar proveito. De u
ma maneira muito mágica, Orunmilá no s deu provas de suas intençõe s de
ver seu culto ampl amente pr opagado. Sempre que alg uma info rmação no s é
sonegada por pessoas mal intencio nadas acaba, inusitadamente,
chegand o às no ssas mãos por via s inesperad as e que inv a riavelmente,
transfo rmam-se em mananciai s inesgo táveis de co nheciment o. As rezas o u
saudaçõe s não podem se r traduzidas em deco rrência da degener ação de
grande parte das pal av ras nelas co ntidas, influenc iadas que fo ram pelo
idioma espanhol f alado e m Cuba, noss a principa l fo nte de informações e
único país das Américas onde o culto a Orunmilá fo i mantido quase de
fo rma integral em r elação ao praticado na África. Esperamos estar co l
aborando de sta fo rma par a a divul gação de toda uma prática r eligiosa que,
diferent e do que pensam seus inimigos, é pautada em co nheciment os
filosó fico s e eso téricos, c omo p oderão comprovar nos so s leit ores. Seri a
fundament al, q ue cada um pu desse co nhecer o se u Odu pesso al o que,
afirmamos co m absoluta cert eza, só é po ssível at ravés de uma co nsult a ao
Orácul o de Ifá e nunca atr avés de contas o nde se so mam os númer os
relativos à da ta do nasc imento de c ada um. Pági na 3 de 633
Dice Ifá
PART E I I I I I I I I I EJIOG BE REZ A DO ODU EJIOG BE: Baba Ejio gbe alale kun
mo ni lekun, o kó ayá lalá, omo dú aboxun, o mó eni ko xé ileké r ixí kamu, il eké
om ó lo rí adifafun ala aporo timbabeledi agogo . Ejiogbe é o primeiro Odu-I fá e
assinala o início de tudo. É um Odu masculino que deu o rigem às águas, às
Dice Ifá Ass inala p erseguição de um Egun de Omolú. A pesso a deve tomar
sete banho s co m fo lhas d e br inco-de-p rinces a (Fuchsia int egriofo lia, Camb.)
e à no ite, numa pr aia qual quer , of erecer frutas às águas do mar para que
seus caminh os de triunfo se jam ab ertos . A s pesso as deste Odu devem
sacrificar e enterr ar sete pombo s em lo cais diferentes da cidade onde vivem
e o ferecer um par go f resco à cabeça. Os fi lhos de Eji ogbe, de do is em dois
meses, devem oferecer adi é e pano estampad o à sua cabeça. Refrescar a
cab eça c om á gua na qual se quino u as pétalas de uma ros a branca gr ande
co m uma pitadinha de efun. Devem ac ender uma lampari na a Obatalá num
prato bra nco, com ovo de pombo, azeite de amêndoa, o ri-da-co sta e
Dice Ifá 10 Segundo ebó : Um pinto; uma moringa de omi ; uma cabaça; uma
abóbo ra. Terceiro e bó: Um bo de, uma adié , pano, um a frigi deira de barro,
uma caba ça, dezes seis pombo s e dezes se is palmos de pano br anco.
(Leva-se ao lo cal determi nado pelo jogo e depo is vai-s e para casa). 11
mais, jamais três mulheres. (Na Áfr ica a po ligami a é permitida aos hom ens).
Este Odu ensi na que a coroa de Olofi n é co mposta de dezess eis penas de e
kodidé, porque era desta fo rma que homenage ava sua própria cabeça. I ndica
que existe a lguém que só fala co m a pess oa para i nteirar-se de s ua vida.
Fala da mar ipos a que qu eima as as as po r querer voar antes da ho ra. Na
guerra de Okuté contra os Orixás, O xós s i captura- o por se r de justiça; Oxun o
sentencia e Ogun o mata. 10 - Água. 11 - Galinha. Página 6 de 633
Dice Ifá O awo des te Odu r ece be Olo fin no primeir o ano de sua iniciação e
durante este tempo é aco mpanhado po r ele. É acompanhado por Orunmilá
durante os primeiros s ete ano s e dep o is é visitad o a cada quarenta e um
dias. Nes te Odu se determina que a co mida de O lofin, nas co nsagraçõ es de
Ifá, é of erecida no se xto dia e, lo go que termina a cerimônia, deve se r
retirada do quarto de Ifá. O Awo des te Odu não pode praticar sexo o ral nem
sexo anal com suas mulheres. Não pode manter r elações sexuais às sextas
feiras. Os Awo q ue têm Oduduwa não po dem permiti r que, dur ante o ato
sexual, a mulher fi que po r cima dele, so b pena de fi car impotente. Neste Odu
se lava as vistas do Awo co m om i p ara que não fique cego e, para isto,
existe uma cerimônia espec ífica. Neste Odu os fil hos de Obatalá não po dem
prat icar br uxaria, so b pena de s ofrerem grav es puniçõe s. IT ANS DE EJI OGB E
1 - Da disputa entre t rês caminho s, T erra, Pr aça e Água, pelo desejo de ser o
mais impo rtante, Ajá, que serviu de intermediad or lhes diss e: "Lutam po r
simples prazer , pois ne nhum dos três é mais impo rtante que os demais .
Desta forma, é n ece ssário que se unam e viv am em paz. Se a Água não cair
so bre a Terr a, esta não produzi rá seus f rutos e a praça perd erá a sua
utilidade que é a de servir co mo lo cal de com erci ali zaç ão do s frutos da
Terra. Vivam em paz, o s três têm a mes ma importância! " Assim, o s três
caminh os fizeram as pazes e, agrad ecida, Terr a disse ao cão: "Por mais
distant e q ue vás de tua casa, jamais te perder ás, po is se mpre te servir ei de
orientação !" A Praça fa lou: "Quando sentires fo me e nada tiver es para
co mer, vem a mim! Se mpre reservar ei para t i algum ali mento , nem que se ja
um simples o ss o!" Água sentencio u: "Estare i sempre di spo nível p ara mat ar a
tua sede e mes mo que caias em meu leit o, jama is p erecerá s afo gado, pois
eu me sma te ajudar ei a nadar e a livrar -te do perigo!" E as sim, Terra, Água e
Praça, se tornaram os maio res amigos do cão . Este itan d etermina, p ara
quem vai viajar, que se f aça um ebó co mpos to de: Dois galos , duas galinhas,
terr a de cemitério, terra de uma enc ruzilhada de tr ês caminho s; terra da
floresta, da mo ntanha, d o fundo do rio, pó de preá, pó de peixe, epô, banha
de orí, efun, milho e muitas mo edas. Página 7 de 633
Dice Ifá 2 - Um filho de Oxó ss i, que saía em expedi ção de caça, co nsultou
Ifá e lhe s urgiu Ejiogbe qu e lhe recome ndou que fi ze sse um ebó c om todos
os ovo s de gali nha que t ivesse em s u a casa, para evi tar que fo sse
capturad o po r Ikú. O ho mem não fez o e bó e, dias depois de inter nar-se na
flo resta, sem haver co nseguido abater qual quer caça, deparou co m Ikú que,
disfarçado, se propôs a acompanhá-lo na caçada. Depois de caminharem
lado a lad o enco ntraram dois o vos da ave alak asó , que o caçador se propôs
a divi dir co m Ikú, um pa ra cada um. I kú, no e ntanto, disse ao ho mem: "Podes
ficar com o s dois o vos, este não é o meu aliment o!" Retornan do à sua casa,
o caçador coz inhou os dois o vos de alak asó e deu-os de comer a seus
filhos . Horas depois Ikú aparece u e, batendo na porta, diss e: "Venho buscar
a minha par te pois tenho fo me e nada enc ontrei para comer ." O h o mem
então res pondeu: " Ai de mim! Dei os o vos de alakasó para meus fil ho s e
agora na da tenho para of erecer-t e..." Se m s equer es perar pelo final d a
explicação , Ikú, imedia tamente, devorou o ho mem e s eus do is filhos . 13 13 -
Pássaro que se alimenta d as parasit as do gado bovino, co rrespo nde,
provavelme nte, a uma ave negra co nhecida co mo "anu" no Brasil. Página 8
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Dice Ifá 3 - Orunmilá não tinha onde viver e, em todo s o s loc ais em que
chegava, acabava send o escorraçado. Um dia, em companhia de Oxun, saiu
em bus ca de um lugar onde pudes s e fixar-se defi nitivamente. Chegando à
beira da praia avistaram uma grande baleia que tentava devorar alguns
macaos . Agradecid os , o s macao s o fereceram seus caracói s à Orunmilá
para que pudess em s ervir-lhe de mo radia. Os filhos de Ejiogbe devem po s
suir d ois c aracóis de macao, c arregados co m: ter ra do so lo de sua c asa, pó
de chifr e , o bí, o rogbo, o uro, pr ata, p ó de ekú , pó de ejá, epô , agbad o , fo lhas
de Ejiogbe, areia do mar . Estes c aracóis, depo is de pr ontos , permanecem
dentro do igbáOrunmilá. 15 14 4 - Olofin queria abandonar a Terra e, para tal,
so licitou a ajuda de Orunmil á. Sa bendo da pretensão de Olo fin, Ikú,
so licitamente, aprese ntou-se para ajud ar Orunmi lá e m sua tarefa. Sem po der
discrimi nar qual quer de seus filhos , Olo fin reso lveu sub mete-los à uma
prova, para saber qual dos dois, Orunmilá ou Ikú, ir ia ajudá- lo na viagem de
volta ao Orun 16 e deter minou que, aquele que co nseguiss e pass ar três dias
inteiros se m tomar qual que r alimento, se ria seu aco mpanhante. No s egundo
dia de teste, Orunmilá, at ormentado pela fo me, enc ontrava-se s entado à
porta de sua c asa quando Exú, que servia de fi sc al da di sputa, aproximou-se
e disse: "Tens fo me?" Ao que Orunmi lá respo ndeu: " Sim, esto u quase
desf alecendo de tanta fome !" 14 - Espécie de les ma marinha q ue utili za-se de
Dice Ifá "Por q ue então, não c omemo s alguma coisa? Também estou
famint o!" "Mas es tou sendo subm etid o a uma pr ova e não po sso co mer at é
que se pas sem três dias. " Respo ndeu Orunmilá. "Não te preo cupes , deixa q ue
eu m e e ncarrego de providenciar t udo e não advirá nenhum pr oblema. " Exú
abateu um galo e duas galin has, temper ou, co zinhou e co meu na co mpanh
ia de Orun milá. Depois, recolheu tud o o que so brou e, s em deix ar o meno r
vestí gio, e nterrou num local o nde se jo gava o lixo. Pouco depois chego u Ikú
que, também atormen tado pela fo me, f oi proc urar na lixeira al guma co isa
que pudesse aliviar seu to r mento e , enco ntrando o s resto s que Exú hav ia
Dice Ifá II - EXÚ OBAS IN-LAYÊ: Este Elegba ra é cultuado so bre uma traves sa
ou assadeira de barr o, local onde recebe seus sacrifícios. Este Exú é
esc ravo de Oduduw a e vive dentro de uma cabaça que se co loca dentro de
um alguidar . Arranja-se um c aramujo ajê f olhas de O batalá, des te Odu e de
Exú. Constr ói-se uma b ase de ciment o, c omo se fo sse um pé, o nde o
caramujo deverá fi car apoiado e enf eita-se e sta base co m 21 búzios . (A base
é f eita di retamente no c aramuj o, de f orma que fi que presa a ele). D entro da
cabaça coloca -se a carga que é composta de: Pimenta-da-costa, cabeça de
co dorna, terr a de lix eira , t erra de ce mitério; pó de casc a de ovo de galinha;
pó de casca de o vo de pomba; tr ês i ki ns; miçanga s das co res de t odo s o s
Orixás; cabeça e pés de pombo; pó de ekú e de peixe; vi n te e um grãos de
milho; vint e e um atarés; vint e e uma fo rmigas saúva; um beso uro; pe
dacinhos das raí ze s de ewe o rije ( Vitex Doniana) ; aroeira (Schinus mo lle,
Lin.); ameixeira (Prunus domestica, Lin.); erva-de-passarinho (Planta da família
das lora ntáceas que parasitam as árvores); fo lha do fo go (Fleurya cuneata.
A. Rich. Wedd. ); ewe e gweniyé (Par tenium hysteropho rus), cardo-santo;
pata-de-galinha (Eleusine ind ica. L. Gaerth.); pega-pinto; iroko; choupo;
algodão ; bredo-b ranco e bambu. Pedaços de madeir a de amansaguapo
(Kunino); vence-demanda; um po uco da ramag em resultant e da poda de
qualquer árvore e c edro. 22 d o m aior tamanho po ss ível e lav a-se co m o mieró
23 de Rez a deste Exú: Oxebil i, Exú Obasin- Laye, O xe Omo lú laroke Ogbe-Sá,
laroyê ! 22 - Car amujo m arinho grande, s ímbolo do Orixá da riq uez a (Aje
Xaluga). 23 - Água lust ral preparada ritualísticamente com a maceração de
fo lhas litúr gicas. Página 11 de 633
Dice Ifá
III - EXÚ AGABANIKPE Este Exú fica dentro de dois alguidares emborcados.
Ingrediente s: T erra de quintal ; terra reco lhida das so las dos sapatos da
a cabaça co m os un, uma branca par a a cabaça co m efun e uma preta par a a
cabaça co m carvã o. Depois c olo ca-se as cabaças junto à Elegb ara, o nde
deverão permane ce r para sempre. 6 - P ARA PRO BLEMAS DE SAÚDE. Este
trabalho s ó po derá ser feito s e Ejiogbe vier i ndican do Ir e axegun o tá ou Ir e
ajê . Dar borí na pess oa co m uma galinha br anca e o utra carij ó. Se f or filho
de Xangô, substituem-se as galinhas por duas codornas, que serão puxad as
so bre o o rí, se ndo que o ejé deverá co rrer direto do o rí para o igbá- Xangô. 28
- Inimigos pe ss oais ou negativ idades do própri o co rpo. 29 - Espíritos
maléfico s liga dos à magia negra. 30 - Tabuleiro de madeira usado nas
cons ultas ao Orácul o Ifá. 31 P ó utilizado na mar cação dos signos s obre o
opo n. 32 - Vitóri a so bre os inimigos o u um b em r elacionado ao dinheiro. 32
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Dice Ifá 7 - PARA QUE EXÚ TRABALHE. Pega-se uma cabaça dentro da qual
se co loca água, 16 q uiabo s picad os em pedaços bem pequeninos e
iyeros un. Mexe-se com a ponta do irof á se o co nteúd o so bre Exú, par a que
desperte e trabalhe. 33 enquanto se reza Ejiogbe. Derr ama8 - P ARA
Dice Ifá EBÓ DE EJIOGBE PARA SEREM FEITOS TRÊS NO MESMO DIA. I - Às
seis da manhã: Passar uma fra ng a no co rpo, tomar ban ho de amasí feito
com as s eguintes fo lhas: cer ejeir a, marp a cífico , cho upo, romã, aroeir a e
alfavaca. Despachar as roupas num rio. I I - Às 12 hs.: Franga pr eta, um pano
preto, o tí, duas velas. M arca-se Ejiogbe no op on, sacrifica-se a franga,
embrulha-se no pano pr eto co m o iyerosun do o pon e de ixa- se ao s pés de
Elegbar a. Banhar- se co m o mieró de esc ova-amarga, quebr a-pedras e p a raíso
(Melia az ederac h. Lin.). III - Às 19 hs .: Franga branca, eran malú e no ve
pedaços de panos de co res div ersas. C orta-se a carne em 9 pedacinhos e
faz-se uma tr ouxinha com o s pedaços d e pano de diferent es c ores. As
trouxinhas são amarradas na pata esquerda da franga que, em s eguida, é
of erecida a E legbara. Despacha-se tudo no loca l determinad o pe lo jogo .
Dice Ifá
Indica que o cons ulent e não fo i criado pelo próprio pai. Prenuncia, caso o
pai do cl ient e se ja vivo, sua mo rte no prazo de um ano. Prenunci a que o
co nsulente s ó mo rre rá em idad e avançada. É preciso c uidar de Orix á e de
Egun para que a vida tr ansc orra co m to tal tranqüil idade. É nece ss ário
dominar o próprio gênio. Para evitar co mplicaçõe s, não dis a com ninguém.
Cuidado co m problemas judiciai s gerados e m papéis de srcem duv idosa o u
escusa. Denuncia problemas do estômago e do sistema circulatório. A
pesso a proc ur a um cônjuge de boa índ ole, mas não o enco ntra. Vive-se
rodead o de ini migos e pess oas invejosas . As mulher es deste s igno gostam
de homens mais jovens que elas. Nest e Ifá fala o bo de: A p esso a não tem
casa. Tem suo r de cheir o ativo. Suas digestões são len tas e difícei s. Não
deve tomar muit os líquidos durante as r efe içõ es. Está sempre reclamando
de alguma coisa. Dorme pouco e é muito nervosa. É preciso tocar a testa,
todo s o s di as, co m o alfanje de Oxun. E nsina que a ur ina poss ui a virtude de
desmanchar fei tiços da mesma forma que elimina as impurezas do
organi smo . É preciso que se esc ovem o s dentes com muita co nstânci a e
que se lave a boca s empre que com er alguma co isa para manter a saúde do s
dentes. Aqui Oxun não co nseguia enc ontrar A ganjú que havia se enterrad o
numa cavidade da terra. Quando o encontrou, saudou-o com a seguinte c
antiga: Eda efo n xuro mi, O run eda, ewe eda efo n Aganjú k awo. Oso woro
mo bo s odoro m i yare Iyalode. Pág ina 18 d e 633
oxibatá, que serão s ubstituí das por fo lhas de sapo ti. SEGURANÇA PEL OS
CAMINHOS DE OG BEYEKU. Oferece -se à O sain, um eiyelé pintado, no ve peix
es fresco s pequenos. Separ a-se a cabeça do pombo e os nove peix inhos,
torra-se e f az -se pó que dev e se r misturado às f olhas e sementes de s apoti,
iyerosun rezado de O gbeyeku e um pitirre e e stá pronto o Inxé. EXÚ EM ERE.
Terra de casa, terra d e ce mitério, terra de encruzilhada, sete se mentes de
aberé, pó de cabeç a de galo e de ajapá , obí, oro gbo e três ikins. 38 37 se co
de Os ain, mistura- se tudo 37 - Pássaro muito popular em Cuba. C abeça,
pesco ço, pés, bico e asas brancas; peit o e b arr iga brancos . (T yrannus
Magniros tris). Semelhante ao pardal, mas de tamanho me no r. 38 - Cág ado -
jabotí. Página 19 de 633
Dice Ifá M istura-se tudo e, prepar ada a mass a, mo dela-se o ori do Exú, que
deve ser adornad o com muitas co ntas e búzios. Este Exú chegou a Te rra
cuidado co m um home m que vai enga ná-l a e que depois não irá assum ir
compromisso, deixando-a em total desespero. Avisa q ue é necessário ficar
atento para uma situação pela qual se es tá passando e que trar á muito
aborr ecimento e vergonha. O homem não pode co m a mulher , não atend e às
suas necessidad es em nenhum aspecto. A soberba deve ser dominada para
que não leve à pe rdição . Existe a lg uém tentando um envo lvimento
sentimental. E vite deixar- se levar, po is, po r trás di ss o, existe ape nas uma
intenção de vin gança. Não use, nunca, roupas negra s. Não z ombe de p
esso as velhas. Não lance pra gas o u mald ições. É preciso ter mais calma e
paciência e não se deses perar tanto diante das adver sidades. 39 o 39 -
Iniciação dada às mulheres no culto de O runmilá. Pági na 21 de 633
Dice Ifá
Não ace ite troc ar chap éus o u bonés co m ning uém, pois é por aí q ue podem
lhe fazer um feiti ço . necessári o que se tenha cuid ado co m os sistemas de
freios de qualq uer tipo de máquin a para não so frer um acidente. A pesso a
está presa a uma deter minada sit uação incôm oda de que gos taria de se
livrar, mas não está so zinha nes ta questão. Di ss e Ifá: "Mais que eu não há
quem veja!" Nes te Odu nasce u o po der da bruxaria so bre a existência
humana . Nasc eu o juramento e a ligação de Os ain com o ferro em terr as
Mandinga. Nasc eram as "fi r mas" dos c olares de O rixá e, por isso , deve-se
usar um colar d e Obatal á co nfeccionad o só co m firmas. Se a mãe do Awo
fo r viva, sempre que este fi ze r ebó, tem que faz er ta mbém para ela. Se f or
morta, d eve o ferecer dua s gali nhas ao Egun. A pesso a não tem s o ssego na
vida e deve sabe r o que Xangô deseja para ajudá- la. Aqui nasceu a planta "
abre-cami nho" F oi por es te Odu, que Oxu n roubou o opo nifá, o okpele, o
iyerosun e o eruker é 40 de Orunmilá. Deve-se co locar um tabuleir inho, um
okpele e um poti nho co m iyer os un, co bertos co m um pano amar elo, junto
ao igbá-Oxun. Quando surgir em ire 41 deve-se agradar Iyá Tobí. 42 Um
afilhado que tenha es te Odu poderá roubar- lhe um ass entamento o u o o kutá
Dice Ifá IT AN DE OGB EIWORI. Quando Orunmil á se queixava por não po ss uir
uma mulher , surgiu- lh e Ogbeiworí que lhe disse: "Faz ebó co m duas galinhas
pretas e uma ces ta de mand ioca e terás uma mulher como co mpanheira
durante todo o deco rrer deste ano. " Feito o e bó , Orunmilá recebeu a
orientação de plantar uma roça de mandio ca, o que tratou lo go de f a ze r.
Quando a mandioca es tava no ponto de ser co lhida, Orun milá no tou que
alguém est ava r oubando sua produção e, para pegar o ladrão, pô s-se de
guarda. Um di a, durante a vi gia, viu quand o duas jo vens e ntraram em s ua
plantação e co meçaram a co lher algumas raíze s. Surpr eendidas em
flagr ante, as moças come çara m a cho rar e, pedind o perdão, diziam q ue não
eram lad ras, mas que fo ram levadas a co meter o delit o po r não terem o que
com er. Condoído, Orunmilá lhes disse: "Tudo bem, vou perdoá-las, mas com
a co ndição de que não vo ltem a roubar , pois e stas mandi oc as fo ram
plantadas por ordem de Ifá, par a que e u poss a co nseguir uma mulher co mo
co mpanheira. " "Se é verdade que você nos perdoa" disseram as jo vens -
"preferimos unir- nos a você em vez de sermos co nsider adas co mo larápias.
Então, Orunmilá tomou-as como esposas. Existem duas amigas que têm que
rece ber Ak ofá para que não tragam d esgraças nem vergonha a s eus pais.
TRABALHOS DIVERSOS INDICADOS EM OGBEIWORI. 1 - PARA TIRAR
NEGAT IVIDADE: Pega- se um cabaça grande, abre-se pelo meio no sentido
horizo ntal, mar ca-se Obgbeiwori no interior e colo ca-se dentro, um papel,
onde se escreveu todas as dificuldades po rque se está passando.
Colo ca-se, po r cima do papel, uma tig elinha d e barro c om um ekó 43 e se
Dice Ifá 2 - PARA S AIR DE DIFICULDADES FINANCEI RAS . Sac rifica-se quatro
eiyelé dentr o de um a tigela e se c oloca s obre elas oti- funf un. Se para-se as
cabeças de dois po mbos nu ma ti gela e se co loca em Elegbar a. As o utras
duas, no utra tigela, co loca-se e m O runmil á, pedindo o que se des eja obter . 3
- PARA QUAL QUER T IPO DE IRE. Dá-se, ao Ori, um eiyelé f unfun e uma
adié-funf un . O e iyelé é para a so rte que fica na frente e a adié é para a morte
que fica para t rás. Faz-se sarayeye co m o s bicho s antes de s acrificá-los
so bre o Ori d o c liente e, depo is do sac rifício, dá-se bo rí na pess oa. 44 4 -
PARA PESSOA CURIOSA E ABELHUDA. (Não é para tirar estes defeitos da
tabatinga (este, norte, o este e sul). Faz-se a s eguinte reza: Orun epa porun
Baba wá lo loni Baba li anwá k aribó m ode lo O iyá ko si Ikú lo O iyá mode itá; ko
si ni itá i ile; ko s i arun ni ile Okunin ariri imeo odiguwere; edi eri eri nake. Em
seguid a dão-se vo ltas c om as f olhas de banan eira, co mplet amente cobertas
de efun. Sac rifica-se um po mbo branco e um po mbo preto s em deixar cair
sangue nas bo las de tabatinga. Arriam-se tudo ao lado. Fica- se de frente para
as fo lhas de bananei ra, passam-se cada um dos ingredientes no co rpo e
vai-se arria ndo s obre elas. Pega- se os bichos , passa-se no co rpo e
sacrifica-se a galinha à fo lha da dir eita, o po mbo à do meio e a etú à da
esquerda. Pega- se a bola de tabatinga q ue está na part e no rte do círculo e
colo ca-se no fo lha do meio; a bola do sul é colo ca da no fo lha da esquer da
e, a do o este, no fo lha da direita. A bola que so brar (a do Es te), é co loc ada na
po rta da pes so a co ntra quem s e e stá lutando no fe itiço. N I I I I I I I I II II II II II II
II I I I I I I I I II II II I I I I I I I I O ------------------------------------------------------------------------------------------------
L II I II I I I I I I I I I I I II I I S II II II II II II II II II I I I I I II I I I I I Página 25 de 633
Dice Ifá S EGURANÇA D EST E ODU. O ventre e a cabeça de uma f ormiga bem
grande; a placenta de um a cr iança do se xo mas culino; terr a recolhido do s
lados les te e oe ste de um fo rmigu eiro; cuaba-br anca; três atar és; o bí; poeira
reco lhida de um r emo inho provo cado pe lo v ento; raiz de es pora-d e-cavaleir o
; raspa de chifre de boi. Coloc a-se tudo dentr o de um a panela de bar ro,
cobre- se com tabatinga, enfeita- se co m co ntas de div ers as co res.
Sacrifica-se, em cima, uma codorna e um etú e sopra-se vinho seco. (Come
etú e a paro ). 47 47 - Codo rna. Página 26 de 633
Dice Ifá I I I I I OGBEDI I I I I I REZA DE OG BEDI. Ogbe di Kaka, O gbedi Lele, ada
xaxá asik o ebana adifafun ati Ogun t inxo o ka mamá okpa marun elebó.
Neste O du Xangô garante, grat uitamente, a sua proteção . Para que os Awo
deste Odu não fi q uem impotentes têm que prati car sexo c om s uas mulheres
quando estiverem menstruad as. Neste Odu nasce u o hábito de piscar os
olhos para mante- los s empre úmidos. Nasce ram os maus desejos entre as
Dice Ifá É o Odu enc arregado de despe rtar Orunmil á. As filhas de hia de um
Dice Ifá Agrad eça ao espírit o de s eu pai e reze s empre para ele. Se f or vivo,
mo stre-se s empr e gr ato po r tudo o que fez na vida por você . É preciso ter
muito cuidado co m as vist as. A incr edulid ade po de cus tar-lhe a pró pria vida.
Agrade se mpre a Exú. Exú se divert e e ri de se us problemas . Existe alguém
que, com a intenção de prejud icá-lo, só lhe faz o bem. N ão f aça mal a
ninguém, pois isto s erá a sua desgraça. Ev ite banhos de mar , po is é ali que
sua vida corre gr ande ri sco . Muita co nfus ão e des entendimento em cas a.
Para qu e haja pr osperidad e em sua vida é preciso cuidar d e o utro Orixá que
não é o seu. A p esso a é filha de Santo ho mem, mas de homem tem muit o
pouco. Se for mulher pode ser lésbi ca ou ter tendências para o lesbianismo.
Se não fo r lésbica, pode s er infiel, e isto p oderá signifi car a sua mo rte. Aqui
Obatalá lançou uma maldição dizendo : "Aquele que me fi z er algum mal, a
mim, que não faç o mal à ninguém, fi cará cego para sempre. " A pess oa so fre
obse ssão e persegui ção de Egu ns. Tem que faze r ebó para afast ar estes
Eguns, e depo is, d ese nvolver um tr abalho es piritual para que não voltem a
perturbar. Este Odu prenun cia pranto irremediável. O Awo deste Odu tem o
dom de a divinhação pela revelação de Egun. Página 31 d e 633
Dice Ifá IT ANS DE OG BEROS O. 1 - Uma filha de Olo dumare, mulher de muita
beleza, fo i à pra ça e m busca de uma aventur a amoros a e, desta forma, tr aiu
quem lhe amava. 2 - Naquele tempo as baratas não enxergavam e Orunmil á
mandou que fi ze ss em ebó para ad quirirem visão . Feito o ebó , nasce ram-lhe
s o s o lhos e elas puderam ver . Depo is, Orun milá determi nou-lhes o utro e bó
para que os macho s e as fêmeas não se vestissem da mesma fo rma. E elas
não obedeceram. No dia em que Olodumare reuniu diante de si todos os
animais, as baratas passaram por uma grande ver gonha, pois O lodumare
não po dia di sti nguir os machos das fêmeas, uma vez que todos estavam
Dice Ifá 3 - P ARA T IRAR FEIT IÇO DE DENT RO DE CASA. Na po rta da rua, na
parte de dentro, des e nha-se co m efun, por três veze s, da direi ta para a
esquerd a, o signo de Ogber os o e , so bre eles, f az-se tr ês cruzes . Colo ca-se
no me io de cada cruz uma quart inha co m água que devem ser esvaz iadas,
uma po r dia. (A água é jo gada na rua) . No terceiro di a, depo is de des pachada
a água da úl tima quartinha, co loc a-se, so bre cada mar ca do s igno, um
pouco de pó de ekú e de ejá, um p ouco de epô e um punhado de mil ho.
Passa- se um po mbo bran co nas pesso as da casa e no Awo, e puxa -se,
deixando o ejé co rrer so bre o s s ignos marcados atrás da porta. Com o ejé,
faz -se uma cruz na par te de dentr o da po rta, passa-se, em cima, um pou co
de mel e se co bre co m penas do po mbo s acrifi cado, deixan do ass im
durante mais três dias. No terceiro dia limpa- se tudo e s e la va co m o mi tutu
um rio. 55 e se despacha nas águas de 4 - PARA ALIVIAR QUALQUER TIPO DE
SIT UAÇÃO DESAGRADÁ VEL. Coloc a-se, atrás da po rta fe cha da, o
igba-Oxó ss i. Ao se u lado, arr ia-se um prato co m uma vela acesa no meio .
Marc a-se Ogber os o no chão, reza-se o Odu e se dá co co e água fresca a
Oxós si, em cima do s ig no. Sacrifi ca-se um eyele so bre o igbá. Abre-se, co m
uma faqui nha, o co rpo do po mb o do peito par a baix o, até o anus. Coloca-se
o ará abert o s obre Oxó ss i e se pergunta p ara onde s erá levad o e de que
fo rma será despachado . EXÚ WONKE. Este é o Exú da mentira, tem tr ês caras
e leva uma carga diferente para cada uma delas. Carga da primeira cara:
Marfim; chifre de boi; o bí; orogbo ; os un; espo r a de galo; iyerosun e
dente-de-leão (folha). 55 - Água fresca. Página 33 de 633
Dice Ifá Carga da segunda cara: Raspa de chifre de boi; co co sec o; obí;
oro gbo; o sun; 7 grãos de fe ijão; 7 gr ão s de atar é; 7 pimentas- da-china; fo lhas
de co pey (Cl usia ros ea. Jacq .) . Carga da terceira cara: Azo ugue; areia do
mar; terr a preta; terr a reco lhida de q uatro c aminhos diferentes. As cabeç as
são mo ntadas dentr o de um cas co de ajapá que lev a, dent ro, um o tá de rio.
Modela-se um s ó vulto c om três c aras, uma para cada l ado. En feita- se tudo
Este Odu assinal a projet os sem c onsistência e que s e tra nsfo rmam em
Dice Ifá I I II I II I II I OGBEBAR A REZ A DE OG BEBARA. Didun nixe uiye bigbe niti
o kuru lema ixe unjé lese lokun, ekú ade niá ré wale adi faf un o xere igb eti
iyegba oma o ja fi Ogbematuxe gegere axe ese de won ni ko eru, ekú, ejá lebe,
igbín meji lebe. Aj asa me ji lebe, os adie meji ebe, akukó, adie lebe e gbejie
legun. Ow o lebe, O rixaniyan oxere iugbe os uebe Ifá eiyalexe o we kan t abi
afexe, kanki aru ebeki Orun k ima pade aje nibe. Este é um Odu que traz traição
para seus filhos . Aqui os ministr os diss eram ao rei que deveri a sac rificar
seu primogênito para salvar seu próprio povo, mas tudo não passava de uma
trama par a destruí- lo. A pess oa tem que rec eber Olo kun, cuja talha tem que
ser tr ocada todo ano. Deve estar sempr e atento ao s problemas dos
familiar es. Não deve o stentar sua sabedoria, pois isto lhe traz inimigos
poderosos. Sofre dos ou vidos. Deve ter cuidado porque pode ser grave. Aqui
Dice Ifá
uma gali nha branca à sua cabeç a e um cabrit o para Os ain. Obatalá fez o ebó
e ficou mu ito ri co co m seus negócios . Ifá indi ca este ebó , para ab rir os
caminho s de negó cio s e de dinheir o para os filhos de O gbebara. Página 38
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do tra b alho dent ro dos dois bonec os ; co loca-se a rat oe ira e o of á dia nte de
Elegbar a; os bone co s ao lado; arr uma-se as frutas num algui dar co m a
fruta-pão no centro; s acr ifica-se o f rango dando ejebale em cima de
Elegbar a, da ra toeir a e do of á. Os bone c os , o of á e a ratoeir a, perma necem
em Elegbara par a sem pre. O resto é des pachado nu m rio de águas limpas. II -
EBÓ DO ODU PARA IRE. Dois ajapá; do is akukó; duas frangas; duas galinhas
brancas que já tenham posto ovo s; do is igb ín; um ekú ; um ejá tutu e opo lopo
owo . Tudo é dado a El egbara e faz -se a reza de Ogbebara. 59 59 - Muito
dinheiro. Página 39 de 633
Dice Ifá III III III I I OG BEKANA R EZA DE O GB EKANA Ogbe kana, Ogbe karan,
lodafun Obatalá, lodafun Xangô ni moti alamo n i al akosi mo ni jeun Ogun
Babare. Orunmilá Lorubo. A pess oa deste Odu tem que faze r Ifá, po is fo i
neste signo que nasceram os segred o s do opo nifá e do e rukeré. Orunmilá
não permit e que a pesso a tenha ocupaçõ es prof anas. D eve se dedicar
inteiramente a Ifá, pois Ogbekana é Babalaw o nato. Este Odu é que reso lve p
roblemas de trabal ho . Coloca-se um c avalinho de brinquedo no Igbá de seu
Orixá. Fala de t étano. Cuid ado co m co rtes e f erimentos diversos . A pesso a
gos ta de mastur barse. A mulher t em que faz er ebó para que o mal não
penetr e em se us ó rgãos genit ais pr ovo c ando abortos. O homem, s e a
mulher o abandonar , não deve ir atrás dela. E ste é o os ogb o e a princip al
interdição deste O du. Aqui fala Oduduwa que, por s e deixar dominar p or
Ejiogbe, terminou se ndo aprisionada. Não s e deixe dominar por ning uém para
não fica r desmo ralizado . Não se dá abri go, e m casa, a animais enf ermos .
Não s e abriga ninguém em cas a para não ser prejudi cado. Te m que vestir- se
de branco. Na roupa branca es tá su a fe licidade. Ass inala uma guerr a de
grandes propo rçõe s que, para ser ganha, t em que se reco rrer ao auxíl io de
Xangô. Colo car Xangô no pátio da cas a, dar-lhe um frango verm elho e,
durante seis dias, so prar otí 60 e tocar xeré so bre o igbá. Fala de doenç as
que se mantêm es co ndidas po r muito tempo. 60 - A guardente de qualquer
tipo. Página 40 de 633
Dice Ifá Fala de ini migos ocultos que trabalham em se gredo para pr ejudicar
a pess oa . Para reso lver os dois pro blemas acima tem que dar peixe fresco a
Xangô no s pés de uma pa ineira ( Chorisia spec ios a, S t-Hil.). Aqui fo i tirado o
poder de Yemanjá governar a terra e ela teve que regressar ao o ceano onde
reencontr ou o seu po der graças aos arrecifes que a proteger am dos Ajés da
terra. Ass inala per seguição de Eguns que querem levar a pess oa antes do
tempo. Tem que faz er ebó. Di ss e Ifá: "A corrente está no co rp o da pes so a".
Você enco ntrará forças em s i mesmo para safar- se do problema que o
atorm enta. Disse Ifá: " A montanha se achava muito fo rte, mas o mar foi
co mendo por baix o até que a derr ubou. "Com calma, paciênc ia, intel igência e
agind o em silêncio, o inimig o, po r poder os o que seja, acabar á derr otado.
EBÓ EM OGBEKANA PARA DESPACHAR EGUN. Milho; diversos tipos de feijão;
uma gali nha; r oupa velha e moedas . Pass a-se a gal inha no co rpo;
Dice Ifá Devem cuida r de suas cas as e não po dem br igar com s eus
cô njuges para t erem so rte na vid a. Desmanch aram um ass entamento e
desde então sua vida está at rasada. Têm que respe itar os jacarés e não
podem s er guloso s. Yonu s ignifica: abri r demas iadamente a boca , c oisa que
faz em o s jacarés e m sinal de gulodice. Têm que cuidar d a cavidade bucal e
do es tômago para que não venham a ter pr oblemas digestivos. Fala de
alteraçõ es do pâncre as. Par a evitar enfe rmidades nes te órgão deve tomar
banhos co m pó de os so de coelho mi stur ado co m efun e so prar a mist ura
dentro de sua cas a. No dia em qu e o Awo enco ntra este signo numa
consulta para si próprio não pode sentar-se à mesa. A pessoa que veio
co nsultar- se e stá envolvida com um problema referente a agressão por arma
branc a. Par a que o respo nsável não fiq ue, o u venha a ser pr eso , é preciso
faze r ebó co m akukó, obé, uma roupa velha, ter ra de poç o, obí, velas e
moedas. Não existe respeit o no relacio namento matrimonial. Se fo r homem
está co m problema s de impotência e é preciso faze r e bó para que não fique
co mpletament e incapaz par a o sexo. Se fo r mulher está enferma d o s
órgãos s exuai s e, por este mo tivo, não pode gerar filhos. Tem que faz er ebó
e depo is u ntar a bar riga co m a mistura de ori- da-co sta, pó de atar é e ewe
dundun. A mulher já pe rdeu o interess e pelo marido co mo ho mem. Tenha
cuidado para não agredir a um desaf eto co m arma branca. Suas relaçöe s
amorosas so frem opos ição de ter ceiros . Seus inimi gos z ombam por vê- lo
caído. Cui dado para não s er escravo daqueles a quem esc raviza ho je. O mal
que sente no e stômago é srcinado em sua bo ca. Fal a de separação e de
afastament o o que pode ser r eso lvido c om o of erecim ento de um gal o
branco a Elegbara. Página 44 de 633
Dice Ifá EXÚ AJE LE. Este é o Exú de Ogbe yuno que se ass enta num jacaré
empalhado. Fica em cima de uma panela de barr o co m terra de ce mitério;
terra de um aral; 4 ikins; terr a de c asa; areia de uma lagoa; de um rio; do mar;
terra do chão de um matad ouro ; de uma pr isão ; um cavalo-mar inho, as
vísceras, o s o lhos e a c abeça de um ga lo; um pedaço de co u ro de jacar é;
bejerekun; obí; oro gbo; três dentes de jacaré; 21 ataré; 21 p edras pequenas,
redondas e lisas ; 21 pe dras pequenas de praia; sempre-vi va; bril hantina;
bredo; ewe pata- degali nha; fo lha de feto; raiz de paineira; oripepe; fo lha de
figueira -brava (Ficus guapoi, Parodi); vence-demanda; para-raio; jamao
(Guarea T richilli odes . Lin.); abre-caminho; 3 pedaço s de az eviche; 3 co rais; 3
pedras de âmbar; ouro e prata. Colo cam-se olhos e bo ca de búzio s. No alto
da cabeça, uma f aquinha com uma pena de e kodidé e uma pena de peru; um
colarzinho feito de s ementes de pinhã o; um xe ré de sementes de abr icó e
os sinho s de jacaré. Em volta d ele co loca-se uma co rrente. SEGURANÇA DE
OGB EYONU. Cabeça de galinha d'ango la; uma f ava de ataré int eira; aparo; f ru
tos do dendeze iro (perguntar quantos); terr a de fo rmigueiro; iyeros un rezado
de Ogbeyo nu; pedaço s de madeira de ár vores s agradas (pergunt ar quantos e
quais são ). ITANS DE OGBEYONU 1 - Na Te rra de Olo sa Lofu n havia um rei
que tinha t rês filhos d os quais vivi a se parado por uma lago a. Um dia o rei
morreu e s eus emissários f oram avi sar o o co rrido aos seus herdeiros .
Atikeke, o fil ho ma is velho, mais dil igen te que seus irmão s, f oi o primeir o a
sair par a o s f unerais e, para atrav es sar a la goa, tratou de alugar uma cano a.
No meio da travess ia, o barqueiro, parando de r emar , disse ao príncipe:
"Como paga mento por meu tra balho exijo que me dês todos os tipos de
alimentos e de bebidas, além de tua própria mulher !" "Estás lo uco ?" - Indagou
o príncipe - "Só te pagar ei o preço justo da travessia!" I mediatamente o
barqueiro atir ou-o às águas esc uras, o nde vivi a um grande jacaré que d
evo rou o jovem. Página 45 de 633
Dice Ifá O barqueir o, perpetr ado o crime, ret ornou ao lo cal onde o príncipe
embar cara e al i esco ndeu t odo s o s se us pert ences. Pouco depois chegou
Atilele, o s egundo fil ho do rei, que co ntratou o mesm o barqueir o para
transpo rtá-lo até o o utro lado do lago . No meio da travess ia o barqueir o agiu
da mesma forma e, o segundo prí ncipe, por nã o co ncordar com as
exigências do malfeito r, fo i também atir ado às águas e devorado pelo g
rande jacar é. Novamente o barqueiro regr esso u ao ponto de srcem, e o s
bens de sua s egunda ví tima fo ram acr esc entados ao que havia roubado da
primeira. O filho mais novo, Akikilo, que era filho de Yemanjá, antes de partir
para o s f unera is de seu pai hav ia cons ultado Ifá, saindo, na c onsulta, o Odu
Ogbeyuno, que lhe ordenou faz er um ebó co m um bar quinho pequenino,
dois remo s e do is galos que deveri am ser sac rificado s, um para Elegbar a
junto co m Ogun e o outro para o Egun de seu pai. Além do ebó foi-lhe
recomendado que co ncordasse em dar t udo o que lhe ped issem antes de
ser co roado rei. A kikilo, fe ito o ebó , dirigiu-se às margens do lago o nde
encontrou o mesmo barqueiro que, imediatamente, contratou para
transpo rtá-lo. No meio do la go a mesma e xigência fo i feita e o prí ncipe
conc ordou em dar ao ho mem tu do o que lhe estava send o pedid o, o que só
poderi a ser feito, no e ntanto, depois que fo sse co r oado rei. Satisfeit o o
barqueiro começou a cantar: "Atikeke eni Ikú, Atirere eni Ikú, Akikilo Oba nile
olo sa lo fun." Res pondendo , Akikilo c antava: " Kumi lele Ak ikilo o ri olos a
lof un". Depois do s fune rais Akikilo fo i coro ado rei e obrigou o barque ir o a
conduzi-l o até o local onde havi a esco ndido o s bens de se us irmãos, que
haviam sido devorados pelo jacar é s agrado. Revoltad o o novo rei ord enou
que o jacaré fo sse retirado do lago e levad o ao pátio do palácio, o nde seri a
cultuado por co nter, em s eu interi or, se us do is irmãos. O barqueir o f oi
decapitad o e s ua cabeça fo i enter rada num bur aco no pátio do palácio e
so bre ela fo i asse ntado o Elegbar a que vivi a no jacaré. Página 46 de 633
Dice Ifá EXÚ OLONI IYUMI (vive dentro do jacaré s agrado). 16 atarés; raspa
de chifr e; obí; orogbo ; o sun; os so de ler i, das mãos e dos pés de egun
Okunin; mi lho torrado; epô ; otí; mel; pó de marfi m; iyerosun o nde se marco u
e rezo u Oxetur a, Otur aniko, Ogbeyonu e o s 16 Mejis. Tudo isto é co locado
dentro de um s aquinho de tecid o gros so que deve ser en fi ado bela boca do
jacaré que, depois disto, deve ser selada. Depois de lavado em amasí de
fo lhas de Ogbeyonu, o jacar é co me três e iyelé junt o co m Egun ; um galo
branco ju nto co m Ogun e duas gali nhas junt o co m Orunmi lá. To dos os
domingo s tem que se ac en der d uas velas para este Exú, q ue co me se mpre
que o Orunmilá d o Awo co mer. 2 - Era uma vez um rei muit o malvado que, po r
suas atitud es injustas e cruéis era temido e o diado pe lo po vo. O ir mão do
rei, seu herdeir o direto, era uma pess oa de bo a índole, muito queri do e
respeitado pelos súditos e que sempre que podia, interce dia em favor dos
menos favorecid os , nas decisöe s do mo narca. Sabed or da pr eferência d o
povo por seu irmão, o déspota resolveu liv rar-se da incô moda presença que,
em sua lou cura, repr esentava um r isco co nstant e para o s eu cargo. Sem
poder simplesmente a ssassinar o próprio irmão, o que por certo causaria
uma revolução no país, maquinou um pla no terrí vel par a ass egurar a co roa
em sua pró pria cabeça. Se gundo as leis do país, o rei teria que gerar fi lhos
que, por sua mo rte, iri am substit uí-lo no trono , isto no c aso de não ter
irmão s mais no vos , que teri am preferência so bre os fil hos . Ora, o he rde iro
do rei er a seu irmão e o s herdeir os deste seria m o s se us filhos, s obrin hos
do rei em exercício. Acontec e, po rém que, o príncipe- herdeir o, apesar de
casado, ainda não tinh a gera do filhos e sendo e le o único irmão do rei, em
caso de imped iment o, cederi a seu dir eito de suces são ao filho mais velho
do rei. U m dos mo tivos que serviam d e impedi mento para assumir o tr ono
era a impos sibili dade de gerar fi lhos . O plano do m aquiav élico rei par a
livrar-se da incômo da ameaça que representava seu irmão , co nsistia em
mandar castr á-lo, ass im co mo à sua m ulher, o que afas tava definitivam ente
a po ss ibilidade de s er por ele substituí do. Página 47 de 633
Dice Ifá Se assim penso u, ass im fez . Depois de manda r castr ar o irmão e a
cunhada, o rdenou que fo ss em levados para uma il ha distante, para q ue "a
vergonha de se rem incap az es de gera r filhos não inco modasse o ambiente
da co rte". O infeliz príncipe, que era fi lho de O batalá, viveu por muitos ano s
no des terro e m co mpanhia d e sua co mpanhei ra até que, um di a, recebeu a
visita de s eu O rixá. Pegand o um grande caramujo do mar , Obatalá reti rou
dele o mo lusco, que fo i coloc ado no lugar onde ant es ficava o pêni s do
hom em. A casca do caramujo subs tituiu o ó rgão se xual da mulher q ue havia
sido t o talmente destr uído por o rdem do rei. "Depois de dez ess eis dias" -
disse Obatalá - " você s deverão unir- se e m ato se xual e, desta união, será
gerado um fi lho varão". O tempo s e pas so u e um belo dia, um li ndo me nino
Dice Ifá Àq uele que dá s empre, lhe parece que dá muito. À quele que recebe
sempre, embora lh e dêem m uito, lhe parece que r ecebe po uco. Estas são
palavras de Olo iya Gbana. (Não s e deve tirar partido nem e xplorar a bo ndade
de outras pessoas). O ELEKE DE OGBEYONU. 3 - Na terra Bebeleke viviam Awo
Kukunduku e Aw o Eleiye e e ntre ambo s e xistia grande animos idade. Awo
Eleiye pr aticava magi a negra e estava sempre faz endo feitiços para que Awo
Kukunduk u perdesse a m emó ria. Em deco rrência dos feitiço s que lhe eram
endereçado s, Awo Kuk unduku estava se mpre envolvido em diferen tes
problemas e a única defes a que co nhecia era tocar seu ilú par a afugentar o
mal. To das as veze s que ia co nsult ar seu oráculo, surgia Ogb eyonu e,
imediat amente, Awo Kukunduk u c aia preso de alguma e nfermidade. Cer to dia,
Elegba, que apr eciava o so m que o advinho tirava d e se u ilú, r eso lveu
preparar o Inh anfá, faz endo go mos de contas co m as co res de cad a Ori xá e
rezando enquanto o s e nfiava 63 63 - Tambor rit ualístico . Página 49 de 633
Dice Ifá 1 - Exú - ( Contas negras o u vermelhas e negras alternadas) "E legba
Oxá biw á manakak un bebeileke inhanfá oto niboxe". D epo is, se parand o o
primeiro do s egundo go mo , enfiou uma fi rma de madeira onde havia
entalhado o s s ignos de Egun: Oturani ko; Ireteye ro; Ogundabede e
Ogundafun, representando todos os antepassados. E rezou: "Inhan le Egun
kpele Aw o Beleke Inhanfá kpele o tonixe. 2 - Ogun - ( Contas azul-escuro ) Og un
o wa awani je Oxá Ireleke bebe Inhanfá o toniboxe. O utra firma de madeir a
idênti ca à pri meir a e a rez a: "Inhanle Egun kpele Awo B eleke Inhanfá kpele
oto niboxe". 3 - Oxós si - (Contas az ul-turquesa) Oxos i atamat asi Oxá M osiere,
om asiere bebe ileké inhanfá oton ibo xe. Outr a firma de madeira id êntica à
primeira e a rez a: "Inhanle Egun kpele Aw o Beleke Inhanfá kpele o tonibo xe". 4
- Orixao ko - (contas ros as, az uis e rajad as nes tas c ores ) Oxaoko , Oxá Omare
o waye alak e aiye be be ileké inhanfá o toniboxe. Outra fi rm a de madeira
idênti ca à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Aw o Beleke Inhanfá kpel e
oto niboxe". 5 - I nle - (C ontas az ul-pavão e ne gras inter caladas) I nle Oxá kele
oku aiye O sain bebe ileké inhanfá otoniboxe. Outra fi rma de madeira id êntica
à primeir a e a reza: "Inhanle Egun kp ele Awo Be leke Inhanfá kpele oto niboxe".
6 - Omo lu - (Conta s alter nadas o u rajadas de preto e branco ou preto , branco
e vermelho) Oluopo po Oxá Aiye motumba edasanu bebe ileké inhanfá
otoniboxe. Outra firma de madeira idêntica à p rimeira e a reza: "Inhanle Egun
kpele Aw o Beleke Inhanfá kpele o tonibo xe". 7 - D ada Ajak á - (Contas
vermelhas e brancas alternadas de duas em duas) Dad a Omo l awo abure
ibagola bebe ileké inhanfá o toniboxe. Página 50 de 633
Dice Ifá O utra firma de made ira idêntica à primeira e a rez a: "Inhanle Egun
kpele Aw o Beleke Inhanfá kpele oto niboxe". 8 - Xangô - (Contas vermelhas e
brancas alternad as o u raja d as) Xangô Baloni Oxá Balo ku bebe ilek é inhanfá
otoniboxe. outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun
Dice Ifá O utra firma de made ira idêntica à primeira e a rez a: "Inhanle Egun
kpele Aw o Beleke Inhanfá kpele o tonibo xe". 15- Yemanjá - (contas brancas
transparentes o u az ul-água tra nsparente) . Yemanjá Oxá T owa omi, lo labebe
ileké inhanfá otoniboxe. O utra firma de madei ra idênti ca à primeira e a reza:
"Inhanle Egun kpele Awo Beleke Inhanfá kpele otonibox e". 16 - Orunmilá -
(contas verdes e amarelas alt ernadas uma a uma o u verdes e mar rons - em
Cuba, usam-se verde e amarelo ). Orunmil á Baba Obarabani regun Ori nile Od
uduwa bebe ileké inhanf á o tonibo xe. Outr a firma de madeira id êntica à
primeira e a rez a: "Inhanle Egun kpele Aw o Beleke Inhanfá Orun o tonibo xe".
Depois, f echo u co m uma fi rma negr a e, amarrand o o inhanfá, rezava: Aw o
Oluyebe inhanfá taranara Ikú jun. Awo Ol uyebe inhanfá taranara arun jun. Awo
Oluyebe inhanfá taranara Ikú jun. Awo Oluyebe inh anfá taranara Ikú jun.
Dice Ifá Depo is rezo u: "Oluj ebe ileké, Olujebe ilekeo! Obinako kuanaxo.
Olujebe ileké, ileké Aw o, ileké oman, ileké ariku Babawá." A partir de então,
todos os Awo têm que, em honra ao A wo O luyebe, usar o inha nfá de
Ogbeyonu sempre que fo rem cons ultar o o ráculo, para qu e não fiquem
doentes nem vulneráv eis ao s malefícios de seus inimigos . Obs. : Os Awo de
Ogbeyonu, quand o recebem obé, depois que ter mina o itá e os ebós , têm que
dar uma eiyelé a o seu Inhanfá junto co m Egun. Depois de s ete dias dão um
galo ao inhanfá em cima do ta bulei ro no meio do pátio e faze m a seguint e
reza: "I nhanfá o pon be beawo akukó bo boniba xe. I kú Alawo bo bonibo xe, Arun
de pesso as que fo ram amig as e que agora se detestam . A pesso a tem que
faz er Ifá: Awofakan ou Akof á. Este signo marca tr aição de amigos. Exi s te
uma cilada ar mada. A lgum ato ruim que já foi prati cado pode ser desc oberto.
Cui da do co m envolviment os com a justi ça. D eve-se us ar, co mo proteção ,
uma cruz de ébano neg ro. Tem que ass entar Oxóss i o mais rá pido poss ível.
Depois de ass entad o, a pesso a deve evit ar fazer visi tas a enfermos para não
adquir ir contágio. Acusa pe rdas e traições . Ex iste tendência para se r
enfe itiçado através de alimentos ou bebidas. Prepar a-se uma de fes a para o
estômago com três grãos de atar é, um o vo de galinha ba tido c om água
benta e água d o po rrão de Olo kun. Dá poss ibilidades de o cupar- se c argos
públicos, chefia de delega çõ es , de organi zaçõ es po líticas, etc. Acesso e
grande ascensão em negóc ios o u estabeleci mentos própri os . É preciso que
se tenha muito cuidado, neste aspecto, com guerras por inve ja da
prosperidade obtid a. Dê satisfaçõ es a Xangô de tudo o que fo r obtid o, para
assegur ar o proc esso de pros peridade. Tem que faze r ebó co nstant emente
para evitar as per das . Página 54 de 633
Dice Ifá S empre que surge este O du, tem- se que o ferec er uma gali nha à
Oiyá depois de pass á-la n o co rpo da pesso a. Tem que dar co mida a Egun, já
que este Odu é o trono de Ikú. No dia em que este Odu apar ece no jogo, o
Awo não pode s air na co mpanhia de ni nguém. O Aw o deste Odu tem que usar
quatr o pulseiras de prat a, duas e m cada mão . Tem que rece b er kuanad o.
Colo ca-se um idé de pr ata em Orunmi lá. O o kpele t em que ser co nfec cionad
o c om o sso s de veado o u chifr es de carneir o. Lava-se o okpele com erva
bana (Go u ania po lygama. Jac q. Urb.); ewe-ewe (Mirabilis jalapa . Lin.); ewe
dundun; ewe iroko e e we o kinkan (Spendias Membi m. Lin.). Come galo e
eiyelé. O fi lá do Awo deste s igno tem que ter, na parte de cima, um círculo na
cor de s eu Orix á. Deste círcul o saem o ito raios brancos ou pratead os ,
imitando o So l. To ma borí c om pargo fresc o e c erveja br anca. EBÓ D E
OGB ESÁ. PARA RESOL VER PROB LEMAS COM OUT RA PESS OA. Faz-se um
fetiche com os no mes co mplet os da pesso a e os problemas em q uestão
esc ritos num papel que se unta c o m ori-da-co sta. Com o papel, faz -se um
cartucho onde s e intr oduz sete bara tas v iva s e se des pacha no mato.
Quando as baratas co meçarem a ro er o papel e se libert arem, a intranqüil ida
de tomará a pe ss oa. ELEGBA DE OGBES Á. Arranja-se um o tá que tenha a
aparência d e um rosto humano . Dentro d e uma panela de bar ro co loca-se o
otá, um macaquinh o de bri nqued o, uma moeda co m f igura de ho mem
(masculino), ossos de macaco, muita erva pé-de-galinha, erva tostão e sete
flo res s empre-v iva. Pág ina 55 de 633
Dice Ifá EXÚ SHIK I. Modela-se uma cabeça de barr o em c uja mass a se
acrescenta t erra de cemitér i o, um pouco de cal e muito az ougue, além de
dois ik ins, pó de peixe, pó de preá, uma cab eça de frango, o bí, o rogbo, ef un,
os un, uáji , o tí, mel e dendê. Depois de pr onto, co loca-s e olhos , boca e
ouvidos de búzio s e enf eita-se c om co ntas de Ex ú e de Orunmil á. EXÚ
KAT ERO. Também é mo delado em f orma de cabeç a humana. Na massa leva
terra de casa; 3 mo edas de co bre; 3 grãos de mil ho vermelho; cansanção ; 13
grãos de ataré; fo lhas de guiné; e we o duyafun (So lanum torvum. Sw.); pó de
ekú; de ejá; otí; r aspa de chifre; o bí; osun; den dê e mel. D epo is de pr onto
coloca-se uma faquinha solta dentro do alguidar e enfei ta-se com contas de
Exú e de O runmilá. Folha de Ogbes á: Ewe Bana. Página 56 de 633
Dice Ifá III I I III III OG BEKA. REZA DE O GB EKA Ogbe ká adifá joko kanfun axe
berebere omó Olo fin orubó e ure akukó, eiyelé, ya rako, axo pupá, Orunmilá
lorubo. Cuid ado para não s er preso ! Não durma na casa de ninguém. O Aw o
deste Odu é ro deado po r uma aur a de poder que o protege das negativi dades
que chegam por Xangô e O xóssi. Par a que esta aur a não se rompa não
pode se apropriar de nad a que não seja seu. Deve co lo car uma faca em
Elegbara, pois foi neste Odu que nasceram as marcas deixadas pel as mãos
(impressõ es digitais). Na primeira mão de Ifá põe um eleké de Os ain e, na
segunda, u m eleké de Ogbeká. Por este Ifá a maldição do filho atinge o pai.
Odu de calúnias, vergonha e falsos testemunhos. O Awo deste Odu tem que
ter oito obís para cada mão de seu Ifá, devendo reno vá-los to do ano . Aqui
nasceram os direitos das pesso as s obre a propri e dade de ter ras e as
esc rituras de propriedade. Por este caminho a mulher pode am arrar o
hom em, dando -lhe para comer , um pedaço de carne de vaca que tenha
passado em suas partes s exuais. É o O du das qui nquilharias. Seus filhos só
vivem bem no meio de pesso as humil des. É a src em dos altares, por isto, as
pess oas deste Odu devem ter um altar co m imagens em sua cas a. Este Odu
fala dos coqueiros, do s testícul os e do pênis. P ágina 57 de 633
Dice Ifá Po r este caminho Ojijí Iká perdeu o co ntrole so bre seu fi lho e o
co nfiou a Elegbar a para q ue o criasse. Depois de c riado, O gbeká foi busc á-lo
e Elegbar a recome ndou que não o levas se po is isto se ria sua ruí na. Indica
problemas no loc al de tr abalho. SEGREDO DE OG BEKA Pega- se uma tábua de
Atena, escreve- se nela os dezess eis meji , c o loca-se um par go pequeno no
meio das pernas de cada meji inscrit o, co m as cabeç as para cima.
Sac rifica-se uma galinha pr eta so bre as figuras inscritas e so bre Or unmilá.
Depois de s ete dias pr oc ede-se um Itá co m Orunmi lá. São necess ários
deze ss eis Awos para que se reali ze esta cerimônia. Cad a um deles deve
rezar um dos meji e acende r-l he uma vela. A s velas ficar ão ac esas em s uas
mãos e só serão co locadas no alto de cad a signo, depois do últi mo haver
sido rez ado. As velas são co loc adas no alto de cada fi gura. EBÓ. Um galo
para Exú; três ganchos de ferro; pano branco; pano preto; pano vermelho;
sobras de comida; três ofás de ferro; terra de quatro caminhos; um
pouquinho de iyer osun e bastante moedas. Fazer saraieiê e despachar no
local determinado pelo jogo . FOLHAS DE OG BEKA. Cerejeira, ewe guna (fo lha
de amendo eira), e rva garro, e we gug u. Pági na 58 de 633
filhos deste Odu, por mais inteligentes que se jam, geram um fi lho mais inteli
gente que eles. Aqui ocorre a degola dos inocentes. Quando surge este Odu
tem qu e ser feito ebó para o pai do cons ulent e, para q ue não venha a falecer
preco ceme nte. Tem que as sentar os gue rreiros para que não venha a perder
uma guerr a em que es tá o u es tará envo lvido. Colo ca-se, para Ogun, inhame
untado co m o ri-da-co sta e co berto co m pano branco que, depois de s ete
dias, deve ser levad o à uma mat a o nde será colo cado ao s pés de uma
gameleira ou de um iroko . Perto de Ogun tem que ter , s empre, u ma garrafa
de o tí. Existem disputas familiar es por cas as o u terreno s de he rança. Mos tra
abandono de domicílio. Aqui , o babalorix á, a iyalorixá ou o babalaw o tem que
faz er tudo o que fo r indicado para o seu fil ho ou afilhado, caso co ntrário,
estará deter m inando sua auto destrui ção . As úlceras da pele po dem se r
curadas co m fo lhas de e we-pon (Poinciana pulcherr ima. Lin.), co roa-de-espin
hos , az eite e sal, apli cados em fo r ma de emplast ros. Por aqui n asceram as
bênçãos dos c éus. Tem que dar comid a a Egun e ofe recer -lhe um gancho de
ferro e um fac ão. Proteção de Oxós si. Coloca-se uma f lecha atrás da porta.
Disse Ifá: A mula que v ive no es táb ulo na co mpanhia de outros animais, se
Dice Ifá Os filhos deste Odu não devem t er cães em casa, po is ess es
Dice Ifá G ARRAFADA PARA IMPOT ÊNCIA: Ewe tuko, (Aristolo chia trilobata.
Lin.); pau de cajá (Al lophyllus cominia. Sw.); ewe atiodo (Rhizophora mangle.
Lin.); ewe a bá (Spe ndias m e mbin. Lin.); raiz de uva-do-mato . Prepara-se uma
infusão destas e rvas f ervidas em conjunto; co a-se e mistur a-se c om vinho
branco. To ma-se tr ês do ses por dia, d uran te se te dias. No o itavo dia
toma-se uma inf usão de fo lhas de mamo eiro (Car ica papa ya. L .).
todos os pós co m a taba tinga, acr esce nta-se à mesma: 7 at aré; um po uco
de iyerosun; três búzios; três pedaços de azeviche; 1 pedaço de marfim;
azougue; mel; dendê; aguardente de cana e as segui ntes vegetais picados
em pedaço s bem pequenino s: raiz de arabá, de limo-de- rio (Os mu nda r egalis.
Lin.), e de levante. Folhas inteiras de vence -demanda; e we ka (ment ha sativa.
Lin. ); ewe o koeran (Erv a guiné); ewe kunino (amansa-guapo); abre-caminh o;
para-raio; ewe fendebilo (Guarea trichilliodes. Lin.) e vence-demanda. Enfeit
a-se a roupa co m 11 bú zios . Leva, no pesc oç o, um fio c om 11 co ntas
vermelhas, 11 con tas negr as, 11 co ntas brancas e 7 búzios. Come frang a,
galo e ajapá. Página 63 de 633
Dice Ifá EXÚ BEL EKE Um otá po lido pequeno , 3 grãos de milho, 13 grãos de
ataré, 2 espo ras de gal o b em grandes. Faz-se um furo nas e spo ras e, dentro
da primeira, co loca-se pó de preá, dentr o da s egunda, pó de pe ixe defumado.
Modela-se uma cabeç a co m a tabatinga onde s e misturou 7 di ferentes tipos
de fo lhas de Exú d evidamente tr ituradas, az ougue, ep o -pupá, mel de abelhas,
otí, ef un, o sun, uáji, arid an, o bí e orogbo , (tudo be m picadinho ). Enfeita- se
Dice Ifá I I I I III I I OGB EAT E REZA DE O GB EAT E Ogbe Mata Alamata; Alamata
o mó Awoxe Mafitarun adifafun Om á Banixe e kodidé, adê, e kú, ejá, eiyelé,
efun, osun. Obatalá owo mesan elebó. Disse Ifá: "Orunmilá sempre faz
alguma coisa em f avor das mulheres". É preciso tomar m uit o c uidado c om
Dice Ifá Te m que pos suir um okpele feito de pau- ferro. Este okpele tem que
come r um ga lo junto co m Xangô e peixe fresco com Ogun par a que nunca
diga mentir as. Assinala um pouco de fraqueza s exual. Colo car arap ucas de
passarinho em Elegbara e um O gun. Tem que criar uma galinha e deixar q ue
ponha ovo s que não po dem ser comidos. Não se pode ter g aiolas vazias em
casa. Quando es tiver doente deve co nsultar outro baba lawo. Quando quiser
ter mui tos clientes, po nha 16 tabui nhas co m mel para Or unmilá e tome
banho co m botões de ros as amar elas e um pouco de mel. Colocar , em
Orunmil á, 2 1 otás pequenino s que tenham co mido uma galinha cho ca. EXÚ
DE OGBEATE (OBARANKE) Prepara-se a massa com tabatinga; terra de quatro
es quin as; po eira co lhida de um remoinho de vento; e rva de São Diego
(Gomphrena glo bos a.L in,); ewe oma (Espaedea amo ena. A. Rich.) ;
cansanção; 13 atar é; o bí; o rogbo; o sun e aridan. Assenta- se num o tá polid o.
Modela- se uma cabeça com o lhos e boc a de bú zio s e, em cima, colo ca-se
Dice Ifá I I III I I III OGBEXE R EZA DE OG BEXE Ogbe xe kan kanton obajë dewá
ekodidé saraundere olo lukere lodiye Iyal od e okere jimoro e nidesun
ediferemo oto larefa eji bojo nila. Odu Ajibag adara niawa si niawasi, ik owoxe
Iyami waxe, xii yami mo ri yeye o !
Dice Ifá Qualquer co isa que se faça para Xang ô, por este caminho, deve ser
feita às quatr o ho ra s da manhã. O ebó de Ogbexe leva co rrente de fe rro.
Sac rifica-se um galo a Xangô e o fe rece -se inhame pil ado a Elegbara par a
reso lver qualquer d ificuldade. C olo ca-se, e m Elegbara, cinco instrumento s
musicais: tambor , gan, xekeré, f lauta e cavaquinho . SEGREDO DE OGB EXE
Arranja-se um peso de balança, grand e e de f erro. Coloca-se uma c orrente do
mesmo materi al so bre ele de modo que fique estendida de cima a baix o ,
como se fo sse um co lar. Come, junt o co m Ogun, um p ombo e um pei xe
fresc o. IT AN DE OG BEXE O pinheir o e ra filho de Olo kun e vi via feliz ao seu
lado. Xangô, qu e se apaixonara por ele viv ia a elogiá- lo, f aze ndo co m que se
envaidecess e. Um dia , o pinheiro, ac hando-se supe rior a Olokun, lhe disse:
"Eu poderia ser mui to mai o r se vivesse separado de ti". Aborrecid o Olokun
amaldi ço ou-o dize ndo: "Assim se rá, viverás longe de mim e cresce rás muit o,
mas so mente até que me pos sas ve r. Aí então, mo rre rás e sec arás par a
seres queimad o co mo lenha. A té hoje o pinheiro cresce so mente at é o p
onto e m que possa ver o mar no ho rizo nte d istan te, qua ndo então co meça a
se car. Página 68 de 633
REZA DE OG BEFUN Ogbef un f unló puani erí baw í Ikú Mayeyerí wani ad ifafun
Euba unlofé o má Obata axé lebó Jekpa Oduxe igungun mar iwo lebó
abeboadi e meji, akuk ó meji, e kú, e já epô, owo.
Orunmil á lhes disse po r Ogbef un: " Vivereis co nfo rme vos c uidais". Foi por
este O du que Ar un, Of o e Ikú queriam d espo sar a filha de Olofin e Orunmil á
fez ebó co m um gal ho de se u tama nho, igbí n, gui z o s e mariw o,
co nse guindo assim, que des pos ass e Obatalá. Aqui Ikú, depois de dize r qu e
desconhecia a Orunmilá, foi capturado por Ogun e aprisionado por Xangô.
Depois dis to fo i feito um pacto entre I kú e Orunmil á que, depo is de aceitar
sua autori dade, co mprometeu-se em carr egar t odo s o s que usass em o
idefá sem have-l o rec ebido de Orun milá. Usa-se o idefá co m uma co rrente.
Colo ca-se, em O runmil á, uma c orneta feita de ma rfi m. Aqui nasce ram Erubá
(o medo ) e Okunmolo run (o terror). Tem que ass entar Y ema njá. Tem que
usar um id efá c om a máxima urg ência. E nquanto não f or pos sível, pode usar
um id é co m co ntas de Oiyá a té que possa receber o idefá. A pesso a fala
demai s e, po r isso , se us segred os são de domíni o públi co . Assinala r oubo s,
inco nfo rmidade e vidência es piritua l. Tem que cuidar de um Orixá,
Dice Ifá Não podem deixar louças s ujas para serem lavad as depo is. Devem
vestir- se de branco. Devem c olocar uma co rrente enterrada na entrad a da
porta par a que todo s que entr em passe m so bre ela par a desmanc har
bruxarias e más intençõ es de que se jam portad ores e para q ue, quando
entrar uma mulher menstruada, não prejudiq ue a ca sa do Awo. Qua ndo
marca o so gbo Ik ú a pesso a tem que pr eparar um b onec o, co locá-l o em sua
cama e do rmir noutro lugar . Folhas de Ogbef un: Cedr o, maç ã, planatil lo-de- C
uba, moruro e po ma rosa. Assinala pr incípi o e fim. A pesso a busca o
impos sível. Colo ca-se, e m Elegbar a, uma e spadinha cromada. Fala d e f alta
aos co mpromisso s e f alação pelas cos tas da p es s oa. Dev e-se despachar a
porta, todos os dias, co m água. Faz-se ebó com carne de vac a. O sangue
so be à cabeça. Assina la doe nças do co ração. Fala o pô r do So l. Pratos e
co pos va zio s devem fi car emborcado s na mes a. Página 70 de 633
dos ritos f únebres co ntando, para i sto , co m o auxíli o de s ua filha Oyekubi ká.
Rege os nó s das mad eiras, o co uro áspe r o dos c roco dilos e o pudor
humano. Foi neste Odu q ue o s se res human os come çara m, por recat o, a
cobrir em seus co rpos com f olhas e peles de ani mais, esco ndend o, as sim,
suas partes pudicas, o que deu srcem às roupas ho je usadas. 1 1 - Oyeku
Meji fo rma co m Ejiogbe (li gado ao ponto cardeal Este) , Odi Meji (ligad o ao
No rte) e Iwori Meji (ligado ao Sul), o s quatro principai s O dus de Ifá, co nsid
erados os guardiões dos quatro cantos do mundo. Página 71 de 633
Dice Ifá
Alguns antigos babalaw os afirmam que Elegbara foi gerado ne ste Odu. Por
este c am inho f ala Ibeji e o mistério de um único espírit o que habita,
simul taneamente, em do is co rpos . Em Oyeku M eji estão co ntidos os
segred os de Odudu wa. É pad rinho de Iroso sá, o dono dos búzios. Ensinou
aos homens o hábito de co merem pei xes, depois de faze r cai r sobre a Terr a
uma chuva torr encial, na qual havia todas as es pécies de peixes ho je
Dice Ifá A pr incipal medi cina de Oyeku Meji co nsiste num pouc o de mel que,
depois de reza do no opo n, fica exposto ao S ol dura nte sete di as. Sempr e
que a pesso a adoecer , toma uma co lher deste mel, todos os dias, em jejum.
Não s e deve co nfiar segr edos às mulheres porque elas quebr am os
juramento s. Faz ref erências a pessoas que são capric ho sas e estão
sempre bem ves tidas. Colo ca-se no igbá-Orunmilá, um alfanje pequeno de m
adeira. O Elegbar a deste O du leva duas faquinhas o rientadas em s entido
co ntrário u ma da outra. Se ndo um Odu ligad o às trevas, dá ao s se us filhos
poder de destruição. A pe sso a pode to rnar-se grand e e perigos a, na medida
em que util izar este po der para o mal ou visando o enriquecimento fácil e
mento que não fo i cumpr ido. Tem que faz er xirê para o Orixá q ue ass im
exigir. Este é o O du da ca na-brava ( Bambus a vulgaris. Sc hrad). Para
problemas de s aúde, dar a Egun u m co co e um galo. Quando surge este O du
numa cons ulta, diz- se ao client e: Você deu um desgos to tão grande à uma
pessoa que ela ficou enferma para sempre. Não pense em s uicidar-se, você
tem esta tendência. Você , o u um familiar seu, já tentou atir ar-se num p o ço
em busca da mo rte. Nunca amou ninguém co m verdadeira devoção e, po r
isto, tem o co ração vazio. Não sabe o que é a verdad eira felicid ade de um
afeto e de um carinh o s incer o, o que o torna in sensível aos se ntimentos
alheios . Prenuncia o risco de se pe rder um órgão interno . Na mul her, o útero;
no ho mem, um tes tículo, um rim o u um pulmão. Evi te p assar por tr ás de
qualquer animal que pos sa es co iceá-l o. No ato se xual a mulher não de ve
ficar por cima. M orre-se em idade avançada. Ro ga-se a cabeç a (borí) co m
perdiz. Não s e deve c omer fígado, é interdi ção deste signo . Outra inter dição:
enganar a quem quer que sej a e levantar falso tes temunho. Não se deve
mo ntar a cavalo. Página 76 de 633
família. Os c abelos nasc eram neste Odu quando, à cabeç a, faltavam t rês c
oisas: os olhos , as o relhas e o s cabelos. Deu sur gimento ao carval ho e à
co ruja. D enuncia falta de respeito ao s mais velhos gerado na sua
intransigência. Quando s ur ge este O du na co nsulta de uma mulher gr ávida
não s e po de faze r nenhu m tipo de e bó po i s isto fará co m que abort e. É um
Odu de des truição para as crianças. Página 77 de 633
Dice Ifá Faltam sempre tr ês c oisas para que a p ess oa s e co nsidere feliz. É
caminho de O xun e de Xangô. Sacrifi ca-se, à Oxun, 16 pombo s brancos e
acende- se 16 lamp arinas com az ei te d oce e ó leo de amêndoas. Os po mbos
são despachad os no alto de um morro, embrul hados em pano s brancos.
Cobre-se o igbá da Oxun co m bastante fo lhas de hera, deix a-se p or cinco
dias, depois dos quais, prepara-se um omieró com o qual toma-se três
banhos . Oferece-se, à Oxun, 16 bolos de feijão fradi nho f ritos e m ó leo de
amêndo as. Coloc a-se, em cas a, três bandeiras, uma branca, uma vermelha, e
uma negra. Disse Ifá: A cabeça é p ara pensar , o s o lhos para ver e o s
ouvidos para escutar . No entant o, nem tud o o que se pensa, se vê e se
esc uta pode ser dit o. Para que não o co rram perdas, dá- se a Xa ngô duas
co dornas e nunca s e deve fi car em débit o c om ele. Par a melhorar a sorte
sac rifica-se um galo a Xangô .
EXÚ ITO KÍ (Este Exú veio à T erra na co mpanhia de Nanã). C arga: C anela do
mato, comigo-ning uém-pode, vence-demanda, ewe fendebilo (Guarea
trichill iodes . Lin.), alpi ste, um p o uco de amalá, arroz , e we kikan (Spendias
membin. L in.), sal, uáji, pó de prat a, o sun, e fun, um pe daço de c ouro de maja ,
raspa de chifre de veado, terra d e fo rmigueiro , terra d e quatr o esquinas, pó
de cabeça de gavião , az ôgue, fo lhas de tabaco, ewe era, ( E leusine índica. L.
Garth.), irosun, cansanção, três grãos de atar é, três moedas de co bre, pó
espo ra de galo, um pedaço de casco de ajap á , limal ha de ferr o, três f olhas
de ewe ye ye ( Abr us precato rius. Lin.). 4 3 3 - Cobra de co loração amarela,
desprovida de veneno , muito c om um em Cuba. 4 - Cágado, jabotí. Pág ina 78
de 633
arajé ebe bi kan lonlé ile Olo fin. Oyekudi Olo run lati K u, lati Ku Oye kudi. Este
Odu representa o pôr-do-sol. Signifi ca: O pênis mo rre entre as náde gas. É
filho de O yeku Meji e O di Meji. Determina que tudo o que s e pe de a Orunmil á
pode ser obti do o u não, pois es tá nas mãos de Olofi n conceder o que fo r
pedido. É um signo de enganos e co nspir açõe s. Assinal a doenças venér eas
e s uas co nseqüências fatai s. Foi po r este signo que O runmilá, por o rdem de
Olofin, veio o rganizar o mundo que se enc ontrava em deso rd em total. Neste
signo O runmilá curou-se de um problema de impo tência co m o auxílio da
laranja. Fala de uma p ess oa que não co nhece o própri o pai. A ss inala insultos
e situaçõ es de ridí culo para o Awo. O Awo é depreciado e ninguém lhe
demo nstra gr atidão . Aqui a pes s oa vive infringi ndo o s preceitos mo rais
ditados por Olo fin. É preciso estar atent o para não ser induzido à prática de
um ato desabo nador que pode lhe custar a v ida. A pesso a não po de visit ar
preso s, po is isto po derá trazer-l he algum t ipo de impli cação que poderá
provoc ar sua pr isão . Não deve andar em gr upos . Não po de ser fi ador nem
testemunh a de ninguém par a não s of rer decepç õe s e prejuí zo s. Pági na 80
de 633
Dice Ifá Só terá so rte depois que as sentar Orunmi lá. Avisa ao hom em que
sua mulher tem que faz e r Orixá. Acusa s ofrimento e males nas pernas. A
mulher não é feliz c om o ho mem que tem ao s eu lado. I T AN DE OYEKUDI
Numa época em que todos o s s eres humanos guerr eavam- se incess antem
ente, Olofin ordenou que todos os Orixás intercedessem junto a eles. De
nada v aler am os esfo rços desprendi dos pelos Orixás, os homens
co ntinuav am a deglad iar-se e, co m seus co mbates, destruíam a naturez a e
retardavam o desenvo lvimento da civili zaç ão . F oi então que O lofin ordeno u
a Orunmil á que vi ess e ao m undo para por um fi m ao c aos e stabelecido . Em
sua miss ão , Orunmilá teria que acabar co m o ó dio, a inveja, a mal dade, o
orgul ho, a ganânci a e o ciúme, sentim entos humanos que pr ovo cavam o
desentend imen to e as guerr as. Oru nmilá, certo de o bter sucess o em sua
missão, estabeleceu par a si própr io, uma punição: se não co nseguisse
Este é o caminho , atrav és do qual, Ikú vem buscar as pess oas . Mos tra a rota
para o cem itério. O doente não se recupe ra. Represe nta morte certa.
Assinal a doenças, desgo stos e escass ez. Em oso gbo aru n , fala d e anemia,
Dice Ifá Alguém deseja sua ruína no trabal ho . Neste signo o s filhos de
Omo lú têm que ass entar A ga njú e Or ixaoko no mes mo dia em que
ass entarem Omolú. Têm que cuidar de Ibeji e seu Omo lú não po de ser
lavado co m água. Nasceu a co nvocação de todo s o s seres. C olo ca-se um
gongo , um tambor e uma mar aca em Orunmilá. Fo i por este caminho que
Oduduw a sento u-se n o trono de Olofin. O Awo deste signo pe rde a mãe
muito cedo e se u signo irá sobrepuj ar o de s eu padri nho . Na cerimônia de
iniciação de Awof akan o u Akof á, a pes so a para quem saia este s igno, sendo
filha de Oxós si, deve diri gir-se, co m seu padrinho, a um r io e, ali, depois de
banharse, deixar a metad e da roupa que e stiver v estindo par a que as águas
as carreguem. O Babal awo deve faz er-lhe um amuleto co m sete penas d e
ekodidé. Este amuleto deve se r forrad o c om co ntas de Oxun, de Ex ú, de
Yemanjá e de O runmi lá. To dos para quem s urja este s igno em itá têm que
faze r ebó dentr o de sua casa, n o lugar onde co stumam senta r-se, pois é ali
que Ikú va i sempre ameaçá- los. O e bó é feito co m a pess oa sentad a num
banquinho co m velas acesas atrás. Usa- se obí, pano preto, pano branco,
pano vermel ho, uma gal inha , fo lhas de algodo eiro, de afo man (P itheco lob
iun saman. Jacq. Benth.) e de romã (Punica granatum) Página 83 de 633
para sorte e tranq üilidade. Marca o prof undo des gos to de Obatalá em f ace
da despreocupação do s Babalaw os co m os males que assolam a Terr a, e a
fo rma como negli genciam os cuidados co m Elegb ara para amenizar estes
males. Para que o Awo des te Odu seja grande, tem que dar um bode e um
galo a Elegb ara todos o s anos , repa rtindo s eus pedaços co m pesso as
carentes de diferentes lugar es. Tem que ter se mpre, em casa, um pedaço de
co uro de bode de Elegbara. Ref resca-se Elegbar a co m se te de suas e rvas
principais. Se não tem Elegbara assentado é preciso ass entá-lo co m a
máxima urg ência. Se já tem, deve olhar d e que fo rma foi feito ou co mo está
sendo tratado po is, ce rtamente, alguma co isa es tá errada. A mulher par a
quem surja este signo t em que receber akofá imediatamente. O ho mem tem
que faz er Ifá, a não ser que exista al gum i mpedimento. Orunmil á é o único
que pode s alvá-lo. Não pe rmita que ning uém s ente-se na p orta de sua cas a,
principalmente mulheres. Página 84 de 633
Dice Ifá Se você deseja ter filhos e não co nsegue. Faça ebó para q ue seu
objetivo s eja alcançado s e m po r em risco sua própria vi da. Neste Ifá a
pesso a não mede esf orço s para a lcançar o que pensa s er o melhor par a sua
felicidade, mesmo que isto ameac e a sua se gurança e a sua vid a. Fala de
alguém que mantém r elações com uma pesso a co mprometida . Este
relaciona mento se rá desc oberto e provo cará tragédia e pr antos . A mulher
so fre porque o marido não lhe dá a assistência sexual que neces sita. Aqui
fala o bo de velho que deverá enfrenta r o c abritinho, ass im que este se to rne
adulto. Se sair par a um ho mem es te signo reco menda nunca duvidar da
paterni dade de seus fil ho s e nunca abando nar nenhum d eles, so b pena de
ser desprez ado pela so rte. Nunca tente afastar seus filhos do carinho de sua
mãe. Se o fize r, quando o filho c rescer , irá abandoná-lo e repudi á-lo pa ra
seu c astigo. Dê mui ta atenção à criação de seus filhos , pois aqui se mo rre
de tristez a pe lo abando no dos filhos . Página 85 d e 633
Oxun lo O sain Oni Xangô Xebe, xintilu osuxe m e ti exin ni loko xixé Ifá xemi.
Oxun loxe mamú Olufi na opo lopo otí ogu weru ni xé omó Olo fin lo dafun
Osain kaferefun Agbana Oni Xangô.
pesso a p ret endida acaba rá ficando ao seu lado. O seu bo m co ração pode
levá -lo ao fracasso . A mes ma bo ca que diz sim, também di z não. Não co rra
tanto atrás do trabal ho , existe tempo par a tud o. Te m que receber Orunmilá
para defender- se das maldiçõe s. Página 86 de 633
Dice Ifá Te m que ass entar seu Orix á para q ue ele o ajude a obter tud o o que
deseja. Sua mul her é muito curiosa e f aladeir a. Não c onfie à ela os seus
segred os . Aqui fal am o boi e o caval o que só podem ser co mpreendid os por
seus dono s. EBÓ DE OYEKUBARA U m galo e um pouc o de pelo s de rabo de
caval o. Sacrifi ca-se o gal o e deixa-se um pouco do ejé esco rrer so bre o s
pelos. D epois, s ecam- se o s pelos , p ica- se bem picado e mistur ase co m epô
pupá, separando uma po rção para ser soprada em que m se dese ja
conquistar. O epô com os pelos picados é oferecido a Elegbara. SABÃO DE
OYEKUBARA Pr epara-se, amass ando co m as mão s, uma mistura d e sabão da
Egun do s exo f eminino. Tem que dar , a Egun, um cachimbo ado rnado c om
fitas co loridas. Sac rificam-se dois pombo s par a Egun. Tem que f aze r uma
maraca com uma cabaça enfeitada de búzios, que deverá ser to cada
diariamente para Ox un, o que garant irá a boa s orte. Quando o Awo saca e ste
Od u se u filho deverá fi car sem sair de casa durante sete dias, porque sua
vida co rre perigo. É nece ss ário respe itar os mais velhos . Respeite seus m ais
velhos , familiar e s de Santo , para q ue não lhe so brevenha alg uma maldi ção .
Neste Odu nasceu o caminho da recreação. Omolú tem que ser agradado.
Procure saber o que des eja. Fal a de alg uém que m antém r elaçõ es s exuais
co m uma apetebí e co m o utra mulher d e sua pró pria família. Neste O du
trai-se mesm o sem querer. A pesso a acredita que está amarrada por um
feitiço. É intran sigente, não aceita conselhos nem orientações. A mulher
quer fugi r com outro ho mem. Os inimi gos cos tuma m faz er bruxarias e m sua
própri a cas a. Uma mulher fez um trabal ho para pr ejudicá- lo. Página 88 de 633
Dice Ifá
Não po de ter, em sua c asa, cã es que uivem dur ante a noite. I sto po de
atrasar sua vid a. E xiste um feitiço enterr ado na porta da sua cas a. Você
pode tentar o s uicídio, m as não irá mo rrer, tendo que c onviver , depo is, co m
as seqüelas físicas e mo rais ocas ionadas por seu ato tr esloucado. Não
beba bebi das alcóo licas, isto só lhe faz mal. Sua saúde es tá mal. Vá ao
médico e f aça um exame de sangue. Cui dado para, por falt a de juí zo , não
ass umi r a culpa de at os praticados po r outras pes so as. Uma mul her está
grávida, mas o filh o não é de s eu marido. Não imite a maneira de vestir d e
ninguém, poderá ocorrer uma troca de cabeças. Evite discussões dentro de
casa. Você e s eu cô njuge devem buscar a co mpreensão mútua. Assinala
doenças no sangue e doenças venér eas. C uide do es tômago e do co ração.
Suas c isas es tão entr avadas. Faça ebó para que pos sa s eguir em frente e
evite discussõ es com s eu cô njuge. Se f or mulher soltei ra dev e receber
Akofá, imediatamente, para q ue enc on tre o co mpanheiro de sua vida. A
mulher aband ono u o marido e e ste não lhe dá nada pa r a sua s obrevivência.
Chegarão no tícias s obre um ente queri do. Exi ste uma pes so a que g ri ta
durante a noite po rque tem visõ es as sus tadoras. Pági na 89 de 633
Dice Ifá Neste s igno nasceu a determi nação de so prar obí mascado co m
ataré aos quatro pontos card eais, sempre que se f az ebó . Antes de co meçar
o ebó o Awo masti ga um peda ço de obí co m qua t ro grãos de atar é e s opra
9 - "Em S avé, Xapanã teria vindo de Oyó e, um a divindade cujas c aracterí stica
s s ão as mesm as de Omo lú, é aí chamad a de Olú Odô (O Se nhor da Á gua).
Ele carr ega uma vasso ura na mão e te ia vind o de Adjá Popô , segundo uns, e
Aisé, se gundo o utros , seria aind a, uma div indade fe minina. Em Dassa Zumê,
Xapanã é conhecido pelo nome f on de Sakpa ta. Omolu é aí dupl o, m
asculin o quando c arrega um facão e f emini no quando tem um abano e um
espanta-mosc a s . (Verger, Pierre F . - Orixás Deuse s Iorubás na África e no
No vo-Mundo . - pg. 218). Página 92 de 633
Dice Ifá Coloca-se, para obter proteção dos céus, do is co cô s pint ados de
efun, no telhado da casa . Não se deve comer quia bo. Por este signo s eus
filhos se cas am, se m refletir , co m a primeira pess oa que apar ece e , depois ,
vivem infe lizes e po dem mo rrer de tr is tez a. Manda pint ar a casa de branco
para que s e to rne propícia a uma visit a que Ob atalá lhe fará, trazendo uma
grande graça. Os fi lhos deste Odu não devem mo lhar-se na c h uva e, se fo r
filho de O batalá, deve vestir- se s empre de branco. Não lance maldiçõ es c on
tra filhos de Xangô po rque cairão c ontra você mesm o. Uma prag a de um
filho de Xangô , f at almente, irá atingi -lo. Cuidado para não mo rrer
repenti namente. Consulte um médico per iodicamente. Pr oc ure saber o que
Exú quer de voc ê antes que ele crie um pr oblema que poderá pr ovoc ar o seu
afastament o de casa. Não se ja ingrato co m quem lhe faz o bem. Se, numa
viagem, tiv er que atr avess ar o mar o u um rio, f aça antes um ebó para evi ta r
contrat empos. O orgul ho e a displicência podem provo car seu af astament o
de casa. Cuid e de um egun f amiliar que, e m sua vida, so fria das pernas o u
usava mulet as. Cui dado co m desgo stos provo cados por derr amament o de
barco. Um acid ente poderá provoc ar sua morte por afo gamento. Um ir mão
lhe tem in veja e deseja pos suir tudo o que é seu. Tenha muito cuidado. Voc ê
passará por um gra nd e sus to ao enco ntrar com uma pes so a que jul ga estar
mo rta. Isto poderá abalar sua s aúde tempo rariamente. Quando fizer um
trabalho, não co bre em demasia, pois isto fará com que o cliente não v o lte
mais. Página 94 de 633
Dice Ifá
deverá ser colo cado dentro do igbá de Orunmil á e co mer com e le. Ass inala
falta de ar , insuficiência r espirat ória e doenç as c ardíacas. Os filhos deste
Odu têm que faz er borí com e já enir ú . Têm q asse ntar Azawani, Oduduw a e
Osain. Neste Odu nas ceu a c erimônia do Axexe e demais rit uais fúne bres. 10
10 - Peixe-espada. Página 95 de 633
Este Odu ass inala pr oteção de Exú, Orunmi lá, Ogun e Oxun. Tem que s e
providenciar um ele ké e um idé de Orunmilá, o mais rápido po ss ível. Fo i
neste Odu que se co zinhou pela pri mei ra v ez. Assinala sof rimento causado
pelo fo go. Ifá s e afas ta. Marca so frimento no ventre. A pesso a veio ao
mundo po r uma graça dos Orixás. Ho uve muita rogação neste s enti do. O
Awo deste signo não s e o cupa com Ifá, por isto, não é reco nhecid o co mo
sace rdote. Fala da d es truição das terr as de Carabalí e L ucumí. É um signo de
desco nsideração. Po de-se s o rer de paral isia int estinal. Por es te Odu o c ervo
salvou a humanidade quando Ik ú s aiu para ext erminar todo s o s s eres
humanos. Por este mo tivo, Olofin castigou- o c o m a maldi ção de não poder
falar. Sacrificase cervo à so mbra. Proíbe o co nsumo de carne de cervo. Tem
que cri ar um cervo des de pequenino que não poderá ser mo rto, nem vendido
, nem dado a ninguém. Quando o animal morr er de morte natur al, faz -se e bó
com sua ca beça. Os ciúmes e a desco nfiança podem por fi m ao
casame nto. Tem que c uidar do cé rebro. Alguém na famíli a está o u mo rreu
louco . Existe alguém que escuta o que voc ê fala para r epr oduz ir de maneira
distorcida. Não beba bebidas alcó olicas. Pági na 96 de 633
Dice Ifá Não pode s e abo rrece r, so fre de falta de ar . Você deverá o cupar um
cargo muito importa nte no decorrer de sua vida. EXÚ MARIMAYE Esculpe-se
uma cabeça numa pedra de cantar ia. Enfeita- se c om dez búzio s a o redo r do
pesco ço, vinte e um na base e três na testa. C olo ca-se um búz io em cada olh
o , um em c ada ouvid o e um na bo ca. No alt o da cabeça in troduz-se uma
lâmina d e fac a e uma pena de eko didé. Ao redor da l âmina, na base,
colo ca-se contas de O runmilá. Depo is de pronta a cabeça, antes de co locar
a carga, leva- se a uma mata e, ali, sacrif ica- se um preá. Com o co rpo do preá
faz -se um pó que dev e se r misturado co m pó de casco de ajap á, de cabeça
de andorinha, de cabeça de peru, de madeira de ig uí donso nko (Psycho tria
brownei. Spren g y P.A. Rich.), de made ira de iguí biexu (C apparis c yno phallo p
hora. Lin.), de madeira de iguí inabiri (Palo bobo). leva vinte e uma diferentes f
olhas de Ex ú, pó de chifre, obí, orogbo, os un, azô gue, pó de peix e, epo -pupá ,
aguard ente, m e l, vinte e um ataré e e nxof re. Pág ina 97 de 633
Dice Ifá I II II II I II I II OYEKUT URA R EZA DE O YEKUT URÁ O yekuturá T es ia akiki
Olorun obí lolun mati mibi kogun Awo Apigumi wá ta akin adilá sara akukó
abelo O runmil á.
Dice Ifá Você acha que sabe tudo, e, po r isto, não aceita co nselhos ou
orientaçõ es de quem tem ma is s aber e mais experiência. Isto só tem servido
para at rasar seu dese nvolvi mento em todos os aspectos. Tenha muito
cuidado co m a bebida. Alguém t orce para v ê-lo ébrio e caindo pe las
calçadas, para então , desm oralizá-lo. A b ebida ir á prejud icar sua saúde, sua
mo ral e sua vida. Uma mulher q uase m orreu de desgo sto po r sua causa.
Peça-lhe perdão para que sua vida po ss a evo luir. Se e sta mulher já estiver
morta, mand e rezar uma missa po r sua alma. Em oso gbo ass inala: A pesso a
fez alguma coisa grave e, por isto, se us caminhos enco ntram-se f echados.
Em oso gbo arun ou o so gbo Ik ú 11 pode- se f azer algum a co isa par a que o
doe nte melhore um pouc o mas , no fim, vi rá a falece r do mal que o af lige.
EXÚ AIYANGI ELUFÉ É um Exú da Terra Dass á, també m cha mado Kpo li.
Fabrica-se um bo neco de mad eir a de ceiba que tenha o s braço s articulados .
Veste-se de preto e ve rmelho e deix a- se s olto dentr o de uma panela de
barro. D urante seis mes es trabalha par a o bem , no s o utros seis mes es,
trabalha some nte par a o mal. É ass entado co m o s acrifício d e um gal o e s ua
carga v ai sendo c olo cada no deco rrer do tempo, na me dida em que vai
pedindo o que quer. 11 - Prenúncio de do ença e prenúncio de mo rte Página
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Dice Ifá Você está numa di sputa com uma pess oa que já fo i sua amig a e
que hoje o detest a. Tenha cuid ado co m fe itiços que podem atin gir seus
membros inferiores, deixand o-o sem po der and ar. Seu maior erro é pens ar
que sabe tudo, que sabe demais. Cuid ado c om hérni as estrangul adas.
Domine seu gênio para que um ato violento não o leve à perd ição. Afastese
de uma pess oa amalucada que mora o u freqüenta sua cas a. Uma filha de
Yemanjá s erá s u a sa lvação . MEDICINA PARA LEUCEMIA To mar, to dos o s
dias pela manhã, chá de ewe atiodo ( Mangifer a indica. Lin.) e ewe isiami
(Solanum to rvum. Sw.). Depois do meio dia, tomar su c o de laranj a batid o
co m a gema de um o vo. Página 10 1 de 633
tem que ser sempre in vocado. Sua presença re pr esenta todos os mortos
conhec idos . Faz- se rogaçõ es a Xangô co m cana de açúcar . Oferece- s e, a
Obatalá, cana de açúc ar, ef un e o mi, dentro de uma tigela br anca. Para
so lucionar problemas dá-se, a qualquer Orix á, adimú de cana de aç úcar e
coc o ralado. Foi po r este ca minho que Orunmi lá chegou a um local o nde
não e xistia m seres vivos e que s ervia de d escanso para todos os reis de Ifé.
Por este caminho dá- se de c omer a todos os egbomi s mo rtos . Assinala
proteção de Yemanjá. Tem que as sentar Olokun. E nsina que o s emem do s
efeminados engendr a da m esma fo rma que o dos ho mens. A s pesso as
deste signo não devem usar p erfumes nem co locar flores dentr o de sua
casa. Este Odu mos tra a mor te em so nho . Deve-se faz er, imediat amente,
ebó c om um carnei ro, ekodid é, pano branco , pano pret o e pano vermelho.
Aqui nasce u o pacto fo rmalizado entre compadres. N este Odu Y emanjá
jogo u Okpele. Aqui nasceu o casamento entre primo s. Uma mulher, q ue vem
do S ol sair, reco lhe-se co m uma e spo nja nova a água al i depositada pelo
sereno durante a noite, es preme- se a es ponj a dentr o de um recipiente
qualquer e, ass im, vai-se juntando, ao s po uco s, a água d e sereno . Página
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saúde. É o signo das lagoas, po r isto, tem-se que of e recer sacri fícios ao s
espírit os das lago as. Foi nes te caminho que O xun adq uiriu esc r avos. Para
co nse guir mulheres, o ferec e-se um preá dentr o de uma c abaça a Elegbar a. N
o me smo dia em que se enco ntra este signo o ferece-se cinco akar ás a
Orunmilá, co m pó d e peixe, de ekú e cinco moedas. Despacha- se, no me smo
dia, no c emitéri o. O Awo, depo is disto , limpa- se c om bof e de boi, amarra o
bof e co m uma fita preta e pendura n o galho de uma árvo re qualq uer. Não s e
co me carne de carneiro. Assinala morte repent i na. Não se deve cruzar
bos ques para não adquirir negativ idades. S e f or mulher, deve usar ao dormir,
um id é co m co ntas de Oiyá , co mo proteção co ntra Ikú durante o s ono . O
hom em de s ua vida t em que s er Babalaw o. Página 104 de 633
Dice Ifá Deve vestir- se de branco e ass entar Orunmi lá. Tem que ter cuidad o
para não levar um flagrante de seu marido. EXÚ LARUFÁ Este Elegba é
assentado num b onec o co m dois corpos unid os pelas co stas, sen do um d o
sexo masculino e o outro do sexo f emini no. Am bos têm que ter os órgãos
sexuai s muito bem definidos. Fica instalado dentro de um alguidar d e barro,
dentro do qual colo ca-se a seguinte carga: Obí, oro gbo, o sun, terra de
cemitério, terra do alt o de um mo rro, terra do f undo de um rio, pe queno s fios
de contas de diversos Ori xás, ewe eran, ewe kar odo, e levante, iyer osun
rezado de Oyekufun, co ral, âmbar, az ev iche, um pedaço de co bre e terra da
sepultura de uma cri ança. Depois de pronto e lav ado co m omieró de f olhas
de Exú, l eva-se ao pé de um mo rro e ali, colo ca-se dentro do alguidar quatro
pedaços de co co com um atar é em c ima d e cada um. Peg a-se um o tá do
chão e co loca-se dentro do alguidar , co bre-se c om tabat inga, pr ende-se o
boneco e, s o bre ele, s acrifica-se uma galin ha e um galo pret os , faz endo
depois, a seguinte r eza: Exú Larufá omó leri, awa Ikú Exú Larufá, leri Obá Ikú.
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Dice Ifá DESVENDANDO OS SEGREDOS DE IFÁ PARTE III II II I I I I II II IWORI
MEJI REZA DE I WOR I MEJI Iwori Meji iguí iguí, miyo m iyo , adif afu n Kolokó
iyebefá tiroke Iyá lam pé Xangô , Aroní yeó Eleripin Orunmi lá lorugbó. Este é
um Odu masculino, filho de Tehitana e Houlo godo . Este Odu determi na que
se resguarde a cabeça de s ua ação de Anjo Exter minador . O termo Iw ori
significa ªco rtar a c abeça º o que, pela influência deste Odu, é determi nado
num plano de existência inco mpreen sível e inacess ível para nós. Aqui
nasceu a decapit ação, o s animai s fe rozes , as bestas fer o zes que hab itam
as f lorestas, pr incipalmente a hiena que serve como seu s ímbolo e s otéri co .
T rouxe ao mundo o co stume de comer carne. Está l igado ao ponto c ardeal
Sul e, po r isto , é um do s quatro pri ncipais Odus de Ifá. Foi a este Odu que
Olofin co nf iou o cutel o do carr asco . Sua cor é o marrom-avermelhad o e é
através dele que se faz o mal às mulher es usando, para este fi m, panos
sujos de seu s angue menstr ual coloca dos dentr o de uma cabaça ju nto co m
pó de peixe e de preá e um peixe de água doc e. Ao red or da cabaça, do lado
de fo ra, co loca-se c inco pe nas de eko didé . 2 1 1 - Iwo = co rtar; ori = cabeça.,
2 - Pena vermelha de uma e spéc ie de papagaio africa no (odidé) . Página 106
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Dice Ifá Prenuncia a morte de uma criança. Fala d e chan tagem, roubo ,
instabilidade no matri mônio, mulher inescrupulosa que usa de todos os
meios, por mais imorai s que s ejam, par a co nquistar o ho mem desejado.
Provo ca psico se, esquiz of renia e per da de memór ia. Para remediar a perda
de memória deve-se colocar um sininho em baixo do traves seiro e tocá-lo à
meia noite em po nto para inv ocar a pr oteção dos 16 Odus princi pais . F al a
da destrui ção dos filhos de Orunmilá por quer erem sabe r mais que seu pai
que, por mai s que fi zes se, não co nseguiu sal vá-los da co ndenação imposta
por Olofi n. Aqui nasceu a gono rréia e o s malefícios que pr opo rciona aos
seres hum anos . Isto f oi um castigo p orque algumas mulher es prati cavam
sexo co m os cães. Surg iram as so brancelhas, os cíl i os e o c os tume d e
piscar os olhos para mant e-los sempre molhad os . Nasceram os s issíos e
os zum bidos emitidos pe la terra para manifes tar seu des agrado e lembrar a
os homens que, a mat éria com que são confeccionad os os seus co rpos,
pertence à e la. O Aw o que tenha um afilhad o deste s igno deve evitar dar-lhe
muito poder, pois são pe sso as muit o perigosas e , dentr o de cada uma
delas, existe uma verdadeir a fe ra ad ormecida. Os fi lhos deste O du oc ultam
muitas verd ades dentro de si mes mo s. Não dev em rece ber visitas de
estra nhos depois das dez oito ho ras. Este signo despert a a pess oa para que
descubra grandes co isas a partir de detalhes insignifi cantes. Di ss e Ifá:
"T rançando linhas se faz uma co rda". O patuá deste Odu leva terr a de
remoinho e areia d o local onde o rio desemboca no mar. Aqui nasceu o
direito de não querer - se jo gar depo is das dezo ito horas. Proíbe, a seus
filhos, c omerem galo e amalá. 3 3 - Os O dus pr incipais s ão o s dez esse is
meji, também chamados "Oju Odu". São eles , se g undo a ordem de chegada:
Ejiogbe ; O yeku Meji; Iw ori Meji; O di Meji; Iros un Meji; Owó nrin Meji; O bara Meji;
Okanran Meji; Ogunda Meji; Os á Meji; Iká Meji; O turukpon Me ji; Otura ou Otuwá
Meji; Irete Meji; Oxe Meji e O fun Meji. Página 107 de 633
Dice Ifá A proteç ão des te Odu vem de um chifr e de boi co m seis barras de
aço dentro, envolvid as em pano pret o e amarr adas co m arame de aço, que
Dice Ifá Com as fo lhas prepar a-se um amasí com muito o rô para Osain.
REZA DE IWORIBOGBE Iworibogbe Ifá mayewé, Ifá Afefé ti ikí ití ewe anakun
Orun Bebeni. Ifá Ad yoko Onibarabani regun ará buxe, Awo Mayewe, Awo
Adiyoko ori Ifá o ni Xangô, o niwó O lokun o nini Ifá. Este Odu resulta d a
interação de Iwori com Ogbe. Nele se e nco ntram três do s quatr o e le mentos
naturais: Água, Ar e Fogo. Seus filhos costumam ser avaros e têm vocação
para a p r ática da vi garice. Suas vidas são marcadas por tormento s e crises.
Aqui nasce ram as injúr ias e as af rontas. Pr ovo ca atrasos na prosperidade
Dice Ifá O Awo des te Odu não deve trabalhar co m Ifá quand o o co rrerem
tempest ades. Nest es c aso s, deve marcar seu s igno no chão, ajoelhar -se e ,
colo cando a cabeça so bre o signo tr açado, faz er a sua r eza. Os Awo de
Iworibogbe vivem sós e mo rrem só s. Quand o c hega a hora de sua morte
todos os famil iares e ncontra m-se distant es. Têm que s e r o bedientes e não
podem ingerir bebidas alcoó licas. A pess oa, para q uem saia es te O du, tem
que colo car um i defá 4 co nfeccio nada com co ntas ver des e amarelas,
alternadas de uma a um a, o mais rápid o pos sível. BANHO DE PROT EÇÃO EM
IWORIBOGBE. Água de r io, água da quar tinha d e Oxun e doz e lírios bran cos .
Este banh o deve ser tomado às doz e ho ras do dia. PAT UÁ DEST E SÍGNO
PARA SER USADO NO BOL SO. Pó de o ss o de cabe ça de ajapá, r aiz de afo mã
( Fi ccus membranacea. C. Wright.), pó de o ss o de c abeça de f rango preto,
obí, o sun, ataré, q uatr o penas de ekodidé. Colo ca-se tudo num saquinho de
pano vermelho . Todas as qua rtas feiras so pra-se um po uco aguard ente. 4 -
Pulseira de Ifá Página 111 de 633
Dice Ifá II II II I II I II II IWOR IYEKU REZ A DE IOWO RIYEKU Iworiye ku inkan Ikú
om belare oun ye lein int ori ikan to walore a lá to guman alá bur uru oun bato nxé
gbe inkan to gire lori ko mawá yo te lowo loma n i mi ob o ri. É filho de Iwori e
Oyeku. Neste Odu f alam Orunmil á, Oxun e Yemanjá. Tem que receber Or
unmilá e cultuar todo s o s Orixás. Par a obter-se a proteção de Xangô deve-se
dar-lhe uma of erenda de vi nho tinto, mel e do is charutos. Depois toc a-se o
xeré e pede-se o que s e dese ja. Se f or mulher, existe um egun que a impele à
prática da prostituição. Assinal a traição por parte da mulher. A mulher traiu e
chantageo u o ho mem que, ago ra, desej a matá- la. Assinala que a mulher t em
dois homens que per tencem a um mesmo grupo re li gioso ou a uma mesma
so ciedade. A ss inala uma guerr a por causa de um certo ho me m. É um signo
que assinala chantagem, es te é o s eu atri buto. D isse Ifá: "Em boc a fec ha da
não e ntra a mo sca". Não se deve come ntar o que se vê. É preci so ter mu ito
cuidado co m as palavr as. Tem que faz er ebó para não pass ar por idiota
diante dos outros . Ensina que as mulheres que não me nstruam d evem usar
uma guia de Osain. Se fo r homem, a m ulher fi cará doente e nunc a mais
Dice Ifá Cui de bem dos seios e tenha cuid ado co m um aborto que
represe nta risco de vida. A pesso a fez uma inimi zade mo rtal. O dinheir o
chega s empre muito quente. A qui na sceram as pegadas s obre a terra e o
rastro que se reco lhe par a faz er o bem o u o mal. Quando surge este Odu a
pess oa tem que fi car sete dias se m ir ao campo . A m ulher é levad a por um
egun, à prática do lesbianismo. TRABALHO EM IWORIYEKU PARA CONSEGUIR
DINHEIRO. Fo lhas da cana do milho, uma e spi ga de milho, pano branco.
Corta-se a espiga em duas par tes e se e nvolve, em s epa rad o, nas fo lhas de
cana de mil ho, embrulha -se as duas, juntas, no pano branco e of erece- se a
Orunmilá, dizendo: Orunmilá owo ire umbó. EBÓS DE IWORIYEKU: I - Um galo,
dois po mbos , três ramos de árvores (perguntar quais) p intados de branco e
vermelho, pano branco e pano vermelho. L eva-se tud o para o m ato, passa-se
no co rpo da pesso a, so lta-se o s po mbos vivos, sacri fica-se o galo e arria-se
REZA DE I WORIDI Iwori Bo de, Iwori Ifá, Ifá I wori, omó yebé go ngoló , yebó
Obatalá, abur e ni If lo kun Gbore, o mó ina bore Ifá w olode fi alaguema sayeré,
Ifá Oxalá l orubo. Est e Odu fala de fenô menos marinhos co mo maremoto s e
alteraçõ es nas marés . É o resultado d a interação de Iwori com O di. É um
signo de pe rdas e prejuízo s. Aqui a felicidad e nunca é c ompleta, sempre
surgem problemas familiares e desentendimentos entre cônjuges . Fa la do
ego ísmo do s filhos que pretendem governar os pais. Se a mulher enviuvar ,
A pesso a tem tendências a fi car distraída, sem to mar conhe cimento do que
oco rre ao r edor. Tem os o lhos fe chados e é neces sário abri -los. Seus
inimigos s ão dissimulad os e s ó agem à tr aição. Não s e deve viv er nas
alturas. É preciso botar os pés no chão , enc arar a r idade de frente e,
principalmente, pr ocurar distinguir os verdadeir os dos falso s amigos . Poss ui
mediunidad e e, enquanto não cuidar d a parte es piritual, s ua vida não po derá
evo luir em nenhum aspe cto. Fala de t ouradas, do touro e do toureiro. Pág ina
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Dice Ifá Ass inala uma d emanda co m um macumbeiro. Para v ence r esta
para passar no client e, o galo é of ertado a Eleg bara, os dois pombo s são
sacrificados para Obat alá e o pe ixe é of erecido ao Ori da pess oa. Página 115
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REZA DE IWORI KOS O. Iworikos o eni ewá O gboni Egun Ikú ayegue, iwone ke
arun efun. Efun lelé ye kun Iyá arun leyé leyé intori ar un Obo nhú. Oluw o
Aboman Ifá omó Awo O yeku leyé lengue ngue Orun Ogbo ni Fá Inle ebó lo kun
omó niká. Neste Odu a pesso a tem que asse ntar Odud uwa, Olokun e O xaoko.
É o enco ntro de Iwor i com Irosun. Aqui falam Orunmi lá, Elegbar a, Xangô ,
Yewá e Aganjú. Deve- se co loc ar, e m E legbara, f olhas de parrei ra e de figueira
e depois, prepar a-se um banho co m elas . Tem que buscar pr oteção em
Aganjú. O Exú deste O du tem três caras e seu nom e é Atitan. Sac rifi cam-se
dois po mbos À Yewá e despacha-se dentro de uma s epultur a. Aqui, sempre
qu e a pess oa fo r mudar de um lugar para outro, tem que dar al guma co isa
para Azawa ni. A pesso a é aco mpanhada por um Egun d eno minado "Babá
Merin Laye ". Este Egun come galo no s pés de um arabá. Aqui nasce u a
proibição de se pisar a esteir a co m o s pés calçad os . Nasceu a hipocri sia e a
acumulação ano rmal de líquidos e m qualq uer par te do co rpo. A ss inala
inveja que atrasa o desenvolvimento das atividades comerciais, roubo no
comé rcio e transações desleais. Tem q ue faze r ebó co m qua tro po mbos
que são of erecid os a O batal á. Colo ca-se, e m Obatal á, uma co roa co m
deze ss eis penas de ekodidé. D etermina v id a longa. A pesso a morre de velha.
5 5 - Pai dos Quatro Cantos do Mundo Página 116 de 633
Dice Ifá Quando se sabe, diz-se que não se sabe. A qui a s po mbas botam os
pombo s a perder . A pess oa não s e se nte bem onde es tá. Por circunstâncias
de vid a, está separad a do pai que hoje não se o cupa com ela mas, amanhã,
precisará d e sua ajuda. Quando isto aco ntecer, ajude- o e dê-lhe apo io até
que venha a mo rrer ao s eu lado, Deus saberá reco mpensar su a atitud e. Este
Odu mora num pânt ano o nde as po mbas se perdem. Ode de ciúmes e da
coto rra ( Ave ameri cana da classe dos Peitácid os , um pouco menor que o
nos so papa gaio). Iwori Kos o faz seus filhos s erem r omânticos. Provoca
insuficiência d e ho rmônios que fa z em co m que o pênis se reduza de
tamanho. Marca complexos de superioridade que oca sionam as separações
entre as pess oas. Neste Odu a galinha d ang ola não po ss ui crista. O ti gre
capturou uma pr esa, m as fo i de tal forma perseguido e enc urralado que f o i
obrigado a s oltá-la. A mulher tr ai o marido. A pesso a dorme mal e tem
pesadelos . Alg uém não queria que a pesso a nasces se. EBÓS DE
IWORIKOSO. I - Duas galinhas, pano preto, vermelho e branco . Pó de preá, pó
de p eixe, milho to rrado, dendê, aguardente e o rí da co sta. Sacrifi ca-se as
galinhas por estrangulamento, abre-se-lhes os peitos e coloca-se, dentro, um
pouco de cada in grediente relacionado . Embrulha-se no s pano s e
despacha-se no cemitério. I I - Duas galinhas são sac rificadas, uma po r
estrangulamento e a outra por decapit ação . O resto do ebó é exatamente
igual ao anteriormente des crito. Página 117 de 633
Dice Ifá As pess oas deste s igno devem cuidar de um Egun deno minado
Babá Oba A xe, que é tr atad o num coc o seco , dentr o do qual se int roduz, por
um buraquinho fe ito na par te de cima, seis grãos de ataré, no ve gotas de
epo-pu pá e um pouco de aguar dente. Na casca do co co se marca os O dus
de Egun e o co co é co locado num algui dar pequeno co m um c har uto aceso
em cima. De três em tr ês mes es o co co é substit uído e despachado ao s pés
de u m arabá. Fal a da espiga de milho e manda que se cante se mpre. A
pessoa, embora pas sando por grandes dificuldades, não deve chorar
miséria, ao co ntrário, deve mo strar-se satisfe ita e cantar p ara que a miséria
se af aste. Em oso gbo indica gr andes difi cu ldades fi nanceiras. Os ebó s
deste Odu, par a que surta m efe ito, devem ser passados pelas cos tas do
cliente e por dentr o de suas roupas. A pessoa é o rgulhosa e isto p ode
causar-lhe muitos problemas. EBÓ EM IWORIWORIN PARA DOENÇA. Um galo,
roupa usada , uma bengal a e todo s o s ingr edie nt es c omuns às o ferenda s de
Exú. Passa-se o galo nas costas da pessoa e sacrifica-se normalmente a
Elegbar a. Rasga- se as roupas no co rpo e, co m elas, e mbrulha -se o galo.
Deixa-se diante de Elegbara d urante umas duas o u três ho ras e depo is
despach a- se numa sepult ura. Depois de feito o ebó, o doente deve
caminhar , todo s o s dias, de sua cama até a porta da rua, apoiando-se na
bengala. Quando ficar int eiramente curado, deve o ferec er a bengala a
Elegbar a junto co m o utro galo. Página 11 9 de 633
novo s. Indica que exi ste uma pedra em seu caminho . Tem que o ferec er um
cabrito a Exú par a que seus c aminhos sejam abertos. Aqui nasce ram os
ciúmes. Disse Ifá: "Aquele que se inco mo da perde a par ada". A pesso as tem
inimigos dentro de s ua própria casa o u em se u local de tr ab alho. A pess oa
tem que faz er Ifá. As veze s sa ber esperar é melhor que viv er co rrendo .
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Dice Ifá Uma mulher fez ou f ará um t rabalho de f eitiçar ia co ntra a pess oa.
Para desfaz ê-lo, tom a-se banho de omieró de alfavaca, beldr oe ga e
abre-caminho . Reze sem pre ao s eu Anj o-da- Guarda. E ste Odu indica que a
pesso a tem bom coração e que, por este motiv o, to dos se aproveit am del a.
Precisa s aber selecionar mel hor suas amizades, disti ngui r os amigos dos
aproveitadores, para q ue sua vida não se ja marcada de desgo sto s e
decepções cons tantes. SEGREDO DE ST E ODU P ega-se um pedaço de carn e
de vaca e abr e-se co mo s e fo sse um li v ro. Pa ssa-se embaix o das axi las e
depois, unta-se c om aze ite de dendê e pede- se a graça que se deseja o bter.
Em segui da, cospe-se tr ês vez es dentr o da carne e fechase co mo s e fecha
um livro. Leva-se a uma linha férrea e deixa- se so bre um tr ilho j unto c om se te
mo edas co rrentes. Entr egase a Ogun e pede-se a s ua proteção . Página 121
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Ofereça adimús à Oxun com cinco co isas diferent es, para o bter sua ajud a e
sua proteção. A pessoa possui um inimigo que está lhe prejudicando, sabe
que ele existe, mas desconhece sua identidade. Tratase de alguém muito
ingrato e que não demons tra reconhecimento por nada qu e se faça em s eu
favor . Sofre-se uma ameaça de agr essão com faca. E xiste o risco de se
perder uma das vistas num acidente. Per igo de intoxicação provoc ada por
um alimento que é interd i ção de se u Orixá. Página 122 de 633
Dice Ifá Não se pode faz er opos ição a um namoro de uma fi lha, p ois isto
fará q ue ela fuja com o s eu namorad o. Se isto aco ntecer, não a persi ga nem
a condene , po is mais tar de haverá reco nciliação e f elicidad e entre t odos .
Não s e po de co ngregar o mundo. A guer ra existe e é precis o lutar par a
vencê- la. Siga os co nselhos de sua espo sa para nã o perdê-la e, n o futur o,
não s ofrer por ar rependimento. C onfie se us problemas à sua mulher para
que ela rogue ao s S antos por sua f elicidad e. Não maltrat e nunca s ua mulher ,
ela é a bas e de sua felicidade. Este Odu fala de uma pesso a que não
co nhece u a própria mãe. A pes so a tem uma fi lha a quem não rec onhece u.
Disse Ifá: "Quand o se semeia o feijão fradi nh o, ele se arrasta por nove dias
pelo chão antes de erguer- se e pro duzir seus f ruto s ". Disse Ifá: "É preciso
paciência e persistência. Par a se c hegar ao pico tem-se que ve ncer as
adversid ades da vida". Aqui nasce u o ewe tuátuá. Para insô nia e erupçõ es
cutâneas, t o ma-se chá de tuátuá e s alsapari lha. (Smilax Havanensis. Jacq.) .
SEGR EDO DO ODU O iyerosun que s e usa no tabuleiro tem que levar pó de
ekú e pó de ejá. T em que ser rezado no tabuleiro. (Rez a deste Odu e dos
dezesseis Meji). EBÓS EM IWORIKANRAN. I - Uma franga, um ajapá, um
morcego, uma faca, pano branco, pa no preto, água de ri o, fo lhas de oxiba tá
(Vitória Régia) , raízes de eyeuro , s alsa, pó de ekú pó de peixe. I I - Um carneir o
branco, um galo br anco, um boneco preto vestido de azul e branc o, duas
máscaras, água do mar , uma tarr afa, uma vara de pesca c om anzo l e linha,
pó de preá e de peixe, dendê, me l, aguard ente e muitas mo edas. Página 1 23
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Dice Ifá Tê m que ter muito cuidado quando sae m na rua, po is são
co nstantemente vigiad os. Têm qu e recebe r um pat uá de segurança para que
não s ejam ati ngidos po r malefício s. Se tiver em uma fi lha ou mes mo uma
afilhada, não devem ser omisso s em relação a elas pois s ua so rt e es tá em
manter sempr e um bom relaci onamento co m elas. São pesso as co m alto
poder i ntelectual e invari avelmente so frem de dores de cabeça . Têm que
tomar borí p eriodicame nte par a sanar este mal. Se f or ho mem, go sta de
explorar mulheres, principal ment e mulheres muito jo vens, à s quais
homem e que é persegui da por outr o homem ao q ual não dese ja. Go sta de
ter dois homens e isto a colo ca sempre sob o risco de so f rer violências e
até de se r assas sinada. É um Odu que fala de tr atos verbai s. Não existe m
documentos que comprovem legal mente os direitos da pess oa e que serão
usurp ados por ter ceiros. As pesso as deste s igno não podem co nfiar em
ninguém e todos o s seus n egócios devem ser muito bem documentados
para que não venham a caus ar problemas e gr andes perdas. 9 - Grupo
so cietár io o u reli gioso . No presente caso , refere- se a uma co ngregação relig
ios a. 9 Página 125 d e 633
pess oa gos ta de caçar . Quem mata com fe rro, mo rre pelo f erro. Disse Ifá:
"Quand o o homem sai de casa, a mulher p ode c olo car pa ra dentro u m o utro
que desfrut a do que é seu, c ome do melhor que poss ui e do f ruto de se u tra
balho" . A mulher se apaixona pelo m elhor amigo de se u marid o e po de ficar
grávida deste homem. O ho mem tem uma mulher q ue, toda vez que faz sexo,
fica doe nte ou s e nte-se mal. É preciso f aze r ebó para q ue es te problema
acabe. A p esso a pos sui um se xto sentid o muito desenvolvi do que lhe avisa
de muit as co isas, mas deve repr imir sua curios idade, po is esta lhe poderá
causar sé rios problemas . Página 128 de 633
Dice Ifá
agravem em demas ia. Se f or mulher: Seu mari do des co brirá que es tá sendo
traído e tentará mat á-la. Se voc ê não co nsegue pegar gr avidez co m s u
marido é po rque ele é estéril, embo ra não que ira admiti r. Muito cuidado co m
aventur as e xtraco njugais, pois disto po derá surgi r uma gr avidez que po de
ocas ionar sua morte de fo rma violent a. A sorte do ho mem deste Odu chega
através de uma afil hada o u de uma filha. Façalhe o bem que O xun haverá de
retribuir. A pesso a ass usta-se se m mo ti vo aparente o u tem taquicard ias
súbit as. Não queir a saber o mo tivo destes f enômeno s, m as, se mpre que
oc orrerem, trat e de proteger- se e res guardar-se, pois s ão aviso s de perigo
eminente. E ste é um signo de roubos e perdas. Não f reqüente lug ares
perigoso s, po is pode se r preso a qual quer m omento e ter séri os problemas
co m a justiça. EBÓS DE IWORIBOK Á: I - Um gal o, um pe daço de madeira de
uma casa ve lha, um pedaço de rai z de ma ndioca, uma pe dra achada na rua e
muitas mo edas. I I - Um frango, um galo adulto, o bí, ter ra de casa, pó de
peixe, de preá, aze ite de d e ndê, aguardente, velas, milho to rrado e muitas
mo edas. Página 129 d e 633
problemas a s erem r eso lvidos ou quando sentir- se mal. Deter mina que o
Awo tenha que ajudar a qualqu er outr o Awo que reco rra a se us préstimo s. Se
a pesso a vê coisas estranhas que l he a tacam os nervos na casa o nde vi ve,
deve mudar- se, imediat amente, para outro lo ca l. Foi neste cam inho que
Orunmil á apaix ono u-se pelos e ncantos de Yemanjá, o que o le vou a matar ,
co m uma esto cada, o rei do país o nde viv ia sua amada. Fala das inclemên
cias do tempo . A pess oa não deve to mar mui to S ol. 10 10 - O número 256
utilizado neste tra balho refere- se, co m certeza, ao númer o de Odus
co nhecido s no Oráculo de Ifá. Página 13 0 de 633
Dice Ifá Não se deve ter goteiras em casa. O telhado deve ser sempre
restaurad o. Deve-se an dar sempre co m a cabe ça co berta. Determi na
envo lvimento c om uma mulher que tem t ud o na vida, mas que foi
abandonada po r outro ho mem. A pr ópria família at rapalha o des
Dice Ifá I II II I I I I II IWOR IT URÁ REZ A DE IWORIT URA Iwori Otura iguí iguí,
miyo miyo , adifafun Kolokó iyebefá tir oke iya l ampé Xangô , Aroní yeó Eleripi n
Orunmil á lorugbó. Este é o caminho do curios o. Res ulta do enc ontro de Iw ori
co m Otur a. A pesso a é inco nformada. Num momento de desc ontrole pode
agir co m violência e destrui r sua fe lici dade. Par a evitar qualquer os ogbo,
faz-se o seguint e ebó : Sacri fica-se um galo, pa ss a-se no co rpo uma pedr a,
um co co seco e uma vela, colo ca-se num pano de qual qu er cor , co bre-se
com pó de peixe, pó de ekú, embrul ha-se tudo no pano e e nrola- se c om uma
co rda amar rando bem amarrad o. Leva-se ao alto de um mo rro e se lança
numa riba nceira. Por es te Odu f ala Yew á. É preciso ass entá-la e tê-la em
casa. Te m que dar adi mú à Ox un na be ira de um rio. O adimú tem que ser
entregue por uma fi lha de Oxun. Tem que ter um patuá feito c om uma pata de
veado. Os ho mens des te Odu têm q ue cuidar , co m m uito amo r, de suas
mulheres. Os Awos têm que po r, na mão maior de seu Ifá, uma e strela e uma
lua de metal b ranco. A folha do Odu é a manjerona. A pesso a tem que tomar
b anho co m um sabonete de seu uso exclusi vo. Não pode banhar -se co m
sabonetes us ados po r outr a pesso a. Assinala a t roca de cabeça de duas
irmãs. O Awo tem que ter um p a cto que ande s olto em sua c asa e limpar a
sujeira do bicho s em reclamar . Isto lh e asse gura boa so rte. Cuidado co m
acidentes em casa ou na rua. Página 132 d e 633
Dice Ifá
Tem que faz er fes tas para I beji e agrad ar sempre à Oxun para pr osperar na
vida. Di sse Ifá: "A os tra só abre a boca para come r". (É preciso falar pouco ,
só o indispens ável). Disse Ifá: " A cabeça tr opeça co m os pés". ( Pense antes
de falar e o lhe o s lugares o nde pisa). Disse Ifá: " A beleza atrai a boa s orte".
(Neste Odu, para que se fi que semp re em ire, é preciso cercar- se de c ois as
boas e bo nitas). Tem que c olo car, em Orun mi lá, uma coroa conf eccionada
com dezess eis ekodid és. Oferece-se, à Oiyá, feijão vermel ho e favas de aiyó.
Par a não so frer decepções , não s e faz nada sem ant es co nsult ar Ifá.
Assinal a um grande desgo sto relacionado à uma mulher gráv ida. Duas
mulheres falam de um hom em afir mando que ele jamais co nsegue
satisfaz ê-las sexualmente. U ma surpresa desag radável está em s eu
caminh o. S of rimentos ocas ionados por um problema na perna esquer d a.
ITANS DE I WORIT URÁ I - O veado e ra muito curios o e inxerido e, po r isto , o s
in imig os preparar am-lhe uma armadi lha. Quando pass ava pelo caminho que
conduzia à su a casa, o vead o ouviu o cantar de um gr ilo e, curioso como
era, pôs-se a procurar onde o bichi nho estava esco ndido. Desat ento ao nde
pisava, caiu na armadil ha que lhe haviam prepar ado e , des ta fo rma, fo i
capturad o po r seus adversári os. EBÓ: U m gal o, um pedaço de co uro de
vead o, pó de ekú, pó de ejá, um obé, dend ê, mel, o tí e velas. Oferec e a
Elegbar a. II - Xangô aceitou guerrear co m um inimigo muito mais f orte e
podero s o que e le. Inteligentemente, Xangô s ubiu ao alto de uma montanha
de onde podia ob servar todos o s mo vimentos de seu adversár io e, tão lo go
surgiu uma o portunid ade, at irou-lhe uma pedra, ating indo-o na cabeça e
lançan do-o ao so lo. Em segui da, Xang ô desc eu da mo ntanha e,
aproveitand o-se do desmaio de s eu inimi go, matou-o c om seu o xê Pági na
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Dice Ifá I II I I II I I II IWOR IRET E REZ A DE IWOR IRET E Iwori Irete adaé ebí o su
dudu ekun fibí kurumá tele ijó. Xeke irí xake adi fafun akukó mokekejé, ekó
tolo fe aniake omó Olo kun, bogbo Awo eranko eiyé xagobo aluku ini ka ni ejá
okó abele ik okó eji adi faf un Elegbara. Nes te signo nasc eram as quatr o
estaçõ es do ano . É o resultad o da interação de Iwori com Ir et e. É
encarregado de cuidar d o Opo nifá que era, anteri ormente, cuidado po r
Ogbewórin. U m dia Oxun embri agou Ogbewórin co m aguardente, enfe itiço u-o
com s eus encantos f emi ni nos e roubou o o ponifá. Revoltad o, O gbewórin
co meço u a destr uir a casa de Oxun, se nd o co ntido po r Iworirete que,
recuperando o tabuleiro, pass ou a ser o se u guard ião. Este Odu pr enuncia
fo go dentro de c asa. O Aw o tem que dar um bagre a Orunmi lá e, antes de
faz er Ifá a quem quer q ue se ja, tem que fazer ebó de limpez a, porque o O rixá
Dice Ifá Nes te signo o cabelo e a pele entr aram em di sputa porque, apesar
de viverem junt os, não s e toleravam, e tiveram q ue faz er ebó para que
pudesse m co ntinuar existind o, já que um não vive se m o o utro. Aqui fala a
cabeça O lori meri n. É um Odu de caprichos . Disse Ifá: O gal o pica o frango
porque reco nhece nele um futuro rival . O home m mad ur o mata a mulher
jovem quando es ta tenta abando ná-lo. Determina pro teção de Olokun e de
Oxun. Fal a de um hom em de mau caráter q ue, depo is de abandonar sua
própri a cas a, pretende vo ltar para continuar malt ratando sua mulher e seus
filhos . Assinala ch egada de dinheiro, provavelmente atrav és de alguém vindo
do interi or. A pess oa des te Odu não po de andar na rua d epo is das vinte e
quatro ho ras, po is podem depar ar-se c om fantasmas e ass ombrações. Se
fo r mulher, po de ter t rês home ns se ndo que um deles o cupa- se de
atividades co merci ais. E xiste um Egun que aco mpanha a pesso a faz endose
passar por bonzinho, mas que, de bom, nada tem. É preciso faze r ebó para
livrar-s e de sua má influência. É pr eciso ter muit o cuidado para que alguém
que det esta a pesso a não reco lha a poeir a de seu rastr o. Este é se u ponto
vulneráv el. Fala de três enf ermida des que devem s er trat adas e spiritualment
e. Assinala a presenç a de parasitas intes tinais. Pági na 135 de 633
É o resul tado do e ncontro de Iw ori com Oxe. E nsina que uma só cabeça não
pode go vernar d uas terr as s eparadas. Os filho s não devem se r criados
cheio s de vontades e s em dis cipli na para que não s e prejud iquem quand o
cresce rem. Não s e deve se r dom inado pela ambição. Aí está a perdi ção
deste signo. Se o s s eus fi lhos não vivem em sua co mpanh ia, pr oc ur saber
se a pes so a co m quem estão não os está malt ratando. Os filhos deste Odu
sentemse atr aídos por todo s o s tipos de jogo s, mas, co mo não têm sorte,
devem evitar esta prát ica, pois esta s erá a sua des truição. Tê m que cuidar
muito de seu trab alho, po is sempre exist em pess oas invejosas tentando
prejud icá-los nes te seto r. Quando as c oisas e st iver em entravadas, têm que
dar de co mer à Oxun na nascente de um rio para abr ir seus caminho s. É um
Odu de defeito s físico s e mo rais. Existe uma mulher complicada, fi lh a de
Oxun, que sempre está inst igando a pes so a. Não se deve dar atenção a e sta
criatura para evitar problemas. Aqui a mulher, por vaidade, apaixona-se por si
mesm a. A b anana está muito bonita por fo ra, mas por dentr o po de estar
bichada. Disse Ifá: "Por pouco que se tenha, s empre existe al guém que se
sentiri a muito fe liz se tivess e t udo isto". Se mpre que um cão s e aproximar a
pess oa deve acariciá- lo para ter boa so r te. Existem po ss ibilidades de haver
erro e m relação ao Santo da pesso a. Página 136 de 633
quarto saquinho co loca-se a casinha com o choc alho de cascavel dent ro.
Arrumase tudo dentro de um alguid ar, co loc a-se o galo inteir o e m cima e
entrega-se a E legbara. Página 137 de 633
Dice Ifá II II I I II I I II IWORIBOFUN REZA DE un xerú s okun, iko ló. IWOR IBOFUN
Iwori Ofun, Iw ori To wofun, Iwori Teso fú O bá Iworifará Inl e reré bobo f xerú
adifafun Obinin Olonú tiri ko kodun. Ad epenite o mó O lokun lodafun o ni obinin
Inle Oniká Olokun wagbe ni omo bini omo titun o keke Obá I yá Omo logu akere
so potu Olokun lodafun Olokun .
É o enc ontro de Iwori e Ofun. Foi po r este Odu que Ogun, para ganhar uma
guerra, f ez e bó co m um gal o, inha me e dois po mbos. Ogun apr esentou
queixa ao se u irmão Ogundá K ete, da trai ção que lhe fi ze ra o co rvo e que lhe
provo cara u ma doença. D epois de fe ito o ebó, Ogun ofereceu um galo e um
tecido branco a O lofin por intermédi o de s eu Ori e ass im pode vence r a
guerra com o corvo. Ogun cr iava um corvo e e ste tent ou co m er os s eus
olhos . Foi neste Odu que o s dinoss auros vieram à Terr a. Aqui na sceu o p
ode r de criar discó rdias co ntido n as fo lhas de aroma amarela (Fl or dourada e
aromáti ca produz ida por uma árv ore da famíli a das legumino sas ). Um ebó
feito co m estas fo lhas ou o seu pó so prado em algum l ugar fo menta b rigas
e discó rdias. Nasce o rancor de a lg uns filhos por seus próprios pais, po r
coisas feitas no passado. A pesso a transf o rma-se num verdadeiro monstro
e não perdoa qualquer co isa que lhe façam, por mais b anal que seja. É um
Ifá de pr ovas. Al guém o está testando sempre. Fala d o ro sário o kpele q ue é
o própri o espír ito-mãe do Aw o. T rês coisas boas es tão em seu c aminh o,
mas é preciso ter uidado para não s er preso antes de poder desf rutá-las. Se
a mãe da pesso a já for morta s eu espírit o e stá sempre rogando pe lo filho.
Alguém tem vo ntade de matar a pess oa e viv e pl anejando ne ste se ntido.
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Dice Ifá O prazer proporcionado pelo sofrimento alheio pode ser revertido
no pró prio so frim ento pelo resto da vida. A pesso a tem que pr ocurar livrar-se
deste mal sentiment o e aprender a sentir pi edade de seus sem elhantes.
Cuidado para não paga r pelos er ros do s o utros . Neste Odu nasceram os
patíbulos . Este Odu indica que quando a mulh er estiver gr ávida e as
co ndiçõe s em que vive não fo rem propícias, fará tudo para l ivrar-se da
gravidez, me smo que isto po ss a lhe custar a vida. Assinala pr oblemas no
útero q ue po dem provo car abortos . Para se gurar a gravidez , a mulher deve
tomar canja de peru q ue antes, é o ferec ido à Yemanjá na pr aia. Depois s e
limpa bem e se faz um cald o com água d e rio que deve ser tomado por sete
dias. Fala do pai que impedi u que su a fi lha se relacionas se c om um jovem
Awo, filho de Yemanjá. Para afastá-l a do Awo, o pai passo u a levar a fi lha
para pesc ar em sua co mpanhia. Um belo dia, enquanto pesc ava a bordo de
seu bo te, um peixe muit o grande saltou das águas e carregou a m o ça para o
fundo do mar. O jovem Awo que também era pescado r saltou às águas,
resgatando seu amo r e o velho pes cado r nada mais pode f aze r para impedir
que os dois se ca sass em. Pág ina 13 9 de 633
REZA DE O DI MEJI Odi Meji axama, arumá, ko dimá Ikú, kodimá xukurú, kurú
kielé bití bi tí, ko go ni abit i adifafun aiye, om ó egan eko didé lebé. Odi Meji é um
Odu feminino , filho de Orunmilá e Ologbo ro. Seu no me s ignifica "Duas Nád
egas". A qui nasceram os ó rgãos genitais femininos , a co r negra, o mar , as
baleias, a s galinhas, as cabras, as ratas, o s peixes que habitam as regiões
marinhas próxi mas às co stas, o s jacar és, o s caracóis, o milho, a c abaça, a
malícia, as s ementes vegetai s e a lei do carma. Repr esenta o s ó rgãos
sexuais f emininos . Aqui se estabelec eu o princípio da monarquia. Aqui se
estabel eceu, também, a f ormação do gênero humano. Fal a de perver sõ e s ,
da prática d o e spiritismo e indica so luçõ es de problemas c om a ajuda de
Eguns. A s f ilhas deste Odu são de natur ez a quente e muit o s ensuais . Cheias
de malí cia, co stumam ser infi éis. Por os ogbo prati cam a so domia. Os fi lhos
Oxun Ijumí. Nasc eu a ce rimô nia do Akofá. A pesso a tr ata mal aos
Babal awos e, por isto, fi ca em os ogbo. Adv êm maus s entimentos, enfermi
dades na gar ganta e hemorragi a pela boca. As fo lhas deste signo s ão :
Marpacífico, at iponlá (Boervia difusa) e palmeira. Tem que alimentar Egun
of erecendo- lhe, dur ante tr ês dias c onse cutivos, bolinhos de farinha e uma
vela acesa, ao lado de uma li xe ira. Durante es tes três dias, não s e joga fo ra
o lixo de casa. Passa-se, no corpo, u m pato enfeitad o co m fitas de nove
co res diferentes e s olta-se , co m vida, próximo do mar. Prepara-se um
amuleto co m fo lhas de ogungun ( C olia co rdifo lia - Lin.), efun, um pedaço de
galho de figueira- brava, três pe nas de pavão e sete pimentas difere ntes. Não
se pode co mer agri ão . Ass inala guer ra entr e um Babalo rixá e um fe iticeiro. A
pesso a tem a pr oteção de Olokun. Ensin a que Xangô só aceit a suas
comidas se fo rem ofere cid as co m a mão esquerd a, já q ue as pesso as
usam a mão direita par a limpar em o ânus s emp re que defe cam. Página 141
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Dice Ifá Prepar a-se um amas í com água de rio (colhida dentr o de uma
mata), água de chuva, duas f lores d água (ewe ollouro ), uma flor de oxibatá
(Nimphaea lotus). Sacrifi ca-se um g alo, dois po mbos e quatr o galinhas de
pesco ço pelad o, deixando o sangue co rrer den tr o do amasí. Neste amasí,
lava-se uma es trela de prat a que depo is é guardada dentr o d e uma ce stinha
co mo amuleto de proteção . EBÓ PARA RESOL VER PROBLEM AS CONJUGAIS
Passa- se uma gal inha ( co m as pernas amarr ada s) no co rpo da pesso a e
sacrifica-se à Oxun e a Orunmilá, deix ando o ejé co rrer em amb o s o s igbás.
Prepara-se um purê de inhame e feijão fradinho cozido com diversos vegeta
is como se f os se uma so pa e of erece- se à Oxun, chamand o por Kaladun Far í
pela união do casal. EBÓ jos as. oa. PARA EVITAR UMA AÇÃO JUDICIAL Dois
ekús, dois peixes parg o, dois pint os , dois cara mu kobo, pó de ekú e de peixe
defumad os , dendê, milh o torrado, aguard ente, mel e mo ed Os ekús são para
Elegbar a, o s peixes são um par a Ogun e o outro par a o Ori da pess Os
demai s ingr edient es são of erecid os a Elegb ara junt o co m o s e kús.
EBÓ EM ODI MEJI PARA IRÊ Pelo s de ratão do mato , pelo s de preá, pó de
ewe bayek u, penas de as a de peru, 7 ti pos de piment as, milho co zido, pó de
cuaba-pr eta (Ár vore s ilvestre da f amília da terebintáceas), três f rangos de
tamanhos dife rentes, pó de e kú, pó de ejá, epô pá e terra de casa. Depois de
feito o ebó, o ferece-se di verso s tipos de cereai s co zi dos aos Eguns. 1 -
Crânio huma no. Página 142 de 633
Dice Ifá
de um sus to. Indica que a mulher será mãe em breve. Odigbe é fi lho da s orte
co m o dinheiro. Não se po de matar ratos . Neste caminho Os ain traiu a
Yemanjá e a Orix ao ko. As fo lhas deste O du são : cerejeira, ar ruda e jaguey .
Aqui a pesso a t em que usar um i defá , co mposto de um númer o de fios
co rrespo ndente à quanti dade de fi lhos que pos sua, para que nenhum de
seus filhos s e desencaminhe. Tem que respeit a r os Orixás, não pode falar
mal deles nem de ninguém, po is isto po de atrair a mo rte. Odig be inventou o
tambor e a pr odução dos so ns musicais, d esde então passo u a ser o pe
rcussio nista de Xangô. 2 2 - Pulseira d e co ntas verd es e amarelas us adas no
culto de Orunmilá Pági na 144 de 633
Dice Ifá O primeir o tambor feito por Odigbe era de tr onco de palmeir a
revestid o de co uro de bode. Sempre que a pesso a quiser vencer uma
demanda tem q ue toc ar tambor para Xang ô. O dono deste signo não pode
ser o terceir o a usar alguma coisa, nem unir- se a uma mulher que já tenha
tido do is mari dos . Se nte fisgadas no s pés e entre as perna s. Tem que
esf riar Obat alá e salpicar a casa co m omieró . Em casa o co rrem ruídos que
Babarar egun aun rukú olo yá umbó umpelesé ayareló. É fi lho de O di e Oyeku.
Este signo é pintado na Atena quando s e vai cultuar Egun. Fo i aqui q ue s e
fize ram as máscaras para o c ulto de Egun e de Olokun. Quando es te Od u
surge para um enferm o, não s e pode f azer nada, pois a salvação dele pode
significar a mo rte de quem fize r o trabalho para salvá-l o. O doen te se
recupera. A riqueza es tá a caminho, provavelmente por intermédi o de uma
atividade co mercial. Assinala o na s cimento de um me nino. A pesso a é filha
de Xangô e de Iyansã. Não deve z ombar de ni nguém, tam pouco dos
alcoólatras, para não se tornar alvo do mesmo tipo de zombaria. Na casa da
pesso a não existem regr as. Dev e c umprir sempr e c om as o brigaçõ es
religiosas e evit ar d esgas tar-se co m um babalaw o para não falar palavr as
das quais irá se arrepender mais tarde. Não deve maldize r nem dese jar mal a
ninguém. U m dinheir o desejado chegará às s uas mão s. Para ass egurar que
isto aco nteça, deve rogar à Obat alá, ofe recendo- lhe dois o bís, orí e efun, em
dois pr atos brancos no vos e pedir perdão pelos erros co metidos. T em que
vestir branco e ass entar seus Orixás. Tem que ter cuidad o c om uma doenç a
no p e ito. Uma pesso a doente em cas a só enco ntrará cura se submeter -se a
tratamento espir itual. Página 147 de 633
Dice Ifá To das as co isas estão desordenad as. É pr eciso faze r ebó e pagar
promes sas ainda não c ump ridas. Se fo r mulher, existe um home m que a
deseja, mas, pelo qual, não demonstra o meno r interesse . Não deve
aceitá- lo, po is aparecerá um outro que lhe s erá muit o m ais c o nveniente. A
fo lha deste Odu é a cana-brav a. T RABALHO PARA CONS EGUIR DI NHEIRO
Oferece-se a Obatalá dois pratos brancos cheios d e mel, deixa-se, por 16
dias diant e do igbá, co m duas velas perma nentement e aces as . Em os ogbo
ass inala q ue tem-se que mandar rezar missa para um Eg un co nhecido . E m
os ogbo arun, deve- se f azer sarai eiê co m um abano de palha .
REZA DE ODI ORÍ Odiorí, Odi ofo yu no wá yení obá o yú lelé. I nle Alabani jó,
om ólo gú Yekú, o mó In ré o fujú ni ainá I yá Inle lo dafun. Ax e axirí lelé ojueró.
Obá aina o ná, Obá O dé lodafun Inle. n Osain. Este Odu determina q ue a
pess oa tenha que c ultuar Yemanjá e Orunmilá. É filho de Odi e Iwori. É o
caminho , atrav és do qual, Orunmi lá quis impo r a bondade no mundo .
Determin a que s e f aça o rô ao s ances trais co nsangüí neos e da famíli a
espirit ual. Nes te Odu o barco não tinha onde atr acar. É o signo do s
traficantes de drogas. Ass inala doenças na barr i ga e ao redor da cintur a.
Mos tra guer ras, fenô menos e transfo rmaçõe s s úbitas. A pesso a é e
ngana da pel o cô njuge, mas está cega par a isto. Tem o s o lhos ce rrados, c rê
em alguma co isa que é c ontrária à realid ade. Existe trai ção em s ua cas a e
entre seus amigo s. É irrequiet a como um rio, mas enc ontrará o que deseja.
Sua cabeça está co nfusa. E xistem pesso as v iv endo às s uas custa,
desfrut ando do que é se u e usufrui ndo o resul tado do s eu traba lho. Seu
cará ter m uda com o passar dos dias. Este é o signo do tabaco. Quando o
Awo enco ntra este O du, fuma um cigar ro e so pra a fumaça s obre Xangô. Em
cerimônia de at efá, akofá o u awof akan, quand o s urge este signo, to dos o s
presentes devem fumar um ciga rro. Fala d a flo r-d'água que tem ho ra para
abrir e ho ra para fec har. Página 149 de 633
nascem e s ão dizimada s por pra gas, só restando a s raí zes . A pesso a não
deve co lher folhas depo is das 18 horas, pois is to lhe trar á atr aso de vida. A
pessoa teve muitas e diferentes ocupações durante a vida. Assinala so
frimento das hemo rróidas. Fala da d isputa de um ter reno e m que dois irmãos
matar am o pai ou a mãe pela po ss e da ter ra. A pesso a padece de dores
lombares e artrites. Não deve tomar chuva para não adoe cer. Para
fo rtalecimento s exual, ind ica o us o de chá da raiz de mil ho branco , durant e
três me ses . Durante este período, a pess oa não deve i ngeri r bebidas
alcoó licas. Pági na 150 de 633
Dice Ifá Devem, s empre, deixar- se guiar p ela própria int uição pois têm um
Egun que lhes faz revel açõe s atrav és dos so nhos. As fil has deste Odu têm
que amarr ar seus maridos para não serem abando nadas po r eles. E ste Odu é
regi do pelo mar br avio, a pesso a so fre dos o uvido s . Têm que cult uar e
of erecer sacrifícios a uma palmeir a. Têm que asse ntar Os ain e tom ar borí
com um obí so mente. Devem banh ar-se com omieró que tenha levad o
sangue de um p ombo . Para os homens o ire é viver em companhi a de uma
filha de Oxun e cuidar de A zawani. Aqui nasce u a conf usão dos sexo s o nde
se ac redita que tudo o que brilha é o u ro. Os hom ens que não se e xcitam
com mulheres é po rque já se relaci onaram com ho mos sex uais que lhes
fizeram um feitiço. É preciso cuidado em não manter relações sexuais com
efe mina dos o u co m lésbicas par a não s erem pr ejud icad os por um ato de
traição. Neste camin ho faz-se ebó com qualquer coisa. A fo lha seca se
dobra. A pesso a, antes de mo rrer, terá as mão s retorcidas. É um signo de
imoralidades. A pessoa tem maus sentimentos. En quanto se dorme o
REZA DE ODIWÓNRIN Odi Owónrin awo faxé Ikú. Ikú omó Sarebakú faxé Ikú.
Awo omó Ikú Aberer e ni . Aw o faxé Ik ú o mó Oyeku o bá ni Xangô. Aqui nasceu
o garrote. É resultado do enc ontro de O di co m Owónrin. Assinala pr oteção de
Xangô. A p ess oa é vaid os a e não c umpre o que promete. Perd e tudo na vid a
por faltar co m a verd ade. Pode ser pr oces sada por não s aldar seu s
compromisso s. So fre pr ejuízo s m o rais e materi ais por falar o que não deve
acerca de outr as pess oas . Assinala per d as o casionadas por menos prez o a
outrem. A pess oa es quece seus co mpromisso s co m E xú e com o s Orix ás, e
isto lhe tr az o so gbo o fo . Deve-se usar um colar d e búzios . A pes so a não é
co mpreendid a por ninguém, o que lhe causa muita tr isteza. Po ss ui carát er
ambíguo . Tem que ass entar Osain. Não deve faz er nada q ue não queira
faz er mesmo sendo obrig ada. Não deve dar garant ias nem aval a ninguém.
As mul heres deste sign o não têm sorte no casamento e, suas fi lhas, são
iguais a elas. Têm que faz er akof á. Por este caminho se o ferece um cacho
de bananas para Xangô. Página 153 de 633
muito. Não cedem nada pela fo rça, mas, po r bem, abrem mão de tudo.
Independente do Orixá a que pertençam, devem co ntar se mpre com a ajuda
de Elegbara, Y emanjá e Obatalá, seus def ens ores n aturais. Ne ste signo
nasceu a inimizade entr e o tigre e o macaco. Em os ogbo arun ind ica enf
ermidade indefi nida, pr ovavelmente no peito o u na circulação sangüínea. A
pesso a trata b em a todo mundo, to davia, nem todos gostam dela por nã o
co nhecê la suficientemente be m. Disse Ifá: "É pelo c aminho de s ubida q ue se
desce." Cuidado com Filhas-de-Santo o u clientes do sexo feminino, pois,
uma delas, po derá se apaixonar por você . Página 154 de 633
por suas própria s c onsc iência s. A pe sso a deve assentar Or ixá Okô e,
enquanto não puder, tem que ter , em sua c asa, uma telh a pint ada de
vermelho e branco. Deve ter cuidado par anão expor ao S ol, as partes de se u
co rpo o nde a pele fo r mais se nsível. As mulheres deste Odu têm que ter
atenção es pecial com o s s eus s eios. O ewe yeye, substit ui qualquer outr a
fo lha na pr eparação d o o mi eró deste signo . Tem o po der de limpar e de
afas tar qualquer co isa ruim. Qua ndo o filho de Obatalá estava sendo
perseguido po r Ikú, o Orixá, par a protegê-l o, esc ond eu-o e ntre as fo lhas
yeye, s alvando-o ass im, da morte que o ame açava 4 4 - Instrumento
ritualístico c onsagrado ao Orixá Xangô. Espécie de cho calho de me tal ou de
cabaça, cheio de sementes s agradas e co m cabo longo . Seu ru ído, segundo
se preten d e, repr oduz o so m do trovão. Segundo uma lenda d e Ifá, as
seme ntes vermelhas e ne gr as da ewe yeye (peonia) ( planta l eguminos a
natural das Antil has - Spo ndias cirun uella, Tus sac), travar am um c om bate
entre si. I ncomo dado com o barulho que faz ia m, Xangô apri siono u-as numa
cabaça, tendo as sim fabricado o primeiro xeré. Pági na 155 de 633
Hall.), fo lhas de bucha vegetal, um pedacinho de o ri-da -co sta, algumas go tas
de azeite de amêndo as e uma gema de o vo de galinha, tud o bem misturado
em água de po ço . Este Odu ensina que O xun é natural da terra Ijexá e a
pess oa para quem saia é s ua filha. Tem que faz er Oxun e cultuá- la para ter
so rte e progres so na vida. A pesso a nasce u para se r escrava, é melhor ,
portanto, que s eja esc rava de se u Orixá. É um tanto quanto co varde, deve
casar-se para que se sinta mais s egur a. Pági na 156 de 633
Dice Ifá
Existem três pes so as iniciadas que dese jam o mal de uma quart a. Olofi n,
que tud o vê, está z angad o com elas. A s três vão ser aband onadas pela so rte
e suas vidas fi carão, par a sempre, influenciadas pelo s mais diver so s
os ogbo s. Assinal a destr uição do organi sm o , quer seja po r doença incuráv el,
quer seja por acid ente imposto c omo castig o dos O rixás. Pode também ser
influência de um Egun enviado po r alguém para induzir a pesso a à prát i ca do
suicídi o. Neste O du Orixá Okô amaldi ço ou os ararás . Por este mo tivo,
sempre que na s ce um ararará, tem que se r levado ao Igbodun , para livrar-se
da maldi ção . Indica enf e rmidades relacionadas à circulação sangüínea
(veias e artérias), ao coração e aos brônquios. defender-se destes males
co loc a-se, em Ifá, uma guitar ra de brinquedo que tenha c o rdas. O Awo deste
signo não pode morar em apartamentos ou sobrados, tem que resid ir em
casa baixa, que tenha quint al de ter ra. Tem que o ferec er um galo ao seu o bé
de matança e é um afil hado s eu quem deve s acrificar a ave. Se o O du fo r
mantid o e m i re, o Awo vive muitos ano s e f az Ifá em muitos afil hados até a
idade avançada. 6 5 5 - Termo usado em Cuba para designar os
descendentes e seguid ores do culto pert encent e ao s ewe- fo n, co nhecid os
no B rasil como jêjes. 6 - Quarto reservado ao Orixá ou ainda, flo resta sagrada
reservada ao culto dos Orixás. Quer nos parecer que, a segunda versão, no
caso , faça mais s entido. Pág ina 158 de 633
Dice Ifá EBÓ DE ODIK ANRAN EM IRÊ Um ak ukó, e pô, três ekús, um eiyelé,
duas penas de peru, contas de vári as co res, sete ramos de árv ores s agradas
(apura-se quais são através do jo go), o ri-da-co sta, ef un, peixe se co , ewe
okikan ( carqueja) , e we amatí , mo edas e m quantid ade, bredo, akefá me tá.
Entrega -se no alto de uma escadaria bem comprida. EBÓ DE ODIKANRAN EM
OS OGB O Um galo, uma pe dra, terr a reco lhida de sete diferentes lugares
(encruzilhada, me rcado, praça públi ca, praia, estrada d e mo vimento, cas a e
cemitério), ovo s, velas, pó de ekú e de ejá, epô e milho. Sacrifi ca-se o galo
para Elegbar a as quatr o ho ras da manhã, j unto co m o e mbrulho do ebó ,
depois de f eito sarayeye co m os ingredientes. Pági na 159 de 633
REZA DE ODIGUNDÁ Odi gundá pinamú ibú omu adifafun Akuê axé akukó lebé
yamagar a adifafun Alak ú idá, otí, owo mes an elebó . Nes te Odu nasceu o
tambor il ú, mens ageiro dos reis. E ste signo é filho de O di com Og undá. Di z
que, enquanto ho uver bruxaria, a pess oa não e rguerá a cabeça. Assinala
desente ndi mento entre os filhos. As pesso as deste s igno envolvem- se em
conf usõ es que, qua se s empre, resultam em der ramamento de sangue. É um
signo rela cionado co m a Lua e, po r isso , proíb e que seus filhos o lhem par a o
bril ho da Lua. Signo de instabil ida de. Por este c aminho surgiram as
intervençõ es c irúrgicas. Aqui as mulheres têm o s ó rgãos int ernos
extirpados. É o s igno do agricultor. Foi atr avés dele que Ogun co nstrui u e e ns
inou aos ho mens o uso do arado de ferr o. O axé d a pesso a está em sua
boc a. É orador, m es tre o u dentista. Tem que c uidar bem da boc a e só deve
falar cois as bo as. Odu de divi são . Aqui quebr ou-se a so peira d e Orunmilá. A
pess oa tem problemas es pirituais, é pe rseguida p or um espírit o trevos o que
pretende, incorp orando- se, lançá- la ao s olo e a té me smo provo car sua
morte. É necess ário que se trat e deste f enôme no. Assinal a que a pe sso a
fez Ifá se m a permi ssão de seu Olo rí. Acusa problemas do fígad o, pressão
alta, hemo rr agias nas ais e cirurgias. Página 160 de 633
Babalaw os , vo lt ou muito tri ste co m o que viu. A pesso a deve cuidar -se para
não s er obri gada a co m partilhar sua casa co m o s o utros . Ogun, por este
caminh o, anuvi a a visão dos feiti cei ros co m a fumaça produzida p elo
defumado r de pó de lerí ad ié, saco -saco e ince nso de Java. Aqui, Eguns sem
luz, matam as mulher es promíscuas que s e relaci onam s exual me nte co m
diferentes homens. É através deste Odu que os Babalawos punem àqueles
que não cu mpr em seus co mpromisso s co m Ifá. P ara isto, faz-se ebó c om
um gal o, otí e objetos de u so da pess oa que está em falta. O ebó e o galo
são despachados na po rta da pesso a e se us o bjetos são e ntregues a Ogun.
Neste c aminho, quand o se deseja alg uma co isa, sac rifica-se um pombo a
Ilê e pedes e o des ejado. T RABALHO PARA A SAÚDE E A SOR T E Um pombo
branco, duas panelas de barro grand es, um a toalha br anca e doz e diferen tes
folhas (álamo (Ficus religiosa - Lin.), irosun (Baphia nitida - Lin.), ewe kar odo
(erva de São Domingos - Comelina elegans. H.P.K.), ewe odundun
Dice Ifá (Eupato rium odo ratum - Lin.), ewe ibajó (Melia aze derath. Lin.), ewe
nijé (Par tenium hystero fo rus, Lin. ), ewe xaworô (Cardiospermum), ewe dubué
(malva), ewe agbê (Echinops lo ngifolius), ewe o ro (algodão) (Gos sipium
arborum, Li n) e ewe kikan (árv ore da família das terebintáceas, muito s emel
hante à ameixei ra). Prepara-se 12 omierós , se ndo um de cada fo lha. To dos
os dias toma-se banh o c om o o mieró de uma fo lha diferent e e, depois de
cada ban ho, enxug a-se o co rpo co m a toal ha pondoa e m seguida , para
secar sem ser lava da. Reco lhe-se as f olhas que s obrar em de cada banh o e
vai-se juntando numa das pane las misturand o tudo. No décimo seg undo dia
faz-se sarayeye com o pombo, sacri fica-se s obre as fo lhas que sobrar am, já
mistur adas, e des pacha-se no loc al deter minado pelo jogo . Página 162 d e 633
Dice Ifá É um signo de imoralid ades. Seus filhos têm que faz er ebó
co nstantemente para livr ar-s e de s ua permanente inf luência negativa.
Determi na que os mo rcegos , não impo rtando o nde viv am, têm que dormir de
cabeça para bai xo. Quando o Awo e nco ntra este Odu para si mesmo tem
que pegar um bastão de madeira e, às s eis da tard e, levá-lo à beira do mar e,
atirando-o às águas, s uplicar a proteção e a ajuda de Olo kun. Um dia Odik á
banhava- se n o mar quand o viu surg ir uma cabeça das águas. No me smo
instante ouviu uma voz que di zia: "E u so u Oduduw a e meu caminho está
represe ntado nesta o utra cabeça!" Neste mo me nto s urgiu das águas outra
cabeça, que era Odu. É por este motivo que Odiká é o único que te m o po der
de ver as cabeças de Oduduwa e d e Odu. Quando s urge este Odu numa fe itur
a de Ifá, a pes so a tem que assentar Oduduw a antes mes mo de s air do
Igbodun de Ifá. A ssinala atos premedit ados . A pess oa não tem pudor ,
pratica atos criminos os e é perse guida por sua própri a co nsciênc ia.
Assinala perd a da raz ão, o que po de levar à indigência. Di ss e Ifá: "O coe lho é
o rei das co vas, po r isto deve s er respe itado po r todo s, até m es mo po r Ikú."
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REZA DE ODISÁ Odisá, Odi Mayere Mániania le yeré Iyalode mama wa ameiyá,
wá yer é o mó Oxunguer yá i edé babinú Omó O xunguere fun mi xer é. Este é o
Odu das falsidades e do s engano s. É filho de O di e de Osá. A p ess oa é viti ma
de feitiçari as e da ambição desmedida de outrem. Um homem apaixonado
faz trabalhos para amarr ar a mulher amad a, faz endo c om que ela, mesmo
co ntra a vontade, viva em sua co mpanhia. Um home m perdeu a mulher que
queria e pas so u a viver com uma o utra q ue é sua prima, enteada o u afilhada.
Para liv rar-se do problema, f ez um trabal ho p ara que es ta mulher
enco ntrasse o utro e que, mesmo sem amo r, fo sse morar co m ele . U ma
por caus a dos filhos . Tem que as se ntar Elegbar a e O runmilá. Deve evit ar calu
niar ou roubar , para não ter que sair fugido de alguém, ou ver-se impedid o de
freqüent ar algum lugar . Deve o ferec er, à Yemanjá, uma galinha co m f arinha
de milho be m fina. O bem c hega pelo mar. Odisá não tem dir eito de receber
Olofin. O awo deste O du não pr ocria em I fá. Não po de faz er afilhados e, se
os faz, Orunmilá não o s reconhece c omo inic iad os , a ini ciação é uma farsa.
As pesso as deste Odu são f arsant es e gostam de usar os o utros para
atingirem se us o bjetivos . Aqui nasceu a megalo mania. A pesso a tem man ia
de grandeza, quer ser a maior em tudo, suas coisas têm que ser maiores e
melhor es que a dos outros, mas tudo isto é f ruto de se u desequi líbrio
mental. Está a um p ass o da loucura e não s abe reco nhece r qualidades no s
outros . São exibicio nistas e falam demais, não exitand o e m mentir para
exaltar seus po deres. Têm que retr atar-se para não termi narem so zinho s e
abandonado s na velhice. Página 166 d e 633
Dice Ifá EBÓS DE ODISÁ 1 - Um galo, água do mar, f lor-d'água, ewe eran
(Cleusine índica, L. Gaartah. ) , vários tipos de c ereais, batata (Edul ys, Choisi.)
e diversos panos. 2 - Dois galos, água do mar, fo lhas, mel, contas, panos ,
dois po mbos, água de lag oa, um tamb orzinho, terra de cas a, ewe o dundun,
ewe ewe ( Mirabilis jalapa, Lin.), ewe imo (imo de Oxun), romerillo (espécie de
planta silvestre, excelente para pasto e para uso medicinal) e mo edas. 3 - U m
galo, uma galinha, um pombo , quatr o pintos , uma gaiola, penas de gavião e
m oedas. Sacrificam-se os bichos para Elegbara, colocam-se as penas e
tudo o mais na gaiola e des pacha-se no lugar determi nado pelo jogo . 4 -
PARA AGRADA R O GUN Um galo , um alguidar , s ete o vos de galinha caipir a,
um obí, d endê. Escrev er nos o vos as co isas e os no mes das pesso as que
estão atrapalhando. C o lo cam-se o s o vos dentro do alguidar, sac rifica-se o
galo no igbá de Ogun, coloc a-s e no alguidar sobre os o vos e despachase
numa linha férrea, so bre os trilhos, para que o trem destrua tud o. Página 167
de 633
REZA DE ODIT URUPON O dibatrupon Yabolé apu eté axikale xeyé, axikale kil é
fo loni o wó kilé o tó. A união familiar é ass egurada por este s igno. É o
resul tado do enco ntro de Odi com Otu rukpon. Tudo o que é fe ito aqui, é
fiscalizado por alguém no o utro mundo. Se este Odu trouxer os ogbo arun, o
doe nte só ficará bom por um milagre. E m ire indi ca muita aleg ria, uma
verdadeira fo rtuna será enco ntrada. Em os ogbo ejó, a pesso a é muito
faladeira e deseja co nquistar todas as mulheres. Deve tomar cuidado para
não s ofrer agr ess ões f ísicas e bruxar ias. Aqui nasc eu o tambo r de Yemanjá.
A pesso a é ó rfã e f oi criada por um a fi lha de Yemanjá. Tem que respeitar
muito o padrinho, a madri nha e principal ment e a mulher que o criou. Quando
este Odu surge par a um enfermo, o Awo não po de faze r nada por ele, pois
pode o co rrer uma tr oca - o doe nte se recupe ra e o Awo vai e m se u lugar.
Neste Odu as úlceras são perfurad as dentr o do co rpo. A pesso a tem seus
pensame ntos do minados pe la mald ade. Or unmilá av isa que um grand e
perigo ameaça s ua v ida . Tem que faz er xirê em ho menagem a Xangô, co m
fartur a de com idas. Em os ogbo avis a que o Aw o não deve assum ir
compromisso s, po is oco rrerão sensíveis mud anças. A ssinala d ores no
abdome e no co rpo, pri ncipalmente dur ante a noite. Exige união de todo s e
determi na que, se alguém se s eparar, não deve se r pranteado cas o venha a
mo rrer. Página 168 de 633
Dice Ifá Não se deve cri ar filhos dos outros po rque, depois que crescerem,
não reco nhecerão o b em que lhes f oi f eito. Assinala i nfluência d e Eguns
obse sso res pr ovo cando doenças na s pernas e na barr iga. A pesso a tem
que cultuar Y emanjá, banhar- se nas águas do mar e dar- lhe presentes para
que o ma l se afas te. Para ter prosperidad e na vida, tem que of erecer um galo
a Xangô. Neste camin ho Orunmilá recomendou ao homem que fi zes s e ebó
com folhas da guiné, mas sua recomendação não foi atendida. A mulher,
mais di ligente , fez o ebó. É por ist o que os homens são atraídos e desejam
Dice Ifá I I II II I II I I ODIT URÁ REZ A DE ODIT URÁ Odi Atako fe nió , Idi atá kole
eiyn aparo o un tufujé loiun s i adifaf un Oba laxé lebó . Adifafun Orunmilá.
Lodafun Obatalá. Orunmil á lorugbó, e iyele lebó. Este é um Odu de vícios e
aberrações sexuais. Aqui os homens praticam sexo com cabras e galinhas e,
as mulheres, co m cães e macac os . É filho de O di e Otur a. Aqui nasceu a q
entre os c om padres. A pesso a sente-se mais atraí da pelo espirit ismo do que
pelo c ulto ao s O rixás. Neste Odu o c abrito queria ser general e o galo queria
ser rei e, por isso, fo ram transfo rmados em esbo ce. EBÓ DE ODIT URÁ Um
galo, um os so de boi, um pombo, uma co dorna, um t rapo para secar o suo r
do co rpo e um pedaço de carne bovina. Passa-se tud o no corpo, sacri fica-se
o galo e a co dorna, e so lta-se o pombo co m vida. Em seguida l impa-se o
corpo co m o trapo, c olo ca-se tudo dentro de um alguid ar, o pano po r cima , e
despacha-se nu m lugar on de algum bicho po ss a co mer o ebó . Página 17 1
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Dice Ifá Te m que ter cuid ado co m ferramentas de tr abalho que po derão
ocas ionar -lhe ferim ent os graves. Par a que isto não aconteça, f az-se ebó
co m as fe rramentas. Deve pr estar mui ta atenção ao s ubir ou desce r
escadas. Um t ombo de uma escada poderá ocasio nar sua mor t e. Seus
fios-de-co ntas devem c hegar ao umbigo. Tem que cultuar I beji. Corre o r isco
de ass umir paterni dade de um fi lho de o utro hom em. Tem f ama de ladrão.
Se fo r mulher, tem que f aze r ebó para poder ter fi lhos . Tem que s acrificar um
galo para Exú e tomar borí sentada num b anco alto, o ferec endo e tú meji à
cabeça. Se a pesso a so freu uma amar ração, reti ra-se um po uco de sebo do
eixo de uma carr oç a, ferve- se misturado c om azeite de dendê, co loca-se
dentro de uma cabaça e o ferece -se à Ex ú para que a amar raçäo s e des faça.
T RABALHO PARA DESM ANCHAR FEIT IÇO T rês s ementes de ataré, terr a de
dois mo rros diferent es, casa de marimb ondo, sete pedr as de sal grosso ,
gergeli m (planta herbácea da fa mília das ses âneas) EBÓ Um galo, duas
galinhas, uma cabacinha, feijão fradinho torrado, fumo de rolo des fiado,
uma esc adinha em mi niatura e dois lenço s. Passa-se tudo na pess oa diante
Dice Ifá I I II II I II II I ODIXE REZ A DE ODIXE Odixe, Idi Xe o un baba lawo bombô
xeketé, xeketé bo mbô. Este O du é filho de Odi co m Oxe. Assinala infi delidade
po r parte da mulher . Se a m ulher es tiver gráv ida tem que faz er ebó para a
criança nasça co m saúde e não morra p recoceme nte. Tem que o ferecer
co mida à ter ra. Neste O du a galinha punha ovos acredit ando q ue ganhari a
pintinhos, sem s aber q ue o s insetos os co miam p or baix o. Assinal a ro ubo
contínuo, ás es co ndidas. A pessoa deve viv er só, po is seus irmãos podem
destruí -la. Mo stra que a pess oa não admite se r do Orixá que é na verdad e,
Dice Ifá A pess oa deste Odu, antes de sair de casa, tem que lançar água na
rua para espantar um Egun q ue a persegue . O Awo des te signo s ó po de ter
uma mul her e tem q ue faz er s exo co m ela t odo s o s dias. Tem que
reverenciar os quatr o O dus pri ncipais de I fá . A pess oa s ofre perseguição de
Ikú. Tem que faz er um eruk eré . Neste Odu a gali nha d ango la roubo u os
REZA DE ODIFUN Odi Fumbó, Odi Fumbó Ará Oxalá. Ará Ile Aiye Moyerami
Oxalá, odo gun agba ag ó a Ne ste Odu Elegbar a expulsa de casa todas as
pesso as falsas e trai doras. Sur ge do enco ntro de Odi com Ofun. Olofi n deu,
a este s igno, o poder de expurgar o mal. É um Odu de separaçõ es. Assinala
que a pess oa des eja part ir. Indica que os filhos não re co nhece m o s acrifício
dos pais que, e ntristeci dos, aband onam a casa. A pesso a tem que ser
humild e. É a obediência que exalt a e não a teimos ia. Nes te caminho o
afilhado mata o padrinho. É pr eciso muito cuidado. Quando fize r atefá . Este
Odu determina q u e o ânus tenha mal-cheiro. O Elegbar a deste O du leva tr ês
ekodid és e uma faca no alto da cabeça, usa div ersos fios de co ntas e, em
sua carga, leva um cr ânio de rato-d o-ma to. C om obe diência a p ess oa
co nquista a vitória. A pesso a deseja iniciar -se c omo bab alawo, mas
Dice Ifá A pesso a é as tuta, trapal hona, mentir os a, trai dora e vigari sta. Tem
delírios de gran d ez a e co mplexo de superioridade, cons iderando-se
auto-sufi ciente em tudo. Para li vrar-se de problemas co m a justiça deve
of erecer do is co cô s a Orunmilá. EBÓ PARA SUPERAR DIFI CULDADES. A
pesso a tem que colher , co m suas própri as mão s, f olhas deste Odu. E m
seguida deverá apr ese ntá-las a Orunmilá e, depo is, guardá- las em s ua bols a.
Leva as folhas ao local onde deseja resolver o problema e, ali, dissimuladam
to begbe lo iokun. O lokun apant aritá Bebé Oiyeros un, Iros un Olo kun Oxe
bogbo mo iyé tut u eleguré ni meji kok olo lo xe Iewá lowá Orix á Xangô dukpé.
Irosun meji é um Odu masculi no, representa o opo nifá 1 É um sig no de fo go
que representa a tar de, o oc aso , e rege todos os metai s. Est á lig ado ao
iros un, pó vermelho de o rigem vegetal, ut ilizado co mo tintur a e também
como p oderoso cicat rizante. Sua cor é o vermelho- vinho e rege todas as
co isas naturalmen te vermelhas. Comanda a derrubada de árvores. Fala de
acidentes, de violência, revol uções e derramamento de sangue. É um signo
perigoso que imp õe so frimentos atroz es. Sua n egatividade po de ser
neutral izada pelo pó branco do e fun. Pr oíbe que se us filhos vis item
cemit érios , já qu e fo i ele q uem, ensinou ao s ho mens, o cos tume de cavar em
sepul turas par a enterr arem os mo rtos . Neste Odu nasce u o ritual do itútu
(Intoto ) . 2 1 - Tabuleir o de madeira com entalhes nas bordas, e ncimado pe la
figura represent ativa d e Exú, uti lizado pelo s babalawos no s proc edimentos
divinatórios e ritual ísticos . 2 - Rit ual fúne bre que tem po r finalidade apaz iguar
o mo rto e e ncaminhá-l o e m seu no vo plano de existência. Pági na 178 de 633
Dice Ifá Tem do mínio s obre todos os buracos exist entes no mund o, quer
sejam naturais, quer sejam feitos pelo homem. Exige respeito pelos
macacos , po is, se u amulet o de segu rança, leva um crân io deste animal.
Suas fo lhas rit ualísti cas s ão: ewe ado ( Curcas curc as, Lin.), ewe aiy o
(guacalote), co razo n de paloma e ewe abá (Spendias membin, Lin . ). Po de
prenunciar , co m a mesma veemência, co isas boas e co isas rui ns. Sua
influênc ia é muit o fo rte e perig os a. Proíbe o co nsumo da ban ana de são
To mé, maç ã, ce reja ver melha e de qualquer vegetal d e cas ca vermelha.
Quando surge numa consulta o Awo e todo s o s presentes têm que passar ,
por três vez es, efun so bre as pálpebras, para ali viar su a ne gatividade
proveniente da cor vermelha. Os filho s deste Odu co stumam apresen tar os
olhos avermelhad os e lacr imejantes. É ele qu e dá, aos homens, o senso de
humi ldade. Coloca-se, dentro do Ifá de seus filhos, moedas de ouro, de
prata, de co bre e de br on ze . Não s e usa água para ap agar o f ogo. O Aw o
deste signo , para não mo rrer p reco ceme nte, tem que adqui rir, se mpre,
novo s co nheciment os so bre Ifá. Aqui estão o s o lhos da provi dência . O Awo
tem que adquir ir sabedo ria po rque muitas pes so as depen dem do seu saber.
Foi por este cami nho que Xangô ensinou aos homens, as posiçõ es co rre tas
dos dez ess eis Odus Meji s. A pess oa é traíd a pelos pró prios amigos . Aqui,
so b as o r dens de Olo fin, nasc eu o vaga-lume par a iluminar, co m sua luz, as
noites se m Lua . Este Odu repr ese nta as prof undezas da Terra. Para que a
pesso a não morra preco ce mente, faz-se ebó co m uma v ara do seu
tamanho, à qual, se s acrifica dois po mbos . A v ara é lavada com o mieró das
fo lhas do O du e Página 17 9 de 633
Dice Ifá deve se r enter rada, j unto co m os pombo s, no quintal da cas a da
pesso a, tud o muit o bem co berto co m efun e mel de abel has. A ssinala
problemas cardí acos , inflama çõ es no s o lhos, problemas na cir culação
Dice Ifá EBÓ EM OS OGB O IKÚ Um cabr ito, um carneiro, mo edas, dendê, mel,
otí e vár ios tipos de cerea is torrad os. Pega- se uma cabaç a pequena, faz -se
diverso s f uros em seu redor, intro duz-se, pelos furos, 17 insetos de
diferentes espé cies. Fecha-se a cabaça, am arra-se co m fitas vermelhas e
sacrifica-se o s animais a El egbara, deix ando um po uco do ejé de cada bicho
co rrer so bre a cabaça. E m seguida, enterra- se tudo no local determ inad o
vida e, conquista ndo suas c oisas c om c oragem e deter mina ção, não
precisará bai xar a cabeça diante de ninguém. Para conquistar o m undo é
preciso determinação e co ragem. A pesso a está muito ligad a a Exú e recebe
sua influên c ia e proteção . Página 181 de 633
Dice Ifá Tem que cuidar d e Exú e de Oxun. I kú anda montado na po nta do
seu nariz. Tem que o fe rece r sacrifícios à T erra para p rolo ngar sua vi da. Foi
este s igno que deu, ao s reis da terr a, o sabre de Ogunda M eji, para q ue
fizes sem derramar o s angue humano. I r osun é co nhecid o também, pelo
nom e de Akpan. Os f on o c hamam de L oso Meji ou de Olo s un Meji . Ass inala
vitória pelo próprio es fo rço. Dá sorte no jo go. A mul her é peri gos a e fa la
demais. O home m deve ser evitado, sua inf luência é no civa. Avisa que existe
doença e m casa ou na famíl ia. Por este c aminho obtém recur so s para a
realização de um projeto. Tem que fazer ebó. Assinala peregrinação
Dice Ifá I I I I I II I II IRO SO LOG BE REZ A DE IRO SO LOG BE Iroso Umbó xeregún
komaxé kotumbé arexanlé adi faf un Orunmil á ti o fa maré kof á elebó , ekodidé
elebó. Neste Odu o s ho mens abandonam suas mulheres. É r esultad o da
interação de Irosun com Og be. Quando surge este signo pergunta-se logo se
Orunmilá quer come r duas galinhas pretas. É caminho de Abíkú , denuncia
sua presença Coloca-se cinco ikins no Orunmilá de Ak ofá. Tem que fazer
um patuá co m um pedaço de vértebr a de jacar é e levá-l o s empre junt o ao co
rpo como proteção . Recolhe-se as vísceras co mestí veis da cabr a de
Orunmil á, prepara- se c om bastante tempero e dá-se ao Awo deste Odu para
co mer. O dono deste O du tem que te r uma co lher pendur ada atrás da po rta
de sua c asa. Ao redor do igbá de Oxun tem que fi car, se mpre, cinco
tigelinhas com mel. Assinala julgamento público e falsos test emunhos.
Quando surge este O du devolve-se a importância pag a pela co nsulta. Tem qu
e faz er Ifá de graça às pes so as des te signo. Assinala dí vida co m Exú. Para
apazigu á-lo se of erece a ele, inhame assado c om casca. Não se deve entr ar
em casas desabitadas ou a bandonadas. 4 4 - Literalmente: Nós nas cemo s
para mo rrer. Os Abí kú são es píritos que se introduzem no s c o rpos das
mulheres, encarnando-se em seus filhos, provocando a morte da criança du
rante a g estação o u no prazo máxim o de no ve anos após o nasc iment o
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Dice Ifá Te m que mandar rezar missa para as almas e of erecer-l hes f lores e
co midas. A p es s oa so fre de fo rte o posição por par te da famí lia do cô njuge.
Não po de pendurar roupas no q uarto de do rmir nem depo sitá-las em cima
das mesas . Proíbe o us o de ro upas pretas. É u m Odu de provas e de roubo s.
Não s e rouba nada de I rmãos -de-Santo o u de sangue, para não s e passar por
situações constrangedoras. Assinala fraqueza física, problemas de má ci
REZA DE I ROS OYEKÚ Iroso yekú, Ir oso kalelu, ko ni awo ef á abé lalá belé lelé
maká dak pare ré I f rabanir egun, awo Obayá pelé Ikú. Neste signo nasce u
mudança de vida. E ste O du é filho de Iros un e Oyeku. Aq ui, pela primeir a vez ,
se s acrifico u um anim al a Ikú que, até então , só co mia seres humano s. A
pesso a deve evit ar emoçõ es fo rtes para não so frer pa rada cardí aca. Tem
que dar co mida ao seu O lori, tomar borí com um galo e co locar um ekodid é
na cabeç a . Não deve s air para a rua d urante a no ite. É protegida po r Osain e
Exú. Sofre de problemas ocas ionados po r ciúmes entre os parentes de
Dice Ifá Antes de abrir a porta de sua c asa tem que ter o cuidado de verifi car
quem está ba tendo. O Awo deste s igno tem que ass entar Odud uwa. Quando
surge este signo , pode e star acusando a mo rte de um Babalaw o. Se marcar
os ogbo Ikú a pesso a deve procura r uma foto sua, tir ada na companhia d e a
lguém que já mo rreu. Separa a s ua figura da figura do mo rto para que, aquele
Egun, não venha busc á-lo. Em oso gbo arun pega- se um po rrão grande de
barro, veste- se c om uma roupa usad a do do ente e co loca-se atr ás de sua
porta até que fique bo m. Isto se rve para en ganar I kú. Ass inala mudança de
vida. Faz-se ebó para que se ja para melho r. A pess oa não pode us ar roupas
vermelhas. Tem que trat ar de Exú e pe dir-lhe tudo o que des eja o bter na vida.
Assinala dificuldades que só serão vencidas com empenho e dedicação.
Fala de p erseguição do Egun de uma pesso a co nhecida. P ágina 18 6 de 633
Dice Ifá II I I I I II II II IRO SO IWORÍ REZA DE IRO IWORI Iroso Iwori, Iroso ni
baiye, ni gbaun, ni t enxé, ni alodafun ayo om ó O dé. Mafarefun Xangô . Este é
o O du dos c arregadores e es tivadores. É fi lho de Ir osun e Iwori É signo de
malagr adecidos . A pess oa fala mal d e quem mata a sua fo me e lhe ajuda em
tudo. Assi nala que a p ess oa já não supo rta a carga que leva às cos tas. Tem
que ter cuidado co m t ravess ias marí timas, pois, num a delas, pode
enco ntrar a mo rte. A pess oa tem muit as idéias inúteis, imposs íveis de serem
reali zadas. Pr oíbe que se us filhos c omam feijão pret o. Av isa que a pesso a
dorme de um jeito e ac orda de ou tro. Vai dormir p obre, e a co rda rico , vai
dormir doe nte, e aco rda curado, e vice-versa. As mudanças o co rrem
repentinamente, durante o sono. A pessoa não deve lançar mão daquilo que
não lhe pertenc e. Os fil ho s des te Odu têm propens ão a adquir irem malár ia,
por este motivo, devem prec aver-se contra picadas de mosquitos. Quando
tiverem fe bre devem pr ocurar, imedia tament e, s oco rro m édico. Tê m um pé
ignorado. A pesso a tem que ter pulso para go vernar a cas a e não permit ir que
as co isas aconteçam ao s abor d o destino. Nest e caminho o campo nês plan
tou uma palmeira desconhecida que, depois de crescida, criou tantos
espinhos que , nem ele, conse guia colher os se us frut os . A pesso a não deve
ajudar ninguém, pois não have rá reco nhecimento nem grati dão pela ajuda.
Leva uma carga muito pes ada e ninguém po de ajudá- la. Em sua c asa
oco rrem muitas br igas c onjugai s. Se o cô njuge s e mo strar mui to e nfureci do,
é melhor que se separem logo. Se um jovem pretend e se casar é melh or
que cons ulte um médico e, se ho uver n ecess idade, que se s ubmet a a um
tratamento antes das núpcias. O peso que a pesso a carrega impede que
seus objetivos s ejam at i ngidos. Ensina q ue, o s filhos de Aganjú, têm que
assentar Oduduwa. Página 188 de 633
Dice Ifá EBÓS DE I ROS OIWORÍ 1 - Um galo, dois po mbos brancos , uma
galinha , um bo neco de madei r a, um arco, uma flecha, uma co roa, uma lança
de ferr o, pano branco, pano preto, p ano vermelho, vári os tipos de cereais,
um bastão de madeira, efun, o sun, uáji, duas ga li nhas d angola e muitas
mo edas. Sacrifi ca-se o galo para Ex ú, um po mbo e duas gal inhas d angola
para Aganjú e o o utro po mbo para Orix á Okô. Com a galinha e os demais i
ngredient es, faz-se e bó, dando sacudim ento na pes so a. Despacha- se no
lugar indicad o pelo jogo . 2 - Um galo, do is pombo s, milho vermelho, e fun,
epo-pu pá, mel e o tí. O gal o é sacrifi c ado para Ex ú, o s po mbos são passados
no co rpo e s oltos co m vida. O milho é co locado na s mãos do client e que
deverá sair e, fi ngido estar embriag ado, espalhar os grãos pe la rua onde
mo ra até che gar à porta d e s ua cas a. Pági na 189 de 633
Dice Ifá I I II I II II I II IRO SO DI REZA DE IROS ODI Iroso di mandulaiye ati Rinto xe
oun o mó O runmilá. Adifaf un Orunmil á kow aye. Por este signo as mulheres
assumem o co mand o. A pesso a tem q ue tomar b orí com dois peixes
fresc os e o ferece r duas galinhas pretas a Orunmi lá. Este Odu é fi lho de Ir os
un com Odi. Fala d o cedro, que é amarg o, e da amêndoa, que é do ce.
Ofe rece-se doc e de amêndo a a Orunmi lá, par a obter- se uma graça. E ste é o
berço do amo r. Iroso di vive na água. A q ui nasceram os defeit os ós seo s no s
braços e nas pernas, e a dificuldade que algumas pesso as têm para
manterem a cabeça eret a so bre o s o mbros . A pesso a é tra tada co m fals
idade, tem que ter cuid ado e m ralação ao s lugares que f reqüenta. É um Odu
do bem e do ma l. Fala do home m que embrul ho u uma pedr a em fo lhas de
marabú ( Planta herbácea da fam ília das leguminos as), jogando -a na cabeç a
de seu próprio ir mão que, co m o impacto do golpe, caiu desmaiad o.
Aprove itando-se, o malvad o ence rrou-o nu ma caixa e ati rou-o ao m ar para
que se af ogas se. A pesso a tem que cuid ar de Obatalá. Não deve c onfiar em
nin guém, muit o menos nos parentes. Nã o pode revel ar seus segredos a
ninguém. Quand o este Odu tr az ire o mó, prenuncia qu e, a pesso a, tem o u
terá um filho que s erá a alegr ia de sua vida. Este é o Odu dos co letores de
ervas. Página 190 de 633
Dice Ifá Indi ca que a pes so a pos sui três inimi gos renitentes e implacáveis.
O pai, por ser se vero demais em relação às amizades das filhas, fará co m
que se tornem menti rosas e dissi mulad as. Se a pess oa teve relações co m
uma mulher q ue ago ra está morta, deve mandar r e z ar uma mi ss a por sua
alma. Não deve pular buracos nem atrav ess ar mangues para não f icar
impotente. Se fo r mulher é mais decidi da que seu co mpanheiro, já teve outro
mar ido e o abandono u. Sof re de furor ut erino. Ex ú diz que é seu amigo,
protetor e co mpa nheir o. Assinala vert igens, a pess oa deve pr ocurar um
médico . Não pode subir em ban c o s, c adeiras o u escadas para peg ar coisas
que estejam fo ra do alcanc e de suas mão s . EBÓ DE IROS ODI Um galo, um
peixe bagr e s eco , ewe niye (Part enium hysteropho rus. Li n.), um po mbo e
deze ss eis o guidís. O galo é s acrificado para Elegbar a. O bagr e se co é
co rtado ao meio . A parte da frente é oferecida a Elegbara, a par te de trás é
mo ída e tra nsf ormada em pó, que deve s er mistur ado ao iyerosun utili zado
durante o ebó . A mistu ra é entregue ao cliente para q ue, durante oito dias,
so pre um pouco da porta de s ua casa para a r ua, pedindo a união de todo s.
Dice Ifá I I I I I I I I I I I I IROS OWÓ NRIN REZ A DE IRO SO WÓNR IN Iros owónrin
ababoru o na o do adifafun Orú L ejó e iyele o ni oko dundun, akuk ó lebó, ewefá
lebó. Este Odu f ala de um rei que está ameaç ado de perder a co roa. É filho de
Iros un e O wónrin . É caminho de Xangô e determina pr oteção de Elegbar a.
Aqui Elegbar a co me um galo junto co m Xangô. Por este caminho Orunmilá
aband ono u o Conti nente Asi ático por causa do uso do ó pio. A ssinala
toxico mania, da qual , a pes so a não tem fo rças para l ivrar-se. Este O du
ass inala q ue a mulher tem um Egun q ue a ajuda par a que tenha suce ss o
como pro stituta, dando-lhe dinheiro e posição social, mas tirando-lhe
qualquer pos sibili dade de co ntrair mat rimô nio. Se fo r o Egun de uma lés bica
influenciará par a a prát ica do les bianismo . Tem que f aze r ebó para livr ar-se
desta má infl uência. Passa-se dois po mbos b rancos no corpo da mul her,
dos s eios até as par tes genit ais. Sacr ifica-se o s po mbo s so bre suas roupas
(fora do c orpo), embrul ha-se as aves sacrificadas nas roupas e e nterra-se
tudo no c emitéri o. A pesso a tem um pé na cadeia e o utro no ho spital. D eve
deixar de lado o orgulho para não se envo lver em algum t ipo de tragédi a.
Tem que usar um idé de prata em ho nra a Oxalá. I ndica que Yewá q uer co mer.
Frita-se um pargo fres co , enfe ita-se c om rodelas de tomate e entrega- se a
Yewá dentr o de um ce mitério. Tem que o ferec er sacrifícios à Te rra, no
quintal de casa. Página 192 de 633
Dice Ifá 6 Te m que faz er kotobo pinado , para dar co mida ao o bé sac rificial.
Puxa- se um po mbo s obre o obé, deixando que o ejé co rra so bre a lâmin a.
Enfeit a-se o obé c om penas das co stas e do peito do po mbo, embrul ha-se
co m 16 fo lhas de iroko e deixa-se diante d e O runmilá durante 16 dias, depo is
dos quais, lava- se, passa-se o ri-da-co sta na lâmi na e guar da-se no loca l de
cos tume. As f olhas e as penas s ão despachad as nas águas d e um rio.
Pass a-se uma galinha no co rpo e sac rifica-se para Oxun. Ofe rece-se, a
Xangô, aquilo que ele des ejar, no meio da porta do quart o de dormir . Este
Odu fala d a fo me provocada pela i njust iça soc ial e do aband ono do po vo po r
parte de seus g o vernantes. A pesso a, para não s ofrer queimaduras, tem que
ter mui ta atenção ao lidar com f ogo. Deve vestir uma r oupa bem chamativa e
ir a um lugar q ualquer onde tenh a muita gente. D epo is, deve regress ar à sua
casa, tirar a roupa us ada e ves tir-se inteir amente de branco. Este
procedimento tem por fi nalidade, cham ar a atenção de Ob atalá par a que
conc eda coisas boas. O ho mem deve ter cuid ado para nã o se ver envolvi d o
em trag édias causadas pe las mulheres. Os Babalaw os deste s igno têm que
ensinar t u do aos seus afilhados para não terem problemas causados por
insat isfação. Este é o Odu d os músicos. A pesso a não tem trabalho nem
dinheir o, mas, s ubitamente, o bterá uma fortu na. Este signo é ire ajê 7 Não
deve dar as mão s à outra s pes so as. Fal a de abandono por par te dos
famil iares po rqu e, a pes so a, sendo despr eo cupad a co m a vid a, só quer
saber de festas, não buscando m e ios que gar antam sua própri a
subsis tência. 6 - Cerimô nia exclusiva do culto de Orunmilá 7 - Uma benção
que garante obtenção de dinheir o . Página 193 de 633
Dice Ifá I I II I II II II II IRO SO BARA REZ A DE IRO SO BARA Iros obara iroma gan
opé ku iriwo Ikú ado, lodifá Kolará Oxá w oni aiya t am i om ó fé Odu ni
amabaxé k upá eure elebó. Aq ui nasceu o segredo das quatro co lunas de
Oxun. E ste Odu é fil ho de Irosu n co m O bará. A pesso a não deve dizer , a
ninguém, para onde vai. Assinala morte por envenename nto . O veneno está
na co zinha. A visa sobre tr agédi as po r causa de mulher es ou por co isas
extraviadas. A pesso a não deve usar roupas pretas. A quele que err a co m as
mul heres é inimigo de Orunmilá. Neste O du a pesso a tem que asse ntar Ibeji,
cuidá- los e a l imentá- los sempre. Se a pess oa é gêmea e s e se u irmão já tiver
morrid o, tem que of erecer s acrifícios ao seu e spírito, dar- lhe pres entes e
co midas para q ue não traga pert urbaçõe s à su a vida. A gindo ass im, o Egun
passará a ajudá- lo em tudo. Quando a palmeira mo rre as f olhas c aem ao seu
redor . O Awo tem que c oloc ar, em s eu igbá de Xangô, uma mão pequena de
Ifá e um okpele. Esta mão de Ifá nunca po derá ser uti lizada par a co nsultas,
despachado s num rio. EBÓ EM IROSOB ARA Uma cabr a, duas galinhas, duas
frangas novas, pimenta malagueta, preá, peixe fresco, pó de preá, pó de
peixe, milho vermelho, m el, velas e mo edas. Sacrif ica-se tudo a Elegbar a de
aco rdo c om o ritual de prax e. Pergunt a-se o nde será desp achado . As carnes ,
co m exceção dos axés, são comidas. I T AN DE IROSO BARA Or unmil á estava
cons ultando qu ando Oxun ordenou que o pombo pous as se so bre o s ue
opo nifá. As pata s da ave produzira m, so bre o iyeros un espalhad o n a
superfície do tabuleir o, as marcas do O du Iroso bara e, des ta forma, Orunmilá
fo i i nfo rmado da armad ilha que s eus inimigos haviam lhe pr eparado. Em
sinal d e grat idão , Orunmi lá fez com que as patas do pombo se tingissem de
vermelho e abençoo u o anima l , co locando-o so b sua pr oteção . Por este
motiv o o s pombo s não podem ser amar rados pel as pat as, co mo se f az
co m as o utras aves, mas sim pelas as as. Pági na 196 d e 633
para que nunca c onsig a se e rguer na vida. 9 9 - T ipo de o ráculo no qual são
utilizados quatro segmentos de o bí ou qua tro pedaço s de co co mais ou
menos do mesmo tama nho. No últi mo vo lume d a presente co leção
apresentarem os , em detalhes, a técnica que pos sibili ta a utilizaç ão des te
oráculo . Página 197 de 633
REZA DE I ROS OG UNDÁ Iros o To dá Obatalá mowa iyení. A lié bo gbo O rixá ewi
iyar á o kun. Olokun o r Oxá iyáni á. Aguemam o pá eni ina odenu eni Olo kun
abagba Obatal á lodafun Oxá Odo nu, kaferefu n Xangô . Neste Odu nasceu a
mo rte s úbita. Nasceu a parada card íaca. Fi lho de Irosun e Ogundá. A ssinala
cirurgia de co ração. É preciso reco rrer à proteção de Ogun para que haja
sucess o. O Awo deste Odu tem que ter ci nco moedas de prata em cada uma
Dice Ifá A pesso a não po de receber o igb á de Ogun das mãos de ning uém,
tem que abai xarse e pegá- lo no chão com as própri as mão s. Tem que
of erecer , a Ogun, se te tipos de bebid as diferent es. Aq ui o cão fo i
sacrificado pela pri meira vez po rque tentou criar ini mizade e nt re Ogun e
Olofin. Po r este caminho sacrifica-se ajá a Ogun. Quando surge es te sign o
não s e po de sacrifi car animais em casa po r um per íodo de quinze dias. A
pesso a não d eve f azer favores, po is não receberá nenhum ag radeciment o.
Tem que ter cuidado co m o mar, co rre o risco de afo gar-se. Aqui Olokun quis
expand ir seus domínios, e stende ndo suas águas por so bre toda a
superfície terr estre, no que f oi impedido por Obatalá q ue, des ta forma,
preservou es paço seguro para cr iar seus filhos . A pess oa é traída po r
alguém que and a sempre em sua companhia. O cão e o coe lho são inimigos ,
mas já viver am juntos na c asa de Obatalá. A pess oa entra em tr anse e
depois não se record a de nada do que aco nteceu. Tem que desenvolver a
mediunid ade e receber es píritos. Neste ca minho , quando s e dá um galo a
Elegbar a, reco lhem-se tr ês penas da c auda da ave e dei xa- se, por três dias,
no igbá. D epo is se to rra as penas e , co m as cinz as, prepara- se um pó para
ser usado sempre que surgirem di ficuldades. A qui nasceu o engasgamento
Dice Ifá Disse Ifá: "Or unmilá é aquele que c ombate as injusti ças". EBÓ PA RA
T IRAR OS OGB O IKÚ Sacrifi ca-se um ca britinho no vo para Elegbar a e to ma-se
ba nho c om fo lhas de cróton. C olo ca-se uma taça de vin ho doce para
Orunmil á e uma para Ox un. Abre-se um buraco na terra e co loc a-se, em s eu
interior, uma c abaça co m uma br asa ace sa dentro. Colo ca-se Elegbara at rás
do buraco , limpa- se a pess oa co m uma ga linha cantando: Er ansi laiye. L aiye
Egun Eronsi laiye, laiye. Depois disto s acri fica-se a galinha dentr o do buraco ,
so bre a cabaça, e c obre-se tudo de terra di ant e de Elegbara. P ágina 201 de
633
REZA DE I ROS OS Á Iroso sá Ifá pelé pelé lelé lile egue le wa guere manil e ilá
pupá Ologuin li nxé ude Olofi n, mafarefun Xangô . Neste Odu nasceram o s
cereais. É filho de Ir osun e de Os á. Por este caminho Xangô lançou
maldições so bre todas as mulheres. P ara que se tenha os caminhos abert os
é preciso qu e se c ultue Xangô. Coloca-se um xer é em Xangô e o utro em
Ogun, para que se tri unfe s ob re os inimigos e so bre as vicissitudes da vi da.
Faz-se sacudi mento, na casa, co m folhas de álam o, e lava-se o chão co m
amasí da mesma f olha. O igbá de Oxun tem que fi ca r mais alt o que os dos
outros Orixás. A pess oa atrib ui aos O rixás tudo o que aco ntec e em sua vida.
Guarda di nheiro e cho ra sempre que precisa gastá-lo. I sto lhe traz má so rte.
Não po de ficar em déb ito c om Xangô ne m com Oxun. Se f or homem, co rre o
Dice Ifá II I I I II II II II IROS OKÁ REZA DE IROS OKÁ Iros oká bo kalá, o kalá,
bokiká otatun, adifafun obó, akukó lebó.
Este Odu as sinala tr aição . É filho de Irosun e Iká. T raz violênc ia e brutal idade
nas relações entre o s s eres humanos. Se fo r mulher, é poss ível que t enha
sido vítima de um trabal ho de brux aria. Aqui nasce u o co stume da mulher s er
iludida pelo homem que, lhe pr omete casamento, abusa dela e depois a
abandona. A pess oa co rre o risco de morre r por ordem de alguém. Tem que
tomar borí par a so breviver. Por este c aminho O runmilá m os tra sua
sabedo ria diant e de Ikú. Fo i por este O du que Oxun tr ouxe o dinheir o e a
riqueza à Te rra. A pess oa, para não so frer um at entado fatal, não deve ir ao
campo s e m antes faz er ebó. Só Orunm ilá tem poderes par a salvar a pesso a.
A pesso a tem um fi lho que f oi es co lhido e terá que faze r Ifá. Este fi lho s erá
a sua s orte. Fala d e irmã os que , embo ra tenham sido criad os juntos , não se
toler am e nem podem ver um ao outro. A pesso a tem um sonho que não
co nse gue realizar . Em ire ajê : Tem que f aze r Ifá para ob ter fo rtuna e tudo o
que deseja na vid a. Não deve s e abo rrece r com nada que lhe su ceda. P ode
passar por um gr ande sus to no mar. Tem que s e pegar com Ogun, O xun, O
xós si, Elegbara e Obatalá. 10 - Um bem de aquisição de dinheir o ou fo rtuna.
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Dice Ifá A mulher q ue tiver este signo , se ndo filha de Oxun, ao receber
Akofá, tem que sac r ificar uma cabra par a Oxun co mer junto co m Orunmilá.
Isto asse gura felicidade no s eu c asame nto. Tem que viver na co mpanhia de
um Awo. O ho mem deste O du deve vi ver com uma mulher de Oxun e, s e ela
não fo r feita, tem que providenciar , rapid amente , s ua iniciação. Tem que
faz er ebó e oferece r uma gal inha pr eta a Ilê. Se a co nsulta ass inalar
problemas matrimoniais, tem que o ferece r uma gal inha cari jó para Oxun e
uma galinha p reta para Orunmi lá. O ejé das duas aves co rre em ambo s o s
igbás e co bre-se c ada igbá com as penas do bicho que lhe corresponde.
Colo ca-se três favas de bejereku n numa bolsinha e deixa- se no s pés de um
Orixá qualq uer. Sempre que a pes so a sair de casa leva a bo lsinha e, na vo lta,
reco loca no s pés do Orixá. O filho deste Odu tem que ass entar Os ain. O
Osain leva, por este c aminho, três penas e kodidé, tr ês raízes de a tiponlá, pó
de efun, pó de os un, uáji, li malha de ouro, limalha de pr ata, casca de o vo d e
galinha , casc a de o vo de po mba e um co ral. Pergunta-se no jogo o que
co me. Sac rifi ca-se um galo para Ogun junto co m Oxun. C ozinha-se as
carnes c om ewe yeyé, den dê, ataré e gengibre ral ado. Ar ruma-se num
alguidar e arr ia-se para os dois Orixás, cu jo s igbás devem fi car juntos para
receberem a o ferenda. Página 20 4 de 633
Dice Ifá Quando este Odu surge na co nsult a de um ho mem não iniciad o,
indica que ele tem que faze r Ifá o mais depr essa poss ível, caso co ntrário,
definhará até a mo rte. Se fo r para um a mulher, indica que ela tem problemas
no aparelho repr odutor e es tá propensa a so frer ab ortos. Por este c aminh o
Xangô prenuncia acidentes e po breza. A pess oa é vigia da por alguém e tem
que ter cuid ado para não s e envo lver com a justiça. A casa deve se r bem
vigiada e guardada contra a investida de um inimigo muito temido . A pesso a
tem que faze r ebó para q uebrar as fo rças deste inimig o. Os filhos des te Odu
não po dem comer pombo . É tabu. Por este caminho f oram inv entad os o
arco e a flecha par a que os s eres humanos pudessem s e defender d as
investid as das bes tas fero ze s. O Awo que tiv er um afilhado deste s igno deve
evitar que vá à sua c asa po is, es te afilhado, representa um grande perigo
para ele. Se tiver outro Awo de ste Odu, seu am igo, deve tratá-lo f riamente,
evitand o que o visite. As pess oas deste Odu têm tendências pa ra se
portarem de fo rma cruel e brutal . Por isto devem refletir muit o antes de t
om arem qual quer at itude em relação ao s o utros . Por este Odu fala I roko.
Dice Ifá I I II I I II I II IROS OT URÁ REZ A DE IRO SO T URÁ Iroso Turá nibé a kani
ikanijú olodaf un Ogun nibatí , Ogun O los ilé, Orunmil á ate nifá. Este Odu se rve
de caminho para duas quali dades de Ogun: Ogun Alagbedé - li gado ao ferro, e
Ogun So ndé - ligado ao co bre. É filho de Ir os un co m Otura. Não s e po de
cuidar de Egun. Colo ca-se um o kpele de ferr o em Ogun. A pesso a, para
prosperar na vid a , tem que c ultuar Orunmil á, Ogun, Oxun e as sentar e
alimentar Exú. Aqui Ogun arr anco u, violentamente, a po rta e a janela po rque
estavam cheias de cupim. A pesso a te m que tomar cuidad o para que não
entrem lad rões em s ua casa. As portas e as janelas têm que se r mantidas,
sempre, em bom e stado de co nserva ção. O Awo deste Odu tem que po ss uir
um okpele de ferr o do se u taman ho. Sempre que for faz er ebó, deve
pendu rá-lo n o pesco ço . Quand o termina r, o okpele é co locado no igbá de
Ogun. A pess oa so fre do f ígad o e da vesícula. É preciso ter muito cuidado
ao lidar co m máquinas e ferramentas par a não s of rer um acidente. Não s e
casa co m a pess oa amada. F oi amaldi ço ado por uma pesso a de ida de
avançada. Par a livrar-se da maldição tem que banhar-se num rio co m
Dice Ifá Não deve tentar faz er coisas para as quais não tenha vo cação . Isto
só lhe trará fracasso s. E st e Odu pr oíbe, aos seus fil hos , o cons umo de
carne de galo e de bebidas alcoólicas. Assinala inflamações no ventre e
doenças nasais. Assinala problemas respiratórios, enfe rmidades na boca e
frieza s exual. Proíbe seus filhos de sen tarem-se em po rtas que dão para a
rua e de fi carem parad os nas esquinas para não s e expo rem a acidentes que
podem ser fatai s. Por este cami nho as pesso as aceitam m aus co nselhos
que as lev am a desrespei tar seus mais velh os , ao s quais só devem
expressar respeito e gratidão .
Dice Ifá Po r este caminho a roda do mo inho retir ava água do rio e, e m certo
mo mento, só havia l odo para ser r etirado. A pesso a tem uma ati vidade que
já não é s uficiente para sua m anutenção , devendo , portanto, procurar outra
oc upação . Em os ogbo arun prenuncia uma doença que irá acabar ,
rapidamente, co m a pess oa, levando-a a morte. Pág ina 209 de 633
REZA DE I ROS ORET Ê Irosun unkuemí l aterí Tuká aparo, ataré mes an, ewe
enatorí, eiyé aparo , ata metá, agbado luiyere merin aiye kaabá gbe gbe xerin
xaió kanx á, gbe gbe torokô o mo dé tobariní
sua cas a. Esta segurança co me junto co m Elegba ra sempre que ele come r.
O Awo deste signo, que não observa as interdições por ele det erminadas,
expõe -se a um grand e perigo. Tem que ter muit o c uidado co m o c liente pa r a
o qual surja este Odu. O cliente tem que faz er Ifá rapid amente, po is es tá
prestes a se r destr uído. Orunmi lá é a sua salvação . Este Odu ens ina, às
mães, que devem co nduzir seu fil hos pelas mãos. A pesso a tem tr ês
objetivos na vida que, só s erão alcançado s, s e fize r Ifá. Aqui nasceram as
tochas. Oru nmilá fez uma tocha de um galh o e, co m ela, der rot ou s eus
inimigos . A pess oa se perde por não ter fé. Quando as adversidades batem à
sua porta maldiz os Orixás e renega-os, esquecendo-se de que eles existem
para aj udar -nos a s uportar as di ficuldades que no s s ão impostas pelo
destino. Cada um t em que busc ar forças para superar as vicissitudes que
surgem em suas vidas e a miss ão do s Orixás é auxi liar-nos nes te sentido.
Aqui, po r falta d e f é, des pacha-se Orunmilá. Neste O du Orunmil á vive seis
meses a seco e seis meses co m água dent ro de sua so peira. Página 210 d e
633
Dice Ifá Para colo car água na so peira de Orunmil á, primeiro co loca-se e pô
pupá bem quente numa qu antid ade suficiente para cobrir t udo o que es tiver
contido no igbá. So mente dep ois que o epô e sfriar é que se co loca a água
fria. Assinala o fim d e uma c asa e necess ida des prementes, o casionados
provavelment e, pelo faleciment o de um dos cô njuges. Proíb e que a pesso a
carregue din heiro nos bolso s. Assinal a feitiços colo cados na porta d e cas a.
A pesso a tem que t er muito c uidado para não s of rer amarraçõ es f eitas por
mulh eres. C orre o risco de ficar louca. Tem que lavar a cabeça co m om ieró
de sálvia e to ma r borí co m um galo -caipir a. Elegbara di z que es tá picando
ervas o tempo todo . Tem qu e co loc ar uma faquinha em Elegbar a. A pess oa
tem qu e ass entar Osain co m todos os fundament os . O rei teve qu e ir ao
enco ntro de Orunmi lá, que se negava a atender a os seus chamad os .
Orunmil á diz que a úni ca co roa que reco nhece é a s ua própri a co roa. A
pesso a não deve atend er a chamados para ir ao enco ntro de ning uém. Quem
quiser vê- la, que a pr ocure. Por pi or que se ja a situação, não se deve
despachar Orunmilá. Isto s ó servi rá par a agravar, ainda mais, o que já es tá
ruim. A pess oa não deve emprestar d inheir o a quem quer que se ja, não
importand o quem lhe peç a. Pági na 211 de 633
Iros un Xe Olú jenjé adifafun Auré Linjó. Launjé o kan akuk ó lebó. Oxá kelefun
kitifun xaw ó adi Orunmi lá. Neste Odu o mal vem po r intermédio de uma
mulher b aixinha, de nádegas protuberant es e c orpo bem feito. O ho mem se
apaixona por ela e fica enf eitiçado po r um trabalho de amarração. Este s igno
é filho de Ir os un e Oxe. Foi po r este caminho que o s ho mens a prender am a
utilização dos óleo s vegetai s na culinária e na co nfecção de lamp arinas. Os
os so s dos mo rtos se desfaz em na ter ra pelo efeito da ferment ação. É
preciso des enterr á-los e co loc á-los no o ss ário, propri edade de Oxe M eji. Este
é o c aminho, através do qual, agem os Eguns. É por aqui q ue o s Anjos da
Guarda vêm buscar seus fi lhos na ho ra da morte , carr egando-o s pelo s pés .
Orunmil á ensina ao s ho mens a mane ira co rreta de ali mentar seus Anjos da
Guarda, para salvar suas vidas. Orunmil á é o intermediár io e ntre o Anjo da
Guard a e o ser humano. Aq ui nasceram os defeit os físicos. Este Odu proíb e
que se cho re por falta de dinheir o. A pesso a tem que faze r orô para I yá To bí .
Te m que c uida r d e O xun e mantê-la apaziguada. 13 13 - Quali dade de Oxun
cultuada no Caribe Página 212 de 633
Dice Ifá Prenuncia uma guerr a para a qual a pess oa tem que es tar
prepar ada. A pess oa tem que faz er muit os trabal ho s que s ervirão para salvar
a sua vid a e as vidas de seus entes quer idos . Em o so gbo arun, t em que faz er
ebó imediat amente - qual quer demora po de se r fatal. Tem que dar obí omi
tutu à Terra , e limpar -se co m fo lhas de tabat é, p inhão e mamo na, e depo is,
tomar b anho co m omi eró das mesmas e rvas. Est e signo assin ala pr oteção
de Osain. É um I fá de guerras. Quando surge, pega-se uma brasa viva e colo c
Dice Ifá T RABA LHO PARA A FAST AR OSOG BO Azeite doce , az ougue,
epo -pupá, 12 pavi os de lampari n a, um edú-ar á , dois galo s, pó de peixe, pó de
preá e mil ho torrado. À s 12 ho ras do dia, co l ocam-se o s 12 pavi os no az eite
doce mistu rado co m o epô, dentro de uma ti gela. Ace ndem- se o s pavios e,
em se guida, colo ca-se 12 gotas de az ougue. Fica nos pés de El egbar a até
que ter mine o az eite. O que so brar no f undo da ti gela é despachado em água
corrente. 15 15 - Pedra de raio Página 214 de 633
Dice Ifá II I I I II II I II IRO SO FUN REZ A DE IROS OFUN Iros ofun oxú o poni
minoman agbado orilelé lori apat á ibunjó ni gbe xi bú i nbelotan oxe elepo
gbaxugb u igbé lar ifá adifafun O luwo. Este é o signo da desco nfiança. É fi lho
de Irosun e Ofun. Neste Odu os preços determinad os para os trabalhos
devem ser mant idos , não podendo baixa r nem um centavo. A pess o a é
desco nfiada. Foi por es te caminho que Aganjú d eclarou gue rra a Obatalá,
pelo do míni o das cabeç as humanas . Ass inala t raição entre ir mão s. A rainha
de Dassá fo i traída por sua p ró pria irmã que era amante de s eu marido. Fala
de co rrupção na famíli a onde, um do s membro s , é filho bastardo. A ss inala
fraqueza s exual no ho mem. Obatalá er a trapalhão e guarda va o dinheir o de
seus afilhados . Usav a o dinheir o a ele co nfiado, tentand o a so r te no jogo e,
co mo sem pre per dia, ficava muito atrap alhado na ho ra de ace rtar as co ntas.
A pesso a deve ter muito cuidado na hora de esc olher seu padrinho o u pai
-de-santo, para não c air nas mão s de um vigar ista. Fala de pesso as
inescru pulos as, q ue não hesitam em lançar mãos de exped ientes
crimino so s para ocultar se us atos ilícitos . Ass inala a existência de feitiços e
bruxarias e nterradas para pr ejudicar a pesso a. Neste Odu a pes so a tem que
cultuar Obat alá para não viver atormentada pelas mais dif e rentes
enfe rmidades. Tem que ter uma es teira es tendid a na entrada de sua cas a.
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ni ori oún jo ko adifafun Akit ifá, a difafun Aroni, mama f orosile akit ifá, adie
sinkena elebo. Este é um Odu feminino, representa a Terra e o submundo .
Foi atrav és dele que o magm a r esf riou -se dando s urgimento às rochas e à
crosta terrestre. Aqui nasceram os arajés , os caramujos pontiagudos, as
conquistas, a celebri dade, a crença, a revel ação, a pos sess ão espir itual, os
seres disformes e o plano as tral. Por este caminh o fo ram cr i ados os pés e
as mão s. Aqui falam as almas so litárias e o s e spectr os fantasmag óricos. As
sinala enfermi dades estomacais, c omo úlcer as e dispepsias, além de
tumores intestina is. Fal a igualmente de vida e de mo rte. As mulheres de ste
Odu, al ém de dores estom acais, são propensas a complicações rena is
generalizadas. E ste Odu proíbe os s eus filho s de co merem galinha d`angola,
milho e ge rgelim (Ses amum indicum, L in.). Rec omend a que s e vistam de
azul-marinho. Por este Odu nasceram as úlceras no reto e no duo deno.
Neste signo a ingr atidão imped e que a pess oa colha o s frutos do seu
Dice Ifá Quando, por este caminho, se of erece gali nha d angola a Exú ,
pega-se um caroç o de m a nga (A chras z apota, Li n.) e pinta- se ne le o s igno
Owónrin M eji, para q ue permissão p ara se arrancar a cabeça da ave. Este é o
signo das salamand ras que se alim entam d e fo go o btend o, desta forma, o
poder de mud arem de co r, mas que, apesar di sto, pos suem o s co rpos tão
frios que podem apaga r o f ogo . Por este Odu se prepar a um pó c om
mariposas e fezes de gato que é usado para obter-se a vitória numa questão
judic ial. O wónrin Meji é o signo do mascaramento e da hipo cris ia. Neste
caminho e nco ntram-se tr ês Ajés que são : Ologbumo le - O que viaj a pelo
caminho , Olo gbumos á - O que voa, e Ologbu marepá - O que existe par a
matar. Estes três e spíritos reunidos , dão s urgimento ao s vamp iros que
voam e matam, viajando pelos c aminhos . Fala de um Eg un que acom panha e
ajud a a pesso a, mas que a mantém so litária, só permit indo que se aproxime
de quem acre ditar na sua e xistência. Numa enc arnação anterior es te Egun
assass inou a mãe da pesso a q ue hoje protege e, po r isto, cuid a desta
Dice Ifá Seus Santos não po dem ficar sem água. É por este caminho que o
Espírito se e squec e das v idas anteri ores . A pess oa é es pírita dotada de
grande me diunidade. Na port a de sua c as a ficam s empre dois eguns que
fecham o s caminhos para as coisas bo as. A qui o g ato f oi inici ado no c ulto
de Ifá. É o reino de Oduduw a. Nest e Odu nasceu o cos tume d os ho mens
viverem em grupos co munitár ios . Nasceu o po der da cura e da revelação.
Quand o este Odu surge em atef á , uma das cabras sac rificadas é dividida
entre os Babalaw o s participant es. O Awo deste s igno tem que, periodicamen
te, co loc ar seu I fá na cas a o nde fica ass entado se u Egun p rotetor . Se mpre
que se fi ze r um ebó por este camin ho , na véspera, tem que se tomar borí e
faz er ebó e m si mes mo para não adquirir a negati vidade do c liente. O eleké e
o idé deste signo têm que ser feitos co m fio duplo, o u se ja, têm q ue ter
duas voltas. Este Odu fala de mudanças nas relaçõ es humanas . Padrinho e
afilhado têm que ter cuid ado para não s e se pararem. 2 ASSENT AMENT O DO
EGUN Pega- se uma cabaç a e, pela par te do pesc oç o, se introduz: leri ekú, leri
ejá, milho, erú, o bí, o sun e um pedaço de galho de cipr este (Cu pressus
funebris, Endi. ). Sac rifica-se um pinto e c obre-se co m um pano preto e outro
Dice Ifá T RABA LHO CONT RA ARA JÉS Coloc a-se, num espelho, pó de ekú,
de ejá e milho. Sacrifi ca-se u ma franga para Elegbar a e de rrama-se epô
quent e em cima de El egbar a e s obre o espe lho . O dono deste Odu tem que
ter em seu quintal, um pé de go iabeir a, junto ao qua l enterr a uma fe rramenta
de Osain. Seu Elegbar a tem que se adornado co m 41 búzios . Tem que pegar
quatro tabuinhas, pintar nelas o signo de Owónrin M eji com e fun e o sun.
Depois, pass a as quatr o tabuinhas no co rpo e s acrifica um galo a Elegbara j
unto co m as tabuinhas. Retir a as tabuinhas e co loca-as atrás da porta p ara
que os Arajés não entrem mais em cas a. Página 220 de 633
REZA DE OWÓNR INXOG BE. Owónrinx ogbe tabakoyú, baín, baín, Ikú baí n baín
jobatí adif afun oun Ba o merindilogun tinlo difá ile Olofin. Este signo é filho de
Owónrin e Ogbe. Fo i através dele que se co nhece ram as uti lidades do s
cristai s. O bem e o mal habitam o me smo local. O di nheiro não é tudo na
vida. A pess oa tem que assentar outro Obatalá. Tem que o ferece r um galo a
Exú para não ver su a cas a destruí da. O Awo o u a Apetebi deste s igno não
podem batizar ninguém. A qui nasce u o Pinado de Iw oró . Não s e deve
guardar co isas de o utras pess oas . Não se pode empres tar nenhu m o bjeto
de uso pessoal. As reclamações devem ser feitas de forma delicada, para
evitar algum ti po de tragédi a. É um Odu de avareza. Quanto mais s e tem, mais
s e quer . A pess oa é ego ísta e não go sta de ajud ar ninguém O maior o so gbo
deste Odu é a s obe rba, pois dá caminho à violência e a males irreversív eis.
Tem que ter cui dado co m roubos . Os filhos deste Odu não são amigos de
ninguém pois tentam co nquistar a mulher de seu m aior amigo. 3 3 -
Cerimô nia co mplementar na ini ciação de Babalawo. Página 221 d e 633
Dice Ifá Fala de um acid ente provo cando f erimentos graves na cabeç a.
Quando a pes so a fica i rada pode matar até mesmo alguém de quem gosta
muito. E ste Odu avisa que a pes so a de ve policiar- se m uito para não se r
so berba e violenta. Estes são os caminhos de s ua p erdi ção. Ensina qu e s e
deve agir co m paciência, ser gentil , persuasivo e leal com o s d emais para,
assim, enco ntrar soluçõ es amigáveis e inteli gentes par a o s problemas que s
urjam no deco rrer da vida. Assinala pr oblemas nas vistas que e xigem o uso
de óculo s es curos. Tem que ter mui to respeit o à Oiyá, pois ela pune com
cegueira e demência. N este caminho Elegbara quer que todo s faç am a sua
vontad e. Da mesma forma, os filho s deste Odu qu erem que t odo s s e
submetam aos se us capri chos . Foi neste caminho q ue Exú , usando um
gorro preto de um lado e vermelho do outro, provoco u uma di scuss ão e ntre
dois amigo s que, a partir de então , tornaram- se inimigos para sempre. A ss in
ala a existência de um co mpromiss o muito desagradável que, para deix ar de
Dice Ifá Coloc a-se em Elegbara uma naval ha velha em cuja lâmina
espeta- se papéis com o s ender eços do s inimigos e co bre-se com pó de
carvão e pó de ef un. Se fo r homem, existe uma mul her qu e lhe dá
tranqüil idade e que já lhe deu o u lhe dará um fi lho. Sua so rte e stá nes ta m
ulher. Quando o Awo termina um ebó deste signo, recolhe um pouco do iyefá
utilizado para banhar-se. O Iyefá que so brar no o ponifá deve ser so prado na
porta da r ua co m a se guinte rez a: Owónrinx ogbe Baxowani sanxemixé jir o ni
bode agadá afo xe iyar awá edi damí Logun damir ê afu lení. No mes mo banho
deve-se acresc entar er vas da Oxun qui nadas e f ervidas. Depois de frio,
mistura- se o iyefá e um po uco de água de chuva. TR ABALHO PARA
LEVANT AR UMA PESSOA O bs.: Este trabal ho pode ser utili zado sem pre que
necess ário para o s filhos deste Odu. P ara o utras pess oas , s omente quando
surgi r em opolé 4. Espal ha-se um po uco de Iyefá no so lo, risca- se o signo e
co loc a-se, em c ima, 16 pi tadinhas de pó de ekú. Em seguida desmancha-se
o signo fazendo a seguinte reza: Owónri nxogbe kaxu bawo alasesegun aiye.
Owónrixogbe alases egun adifafun Owó nrin adifafun a iye un batowá aiye, il e,
awo. Ist o feito recolhe-se tud o e co loca-se so bre o opo n. Sacr ifica-se um
pombo para Oiy á, co loca-se o ará so bre um pano vermel ho, c obre- se c o m o
iyefá, e mbrulha-se e despac ha-se no m ato. Este tr abalho é para tr aze r sorte e
d inheiro. SACRIFÍCIO A ELEGBARA NOS CAMINHOS DE OWÓNRINXOGBE
Sac rifica-se um galo dentro de ca s a. Ao lado do igbá co loca-se uma pe dra
de carvão em brasa. Quando o animal é sacrifi c ado, deixa-se um pouco do
ejé es co rrer so bre a brasa. Abr e-se o galo e derrama- se az eite de dendê em
suas entranhas. D eixa-se em cima do igbá de El egbara por tr ês dias c om uma
vela acesa. Pergunta- se no jogo on de deverá ser despachado. 4 - Diz-se do
Odu que surge no primeiro lançamento, como "responsável" pela consulta .
Aquele que está com os pés no so lo. Pág ina 22 3 de 633
todas es tas co isas e pergu nta-se, no jogo, o nde será d espachado o ebó.
TRABALHO PARA DESMANCHAR QUALQUER TIPO DE OSOGBO. Marca-se o
Odu so bre o so lo. E m cima d a marca co loca-se um pr ato bran co fundo co m
uma fo lha d e chicá (Xant os oma sagit of olium, Scho tt.), um ekó, pó de ejá,
epô pupá e o sun. P uxa-se do is pintos macho s so b re o prato e co loca-se os
ará dos pintos dentro do mesmo . Despacha- se no mato no d ia seguint e bem
cedinho. Este trab alho é f eito atrás da porta d a casa do cliente. O Awo deste
Odu tem que t er assentado Exú Ni par a os trabalhos mais pe sado s de se us
clientes, deixando para o s eu Elegbar a, so mente o s trabalhos para o bem .
Página 224 de 633
Dice Ifá II II II II II I II I OWÓNRIYEKU REZA DE OWÓNRIYEKU. Owónriyeku abori
oribaxé kaw o oribawá, ir e axekun o tá, eles e Xangô maril awe ni Elegbar a
orukpale owó o goró obori obo ri Oyeku, Inle eberen baw á Ifá kalerun Ow óriny
eku. Este Odu é fi lho de O wónrin com O yeku. Fo i por este caminho que, pela
primeira v ez , a mulher levantou a mão c ontra o ho mem. Aq ui nasceu o
domíni o da mul her sobre o home m. É um sign o de deso bediência e de
co nfronto . Tem que o ferec er ajapá a Egun. Prenunci a uma guerr a que, para
ser ganha, o Awo tem que s e preparar muito bem. Não s e nega co mida a
ninguém. É es te Odu que faz , em ce rta ho ra da noite, o flambo yant crepi tar .
Quando a pes so a fica rica e feliz, chega a morte. A pesso a pode enco ntrar a
mo rte no meio do mar. Este Odu dá muit o dinheir o, mas, s e não se o ferecer
um galo a El egbar a, perde- se tudo pouc o a pouc o. A pess oa é filha de Oiyá.
Aqui Xangô deu um fi lho a O iyá. Nasce u o xeré de Oiyá. E nsina que as
cabeças gos tam de co mer babosa, meno s as c abeças dos filhos de Oxun.
A pesso a será ajudad a por alguém que t em chagas no s pés e n as pernas.
Existe uma di sputa pel o cô njuge, cargo o u pos ição da pess oa. É preci so
cuidado, po is co rre o risco de perder . Página 225 de 633
Dice Ifá A pesso a vive rodeada de gente de má vo ntade. Vive à deri va, se m
contar com a proteção d os seus S antos, e c orre o ri sco de per der sua
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viv a so zinha. Em oso gbo ass inala traição dos am igos. Em ir e é a própri a
pessoa quem trai se us amigos. Quando era jovem sofreu um trabalho de
macumba fe ito por uma mulher n o qual fo i utilizado um tipo de f etiche. Tem
que cuidar d o co ração. Página 227 d e 633
Dice Ifá A pess oa tem um Egun que é seu guia espirit ual e que não go sta de
seu pai o u mãe de S a nto. Não deve us ar per fumes muito ativos porqu e isto
atrai os ogbo . Deve mudar d o l ugar onde vive. Tem problemas de exces so ou
falta de açúcar no s angue. Tem que cuida r d a pressão arterial. Se fo r
mulher deve cuidar do o vário e das trompas . É preciso te r muit o cuidado
com as amizades. Tem qu e evit ar o uso de bebi das al co ólicas e o de
sregramento s exual, para não adquir ir moléstias se xualmente tr ansmiss íveis
ou perder a potência. A pess oa enco ntra inúmeras difi culdades para cumprir
suas obrig ações co m os S antos , mas não deve d eses perar-se, as co isas
serão feitas na ho ra cert a. Existe uma guerr a oc asio nada pelo caráter
extremamente f orte da pesso a. Po de envolver- se num problema de
chantagem podendo , por es te motivo, che gar a ser pr esa. Tem que cult uar
Elegbar a e respeitar t odo s o s Orixás. E ste é um O du de bandi dos e de
pesso as que se envo lvem em negóc ios s ujos. Aq ui Elegbara fez uso de
marijuana. Os negó cios deve m ser feitos a s ós , jamai s na presença de
terceir os . Os ho mens des te Odu têm que faz er Santo e iniciar -se e m Ifá. Aqui
se repartiram o s po deres da arte, da adi vinhação e da guerr a. Neste caminho
Olokun se f ez co merciante e o búz io era o s eu inter mediári o. Aqui Elegbar a
fo i condenado por Olo fin a viver na esquina, po r haver roubado os ikins de
Orunmil á. A pess oa tem que co loca r uma bandeir a branca atr ás da po rta de
ca sa e, nas árv ores frondos as que t enha em casa ou nas suas
proximidades, derramar m el para atrair as formigas. Aqui Elegbara vive sobre
um tamb or co m um par afuso d e linh a de tr em ao lado. Com es tas coisas
invoca-se, à me ia-no ite, todos os espírit o s malignos para trabalharem par a o
mal. A pesso a, po r ser romântica e afetiva, é eng anada co m carícias. Este
signo proíbe que s e ande n u dentro de c asa para não irritar E legbara. Página
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pess oa tem que dar co mida ao se u Orixá e ao seu Egun protetor para t er
progr esso nas suas co isas. Ox un deseja alg uma coisa da pesso a. Nã o deve
iniciar al go qu e não pos sa terminar . Tem dívid as c om Elegbar a. Fala de uma
pess oa muito do ente que pr ecisa as sentar Orunmil á e o utros Orixás. A
pess oa tem que viv er em casa térrea. Não de ve acredit ar que ninguém po ss a
lhe causar algum malefício. É preciso ter muito cuidado com as pessoas
co m quem co nvive. Tem que ter cuidado co m uma agr ess ão . Página 23 1 de
633
Dice Ifá
Dice Ifá Xangô grita d a mes ma fo rma, quer seja no céu, quer seja na terr a.
As fo lhas des te Od u s ão: Ewe tuko ( Ari sto lochia tril obata, L in.), Yila
(T humbergi fragans, Ro sb.), e we kawon (Tetracera volubil is, Lin.), ewe utí
(Cuscuta ame ricana, Lin. ) e jos oiyo (Stigmaphill um lineare, WR). Quando es te
Odu surge para um Babal awo, e le tem que of erecer duas galinhas ao s e u Ifá.
Nes te caminho Orunmil á tirou de Elegbara o direit o de matar qual quer
animal. Rec omenda ter paciência para não pe rder o que se po ss ui. Se a
pess oa es tá em dificulda des fi nanceiras, s eu ire ajê já está a cam inho. A
pesso a sabe o que é hoje, mas desco nhe ce o que será am anhã. Este Odu
fala de feiti ço s e amarraçõ es. A pesso a é muito despr eo cupad a . Tem que
faze r as coisas co mpletas, pois o Arajé é fo rte e obstinad o. Assinal a que o
Awo vai se separar d e se us mais velhos. T raz mais influ ências de Egun do
que de Ifá. Quando s air para al guém na ini ciação de awofakan, a pess oa não
pode che gar a ser ini c iada como Babalaw o, pois O runmilá está avi sando que
seus caminh os estão dir ecionados a o culto de Egu n e de Orix á e uma
incorporação ocorrerá a qualquer momento. Este Odu pres ide as consultas
co m o s es píritos. A pesso a, para quem sair este O du, tem que tr ab alhar e
faze r consulta s co m Egun . Tem qu e co locar um v aso co m água e per fume
para seu Egun proteto r. Aqui, Agba Egun pr otege, c om sua influência, a m ente
da pes so a. Quando o Awo deste O du ofe rece galinha a Orunmil á tem que,
antes, s alpicar atar é mo íd o dentr o do igbá. Ofe rece-se do is ajá kek e a Ogun.
O eleké do Awo des te signo leva um eko didé amarrad o. Dentro de se u Ifá tem
que ter um ekodidé para cada uma das mão s. Quand o acender velas para
Egun, Orix á e Orunmilá, tem que cruzar os braço s e pedir as bênção s de Awo
Itana e de Awo Ikuku. Página 234 de 633
Este é o O du gerad o pelo enco ntro de Owó nrin e Obara. O axé deste Odu
está na c abra. Det ermi na que o s irmãos vivam uni dos para que através da
união, c resçam e s e fo rtaleçam. A pe ss oa go sta de br igas de gal o. Ass inala
atraso. A pessoa tem que fazer ebó e seguir as determinações de Ifá. Tem
que tomar borí. Tem que, co nstantemente, lavar a cabeça co m amasí para
ativar a memó ria e f ortalecer a me nte. Tem que alimentar -se bem para que
seu cérebro não enfraqueça e não perca a memória ou a r azão . A pesso a é
perseguida pelas doe n . Tem que c ultuar Obatalá, Ex ú, Orunmilá, Ogun e
Egun. A pesso a vive na pobrez a e não te m a co nsideração de ninguém. Tem
que sac rificar um animal aos Eguns (ver no jogo que t ipo de animal), par a
que o auxiliem em sua trajetória pela vi da. Tem que ficar at e nto para não s er
expulso do loc al onde vive, tr abalha ou freqüenta. Neste O du nascer am os
abrigos para desvalidos . A pess oa tem que ter cuidado para não acabar num
de les. É um Odu que determina muit o trabalho e dificuldades, mas , se a
pesso a seguir corr etament e as orient açõe s dos Orixás e dos Eguns, as
dificuldades tendem a desapare ce r, ficando o signo em ire. Pági na 235 de 633
Dice Ifá A pess oa tem ou terá um fi lho que lhe é dado por Orunmilá e que
será a sua f elicidad e e a alegria d e sua vida. Se este O du surge na co nsulta
de uma pessoa do sexo masc u lino, indica q ue esta pesso a tem qu e faz er
Ifá. Se fo r do sexo feminin o, tem que r eceber Akof á. Num atefá, se o Awo
tem espíri tos ao s quais cultua ( Caboclo s, Pretos -Vel hos , Etc.), tem que
co ntinuar a cultuá- los e a trabalhar co m eles. Se não os tem pod e, a
qualquer momento, so frer u ma incorpora ção de um del es, pois es te é o
único O du de Ifá que permit e a o Babalawo inco rporar se us guias depois de
cons agrado à Ifá. O Awo será t ão po deros o c om o Babal awo quanto co mo
médium. Tudo is to es tá determinad o ne ste signo que é também chama do
"Caminho de B ohio". Para alcançar o po der o Awo deste s igno tem que
colocar, de ntro do seu IgbaOsaiyn, um peixe bagre, e fazer o assentamento
de seus Guias no meio de um pé de cabaceira. Tem que co locar um elek é e
iyefá no s eu Elegbar a. Nas ceri mô nias de akofá, quando s urge este Odu,
todos os Awos presentes têm que ajoelhar -se no chão e esfregar seus ik ins
no so lo, prim eiro com a mão direita, depois co m a es quer d a, rezando: "I yami
la ko Fá O runmilá biti bi ti bitire." EBÓ PARA OS OG BO IKU. Faz-se o ebó
determinado no jogo e depois co loca-se tud o num sa quin ho de pano que é
amarrado no pesc oço de uma cabra q ue se s olta viva na calçada de uma r ua
pavimentad a. Este trabal ho é para des pachar Ik ú e para troca de cabeç a.
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dist ant es. A pesso a não deve s e deixar arrastar pelos instintos nem pelo
orgul ho. Este sign o recomenda que a pesso a se afaste antes que a ponham
para correr . Assinala que um aco ntecimento, que tanto po de se r prejudicial
quanto benéfico, já está a camin ho . Ass inala mortand ade. Manda que os
enfermos se levantem d e se us leit os . Proíbe a pesso a de ser avar a. Nã o se
pode levantar as mãos co ntra as mulheres, principalmen te co ntra as filhas
de Oxun. A pesso a é volunt ariosa, desobediente, tei mos a e co st uma
esquecer as o rientações que lhe são dadas. A pesso a é mal agr adecid a e
co stuma pagar co m ingratidão o bem que lhe faz em. Assinala a existência
de documentos ocultos ou atrapalhados. Tem que f azer ebó . Indica, nas
mulheres, sus pensão preco ce do fluxo me nstrua l. Assinal a varizes e
trombos es nas veias das pernas. I ndica perd as na f amíl ia. To das as
pess oas da família t êm que faz er ebó. O mal co meça na garganta e dal i ating
e o e stô mago. Página 2 37 de 63 3
Dice Ifá Depo is de termi nada uma co nsulta na qual este O du tenha surgi do,
unta-se o okpel e util izado co m aze ite de dendê e deixa-se e xpos to ao tempo
durant e s ete dias, perío do , durant e o qual, não s e po de util izá-lo. EBÓS EM
OWÓNRINKANRAN 1 - Uma galinha preta, efun, cinzas de iguí ibajó (Melia
aze derath , Lin), cinzas de fo lhas de pimenteira, cinzas de ewe ni (I ndigofe ra
suf ruticos a , Mill.), velas, o tí, no ve bo las de f arinha, uma fita larga. 2 - Duas
frangas, o ri, ef un, epô pupá, ewe abiri kuló ( cascaveleira), ewe ibaj ó (Melia
azederath, Lin), alfavaca, ewe ni, uma fita branca e uma fita preta. Pega-se
uma das fran gas, unta- se as patas co m o ri, epô e efun, passa- se no co rpo d
o cliente e s acrifica-se para Elegbar a. Pega- se a o utra franga e enrola-se, na s
ua perna esquerda, uma fo lha de abi rikuló, uma de ibajó, uma de alfavaca,
uma ewe ni e amarra-se com a fita branca e com a fita preta. Sacrifica-se
também par a Elegba r a sem no entanto, pas sar no c orpo do c liente. Página
238 de 633
Owónringundá Olofin apat akin Imo lé Alakai ye o sin bo gbo Imolé. Olofin Ax ir o
Egungun Aw o Umbó axire ile Ifá. Igb o oro Obinin bidaj un axiré Orun Anoná.
Depois do s 16 Meji, este é o Odu mais fo rte que existe. É filho de Owó nrin
com Ogundá. Q uando o Awo está envolvido numa demanda, este Odu,
co nsagrado no Opo n, garant e a v itória. Aqui Olofin foi enc errado dentro de
um co fre e por isto é o Axé do segredo. Qu and o este Odu surge par a um
consulente significa que esta pessoa não acredita nem respeita os
adivinhos . Fala mal deles e não respeita, sequer , a Orunmilá. Tem parent es
no interior, mas , se quiser vi sitá-los , terá que faz er ebó antes de partir para
que não surj am desavenças com e stes parent es. Em oso gbo, o doente não
tem cura. Assinala dí vidas co m Omo lú que devem ser pagas co m muito
respeito e bo a vontade. Tem que ter cuidado para não ser picado o u mordido
po r qualquer ti po de animal. Poderá se envo lv er numa tr agédia aco ntecida
na rua. Alguém faz feitiços co ntra a pesso a. Deve trocar s empre de r oupas
para não se r facilmente r eco nhecida por se us inimigos. M ulher e ma r ido
invejam- se mutuamente e são vítimas da inveja de toda a família. Morrerá um
membro da família da pess oa antes que deco rra um ano . Tem que dar
Dice Ifá Se o c liente for home m, deve evitar qualquer tipo de problema co m
as mulheres. E mbora se considere muito forte, poderá morrer em mãos
femininas. A mul her ind efe sa m atou o tigre poderos o derramando água
fervente em sua cabe ça enquanto do rmia. O home m tem que ter muito
cuid ado co m seu es tômago. Neste cami nho o s débit os de amor são qui
tados. O ho mem c asa-se o brigado, a mulher, para oc ultar uma gravi dez
indesejada. A vi rtude es tá nas mão s. Elegbar a acariciava sutilmente Oxun e
esta lo go adormecia. Por es te mo tivo Orunmilá sentia i nveja de Elegbar a. A
pesso a tem que oferecer ao Egun d e seu próprio pai (se e ste já for mo rto),
um etú, dois o bís, no ve oleles, no ve eku r ús, no ve ekós e cervej a preta. O etú
é ass ado e s ervido co m o resto, no local det ermina do pelo Egun. O t igre
vestiu- se de ve rmelho e f oi cons ultar Orunmilá q ue lhe disse : "Tens que
faz er ebó e mudar de r oupa par a que teus ini migos não te reco nheçam. Al ém
di sto , não po des sair à r ua sem antes haveres troc ado de roupa. " Quando o
tigre ia sai r, sua mulher lembrou-l he o s co nse lhos de Orunmil á e,
preo cupad o, ele não saiu. Seus inim igos, que o esperav am numa tocaia,
desistiram d e pegá-lo e f oram embora para sempre. Enr ola-se u ma navalha
com fios pretos e brancos , amar ra-se co m sete nós e co locase e m Elegbar a.
Sempre que a pess oa f or sair para a rua, colo ca em Elegbar a pó de peixe,
pó de ekú, milho vermelho e e pô pupá. E ste Odu fala de um menino bo nito
que ficava na janela de uma bela cas a e que ago ra, a janela, que antes e ra
baixa, f ico u muito alta. Pági na 240 de 633
Okun ato O batalá. Ifá fo ré ire o mó Exú ati Olofi n. Este Odu é filho de O wónrin
com Osá. Assina la problemas co m a justi ça, o nde a pesso a é res
pons abilizada po r uma tentativ a de suicídio co metida por al guém. A p ess oa
não deve s ai r de cas a depois das 24 ho ras. Viv e s ob muito bo a proteção.
To dos o s males qu e afeta m a pesso a são o casionados po r mau olhad o.
Uma criança está par a nasce r, mas e xiste al g uém interessado em que não
nasça. Tem que se faz er ebó para que a cr iança não mo rra no part o.
Quando e sta criança nascer , tem-se que asse ntar para ela, os G uerreiros e
Orunm il á. Some nte desta fo rma ficará li vre das mald içõe s e do carrego que
traz , adqui ridos do s f eitiços que fi zeram par a que não nas ces se c om vida.
Neste cam inho o s inimig os não q ueriam que a mulher de Orunmil á desse à
luz. A pessoa, por não ouvir conselhos, passa por grandes dificuldades. Tem
que cuidar de um mo rto que está penando e o ferece r-l he muita l uz. Deve ter
muito cuidado para não adquirir algum tipo de do ença s exual. Oxun es tá
zangada com a pesso a e co m todos de sua casa. Por este moti vo, todo s
estão mal e sempre lhes falta alguma coisa. A situação só se normalizará
quando todos cumprir em suas obrigações com Oxun. Tem que cultuar
Omolú. A p esso a não s ente vontad e de sair d e casa e isto acontece po rque
estão co locando fe itiços em sua porta. Tem que of erece r al guma coisa à
sua c abeça para fo rtalecê-la e livr ar-se de malefício s. Página 241 de 633
Dice Ifá Tem que faz er ebó no filho mais novo e co nsagr á-lo ao seu Orix á,
para que não venha a mo rrer precoc emente. Existe uma verdadei ra guerr a
criada pel os famil iares do cô njuge da pesso a por não conco rdarem com a
união do casal. Este Odu fala de um rei q ue tin ha mui tos inimigos porque
não era natur al do país em que reinava. O burro se nega a caminhar se lhe
puserem car ga excessiva sobre o lombo . Da mesma fo rma, a pesso a
sente-se sobrecarregada de problemas e por isto, não sente vontade de
co ntinuar lu tand o e até perde o interesse pe la vida. Por es te caminho
Obatalá amald iço ou a terra d e O barani Laiyé. O amuleto deste O du leva terr a
de sete lugares diferentes, fo rmig as brav as e diversos tipos de madeir as de
Dice Ifá Te m que tr atar bem a todas as mulheres, já que, uma delas, é a
portadora da sorte. O xun r eco mpensará muito bem. Quando a s orte che gar
haverá excesso de dinheiro. Na cas a da p ess oa s empre surge alguém par a
co mpartilhar de sua mes a. Não deve s e z angar po r este mo tivo po rque as
visitas só lhe aumentam a so rte. A pess oa tem três irmãos e um deles vive
separa do do s demais. É orgu lhosa e so berba, jul ga-se superi or ao s o utr os e
poss ui mau car áter. Gos ta de abusar d os mais fracos e, po r este mo tivo,
so fre rá um susto e uma decepção . Cons idera-se f orte e poderosa, mas
poderá enco ntrar a mo rte nas mão s de alguém a quem j ulga fraco e incapaz .
SEGREDO DE ST E ODU A s pess oas deste signo têm que assentar Osain num
vaso de barro pintado com os seguintes signos de Ifá: Oxetura, Oxewónrin,
Owónrinbik á e Oturax e. Sac ri fica um frango cuja cabeç a fica dentro do igbá
REZA DE OWÓNRINT RUPON Owó nrintrupon iká kaler e o kolixi rawo Omó
Oluwo Po po. Viti Babar é ni Ifá Maj eré Awo Om ó Osain Moruburo.
Owónrintr upon o mó Okof á lawo gurande I fá ni o refun Oiyá. K refun Orunmilá.
Este Odu é fi lho de O wónrin e Otur ukpon. Quando s ai numa cons ulta se
of erece o bí a E le gba ra e a Xangô. Foi este Odu quem tr ouxe paz ao céu e a
terra. A pesso a nasce u para desfrutar do bo m e do melho r. Se nas ceu em
berço pobre, seguind o todos os preceit os deter mina dos pelos O rixás, fi cará
rica e co nhece rá a felicid ade. O filho des te Odu tem que asse ntar Oiyá e
Ibeji. É filho de Obaluaye. Não pode co mer carneiro, ingerir b ebid as pretas
nem usar roupas ne sta co r. Não po de matar carneiro porque isto atras a sua
vida. Os home ns deste Odu fi cam viúvos c edo . É por este Odu que as
pess oas aba ndonam s ua terra para i rem a guerr a. O Awo des te signo tem
que ensinar tudo o qu e sabe de Ifá aos seus afilhados , pois um deles o
salvará d e um grande perigo. Suste nta uma guerra sem tréguas co m um
macumbeiro e, s e não tiver cuid ado, po derá perdê-la. N este Odu não se po de
faz er Ifá no s própri os filhos. Tem que faz er Ifá no s afilhados mesm o que
eles não poss am pagar . Aqui Oba luaye s of ria co mplexos. A pesso a so fre
comple xos em deco rrência da fr aqueza de um de seus filhos. Não go za da
co nsideração de ninguém e sua f amília não lhe dá a menor importância.
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Dice Ifá Se us mais velhos, quer seja d e s angue, quer seja d e S anto,
tratam-na co mo s e fo s se um a esc rava. Corre o risco de f erir-se num
desentendimento . É preciso ter mui to cuidado. Não deve lançar mal diçõe s
nem co mer na casa de ninguém. Não deve maltrat ar os s uba lternos .
Assinala uma trag édia pr ovoc ada por ciúmes . Orunmi lá diz que a pes so a terá
casa de um lado e do o utro do mar. Tem que mandar celebrar missa pela
alma de um p ar ente. O elefante não po de entrar em co vas nem em cas as
pequenas. Da mesma fo rma, o s fil ho s deste Odu não podem e ntrar em
grutas nem residir em cas ebres. Tem que faz er ebó co m uma trincha, uma
escada, dois pombos , panos co loridos, pó de efun, os un, uáj i, pó de ejé e d e
REZA DE OWÓ NRINT URÁ Owó nrinturá, Owónrin Alak etu xatik i nabo Olú Ará
adifafun Orunmilá, ti nxa olo kumi lodafun Obanlá. Este é o filho de O wónrin
co m Otura. É um signo de amarração. Aqui , depo is de pronto o fei tiço de
amarração, fo i feito um pacto com um Egun q ue passava para q ue pegasse
Dice Ifá EBÓ EM OS OGB O ARUN Um gal o, um pano branco , um pano preto,
um pano es tampado, um p ano az ul-claro e um pano vermelho . Pó de peixe,
pó de preá, sete obís e muit as mo edas. D epois de feito o ebó a pess oa tem
que tomar borí com eyele meji. Aqui fala o reco nheciment o das pesso as
pelas imp ressõe s digi tais e a utilização dos de do s. Nasceu o segredo de
Exú Alaketu e o mo tivo pelo qual o pavão real, ao o lhar os próprios pés , fica
triste e cho ra. Quando mo rre um pavão na cas a do Awo deste signo , t em-se
que faze r itutu ani mal. Se as pess oas seguir em as prescrições deste Odu,
obterã o tudo o que desejar em da vid a. Caso co ntrário, só co nhecerão
dificuld ades e fracassos . Têm que respeit ar os mais velhos e os sábios. A
pess oa vive errant e e não tem parad ei ro ce rto. Cuidado para não ser
enganado c hegando, por isso , a criar um filho de o u tro qualquer . Tem que
ter cuid ado, também, co m a inveja e os ciúmes. 10 par a o 10 - Cer imonial
que o ho mem po rque não admite viver ao lado de um valho. Para ser feliz
tem qu e se casar com um Babalaw o. Neste Odu o frang o picou o galo por
causa da galinha. O jove m enfrenta o velho pelo amo r de uma mulher . Por
este caminho c olo ca-se três ma racas em Orunmi lá. Quando se invoca
Orunmil á, to ca-se uma delas rez ando: "T ipó, tipó nik un, imi arugb oró." Para
reso lver qualquer p roblema, o ferece -se bo de para Olokun. Pág ina 249 de 633
Dice Ifá Por este caminho Olo fin desceu ao fundo do Oceano . Neste Odu
nasce ram as heranças espirit uais, atrav és das quais, uma pes so a herda as
obrigações espirituais negligencia das por um antepassado. Dois galos não
bebem juntos. Colo ca-se três oguedes co m dendê e mel par a Elegbar a A
principal interdição deste signo é comer carne de galo. Nos ebós f eitos por
este c aminho o galo é s empre substituí do pela galinha. A mulher faz carícias
espe ciais no marido e ele go sta muito disso . Para que a mulher não vá
Kamibaxé amarora Orix á Elegbar a o bof é O gun Jo bi. Este Odu é filho de
Owónrin e Oxe. Através dele Oxun avisa que a pesso a está se ntada so b re o
dinheir o. Mand a faz er Santo e ves tir-se de branco. A pess oa é filha de
Yemanjá . Tem que passar tr ês pintos no co rpo da pesso a co mpletament e
despida e of erecer a Elegbar a. Leva-se a pess oa ao rio c om Elegbar a e, na
margem, sacrifi ca-se um cab rit inho dando o primeiro ejé às águas e o resto
a Elegb ara. Depois do ebó o Awo tem que se limpar co m um o vo, uma
galinha e um ekó , para não fi car co m as resmas do cliente. Ex iste uma
criança que é muit o levada e em quem se põ e a culpa de t udo o que apar ece
de mal- feito. À esta criança tem que se dar uma at enção muito es pecial pois
a sua cabeç a é a maior na casa o nde viv e e, f uturamente, s erá a segurança e
a salvação de to dos . EBÓ PAR OBT ER UMA GRAÇA Um galo, quatr o po mbos ,
uma roupa velha e suada, sabão da co st a, uma bucha vegetal, uma cabaça
nova e uma muda de roupas no vas. Leva-se a pesso a num rio em c ujas
águas s erá int roduzida. A pesso a deve fi car de pernas abertas, de frente para
a corrent eza. Passa- se o s pombo s no seu co rpo e puxa- se so bre sua ca
beça. Rasga-se a roupa velha q ue tem no c orpo e vai-se largando ao s abor da
co rren te. C om a cabaça co rtada ao meio , lava- se a pesso a, es frega- se bem
com o s abão da co s ta e enx água-se para sai r todo o e jé. T ira-se a pess oa
das águ as, veste- se co m as rou pas novas como se tiv esse acabad o de
nas cer. Página 251 de 633
Dice Ifá Nes te Odu o Awo pode s alvar uma pess oa iniciando-a em I fá, mas
só até aw of akan. O segr edo deste Odu é que as duas mão s de Ifá do Awo
ficam juntas e têm que co mer duas galinha s pretas no início de cada ano . É
preciso cuidar d e Obatalá. Par a o s Awo des te Odu, re ce ber Igbadu é co isa
vital. A so rte che ga por intermédi o de uma mulher . Uma pesso a q ue é
maltratada por todo s se rá a salvação . A mulher está sendo mal aco nselhada
para que ab andone o marido o u arranje outro ho mem. Não deve o uvir tais
co nse lhos para não s e to rnar extremamente infe liz. Tem que apr ender a
tomar suas própr ias decisões sem s e de ixar i nfluenci ar pel os outros. Seu
co rpo está sujo , sua aura impr egnada. Tem que l avar -se no rio. Pr ecisa f aze r
ebó para livrar-se de uma c ois a ruim que anda nas su as co stas. A sorte
chegará atrav és de um fil ho. 11 11 - Cabaça dentr o da qual são inseridos
elementos representativos dos 16 Odu Meji. Somente os babalawos da mais
alta hierarquia têm direito a possuírem o Igbadu. Página 252 de 633
machucada. A mulher está gr ávida e faz em f eitiços para que perca a c riança.
Tem um Egun A rajé que vi ve com a pes so a faze ndo co m que não se c uide
co rretamente. Tem que faz er ebó para despachá-lo. A falt a de cuid ados
pesso ais e com as o brigaçõe s co njugais pr ovo cam o fi m do casamento.
Tem que faz er ebó de limpeza, faz er o S anto e cuidar de Egu n, par a
recuperar o que perdeu e a s segurar a felicidade. Tem que ass entar El egbara.
A jove m que se pass a por donz e la sem se r, tem que faz er Akofá para
enco ntrar casamento e fe licidade. A pess oa te m que li mpar a casa durant e
três dias seguidos com omieró de pinhãoroxo, sálvia, alfavac a e gengibre.
Tem que o ferec er a Elegbar a um inhame r egado c om aze ite de dendê.
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a asce nsão dos outros. Existe alguém que q uer vê-la pobre e passand o
nece ss idades para tir ar proveito da situação. Por culpa da pesso a, a sua
mulher pe r deu a so rte e po r isto , dese ja abandoná-l a. Oxun r eco menda que
não c hore. El a saberá r eco mpensá- la. A pesso a recebe co nselhos de algu ém
de id ade ava nçada, mas não o s aceita. Este é o mo tivo dos seus f racassos.
Tem que res peitar e o uvir os mais velho s. Não d eve disc utir nem se alterar
para não prejudicar a pr ópria saúde. S aber muito so bre a v ida alheia quase
sempre traz problemas . Uma jovem perdeu a vir gindad e e co ntinua
enganan do todo mundo. I sto s erá d esco berto o casionando muita confusão .
Assinala r is co de doenç as no sangue e f alsa grav idez. Oxun está quer endo
algo da pesso a. Tem- se que desco brir o que é que ela deseja. Se não fo r
feito um ebó o client e mo rrerá. Não s e de ve co mer comida salga da nem
apimentada. Página 254 de 633
Dice Ifá
Dice Ifá EBÓ PA RA AFAST AR O MAL Colo ca-se iyefá no opon e marca- se,
no c entro, Ejiogbe; no la do direit o, Obara Meji e no lado es querdo,
Obarabogbe. Reza-se o s s ignos marcado s e deixa -se no opo n. Prepara-se
um ekó e se desmancha na água e depois mistur a-se a o líquido o iyerof á do
opo n. Salp ica-se um pouco do líq uido por toda a casa e depois e s palha-se
por cima da água salpicada no chão , amalá de quiabo cru bati do c om água.
Feito isto, joga-se para v er se es tá tudo bem, s aca-se o utro s igno e varr e-se
o ebó para a rua. AXÉ DE SEGURANÇA EM OBARA MEJI Um galo preto, uma
pomba, u m igbín, três o tás, uma quart inh a com água de rio, terra de casa,
tabatinga, tr ês peixes fresco s pequenos , três anz óis, pó de ekú, pó de ejá,
epô , milho, mel e o tí. Prepara-se a mass a da seguinte fo rma: Mistura-s e à
tabatinga um pouco da águ a de ri o e o s pó s relaci onados . Com a massa
pronta faz-se uma bola d eixando um bur aco no meio, co mo se fo sse um
pote. Dentro do bur aco c o loc am-se o s anzó is, os o tás, os peixes e o milho.
Sac rificam-se as aves de ixando o e jé co rrer dentr o do buraco. Coloc am-se
ali as cabeças das aves sacrificadas e cobrese com mel, epô e otí. Puxa-se
o igbín e colo ca-se, dentro do buraco, a carne e a casc a. Fecha- se o buraco,
marca- se Obara M eji na par te exteri or e co loc a-se a bo la d entr o de um
alguidar. Enfeita- se co m búz ios e deixa- se sec ar à so mbra. Esta segurança
fica ao lado de El egbara e, sempre que ele co mer; recebe um pouc o de ejé.
Xangô f ala e dá ordens através deste signo , embo ra seja o Odu da menti ra. A
pesso a não deve demo rar a faz er o que planej a so b pena de, qua ndo
reso lver fazer , já se r demasiadament e tar de.
EBÓ EM OBARA M EJI T rês f olhas de osán (Chrysofil lum cainito, Lin.), uma
fo lha de louro , um pano pret o, um galo, uma franga bem novinha, uma
codo rna, uma gali nha d ang ola, um ofá, duas cabeças de peix es f rescos , pó
de ekú, pó de ejá, epô , terra de encruzilhada t erra de casa, amalá, um bo neco
de pano, um sapo tí, uma língua de boi, e we dundun ( se mpre-viva), o tí e
mo edas. Sacrifi ca-se o galo e a franga para E gun, retir am-se as línguas das
aves e enterr a-se ao s pé s de um iguí w akiká (Spendias membin, Li n) junt o
co m o amalá, as cabe ças de pe ixe e a lí ngua de boi. Pági na 257 de 633
Dice Ifá O galo e a c odo rna são s acrificado s a Elegbar a. Pass a-se tudo no
corpo do c liente, embru lha-se no pano pret o, joga- se po r cima as ter ras e os
demais ingr edientes, f az-se uma trouxa e des pacha-se em água co rrente.
Com as f olhas relacionadas prep ar a-se um o mieró para o cliente banhar -se
depois do e bó. PAT UÁ PARA CONSEGUIR DI NHEIRO S ecar as seme ntes de
uma abóbo ra, torr ar e faze r pó. Est e pó é misturado ao pó de ekú e de ejá e a
alguns gr ãos de milho. C olo ca-se tudo num saquinh o que deve ser
carregad o sem pre no bo lso da pess oa. SIMPAT IA PARA NÃO SER
ESQUECI DO Para não s er esquecido pe las mulheres, o hom em deve lavar o
pênis co m cachaç a mistur ada com c anela em pó. Ant es de f aze r a simpatia
tem qu e rez ar Obara M eji. PARA PROT EÇÃO Co loca-se três tigelinhas atrás
da port a de casa, uma co m água da b ica, um p edaço de enxof re e um pouco
de pólvora; a outra com água de poço e um pedaço de c arvão e a t ercei ra
co m água de chuva e salitr e. Coloc a-se, em Elegbara, uma sineta que deve s
er cons tantemente lavada com água de co co . TR ABALHO PARA
SO LUCIONAR PRO BLEMAS Coz inhar uma l íngua de boi co m quiabos picado s
e oferecer quente a Xangô. Pergunta-se onde será despachado depois de
ficar seis dia s diante do Orixá. Página 258 de 633
Dice Ifá Este Odu f ala de enc obrimento de co isas más. SIM PAT IA PARA
DEFESA DOS BENS Pega- se um ovo goro, roda-se por tr ês vezes em volta da
cabeça e atir a-se lo nge di zendo : - Assim como este o vo não produz pintos,
ninguém po derá levar nad a do que me pertence. EBÓ PA RA DESP ACHAR
ARAJÉ Pega-se uma cabaça, abre- se e c oloca-se e m seu interi or: ewe asan
(Chrysophylum olivifo rme, Lin.), cansanção , sete s ementes de ataré, pó de
ekú, pó de ejá e enche-se, até o meio, co m melad o de cana. Arria-se ao s pés
de Yemanjá co m duas velas aces as. Pergunt a-se n o jogo , quantos dias fi ca
diante do Orixá e onde se despacha. EBÓ PA RA T ROCA DE CA BEÇA Um
carneir o, um c abrito, álamo (figueira santa o u figueira br anca), aberik uló
(cascaveleira) , pano estampado , uma cabaça pintada de pr eto e verme lho,
arroz c ru, ger gelim, uma br uxinha d e pano (do s exo da pess oa para quem se
f az o trabalho), uma vara do tamanho da pess oa, ilá, terr a de rua, varr edura
da cas a da pesso a e pelos de gat o. Passa-se tud o na pesso a e arr uma-se na
cabaça. Sacrif ica-se o cabrito e o carneir o para Xangô, retir am-se as
vísceras dos animais e co loc a-se dentro da cabaça. Fecha-se, embrulha- se
com o pano es tampado e despacha- se no local deter mina do pelo jogo.
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REZA DE OBARAYEKÚ Obarayekú kekeré omá Ajé, eri omi Ajé Aibo, omá Ajé
Apuparere, apupe gogo I awéwé, Ikú apaxer é, Orunmilá lorugbo idá agutan,
ebewá ajapá, ak ukó lebó . Este Odu resulta do enc ontro de Obara e Oyeku. Foi
neste cam inho que Obatalá mando u chamar os macac os para d ar-lhes Axe,
mas eles, po r se acharem cheios de defeit os , não compareceram d iante do
Orixá. É neste O du que o e mpregado se impõ e diante do pat r ão . Ass inala
problemas no trabalho. A pess oa só quer ascensão, seguran ça e dinheir o. É
ca minho de O batalá e de Yemanjá. A fo lha deste Odu é o ewe o juju. Neste
Dice Ifá
Se f or chamada par a um trabalho o nde irá ganhar d inheir o, tem que faz er
ebó antes de ir par a que tudo dê certo. É manhos a e atrap alhada, não es tá
bem e se esquece de tudo. Nunca está sat isfeita com o que poss ui. Sente- se
atraída pelo dinheiro e, pelo dinhe iro, po derá enco ntrar a morte ant es do
tempo. Sof re a persegui ção de um Egun. Neste ca minho o ajapá fo i
amaldiço ado. A pesso a só chega aos pés do Orix á se fo r levada à fo rça ou
em cas o de extr ema nec ess idade. Por mais que progri da jamai s che gará ao
topo . Neste c am inho s e dá ajapá à porta da r ua, cantando : - Baramij eto
Olofin Ak ano (três vez es). Ist o serve para neutral izar a má inf luência do Odu.
Tem que as sentar Orunmil á e não desejar tant o o dinheir o. Existe uma
pesso a co m ferid as no s pés que será a salv ação de to dos. E ste Odu pr oíbe
que seus fil hos subam em esc adas de mão e que car reguem peso . A pesso
a não pode participar d e disputas sérias po is aí es tá sua perdição . MEDICINA
PARA CHA GAS Macerar fo lhas de ítamo real e ewe s ánsan (T repadeir a da
família das corcubitáceas de flores semelhantes ao jasmim) e fazer
REZA DE OBARAI WORÍ Obara K ori Anko nibe eran ko ekú ibá ewefá e lebó.
Obaraiworí adifafun Exú.
ass am por diferentes provas e adversid ades. A pesso a tem que lavar a
cabeça c om ew e keker iongo (Gouania po lygama, Jacq.) . Prepara- se um
omieró co m esta fo lha e, num a bacia , deix a-se no sereno po r três noites
seguidas, e vitando que pegue So l pela manhã. No terceir o dia lava- se a
cabeça c om o o mieró e não se e nxuga. Isto serve para fo rtalecer e reaviv ar
a memó ria. A pess oa é inconf ormada e tem um com plexo qualq uer. P oss ui
um sexto s entido muito apurado que a põe em guarda contra as armad ilhas
que lhe fazem. Só alcançar á pleno desenvo lviment o em s ua vid a depois que
assentar Orunmilá e seu Orixá. É teimosa e não aceita conselhos. Gosta de
faze r somente o que lhe dá na cab eça. Desde o s eu nascimento tem a
proteção de Exú, por ordem de Oduduw a. Desde a inf ância sentia vontade de
sair de cas a para viv er a própria vid a co m plena independência. As más
co mpanhias podem levá-l a à perd ição e à degradação mo ral e física. Os
amigos s entem inve sua so rte e de s ua lucidez. Página 263 de 633
Dice Ifá
Os filho s des te Odu têm que asse ntar Osain e O duduwa. Por alg uma
circunstância, a pe sso a não f oi criada p elo próprio pai. Tem que mudar o
rumo de sua vid a buscando o ca minho do bem antes que se perca
definitivamente. Viv e af astada de Orunmil á e do s O rixás, pelo s vícios ,
diversõ es e más açõ es. Terá que co nfrontar- se c om a justi ça num lugar di
nte. Quando Obarayekú fi ca doe nte, Orunmilá cuid a pess oalmente de sua
recuperação. TRABALHO PARA RECUPERAR UM ENFERMO Sacrifica-se um
bode para Ex ú. Separa- se a cabeç a e o c ouro , torra- se e f az-se um pó .
Mistura-se es te pó c om se mpre-viva e ori- da-co s ta. Com a po mada obtida
fricciona-se o co rpo do do ente. O coe lho es pionava Obat alá e Orunmi lá. Foi
mo rto para que os O rixás se s alvassem. A pe sso a está tr ansto rnada e sua
cabeça impos sibili tada de racioc inar. Não atina co m o que deve faz er.
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Dice Ifá O Awo deste O du tem que beber água da quar tinha d a Oxun co m o bí
ralado para ti rar o ve nto ruim de seus c aminhos . Neste Odu se c ontrata
assassinos profissionais para matarem os inimigos. MEDICINA PARA MALES
DO ESTÔMAGO Preparar uma infusão de orogbo ralado e obí ralado com
água da bica e beber diariamente em jejum. PARA EXCESSO DE FLUXO
MENST RUAL A mulher deve t omar, todo s o s mes es, durante seu período de
fluxo, chá de folhas de guaco. EBÓ Um g alo, um peix e fresco , um boneco de
cedro, um pin o de madei ra, um o tá e um of á. Passa-se tud o no corpo do
cliente, sac rifica-se o pinto para El egbara e o galo para Ogun. Enter ra-se tudo,
tapa -se o buraco e co loca-se o peixe e o boneco por cima. Página 266 d e 633
Dice Ifá I I I II II II II II OBARAKOSO REZA DE O BARAKOSO Obarako so , Ifá duró ,
Ifá nire irek un kaferef un Orunmilá, Exú ati Ogun. Este Odu é filho de Obara e
Iros un. Foi por es te caminho que Orunmilá vi sitou a terr a dos anaí. Nes te
Odu, Azawan i contagi ou Baiyani com a lepr a e, por este mo tivo, f o i expu lso
das terr as yo rubas. Omo lú vem guer rear co m os ho mens . Determi na que as
crianças da famíli a do cons ulent e nascidas no ano e m que ele aparece na
cons ulta, co rrem o risco de morrer em o u de matar em a mãe na ho ra do
parto. É o O du do camaleão que tem o po der de mudar d e co r de uma ho ra
para outr a. O camaleão se pe rde po r ser v ai dos o, deso bediente e falador . A
pesso a não tem fé e muda d e o pinião co mo quem tr oc a de camisa. Os
Eguns protetores s ão de srcem jêje. Por aqui fala as diferentes relig iões . A
planta dos anaí é o e lubé (C estrum noc turnum,Li n). A pesso a tem duas mães .
Por aqu i fala um r ei empo brecido e nec ess itado. Este Odu indica que existe
um asse ntame nto de Omo lú que fo i tomado po r um Egun. Este Egun p ode
provo car impotência no dono do asse ntam ento, o u, se f or mulh er, no seu
marido. A pesso a afetada deve ser lev ada a uma mata e sentar- se s obre um
tronco de uma ár vore caíd a. Colo ca o pênis sobre o tronco e, em cima,
co rta-se um galo. O Awo des te Odu tem que recebe r pinado rap idamente
para que pos sa pro sperar. 1 1 - Cerimônia de graduação dos Babalaw os.
Dice Ifá Colo cam-se T rês seme ntes de mamo na no igbá de El egbara. A
interdição deste Odu é a carne d e po mbo. O dono deste Odu não pode
assentar Omolú, pois, quando o seu padrinho falec er, herdará o seu. Neste
caminh o fo rra-se O sain com co uro de tigre. Neste signo o s filhos de
Azawani têm que ter um fi lá de pele de tigre. A pess oa tem que m udar do l
oc al onde vive o mais rápid o po ss ível. Quando s air não deve dize r aonde vai.
Oiyá está zan gada com a pess oa e Exú influ encia par a que faça uma co isa
ruim que tem em mente e q ue lhe caus ará muit os problemas . Deve ter muito
cuid ado co m um incênd io que tant o po derá acontecer em sua casa co mo
nas proximidad es. A culpa do incê ndio s erá atribuída à pes s oa. Te m que
faze r ebó para nã o leva r a culp a de co isas feitas por outra s pess oas e para
que este os ogbo se tra nsfo rme em i re. A pesso a teve um so nho rui m que a
dei xou muito preo cupada. A lguém está preparand o uma armadi lha co m o
objetivo de lhe faz er mal. Tem que ficar atento para que não venha a gerar
filhos co m a praga de Abí kú . Fizeram trabal ho s de magia co ntra a pes so a
que fo ram enter rados no quintal ou na s proximid ades de sua cas a. Tem que
exami nar com muit o cuid ado o s cantos de sua casa, o quintal e as c inzas de
tudo o que queimar . Aqui nasce u a co roa de Baiyan i. 2 2 - Espíritos que
nascem para morrer. Página 268 de 633
Dice Ifá A pesso a é acusada de farsant e, mal intenci onada e o utras co isas
ruins. Seus prote tores espirituais cuidarão de livrá-la de tanta maldade. Aqui
a pesso a, por falta d e fé, sai aver iguando se o ebó que lh e fo i determinado
funcio nará. Dificilmente fará o tr abal ho c om o adivinho que a co nsultou e
isto po derá ser muito prejudicial . Tem que agradar muit o a Elegbar a que é
quem a liv ra do m al. Tem que agradar Egun, of erece ndo -lhe co midas,
bebidas e flo res. Pági na 270 de 633
Orunmil á se perdeu. Par a salvar a própria cabeça, o filho des te Odu tem que
of erecer um carneir o para Xangô. Aq ui os fil ho s de Xangô pagam as f altas
co metidas co ntra el e co m a própri a vida. Quando es te signo s urge par a
alguém na i niciação de Awof akan, é pr ec iso que se tenha muita at enção
porqu e, se o iniciand o fo r filho de Xangô, não deve se r c onsagrad o c omo
Babalawo porque Xangô não dá permissão. A pessoa tem que raspar Xangô,
serv i-lo e ado rá-lo dentro do c ulto dos Orixás. Não tem c aminho para ser
Babalaw o, devendo s eguir o culto de Orixás. Na feitur a de Babalaw o, quando
surge Obarak ana, o afilh ado tem que o ferece r um car neiro ao X angô de se u
padrinho. A cabeça do carneiro, dep ois de s eca, é to talmente r eves tida co m
fios de contas de Xangô e 18 búzios. Quando o Awo deste Odu r eceber
pinado co loca, s obre a cabeça do carneir o, um eleké de Obata lá, um de
Elegbar a, um de Xangô e um de Orunmilá. Estes elekés deverão permanece r
sempre sob re o o ri do abo, não podendo nunca serem usad os pelo Aw o o u
Dice Ifá 3 O Awo des te signo deverá co nsagrar uma mão pequena de Ifá
Deverá t er sempre uma tigeli nha cheia de mo edas ao lado de se u Elegbar a e
um inham e di ante de Orunmi lá. Neste cam inho Xangô fo i vendad o e pres o
dentro de um quart o o n de fico u, por muito tempo, s em saber o que f aze r.
Este Odu i ndica que a pesso a não s abe o que quer nem que caminh o deve
tomar na vid a. Toc a-se pandeir o para Xangô p edindo a destruição do
inimigo. Para recuperar a saúde a pess oa tem que usar o dinheir o que tenha
guardado para faz er ebó. É um Odu de maldi çõ es. Caminho pelo qual Oiyá
que des tr oi todo s o s Araj és. To do o dinheir o ganho na adi vinhação e nos
ebó s deve se r untado de epô e deixad o po r 16 dias ao s pés de O batalá para
que se limpe das ne gatividades. Par a limp ar-se de maldições a pess oa
prepar a um gorro branco e vermelho que deve co mer um gal o junto c om
Elegbar a. Prepara um omieró c om f olhas de flambo ayant e abir ikul o e mais
seis o utras pergu ntadas no jogo, sendo que todas e las devem ser folhas de
Xangô. O corpo do galo sacri ficado é metido dentr o do go rro co m as ervas
Dice Ifá A pesso a tem que se valorizar e mo strar o quanto é necess ária. Só
ass im poderá tr iunfar na vid a. Neste Odu O lofin deu Axé para que o gans o
pudesse viver na Terra. É um sign o de dúvid as. Aqui o efe minado dissimula e
finge não se r homoss exual . Quan do este Od u tr az o so gbo não s e pode
faze r ebó co m penas de ekodi dé. Esta s penas só podem ser usada s neste
caminho quando vier em ire. Aqui nasceu o peixe bagr e que é usado para pre
parar uma se gurança par a que a pes so a nunca s eja pega numa armadil ha e
para alcançar uma posição que deseja. Neste caminho O gun preparou uma
armadilha par a capturar um ho mem que havia roubado uma de sua s
espo sas. Quando o homem caiu na cil ada, Ogun d ecepo u seus pés para q ue
nunca mais f ugisse c om a mu lher de ninguém. A pess oa deve ter um cuid ado
muito es pecial co m o s próprios pés. MEDICINA PARA O EST ÔMAGO Ewe
lehimini (Mastruço - Lepidium virginicum, Lin.), boldo do Chile, açúcar cândi,
hortelãpimenta e ewe atiodo (Rizo phlora mangle, L in). To mar todo s o s dias
após as ref eiçõ es. PARA OBT ER RESPEIT ABILIDADE Ewe diamela ( Jasminum
sambac, So lanum), o sun, pó de ekú, pó de ejá, mil ho e lama. Faz-se uma
bola de lama com todos os ingredientes mistur ad os e co loca-se dent ro de
um alguid ar diante de Xangô co m duas velas ac esas . Diaria mente, durante
seis dias, troca-se as velas e pede-se o que s e dese ja obter. No sexto dia
of erece-se o bi-om i-tutu despac hado o trabalho. 4 ao Orixá e perg unta-se
onde deve ser 4 - Quat ro pedaços de co co so bre um prat o branco c om água.
Com os pedaços de co co o fer ecid os , co nsult a-se para saber a resposta do
Orixá. Página 274 de 633
Dice Ifá II I I II I II I II OBARAS Á REZ A DE OBAR ASÁ O barasá kukute kuku adifá
joko kunie, adif á jo ko koni nibó guelê aro ro ló uró otá ekodidé, eiyele meji.
Este Odu é fi lho de O bará e Osá. Assinala escândalo e descrédito público.
Ordena que se co rr a. Aqui nasce u Egun M arilajé. E ste é o Odu da po rfia. Seu
ebó é fe ito numa panela de bar r o que s e enterra no pátio para q ue traga
so rte. Depois de e nterrada a panela tem que es tar sem pre cheia d água. A
pess oa é perseguida por um Egun. Tem que ave riguar o que deve se r feito
para despachá-lo. Neste caminho cobre-se Orunmilá com um pano b ranco,
of erece-se um veado a Elegbara e colo ca-se, junto dele, uma frigid eira co m
água. Par a vencer uma demanda co loca-se, no quintal, uma panela de barr o
cheia d água e com algumas moedas dentro. Quando Ag anjú foi par ido, sua
mãe Oro Inã, lavou-o c o m amasí de ewe atorí ( Erva moura), afo man (Fi cus
liprieurii) e ewe karodô (Comelina elegans, H.P.K). A pess oa não pode se
descuidar , po is s eus Arajés querem matá-l a. Marca enf ermidade na garganta
ou no e s ôf ago oc asionada p elo fato da pessoa engolir os aliment os sem
mastigá- los direito o u por engo lir co mida demas iadamente quente. O gato
roubou o peixe e, quan do o e stava co mendo, o dono c hegou. Pa ra não se r
desco berto o gato engoliu o peixe in teiro e, engasgado, mo rreu sufo cado.
Oru nmil á avisa que al guém fará co m que a pesso a saia do trab alho o u do
lugar onde mo ra. Pág ina 275 de 633
Dice Ifá A pesso a tem que faze r limpeza es piritual em sua cas a e,
principalmente, em sua cama po is alguém so prou pó ne stes lugares para l he
faze r mal. Tem que passar um pomb o e m tud o e depois s oltá- lo no alto de
um morro. A pess oa faz -se de morta só para ve r o tipo de enterro que lhe
de 633
Dice Ifá T RABALHO PARA OBT ER UM MAT RIMÔNIO Dois galos, uma língua
de gad o bo vino, um peixe fr esco, 16 eleg uedes, pó de ekú, pó de ejá, epô,
mel e otí. Sacrificam-se o s galos para Elegba r a, co loc a-se um anzo l na boca
do peixe co m um pedaço de f olha de pita e se amarra na p onta de um
caniço do tamanho da p esso a. Assa- se o pescado e o caniço e se reduz a
pó. Se a pesso a interessada for do se xo masculino, mistu ra-se o pó co m
talco de t oucado r para ser usado em todo o co rpo, se fo r mulher, mistur a-se
ao pó f acial p ar a ser pa ssado no ros to. Todos os demai s ingr edient es
relacionados são of erecidos n ormalmente a El egbara. PARA AFAST AR
OLHO-GRANDE E I NVEJA C oloca-se, dentro de uma panela de barr o co m t
ampa, nove pedaços de ekú defumad o e no ve acaraj és. Coloca-se a panela
em c ima do telh ado da casa da pess oa. T RABALHO PARA LIVRAR DE UM A
CONDENA ÇÃO OU DE UM I NIMIGO PODEROS O. Colo ca-se O runmilá n o chão
e o Awo descreve, ao redor do ibá, um cír culo de ef un. Feito o círculo o
interess ado deverá s altar para dentro dele. Coloc a-se em O runmil á pó de ekú
e de ejá, fec ha-se o i gbá e co bre-se co m pano branco, deixando ali por três
dias. Fala-se c om Orunmil á o que s e pretende obter e acendem-se duas
velas. No terceiro dia, no vamente dentro do c írculo , dá-se o bi-omi-tutu e duas
galinhas pr etas para Orunmil á. Despacha-se no loc a l que fo r deter minado
pelo jo go. Página 278 de 633
Dice Ifá I I II II I II I II OBARAT URA REZ A DE OBAR AT URA O bara Kuxiyo aké
euré aho boni bo uro gulanda Barabani regun Orunmil á Lorugbo. Exú elebó
ounkó, ekodid é, e iyele, akuk ó, omi elebó, owo elebó. Este Odu é fi lho de
Obara e Otura. Fala de caldeir ões de bruxos , de macumbeiros e fe iticeiros .
Aqui Oxun estava presa a um fe itiço que a mantinha d oente do s angue e d a
barriga. A pesso a para q uem s air es te signo tem s egredos na vida que não
quer qu e ninguém saiba. Pode ter um fi lho f ora de cas a o u, se fo r mulher, ter
praticado a borto em se gredo para esco nder uma r elação se creta. É
possuidor de caráter muito forte e embora aparente o contrário, sua cabeça
vive transtornada. I ntoxica-se co m muita fa c ilidade e c ons tantemente. Foi
vítima de um feitiço muito f orte que lha causo u muito s transtornos na vida.
Mandaram-lhe Eguns trevosos para que destruíssem seus sonho s e sua
felicidade. Poderá ficar rica com negócios que envolvam câmbio de moedas.
So fr e das hemo rróidas o u co stuma sangr ar por algum ori fício do corpo. Se
fo r mulher, não d eve relaxar co m sua aparência pesso al por causa dos
problemas da vida. Isto fará co m que o m arido a abando ne. Fala d e dureza
de coração. A pesso a conhece u bons e maus m o mentos na vid a e ist o
tornou seu co ração e seu c aráter endur ecidos. As folhas deste O du são o
olo butoje (Pinhão de botija) e e sclavios a (Capraria biflora, Lin) . Embora s e ja
ainda uma menina nã o é mais donz ela e já fez abort o. Se seus pais
desco brirem sua leviandade po derão c riar-lhe muitos problemas. Página 281
de 633
Dice Ifá Para l ivrar-se do f eitiço que lhe fizeram a pes so a tem que se r limpa
co m uma frang a p reta que deve ser so lta co m vida dentr o do mato. Depois
tem que tomar banho d e omieró de o lobutoje (Pinhão de bo tija). Nes te
caminho oferece-se, a Orunmilá, ewe on ibara (Melão de São Caetano) com
suas f rutas. Qua ndo as frutas s e abri rem reco lhe-se as s ementes, faz -se pó
com elas e as fo lhas, e se s opra na p orta d e casa para d es envo lviment o
financeiro. A mulher abortou um a criança que e ra filha de Oxun o u de
Yemanjá, por este motivo todo os Orixás estão de costas voltadas para ela.
Os e spíritos das crianças mo rtas vêm lhe mo ver uma guerr a. Ass inala a
embo ra. Este Odu marca adul tério. O do no des te Odu tem que asse ntar
Osain e Oduduwa com tudo o que tem di reito. Tem que tom ar banho s de
omieró e beber u m pou c o do mesmo . Não pode quinar ervas. Neste signo
Ogun não s ai de junt o do Awo de O run mi lá. Pode s er sua proteção o u sua
destr uição, dependend o se o Awo vive o ire ou o os ogbo do signo. Por este
caminh o o Ogun do Awo tem que viver no pátio, ao lado de Osain. C olo ca-se
um xeré em Ogun. Orunmi lá quinava ervas e Osain infec tava seus fil ho s co m
doe nças e stranhas. Não s e pode quinar er vas. Aqui nasceu a cerimônia de
co nsagração do Ir of á. Nasceu a água potável. Ofe rece-se a Olokun um jar ro
com rosas de várias co res, lír ios e açucenas . Uma tigela com amalá e mil ho
co zido. A ti gela é e nfeitada co m fita azul-r ei . Prepara-se uma co rrente de
prata sacrifi cando -lhe um patinho no vo. A pesso a se limpa co m um pato
enfe itado c om fitas azul-r ei e azul celes te. Depois da limp ez a, o pato é
co loc ado c om vida no mar . A mulher deverá usar , durant e s ete dias, uma s aia
azul-r ei co m franjas brancas, um avental azul celes te e uma blusa branca.
Este é o O du da vitória régia. Colo ca-se esta fo lha fresca em Oxun cantando:
Unbelere awo abebe Oxun. Pági na 283 de 633
deso bediente, afundou nas águas do rio. A grande inter dição deste O du é
que seus filhos ; se f orem de Xangô, viva m co m mulheres da Oxun. Por
ordem de Olofin só po deriam ser amigos. Aqui nasce u o respe ito que deve
existir entre os filhos de Xangô e o s filho s de O xun. Obarak ete tem que ter
uma camise ta amarela com listras vermelhas. Obarak ete era um Awo que
não queria saber de apr ender I fá e só andava sujo e mal vestido. Página 28 4
de 633
Dice Ifá O s aquinho tem que ser preso a um cordão de panos vermelhos,
pretos e branco s, tra nçados e amarrad o à c intura. Este cinto tem que s er
lavado no omieró das mesmas f olhas e receber o sangue do galo
sacrificado. A pesso a tem um guia espir itual que lhe fala ao s o uvidos. Se
seguir corretamente as suas o rientaçõ es o bterá grande progresso na vida.
Tem que co loc ar, no igbá de Xangô, um c aramujo em fo rma de o relha. A
pess oa é filha da inveja e da tr aição . Tem que cuidar muit o bem do s próprios
pés. Nem t udo pode se r compra do co m o dinheir o. As vezes se co nsegue
muito mais com um coração limpo. Não se deve zo mbar de quem sabe
meno s. A pesso a ensinará a alguém que um di a saberá mais do que e la.
Deve usar , s empre que f or jo gar ou praticar q ualquer r itual, uma pen a de
ekodidé na própri a cabeça. Obaraxe nunca pode o stentar sabedoria par a não
esquec er tudo o que aprendeu. Tem que c uidar de Eguns. A qui é onde o s
mo rtos precisam do au xíli o de uma pes so a para poderem manifes tar-se.
Tem que ter Ori xá e Egun no me smo níve l. Tem que co ntar muito co m o
auxílio de Exú. Este Odu fala do des envo lvimento do se xto s entido. É o Odu
da ment ira pied os a que faz o bem par a todos . O mal e o bem ce rcam a
pesso a, um atr ai o o utro como imãs. A pesso a tem que cuid ar do cérebr o
que é o ór gão mais impo rtante que existe. Pági na 286 de 633
com a pesso a que se c ons ulta. Aqui nasce o fundament o pelo qual Obat alá
não po de co mer sal. A pesso a não pode discuti r por di nheir o. Quando s e
desco ntrola põe sangue pe la boca. Tem que cuidar muito da porta de sua
casa. Orunmil á manda a p ess oa pro c urar um médico. Fala d e nervos ismo e
intranqüil idade. T remores produz idos po r Obata lá. Fala de d anos causa dos
pela ingestão de alimentos . Olofin e Orunmilá orientam p ara que a pes so a
tenha cui dado com o que come e onde co me, par a não se r envenenada ou
enfeiti çada por seus inimi gos. A pesso a deste signo não pode co mer
inhame nem farin ha. É um Odu de s uplant ação . Página 287 de 633
okute, Okanran M eji ni Exú Bi Eboadá, Exú Bi pakikó, adie o nadere Okanran
Meji. Okanran ire I fá, Okanran Ire Aw o, O kanran ire Xangô , Okanran ire Exú Bi
okan ni. Oni K anran unbat í Oso de botalokununló . Este é um O du feminino,
filho de S edikoroú e Ajantak ú. Repr es enta co isas e ncadeadas, u ma
suce ss ão de ac ontec imentos a parti r de uma o co rrência signifi cativa. Neste
signo nasceram as enfe rmidades c ontagi os as e as diferent es f ormas de
co ntágio. Nasceram as pedras po rosas que servem para fi ltrar água, os
co iotes , a vesícula bil iar e o pr oc ess o de cicatrização das feridas. A qui
nasceu a palavra humana. Okan o lan signifi ca: "A primeira palavra é a que
vale". É por este caminho que Olo fin vem à terr a. Os f ilhos deste Odu são
grandes o radores, co nseguem co nvencer at ravés da palav ra. São pess oas
tristes e intr overt idas. Neste Odu o s ho mens não reconhecem o bem que
Orunmil á l hes faz . Em relação ao Awo, agem da mes ma fo rma. Proíbe seus
filhos de co merem carne c o m muita freqüência. Não podem c om er carne d e
galo ne m fe ijão preto o u vermelho. Assegur a invulnerab ilidade co ntra
feitiçarias. Página 289 de 633
Dice Ifá Para garant ir esta invulnerab ilidade, pega-se uma f olha de ewe ikoku
(Xant oso ma sagitof olium, Scho tt.) e pinta- se ne la, o s igno de Okanran M eji,
lava-se as mãos, joga- se a água d as mão s s obre a fo lha e dei xa-se as mãos
secarem sem o uso de toalha s. Dei xam-se as fo lhas nos pés de Ibej i até que
sequem e depo is faz -se um pó que deve ser so prado atrás da porta da rua.
Este é o caminho do perdão. É neste Odu q ue Ifá d iz quem são o s se us sac
erdotes. A pess oa tem que trabalhar Ifá. Prenuncia a mo rte repentina de três
pessoas . Suas folhas litúrgicas são ewe xexeré (Echinodorus grisebachum,
Small.) , e we agueya (Heliotropium indicum, Lin. ) e manjerona. Q uando este
Odu surge em At efá, a pess oa tem que faz er Ifá rapi damente para que não
venha a morrer . É um signo de tr aiçõe s. A pess oa deve ter suas po ss es
muito bem documentadas e devidamente legalizadas para qu e, em osogbo
ofo, não venha a perdê-las. É um Odu de soberba e descontentamento. Neste
caminho o s mo rtos preparam arma dilhas par a o s vivos. A pesso a não sabe
o que é agra decimento, é o rgulhos a e altaneir a. Acha que pos sui tudo na
vida, é ardil osa e inter ess eira, mas perde por sua cabeç a ruim. Não deve
beber nenhum tipo de bebida al co ólica , por mais suave que s eja. Determina
vida curta. Para prolongá-la a p ess oa tem que faz er Santo. Assinala dores
nas co stas e no s rins. A pesso a tem que cuid ar de E gun colo cando para el e
uma quar tinha co m água da chuva e uma co m água da bica. Sente do res no s
braços quando realiza tr abalhos pe sado s. Deve criar um pint o até que se t
ransforme num galo e então, oferecê-lo vivo a Elegbara. Deve conformar-se
co m o que tem e não desejar o impos sível. A mulher se apaixona por um
homem comprometido e ist o pode trazer problemas com a justiça. Página
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Dice Ifá Este Odu de Ifá é de fo rça e de art ifícios . Seus fil ho s não admitem
ser mandad os por ning uém e acham que sabem tudo melhor que o s o utros .
Perdem- se po r não ouvir cons elhos , p refe rindo o rientar-se po r sua pr ópria
cabeça. São habilidoso s e bem f alantes. Par a ele s nada é imposs ível de ser
realizado. São f ogo so s e insaciávei s. Não desistem at é que cons ig am o
que dese jam, nem que para isto tenham que arri scar a pró pria vida. Quando
alg uém lh e f az alguma co isa, por mais simples que seja não desistem da
vingança por nad a no mundo. São falad ores e um tanto quant o invejoso s.
Acham qu e tudo deve se r feit o ao seu jeito e à sua maneira , não aceit ando
opiniões nem sugestões de ning uém. Nã o podem po ssuir ga tos. Foi neste
caminho que Elegbar a co meu akukó pe la primeira vez. Assinal a guerra na
família ocasionada por discordâncias religiosas. A pessoa está sujeita a s
of rer uma cir urgia no ventre o u no aparelho urinár io. Corre o risco de ficar
impot ente. ME DICINA PARA OS RINS T om ar diariamente banho s de as sento
co m ewe ré (Rosm arinus o fficinalis, L in). Chá de masturso e ewe o lubó
(planatil lo de Cuba) tr ês vez es ao dia. Para vencer uma demanda sac rifica-se
uma galinha aos G uerreir os e s e despac ha na linha férr ea. O Aw o des te signo
tem jogar no mar uma co rrente do s eu tamanho. Qua ndo es te Odu surge
trazendo Oso gbo, pega- se uma f ranga, abr e-se ao meio, enche-s e de epô
lenha, m ilho de gali nha, inhame, epô , pó de ekú, pó de e já, ori- da-co sta, ef un,
mel, o tí e muitas mo edas . Oferece-se tudo a Elegbar a e passa-se a usar um
idefá co nsagrado. OUT RO EBÓ PARA A MESMA FINALIDADE Um galo, do is
pombos , uma cabaça co m água de chuva , um feixe de lenha, uma corda com
a medida d a mulher, pó de ekú, pó de e já, milho, o ri, e pô pupá, mel, o tí
funf un, mo edas e um e kodidé. Tudo para Elegbara. Usar também um id efá
co ns agrado. A co rda fica e nrolada pert o de Elegbara at é que a mulher fi que
grávida, depo is é des pachada, amarr ada no tronco de uma árvore dentr o da
mata. Página 292 de 633
Dice Ifá
co rpo, principal mente nas partes genitais par a que seu ho mem nunca mais a
traia. Quando e ste Odu s urge em At efá, tiram-se as o relhas do cabrito de
Elegba r a e se leva a um local dentro da mata onde se enterra junto co m um
pinto, pó de e kú e pó de ejá. O Exú d este Odu é Betimé, que se mo nta com
um otá recolhi do no alto de um mor o e s e carr ega com pó de crâ nio de
bode, de o logbo , bastante gr ão s de cereais diferent es, varredur a da casa da
pesso a para quem vai ser assentad o e todo s o s demais in gred ientes que
são co locado s em Exú. T RABALHO QUE SE FA Z PARA XANGÔ Prepar a-se um
ekó que deve s er desmanchado dentro da gamela de Xangô . Sacrifica-se um
pombo e, no terceiro dia, recolhe- se o ekó, co locase num bald e co m água
para que a pesso a tome um banho . Indicado para solucio nar pr oblemas de
justiça e de documento s. Página 294 de 633
dezess eis meji e Okana so de. Coloca-se tud o numa bolsinh a e s e lava com
om ieró. Fica pendur ado num lugar bem visível, dentr o de cas a. T RABALHO
COM ELEGBARA Pega- se três pedras, co bre-se uma c om pó de e fun e
embrulha- se uma em pano branco. A outra é co berta co m pó de carvão
vegetal e embr ulhada em pano p r eto e a terceira cobre-se co m pó de o sun e
embrulha- se e m pano vermelho . Em cada embr ulho co loca-se um papel co m
o nome da pesso a. Sacr ifica-se um preá sobre o s e m brul hos e enterr a-se o
vermelho ao s pés de uma árvore, o branco atir a-se no mar e o preto deixa- se
na porta d o c emitéri o. Em cada embr ulho co loca-se também, três grãos de a
taré, pó de ewe kunino (amansaguapo), pó de e we asan (Chr iso phylum
cainito, Li n.), pó de kisiambo lo, pierde rumbo, venc e demanda e ewe loas o
(Almiris balsa mife ra, Lin.) . Página 295 de 633
Ifá Arufin Arudá akitifá bogbo wa laxe axeto. Akitib onbo Orunmilá nare Baba
xe Orun Arufin Arudá. Okanraniyeku obere obere leré Olokun Babá Kaxiré,
Oluwo Popo oberé leré Omayer e axe bo gbo Orunmal e likotun, bo gbo
Orunmale yik os i to iban Ex ú. Este Odu é filho de Okanran e Oyeku. Ensina que
quand o o Awo, ao f azer o ebó, não se r eco rdar do Odu opolé, deve rezar:
Odu Eledun, Olorun Eledun, ax o risa o so de Orunmi l á toyale lokueri I fá mo kun.
Neste signo s e o ferece dois e tú aos pés e toma-se borí d iante de Xangô.
Não s e pode ac ender velas já queimadas e quando acender duas velas
deve-se ter cuidado para que as duas não terminem juntas. Sac rifica-se um
pássaro a Osain. O Aw o de ste Ifá, para poder faze r ebó, tem que ter Oduduw a
assentado e mais de dez an o s de ini ciação. Não pode faz er ebó par a um
mais velh o para que não oc orra t roca de cabeça. Não pode f azer ebó para
nenhum cliente em o so gbo Ikú sem antes pe dir permissão a Orunmil á.
Quando fizer ebó para um doente é imprescindív el, seja qual for o e bó, que
se leve uma galinha carij ó à casa do cliente, deixand o-a lá, so lta e com vida.
Colo ca-se inhame co m dendê par a Exú e inhame co m ori e efun para
Obatalá. Neste cam inho Orunmilá e Xangô eram macumbeiros, me xiam co m
Dice Ifá
O Awo des te Odu tem que ter um o kpele espec ial. A perna di reita deste
okpele co m e etú, que depois do sacrifício é e nterrada; a per na direita co me
um gal o e um po mbo q ue s ão entregues no s pés de um pereg un. Aqui
nasceu a có lera dos Santos. A pesso a tem que estar sempre aler ta com a
morte. Não deve lançar m aldições nem se envolver em fo fo ca s. Tem que ter
muit o cuid ado co m os inimigos . Deve co nformar -se c om o que Deus l he dá.
Existem outros em piores c ondições . Não pode negar alimento a qual quer
um que vá a sua casa. En tre a pess oa e se u cô njuge existe um desgosto
muito grand e. A pess oa p ertence a uma institui ção religiosa nume rosa, ma s
que es tá dividida. Tem que dar comid a ao s Eguns e co locar uma bandeira
branca em sua cas a. Está so b infl uência de um fei ti ço feito co m pólvora e
se não fize r ebó para l impar-se, poderá so frer graves co nseqüênc ias. EBÓ
PARA DESMANCHAR UM FEITIÇO Um galo, um inhame grelhado e regado
co m muito epô para Elegbar a. Um ovo de gali nha untad o c om o ri e ef un é
co loc ado para egun com no ve v elas. Página 2 97 de 63 3
compram-se presentes para ele. Foi neste caminho que a Terra tomou
fo rma. A pesso a tem que t er cuidad o para que um menino não revele s eus
segredos. Oferece-s e um carneiro para Xangô para que a sorte possa
chegar. A mulher se se nte perdi da, roubaram o seu dinheir o e des eja amarrar
um home m. A pess oa tem che iro de pó lvora , anda ou trabalha com ela. Tem
um dinheir o guardado para faze r alguma co isa par a Santo o u Egun. Este
dinheir o não deve ser gasto co m o utra finalidade para q ue não oc orra um
grande mal. A pess oa tem que dar graças a Xangô que é quem ass egura a
sua li berdade. Tem que c uidar de Eguns. Vive fugindo de alguém que a
persegue. Está amarr a da po r bruxaria. Tem que ter muito c uidado co m o
fo go e não deve pe nsar em dar fi m à própri a vida. Não deve co mer co mida
requentad a e tem que c uidar dos rins e do e stô mag o. É incrédula ou acredita
à s ua maneira. Pági na 298 de 633
riquezas e bens mater iais, mas, determ ina per das e decepçõ es no aspecto s
entimental. A pesso a tem que cuidar muito das vistas. Não se pode be ber
água depos it ada em tigel as e mu ito meno s beber na tigela. Proíbe co mer
qualquer t ipo de crustáce o s. A pesso a tem que faz er ebó c om muita
freqüência para não so frer der rocadas. Não pode m atar rat os nem baratas e
tem que ter um pato em s ua casa. O se u melho r amigo po d e ser o traidor.
Não s e co me alim entos atrasad os e requent ados. Aq ui nasceu o sust o . A
pess oa tem que asse ntar Inle Abat á que é quem a defe nde de tr aiçõ es. Dá
caminho para viagens ao exteri or. Os filhos deste Odu sã o muito ligados ao s
Eguns, quer sejam s eus familiar es o u seus protetores. Página 300 de 633
Dice Ifá Devem co ntar co m a proteção de Elegbara par a que seus c aminhos
permaneçam s empre abert os. Te m que ass entar Inle em itá. A qui falam tr ês
espo sas de Orunmilá r epresentadas pe la lagar tixa, pela aranha e pela barat a.
Um feriment o com ferro pode o casionar u ma doe nça gra ve o u requer er
cuidados exce ss ivos. Para que a boa so rte não fique par a da do lado de f ora
de casa, a pess oa tem qu e o ferecer dua s gali nhas pr etas e doi s cravos de
Dice Ifá Sacrifica-se, para Osain junto com Osun, um galo cego de um olho,
que dev e se r p assado na cabeça do client e. As f olhas deste Odu são
oxibatá (Boe rvia diffus a) e e we n ijé (Partenium histeropho rus, Lin) . Aqui
oc orreu uma guerr a entre es tas duas ervas. Onde a. Neste caminho O mo lú
vive nos cantos das paredes e amboayant (Delonis regia, Bojer) floresce,
prenuncia de cri anças. Disse Ifá: "Não tentem abraçar o mundo. uma cresc e
a outra não se c ri Xangô anda errant e. Quando o fl desgraças, e pidemias e
morte Ao mundo não há quem abr ace"!
T RABALHO CONT RA A MISÉRIA Uma r oupa velha bem surrada, sapatos
velhos , dois c arang uejos , fo lhas de jamao (Ár vore silvestre da famíl ia das
meliáceas), uma f ranga pr eta, uma f ranga br anca, uma cabaça grande, uma
esco va, três o bís, pó de ekú, pó de ejá, epô, mel, vela s. Abre-se a c abaça ao
meio, pass a-se tudo no co rpo da pesso a e vai-se arruma ndo dentr o da
cabaça. Rasga- se a roupa velha q ue tem no co rpo e co loca-se jun to co m os
sapatos , dentr o da cabaça. Sacrifi cam-se as f rangas e passa-se a es co va no
co rpo da pes so a para limpál a. Coloca -se tudo dentro da cabaça, co bre-se
com os pós, mel, epô e otí. Fecha- se a cabaça, embr ulha -se num lenço l
velho que tenha pert encido à pes so a e despacha-se nas águas de um rio. A
pesso a, depois do ebó, banha- se co m omieró das fo lhas deste Odu e v este
roupa limpa, de preferênc ia branca e no va. Pági na 303 de 633
realizá-los . EBÓ PARA ABRIR CA MINHOS Um galo , uma franga, duas ewe exin
(Maloja), terr a de quatro esquinas, pano (Meibomia barbata), o bí, velas, pó de
ekú, pó de o milho e o ewe exin. Os do is etú para Obal uaye, nmilá e a franga
para fazer sacudimento. galinhas pretas, dois etú, milho, branco, pano preto,
ewe kokodi ejá, epô e mo edas. O galo é para Exú j unto as duas galinhas
pretas para Oru
EBÓ PARA OSOGBO OFU Duas gal inha s, um galo, uma es taca, pó de e kú, pó
de ejá, epô , milho de gali nha e bastante moedas . Enterra-se o milho e, no
local, so bre a terr a, marcase Oxetura e Okanayabil e. Cravase a e staca e
prendem- se as galinhas viv as a e la. Na medi da em que as galinhas vão
escavando o so lo, o milho vai apar ecendo e aí é q ue está o segred o do ebó .
Os demais in gredient es são passados na pesso a e espalhad os no s olo , no
local o nde se e nterrou o m ilho. Pági na 305 d e 633
Dice Ifá A pessoa descobrirá muitas coisas que falaram a seu respeito e
isto lhe trar á um pro blema muito sé rio c om alguém que gos ta de falar
demais. Não deve cho rar miséria par a que seus protetores po ss am ajudá- la.
Deve dormir usando um gorro de co res. (Perguntam - se quais s ão as co res).
Tem que despachar seu ebó numa praça e, na volta, ofe recer d o is pombos
brancos a Obatalá e alg uma co isa a Xangô . (Pergunta- se o que). Este é o
cami nho o nde se provam as habilid ades de aspirant es a um cargo. A pesso a
tem que es t udar e s e preparar para a vi da. Quando es te signo vem em
os ogbo para uma pesso a de co r branca que não é iniciad a, o awo tem que
ter muito cuid ado para q ue, depois d e f eitos os ebós , não lhe seja tr azido,
pela própri a pess oa, algum pr oblema de justiça. U ma vez Orunmilá q uis ir a
uma praça e pediu a Obat alá que ordenass e a Exú que o aco mpan hass e. Exú
exig iu que lhe dessem de c omer e, só depois de ali mentad o, co ncordou em
a co mpanha r Orunmilá em s eu passeio . No dia seguint e bem c edo, as
pess oas che garam à p raça e vir am um home m que se afas tava rapidamente
por um caminho. A o seguí- lo pelo c aminho, as pess oas enco ntraram um
ces to che io de dinheiro e inhames. Exú, que esta va entr e aquela gente,
ordenou que toda a riq ueza existente dent ro do cesto fo ss e levada , pelas
pess oas, à c asa de Orunmilá. Página 30 7 de 633
e é precis o ensinar- lhe. Ofer ece -se gato a Abitá. Para der rotar os inimigos
faz-se ebó co m: Um g alo bran co , um ga lo preto, um galo vermel ho, uma
co rrente, carvão e m brasa e um o kutá. Este signo f al a dos planetas e de
suas influências so bre o s s eres humanos. Aqui n asceu o arco- íris . Faz-se
cerimônia par a o s as tros . Oferece- se s araekó ao So l, à Lua e às estrelas e
co m ele refres ca-se a T erra. Tem que dar comida a Elegbar a. Limpar a cas a
com peregu n, epô, otí, obí, pó de ekú, pó de ejá, fari nha de mil ho branco,
feijão -fradinho e amalá de q . Colo ca-se me l em O xun para que tr aga Elegbar a
enganado para dent ro de c asa. Qu ando Elegbar a entrar em cas a, diz-se:
Elegbar a, tudo o que tem aqui é par a você . Log o depo is, co nvida-se o
inimigo para come r. Isto serve para neutral izá-lo. A colher não luta com o
co zinheir o. Aqui fala Exú A labiki que, por este c aminho, s e fartou d e
co dornizes . Nasceu a grand e fé que s e depo sita em El egbara p ara
so lucionar pr obl emas. Nasceu o s co stumes de s acrificar ajap á para
Elegbar a e s oprar otí so bre Xangô. Página 308 d e 633
Dice Ifá
uso indevi do delas. Tem um inimig o muito f orte e não pode des cuidar-se
dele por um só s egundo. Assinala enfermidade d a garganta e d o e stô mago e
uma provável o peração cirúrgica. A mulher perd eu a s aúde num abo rto
provoc ado. Página 309 d e 633
tabaco, o tí, caf é, etc.. Não deve abusar de nen huma mulher e tem que amar
e respeitar à sua. Se f or mulher está gráv ida e estão trabalh ando co m
feitiços para que o filho não vingue. Tem que f aze r ebó para que a gr avidez e
o parto tr ansco rram sem c om plicaçõ es. Foi advert ida por um Egun, mas não
seguiu suas orientações. Procure fazê-lo doravante para que este Egun não
lhe vir e as co stas. Fo i ne ste O du que At lântida desapareceu. Arosiyen era um
co merciante bem suce dido e muit o intelig ente. C erto dia, pr ecisando
ausentar -se, pediu a s eu amigo Eló Ir e, que f icasse e m sua c asa tomando
co nta de suas co isas e de s uas mulheres. A viagem for a pr ogramad a para
três me ses, mas, deco rridos cinco mes es, o co merci ante ai nda não h avia
retornado. C erto da morte de se u amigo, Eló Ire co meço u a maltr atar suas
mulher es que, não res istind o, fugiram d e cas a sem rumo c erto. D epo is de
muito caminharem , as mulheres e nco ntraram uma carav ana na qual seu
marido retornava par a casa Ci ente do oc orrido, Arosiyen, c hegando e m
casa, procurou o amigo, mas enco ntrou-o mo rto pelos habit antes do local
que o res pons abilizaram pelo desaparecimento das mulheres. Pági na 311 de
633
Dice Ifá Uma co nhecida que não tem par adeiro deve se r acolhida par a que a
so rte da pesso a m elhore. D eve ace itar o c onvite de um velho para j ogar na
loteria. Existe uma cri ança em cas a que está se mpre chorando . A pess oa
tem que dar- lhe alguma co izinha e não pode maltratá-la. Alguém dese ja a sua
morte. D eve ter cuid ado co m um filho e uma que stão de falso testemunho .
Um filho é perseguido po r três inimigos . Tem que se livrar d e uma traição .
Não po de tomar chuv a. A pesso a anda em busca de seu amo r e ele anda em
busca da pesso a. Tem que ter cui dado com a perd a de tr ês pesso as. A
morte caminh a às s uas co stas, po r isto vive sempre tr iste. Se o seu Anjo da
Guarda não der permissão , ninguém po derá matá- la. Aqui Egun e Os ain
fize ram um pacto para salvar Okanr ansá e , pa ra isto, Elegbara co meu e tú.
Para dar etú a Elegbara mar ca-se O kanranká no piso atrás da po rta e se co bre
co m um co lchão de ewe amó (Erva-fina), colo ca-se Elegbar a em cima e se
esquina s, Xangô é dono dos tro vões e do fo go. A pesso a está sempr e
cho rando a falta de dinheir o e quanto mais tem, mais quer . Tem que ter
cuidado para não ac umular d inheir o que se rvirá so mente para seu e nterro.
Vive renegando -se, está doe nte e não bus ca meio s para curar -se. Os ini m
igos co mem e bebem em sua co mpanhi a. Tem mui to o lho-ruim em cima e
deseja mudarse de o nde mo ra. Nasce u para governar , po r isto , é um rei. Está
sendo vigiada para l he f azerem um malefício co m o objeti vo de que perca o
emprego e atrase a s ua vida. Não deve co mer na casa de ninguém. Este
signo fala de co mérci o e de negó cios. De tant a invej a que lhe têm a pesso a
não c ons egue prosperar . Tem que o ferecer um caval inho br anco e outro
co lorido ao s eu Orix á, e ter mui to cuidado para que não o s roubem. Deve
tomar banhos co nstantemente co m ewe ewe . L ida mui to co m dinheir o. Para
se ergu er t em que dar um galo a Xa ngô e pedir a proteção de Orunmilá.
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Dice Ifá Pegar uma placa de ferro, es quentá- la ao f ogo até que fi que em
brasa e derr amar sobr e ela uma co lher de água fresc a, dizendo : "Bobila omi
ipao aiyuá". Em seguida, sacri fi ca do is galos para Xangô e o ferece -lhe uma
penca de bananas. Depois disto fe ito, tem que tomar borí.
Dice Ifá Te m mau gênio e fala mal de tud o. Tem uma obrigação pe ndente.
Tem um mal na boca, pade ce dos dentes e da garg anta. Se não se c uidar
sofrerá conseqüências graves. Não deve inger ir bebidas alcoólicas.
Assinala cirur gias no estô mago, duodeno ou ve sícula bil iar. Tem que ter
cuid ado co m amar raçõ es. T rês pesso as zo mbam d ela, t em que fazer ebó
para que is to tenha um fi m. Cuidado c om mulheres que não s ão do nze las e
fingem se r. Pode se ver enredad o por uma relação amo rosa e ass umir a
culpa d o que não fe z. Tem que ass entar O runmi lá. Poss ui um cacoete o u
um tique nervoso . Tem feitiço f eito po r uma mulher. Ne ste caminho a
pess oa se co munica co m seu G uia Espir itual e deve invocá-lo na alegr ia e na
dor. Tem que usar uma cinta ver de. Tem que o ferec er um galo à sua cabe ça.
Não pode co mer agbéye (Cit rullus c itrullus, Li n.). Este Odu é caminho de
Xangô, Yemanjá e El egbara. Fala da formação da Terra e d e sua s eparação
do S ol. Por este caminho fala a ves pa, que é bicho veneno so . Página 317 d e
633
Dice Ifá
penas de pavã o, de ganso e peru. Nest e signo, par a que o casal não s e
separe, tem que do rmir; um, vir ado para a cabece ira e o outro para os pés da
cama. Tem que co loc ar uma cabaça para Osain co m água de ek ó. Página
318 de 633
Dice Ifá Tem que sacrificar um pom bo para Os ain e para Ogun. Tomar bo rí
com dois o bís. Oferec er dois co cô s para Xang ô. Oferecer , para Xan gô, um
galo cego de uma vist a antes que pa ss em se te dias desde quando s urgiu o
Odu. É um signo de vida longa, c om muito gove rno e grandes se gredos. Aqui
o ho mem induz a mulher à pr ostitui ção e a explora. Quanto mais ela lhe dá,
mais ele quer e, po r isto , agride-a publicamente. A pesso a é tão no b re que
prefere viv er entr e o s mais humildes, po r isto s uas qualid ades não são
reco nh ecidas. Não é o rgulhos a e suas virtud es provêm de s eu astral. Com o
tempo, seus próprios inimigos irão reconhecer suas qualidades e recorrer
aos seus préstimos. Neste camin ho a própr ia famí lia e o s amigos mais
chegados tra em a pess oa. A pesso a não deve co nta r com seus famil iares
para nad a. Bruxaria não o mata. Cacho rro não c ome cac ho rro. De vagar se
vai ao longe . A pess oa vive po r suas próprias habil idades, tem art e e s ab e
aproveitar t odas as oportunid ades que lhe surgem. É fi lho de Obatalá e O xun.
Página 319 de 633
Dice Ifá Aq ui se c ria filhos alheios . Fala da abelha que vive pr oduzindo m el
para al iment ar os fil ho s da rainha. Fala o papagaio branco que f oi honrado
por Olofin d epo is que seus inimigos o s ujaram co m epô e tinturas de vár ias
co res. O home m tem que t er cuidad o para que a mul her com quem es teja se
relacionando não colha seu esperma e o trabalhe par a que só poss a se
excitar co m ela. A qui falam as vestes e a co roa d e Yew á. Nasceu a areia dos
rios . O dono deste signo , todas as vez es que sac rificar uma cabr a para
qualquer Orix á tem que be ber um po uco do leite da me sma para se li vrar da
negatividade do Odu. Página 321 de 633
Dice Ifá
Tem que tomar sacudiment o e banhos com fo lhas de alg odão , se mpre-viva
e e we muse ng uene (Paritit tiliaceum, Hil.). É um s igno de inco nfo rmidade.
Assinala desobediência ao Orixá, separação em família e erupções
cutâneas. Neste Odu fala Inl e. Aqui nasc eu o e já o Falou-se mal de Xangô e
de Oiyá. A pesso a acumula di nheiro, mas não co nse gue desf rutá-l o. A mai or
inimiga da pess oa é uma mulher de cabelo s longo s. Tem que dar co mida ao
Egun de sua mãe, s e ela já for mo rta. A pesso a passa por desgos tos
co nstantes e não s abe o que é um mome nto de tr anqüil idade. Tem que dar
graças a Xangô que a livr ou de uma grande desgraça. D eve ter muito cuidado
co m o fo go. Um filho irá a um lug ar onde enc o ntrará a sorte. Tem que cuidar
melhor dos Santo s para r ece ber uma ajud a de Obatalá. Pensa e m
desmanc har sua casa, m as, s e o fize r, dificilmente co nse guirá refaz ê-la. Não
deve po rtar armas para não ficar em o so gbo. Página 323 d e 633
Dice Ifá DESVENDANDO O S SEG REDOS DE IFÁ PART E IX I I I I I I II II OGUN DA
MEJI REZA DE OGUNDA M EJI Ogunda M eji, Ogunda S iro, o wo iyo lokun, O xalá
biriniwá, Obatalá Ob ataisá, Hekpa Oba Igbo o dobaleni Ogun O nire iyo lokun.
Oxós si O gunda M eji eyeni e yer aruna o kualorun Obatalyana ti wa Elegbar a awa
lawa Oluw o Xiwosi Orunmilá K ayé mariw o maferef un Oduduwa Orubó. Este é
um Odu masc ulino, fi lho de Okó e Awounsi. Representa um punhal, a justiça,
a le i. Nes te Odu nasce ram as ciências da guerra, as cirur gias, as armas
brancas, a agr essivid ade, os cães selvagens, os lobo s, o s chacais, os
coio tes, as forjas, os met ais n egros co mo o ferro, e todas as profi ssõ es
relacionadas à extr ação e beneficiamento destes me tais. Nasce u a
operação ce sariana. Aqui foi criad o o pênis, os testí culos, os e
spermat oz óides e a ereção do membro viril. Assinala doenças venér eas,
impotência sexual masc ulina, doenças vaginais, enfermidades na cabeça e
no aparelho genital. Neste caminho falam Ogun, Xangô, Obatalá, Oxóssi,
Ibejis, Babá Oke, Elegb ara e Eg un. Suas c ores s ão o b ranco, o negro, o
vermelho e o az ul-esc uro. Ogun-d a-eji significa e m yo rubá: Ogun par te em
dois, Ogun divi de em duas partes. Pr oíbe seus filhos de po rtarem armas ou
guardá-las embaixo de suas camas. O Awo deste Odu recebe so rte e
proteção de Ogun. É n e s te caminho que o Awo ensina aos seus afilhados .
Aqui Ogun e X angô s e fizeram co mp adres . Página 324 de 633
Dice Ifá É por este Odu que Xangô, do seu reino, vê tudo o que se passa
so bre a terr a e o mar. As e rvas des te signo são o peregun e a mirr a. Ambas
poss uem qual idades afrodisí acas. Não s e po de co mer car ne de galo,
fruta-pão e inhame. Pr oíbe o co nsumo de bebidas alcoó l icas. Ogunda M eji
vence a mo rte. Assinala a exi stência de um pênis muito avantajado que, ao
invés de propo rcionar prazer , les iona a mulher . Assinala, para a mulher , p
rática de pros tituição que deve s er imediat amente abando nada. O Espír ito
tem que so brepo r-se à matér ia par a que a pess oa poss a ser co nsider ada e
respeitada pelos demais. Fa la de falt a de cons ideração . A pess oa tem que
cuidar -se co ntra acidentes e ato s de v iolênc ia que podem cus tarlhe a vid a
ou prejudicar sua saú de para sempre. Tem que co n tar co m a proteç ão de
Oduduw a. Afirma que a do nze la tem que f aze r ebó para poder casar . A
pesso a pos sui um dom que tem que ser desenvolvi do para qu e evo lua
Dice Ifá 1
Ofe rece-se a Ogun um aja keke e quatr o galos. Ogunda meji é o O du da força
e da dur e za. Seus filhos têm o co ração duro, não crêem em nada, são
ego ístas, auto-centrad os, go stam d agi r nas so mbras e de at acar com armas
ou barras de ferr o. São marcados pe la just iça por sua tendência de faze rem
o que bem entendem, não co nfiam em ninguém e têm a capaci dad e de
Afirma que a co roa não cabe direit o na cabeç a. Em Ire: A cabeça é maior qu e
a co roa que carr ega. E m Oso gbo: A coroa é maior q ue a cabeça em que foi
co loc ada. A pesso a é indecisa. Neste caminho a lagos ta traiu a Orunmi lá e,
por este mo tivo, o s ho mens desco briram o quanto é deliciosa e pass aram a
co mê-la cons tantemente. 1 - Cacho rro pequeno . Página 326 de 633
Dice Ifá Quando este signo surge em atefá, awofakan ou ikofá, manda
trocar a so peira d e Orunm ilá ou do Orixá da pess oa. Pergunta-se a Orunmilá
qual delas tem que se r trocada. Esfr egar a casa co m peregun, odundun (
se mpre-viva) , ewe ibakpá (Come lina ele gans , H.P.K.), ewe ibajó (Melia
aze derath, Lin) e me l de abelhas. Espalhar amalá de farinha de milh o ao
redor da casa para espantar os arajés que atrapalham o dese nvolvimento.
PARA RESOLVER PROBLEMAS DE TRABALHO Acender uma lamparina com
óleo queimado para E gun, pedindo-l he trab alho e evo lução . T RABALHO
CONT RA IMPOT ÊNCIA. Pega- se um pênis em miniatura, de qualquer mater ial,
e u m ofáz inho de ferr o presos a uma corr ente, e coloc a-se so bre o o pon.
Cons agra-se r eza ndo O xetura, O gunda M eji, Owónringundá, Oturax e,
Okanasá, Okanayeku e a se guinte re za: Ogunda Edeji umami eru odo okuni
kankuru of uri buri fo wo ba o ko idir e bo iyá ot iku ofi kaletrupon o polo odara
oro koko iywo le koku ki ki epon. Epon o dara Ifá omó , Ifá awo awa arik u Baba
wa. Axé ofikaletrupon odara.. Depois disto, sacrifica-se um gal o co m o
materi al rez ado em c ima de El egbara e de Ogun. A pess oa deverá, depois, u s
ar a corr ente com as peças presas à sua cintur a e, s empre que fo r fazer
sexo , tem qu e tirar e pass ar em se u próprio pênis. Tem que prepar ar,
também, uma poç ão c om álcoo l puro, sete co lheres de aveia e 101 pi mentas
malagueta. Diariamente, antes de dormir, a pes so a tem que tomar 50 go tas
da poç ão diluídas em 1/4 de co po d água. EBÓ EM OGUNDAM EJI Pass ar um
galo no co rpo e s acrificá-lo para Ogun. A cabeça fi ca no i gbá e o co rpo é
preparado par a ser comido pelas pesso as da casa e todo s o s que chega
rem. To das as pes so as que co merem devem r eceber uma moe da corrent e.
A pesso a que faz o ebó não co me da carn e da ave. P ágina 327 d e 633
Dice Ifá
Dice Ifá Colocam-se sete cocos pintados de uáji para Yemanjá, pede-se o
que se quer e depois de se te dias, s e despacha na mata. C olocam -se três
charutos enro lados c om linhas v ermelha, pr eta e branca e uma folha verde
de fumo em Elegbara par a reso lver prob lemas de saúde. Agr ada-se à Oxun
com cinco galin has amar elas e cinco bolinh os de fei jão fradi nho, e a Xangô
com um gal o e amalá de qu iabo. Depois, faz -se s araieiê co m as ca beç as
das cinco gali nhas, os cinco bo linhos e a cabeça do galo de Xangô.
Despacha-se t udo em frente à uma cerca. Quando es te Odu surge em ik of á
ou atefá, c olo ca-se uma mão de 21 búzios dentr o de Orunm ilá ou junto co m
a mão maior de Ifá . Neste cas o, o padrinho, para limpar-se da negativ idade
do Odu, pe ga seu Elegbara, co bre com e pô, so pra otí, leva a uma l ixeira e ali
se limpa com três velas e um galo, ac ende as velas em f re nte à Elegbar a,
sacrifica o galo e, quando acabarem as velas, pega Elegbara e leva para
casa. O galo fi ca no lo cal em que fo i sacrificado . O dono deste Odu, se mpr e
que fo r a um enter ro, tem que ajudar a car regar o c aixão e co loc ar um pouco
de t erra dentr o da tumba. Tem que co brir Elegbara co m mariw o para que ele
defenda a entrada da casa. S acrificam-se três cabritinhos para El egbara
durante tr ês sextas-fe iras se guidas. C ada um é des pachado nu m matagal
diferent e. Depois, colo cam-se três b o necos de cedro em Elegb ara co m as
seguint es cargas intr oduzidas pelas cabeças: 1¡ b o neco : Pó de ekú, pó de
ejá, milho vermelho, terra da casa do dono do Elegbara, bejer eku n, o bí
ralado, os un, o rogbo rala do e uáji. 2¡ boneco : Os mesmo s ingr edient es do
primei ro, subs tituindo-se a terra de casa por terra de uma praça pública. 3¡
boneco : as mes m as co isas do primeiro, s ubsti tuindo-se a terr a de casa por
Dice Ifá Os tr ês bo neco s co mem uma gal inha q uand o f orem co locados
juntos a Elegbara e, depo is, c omem junto co m ele tudo o que lhe for
of erecido. T RABALHO PARA DEST RUIR ARAJÉ . Bate-se quiabo picadinho
com otí e epô, embrul ham-se em papel imp ermeáv el com o s no mes dos
arajés escrit os sete veze s e se c olo ca dian te de Orun milá co m duas vela s
acesas, pedindo a destruição dos arajés. Despacha-se no dia segu inte, no
lugar determi nado pelo jogo . O Ogun do Awo deste s igno tem que ter um b
onec o de f erro, um okpele d o mes mo me tal e um o pon pequeno de cedro.
Para ter um Egun à sua dispos ição, o Awo de Ogundagbe pega um pouco do
resto de sua comida, leva ao cemitério e deposita sobre a sepultura mais
abandonada que lá encontrar , reza o O du e pede ao Egun que o aco mpanhe,
prometendo tratá- lo e alimentá- lo enquanto o bedec er às suas ordens. As
pesso as deste signo não po dem dar murros o u tapas so bre a mesa po rque
desperta os mo rtos que po dem se apresentar . T RABALHO PARA LIVRAR-SE
DE DOENÇAS Pega-se uma garganta d e rês inteira, co m a língua, co zinha-se e
serve-se para Ogun em dois alguidar es c om ekó. No dia se guinte leva-s e a
uma linha férr ea, quebram- se o s alguidar es s obre ela e rega-se tudo co m
bastan te gi n. Na volta, co zinha-se fo lhas de espinafre e co me-se na pri meira
refeição que se fi ze r. Quando se f az e ste trab alho fica-se se m co mer carne,
inclus ive de ave s , durante 21 dias. P ARA RES OLVER DIFICULDADES Pega-se
uma bi steca, abr e-se co mo s e fo sse um livro, unta -se co m epô, salpi ca-se
iyefá rezado de Ogundayekú e se of erece a Ogun. Pede-se o que se quer,
fec ha-se e co loca -se e m cima de Ogun. Página 3 31 de 63 3
Dice Ifá II I II I II I II II OG UNDAYEKU REZA DE OG UNDAYEKU Ogun da ariku
agogô abonó lodafun ariku ad ifafun Iyalode, kaferefu n O runmil á. Este Odu é
Dice Ifá S acrifica-se uma galinha par a Oxun e outra para Iyansã, tira- se as
penas e ass a-se c om tri pas e tudo. D epois de ass adas, a pesso a se limpa
co m pano es tampado no q ual embrul ha as aves. Despacha nas águas de um
rio. Tem que of erecer um p ombo à cabeça e tomar ban ho do m fo lhas de
ewe dubué (Corchorus s iliquos us, Lin. ). A pess oa não fo i criad a pela própri a
mãe. Tem que cuidar mui to bem das vistas para não ficar cega. D e s co brirá
um segredo so bre sua própri a vida. Aqui o ho mem vive esc ravizado pela
mulhe r que o amarrou co m feitiços . Havia um homem que vendia flores,
mas que não enxergav a à d istância. Um dia, as pess oas que es tavam
distant es, fize ram sinais par a que ele lhes levasse flores e , co mo não
respo ndess e, puderam desco brir que ele só via o que estava bem pr óximo. A
mulher tem dois homens e nenhum a satisfaz. É preciso muito c uidado
porque a mo rte po de se r causada po r uma mulher . Página 333 de 633
deve permit ir que pis em em s ua so mbra e tem que ter cuidad o para que não
a usem para faz erem um fe itiço . Não deve permiti r brigas em sua c asa nem
participar d elas para evit ar a ira de Ogu n que, intervindo, po derá oc asio nar
uma des graça. Pági na 334 de 633
Dice Ifá Alguém em sua cas a, quando se e mbriaga, fica agressivo e o fende
a todo s. Não deve pa rar na rua ou em o utro lugar q ualquer par a ver tr agédias
oc orridas. Deve mudar -se de onde vive. Os inimigos c oloc am imundí cies em
sua po rta. Não deve falar tud o o que sabe. Seus pés c os tumam inchar .
T RABALHO PARA SEG URAR UM CASAMENT O Prepara- se , primeir o, um pó
com unhas e pelos p ubianos do ho mem e da mulher , mistur a-se a ele, pó de
cabeça de ajapá. Colo ca-se o pó de ntro de uma panelinha ou tigeli nha co m
tampa, escrevem- se o s no mes do casal sete vezes numa folha de pap el de
embrulho, embrulha -se a tigela com o pó, c olo ca-se j unto co m o igbá de
superior vir ada par a cima são util izadas, as outras s ão jogadas f ora.
Quando quise r destruir um inimi go, rec olhe um po uco de suas próprias
fez es, junta p ó de ekú , pó de ejá, milh o vermelho e um papel com o nome e o
endereço do inimigo, embrulha b em embrulhado e co loc a na porta da
pess oa que deseja derrotar . Na casa o nde a pess oa vive tem que ter duas
entrad as para q ue pos sa alternar o lo cal por onde ace ss a sua própria casa ,
entrand o, ora po r um, ora por o utro lado. Neste Odu Exú fi ca parado na
esquina, o bservando quem entra e quem sai de cas a. Elegbar a não e stá
contente com alguma coisa que acontece na casa d a pesso a. Tem que se
co loc ar franjas de mari wo na porta da frente de casa e tran cas refo rçadas
na porta dos f undos . Página 336 d e 633
Dice Ifá A pesso a tem que ofe recer quat ro pom bos pintados a Elegbara
junto co m Xangô para s ua evolução financeira. Pega o s quatro po mbo s,
lava-os co m omieró de ewe of á (Ficus reli gi osa), fo lhas de lí rio e ewe erib o
(mastr uço - Lepidium virg inicum, Li n.), f echa a cas a toda e so lta as aves em
seu inter ior. Depois, pega o s po mbos, bes unta -os de epô e e fun e, s ó e ntão,
of erece-os em sac rifício a Elegbara e a Xangô. O Awo tem que colo car, em
cima d e seu O gun, um espelho fo rrado co m pano vermel ho e branco. O espel
ho deve ficar vir ado para frente do igbá. O filho deste O du tem que as sentar
Awán Aj onú, que se arruma dentro de um alguidar , mo delando-se uma
cabeça de barr o cujo lado dir eito é masculi no e o esquerd o é fe minino.
Dentro lava um p edaço de o sso humano, um a cabeça de galo, uma de
pombo, uma de etú, pó de ekú, pó de e já, mi lho, vence demanda e co m
igo-ning uém-pode. Consagra- se c om o s acrifício de um ajapá e de um galo.
Come co m Xangô e Elegbar a. Quand o um o luwo enco ntra este O du numa
cons ulta para si mesmo , tem q ue o ferecer um gal o para Ogun e co locar na
porta de casa pó de ejá, pó de ekú e epô . Todos os ebós deste Odu t êm que
levar cabeça de galo. Neste caminho, Exú Awán Ajonú, colocou uma
máscara para destr uir o mundo. É Odu de máscaras e disf arces. A pesso a
tem que levar s eu Elegbara à pr aia e, ali, o ferec er-lhe um galo que, depois de
onde as aves, fo rtaleci das pela c o mida que lhes tra ze m seus pais,
abandonam o ninho para nunca mais voltar em. Da mesm a fo rma, os fil ho s
se e squecem do sacri fício dos pais e, uma vez criad os , vão e m bora par a
sempre. Neste Odu o padrinho deve o lhar bem se u afilhado que, depo is d e
obter o que dese ja, levant a vôo e não reto rna. A mulher deste signo só terá
filhos hom e ns. Ifá manda lavar as vistas co m urina de nenen. O se gredo
deste Odu é oferece r te rra ar ada à cabeça. É um signo de chantagens. Aqui o
galo virou galinha. O rapaz o u a mo ça po dem adquir ir má fama por andarem
na companhia de homos sexuais. Signo de vid a deso rganizada , não of erece
estabilid ade em ne nhum se ntido. A mulher não respeita o m arido e apanha
dele. Os dois brigam como cão e gato. Página 33 9 de 633
Dice Ifá O jo vem pode s er chantageado po r uma mulher co m a qual p ratico u
se xo o ral. Ass in ala i neficiência o u falta de habili dade par a realizar o c oito . A
pess oa não sabe dir ecio nar sua pr ópria vi da e por isto dependerá sempre
de alguém que a oriente. A ss inala q ue a pes so a tem vontade de mudar- se do
lugar onde vive o u trabalha. A pesso a t em que tomar banhos de fo lhas de
álam o recolhid as no chão. Só servem as que es tiverem co m a part e s uperior
voltada par a cima. Quando e ste Odu surge em atefá, dec orridos sete dias,
sacrifica-se um ca britinho bem no vinho à terra. Abre-se um buraco e s e
enterr a a carne do cabrito faz endo orô para Ilê. A vesícula do cabrito é
retirada e, de po is de es vaziada e muito be m lavada, o Awo para quem surgiu
o O du tem q ue co loc ála na b oca po r alguns instantes para q ue mais tard e
não venha a falar co isas amarg as de seu padrinho. O do no deste Odu pode
ficar vesgo em deco rrência de uma pancad a o u alguma cois a que lhe caia
na vista. Quando Orunmil á vivia so bre a terra, as p ess oas da cas a onde
morava, só por inv eja, jogar am fo ra seu tab uleiro, seus iyés, se u irof á, seu
okpele e tudo o mais que uti lizava na ad ivinhação . Quando Orunmil á fo i se c
onsultar, surgiu este Odu avisando que ele estava convivendo com seus
inimigos. Di as depois uma das pesso as da casa adoeceu e s olicit aram a
ajuda de Orunmilá que, sem seus petrechos, nada pode fazer, não
REZA DE OGUNDAWÓNRIN Ogundaleni Anar até adifafun e iyelé tinl ósilé anué,
eiyelé lebó, akukó le erefun Exú, Ogun ati Oxós si.
Este Odu é fil ho de Ogunda e O wónrin. Não se troca caminho por vereda. A
pesso a não deve se meter no que não é da sua conta. Não deve nunca,
apelar par a a vio lência. Terá que ass entar muit os Orixás, principalmente
Obá. Deve carregar sempre um fi o de co ntas de Ye manjá. Para fi car bom de
uma enf ermidad e tem que c olocar, diante de Orunmil á, uma qu arti nha co m
água de uma ferr amentari a e um ovo de gali nha. Tomar sete banho s co m e
sta água e despachar a q uartinha, co m o o vo dentro, nas águas de um rio.
Não po de ter periquitos e m sua cas a. Se fo r Awo, tem que colo car um
escudo de ouro dentro de seu Ifá e um okpele de búzios do lado de fo ra.
Osain intervém neste caminho. Neste Odu as pessoas têm que usar uma
co rrente, de qualquer metal , que tenha co mido junto c o m Ogun. A qui nasceu
a vagabund agem, a po rfia e a deso bediência. A pesso a se e xpõe à g uerra
com plena co nsciência. O se gredo deste Odu é colo car um cad eado de
metal junt o co m a mão maior de Ifá. Ogundawónrin é a per so nificação da
bondade. É um Odu d e po der de dec s ão . Oferecem-se três pintos a Elegbar a.
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Dice Ifá To mam-se banhos co m o mieró de isakó (Pet roselinum , Benth &
Ho ok.), peregun e e we exi n (maloja). Ogundaw ónrin era trafi cante de otí e
of erecidos numa es trada par a o nde o Elegbar a será levado. EXÚ AGOME JE
Antes de asse ntar este Exú tem q ue se dar tr ês e tús a Xangô e depo is, faz er
ebó co m uma franga que é despachada numa es trada. Leva: Terra d e se te
caminhos diferen tes, loaso (Amyris balsamifera) iroko, vencedemanda,
iguiso ro (Pera bumelifolia, Gris.) , afo man (Ficus membranacea, Lin),
tendebiyo (Guarea t richiliodes, Lin) , palmeir a, ef un, o sun, uáji, azo ugue, se te
moedas corrent es, sete mo edas anti gas, 21 ue jé io
Dice Ifá Neste O du Ogun tinha tant a fo rça que seu pênis virou pedra. O
homem deste signo s e e njoa rapi dament e da mulher p orque ela não o
compreende nem o satisfaz . Sua mul her e seus filhos s ão o s s eus pri ncipa is
inimi gos . Este é o Odu da fo rça sexual. Pági na 343 de 633
com isto. P ara obter riqueza, a pess oa o f erece um peixe fresco a Obata lá
co m o ri, ef un e um o vo de po mba. TR ABALHO PARA SE LIVRAR DOS
INIMIGOS Pe ga-se três galos e deixa- se que bri guem um po uco entre si,
depois sacrifi ca-se os galos para Xangô c hamand o o nome dos arajés.
Reco lhe-se uma das espo ras, põ e-se par a secar e se us a co mo amuleto de
defesa co nt ra os inimigos . A pesso a não tem o respeito de sua própri a
família, que chega mes mo a humilhá- la. Mais ce do o u mais tard e acabará
abandonando -a, mas terá que dar ass istência aos filhos para que não s e
percam na vid a. O tomate, que era amarelo, vivia sendo perse guido por se us
inimigos e isto só acabou depois que, mudan do de c or, ficou ve rmel ho. A
pess oa, para dei xar de ter t antos inimigos , tem que mudar p or completo sua
mane ira de se r. Página 344 de 633
Dice Ifá Nes te Odu, para l ivrar-se do s inimigos, a pess oa tem que tr ocar as
ferramentas d o igbá d e Ogun pelas do igbá de Xangô. Não po de faz er
trabalhos de bruxar ia. Não po de trab al har em ativi dades e m que s ua pele
fique expos ta a respingo s de lama ou de subs tâncias o rgânicas e m estado
o c roco dilo. Aqui Orunmilá ab andono u seu filho Ogundako po rque este, em
vez de usar os poderes de Ifá, tr oc ou-os por seus poderes natur ais. E nsin a
que, por mui tos po deres que po ssua o Awo, jama is dever á despr ezar o s
poderes de Ifá. O Awo deste Odu tem que o ferec er um galo a Exú d e dois em
dois mes es. Tem que t er , diant e de seu O runmil á, um Ôsun do seu tamanho
e, uma vez por ano , tem que ac end er diant e dele, 16 lamparinas. E m cada
uma das lampari nas s erá sacrifi cado um pomb o branco, c uja cabeça fi cará
dentro do recip iente co m ó leo de amêndoas. Na hora de acend er as
lampar inas, o Awo de ve faz er a seguinte saudação : "Kaxama ik oko , kaxama
ikoko fitilá, kawo miná O runmilá, kaxama ikoko ." Página 346 de 633
Dice Ifá Depo is de aces as as 16 lampar inas o Awo s acrifica duas galinhas
pretas para Orun mil á, f aze ndo a seguinte s audação : "Kalemi ilemi I fá wamisi
kakan Ifá." As duas galinhas s ão despachadas nas águas de um rio. Diant e
do Orunmilá d o Awo nunca po de faltar dois i nhames, e ele não pode deixar
de usar , em m om ento ne nhum, s eu eleké de Ifá. T RABALHO PARA RESOL VER
PROB LEMAS DE DI NHEIRO Ofe rece-se uma penca de bananas-maçã ve rdes
para Xangô e, quando e stiverem madur as, leva-se para os pés de um iroko.
T RABALHO DE LIMPEZA PESSO AL Limpa-se a pes so a co m um ramo de
alfavaca, abiri kunló( Casca veleir a, também co nhecida no Brasil com o
amendo im do mato ) e ewe nijé ( Partenium histeropho rus, Li n.), pass a-se um
pinto e m seu c orpo e puxa-se para El egbara. Depois de f eito o ebó , toma-se
banho co m omieró das m esmas ervas, dentr o do qual se pux ou um po mbo
branco. ( O trabalho é fe ito ao me io dia, e o banho é tomado à meia noite). A
pess oa é rebaix ada e perseguida. Tem que ter muito cuidado co m uma
pessoa alta que se porta de forma excessivamente delicada e solícita. Tudo
isto é um arti fício para obter alguma vant agem. Página 347 d e 633
Dice Ifá II I I I I I I II OG UNDAMASÁ
Lereiyé awará wará Olorun Aiye a afun gunugun ni aundi ebé koru. Aqui
nasce u a cerimônia de iniciação no culto de Orixá. Este Odu ass inala mui to
ciúme. É fil ho de Ogunda e Osá. Neste caminho os filhos c omem as
própri as mães . A pess oa tem um fi lho que po de ser pr eso e co ndenado.
Costuma fazer uso de drogas. Tem que colocar em Elegbara, três cigarros
de ewe chamico . A mulher pode s of rer a fo rmação de um fi br om a no s eu
útero. Par a evitar que isto ac onteç a, deve tomar lavagens vaginais com ra iz
de jiba (E rythroxilon havanens is. Jacq.) . Assinala que a pess oa teve G uerreir
os assentados e que se desfez deles. Os pais se s epararam por causa de
uma mulhe r . A pess oa tem pr oblemas de visão que devem ser trat ados co m
um o ftalmolo gista. S eu pio r inimigo é sua pró pria mãe. Par a ser fe liz deve
visitar muit o pouc o a sua mãe . Fi zeram de tudo para abortá- la, mas
Orunmilá, para que tal coisa não acontecesse, lhe de u a proteção deste Odu.
Tem que c uidar de cálculo s renais que lhe caus am muito so frime nto. Aq ui
Ogun e Oxóssi, ensinados por Elegbara, aprenderam que devem comer
juntos . A pes soa está assustada co m um sonho que teve e po r isto,
resolveu faze r uma con sulta ao oráculo. Não po de engordar para que não
Dice Ifá Por este caminho oferece-se 16 pombos brancos a Oduduwa. Para
reso lver qualquer problema s acrificam-se do is pom bos brancos a Obatalá.
Não s e pode recolher o que est iver jogado no lixo. A pesso a, so zinha, não é
ninguém. O homem não pode levantar a mão co n tra nenhuma mulher ,
principalmente co ntra a sua. A prostitui ção represe nta um estigm a que po de
causar a sua morte. Tem que o ferecer dois pombo s brancos à sua cabeça.
Es te Odu é dom ínio de Oxun. A pess oa tem que faz er Oxun par a viver bem.
SEGURANÇA P ARA A SAÚDE D entro de uma carapaça de ajapá, c oloca-se:
terra de f ormigueiro, terra de uma prisão, terra de c emitéri o, terra da casa da
pesso a, um pedaço de co uro de um cabri to que tenha si do o ferecido a
Elegbar a, pó de ekú, pó de e já, um punhado de m il ho vermelho , um pouc o de
azeite de dend ê e um pedaço de fumo de rolo. Per gunta-se no jogo o que
Dice Ifá S egredo do Odu: O Aw o deste Odu quando rece be Olo fin, tem que
faz er três e bós nas ma rgens de um rio para pr oteger sua própri a so mbra. O
primeiro ebó é f eito co m gali nha p ret a, o segundo co m gali nha cari jó e o
terceir o c om galinha branca. Depois de cada ebó as galinhas são
despachad as nas águas do rio. Assina la roubo s, violências e abusos
sexuais. Tem que dar co mida a Egun. Risca-se o signo de O gundak á no s olo ,
so bre a terra, sac rifica-se o animal pedido por Egun e cobre-se co m fo lhas
sem igual. Oiyá fo i es cravizada e levad a para Damé, onde f oi despo sada por
Oduduw a. Dessa união nasce u Exú O lanki . Oiyá banhava seu fi lho c om
azeite de palma pa ra que não se enfurecesse, pois, naquele tempo, era
cos tume banhar -se co m adi, azeite ext raído do s caroç os de dendê. P o r este
mo tivo Oiyá recebeu o título de Adi kun e o ó leo adi pass ou a s er tabu para
Exú. A pesso a deve ter cuid ado para não s er escravizada po r outrem.
Colo ca-se uma cabeç a de touro em Ogun. L impa-se a cas a co m um trapo e
despacha-se no lugar indicado p elo jogo . A pess oa tem que cuidar de Ogun
e de Xangô. Deve ter , no alto de s ua cas a, duas bandeiras, sendo uma
branca e outra amar ela. Quando e ste Odu aparece, a pes so a tem que faze r
ebó tendo, durante t odo o tempo da ceri mônia, um frango na mão. D epois
de ter minad o o ebó, pega-se o frang o, passa- se em to dos o s presentes,
sacrif ica-se para Elegbara e se despacha numa mata. Pági na 353 de 633
maripos as. Tem que oferecer doces à Oxun. No O sain do d ono deste Odu,
co loc a-se um pedaço de galho de iguí b on í (Guaz uma guazuma, Lin,) . Come
dois pombo s e um pica- pau. A pessoa não pode ter g alos presos em casa,
têm que fi car so ltos no quintal. EBÓ Um gal o, um ajapá, dois pombo s, duas
bandeir as, sendo uma branca e o utra amarela , terr a da esquina da rua em
que a pess oa m ora, terra d a porta da casa da pess oa , um edu-ar á, uma
roupa usada, o tí, mel, milho vermelho, pó de peixe, pó de ekú e muit as m
oe das. O galo para El egbara, o ajapá para Xangô e o s po mbos para Ile. EBÓ
PARA OSOG BO ARUN Pega- se um pedaço de tronco de bananeir a, envo lve-se
num pano p reto e , po r cima, num pano vermelho . Sacrifica-se um galo s obre
ele e s e despac h a num cemitério. PÓ P ARA DERROT AR OS INIM IGO S Pó de
os so de cacho rro, de ewe ina ( Fleurya cuneata, W edd .), de 17 sementes de
ereén (Acacia farnes iana, Li n.), de ge rgelim torrado, de penas e c rânio de
galinha d´angola e de 17 seme ntes de ataré. Misturam- se to dos estes pós e
deixa-se durante 17 dias nos pé s de Os ain com uma vela aces a que deve ser
reno vada di ariamente. D epo is disto o pó está pronto e tem que se r soprado
so bre o inimig o o u em sua cas a. Página 35 4 de 633
pode m orrer pelas mão s de um amigo. Para pr osperar na vid a deve criar
pombo s. Na medi da em que os animais fo rem se multip licando, a vida da
pesso a vai ev oluind o em todos os a spectos . A mulher que agora está
vivendo c om o marido da cons ulente fo i ajudada po r ela numa enfe rmidade
e, em s ua própria casa, co meço u a relacionar-se co m seu marid o. A mulher
que se cons ulta so freu uma int ervenção cirúrgica e, por es te motivo, não
pod e ter filhos . Seu marido tem o utra mulher e fi lhos co m ela. Um destes
filhos tem o no me do pai. Página 355 d e 633
Dice Ifá A mulher , para co mbater a fri gidez, tem que lavar seus órgão s
sexuais co m buchinha d o no rte, e we re (Ro smarinus o fficinalo, Lin. ) e gema
de ovo. Tem que colocar, em seu Elegbara, um chapeuzinho de mariwo, um
macete de m adeira e três cravo s de lin ha de trem. Não deve dar nem
emprestar suas r oupas e seus chapéus. Nã o se po de ter em casa, anim ais
Dice Ifá Este Odu po de levar seu padrinho à miséria. Aqui nasce u o s egredo
e a cerimônia do s el amento do idí. Nasce u a proibição dos babalaw os
iniciarem ho mos sexuais em Ifá. N este cam inho Obatal á co me junt o com
Orunmil á. O awo des te Odu tem que ter um pedaço de iguí i rôko e m cada uma
das suas mão s de Ifá. A ss inala falt a de caráter na pess oa e de mulheres qu
e criam gr andes problemas . Neste c aminho Ogun e Oxó ss i andavam sempre
juntos. Este O du explica po rque os ho mo ssexuais têm um grande po der de
assimil ação do s se gredos da religião, mas suas c onsagrações , mais cedo
ou mais tarde são prejudiciais para eles mes mos. O babalawo, por razões
estranhas à sua vontade, f az Ifá a um homo ss exual. Página 35 7 de 633
Dice Ifá I I II I I I II II OGUN DAXE REZA DE OG UNDAXE Ogun da Monixe Olo fin
oun o be kaferefun O runmilá, Olofin, Ex ú, Xangô a ti Obal uayiemi. Este Odu é
filho de O gunda e Oxe. Por ele f ala a palavr a sagrada de Olofin. Tem qu e se
ass entar Or unmilá, Oxun e Ogun. Neste cam inho Ogun fo i desc riminado, po r
este motivo, Ogundaxe não tem direito de fazer matanças. No kuanado do
Awo des te Odu as fac as s ão de madeir a. Este Odu determina q ue o Awo
pos sa recebe r Olofin em qualque r idade. Quando es te signo s urge numa
cerimônia de iniciação de Ifá, o padrinho não entreg a Orunmil á ao afilhado.
Colo ca-o so bre uma esteir a para que o afil hado pegue-o c om as próprias
mão s. Assinala dí vida co m Orunmilá. Quando surge em atefá, pega-se uma
panela de barr o cheia de água, ac ende-se uma brasa bem grande e apaga- se
na água da panela . Depois de terminad a a última cerimônia do itá,
sacrifica-se um ajapá na porta do quart o onde foi feito. Todos os
baba lawos presentes pisam com o s pés desc alços no ejé der ra ma do e vão
embo ra, não po dendo vo ltar mais à esta casa ne ste dia. Sacrifica-se um
pomb o a um pé de cana-br ava, pedindo a Nanã Buruk ú e ao s Eguns que
livrem de q ualquer tipo de demanda. Quando se faz ebó por este caminho a
pesso a tem que lev ar um casal d e po mbos brancos a uma floresta e ali , ao s
pés de uma árvore, s acrificá-los, ro gando a Olo fin que lhe co nceda tudo de
Dice Ifá O afi lhado e o padrinho devem ter Oduduw a e Iyansã ass entados .
Tem que has tear, em c asa, uma bandeira br anca e vermelha. C olocam -se
flo res de flambo aiyant atrás da porta. Quando es te Odu surge na co nsulta de
qualquer pess oa, indica que ela tem que faz er Ifá para salvar- se. Aqui nasceu
a hipoc risia e a m áscara de Oiyá. É um Odu de masc aramentos. A
curiosidade po de levar à perdição. Fala de curiosidade na mulher. Ass inala
problemas de menstr uação e tumores no s se ios. Por este signo, a pesso a,
partin do do nada, pode chegar a se r rei. Acusa problemas c ardíacos . EBÓ EM
OGUNDAXE T rês frang as, três pombos , três más cara s, um peixe fresco , um
obé de madeir a , um o bé de aço, um otá, pano, pó de ekú e pó de ejá. Página
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igual á pess oa para co lher a sua so mbra. A mulher busca o oráculo para sa
ber se o marido é infiel. Esta mesm a mulher conhe cerá tr ês maridos . Tem
que trabalhar espiritualmente. Este Odu assinala gravidez. Página 360 de 633
Dice Ifá
É o s igno do macaco . A pesso a deve ter cuid ado co m uma menina q ue lhe
trará problema s co m a justiça. O capitão vai a guerr a, mas o general não o
perde de vista. Ensina a se r vigilante. O o rgulho e o s c apricho s levam a
pesso a à perd ição. A p esso a deseja ser ou f azer o que não lhe é de dir eito.
Este Odu pr oíbe que se co ma mari sco s. Quando est e Odu surge numa
cons ulta, o Awo que o s acou tem qu e faz er rogação para a sua própri a
cabeça para li vrar-se das negativid ades do cliente. Quando s ai para um
menino o u p ara uma menin a, tem que faz er Ifá o mais ráp ido poss ível, pois
a criança é fi lha de Orunmi lá. Se ndo me nino terá que se r babal awo, s ua
cabeça é muito grande e nasce u para ser adiv inho. Se f or menina, nasc eu
para ser apetebí. Orunmilá a esco lheu quando ainda estav a no ventre de s ua
mãe. Independente do se xo; têm uma marca no cé u da boca. Os pais têm
que faz er ebó para que não venham a mo rrer. A mãe desta criança poderá
gerar A bíkú. A cri ança m que usar um idefá para que isto não aco nteça.
Assinala dí vidas co m um par ente mo rto, m issas o u prece s. Aqui se deu a
disputa ent re o c éu e a terr a. Quan do s e faz o ebó de s te caminh o, o ori do
bode deve s er enterr ado para que o doe nte so breviva. A pes so a deve falar
menos e agir suas coisas com mais calma para alcançar suas metas. Página
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lorubó. Osá Meji é um Odu feminino, fil ho de Eiyj é e Ogué . Seus fil hos são
revoltad os e um tanto t rági co s, go stam de imi scuir- se em ass untos dos
outros e vivem invent ando co isas ab surd as. São co mo o vento, cada di a
virados numa di reção e se não co locarem as co isas em o rdem, ficam
sempre no ar. Rege as relaçõ es e ntre a Te rra e o So l e a Terra e a L ua. Não
diferencia r icos de po bres, no bres de plebeus. Rege o sangue e todos os
homen s, po rque poss uem sangue, estão so b sua i nfluência de forma
idênti ca. É a representação do M und o do s Espíri tos . Repres enta o do mínio
da mul her sobre o homem e por isto todo s o s tra balhos de amar ração de
hom ens s ão f eitos através dele e sua fi guração indicial deve ser tr açada no
local onde se rão feitos os sacri fícios nece ssários. É o Odu da magi a negr a e
da brux aria, caminho predileto para co municação das Ajés 1 Os á Meji
proporciona fortuna, mas a pobreza persegue a pessoa. 1 - Espíritos de
hierarquia inferi or ao s O rixás e que s e utili zam do po der feiticeir o existente
Dice Ifá O CAM INHO DA S T RÊS DIFI CULDADES A pes so a do na deste Odu
passará em sua vida pelas s e guintes difi culdades: 1 - Viv er separado de
seus filhos . 2 - Ser preso ou co nden ado pela justiça. 3 - Para vence r, não
pode queixar- se o u maldi ze r a sua so rte. Este Odu gar ante que a pess oa tem
a proteção inco ndicional de Obatal á. A pess oa não po de se unir a ninguém
para faz er mal a uma ter ceira pesso a, pois, além de não cons eguir o que
pretende, sairá muit íssimo prejud icada. Tem que ter muit o cuidado co m
pancadas o u objeto s es tranho s que lhe caiam nas vistas par a que não fi que
cega. A mulher p o s sui uma par asita em seus ó rgãos s exuais que a
impos sibili ta de gerar filhos . Se es t iver grávida tem que f aze r ebó para não
perder o filho . Página 365 de 633
REZA DE OSÁL OGB E Osalo gbe laminagad a tori yampo be lampe X angô kawo
kabiesile lamina gad a adifafun Exú Ijelú Oba lon an, Oba Exú Ijelú, yeneye ni,
Yewá ni, Olokun eni Ifá. Exú Ije Piriti Piriti omóde Alará lampe Xangô
laminagand á. Este Odu é filho de Os á e O gbe. Aq ui as mulheres perder am a
supremacia dentr o do cul to ao s Orixás. É por este caminho que o s Orixás
baixam e toma m as cabe ças humanas . Aqui nasceu a hipoc risia. Mesmo que
a pess oa f ale com muita convicção, não diz a verd ade. A qui nasceu a
tentação e tudo aquilo que não é legal. Nasceram a vocação musical e os
livros de magia. A pessoa possui habilidades e destreza nos dedos das
mão s e vive desta q ualidad e. Pode ser prestidi gitadora, tecladista o u
punguista. Nasce u o poder que a e rva aber ikunló po ss ui de espantar I kú .
Neste Odu a pesso a tem um compromisso mu ito grande com Az awani e,
por isto, tem que ass entá-lo e cultuá-lo. Nasce a s eparação en tre o bem e o
mal. Aqui nasce a se paração e ntre padrinho e afilhado, m otivada pela f alta
adivinhar nada. Nos outros dias, sob a influência dos espíritos de luz e os
Orixás, adivinham com muita precisão e clareza. Aqui a pess oa anda com D
eus e co m o Dia bo ao mes mo tempo. A pesso a não pode ter negócios ou
qualquer t ipo de relaci onamento co m ho mos sexuai s mas culinos ou
feminino s. A felicidad e do filho deste Odu se rá enco ntrada ao lado de uma
mulher q ue tenha sido muito leviana ou até mes mo pro stitut a e que tenha se
regenerado. Neste caminho é que se aprende que som ente o Babalawo que
tenha Olofin pode ass entar q ualquer Orixá para os o utros. Aqui nasceu o
Elegbar a co m duas caras. Fa la de pesso as de duas c aras. Nos ebós deste s
igno nunca pode faltar t eia de aranha. Neste caminho é Oduduwa que dá a
memó ria ao Awo . A felicidade perseguida p or toda a vida só chega co m a
velhice. O Aw o deste Odu tem que ter Oduduw a ass entado, po is é se u
servidor e recebe se u poder na terr a e n o céu. Quando e ste Odu s urge par a
qualquer Awo numa co nsulta para si mesm o, ele te rá que do rmir, durante
sete dias, numa es teira ao s pés de Orunmilá. 7 6 6 - Espírito trevos o
co rrespo ndente ao Diabo judaico -cristão. 7 - O termo Olo fin emp regado
neste caso , co rrespo nde a uma espécie de o brigação na qual o Babal awo,
asce nden do hierarq uicamente, o btém permi ss ão para assentar qual quer
Orixá. Página 367 de 633
Dice Ifá Ass inala falt a de energia física e mental. Quando a pess oa e stá
trabalhando não co nseg ue co ncentr ar-se no que faz porqu e s eu cérebr o
está debili tado e se u co rpo fatigado. Quando se deita dorme pr ofundamente
e, ao acordar , sente-se aind a cansada e co m dores no co rpo. Tem que
cuidar muito de seus filhos para que não s e percam. Tem q ue ofe recer
presentes e fe stas a Ibej i. Tem que c olo car um espelho e m frente à sua
porta. Não po de ser só cio de ninguém. Não deve guardar dinheir o de
ninguém par a não passar po r um grande aborrecimento. Se fo r obrig ada a
guardar dinheiro de alguém, deve co loc ar um obí e sete mo edas em Elegbar a
para evit ar problemas. Tem que ma ndar celeb rar missas , ace nder velas e
faze r orações para o s f amiliares mortos. Seu Elegbar a não pode es tar
Dice Ifá A pesso a vê seus inimigos em so nhos. Tem que ter mui to cuidad o
Dice Ifá Para q ue a pes so a viva bem tem que viver mentindo para seus
amigos . EBÓ EM OSÁI WORI PARA DESP ACHAR EGUN OBS ESS OR Uma
galinha carij ó, duas velas, um o bí, pó de peixe e de ek ú, pano branco , pano
preto e pano vermelho. Folhas de aberik unló e de alfavaca. Pint a-se numa
cabaça, O turaniko, Oyeku M eji, Ogundafun, Orangun e, no me io , Os aiwori.
Pega-se a galinha cari jó, co rta-se a sua pe rna esquerda ( na altur a d o joelho )
e se co loca o membr o amput ado dentr o da cabaça. Limpa-se a pesso a co m
as folhas e a galinha e sacrifica-se para Elegbara. EBÓ PARA TIRAR IKU E
PROLONGAR A VI DA Pega- se um c arneiro, enro la-se ne le um pano branco e
manda- se a pe ss oa dar três c abeçadas no animal. Depois disto sacrifica-se
o carnei ro para Xangô, reti ra-se o co uro, esquar teja-se e o ferecem-se as
carnes ao Orixá com todo o ritual. Com o pano bran co que se envo lveu o
animal, manda- se f az e r uma camisa que deverá ser usada pelo c liente. EBÓ
PARA RESOL VER PRO BLEMAS DE T ODAS AS ORDENS Um galo, um avental
com dois bolso s , quatr o pedras de fogo , milho s eco , terra da casa da
pess oa, terr a de rua, uma fi ta branca, pó de ejá e pó de ekú. Veste-se o
avent al na pessoa, passa- se tudo em s eu c o rpo observand o-se a o rdem
descri ta aci ma e vai- se c olo cando as c oisas nos bolso s do avent al. Depois,
sacrifica-se o galo para Elegbar a de aco rdo co m o ritual, ti ra-se o avental,
embrulha- se o galo co m ele, amarra- se c om a fita e despacha-s e no local
determi nado pelo jogo . Página 373 de 633
Dice Ifá I II II I II I I I OS ADI REZ A DE OS ADI Osadi ixé ixeri bo xe ko loma tabati
ixé gbele ibgba lafi munu adifafun B abá bokun banti po re ki ak ukó, e iyelé
lebó. Osadi Ifá Osun, Yemanjá Orun gun safujé eiyenxé O sá Fuiyá aiyoiyaran
abos a afuiya aiyori sa fun mi insafuo . Este Odu é fil ho de O sá e O di. Nele
nasceu a guerr a entr e o s anzó is e o s peixes. Por e ste caminho se o ferece
seis galinhas pretas a Orunmi lá. Aqui falam dois Eguns cujo s no mes s ão :
Egulela ko e Yeko G uegué. A qui nasceu a fo rmação dos grupos so cietá rios
que pe rmi tem aos homens viverem co m mais segurança. Neste caminho a
pess oa trabalha em f avor de quem não merece . Assinala atr aso e
destrui ção por ação de Egun. Ofe rece-se uma cab ra à I yansã. Faz-se uma
trouxinha com div ersos tipos de cereai s e passa- se es te saqu i nho no co rpo
de todos os presentes. Depois dist o abre-se a cabra e co loca-se de ntr o dela
o s aquinho co m os cereais. Costura- se e des pacha-se a cabra numa p raça.
Aqui nasceram os cravos de linha férr ea, po r isto, s empre que se faz ebó
com cravos , reza-se este Odu. Ifá nos ensina qu e cada pesso a poss ui uma
habilidade nata que d eve ser dese nvolvida par a propo rcionar os meio s de
subsistência. Por este motivo não se deve reclamar da sorte, pois existem
reis ao s quais falta t udo e exist em ho m ens humildes aos quais s obra
felicidade. O import ante é que c ada um enco ntre a paz espirit ual que, junto
com a saúde, são as maiores ri quezas que o ser humano pode de sfruta r
uma viagem pr ogramad a terá q ue, antes de partir, faz er ebó c om dois ga lo s,
duas gal inhas, uma es co va, uma faca de uso , pó de ejá e de ekú. .. Se o
cliente fo r ho mem, deve ter cuidad o para não mo rrer por causa de uma
mulher que deseja estar ao seu lado. Osároso é caminho de infelicidade
co njugal. Aqui Olo fin co nfiou a Xangô o axé do co mércio. Página 37 7 de 633
REZA DE OS AOWÓNRIN Osá L oni Owónrin oni Egun, Osá ni Oye o mó B egbe
nijó Ifá omó Oni Xangô, Aw Owónrin Ogun Aw on i omó Alará.
Este Odu é fil ho de Os á e O wónrin. Assinala mo rtandade de Babalaw o.
Quando e ste Odu sa i co mo regente do ano indica que dur ante ele morrerão
muitos Babal awos. Pr eco niza bênçãos e proteção para os menores e mais
Dice Ifá Não se pode f azer tr atos c om macumbei ros. Tem que dar comida
à cabeça e of erecer águ a de acaçá a Obata lá, Xangô e Oxun. A pesso a tem
que ter cui dado c om o que come e bebe e ver b em onde o faz, po is seus
inimigos podem lhe dar co isas ruins para come r. Quand o es te Odu surge
para um enfermo é preciso agir rapidamente para que se s alve. A ss inala uma
dívida co m Omo lú que deve ser paga. Fo i aqui que o m ons tro ve io á
superfície d as águas . A so rte che ga por intermédi o de uma mulher que tem a
proteção de O lofin. Aqui fo i criado o Oce ano e os rios que o alimentam. E ste
Odu deter mina q ue seus filho s não po dem comunicar a ni nguém os nomes
de seus Orixás e dos seus Guias Pr otetores pa ra que não lhe roubem a
so rte. Não podem, também, co municar seus segred os para não se pr
ejudicar. SEGREDO DO ODU Quando o Awo termina de faz er ebó po r este
caminh o, ao recolher o i yefá do o pon, deix a ali um pouco do mesmo ,
inscreve so bre ele o signo de Osawó nrin, leva o tabuleir o até a po rta de casa
e ali, com o tabuleiro apoiado no s braços, dá-lhe uma pancad a e diz: ªOs á
Loni, Osa wónrin, Osá Metaº. Em seguida so pra o pó para fora. Pr epar a uma
pasta com az eite de o liva, azeite de dend ê, pó de peix e fresco , pó de efun,
pó de atar é, fo lhas de ewe t ete picad as e dois co cos ralados . Depois de bem
mistur ada, p ega- se a mas sa o btida e se es palha por t oda a casa e, à
meia-noite, varr e-se tudo para a rua e co ntinua- se varrendo até a próxima
esquina. E ste trabal ho é para l impar a casa de to das as c oisas ruins que
pos sam es tar dentro dela. A pesso a deve ter m ui to cuidado s empre que abri r
a porta de sua casa para que não seja invadid a por v entos ruins. Tem que
dar graças a Baba O ke . Tem que ass entar Osain. 9 Página 379 d e 633
Dice Ifá Fala de uma mulher de corpo batido, s em nádegas e sem bus to. A
mulher t em que c uid ar muito de Obatalá e de Elegbara. A pesso a tem uma
enteada que apr ese nta como se f oss e sua filha. Deve cuidar muito dela, pois
é quem lhe trará sorte na vida. O s eu filho não deve andar no meio de
multidõe s e nem f azer exer cícios so b o S ol. A pesso a d eseja possuir
dinheir o e Obatalá ir á lhe propo rcionar esta graça só para testá-la. Tem uma
proteção de Exú que, toda a vez que a pess oa sai de casa, vai à sua frent e
públicas . A pesso a é por veze s muito ruim e por outras; muit o bo a. Página
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Dice Ifá Te m que pagar uma d ívida co m Yemanjá, e faz er o s eguinte ebó:
Um galo, um po mbo, um pr eá, um pedaço de talo de uma plant a de Yemanjá.
Levase o ebó ao mar e an tes de levá -lo, co loca-se Xangô ao lado de
Yemanjá com duas velas acesas. Fala de Zumbis. A pessoa está meio
abobalhada, meio idiotizada. Aqui as abelhas e as ves pas criar am ferrõe s
para poderem se defender d os inimigos . A pessoa não f oi c riada por seu
verdad eiro pai. Aqui Iyansã e X angô c omem juntos para que a pes so a
obtenha paz e felicidade na vi da . Ogun pensava que era o se r mais po deroso
do mundo. Este Odu fala de efeminados . Fala de uma jovem que tem dois
namo rados e que s erá desvir ginada p or um deles. U ma mulher d ese ja
amarrar um home m que po ss ui dinhei ro o u poder . A intelig ência so b repuja a
Dice Ifá
não f oi, s erá exp ulso do lugar onde viv e, de s ua casa o u de seu trabalho. É
um signo que dá conhecimento, mas que empana o bri lho da pesso a
deixando -a sempre em segundo plano. Neste caminho Elegbara descompõe
as coisas. Pr oíbe o co n sumo de car ne de p orco. A pesso a come co m os
olhos e não co m a boca. N ão s e of erece adi mú aos Orix ás. A pesso a não
pode se r ava renta. As c omidas o ferecid as à Oiyá são despachad as no
cemitério. Aq ui Ogun, para não m atar Yemanjá, refugiou-se na f loresta. Se o
clie nte fo r homem: Existe um Egun d e uma mulher que fo i sua e que não lhe
dá so ss ego . Te m que dar co mida a este Egun par a apaziguá-l o. Os filhos
deste Odu têm que estar sem pre r everenciando Oiyá e alimentando o s
Eguns. O ebó des te signo leva uma f aquinha d e madeira. O iyefá do ebó deve
ser recolhid o e co locado dentr o de um saqui nho que s e amarr a ao cabo da
faqui nha, se envolve em co ntas de Xan gô e s e co loca, para sempr e, na
gamela de Xangô. O Awo deste Odu, além do fio de c ontas de Orunmil á
normal , deve ter outr o co m oito c ontas amarel as e oito co ntas verdes
alternadas po r nove c on tas de Oiyá. Este co lar deve Página 383 de 633
EBÓ (II) Um galo, duas galinhas pretas, um pedaço de carne de porco , dois
coc os seco s pint ados de azul, pó de ekú, p ó de ejá e epô pupá. Depois do
ebó apresenta m-se o s dois co co à cabeça da pesso a e se co loca dia nte de
Yemanjá por tr ês dias. D espac ha-se nas águas do mar. Página 384 de 633
Dice Ifá Se e stiver gr ávida t em que f aze r ebó para não perder a cr iança. Se
tiver filho pe queno e vite que fi que do ente mandando ass entar Orunmi lá para
ele. Só Orunmilá pode salvá-l o. Exú avisa que tem um problema de justiça o u
com um filho, po r este motiv o veio co nsult a r o o ráculo. Que não s eja
teimos a para li vrar-se de um problema muito grave que a t o rnará co mo
escrava de alguém muito avarento. Que tenha cuidado com uma pessoa que
a credit a ser bo ba e que a fará passar por um aperto. A p ess oa tem que
mudar de mo ra dia. Cuidado para não adquirir uma mo léstia durant e um a
viagem que irá faze r. Não deve d ar fiança a ninguém. A qui nasceu a
cerimônia de ir buscar Ogun na flores ta quando s e f az es te Orixá na cabeça
de um iyaw o. Aqui nasce ram os po deres espirit uais e o s se gre dos do ajapá
e do pe ixe fresco . Aqui escravizaram Ogun e o encarregar am de sus tent ar o
mundo. A p ess oa tem que t er cuidad o para não s er escravizada e ter seus
co nhe cimento s explorados po r um espe rtalhão. A mul her faz trabal ho s para
amarrar o ho me m. No momento em que o ajapá trepava em sua fê mea ela
sacudiu o co rpo, derruband oo d e barr iga par a cima. I mpos sibili tado de s e
erguer o ajapá mo rreu de fo me e de fraq ueza. A p es so a tem que t er cuidad o
para que se us filhos meno res não se jam violado s . EBÓ PARA VENCER OS
ARAJÉS Um g alo, um alfanje, um tambo rzinho, pó de ekú e de ejá, obí e mui
tas mo edas. Página 386 d e 633
REZA DE OSAKÁ Osáká iw ani o kutele kolé adifafun Arii nló e juá jolé e lanjó
ejuá akuk ó lebó , o un i ebó, adie, ewe yokulá unló, axó f unfun ikan lowá. E ste
Odu é fil ho de Os á e de Iká. Nele nas ceu a naturalid ade da mo rte. A pesso a
não po de se co mpadecer de quem esteja morrendo para não atr air a fúria de
Ikú co ntra si mes ma o u um ente querid o seu. Quando um filho des te Odu
morre, co loca-se em sua bo ca u ma mo eda de pr ata para que poss a ir ao
Orun. Aqui fala Inkun Arajé Saluga Kowa Ile , um inimigo que vive dentro de
sua própr ia casa e se faz passar por ami go. Aq ui n asceu a lona do circo que
apodrece u de tanto mudar de lugar . A pess oa , de tanto mudar de parceir o,
acaba adoe cendo . Não s e pode us ar roupas listradas de nenhum ti po. Neste
Odu falam os palhaços. A p esso a ri enquan to seu c oração c hora e os
outros ri em dela. Tem que to mar borí co m peixe par go e to mar banho co m
amasí de cinco diferen tes fo lhas de Ifá. Tem que tomar tr ês banhos, s endo
que o pri meiro é co m flores vermel has, o segundo co m flores amarel as e o
Dice Ifá O mal es tar está dentro de s ua cas a. Deve ves tir-se de branco. Vive
separado de se us pais já há al gum tempo. Env elhece u e fico u doente de
tanto mudar de lug ar e já está c ans ado de não ter paradeiro fixo. Teve
diverso s cô njuges e c om nenhum deles enco ntro u tranqüi lidade. Os seus
filhos só se lembram de sua existência quand o precisam de alg uma cois a,
principalmente de dinheir o. Alguém pagar á pelo prato que a pes so a quebrou .
Fizeram-lhe uma armadilha e por isto seus caminhos estão fechados.
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ebó antes de parti r para que tudo po ss a co rrer bem. Não pode pe gar nad a
que é d os outros para que não peguem o que lhe pert ence . 11 - Pedra d e
raio. Página 389 de 633
Dice Ifá Não deve guar dar emb rulhos sem s aber o s eu co nteúd o. Os
inimigos se reúnem para faz erlhe mal. Não deve dar ouvidos a intrigas para
não ter problemas. Um di nheiro es tá a ca minho, provavelmente através de
jogo . Saiba usá-lo co m inteligência para que po ssa des frutá-lo . Se for
co nvidad a para int egrar uma so ciedade se creta deve ter muit o cuid ado para
não s ofrer traiçõe s. Deve pr ocurar saber p rimeiro do que s e trata, quais são
os objeti vos da so ciedad e e de se us chefe s. Tem que ofe recer uma penca
de bananas para Xangô. A p es so a tem uma dotação nata par a a adiv inhação .
Para r ealizar os projetos te m que dar um bode para Elegbar a. Tem que
mandar r ez ar missa para seus ances trais mo rtos. Deve cumprir uma
EBÓ PARA A SORT E Um gal o, um pombo, uma pena de ekodi dé, 10 anzó is,
amalá il á, pó de ekú e de e já. O galo é para Ogun. Pági na 390 de 633
Dice Ifá I II II I I I I I OS AT URÁ OS AURE REZ A DE OSAT URA Os á Kare kujé kure
adifafun Mangui ni Idoro ko O dé. Eiyele lebó , e we eri m etá, enú laguení
lodafun Detixé Olokun, lodafun Moiye tinxomó Orotoponifé. Kaferefun
Obatalá t i alafia. Este Odu é fi lho de O sá e Otura. As suas fo lhas são Ewe
Iyenjo ko (co rralinho) e ewe iy e (Funtumia elastica). Neste caminho Elegbar a
exibia suas partes sexuais, sendo por isso considerado imoral. Aqui nasceu
a blenorragi a. Nes te Odu o padri nho não p ode f aze r ebó para se us afilhados
para não ser abandonado pela so rte. Aqui fala o e s cravo que s e liber ta
antes de mo rrer. Proíbe co mer bananas. Não s e pode ter pássaro s p reso s
em gaiolas. A pesso a tem que asse ntar Orunmilá e Ôs un. Neste Odu Obatalá
co merci ali zava manteiga de ori e com ela preparav a a com ida de seus
filhos . Isto lhe tr azia pr os peridade, mas , em c ontrapar tida, suas roupas
viviam sempre manc hadas de go rdura. Para o bter pros peridade a pes so a tem
que colo car 16 mechas de algodão e m bebidas em manteiga de ori e um
adimú par a Obatalá durant e três dias. Neste O du Obatalá pediu graças a Egun
e teve que o ferece r-lhe um carneir o co m as patas amarrad as. Po r este O du
falam Yemanjá M ajelewo, Ago do e Ajagunan. Manda co locar 16 prat os de c o
res diferentes na parede. Aqui falam as térmitas e o s c upins. Pági na 391 de
633
Dice Ifá Assinala enfermi dades c ardíacas e doenças nos os so s. Foi aqui
que Ikú come u carne huma na pela pr imeira vez . Este Odu fa la do desc anso
da Terr a. Para salvar a vida de uma pesso a por este caminho , o ferece -se
uma cabra à Oiyá. T RABALHO PARA MELHORAR A S ORT E Coloc a-se em
Elegbar a, uma co roa co m quatro pe nas de ekodidé. P ass a-se um galo na
pesso a e s acrifica-se para Xangô junto co m amalá il á, s eis bananas co m
casc a co rtadas em rodelas e um pedaço de carne bovina fresca. P ARA
AUMENT AR O T EMPO DE VID A Pega-se uma pe dra pequena dentro de um
cemitério. Nu m prato branco riscam-se nove círculos vermelhos, sendo que
o primeiro deve ser fe ito no meio e deve ser mai or que o s o utros . Dentro
deste cír culo co locam-se cabelo s da pesso a, pedaços de s ua roupa suados
e a pedr a. No chão descreve- se um cír culo c om efun dentr o do qual se
colo ca o prato, ao redor acende- se no ve velas e, ao pé de cada vel a um obí
regado de epô pupá. Do lado direit o arria-se um prato co m quatro pe daço s
de co co seco e um c opo co m água par a Oiyá. Pergunta-se quantos dias fica
arriado e o nde será despac hado. T RABALHO PARA T IRAR OS OGB O IKU
Faz-se ebó co m um cabri to, um galo, um pau do tama n ho da pesso a, roupas
de seu us o, cabelos da cabeça, dendê, moe das, mel, etc. .. Depoi s de fe ito o
ebó , o cabrit o é sacrificado ao Orixá que se e ncarregar de ajudar no pro b
lema. As car nes são coz idas, e, depo is de fri as, passadas no co rpo da
pesso a e des pachadas no local ind icad o pelo jogo . A cab eça do cabrito é
espetad a na po nta d o pau que depois de totalment e untado co m epô é
espe tado no c hão . O galo é sacrificado no pé do pau es petado na terr a. Foi
neste cam inho que Obatalá t roco u o o uro pela pr ata. Quem dá o que tem, a
pedir v em. A pess oa s ó vale o que tem e, s e nada tem, nada vale. Quanto
mais o lha, meno s vê. Página 3 92 de 633
Dice Ifá Co loc aram feiti ço no s lugares po r onde anda. D eve vestir- se de
branco. Corr e o ris co de matar alguém co m um punhal. Tem que ter cuidado
para não perder o emprego. Exi ste uma mulher que gos ta muit o da pes so a e
quer ajudá-la de alguma forma, mas não sa be co mo. Se fo r homem,
fize ram-lhe um trabal ho para que não pos sa do rmir co m nenhu ma mulher .
Assinala doenç as venéreas e hidroce le. A pess oa quer mudar de onde vive p
or acreditar que as co isas andam mal por caus a de sua cas a. Na verdade, o
seu pe ns amento é irrequi eto, não c onsegue fix ar-se e m nada nem aceita
cons elhos de ninguém, este é o seu mal. A ssinala um bem q ue deve ser
compart ilhado co m seus irmãos e c om s ua mãe. Se não fo r assim, a sorte a
abandonará. Nes te caminho s e dá dois galos branco s a Egun Babar é para
obter sua pro teção . Fala de uma mãe que se sacrifica po r um filho. Página
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cri ados o s co nsult órios médicos . A medicina pa ra o peit o é a noz mos cada.
Aquele que sabe me no s adivinha t udo. Assinala se paração matrimonial.
Assinala, para a mulher , gravi dez de um filho mac ho . Proíbe co mer em
recipient es m etálico s. O fio de co ntas de Orunmil á das pess oas deste Odu
leva uma noz mo scada. Te m que dar co mida a Orunmil á. Ass inala d oe nças
no s angue e na garganta. Proíbe co mer ga li nha e o vos de galinha. A pesso a
deste Odu não pode c omer nenhum tipo de banana q ue esteja verde. Aqui
falam o papagaio, a se rpente e o ratão. As ferramentas de Ob atalá t êm que
ser co nfec cionadas e m prata e co loc a-se um edú ar á em seu igbá. Página
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Dice Ifá A pesso a tem pr oblemas de glóbulos vermelh os . Já comeu o u
bebeu alguma coisa e nfeitiça da. Vive cercada pel os inimigos. Não deve
visitar doentes para que não troquem s ua c abeça. Assinala distanciamento
Ogbo ni iwá ire o mó . Osaxe orixé adifafun She le, lodafun Axé Fo rí ti o nilari
eiyelé lebó . Adifafun Yemanjá. E ste Odu é filho de O sá e Oxe. Assinala
grandes apuros . Proíbe se us filhos de irem a v elóri os e enterros. A pesso a é
rancorosa. Quer fazer tudo ao mesmo tempo. Não deve per mitir que as
mulheres ponham as mão s em suas co stas. Tem que ser mui to grat a à sua
mãe e à s ua avó. Tem que o ferece r carnei ro para I le, a Te rra. A sua s orte
está nas mão s de uma fi lha de Y emanjá. Não po de co nsumir bebid as
alcoó licas. Os segredos não podem se r co nfiados a ninguém. I fá avisa que
um mal, feito co ntra a pesso a, se transfo rmará numa g r aça. Este Odu fala
de amarr açõ es. Por ele fala a M ãe Te rra. Fala de um homem que não pos s
uía sombra. Este signo s alva o padr inho. É o caminho do filho abandonado e
esquecido que dep ois não reconhece o s pais. A pessoa abandona o s filhos
e depo is vive ar rep endid a e querendo s aber notícias deles. Tem que
pegar -se co m o s O rixás. Fa z-se ebó co m cavalo- marinho e muito
Dice Ifá Aq ui a preá que viv ia na casa de Orunmil á, co mia seus inhames e
aqueles que não podia co mer, es tragava par a que Orunmilá mo rress e de
fo me Aqui a mulher mata o próprio mar i do de tantos maltrat os e s e faz de
inocente. Xel ei se o cupav a do c ultivo de inh ames e, para estar bem com os
Orixás, o ferecial hes o s maiores e mais bo nitos . Por este mo tivo s ua vid a era
boa e f arta e não conhecia a tristeza. Um d ia, seus inimi gos, dominad os
pela inveja, come çaram a lançar- lhe maldi çõ es, e fo ram tantas as pragas r
ogadas que a vida d e Xelei co meço u a ficar difícil, e os inhames nasc iam
mirrados e rachados. Xelei, desesperad o, antes de co lher os inhames
encharcava a terra de águ a e com isto conseguia colhê-los inteiros, mas
devido à umidade fi cavam po dres po r d entr o. Consultando Ifá, s aiu-lhe na
cons ulta o Odu Osaxe avisand o que de tant as pr agas e maldi çõe s que o s
arajés lhe haviam r ogado, to da a propri edade de Xilei estava c o ntaminad a e
para que pudesse prosperar novamente seria necessário desfazer-se de
tudo e tentar a so rte no utro lugar. Desta f orma o lavrad or foi o brigado a
mudarse de lugar e de ativi dade para liv rar-se da inveja de s eus vizinhos . Este
Odu a ssinal a doenças inter nas no sangue, nos os so s o u nas ví sceras. A
pess oa parece s audáve l mas enc ontra-se c ontaminad a por um mal que a
levará à sepultur a. Aqui nasc eu o c os tume do s exo o ral praticado pelo
hom em na mulher . Nes te Odu o pato, po r deso bede cer a Orunmil á, toda vez
que acaba de faz er sexo , tem que arr astar o pênis s obre a t erra. Assinala
impotência se xual no ho mem. Ensina que no verão a e nergia v ital está na
superfície da terr a e que no inverno es tá em se u inter ior. Nasceu o grande
sacrifício da maternidade quando as mães, mesmo morrendo no parto,
abençoam seus filhos. Assin ala a inconformidade das mães diante do
casamento de se us filhos. A opos ição é gera da no fato dela s s aberem que
ninguém poderá amá- los c omo e las própri as além de sempre verem nel es
mais vir tudes e qualid ades que nas suas no ivas ou no ivos. Página 397 de 633
Dice Ifá Fala d a superação deste sentiment o que faz co m que as mães
acabem se adaptand o ao s gen ros e no ras par a não atrapal harem a
felici dade de se us filhos. Os fil hos deste Odu, vi vencian do se u o so gbo, são
pess oas falsas , traidoras e que não cumprem co m a palav ra. Página 39 8 de
633
Dice Ifá II I I I I II I I I OS AFUN REZA DE OS AFUN Os afu n o bere imiro eró Olo fin
yeye o roni eru Olofin t ete beru omó Olo yá e ji elê omó Olofin k ukuru o ji ilê
akukó metá elebó.
deixar as rou pas co m ele, po r iss o deve -se levá-lo à mata, à prai a o u à beira
de um ri o para que se p o ss a trocar de r oupa. Manda que se us e uma camis a
listrada, br anca e roxa. Faz-s e ebó c om c ereais, frutas e pedaço s de carne.
Em oso gbo ejó , co loca-se um pouco de ar eia no chão e marca- se es te Ifá.
Sobre a areia coloca-se um alguidar com um pequeno furo em baixo, dentro
do qual se c olo ca saraekó e quatro penas de ekodid é, para que esco rra o
saraekó s obre a ar eia. Quando o alguidar estiv er vazio, reco lhe-se a are ia
para fazer ebó . 12 12- Um mal pr oveniente de algum t ipo de co nfus ão ,
problemas c om a justiça, etc. Página 399 d e 633
Dice Ifá Por este caminho s e faz dois ebó s, do contrár io o arajé morr e. O
iyefá deste signo leva pó de mari pos a. Aqui Ogun v este ro xo. Olofi n ordeno u
que os jo vens fi ze ssem a e ste ir a, mas eles não obedeceram porq ue não
respeitavam os mais velhos . Olofin então pe rgu ntou-lhes quem have ria de
orientá-los, ao que eles responderam que esta era a obri gação dos mais
velhos . Aborreci do Olofin o rdenou que Ikú o s matasse. Neste caminho o s
jovens não querem respeitar o s mais velho s. Obatalá tinha um inimigo e f oi
co nsultar Or unmilá par a afastá-lo de se u caminho, e fo i-lhe receitado um ebó
co m um gal o, duas gal inha s e do is pombos . Feito o e bó o inimigo de
Obatalá ad oece u gravemente. Compade cido Obatalá voltou a casa de
Orunmilá e ali foi feito um outro ebó para que o doente se salvasse. A
pesso a é incrédul a e não c os tuma fazer nada do que Orunmi lá reco menda.
Te m que faz er ebó e c uidar de Orunmil á para que seus inimigos não a
derrotem. Página 400 de 633
serem desobedient es e não a ceita rem conselhos de nin guém, mui to meno s
de Orunmilá. Agem muito mais de f orma ins ti ntiva que racional; o que
invariavelmente lhes acarreta pr oblemas s érios. Te ndem para as atit udes
violentas e querem sempre faz er valer suas o piniões pela fo rça bru ta.
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Dice Ifá São jeitoso s para ela borar em as c oisas mas quase sempre
destr óem aquilo que eles mes mo s c ons tróem. Desejam sempre estar por
cima, dar as ordens, e que as suas vontade s prevaleçam sempre sobre a
dos demais. Possuem cará ter fort e e do mina dor e quand o não co nseguem
obter o que dese jam, cho ram de raiva ou tentam destrui r o que não po de ser
seu. Este Odu ass inala q ue a ajuda surgi rá de o nde meno s s e es pera atr avés
de um a pesso a surgid a repenti namente. A ss inala d efe itos nas pernas e
muito so frimento o casionado por cãibr as. Pr oíbe saltar so bre buracos ou
REZA DE IK ALOGB E Babá Adelé Babá Fo woo ni Emit é mabimú babá Adelé
babá Fayani. E mité mabimu B lé Babá Fo waó vi eni lelé mabinú Ir e bo gbo
bowebá f eé bo layé enité mabinú. Este Odu é fil ho de Iká e O gbe. Deter mina
que se deve ter cuidado co m manchada que r epr ese ntam os Arajés. A
pesso a tem que ter mui to cuidad o com as aparênci as po is a ma ldade está
oculta nas estampas do bem. É um Odu d e narci sismo e de ilusões, onde o
que parece bo m na reali dade é mau. O dono deste Ifá não deve ter afi lhados
para que estes não o destr uam. P or este c aminho deve- se ter cuida dos co m
a infidelidade conjugal . Oduduwa e Azawani imperam neste Odu. Aqui a ajapá
quis vo ar e per deu o cas co . O se gredo deste Odu é faz er um xire para
Yemanjá. A pesso a tem que por idefá em s eus fil hos . O Awo vive envo lvido
em fo fo cas e his tórias desabo nadoras. Fala d e um Egun fa mil iar que está
magoado co m a pess oa e dese ja destr uí-la. Para prevenir o cânc er, se t oma
chá de fo lhas verdes de tab aco , chimarr ão e f olhas de okutar a itobi (Persea
grat issima). 1 pess oas albinas, mulatas o u de pele 1 - Ro da de dança
ritualística em ho menagem ao Orixá. Página 404 de 633
sem luz . Seu filho é um e spírito do mal encarn ado e representado po r uma
galinha d angola. E nsina que quem co manda seus órgãos gen itais é a mente
e que co m umas mulher es s e pode e co m outras não. Assina la problemas
de embo lias. A pesso a sente a bo ca amarga. Para controlar a famíl ia deve- se
faz er um trabalho co m um etú , o que irá desalo jar um Egun que se instalou
dentro de cas a . Dev e ter cuid ado co m esc orregões e hérnias. Tem que faze r
ebó para sua casa Um macum bei ro lhe fez muito mal. A pesso a deste Odu
tem medo da no ite e tapa a cabeç a na h ora de dormir . Fez uma co isa para
Elegbar a e não acredit ou no resultad o. Tem que d espachar a porta de casa
co m água f resca para evit ar quedas. 2 2 - Gali nha d ango la. Pág ina 405 de 633
Dice Ifá II II II I II II II II IKÁYEKU IKABIKU REZA DE IKAYEKÚ Iká Biku iyelerete
Koleyuré yerú war a akunara ayé adifafun Oyeku, adifafun Iká Ik aborugbo
eyedá Ogbado kukute kuk ú adifafun O yeku umbati lomba o lobo te kaxé,
owunk o lebó , ekurú, etá lebó. Este Odu é filho de Iká e Oyeku Fala de mo rte e
de suicídi o, uns nasc em e o utros mo rre m. Dá-se co mida a Ikú e ao s Eguns
ances trais familiar es. A pess oa, para salvar- se, t em que ass entar Ori xaoko.
Tem que o ferec er um etú funfun a Obatalá par a ter saúde. Nes te O du a
salvação é dar co mida a Inle Oguere. Se a pess oa tem Ori xaoko , tem que
co loc á-l o para co mer ao lado de Inl e Oguere. Quando sai para um Obá, sua
cabeça tem que co me r apar o ou etú funfun par a que não morra . Colo ca-se
em Xangô o u em Orunmil á, uma cabeça hu mana entalhada em cedro.
Quando se põ e a cabeç a em Orunmilá, sacrifi cam-se duas galinh as pretas
so bre ela, quer seja para um Aw o, quer seja para um Obá. O ejé deve c orrer
primeiro na cabeç a da pesso a e depo is na de madeira. Este Odu ass inala q ue
tanto o ho mem quanto a mulher têm difi culdades para enco ntrar seu par . A
sua fe licidade está no matrimônio e s ó através dele poderão e nco ntrá-la.
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Dice Ifá EBÓ P ARA DINHEIRO Um galo , uma f aca no va co m bainha, ewe nijé
( Partenium histeropho rus), ewe uró (sálvia) , um c abrito e duas galinhas para
EBÓ PARA RES OLVER QUAL QUER S IT UAÇÃO POR EST E CAMINHO Um bo de,
um galo, uma galinha d a ngola br anca, uma c abeça de madeira, div erso s
tipos de cereais, mui tas moedas, pan o branco, pó de ekú, pó de ejá, obí,
oro gbo, ataré, fava de ari dan, efun, o sun e uáji. Este e deve ser feito numa
casa que tenha quint al de terra e na sua co nfec ção é exigid a a pr ese nça do
maior númer o poss ível de Aw o. Terminad o o ebó, cava-se um bur aco na
terra e al i são sacri ficados os anim ais e depos itados todos os ingredientes
do ebó , co m exceção da cabeça de madei ra que dever á ser posta no igbá de
Xangô ou de Orunmilá. Quando fica deter minado que deva fi car co m
Orunmil á, deve-se o bservar o procedimento anteri ormente descrit o. Se tiv er
que ficar com Xangô, tem que comer dois etú junt o com ele. A pesso a não
pode c omer na casa do s o utros para não cair numa armad ilha. Tem que dar
graças à Yemanjá. Não po de pisar em co bras vi vas o u mo rtas. Um escândalo
lhe tr ará inúmeros borrecimentos . Tem que prestar muita at enção ao nde
pisa par a não pisar em macumbas. A folha deste Odu é o ewe aiyo
(Guacalote). Agar re-se a Orunmilá, para salvar- se. Vale mais o jeito que a
fo rça. A pesso a tem muit os inimig os o nde trabalha porque gr aças à s ua
inteligência realiza co isas que o utros não podem f aze r. Página 407 de 633
Dice Ifá Nes te Odu deve- se o ferec er frut as ao s Ibeji s. Tem que co nsagrar o
Ôsun deste signo . A segura nça deste Odu come co m Egun e sua carg a é:
Raiz de abóbora, pó de se mentes de abóbora, iy efá rezado do Odu, cabeça
de gali nha, cabeç a de pombo , iguí orudan (Pitheco lobi um arborem) e r aiz de
iroko . Rezam-se o s dez es seis Meji al ém de Ik ayeku, e Oye kubi ká. Come junto
co m o Egun do Aw o, tudo o que ele co mer. Página 408 de 633
Odu é filho de Ik á e Iwori. Aqui fala a codo rna e o ca samento sem rec ursos . É
Odu de Abí kú. Foi este Odu que dotou o s mo rcegos do sistema de
orient ação que po ssuem e que per mite que voem no e scuro se m esbarr ar
em qualquer obstáculo. A fo lha deste sign o é a ewe ki kan (Spendias
membis). Assinala que a pesso a tem uma coisa que vai e v em de forma
incons tante. É caminho de Exú Mabinú, Elegbar a que se ass enta numa bucha
v egetal desprovida das seme ntes. Para assentar este Exú, pica-se a bucha
bem picada , mistur a-se bejerekun r alado, o bí ralado, pó de os un, ef un, uáji,
oro gbo ralado, ewe kik an, e we iroko , ewe ina ( Fleuria cuneata), ewe pica-p ica
(cansanção) (t odas as fo lhas bem picadi nhas) , sal de co zinha, e s al gros so .
Amassa-se tudo junto c om a t abat inga, modela-se a cabeç a de Exú e
co loc a-se, no s eu inter ior, um pedaço de minéri o d e fe rro e ao s eu redor , 27
búzio s. Aqui fala Aji naku Funfun e po rque Olo fin tem a ver com a cabe ça
deste animal. A pesso a tem que tomar borí com um pargo grande, na b oc a
do qual se co loc a um orogbo e dois o bí. 3 3 - Elefante Branco (fo n). Página
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Awo. Coloca-se o s dois morcegos num saqui nho c om bejerek un, obí,
oro gbo, ewe o rijé ( Vitex doriana) , iguí kisiambolo (Amiris balsamifera),
co migo-ninguém- pode e 2 1 fo rmigas grandes. E ste patuá co me galo e ajapá
com Osain e Elegb ara, uma vez por a no. Sempre que come, faz-se a
seguinte rogação : Ika Fefe, Ika mi owo , Ika mi xé ile, i ba mi t exe adifafun
Oluwo, owo tinxé omó Olofin. TRABALHO PARA SALVAR UMA CRIANÇA
ABÍKÚ Sacrifi ca-se uma c odo rna à Oxun, torra- se e faz -s e pó . Pega-se fo lhas
verdes de iroko , aberikunl ó e e wefin (Alfavaca graúda) e reti ra-s e o sumo .
Rala-se um o bí, um p ouco de chifre de carneir o e junta-se tud o, acresc en
tando ainda, pó de atar é. Durante se te dias, c om e ste preparad o, faz em-se
sete linha s ve rticais no co rpo da criança. Pág ina 410 de 633
Dice Ifá I II II I II II I II IKADI REZ A DE IKADI Ikadi O lofin Olowá Olo run s imif un
ejó ma kpé intori t iwo tixé eji afi wobú n i, bo gbo e ran ati ni, bogbo eran egbé
mo ré niwo unjé lejó aijaré bo gbo. Este O du é filho de Iká e de Odi. Aq ui Olofin
lançou m aldição so bre a Serpente da Sabedo ri a. Neste Odu Orunmil á
encontrou o caminho da felicidade. Assinala que a pessoa enc ontrará a
felicidade e desf rutará dela por toda a vida, mas para q ue isto a co nteça, te m
que dar co mida a Xangô e agradecer-l he por tudo. Tem que faz er ebó co m
um gal o, um a peru a e muitas moedas. Tudo é para Xang ô. Aqu i os os so s
repous aram nas co vas. Nest e signo a cabeça da pesso a co me etú. Tem
que s acrificar um c arneiro para um es pírito d e uma mulher . Tem que s e dar
co mida à so mbra da pess oa, mas antes disto, deve-se d ar -lhe um banho
co m om ieró de fo lhas de I fá. O Aw o des te Odu t em que ter 1 6 crâni os de
galinha em cada uma de suas mão s de Ifá. Assinala a morte de um chefe o u
de uma aut o ridade de cargo muito e levado. Assinala clima de guerr a. O fo go
co me po r baixo. A pess oa tem que t er muito c uidado para não s of rer
acidentes no trânsito. Tem que d ar co mida à port a de casa para que a so rte
pos sa en trar. A mulher gráv ida tem que f a z er ebó co m três abelhas, rasgar e
despachar a roupa que e stiver v estindo e amarrar um xaw oro na cintura at é o
dia em que der à luz . 4 - Guizo de metal. 4 Pági na 411 de 633
Dice Ifá Coloc a-se uma cabaça n a porta e amarra- se um galo num lugar
qualquer. Quando o gal o cantar, sacrifica-se para Elegbara. O significado
deste O du é: Cintur ão que aperta . Aqui fala o pau-marfim e a s arça. Este
signo é a brasa do f ogo de todos os demai s Odu. Aq ui as árv ores perdem a
resina. Tem que faz er Orixá co m urgência. Fala de uma do ença que pro voc a
picadas pelo co rpo e que leva à morte. Confirma a reencarnação da pess o a
que, em sua vida anter ior, era de Odiká. Tem que o ferec er duas galinhas a
Egun n um campo aberto. O borí é feito co m dois peixes fresco s. A pessoa
tem que of erecer d ois galo s para Xangô e duas galinhas para Oxun.
T RABALHO PARA VENCE R OS ARAJÉS. A cende-se um fo gareiro de brasas de
carvão e co loc ase na po rta de casa. Ab ana-se bem até que as br asas
fiquem bem vivas e e ntão, vai-se jogando água por cima até que fiq uem
co mpletamente frias. Enquant o vai saindo f umaça reza-se es te Odu. EBO
PARA ADQUIRIR PODER T rês galos , três abelhas, um pedaço de fo rro de uma
cadeir a ve lha, pan o branco, pano vermel ho, efun, o sun, o bí, pó de ejá, pó de
ekú, epô , etc. Oferece -se um inhame ao chão da casa. Pági na 412 de 633
livrar-se de uma doença, deve-se faz er ebó co m um galo e uma garr afa de
aguard ente que são oferecido s uma es trada qual quer. Depo is de faz er es te
ebó a pes so a deve permanecer sem sair à r ua durante sete dias. Neste Odu
se f az e bó co m uma cabra e um cabr ito. A cabra é of erecida à Oxun e dentro
de sua boca co locase cem mo edas. O bode é sacri ficado para El egbar a.
Despacha-se no local determinad o pelo jogo . Para que o Awo deste Odu não
fique na misér ia, tem q ue faz er ebó co m seis mo edas de pr ata, pois se o
seu dinheiro acabar , virá a doenç a e a morte. Quando e st e Odu tr az o so gbo
arun ou Ikú , faz -se ebó co m um galo e uma garr afa de aguardente. 5 - Um
prenúncio de doe nça (arun) ou de mo rte (Ikú). 5 Assinala que e xiste um Orixá
que é herança de família e que nunca fo i cuidad o po r ninguém. A pess oa tem
que cuidar del e para que suas co isas s igam em frente. Página 4 13 de 633
capturad os pelas crianças da aldeia e em seu po der exi stia, além das vacas,
um cesto cheio de bananas. É u m Od u de roubos, amarraçõ es, c orrup ção,
contrab ando e enganos . Os jovens desco brem co isas qu e não lhes dizem
respei to. A p esso a não po de come r, no mesmo dia, carne de vaca, lei t e e
bananas. Aqui nasceu o costume de prender-se o gado nos estábulos. A
pess oa t em que es tar sem pre atenta par a não s er presa. Neste Odu o s
homens se fizeram sede ntários . Assinala qu e o s irmãos mais velhos têm
inveja do mais no vo. As crianças s ão subme tidas a maltrat os . EBÓ PARA
ABRIR CAMINHO T rês pom bos , dois e kodidés, uma bengala, etc.. . Pass a-se
tudo n a pess oa e s acrifica-se os pombos so bre a bengal a, depois deixa- se
esco rrer sobr e ela um pouco de epô e co la-se as penas da ave. Os e kodidé
são co locado s para Oxun e a bengala é entr egue a pess oa para que a guar de
o u a use . Página 414 de 633
REZA DE IKAWONRIN Ikawónrin, Iká Wáwá adifafun Iká Odi ofuneke ounkó,
akukó, eiyelé lebó. Ik á dafun O runmilá, lo dafun Iyalode ati omó . Arun marore
obí meji kaferefun Olo kun ati E xú. Este O du é filho de Iká e Owónrin. Fal a de
uma guerra que precisa acabar para que rein e a paz e a c ordialidade. Os
filhos de Yemanjá e o s Filhos de O xun mant inham entr e si, se m o
co nhecimento de suas mãe s, uma guerra p ela disput a de que era superior a
quem. P ara evi tar guerras a pess oa não deve se preocupar se o que pos sui é
melhor ou pior que aqu ilo que os outros po ssuem. Este Odu pr oíbe seus
filhos de co merem m ilh o. Reco menda- lhes viv er bem co m todo o mund o,
pois a gue rra só lhes traz prejuí zo s. Não po dem discutir co m ninguém. A qui
nasceram as unhas das mãos e dos pés. É um sig no d e enganos que indi ca
falsos carinhos que ocultam mal dades e ó dios . Aqui na sceu o d itado: O
ódio é uma espécie de carinho. Assinala falta de consideração. Os filhos
deste Od u têm a cabeça muito grand e e po derosa. Colo ca-se um
desnucador em Ogun e marfi m em Oxó ssi. A s cabeças das pesso as deste
Odu não po dem receber sangue de ne nhum animal. Es ta é a sua mais grave
interdição e s eu maio r tabu. 6 - Instrumento utilizado no abate da rez.
Funciona ao ser intr oduzido na nuca d o animal. 6 Fala de tr ês qualidades de
Orixá-Funfun: T alabí, S alakó e Talade. Página 415 de 633
Dice Ifá A p esso a, mesmo sendo grand e e po deros a, não po de abusar dos
mais fracos, po is pod erá encontrar a morte na mão de um deles. Não po de
prejud icar a ninguém int encio nalmente . Tem que ter cuidado co m um go lpe
na nuca que poderá ocasionar a sua mo rte. EB Ó Um galo, um po mbo, pano
vermelho e pano branco. EBÓ Um gal o branco, dois pombo s brancos, uma
roupa usada e suada, uma roupa no va e limpa, pelos de uma cabra, otí, epô,
mel, etc.. Página 416 de 633
Ikabara, Oni Bara los ode Orunmilá, adifafu Orunmilá ati Obatal á. Este Odu é
filho de Iká e O bara. Assinala disputa de pos ição entre ir mão s. Assinala troca
de fe itiço s e ntre eles . Fala de um fil ho de Orixá e um macumbeiro que queria
tirar o que e ra dele. Um trabalho para prej udicar a pesso a fo i feito num
bone co de cera . A pess oa é protegida por Obatal á e Yemanjá. Tem que
of erecer fi lhotes de po mbo para Obatal á. O ejé é of erecido às quatro
esquina s próxi mas de casa e as carnes s ão c oz idas e co b ertas co m massa
de ekurú e arri adas para Obatalá. Espalha- se ekurú nos cantos da casa.
Ofe rece-se ekurú à cabeça. Salpica-se água com perfume dentro de cas a
para expulsar um Egun obse ss or. A pess oa sente uma profunda no stalgia
oc asio nada por um Egun que se aproxima dela. Para livrar-se deste problema
deve lavar o ro sto c om água o nde m acerou pétalas de tr ês ros as brancas. A
segura nça deste Odu é feita com cabeça de peix e fr esc o e fo lhas de
flamboayant.
Dice Ifá T RABALHO PARA DEST RUIR OS ARAJÉS Dentro de uma panela de
barro co locam- se o s no mes do s araj és e scrit os a lápi s numa fo lha d e papel
de embrul ho que já tenha sido usada. So bre o papel colo ca-se pó de madeira
de kisiambolo , páu-de-res pos ta, co migo-ning uém-p ode, cinz a de carv ão , um
pedaço de carvão meio queimado, borra d e café , sal grosso e três ti pos de
pimenta. Enche-se co m banha de porco derreti da e colo ca-se uma mecha qu
e se ac ende. Quando a mecha apagar , co loc a-se a panela num buraco na
terra e s ac rifica-se uma galinha em cima. Deix a-se no loc al onde f oi
enter rado. Os inimi gos da pesso a desejam faz er com que fique sem paz,
sem po sição e sem bem es t ar. A pesso a tem um ini migo que possui co isas
de macumba q ue lhe co nferem um cer to poder e, por es te motiv o, lhe tem
medo . EBÓ EM IKABARA Um gal o, três frangas, dois po mbos , uma pedra
pequena, areia da prai a , água do mar, pano preto, vários tipos de madeiras
sagradas (saber no jogo quais s ão) , melão de São Caetano, cascaveleir a,
oxibat á, ewe of á, o ripepe, o tí, três velas, pó de ekú, ejá, epô, milho sec o,
carne de cabra e moedas. Passa- se o s po mbos na pesso a dia nte de Olokun ,
os corpos são enterrados e os crânios, depois de secos , são colocados
so bre o igbá de Olo kun. Página 418 d e 633
Dice Ifá Tem que faz er sacudi mento co m dois po mbos brancos . Faz-se um
EBÓ Um gal o preto, um e rukeré pret o, flo res, um o fá, terra d e cas a, pó de
ekú, pó de ejá, efu , o sun e uáji. Passa-se o galo na pesso a, passa-se o
eruker é e as flo res. Sacrifi case o galo e co loc a-se tudo em Elegbara. 9 8 -
Gato preto. 9 - Rabo de cavalo. Página 422 de 633
Dice Ifá
REZA DE IKÁSÁ Ikásá adifafun Orunmilá, adifá joko matekun awe tinxiyawo
odiê ti nxiyá agui kó o ile o nxe re Fá meo fó , o tá, epô, ewe. Osá lebó s iebó
odire. Osá lebó s iebó akukó o xelé omó eiy tá owo. Este Odu é fi lho de Ik á e
Osá. Neste caminho Oiyá aco rrentou o s habit antes de Takpá e o s a
presentou em praça pública sob a acusação de haverem lhe negado sapotís.
Ofe rta-se sapo tís p ara Oiyá. C ântico des te Odu: Obá te kun laiye Egun
Ibalawo Ik ásá o mó boronifé. Neste Odu a pess oa só pode s er filha de
Obatalá, Oiy á o u Ogun. Aqui nasceu a co nfusão qu e pr ovo ca a troca do
Orixá da pess oa. Tem que ter muito cuidado para não f aze r o San to e rrado.
Aqui o B abalaw o não po de dar sua palavr a ao cliente sem antes saber qua l é
a decisão dos Orixás. Se o client e não se co mport ar de aco rdo c om o que
fo r determin ad o pelos Orix ás, o Babal awo não po de faze r nada em se u
favo r. Tem que seguir a orie ntação de Ifá. A pess oa po de ser atingi da por
uma pedr ada ou po r outr o objeto arr emess ado co ntra ela e isto provocará a
sua morte. Neste Odu confe cciona-se um okpele co m se mentes de mang as
que tenham sido c om idas por uma cabra de Orunmi lá. A pesso a f o i gerad a
num mome nto muito ruim. Sua gravi dez não era desejada e sua mãe quis
abortála e isto represe nta, para ela, uma maldição. Página 424 de 633
Dice Ifá Po de estar sendo perse guida por um espíri to o bses so r. A pess oa é
ingrata e nunca agr adece o bem que lhe faz em. Assinala i nfec çõ es
sangüíneas, problemas do co ração e lepra. A mu lher, para ser feliz, deve
viver co m um Babalaw o. Tem que usar o fio de co ntas d o s eu Orixá d e
REZA DE IKA TRUPON Ikatrupon kukuté kukú adifafun Orunmilá, adifafun Olá
Niká, eiyelé lebó. E iguin axó inkí inlá umbejá marora enibi inká botilá
kaferefun Xangô ati Yemanjá. Este Odu é filho de O sá e Oturukpon. Para que
tudo siga em frente de f orma po sitiva, t em que dar comida à Orunmil á e
pedir-lhe que abra os c aminhos . A pess oa pratico u u ma má ação e deve ter
cuidado para não s e meter em encrencas . Deve ter cuidado co m um en gano
que produziu o u dese ja produzir. Tem que agradar seu Orixá para que não lhe
vir e as c os tas. Pode acertar na l oteria, mas para que isto aco nteça tem que
faze r ebó c o m um galo. Neste cami nho s oltar am os cães c ontra Or unmilá
que para d efe nder-se teve que s ubir num pé de louro . Neste Odu nasce um
Orixá Funfun chamado B abá Arixogun. Ens ina que os ho mens não devem
co mer as carnes de animais mortos naturalmente. Assina la fogo uterino e
problema na barr iga. Para acalmar o f ogo uterino, prepara- se u m pó co m
fo lhas de lo uro que deve s er polvilhad o na vagina. Arriam-se três carás para
Exú no s pés de um lo ureiro. O pó deste Odu tant o s erve par a o bem quanto
para o mal. É f eito co m raspa de tr onc o e de raiz de loureiro e ataré em pó .
Dice Ifá T RABALHO PARA CURAR FOGO UT ERINO Uma ti gela co m areia da
praia, uma co m o sun e o utra co m uáji. Pelos pubianos da mulher , um
inha me se co , dois galos , uma co rrente, div ersos tipos de cereais, muit as
moedas e um peixe par go. Pint a-se todo o corp o da mul her com os un e uáji
e depois des peja-se e m cima a ar eia do mar . Depo is, pe ga-se os pelos
pubianos e co loca-se um pouco em cada ti gela com pedaços do inhame
seco , co loca-se um pouco de cada cereal d entro das ti gelas, sacrifi ca-se os
galo s deixando o e jé co rrer dentr o delas, embrulha- se tudo nas roupas que a
mulher est ava vestindo na hora do ebó e enrola-se a co rrente em volta do
embrulho. A mulher d epo is de tomar um banho de fo lhas de louro, é
recolhi da par a um borí onde o peixe é o ferecido à sua cabeça. O ebó é
despachado na praia . No mo mento e m que o co rpo da mulher é pintad o e
recebe a areia, canta- se: Iaya olo o nan oruba, Ina unló adê o bó mapo n. Quan
Dice Ifá I II II I I II I II IKÁT URÁ IKAFOG UERO REZ A DE IKAT URÁ Ikáturá, Iká
Fogue ro, kombú, ko mbó, adifafun o ni biní eiyelé l ebó . Kaferef un lá, ati Olo run.
Este Odu é fi lho de Ik á e de Otura. Assim co mo s eu irmão o Odu Oturak á,
ass inala d es obe d iência que pode cus tar a vida. Fala do nadador que
envelhece u e já não tinha forças para nad ar porque lhe faltava o ar . Da
mesma fo rma, o ho mem velh o que se cas a com mu lher jovem não poderá
ter um bom desempenho co m a mesma. Assinal a impotênci a para o ho mem
jovem. Tem que faze r ebó co nstant emente e o ferecer sacri fícios à T erra
para não fi ca r impotente. O sacrifício é f eito dentro de um buraco c om
Ireteo gundá, Eji ogbe, Ik áturá e o Odu da pess oa. Assinala que a pess oa, na
velhice, ficar á inutil izada da c intura para baixo e mo rrerá do co ração.
Assinala insegurança e falta de tranq üilidade pelo futuro do s filhos . A coruja
e o gato come m ratazanas. Qua ndo surge este Odu a pessoa q ue se
co nsulta tem que usar , o mais rápi do po ss ível, um id é de Obatalá e um de
Iyansã. Se sair para um Aw o e e ste tiver Odun, tem que dar- lhe de co mer
imediat amente. Aqui fala a mandíbula. Indica caminho e pro teção de
Oduduwa. Página 428 de 633
REZA DE IKAXE Ikaxe ninxé , Iká miro kiri, Iká mu kirí , a difaf un O runmilá.
Kiopeyé , o unkó, agu an lebó . Este Odu é fi lho de Iká e de Oxe. Aqui nasce u a
palavra abenço ada de Ifá que co nfirma tu do o que diz. Por es te mo tivo Ikaxe
é também chamado de Ik afá. Neste caminho surgiu a co ntrovérsia sobre a
preferência de Olofin entre o az eite de dendê e o ó leo de algodão , fi cando
estabel ecido que o óleo de alg odão é o preferid o de Olofi n. Por este motiv o,
sem pre que surge este Odu a pess oa tem que se ve stir de branco durante
sete dias se guidos. Quando este Odu aparece numa consulta, cobre-se Exú
co m fo lhas que depois s e despacha para a r ua. Em seguida tem que se
of erecer comida pa ra ele. Aqui nas ceram os dedos das mão s e dos pés e
os dedos indi cadores se destacar am entr e o s dema is. Por este motiv o este
Odu é tamb ém co nhecid o como Ikásel á. Oferecem- se s ete ovo s de g alinh a
para Egun e sete para o O rixá da pess oa. Fo rram-se todo s o s Orixás com um
tap ete de fo lhas de dormid eira. Pega-se sete pano s de co res diferentes e
todos os d ias passa-se no co rpo antes de f alar co m qual quer pesso a.
Depois de s ete dias de spacha-se cada um num lugar di ferente co mo igreja,
praça, prai a, rio, e strada, mon tanha, mata, árvore, etc... Colo ca-se leite cru
com ori e efun dent ro de um vaso, leva- se embaix o do So l e se pede o que se
deseja. Depois pega- se o co nteúd o do vas o e, c om ambas as mãos ,
esfrega- se no rosto c omo se o estiv ess e lavan do. Aq ui nasc eram o ekur ú e
o olele. A s pess oas deste Odu dev em usar coral ju nto do c orpo. Assi nal a
morte por problemas cardíacos. A pessoa tem tantos problemas e
preo cupações que a doece do co ração e morre asfix iado. Págin a 432 de 633
quatro po mbos, pó de ekú, pó de ejá, ori- dacosta e efun. Colocaram feit iços
nos fundo s de sua cas a. Não ac redita no que lhe di ze m. Para a mulher : O
homem que tem não lhe convém. A p esso a fo i trabalhada com um fe itiço
que terá sido e nterrado e m sua própri a cas a o u em outro lugar q ualquer. Para
livrar-se d o mal tem que tomar um banho de amasí co m anil, lí rio, mamo na
branca, ekó, milho mo ído e mel. Depois des te banho tem que tomar tr ês
banhos c om fo lhas de álamo dur ante tr ês di as alt erna dos. Tem que co locar
para Xangô quatro ekós , em cada ekó co locar um grão de mi l ho e regar bem
co m dendê e mel de abelhas. Depois de quatro dias despachar numa m ata.
Se a mãe da pesso a fo r viva, tem- se que o ferecer d ois po mbos brancos à
sua c abeça . Página 434 d e 633
Dice Ifá Neste c aminh o agrada-se a Ogun co m três o bís, s endo que um é
untado co m mel, o outro c o m ori- da-co sta e o terceiro co m azeite de dendê.
didé didé Odideman. I na, o jó O dideman idé didé Odideman. Oxá Purú, ojó
Odideman, didé did é O dideman. Ofu n Leri Odideman. Tem que o ferec er um
pombo e um igbín o u uma galinha a Obatalá. Pági na 435 de 633
Dice Ifá Nes te Odu Osain faz ia feitiços c om pedras que eram enterr adas no
cemitério e quando a pes so a of erecia um sacrifício a Egun, Oiyá tir ava-lhe a
vida. Kaferefun Obatalá. Página 436 de 633
o pelo "l". Alguns o chamam ainda de "Bo konõ Lelo", "Awonõ Lelo", "L elo jime",
ou sim plesmente "Lelo". Em yoruba os termos "Lelo", "Lero", "Ilero", (de
"Ile-Oro"), s ignificam "T erra Fir me". Suas co res s ão todas aquelas derivad as
do vermel ho, ac eit ando tamb ém o negro e tudo o que fo r esta mpad o c om
estas duas co res. Repr esenta a grav idez, as inchaçõe s e de fo rma geral ,
tudo o que é arr edondado rosto s redondos, sei o s grand es, protuberâ ncias
anormai s co mo hérnias, elefantí ase, f urúnculos, tumores e inc hações
diversas. É um Odu ligado às Ajés e s egundo dizem, fo i o c riador da diar réia.
É muito e mido pelas mulheres grávi das, pelo s eu pode r de provo car abortos
e partos prematu r os. Aqui, so b as o rdens de Ofun Meji, foi criada a Terr a e
por este mo tivo é um s igno ligad o à abundância e à ri queza . Fo i este signo
que cr iou as mo ntanhas e é também um d os Odu dos gêmeo s Ho ho 2 1 1 -
Espíritos fe iticeiros do se xo fe minino. 2 - Vodun de o rigem fo n que
co rrespo nd e ao O rixá Ibeji dos nagô s. Página 4 37 de 633
Dice Ifá S empre que este O du surgir numa co nsulta, o adivinho deve to car o
so lo co m as po ntas dos dedos e depois roç ar, de leve, seu pr óprio peit o,
galo, galinha d angola e f rutas d e trepadeir a. Aqui Oxun r ogou o ventre com
uma cabaça. Aqui nasce u a o besidade, a diar réia, os fibromas, a elefantíase
e todas as doenças que pr ovo cam inchações. Assinal a i nver são sexual ,
enfe rmidades e brux arias po r comidas e bebidas. Neste Odu falam Om olú,
Ogun, Xangô , Obatalá, Oduduwa, Osain e o s Ibeji. Sua árvore ritual ística é o
cedro. Página 438 de 633
Dice Ifá
Seus filhos, para co nserva rem ir e, têm que faz er ebó co nstant emente. Têm
que assentar Osain. Avisa ao homem que por muit os amores que tenha,
mo rrerá nos braço s de sua legít ima espo sa. Assinala hi drocele, hé rnia
esc rotal ou dores lo calizadas na bo lsa esc r otal. Oturukpon Meji é o s ervidor
de Orangun. Aqui oco rreu a evo lução bio lógica do ho mem primi tivo,
possibilitando a melhor expressão do espírito. Este Odu trouxe ao mundo os
pigmeus e o s anõ es. Foi po r este caminho que Orunmilá t ransmiti u sua
ciência a os sábi os para q ue eles pudessem ensinar aos ho mens co muns.
Dice Ifá Te m que levar comida ao c emitéri o e co locar na pri meira sepultur a
que enco ntrar ab erta. Nes te Odu se faz ebó c om frutas gr andes e redondas .
Aqui Orunmilá fo i reco nhec ido por Olo run graças à s ua mãe que pediu uma
esteira para seu fi lho e a o bteve. A qui Xangô co meu bo de pela pri meira vez.
Fala um E spírito muito elevado que aco mpanha a p esso a. O Awo deste Odu
não deve permiti r que a mulher o mo rda na hora de faz er sex o po is isto
compromete seu inter esse pelo sexo. Este é um signo de submi ssão do
hom e m pela mulher . Quando o Awo des te Odu t em problemas co m dinheir o,
cata dezesse is co nchas na prai a, risca o s dez esse is Odu M eji (um em c ada
conc ha), s acrifica um galo so bre elas, faz um pó e passa pelo se u tabul eiro.
SEGURANÇA DO ODU Um pedaço de pele de tigr e, um imã, tr ês agulhas, um
anzo l, pó de efun, d e carv ão e de o sun, três grãos de ataré, terr a de quat ro
esquinas, hortelã, ewe ewe (Mirab ilis jalapa, Lin.), ewenijé (Partenium
histeropho rus, Lin.), sempre- viva, e di vers as mo edas co rrentes. Colo ca-se
tudo dentro de uma c abaça e pe ndura-se atrás da porta de entr ada de sua
casa. Disse Ifá: I - "Aquele que trança uma c orda não saberá trançar a Te rra,
não po de levantar a mão e agarrar o S ol". (Ninguém po de causar danos
àquele que, tendo encontrado este sig no, ofereça os sacrifícios exigidos). II
- "A Terra não s e as senta s obre a cabeça de uma criança". Oturuk pon Meji,
décimo se gundo signo na o rdem de che gada em Ifá e último de u ma série
de forças mister iosas que, segundo se afi rma, estão as so ciad as ao s signos
do zo díaco. Os doz e primeiros signos es tão como que reunid os no símbolo
do último. Aquele q ue enco ntra Oturuk pon Meji supo stamente e nco ntra
todo s que o antecedem. Página 44 0 de 633
Dice Ifá "Le", assim co mo "Lo", designa aqui lo que não se deve f aze r, dizer ,
entender , toc a r e ver, e na presente se ntença evo ca o s doz e primeiros
Exú, Eguns, e tc.) O Sac erdote, aco mpanhado do c liente, penetr a numa
floresta, co nstrói um mo nte de ter ra limpa so bre o qual coloca toalhas
brancas e toalhas ver melhas; tr aça o s do ze primeiros s ignos e, po r
deferência, o s quatro últi mo s. Na medida em que vai traça ndo c ada signo,
vai faze ndo suas s audações, depo is despeja o iyer os un em que foram t
raçados so bre o sacri fício que es tá ofe recend o. Págin a 441 de 633
Dice Ifá A cabaça com todo o seu co nteúd o é depo sita da sobre os panos
vermelhos . Junta-se dez ( 10) obís batá dent ro de uma quartinha com água à
esquerd a da cabaça. D epois disto todo s o s presentes batem cabeça em
hom enagem à Te rra e reti ram-se no mais abso luto silêncio . ( Este sac rifício
serve para t odos os Odu). ITANS DE OT URUKPON MEJI 1 - Ifá chego u a este
mund o antes de seus mensageir os Legb a, M iñona e Abi, que estão so b suas
o rdens, ao co ntrário de Igbadu que es tá acima dele. Cr iado po r Mawu, Ifá
desce u do céu trazendo para a terra todas as árvores, to das as pl ant as,
todos o s animai s, todo s o s pássaros e todas as pedra s. Naq uela época,
existia sobre a terra somente um protótipo de ser humano, muito pequeno,
Dice Ifá Existe um grande perigo relacio nado à uma viagem ao interior. A
pesso a não po de ter assentament os de Egu ns, s ó pode tê- los de O rixás e de
Ifá. Para seu bem tem que faz er Or ixá e ass entar Or unmilá. Não pode c om er
milho nem ser desobediente. Tem que cumpri r co m s uas o brigaçõ es c om
os Orixás. Não deve c om er nem beber nada q ue lhe dêem tampado. Tem q
ue ter mui to cuidad o co m present es que lhe fo rem da dos po r pessoas que
não sejam d e sua absoluta e total confiança, cuja procedência seja
ignorada ou de conteúdo desco n hecido. N ão po de comer arr oz , a não s er
que seja inteiramente branco, sapotí, quiabo, e feijão branco. Tem que fazer
uma cerimonia a Xangô no s pés de uma palmeira. Para ali viar sua própria
cruz, precisa s er mais ati va, ter mai s fé e se r mais rese rvada e le gal. Tem
que pr oc urar fazer o bem a todos e jamai s deve pagar o bem co m o mal po
rque aí está sua des truição. Se quiser desco brir o autor de um roubo de que
fo i vítima, de ve colo car uma rat oeira em Ex ú e o ladrão s erá desmasc arado.
Quando tr az o so gbo, a pes so a deve assentar Or ixaoko. Neste caminho
existe um Egun q ue fo i carroceir o e qu e guia a pesso a pelos c aminhos da
vida, se u nom e é Abo rotifá Egun L aiye Afefe . Xangô c riou a carroce ria das
carroças e Oturukponlo gbe criou as ro das. A criação da carroça s er viu para
facili tar o co mérci o entre o s ho mens. Neste caminh o a pesso a tem que cult
uar Xangô, Orixaoko e cuidar do Egun Afef e Laiye. É caminho de proteção de
Yemanjá. Proíbe s eus filhos de co merem inhame. Par a não s e perder a sorte
trazida por Yemanjá, t em qu e of erecer um tambor com muitos inhames a
Elegbar a, numa praça. Roga-se a cabeça co m ajapá. Página 444 d e 633
Dice Ifá Nes te signo nas ceu a roda. T RABALHO PARA OBT ER DINHEIRO
Uma porção de feijão f radinho co zida sem sal e s em qualq u er outr o
temper o. Colocam-se os feijões, depois de coz idos , dentr o de uma cabaça
estranha. Tem que s e pegar com Xangô . Ass inala resse ntimento entre
irmão s carnais, de Santo ou de Ifá. A pess oa pode se r Abíkú. Quando sai
este Odu, pegase um pedaço de carn e bo vina e se prende num gancho de
ferro, rega-se com bastan te epô e o ferece-se a Orunmi lá. O gancho é
retirado, aquecido até ficar em brasa e e sf riad o num recipiente co m água
limpa. A água d eve se r bebida pela pess oa para quem se es tá faze ndo o
trabalho. Não se pode levantar a mão co ntra ninguém. Pági na 446 de 633
Dice Ifá Assinala que na cas a do c liente, alguém está o u ficará gr avemente
doente podendo morre r em decorrência desta enfermidade. Tem que fazer
ebó para que Orunmi lá o levante e o livre da morte. E ste Odu as sinala sempre
enfe rmidades, mes mo quando traz ir e. Af irma que a pess oa é filha de Oxun.
Assinala a presença de Abíkú. O Awo tem que apurar mu ito bem e , se
necessário, submeter a pessoa ao tratamento específico. EBÓ EM
Awo ipo mega guida mef a a difaf un Baba Olojo , lebó e leiyé, akuk ó lebó .
Oturukpon Iwori Adakino adifafun Iwori ire Adakino. Este Odu é filho de
Oturukpon e Iwori. Quando sai numa co nsulta ind ica que a pess o a tem que
receber Aw ofakan ou Ikofá. Quando sai em itá de Aw ofakan ou Ikofá, tem
que s e dar duas gali nhas pretas ao Ifá do padr inho. A pesso a tem que
assentar Orixá antes de fazer Ifá, caso contrário passará por muitos
problemas na vida. Quando o Awo vai f alar so bre este Odu tem que colo car
uma moe da de prata na b oca. Par a explicar os f undamentos de ste Odu o
Awo tem que deitar- se de barr iga par a baixo s obre uma e s teira. Quando
surge numa cons ulta de okpele, o Awo joga seu rosário no c hão f ora da
esteira e pede a uma donz ela que o pe gue, vai até a porta d e entrada e dal i,
arra sta o o kpele pelo c hão até o local o nde lhe fo i entr egue. Se não tiver
nenhuma d onz ela em casa, o Awo tem que bat er com as pontas do o kpele
no c hão , primeiro à sua dir eit a, depois à sua es querda. Este signo ass inala
vida cur ta. A pesso a não pode aceitar p resentes de lenços , perfumes, f lores,
etc. par a que, por int ermédio de um destes pr esentes , não rece ba um feitiço
de morte. Quando surge num at efá, co loca-se a mão c om que s e es teja
marcando Ifá no so lo e se so pra Otí e mel antes de co ntinuar a consulta.
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Dice Ifá Quando Orunmil á pede adie meji por este caminho , o Awo s e limpa
da cab eça aos pés co m elas, ofe rece as aves aj oe lhado e, uma vez
co meçada a ce rimô nia, não po de parar antes que termine, nem interr om pê-la
por nenhum mo tivo. Por este Odu fala tudo o que exi ste no inter ior do co rpo
humano . Este Odu rouba dez ano s de vida ao padrinho e, para que i sto não
aco nteça, tem que faz er um grande orô para Oiyá. Quando o Awo des te si
gno s ai do Igbodun Ifá, tem que ass entar Odud uwa imedi atamente. Neste
caminh o, o A wo tem q ue ter uma foice? co m um cabo do s eu taman ho.
Dentro do cabo se co loc a pó de cabeç a de gal inha sacrifi cada par a Oiyá, pó
da cabra de Orunmil á, f olhas de asan (chr yso phollum cainito, Lin. ), talo de
comigo-ni nguém- pode, o bí, bejerek un, o rogbo e os u n. Forra -se com fios de
REZA DE OT URUKPONDI Otur ukpondi taj éun ni na awo aiye ni kanlé komo
adifafun O joko A rere. Adie lebó , akukó. Adi faf un Orunmilá, akuk ó, eni adié,
abo lebó . Oturukpondi I fá Kayo le ninxawo aiye ni ki ni aun oiye as iaojo ko
abebo adie, abeta owo lebó. Ari ni elese kan Ogun. E ste Odu é filho de
Dice Ifá Não po de rev elar seus segred os ou s egred os de outros do s quais
tenha conhecimento. Possui muitos inimigos e por isto deve ter muito
come r junto.
Este Odu é fi lho de Oturuk pon e Irosun. Quando s urge numa cons ulta, l ogo
que termi nar pega-se um galo e s acrifica-se para a Terra e pisa-se so bre o
ejé derr amado, d etermi nado o ebó o client e deve s er encamin hado a o utro
Awo para faz ê-lo. D etermina q ue a pes so a deva ser atendid a mesmo que não
tenha di nheir o. Aqui nasceram os Pólos Terrestres e o gelo, po r extensão
afirma-se que nas ceu a refrigeração. A pesso a para q uem saia es te Odu não
se lembrar á mais do Awo que o enc ontrou. Aqui fo i onde Orunmilá fez ebó
para uma pri nces a que vivia exil ada em terra estranha, para que pudesse re
gressar à sua pró pria terra. Quando a princesa c ons eguiu voltar à sua pátr ia,
esquec eu-s e de Orunmilá e do bem que lhe fe z. O cliente vive di stante de sua
terra. Tem que of erecer uma penca de banana-maçã para Xangô. Não po de
acender nada para ninguém nem c igar ros para quem quer que s eja. Deve
livrar-se de to dos o s vícios que pos sua, pois, p or mais inocente que seja o
vício, levará à destrui ção . Se não existir co nsideração e res peit ntre os
cônjuges é melhor que se s eparem logo para evit ar mal es maiores. A p ess oa
te m que apr ender a respeitar os mais velho s. Tem que mudar seu jeito de
agir e de s er para seu próprio bem. Deve cuidar mui to bem de Elegbar a e s e
não o tem deve asse ntá-l o para que lhe sobrevenha uma melho r sorte.
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ugar. Este é o Odu dos irmãos e dos c avalos . A pess oa tem que faz er Santo
e, se fo r seu caminho, f aze r Ifá. Neste Odu Ar oni Elesekan faz ia guerr a a
Ogun. O tamarind o era doc e e , para poder viver , teve que tornar- se aze do. A
pess oa deve ter mais c alma para poder viver sua própria vid a. Não deve s ubir
ou desc er escadas corrend o e se mo ntar a cav alo, não deve co rrer com sua
mo ntaria. Fala de um home m que dava mu i ta so rte co m as mulheres e ,
havendo co nquistad o a filha do rei, acabou des truído pelos c iúmes das
outra s que havia d esprezado. EBÓ DE OT RUPONK OSO T rês pombos , um
cabrito (do qual se utili zam as trip as), uma pane la de barro e um pau do
tamanho da pe ss oa. Folhas: e we tuko ( Aristolachia tri lo bat, Lin.), musanguê
(Parititi tiliaceum, Hil.), e ewe kekeriongo (Gouania polygama, Jacq.). Página
453 de 633
que irão s entar-se para co mer. Uma vez iniciada a refeição não se po de
levantar antes de ac abar par a que um Eg un não oc upe se u lugar na mesa. O
Awo deste Odu não po de quebr ar coco s. As sobras de sua co mida devem
ser atir adas da porta de sua casa para fo ra. Tem que o ferec er farinha d e
banana verde a Egun c omo principal adimú. Página 455 de 633
mudar sua maneira de ser e s e u c aráter. Tem que as sentar Osain. Assinala
perdição de homem por causa de mulher e de mulher p or causa de homem A
pesso a tem que ded icar especial at enção às suas pernas, s of re de dores
nos pés, de hérnias e do co ração. Tem que se precaver contra a possibil ida
de de lhe soprar em pós . Tem que of erecer , todos os dias, à po rta de sua
casa, pó de e kú, de ejá e um punhado de milho to rrado. Tem que arri ar um
inhame ass ado s em cas ca p ara Obatal á. Não po de ajudar ninguém a
levantar peso do chão para que não perca a sua s ort e. Não deve faz er mal a
ninguém, tampouco deve ajudar a quem quer q ue se ja para que sua vida não
se atr ase. Não pode faz er favores a pesso as enfermas. Tem que assentar
Obaluaye. Tem que, periodicamente, limpar- se c om vários tipos de ce reais.
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determi naçõ es do s Orixás par a ser bem suce dida em suas c oisas . Deve d ar
graças a Xangô, O batalá e Exú. Assinala desavença em c asa. A pess oa é
muito estou rada e, se alguma coisa a co ntraria; costuma faz er uso da
violência para i mpor sua vo ntade. A jovem não é mais do nze la. Assinala
deso rdens c erebrai s. IT AN DE OT URUKPONBARÁ. Naquele tempo, o s Orixás
marcaram uma r eunião para juntos delib er arem so bre o be m es tar da
humanidade. Orunmilá, havendo sido convidado e por não c onhecer o
caminh o, pediu ao bode que o aco mpanha sse até o lo cal do e ncontro, no qu
e foi prontamente atendido. Quando chegou no local, Orunmilá pediu ao
bode que o e sperasse do lado de fo ra e, ao tentar entrar, fo i comunicado
que isto s ó seria per mi tido àque les que sac rificass em um animal ao Exú
Guardião do lugar. Orunmi lá, sem hesit ar, pego u o bode que o havia
aco mpanhado e sac rifico u-o a Exú, o btendo as sim o dir eito de e ntrar. A
partir de então, sempre que se sacrifica um animal de quat ro, c o lo ca-se uma
fo lha em sua bo ca e s e diz: Oleweweo e ran, Orix á owaweo . Página 457 de 633
Dice Ifá IT ANS DE OT RUPONKA NA 1 - Era uma vez uma mulher que vivi a
aborrecida e incomo dad a pelos s eus Arajés. I ndo c on sultar Orunmil á, surgiu
Oturukponkanran revelando to da a s ua des dita e afirmando ainda que e la era
uma pr incesa e que, se s eguisse as o rientações do Orácul o, tudo se
transf ormaria e sua vida seria r epleta de alegria e fel icidade. Orunmil á então ,
pegou uma cabaça onde, depo is de co rtá-la ao meio, risco u a mar ca do Odu
e encheu c om água e um pouco do sangue de um bicho que havia j á
sacrificad o. Em seguida, Orunmi lá rego u a casa da mulher co m o c onteúdo
da cabaça e depois disto f oi-se e mbora tendo antes afir mado que a jovem
iria esquecê -lo tão lo go s ua vida me lho rasse. A vi da da mul her melhoro u
sens ivelmente e, um belo dia, quand o tudo es tava bem para ela, alguém
bateu à sua po rta, s endo atendid o pela criad agem. "D iga à pr incesa que é
Orunmilá quem bate à porta e que deseja vê-la." Afirmou o visitante. Comuni
cada, a pri ncesa o rdenou aos criados que disses sem ao visita nte que ela
não sabia quem era Orunmilá e que tampouco queria ser import unada.
Depois de receber o recad o Orunmi lá foi-se embora e, só quando já es tava
demasiadamente longe, a princes a se le mbro u de quem se tratav a.
Desesperada, mandou que saíssem correndo atrás de Orunmilá e que o
trouxess em de vo lta à sua casa. I sto feito, o O rixá exigi u que para ent rar no
palácio, as escadas teri am que ser lav adas com s angue de gal o e só depois
adentr ou no vamente a cas a da mulher . 2 - Ho uve um tempo em que O gun
tinha muito rancor de Orunmi lá e sabendo que e ste p os suía um galo
amarrado no quintal de sua cas a, chamou seus seguid ores e lhes deu a
seguinte o rdem: "Saiam agora e destruam a cas a onde enc ontrarem um gal o
amarra do no quintal". Acontece, no entanto, que os seguidores de Ogun
eram estúpidos e f alavam demais e, po r este motivo, O runmilá fico u
sabendo de s uas intenções e trat ou de co nsult ar seu Oráculo par a saber o
que deveria faz er para se livrar da ameaça. Na c ons ulta surgi u Oturuk ponkan
Dice Ifá Cansados de proc urar sem suce sso a casa o nde dever ia estar u m
galo amarrado, os seguidores de Ogun retornaram a sua casa onde
depararam co m o anim al so lto no qu int al. Como eram br utos e pouco
inteligentes, c om eçaram a di scutir entr e si se não s eria aq uele o galo
mencionado po r Ogun q ue poderia t er-se s oltad o e, s em que che gasse m a
um aco rdo, da discus são partiram para a luta co rporal que só acabo u co m a
m orte de todos . Desta fo rma, o mal que havi a sido planejado co ntra
Orunmil á acabo u virando-se c ontra quem o planejou. Página 46 0 de 633
nos pés, na cabeça o u nas vista s. A pessoa f ará um fav or par a algu ém e e m
troca rece berá um favo r ainda maio r. Tem que cuidar muit o bem de Exú para
que este prognó stico não se inverta. Este Odu ass inala p resenç a de Abí kú.
Quando s ai na cons ulta de uma cri ança doe nte, ass inala a sua mo rte. A
pess oa pode perder sangue atrav és das hemo rróidas. Página 46 1 de 633
Dice Ifá Para evit ar adversidad es, o do no des te Odu deve of erecer , a cada
três mes es, do is pombos brancos à sua cabeça. A pesso a corre um séri o
risco de ser caluniada ou denunci ada à justiça. Os e bós deste Odu devem
ser empurr ados pelo irof á despachado s. Se fo r num rio é melhor ainda. 5 no
local onde f orem EBÓS DE OT URUKPONGUND Á 1 - D ois galos , dois
saquinhos com milho torrado, uma forquil ha de madeira. Passam-se os
galos na pes so a e sacrifi ca-se para E legbar a. Depo is disto, pass am-se os
dois saquinhos e a fo rquilha, prend e-se os saqui nhos, um em c ada ponta d a
Orixá irin auní xexun o fidan eiyelá lebó . Kafarefun Omo fá, Orunmilá ati Ex ú.
Este Odu é filho de Oturukpon e Osá. É natural da terra de Adodí. Fala de um
Egun chamad o Adokino que e m vida era efeminado . A pess oa para v ence r
na vida, tem que of ere ce r um filhote de ajá para Ogunque deve s er
despachado na mata. A baleia denuncia sua presenç a e decreta sua mo rte
quando, ao subir à superfície, produz um jato d água qu e chama a atenção
dos baleeiros. A pess oa é protegida por Orixá. Tem que dar carneir o pa ra
Xangô. Este Odu as sinala a existência de um Orixá adq uirido po r herança. Os
filhos de ste Odu são indômitos, não gostam de se r mand ados. Têm que ter
muito cuidado, pois podem enco ntrar a morte dur ante uma viagem. A zawani
vive perto da pess oa. Têm que ter m ui to cuidado para não troc arem seu
Orixá na hora da feitura. Deve dedicar atenção espe ci al ao cé rebro e às
pernas. Não devem dar abr igo à ninguém em s uas cas as. Uma fi lha pode ca
ir no desc rédito público e ficar difamada. Tem que ter muit o cuidado co m um
aborreci ment o com uma mulh er e também com os resul tados negat ivos de
um ato mal que prat ic ou . Ass inala q ue todo s aqueles que ho je depreciam a
pesso a, amanhã se ar rastarão ao s se us pés. O que se despreza hoje, f ará
falta amanhã. Página 463 de 633
Dice Ifá A pesso a tem que ofe recer bem depr ess a um galo para Exú e flo res
para os Eguns. Não daqui e deseja vo ltar ao seu lugar de srcem. Quando
andar na r ua deve prestar a tenção onde pisa e ter cuidado para que não lhe
caia em c ima um objeto pesado . Deve r graças a Elegbara q ue já a livr ou de
muitas armad ilhas. Tem o hábito de segurar a i na e isto po de lhe faz er mal à
saúde. Aqui foi o nde a fil ha era es crava da pr ópria que invejava sua juventude
e beleza. Assinal a que a pesso a, por questões emoc ionai s, tr anca- se e m
casa a cho rar e por este mo tivo po de so frer u m mal súbi to e passar por um
grande s usto . IT AN DE OT URUKPONS Á Elegbar a tinha um fi lho que vivia
rodeado po r muitos inimigos que tentavam, de todas as f ormas, armar-lhe
uma cila da em algum l ugar p or o nde p assass e. Tomando co nheciment o do
que pretendi am faz er co m se u filho, Elegbar a sa iu para ver o que e stavam
Olofin. Este Odu é filho de O turukpon e Iká. Foi po r este caminho que a árvore
ir oko se nego u a servi r de cabo para o machado, sabendo que isto s eria o
fim de todas as árvores . Ass inala morte e destruição e m família. Para quem
traga os ogbo, esquenta- se um machad o num br aseir o e depois se e sfria
num recipi ente com água fr ia. Um gal o é o ferecid o a Ogun e um pouco do
sangue é respingado dentro da água onde se e sf riou a lâmi na do ma chado .
O machado será co locado no igbá de Ogun e com a água a pesso a tomar á
um banho. Fa la da mão de pilão que de tanto go lpear, acaba rachando o
pilão . A pess oa é muito embrut ecida, mas, de tanto apanhar da vi da, acaba
se discipli nando. Aqui os filhos de Obatalá não tinham onde viver. Para
garantir a boa so rte, a pes so a pega um machad o n o vo, lava com o mieró,
envolve em pano branco e deixa oito dias nos pés de Obatalá. Dep ois disto,
pega o machado, desembrul ha e co m ele, c orta al guns pedaços de madei ra
de árvores de Ogun, (menos de iroko), e co loca em cima de Ogun, os
pedaço s de pau c o rtados devem fi car, também, dentro do igbá. Aqui Osain e
Ogun co mem galinha d angola . O omieró des te Odu par a banhos de limpez a,
é f eito com botão de o uro. Pá gina 465 d e 633
cima, buscam Orunmi lá e se sair este signo , têm que of erecer ad imú a todos
os Orixás e faze r ebó co m um gal o, duas cabr as, o vos de gali nha e muit o
dinheir o. O galo é dado a Exú, as duas cabras a Orunmilá e assim, to d o o
os ogbo se c onvert e em ire. Fal a dos três filhos do rei que se perderam no
bosq ue e enco ntraram ali as três so rtes que s abiam seus nomes e ass im se
salvaram. Página 468 de 633
poderá matá- lo. Este Odu fala do enco ntr o do rio co m o mar. Aqui Elegbara
come quiabo. A pesso a não pode regat ear pr eço s qua ndo estiv er
co mprand o co isas para Elegbar a, para não des pertar sua irr itação e evitar
que venha a pertur bá-la. So fre do estô mago e da barr iga. A pesso a tem que
of erecer u m peix e f resco à sua c abeça e ficar sete dias sem co mer pei xe.
Assinal a, para o Baba law o, que uma pesso a que está a c aminho necess ita
receber fi o de co ntas de Orixá e a ss entar Orunmi lá. Provavelmente tem
caminh o de Awo. Ofe rece- se um galo a Xangô e do i s co côs a Orunmi lá. Aqui
Iy emanjá se impõe e f az ver que é mais poderosa que Oxun. Nã o se de vem
quebrar louç as dentro de casa. Duas pesso as querem se unir , mas não
co nse guem. Pági na 469 de 633
Dice Ifá Pel o mes mo caminho que se so be, se desce. A p esso a se esf orça
muito para subir , ma s desce rapidamente. Tem que as sentar I yansã e se já a
tem asse ntada, deve usar seu fi o de co ntas e o ferece r-lhe uma galinha. Este
é um Odu de desmanches. Nele nascer am os pântanos e as areias
mo vediças. O Ex ú deste caminho é Alagbana e para ass entá-lo a p ess oa tem
que pegar , co m suas própria s mão s, o okutá no mar . A pessoa poss ui
alguma co isa di ferent e em s eu co rpo ou alguma coisa maior ou menor que
das outra s pess oas . Neste cami nho o s pesc adores captu ravam os peixes
tão longe da co sta que, quand o regressavam, os peixes estavam podr es.
Colo ca-se um ces tinho co m quiab os para E l egbar a. Colo ca-se no igbá de
Elegbar a um pedaço de cabo de ferramenta de ferro o u de madeir a, de fo rma
que fique enco stado à parede. C ome três pintos uma vez por ano . I sto deve
ser feito para que o lar d a pess oa não se des manche. EBÓ Um pat o, quatro
pombos , melado de cana, dois prat os , ewe kar odo ( erva de São Domingos -
Come lina elegans, H.P.K.), e we ekisan (verdolaga) e muitas mo edas. Depo is
de feito o ebó, quinam-se as ervas, co loca-se um pouco de melad o para que
a pessoa tome um banho e passe um pa no mo lhado co m o o mieró em toda
a sua casa. I st o deve ser feito por tr ês vez es numa mes ma semana. O
omieró que s obrar é despeja do na esquina mai s próxima em nome de
REZA DE OT URUKPONXE Oturukp onxe Ifá Elá rud alé Awo Obá nitepá il eké o lá
nitepá oxede o dafun b o Irunmolé tinló o kú akasá eiyelé, adié, lebó . Este Odu
é filho de Oturukpon e Oxe. Assinala ri sco de problemas relacionado s a do
cumento s. Fala d e denúncias, demandas e as sunto s de justiça. Algum tipo
de documentação pode gera envolvimentos com a justiça. Assinala
co brança de dí vidas. Problemas surgido s dentro de s ua própri a casa po dem
envo lver a pess oa numa demanda. A pesso a não deve pe rmitir que um
aco ntecimento des gastante de sua vida v olte a acontec er. Não deve co nfiar
em ningu ém e c onf erir todo s o s doc umentos que lhe dig am respeit o antes
de recebê-los o u assiná-los. A p ess oa fo i inspirad a por um Egun para que
Dice Ifá EBÓ Etú, tr ês pintos , três po mbos , três agulhas no vas, três
boneco s, pano branco, pano preto , pano vermelho e fo lhas de malva . Se o
ebó f or par a ire, o s bo neco s têm que ser , um de cedro, um de adebesú
(Poeppigia pr ocera, Presl.} e o outro de parami. O de ce d ro é despac hado, o
de adebesú fi ca junto co m Ogun e o de parami j unto co m Xangô. Depoi s de
21 dias, o s bo neco s que fi caram em Ogun e Xangô são enter rados . No
mesmo e bó, se o Odu trouxe oso gbo, o pri meiro bo neco é f eito de ayá, o
segundo de jia e o terceiro de aroma. Os tr ês devem s er despachad os em
três c aminh os diferentes. Se a mãe da pess o a fo r mort a, tem que saber o
que o s eu Egun deseja, se f or viva, a pesso a tem q ue tomar borí par a
ficará em ire. Tem que tomar bo rí e o ferec er um peixe gr ande à cabeç a. Não
deve faz er mais favores e tudo o que fize r deve se r cobrado. C aminho de
Obatalá, Xangô e Iyemanjá. A pesso a tem que mandar rezar missa po r seus
familiares defuntos. Tem tendências ao suicídio. Tem um desejo que
pretend e reali zar po r puro capricho. Página 473 de 633
Dice Ifá Dese ja comunicar-se co m uma pesso a para revelar -lhe algo muito
fo rte que tr az gu ardad o no f undo do s eu co ração. Tem que usar fi os de
co ntas de Orix á. Poss ui um Egun e t em que ver o que e ste Egun deseja. Tem
que ter cui dado com o que come e onde c o me. Tem que oferecer dois
pombos à sua c abeça. Quan do s e s entir em apur os deve sair e per manecer
algum tempo numa praça. Se fo r homem, é atrapalhado e desordenad o em s
uas co isas e po r este motiv o não é muito bem vi sto. Se f or mulher , é
relaxada em relação a s i mesma. Precisa ter um companheiro, marido o u
kekere Orunmilá l ofo unt ori bogbo tenijé lorubo . Axé kund ifá imóle adifafun
boni s uku. Otura Meji é o décimo terceir o Odu na o rdem de c hegada de Ifá,
sendo co nhecid o também co mo O tuwa entr e o s nagôs, termo que, em
yorubá , s ignifica: "Tu estás de vo lta". Entre o s f on é co nhecid o como "Tula
Meji" ou "Otula M eji". O termo "otura" em yo ruba, evo ca a idéia de se parar,
apartar e outro no me pelo qual é muit o co nhecido , é "Alafia". S endo
cons iderado co mo o mestr e das língu as, es te Odu ind ica quan do alguém
tem duas p al avras e as pess oas para q uem aparece numa co nsulta
cos tuma ser muito faladoras . Segund o os ensinament os de Ifá, é fi lho de
Aiãní e Te né, e repres enta a metade do co rpo do inimigo. Signifi ca
renascimento e evo ca a idéia de desunião , o c ativeiro na Terra e a felicid ade
no Céu. Aq ui nasceram as raças humanas, co m exceção da raça negra, a
cegue ira, a mendicância, as disputas, a igualdade, a fraterni dade, a artil haria,
o f uzi l, o chumbo , as aves cano ras, o s legumes, o bramido do mar, o hábito
Dice Ifá As int erdições que imp õe aos seus filhos s ão: Car ne de co elho, de
porco, de galo, de tar t aruga, mil ho assado, inha me pila do, po lvo, faze r uso
de tabaco , ingerir bebidas alco ólicas e po rtar qual quer ti po de arma branca.
Os ho mens não po dem and ar com a c amisa fo ra das calças. A s pess oas
deste signo nã o devem agir d e fo rma destemida, é co m inteligência e calma
que der rotam seus inim igos. Têm que dar esmo las gener os as, s ó as sim
alcança a riqueza. Assinala abandono e descuido. Ensina que os mortos
trabalha m de noite. E ste Odu ensina aos homens os poderes e o s s egredos
das raízes e dos r amos das árvores. Determina os passos da humanidade
so bre a Terra . Foi neste camin ho que o homem do minou a todos o s
animais, sendo então dec larado po r eles, rei e s enho r da criação. É um Odu
de vida curt a, no entanto rece be o título de Pai da Vid a. Ens ina que Obatalá
nunca deix a seus filhos sem aliment ação. Quando traz Oso gbo Ik ú, a pes so
a para quem sair não e scapa da mo rte. Aqui, de t antas decepçõ es s ofridas, o
co rpo cami nha sem alma. A ssinala pur ez a de sentiment os , elevação
espir itual e mater ial, co nqui st a de alta s po sições , a cólera dos homens,
sofrimento por viver-se entre feras, lucro s obtidos em viagens e morte
prematur a oc asio nada por doença repentina. Este é o O du da sabedo ria, das
saudações e das reverênci as. É o O du que es tá mai s próximo de Olo fin, mas
deixand o-se levar pelo o rgulho e pela vaid ade, co nverteu-se num mes tre do
qual; t odo s têm no jo. Este é o signo do caranguejo que po r preferir viver nos
pântanos para isolar- se de to dos , perdeu o se xto sentido. Ad quiriu o
conhec iment o do bem e do mal e por i sto s eus filhos nunca podem
permanecer em oso gbo. Seus fi lhos são viol ent os , de mal g ênio e não
admitem ser co ntesta dos por se co nsider arem donos da ver da de e do
Dice Ifá Aqui foi criada a K afana mo fo jú - esta ce rimô nia nasceu e ntre o s
aramelé, que não cultua vam nem acreditav am em O rixá. Os Awo deste s igno
têm que faz er um tr abalho para neut ral izar o mal que as mulheres lhes
oc asio nam naturalmente. TR ABALHO PARA EVIT AR O MAL INERENT E DAS
co lar. Este Elegbar a che gou à Te rra ao cair da noite, num pé de Ceiba. Página
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capataz de Egun. É signo de vida e de mo rte. Aqui nas ceu o ebó que se f az
com o auxílio do opo nifá. Nasceu o sistema ner voso dos o rganismos viv os .
Neste c aminho O runmilá viveu na terr a Ijexá. Proíbe seus filhos de co merem
os a n (Chr yso phyllum cain ito), sapo tí e polvo. A s pes so as deste Odu não
podem matar inse tos. É o signo da obediência. Quando surge osogbo Ikú
por es te caminho, é muito difícil q u e haja salvação . Ass inala pr oblemas da
garganta, co luna ver tebral , sistema nervos o, co ração e press ão arteri al.
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dotação muito e special. Manda tomar ba nhos co m ewe kar odo . A pesso a é
ladina, teimos a, ego ísta e dominadora. Pensa demais e s empre inter preta d e
fo rma errada o que lhe dizem . Os filhos deste Odu não podem viver n a
co mpanhia de fi lhos de Iyemanjá. Não devem fi car olhando-se muito tempo
no e spelho porque podem ver a imagem de Ik ú. Não po dem maldi zer-se.
Devem ter mui to cuidado ao entrarem em lugares proibidos e em po usadas.
A pesso a tem que ter mui to cuidado para não s e envo lver numa tr agédia com
mais dois ho mens . É vista e tr atada co m falsid ade por pesso as de duas
caras. Corr e o risco de ter que se s ubmeter a uma cirur g ia abdominal. Deve
examinar co m muita atenção qualquer documento antes de ass iná-lo, e s te
Odu assinala ri sco de co ntratos prejudiciai s e che ios de armad ilhas. Tem
que ter mui to cuidado para que outros não venham a desf rutar do seu
trabalho. Este si gno determina que sempre que se c omprar uma vasso ura
nova, antes de varrer o c hão , deve-se varr er a cama e os mo veis de casa para
pouco na port a da rua. Colocam-se doces nos quatro cantos da cas a para
que as fo rmigas venham comer e tra gam boa so rte co m elas. Quan do es te
Odu surge numa cerimônia de entr ada, faz -se um ebó co m a so mbra da
pesso a inter essada, o ferecendo-l he três algui dares, um co m dendê, o utro
com água e o tercei ro co m um pouco de sangue de boi peg o num
mata douro. C olo ca-se para Ogun uma cabaça co m água, uma c o m o tí e
outra com mel. Ri sca-se o Odu no c hão e salpi ca-se, por cima, água ,
aguard ent e e mel. AXÉ D E SEGURANÇA P ARA AS PESS OAS DEST E ODU
Pega-se um alguid ar pequeno e ma rca-se dentro o s s ignos de O xetura,
Oturagb e e Oturax e. Sacrifi ca-se um frango j unto co m Elegbara e
colo cam-se dentr o sete grãos de milho, sete f ormig as pret as, s ete gr ãos de
ataré e um pouc o de raspa de casc o de cavalo . Emass a-se e deixa- se ao l
ado de El egbar a. To dos o s ano s se of erece um frang o para ser comido
junto co m El egbara. Página 481 de 633
Dice Ifá
Dice Ifá Al guém da família da pesso a irá sof rer uma d es graça. As mulheres
deste Odu vivem de fo rm a desordenada. Per dem-se ainda mui to jo vens e,
para salv ar as aparências, prat icam inúmeros abo rtos . Signo de vícios e
corrup ção. Quando a pesso a deste sign o vive o s eu o so gbo, é perseguid a
por Exú q ue a cas tiga atrapalhando toda a sua vida. Exú cos tuma fa z er com
que a pessoa e ncontre um cão feroz na rua e usando de seus poderes, ati ça
o anim al contra a pesso a, provocando-l he fe rimentos que c ustam mui to a
sarar. O Aw o deste s igno tem que e nterrar um axé de segurança no bairro em
que vi ve e outro idênt ico dentro de sua cas a. Os Axés s ão preparados
Oturai wori ad ifafun Iyami Aj é, Iyemanjá o fó Orixá imole o rubo, Babá O lo kun
fimideregbé, Egun Olona O kun Mayewa lelé of o leri, o fo eledá. K aferef un
Olokun, lo dafun O runmilá. Este Odu é filho de Otura e Iwori. Indica que a
pesso a tem p roblema s co m a memóri a, com as vistas e com o estômago.
Proíbe co mer ovos e carne de porco. Pr oíbe envolver -se e m discuss ões e
passear na praça. A pessoa é teimosa, desobediente e fanfarrona. Pela
deso bediência se perderá e so mente Orunmilá poderá salvá- la. Cons idera-se
muito poderosa e abusa dos mais f raco s que um dia, em co njunto, lhe dar ão
o que f az po r merecer . Este Odu fala de uma rainha q ue, depo is de
destr onada, fo i reco locada em seu tr o no po r vontade do povo. Se a c asa da
pesso a fo i destr uída pelos c iúmes e pela incomp reensão, s e acaso volta r a
viver com seu cô njuge, deve fazê -lo em o utra casa e longe d as pess oas que
co ntribuíram para sua ruína. Neste caminho Elegbar a se co nsagrou no r io.
Elegbar a pos suía um peixe e of ereceu-o a O baluaye par a que o livrasse da
Dice Ifá Quando a Awo encontra este Odu numa co nsult a para si mes mo,
tem q ue pegar seu id efá, passar no o pon faz endo as rezas e espalhar o
iyerof á pelo chão de casa. Quand o sa i este s igno em atefá, mo dela -se uma
cabeça de tab atinga, colo ca-se no chão, rega -se c om omieró de ewe ayo
(guacalote) e co loca-se uma pena de eko didé em cima. Essa cabeça e as
fo lhas de ewe ayo são entregues ao Awo para que faça se u primeiro ebó.
T RABALHO PARA QUE A PESSO A NÃO SEJA PREC IPIT ADA Faz -se e bó c om
um galo, um galho de ewe jamo (Flor do mangue - Canopus e recta) e
alafavaca graúd a, depois do ebó , o galh o de ewe jamo deve s er pendur ado
atrás da porta d a pess oa. EBO PARA AS VIST AS Cinco po mbos marrons ,
cinco c abaças pequenas, o bí, areia d e rio. Sacri ficam-se os pombos e
colo ca-se uma cabeça em cada cab aça. Os co rpos são despachad os e as
cinco cabaças são deixadas em casa, uma dela s se enche co m água d e rio e
se sa lpica esta água nos cantos da casa e na porta de entr ada. Depois
disto, despac hamse as cinco cabaças nas águas de um ri o. Página 48 5 de
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Dice Ifá A pess oa adora fi car na cama. Tem três fi lhos que têm chagas o u
perebas no corpo. Têm que faz er ebó. Se vier em oso gbo signifi ca que a
pesso a que se co nsult a pode mo rre r em sete dias. Quan do s urge este Odu,
pergunt a-se se Orunmilá d á autorização para se f a ze r ebó para o
cons ulent e. Se houver per missão, depo is do ebó , o oficiante t em que of e
recer um po mbo preto à Ajé para reti rar dele toda a resma que ficou. Para
of erecer o pombo a Ajé, descr eve-se um cír culo no chão , co loca-se no meio
do círcul o um algu idar c o m o signo de Oturad í riscado no fundo, c olo ca-se
dentro do alguid ar um carv ão veget al em br asa, ac ende-se uma vela ao lado,
so pra-se e m cima um pouco de aguar dente , reza-se Ogundafun, Ireteyero,
Oturaniko os dezess eis M eji, sacrifi ca-se o pomb o e se diz: Odo lofun,
odo lowa k e bo gbo araj é o fo tokun l eri. Colo ca-se, em Orunmi lá, sete bolo s
de carne bo vina com pó de ekú, pó de ejá e f arinha d e milho. Deixa- se durant
e sete dias e depois se despacha no rio com s ete moedas. Oferecem- se
dois f rango s de leite a I beji. Depois prepara- se um arroz de frango co m os
animais sacrifi c ados que deve ser co mido so mente por crianças. Pági na
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podem us ar nad a que tenha sido roubado, quer seja em s eus c orpos, quer
seja em s uas cas as. Página 4 88 de 633
Dice Ifá Sua s filhas, enquanto viverem em sua co mpanhia, jamai s po derão
usar r oupas c or de rosa. Tem que usar , co mo amuleto, uma mo eda
prepar ada. Tem que ter uma medalha c o mo pro teção . Atenção co m
acid entes em casa ou na rua. Tem que fazer ebó com muita co nstânci a e
despachá- los em lugar es o nde os seus inimigos poss am vê- los, para que
fiquem ass us tados. Tem que ass entar Odud uwa. Colo car um saquinho co m
fo lhas de fi gueira d o inferno atrás da po rta de cas a. Com o mariwo da
corti na usada num at efá, o dono des te signo f az uma co roa na medid a de
sua cabeça e a co loca em cima de seu Ifá. Osun t em que fi car ao lado da
pess oa. O Awo deste Odu tem que levar um pedacinho de ga lho de mo ruro
(Psycho tria brownel A. Rich. ) em cada uma de s uas mão s de Ifá. O Awo deste
signo não pode praticar sexo oral par a não perder seu Axé. O segredo deste
Odu é que todas as vez es que s eus fi lhos fizerem ebó, têm que tomar ban ho
de aberi kunló, afo man e ewe ekisan. Têm que tomar borí co m dois po mbos
bra nco s ao s pés de Oxun. Devem la var a cabeça com ewe eki san, afo man,
fo lhas de inhame e farinha de inhame. Oferece-se uma galinha ar repiad a à
Oiyá e co m suas vísce ras limpa -se o ventre e o peito da pesso a. A galinha é
arriada diante de Oiyá e depois des pac hada, junto co m as vísce ras bem
regadas de dendê, dentro de um c emitéri o. Página 489 de 633
provoc adas por fratur as nas pernas. Aq ui se faz rogação para as pernas
com duas velas, aos pés de Obatalá. Aqui nasceram as pernas com a
finalidade de sus tentar em o co rpo. Nasceram as ró tulas e o líquid o s eno vial.
Existe um Egun q u e pode provocar na pess oa, inversão s exual . Faz- se ebó
no mato para despac har o Egun e q uando terminar o e bó, espalha-se alpiste
no lo cal par a que o Egun se desape gue por co mpleto. Par a reso lver
problemas de difícil solução, coloca-se em Elegbara um pe daço de bambu
ou de cana brava. A ss inala a pr ese nça de Abík ú. A pess oa tem que lavar a c
abeça co m fo lhas de I fá. Assin ala q ue a pess oa e stá imp lorand o aos Santos
por di nheiro , um ho mem o u uma mulher que se fo i. A pesso a deseja mudar
seu mo do de vida. E gu n se mpre fala por es te Odu. Pági na 490 de 633
Dice Ifá S acrificam-se duas co dornas a Obatalá. M ande que a pess oa se
junte c om o s mais vel ho s para obter sucesso na vida. Co nta que certo rei
que pos suía tr ês filho s, mo rreu se m deixar testamento . O filho mais velho f oi
chamado, mas não so ube in fo rmar o lo cal exat o o nde seu falecid o pai
guardava o tesouro, por este mo tivo fo i expulso do palácio. O fi lho do meio,
por tam bém desco nhecer o parad eiro do teso uro fo i levad o ao mato e ali
amarrado ao tronco de uma ár vore. O mai s no vo dos três, vendo o que
haviam feito ao s s eus irmãos, co rreu a c ons ultar Ifá, e na co nsult a surgi u
Oturaw onr in e Orunmilá então lhe disse: - ªVá par a casa e evite contato c om
pesso as jovens. A comp anhe e o bserv e os velhos e, no local onde vi r um
ancião tocar a ter ra com se u bastão , ali está enter rado o tesouro do
falecid o reiº. Desta fo rma, o mais novo dos filhos pode loc alizar, co m a
ajuda de Orunmi lá, o tesouro tão co biçad o por todos . O Exú d este Odu é
Ararikoko. É mo delado e m tabati nga dentro de um alguidar e lava na s ua
carga: 21 penas de di ferentes pás saros , incluind o-se aí a do ekodidé,
miçang as de tod as as co res, cabeça de gav ião, pó de casca de ovo de
galinha , pó de casca de o vo de po mb a, pó de c hifre de bo i, agul has, iyefá
rezado de O turawonrin, obí, orogbo, ouro, prata , azo ugue, bejer ekun, o sun,
sete diferentes tipos de madeir as de árvores s agradas (pergunt a-se no jogo ),
Dice Ifá O ho mem que anda deses perado em busc a de mulher pode to par
com o Diabo o u co m qu alq uer coisa ruim qu e anda vaga ndo s em rumo. O
filho da pesso a diz co isas incomp reensív eis, mas que s ão revelações de
sua s abedoria latente. E sta criança tem que f aze r Ifá e tornar- se Babalaw o.
Pos sui muito Axé na boc a. Neste signo nas ceu Exú L aboni, resul tado da
união de Obatalá co m Oxun. A qui nasceram os ikins de quatr o olho s, Axé que
faz er ebó. O pr imeiro que e ntrar em casa tem que ser li mpo c om um po mbo,
otí e epô que se des pacha num matagal. Assinala o início da ce rimô nia de
Olofin. Quando sai para alg uém muit o velho as sinala morte repentina. As
pess oas deste Odu não podem viver com f ilho s de Xangô . Para livrar-se da
mo rte o Awo tem que asse ntar, muito rapid amente, O sain e Odé. Nes te
caminh o, as mães não acred itavam em Ol ofin e nem ouvia m os co nselh os
de seus próprios fil hos e, po r este motivo, mo rriam jovens e deixav am o s
filhos órfãos e desamparados. Assinala morte precoce para quem se
cons ulta. A pesso a tem I kú nas cos tas e por isso abre-se e fecha-se a porta
três ve ze s s eguidas para q ue Ikú vá embora. A pess oa tem tendênc ias a se
resfriar co m exces siva facilid ade, po r este m otivo não deve andar descalça
nem se expor à friagem. Para evitar doenças no estômago, sua comida deve
ser muito bem cozida. Obatalá diz que ninguém pode comer mais com seu d
inheir o que ele próprio. A pess oa deve cuidar d e Obatalá para usufruir de uma
grand e graça. Já penso u em ac abar com a própri a vida. Tem uma so mbra às
suas cos tas. Cuidado c o m uma cri ança que não dorme bem e é so nâmbul a.
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Dice Ifá
Existem atrapal haçõ es e m casa. Te m que faz er uma li mpez a para evi tar os
atraso s. Uma pesso a que vi ve de fo rma ilegal l he fará um co nvite. A pess oa
tem que agir com mu ita cautela, po is trata-se de gente de duas caras. Fala
de quatr o filhos da mesm a mãe e de pais diferentes. A mulher t em uma
mágoa do marid o e não se c onf orma co m a m aneir a co mo vivem. Ifá afirma
que são pesso as de idad es muito diferentes e que alguém dá maus
cons elhos à mulher p ara provocar a se paração. A pesso a não deve lan çar
maldiçõ es e ne ermiti r que ninguém o faça dentro de s ua casa. Em sua po rta
o bem e o mal estã o parad o s . Tem que fazer ebó para q ue o bem entr e e o
mal se af aste. A pesso a precisa se a limentar melho r porque está debili tada.
Se f or homem po de estar co m problemas de i mpotência . Quan do o
Dice Ifá Ass inala a existência de um E gun que faz c om que a pes so a seja
inimiga de sua pró pri a mãe. Para despachar este Egun e s ua má influência, a
pesso a tem q ue faz er ebó, antes d o qual suas roupas são rasgada s no seu
co rpo, tendo que fi car com pletamente nua. D epois do e bó tem que tomar
banho de fo lhas de aberi nkuló. O ebó leva uma franga e três p edaço s de
carne bovina qu e depois de passados no co rpo da pessoa, s ão embrul hados
na s s uas roupas rasgad as, regad os co m bastant e o tí e despachados numa
mata. EXÚ OLOJÓ Entalha- se um bo neco de cedro que leva no seu interior
além das co isas co mun s a todo Exú: Uma p edra colhida numa mat a, fo lha
da fo rtuna, ewe waáki ka ( Spendias me mbis. Gri s), cans anção , ewe e ran
(Sporo bolus . R. Br.), três grãos de milho, três pe daço s d e inhame, três
agulhas vir gens, s ete co ntas verdes, se te contas amarela s, sete grãos de
ataré, uma pena de ekodid é, c arvão vegetal , penas de pesco ço de gal o,
penas de peru, bejerekun, o bí, orogbo e fava de aridan. SEGR EDO DO ODU O
Ogun do Awo des te signo tem que levar 101 ferr amentinhas. Quand o se
tratar de Awof akan ou Ak ofá, leva todas as f errament as em do bro, co m
exceç ão da b igorna e do o fá. Página 4 97 de 633
deve viv er com mulher branca e morre ferid o pelas c ostas. Po r causa de
uma pess oa pode perder a vida, o inimigo es tá dentro de sua própria casa e
por ter cabeça ruim acaba sempre recolhido na c asa de terceiros. Este Odu
fala d e fenô menos me teorológicos . Neste caminh o O gun come ajap á e se
of erece inhame a O batalá. 5 5 - O vitiligo ou vitil igem é uma afe cção cutânea
caracteri zada pelo aparecimento de pla cas brancas ce rcadas de ár eas mais
esc uras pr ovo cadas po r má distribuição do pigmento cu tâneo . Página 49 8
de 633
Dice Ifá
coroa co m dezess e is ekodi dés, passa-se sobre o o pon rezando-se Otur aká
e se co loca s obre o igbá do Orixá, seja qual for . As mulhres deste signo
enco ntram a verdad eira felicidad e cas ando -se co m um Babalawo. Por este
Odu Oru nmilá recomendou a Ogun que fos se mais calmo e que quand o se
zangasse, não atirasse as co isas longe, co mo co stumav a fazer . Ogun não
deu at enção aos co nselhos e co ntinuo a agir da mesma forma até q ue um
dia, ao chega r em casa abo rrece u-se diant e de uma co isa banal e cheio de
raiva atirou se u facão co m fo rça co ntra a parede. A arma bateu na par ede e
voltando cravou-se na barri ga de Ogun, fe rindo-o gravemente. A pess oa deve
seguir as orientaçõ es de Orunmilá par a não s ofrer sérios dano s. Pági na 500
de 633
Dice Ifá Te m que ter mui to cuidado c om o peraçõe s cirúrg icas. Aq uilo que
busca fo ra de casa pode ser enco ntrado dentr o dela . Um d esco ntrole
emo cional po de custar- lhe a vid a. Não deve se r tão inf lexível, deve agir co m
mais calm a e o bserv ar que algu mas co isas não s ão tão graves co mo
parecem à pri meira vi sta. Tem fama de s er bruxo e de po ss uir muitos
co nhecimento s mágico s. Deve cuid ar da parte interna de seu co rpo, po is tem
tendência s a so frer problemas de diarréias, co lite e do f luxo sangüíneo Em
sua f amília existe pes s oa paral ítica ou que m orreu co m paral isia. Tem que
cuidar muito bem do f ígado. Este Odu as sinala a existência de um morto que
deseja aju dar a p ess oa, mas não cons egue por lhe faltar luz sufi cient e, o
que lhe causa grande sof rimento . A pesso a tem q ue o rar por este es pírito e
acender-l he velas para que pos sa evo luir e lhe trazer o auxíli o ne ces sário. Em
sua c asa é co mum sentir -se cheir o de erva s o u de es perm a. É pre ciso
agradar Omo lú. A pess oa está s endo vigiada e po de se r surpreendida. D eve
presta r atenção para não se r roubada o u perder dinheir o na rua. A pesso a
anda em busca do co mpanheiro ideal q ue tenha paciência suficiente par a
supo rtar suas malcriações e gross e rias. Nada lhe cai bem e para ser feliz
tem que faze r Ifá, rece bendo Awof akan ou A k of á. Se fo r mulher tem que,
além de receber Akofá, cas ar-se co m um Babalawo. Página 50 1 de 633
vermelha, pr ende neles um papel com o nome de s eus inimi gos, passa no
corpo e despacha na encruzilhad a. A pess oa tem que assentar Ox ós si o mai
s depress a pos sível. Tem que ter muito cuidado co m uma filha que é muito
saliente, p o r causa dela po derá ter q ue matar alguém. Não deve criar filhos
dos o utros , pois depo is de crescid os se transfo rmarão e m seus maiores
inimigos . Existe um Egun que fi ca parado na po rta da casa da pes so a e que
lhe dá pr oteç ão. Deve-se co loc ar uma pedr a at rás da porta par a que ele se
ass ente e s acrificar, uma vez por ano , so bre esta ped ra, um gal o branco .
T rata-se do es pírito de um ind ígena ( cabo clo ) muito podero so . Te m que
of erecer frutas à Iy emanjá e sac rificar-lhe, de vez em quando, do is galos cari
jós que são despac hados no mar. Página 502 de 633
Dice Ifá A pess oa deste Odu tem que ass entar Olokun e dar co mida a
Iyemanjá e a Elegbara. S e maltratar filhos de Iyemanjá a sorte vai-se embora.
Se co meter fal tas com Iyeman já ou O lokun, pode afo gar-se no mar. Este é o
caminho de Awo Falolu e da pérola negra. Neste c aminho Elegbara t orno u-se
prisio neiro. Oxun and ava com ho mens na es perança de obter um mar ido.
Dice Ifá A pess oa tem que tomar borí com banana maç ã. O Awo des te Odu
tem que faze r ebó todas as veze s que part icipar de uma ini ciação de
Babalaw o, Akofá o u Awofakan. Se mpre que surge es te Odu, o Awo tem que
co rtar um ekó ao meio , regar co m epô e of erecer a El egbara. O filho deste
Odu tem u m guia es piritual árabe. Aqui terr a e ma r se dis tanciam. E BÓ EM
OT URARE T E Um galo, uma ga linha e um p ombo . Os bi chos são pass ados na
pesso a, s acrifi cados e depois co midos por todos o s que estiver em na
casa. Os osso s, as pe nas, e todos o s restos, são co locados numa li xeira e
deixad os na frente de casa. C oloc a-se em Elegbar a um galho de álamo co m
três casco s de igbín e tr ês chocalhos de casc avel amar rados . Coloca- se a
clara de um ovo num copo , se apresenta a Olorun e o f erece-se a um es pírito
oriental par a que ajude a pesso a.
EXÚ DE OT URARET E Para montar este Exú a pess oa tem que, pr imeiro,
reco lher uma pedra qualq uer numa e ncruzilhada de rua. A massa é preparada
misturand o-se à tabatinga, o s s eguintes ingredi entes: Pó de ekú, de ejá,
milho torrad o, ataré, mel, epô , o tí, o bí, orogbo raspa de 21 tipos de madeiras
de árvores de Exú, sete f olhas diferentes de Ex ú, se te raíze s de plantas de
Exú, três f olhas de cans anção , terra de fo rmigueiro, varredur a de uma igreja,
terra de uma mata, de uma praça, de quatro esquinas, raspa de chifre de b o i,
pó de penas de c abeça de co ruja, uma cabeça de pombo, uma cabeça de
galinha , três búz ios para os olhos e a bo ca, uma lâmi na de faca para o alto
da cabeça, um eleké de Orunmil á e um de Xangô para o pesc oç o. Modela-se
na fo rma de uma cabeça humana. Pági na 505 de 633
REZA DE OT URAXE Oturax e Baba Yengue idá k udá irú kukú i sé kuté o bere
ketá oni Babalawo to iba Exú. Axé Olofin Iyá kudá irú kurú isé kuté obere kutá
ono Babalaw o. Lodafun O runmilá ise kut nifá to iban Ex ú. Este Odu é filho de
Otura e Oxe. Saúda- se cantando: Oxe be, Oxe be Axé to. Oxe be kebo fi
komadura. Axé to O xe be to iban Ex ú. Este Odu ass inala que fo ram cumpri das
as determinaçõ es de Olo fin. É caminho de Obatalá. A qui o afil hado, por
oc asião da morte do padr inho, he rda o s eu Axé. Nes te Odu, o pad ri nho tem
que dar os direitos ao afilhado, caso contrár io, o Egun que aco mpanha o
afilhado po de matá-l o. É Odu de B abá Egun. Aq ui a mulher tenta do minar o
hom em. Coloc a -se inhame para Obatal á. Para Xangô of erece-se
banana- da-terra e f ruta-do-co nde. Par a salvar um casamento , o ferece -se um
pombo às cabeças do marid o e da mulher . Na mesm a no ite têm que faz er
sexo. Aq ui nasceu o reflex o dos três s eres que acompanham o se r humano
durante a vida. O eleké de Orunmilá do Awo deste O du tem que levar um
pedaço de o ss o da mão direita de um Eg un. Pági na 506 de 633
Dice Ifá Quand o s e faz e bó de opo n por este Odu , enquant o s e roda o ebó
sobre o tabuleiro com a mão esquerda, com a direita vai-se jogando iyerofá
em cima dele, sem pre cantando a cantiga acima desc rita. Este Odu é da
Terra Fulani . A pess oa deve ter uma i magem de Buda em sua c asa. A pesso a
o o kpel e. Este Odu determi na que a pesso a tenha que faze r Ifá, rece ber
kuanado, assentar Iyansã, Osain e Omolú. Quando este Odu surge em atefá,
a primeira coisa que se f az é lav a r as duas mãos de Ifá co m o mieró, depois,
quando termi nar o Itá, o padrinho, o Ojugbona , o Obá e o Awo têm que tomar
borí com uma co tia. Depois a co tia é defumada e se e spalha pela casa para
que vá se desfaz endo, e assim, afastando as mo lésti as que este Odu-I fá
traz para as autoridad es sace rdotais que part icipam das cerimônias em que
ele sur ja. Neste O du, seja qual fo r a mensage m, tem-se que faz er ebó para
garant ir a so rt e. EBÓ EM OT URAFUN D ois po mbos brancos , duas cervejas
brancas, dois e kú, duas favas de atar é. Depo is de feito o ebó tem que dar
borí par a que a so rte se ja garantida. Quan do surge es te Odu num jogo de
okpele, pass a-se e pô no okpele ant es de co ntinuar a co nsulta. Página 50 8 de
633
Dice Ifá Quando surge num jogo de ikin, passa-se epô nas mãos, lava-se
com omieró, s ecase e dep ois co ntinua-se a c ons ulta. Este Odu assinala q ue
a pess oa é violenta e pode até mat ar . A co isa mais importante par a as
pesso as deste Odu é o so no. Quando um fi lho de ste Odu es tiver dormind o,
para despertá-lo, tocam-se suavemente os pés para que não se torne
violento. Este é um Odu de nego ciant es, onde tanto se obtêm a riq ueza
como a miséria repentinamente. O dono deste Odu tem que oferecer uma
cutia a Obatalá par a l ivrar-se das maldiçõe s. Ofe recem-se duas galinhas
pretas a Orunmil á para que o Awo não s e prejud ique. Neste Odu nada mo rre
sem antes ado ece r. Faz -se e bó c om uma língua bovi na t emperada com
cânhamo e mil ho sec o e o ferecese um pombo branco à cabeça. O dono des
te Odu tem que dar co mida a um ri o, depo is, enfia a mão na água e retir a
uma pedra q ue será a base do fundame nto de um ass entamento que terá
que faz er um dia. Pág ina 509 de 633
Ejelemere asarei f enixe ki I fá Aje adifa fun Orunmil á. Adifaf un Oxun. Adifafun
poro yé. Este é o 14¡ Odu na o rdem de che gada do sistema de Ifá. É um Odu
masculi no, filho de Ele mere Wasá e Olomú. Segundo o s nagô s, Irete é
co nhecido também co mo Oji Lete o u Ori At e, qu e significa: "Iporí da Terra"
Em yorubá o termo Ir ete s ignifica: "A Terra co nsultou o Ifá". Irete é um signo
da Terra ( Ile em yoruba e Akungba em fo n) e de domínio terres tre, desta
fo rma, tudo o que está morto lhe per tence. Sob sua égide nasceram os abce
ss os, o s furúnculo s, a varí ola, a lepr a e uma febre erupti va e mortal
conhec ida co mo "Nutité". Este signo não deve jam ais ser mencionado na
co mpanhia de Oxe Meji . "Boko no n ma do o" (Um adiv inho jamais pronunc ia
este no me), o que signi fica dizer qu e o s amo lu ger ados pelo enco ntro
destes dois signos, não podem ser mencionados pelo s se us verd adeiros
nom es. Represe nta a perso nificação de Omo lú e uma d as princip ais in
terdições que impõe aos seus filhos é de matarem formigas. O Awo deste
Odu tem que ser m u ito co rajoso e necess ita fazer ebó em s i mesmo co m
muita cons tância, para li vrar-se da influência negativa dos seus arajés .
Sempre sabem co m antecedênci a o que lhes ir á ac o ntecer d e bom ou de
ruim. Irete Meji rece beu de Olo dumare o po der de ress uscita r os mo rtos, po r
este mo tivo e nfrenta e insulta I kú que nada pode f az er contra ele . A s
pess oas de Irete Meji têm a proteção incondicio nal de Oxó ss i e de Omolu.
Este Odu r ecebe e distrib ui so bre a Terr a, tudo o que se po de desejar da
vida. Página 510 de 633
s eko didés e dez es seis pulse iras de marfi m. O Awo deste Odu o ferec e um
galo a Eleg bar a dentr o de um c esto . Neste caminho Orunmil á avisa ao Awo a
chegada de sua mo rt e com dezes seis dias de antecedência. Os filhos
deste Odu são pesso as cheias de graça e dul çura e, por isto, co stumam ser
vaidosas e suas palavras em relação ao s o utros co s tumam ser cheias de
ironia e sátira. As pessoas podem facilmente ser enganadas por eles. São
descrentes de tudo, consideram-se insubstituíveis, acham que ninguém os
mer ece, mas s of rem mui to em deco rrência de seu própr io o rgulho. Gostam
de viver e de ve stir- se c om certo luxo e vivem gaband o-se e exaltand o s uas
qualidades, achando-s e superi ores aos demai s. São incap azes de
sacrificarem-se por quem quer que seja e só se e sf orçam se tiver em a
certeza de o bter alguma vant agem. Quando se s entem fe ri dos e m sua
vaidade, tornam-se peri gos os, s endo c apaze s até de matar . Não s e arrepend
em do que fazem nem do que dizem. Suas respos tas são co mo punhais q ue
Dice Ifá É um Odu de riq uez as, e ste é s eu ire, mas se mpre traz c ontrari edad
es e armadi lhas. S eu o so gbo provoca es cassez e neces sidad es. Neste Odu
imperam Oxun, Ogun e Nanã Bur uk u. Coloca-se um pe daço de chifre de
vead o no ikofá. Aq ui nascera m as f orças das mão s e dos dentes. Fal a
Logunedé. Foi neste caminho que Ogun fi co u embrut ecido e e nsina porque
os filhos de Ogun não interpretam I fá. Ensina que ant eriormente todo s o s
ogue s pertenciam a Ogun. É es te o O du que deve ser ri scado atrás da porta
de cas a quando s e s acrifica po mbo para espantar ax elú. Ass inala uma
enfe rmidade nas pernas que p ode oc asio nar paralisia. Quando s urge numa
cons ulta, o ferece-se 16 ak arás a Olofin e durante 16 di as f az-se rogaçõ es e
dorme-se co m um gorro verde e branco. Sacrifi ca -se duas co dornas para
Xangô. C om os corpos, retiradas as cabeças, f az-se um pó que de ve ser
misturado ao sumo de fo lhas de r omero para ser fricci onado nas perna s em
caso de enfermid ades nestes membr os . As c abeças das aves ficam no igbá
de Xangô. Por e ste Odu Xangô nasceu em Takpa, conquistou outras terras e
por quat ro vezes fo i cor o ado rei. Ensin a que o primeiro a faz er Santo na
Terra foi Oduduwa e que Orunmil á o inicio u em Ifá. Por este mo tivo o
primeiro a levantar a tesoura e a navalha deve ser o Babalaw o. Neste Odu
Ogun e Os ain se unem, da mes ma fo rma que Olo kun e Osa in. Assinala que a
pesso a que se co nsult a tem qu e faz er Santo ou tomar obrig ação ant es que
deco rra um ano . Ordena que se aprenda as cantigas de Orunmilá. A pesso a
tem vocaç ão mus ical. Proíbe que se co ma gali nha. O A wo tem que co locar
um pé de veado em s e u Ifá. 2 2 - Chifres Página 512 d e 633
Dice Ifá A pesso a é incomodada por ruí dos inexplicáveis em s eus o uvidos,
mas isto é um do m que de ve s er desenvolvi do. Tem que ter cuid ado co m
úlceras nas pernas. Proíbe a seus filho s abrirem bur aco s o u cruzá-los. A
pess oa tem que pr eparar um dispos itivo de defe sa em ho nra de se u Orixá,
que é feito da fo rma que se segue: Pega- se três lenços , sendo um branco,
um amarelo e um azul, amarra- se uns ao s o utros pela pontas e deixa- se e m
cima do Santo, usando-se sempre que houver necessidade. Determina que
se tenha muito respeito a Ogun e à Oxun. Se fo r homem deve cuidar muito
bem de sua mulher e de sua fil ha. A so rte do h om em aumenta na medida em
que cuida do Orixá de sua mu lher. A mulher da sua vida é filha de Oxun. Tem
uma filha que não co nhece , feita em suas andanças pela vi da quand o, sem
saber, engravi dou uma mulher . O po nto fraco do s eu o rganismo é o
estômago. SEGURANÇA DESTE ODU Coloca-se dentro de uma cabacinha:
Terra d e quatr o e squinas, u m pouc o de lama do f undo de um rio e uma
pedrinha retir ada do me smo rio. Sacrifi ca-se uma galinha so bre a cabacinha
e c olo ca-se atrás da po rta. EBO P ARA VENCE R IKU Carne bovina, igbín e pó de
ekú. E ste ebó tem que se r feito à no ite. Página 513 d e 633
Dice Ifá I I I I I II I I IRET ELOG BE IRET EUNT ELU IRET E ENT EBE MORE REZA DE
IRET ELOGB E Irete Ent ebe mo re abiri kolo o mo lubo abata at i Kotopó omó
lubo o w ará yaniyé o mo lubó me ta laba par i ati meta laba merin l odaf un
Igbani, lodafun Laniyé. Este Odu é fil ho de Irete e Ogbe. O Awo des te signo
tem a vir tude de co nse guir bur lar a justi ça. Aqui fo i onde O sain levantou a
mão c ontra Orunmil á, e o bode, def endend o O runmilá, agredi u a Osain. Por
este motivo, até hoje, Osain não po de com O runmilá. As pess oas deste
signo não devem prestar favo res, po is ninguém lhes demon strará gratidão . Q
uando s urge es te Odu, so pra-se água por tr ês vez es e depois otí, tamb ém
por três vez es, na po rta de casa. A pess oa deve evit ar alimentos muito
condiment ados, enlat ados e embut idos , po is tem tend ências a s of rer das
hemo rróidas. Aqui nasce u Obatalá Yeku Y eku . É caminho de Baiyani. Aq ui
nasceu o toque de agogô em ho nra de Obat alá e o mo tivo pe lo qual se
co bre Obatal á co m algodão, o ri e ef un. Não s e deve permit ir a permanência
de estranhos dentro de cas a. A pess oa não deve permiti r que donz elas
durmam em sua ca s a em trajes sum ários , po is pode perder a cabeça e
co meter uma vi olação . Sua cas a é govern ada por Obatal á. Não pode pisar
em cinz as nem em s angue. Não deve co rtar ervas depois das 18 ho ras. Fala
de violação sexual. Pági na 514 de 633
Dice Ifá
este signo numa cons ulta, depois que o cliente sai, deve lim par-se co m um
galo e perguntar se precisa fazer ebó. Se for necessário, depois que fizer, o
ebó é despachado na esquina de sua rua p orque é ali q ue se us inimig os
estão lhe fazendo feiti ços . Assinala ava reza e vaidade. A pesso a faz de tud o
par a que seus fi lhos s e casem c om pes so as de din heiro o u de posição
elevada, embo ra não exista amor . Isto tr ará infelicidade e revo lta que
ocas ionar ão muitos problema s no relacionament o da pes so a com o s
filhos . A pess oa teve duas mães, uma que a criou e o utra que a pari u. S e não
recebeu a devi da atenção do pai, e se ele já for mo rto, deve ofe recer u m
bode velh o para obter sua ajuda e pr oteção . Este Odu tr az do enças tais
como : cirrose, problemas intestina is, hemo rróidas, infecç õe s da gar ganta,
problemas co m o sangue e com o s o sso s. As fo lhas d este Odu são: E we
laxéo, (Cordia collo co ca), ewe tete (Br edo sem espin ho Amaranthus vir idi) e
ewe sans an (Espéc ie de tr epadeira d a família d as co rcubitáceas cujas f lores
se assemelham ao jasmi m). A pessoa deste signo, s eja de que fo rma viva,
sempre s erá vítima de inveja e de calúni as. Página 515 de 633
Dice Ifá Fo i amald iço ado quando ainda es tava no ventre de sua mãe.
Assinal a, no ho mem, co águlos de secreçõe s na próstat a. Neste caso a
ingestão de bebi das alcóo licas po de ser fatal. Se a pess oa cuid ar
corretamente de Ifá, dos Orixás e dos Eguns, poderá possuir tudo o que
desejar em sua vida. Tem que ter cuidado para não se r roubado , quer seja
em bens materi ais, por pesso as viv as, quer seja em sua so rte, pelos mortos.
Deve evitar que uma pess oa de vid a torta per no ite em sua cas a. Isto
acarret ará problemas co m a justiça. A qui a babosa ro ubava de Obatalá que,
depois de faz er ebó co m cinzas e otí, lo grou desco brir o ladrão. Pa ra acab ar
co m a co ceira que sente na garga nta, a pesso a deve faz er gar garejos de
ewe sansán (Trepadeira da família das corcubitáceas cujas fl ores se
ass emelham ao jasmim ) com a água da quar tinha d e Oxun. Para assegurar a
t ranqüil idade e a segurança de sua cas a, deve co loca r dois c asco s de igbí n
atrás de s ua p o rta. Deve ter uma bandeira br anca em sua c asa, pois,
O Awo deverá colocar o o pon so bre sua cabeça, rezar os dezes sei s meji
além deste Odu e regar toda a casa co m omieró , usando para isto o irukere
de Ifá, e nquanto canta: Tatar egun mo gun mojo ko nifá. Pági na 517 de 633
Dice Ifá
Dice Ifá II I I I I II II I IRET EIWORI IRET EYERO IRET EYERUG BE IFÁ REZ A DE
IRET EIWORI Ireteyero Orunmilá lorubó to iban Ex ú. Telebo ibo kobo Babá
Olorun. B abá adukpé to iban Exú. Este Odu é filho de Irete e Iwori. Aqui os
Awo co locaram t odo o s eu dinheir o no ebó e, ao ver o que se pass ava,
Orunmil á lhes pergunt ou co m que iriam viver. Assinala que e xiste gente
trabalhando às esc ondidas para roubar uma mulher . Aqui fala o cup inze iro.
Aqui o pavão real di z: Com um s ó dos me us o vos que at ire, destruo o
mundo. Tudo o que entra na casa do Babalaw o, é Orunmilá quem leva. Aqui
nasceu a economia e as agências bancárias. Nasceu a matemática. Falam
os espír itos dos caboclo s. Deve- se of erecer- lhes flo res. O fi lho de Obata lá
era muit o des obediente. A pesso a deve r efre sc ar-se c om um leque de penas
de pavão para r edimir-se de seus pecado s. Este Odu i nd ica que a pess oa
tem que fazer Ifá. O Aw o deste signo só deve ini ciar set e pess oas em Ifá,
porque depois da sétima começa a perder as suas forças. Se Orunmilá lhe
der permi ssão po de, dep ois de faz er os ebó necess ários, f azer mai s seis
pesso as e nenhuma mais. Neste cami nho e xistia m dezes seis pavões reais,
mas de t odo s, só treze se salvar am, os o utros sucumbir am nos caminhos
da vida. Aqui os homens desco briram o co mpasso e o esquadr o para
aperfeiçoarem o círculo e o quadrado. A pessoa será sempre persegui da
pela inveja e pe la traição . Página 519 de 633
Dice Ifá No se u quadro e spiritual exi ste um Egun cujo f undamento ninguém
jamais co nseguirá de c ifrar, pois, c ada vez que se apresenta, o faz de forma
diferente. A mulher que tenha este Odu em Ikofá, sendo filha de Xangô, não
deverá j amais, viver na co mpanhia de um Bab alawo, pois is to o casio nará sua
morte. A pessoa s e enamora de alg uém que possu i defeitos físico s o u
mo rais e isto pro voc a muitos co mentári os negativos. A mulher p ara quem
saia este Odu so fre a influência de pr os titutas que já mo rreram e que faze m
com que seja d esmaz elad a cons igo mesma. Tem que oferecer um gal o
caipir a à sua ca beç a para não perder a memó ria por co mpleto. Aq ui nasceu
o c os tume d e se po darem as árvo res. N asceram os f unerais cercad os de
pompas e luxo. Os filhos deste s igno têm que r aspar seus co rpos de dez em
dez dias e podar a s árvores de suas casas todo s o s a no s. O Aw o deste Odu
tem que prestar j uramento em Orun . Tem que recebe r Osain, Oduduwa,
Olofin, Olokun, Orixaoko, Omolú e Pinado o mais rápido possível porque,
muito em breve, se distanciar á de s eu padrinho. 4 - O termo "receber" aqui
empregado, t em um s entido diver so daquele que lhe é dado dentro do Culto
de Orix ás no Brasil, si gnifi cando, de fo rma mais co rreta, "ass entar" . É um
Dice Ifá O Awo deste signo , depois de haver feito o juramento e m Orun t em
que, de vez em quando, invocá-l o à meia- noite em ponto, escrevendo seu
Odu no seu própri o peito e faz er sacudi mento co m um pombo c antando:
Shenxe biku, biku Lorun, Egun Orun Ikú awalo de. Orunmilá bawá, Orunmilá
mawá. Depois disto s acrifica o pombo ao teto da casa o u num pé de
cabaceira, toma banho com folhas de alfavaca, marpacífico, orikpepe e
afomam ( Pithecolobium samam) . Em segui da, of erece à s ua cabeça, o bí,
água fresca, carne bovina e uma cabeça de peixe fresco e dorme numa
esteira diant e de Orunmilá. O c arrego é des p achado num rio. Deve cuidar
muito bem de Osain e de seus fundamento s e jamais se parar- se deles .
SEGURANÇA EM IRETEIWORI Ori pi kotó (Didymopanax mo rototo ni), um
pedaço de co uro de tig re, casa de marimb ondo ou de vespa (um ped aço), pó
de ekú, de ejá, dend ê, milho sec o e dez esse is penas de ekodid é. T RABA LHO
EM IRETEIWORI M onta-se um bo neco cujo tamanho co rrespo nda à di stância
co mpr eend ida dos pés à cintur a da pesso a. O boneco é carr egado co m o ri
de três pintos de peru , co lmilho, pele de tigr e, minhocas, cabeça de pavão, o
pênis de um cachorr o preto, ca beças de do is peix es, abelhas, um os so de
obinin , cabelos de uma mulher morta, eko did é, mo rcego, fo lhas de br edo, de
guaco, ewe ni (Yindigofera suf fruticosa), ewe o lo butojé (Pi nhão ro xo), cardo
santo, iroko, e ébano. Come carnei ro e ajapá. O Awo deste signo não pode
viver co m mulher que seja fil ha da Oxun porque, mais c edo ou mais t arde,
ela pode o casionar a sua morte, ao conhec er outr o homem que a amar rará
co m f eitiço s para que vá vi ver em sua co mpanhia. Este Odu é capataz de
Egun. Através dele, O x un Ekin Orun vem para conduz ir ao Orun as almas
daqueles que acabam de falecer e Aw o Ekun Ak alamgbo é o seu me nsageiro.
Neste c aminho os pais iso lam suas fi lhas d o mundo para q ue ninguém as
vejam nem as namo rem. Quando o pai assume e sta atit ude , a fi lha se vai
co m o primeiro que aparece. Neste O du a mulher dá borí no marid o e o
homem na mulher. Página 521 de 633
CÂNT ICO DO O DU Ojik í jikí otá lo mi ô . Ojokí jik í otá lo mi ô . Ojokí jik í agbado
okumá. Ojikí ô! Página 522 de 633
Dice Ifá I I II I II II I I IRET EDI IRET EUNT EDI REZA DE IRET EDI Irete Unte di
amadá nimi adi faf un awan lori tanx elú alare os i amudi A w o Bo rí Os á Ifá ni
kaferefun O lofin, Iyemanjá, Obatalá, Orunmilá at i bogbo kaleno Oxá. Este Odu
Dice Ifá A pess oa tem que co locar limpa- pés na e ntrada de sua cas a para
que todas as pess oa s que ali vierem; dei xem o mal que trazem c ons igo
naquele local. I fá o rdena q ue to do s o s Babalawos, Iyalorix ás e Babalo rixás
se unam para q ue não se percam os fundament os religios os dos Orixás.
Iyemanjá o rdena que s e cuide muito be m das crianças, princip almente
daquelas aband onadas e, quando f or neces sário, que se lhes f açam o
Santo . Fa la d a guerra entr e Os ain e Orunmilá q ue é a guerra entr e o s
Babalos ain e os B abalaw o s pelo po der de cura atr avés do s vegetais. A
pesso a dorme espalhad a na cama. Neste Odu o dinheir o sujo deve s er
trocado por dinheir o limpo. A qui nasceu Kolé M osá que tem a fo rma de um
dragão. Assinala dí vidas com O mo lú por causa de uma cri ança. Em oso gbo
significa que Oxun es tá brava co m a pess oa por haver come tido uma falta
co ntra um a de s uas filhas. A pesso a tem que se cuidar p ara não s er atingida
por um fe itiço qu e alguém lhe fez . Não deve co nfiar em ninguém. Deve ter
cuidado para não adquiri r algum tipo de do ença s exual. Tem que pegar todos
os seus utensíli os de vidro o u de louça que esteja m lascados o u estala dos,
co loc á-los na es quina e r egá-los co m aguard ente para der rotar seus arajés.
Em oso gbo ass inala caminhos fe chados e é preciso, para ab ri-l os, faze r
ebó muito bem feito. Par a que nenhum mal entr e em sua casa, é preciso
desp achar a porta, t odos o s dias, co m água fresca. Pági na 524 d e 633
sua se gunda mão de I fá. O gr ande pr oblema deste signo é que nele, nunca se
tem s egurança de nada. Aqui , Iyemanjá puxa par a um lado , Ox un para outro
e O batalá para outro mais. Página 525 d e 633
Dice Ifá Signifi ca dizer que a s ituação é sempre instável e a c ada três dias
pode mudar de fo rma ra dical e imp revisív el. A pess oa so fre a ação de um
trabalho que lhe fi ze ram com me l e v egetais, para q ue deixe sua cas a e
abandone s ua família. Obatalá mand a que a pess oa não be ba nada que
contenha álcoo l para não so frer g raves co nseqüências. A pesso a é imita da
s em qualquer suce ss o para quem a imi ta. Neste Odu co loca-se uma mo eda
de o uro em Oxun para nunca mais tir ar. A pess oa deve ter muit o cuidado ao
lidar com fo go po is existe o risco de se queimar acid entalmente. É muito
inteligente e astuta, toda vez em que prati ca algum mal, o faz tão bem fe ito
que não deixa qualq uer pista e ou tra pesso a leva a culpa d o aco ntecimento.
T RABALHO PARA A CA BEÇA Um galo caipira, raiz de co ral, c urralinho, tudo
bem tritur ado. Sacrifi ca-se o galo para Xangô deixando o ejé es co rrer so bre
a cabeça da pess oa a ntes de cair no igbá. Neste O du, leva- se O sú para o
quintal, sacrifi ca-se uma f ranga par a ele e despejase epô quente por cima e
depois água f resca. Deix a-se tr ês dias do lado de fo ra. Este tr abalho se rve
para que a cas a da pesso a não seja des feita. Pág ina 526 de 633
Dice Ifá II I II I I II I I IRET EWOR IN IRET E WAN WAN REZ A DE IRET EWÓRIN
Iretewónrin Odubiri fobó adifafun Orunmilá Obarabaniregun wanká win win
Osain yo ro yo ro. Este Odu é fi lho de Ir ete e Owó nrin. Aqui foram criados o s
jardins. Nas ceu o axé e as energias co ntidas nas flores. Faz co m que o s
perfumes das f lores s e es tendam sut i lmente. O o tá de Elegbar a, nes te Odu,
é reco lhido no s pés de uma árvore na beira de um rio. O pica- pau, co m seu
canto, desco bre o nde está o seu ninho. Fala d e rios trans bo rdantes e de
redemoinho s. O Elegbar a deste Odu leva tr ês f acas , po r ter vivido e m três
terras diferentes . Assinala viag ens a lugares distantes. Fala de uma mata o
nde vi ve um Egun q ue reconhece a pesso a pelo se u asso bio. A ssinala a
Dice Ifá Se o pai do cliente fo r vivo, saindo este O du, pode ser que venha a
falece r dent ro de um ano . Quando este Odu sai em atefá para um ini ciando,
o padrinho po de vir a morrer d entro de um ano. O Awo tem que dar um cabrit o
a Elegbara par a evitar q ual quer malefício. Não se permit e a ninguém
ass obiar na porta de casa. A pesso a é incrédul a e chega à reli gião po r
simpl es curiosidad e. Não segue o s co nselhos de ninguém nem faz nada do
que lhe mand am e, quando se vê enrascad a, quer fazer tu do de uma só vez,
mas aí já é tarde demais. Tem uma filha, na qual se projeta. Se des eja vê-l a
feliz, mande-a fazer ebó e não permit a que vá ao rio. A mul her está gráv ida e
o filho que c arrega não é de e u marid o. Existe um elevador que po de
represe ntar um grande peri go para a pes so a. Este Odu pr oíbe que se
poss uam pássaros preso s e m gaiolas. E BÓ EM IRET EWÓRI N Um galo, um
pombo , uma co rrente, milho e mo edas. Pági na 528 d e 633
Dice Ifá I I II I II II II I IRET EBARA IRET EOBÁ R EZA DE IRET EBARA Irete Obá bijé
lo dafun O runmilá, Iyalode ati Obinin. Ak ukó, owunkó lebó, i ntorí I kú, intorí
arun, afi e lebó . Maferef un Xangô . Kaferef un Oiyá. Este Odu é filho de Irete e
Obara. A pessoa não deve guardar dinheiro nos bolsos. A pessoa tem
órgãos deslo cados e tem qu e faz er ebó co m nerv os de boi. Assinal a a
presença de s ífilis. A pesso a tem que buscar a so rte na rua. Está so b
ameaça de um inimig o que pretende queimar sua c asa e destruir sua f amília.
Um efeminad o pode es tar apaixona do pela pesso a. A pesso a não c umpre o
Dice Ifá A pess oa é protegida por alg uém que merece sua to tal
co nsideração e apreço . Está sendo segui da pela morte. Deve ter cuidado
co m a sífilis ou co m infecç ão numa das pernas. Tem que cuidar b em de
Elegbar a e dar comida a um Exú na esquina de s ua rua. Se tiver q ue viajar
deve ter cuidado para não regress ar sob prant o. Se us negó cios andam mal.
Exis te uma pe ss oa que vai co nvidá-la a um lugar qual quer onde lhe f ará um
feitiço para que adquir a chagas nas pernas. Isto tudo po r pura inveja. Tudo o
que a pesso a plane ja, os o utros desbaratam por i nveja. Sua vida está
atrasada po rque co stuma maltrat ar suas mulheres. Se quiser progredi r deve
mudar d e atitude di ante delas. Sua so rte depende de trat ar bem às mulheres.
O desco ntrole sexual pode ser a sua destr uição física e moral, quer seja
hom em o u mulher . Neste Odu Obaluaye f oi expul so da Terra L ukumí p orque,
tendo se relacionado s exualmente com Baiyani, tr ansmitiu- lhe sua d oenç a. A
pess oa tem que s e mudar d o lugar onde vive po is, enquanto ali permanecer ,
não dará nem um pass o na vida. Para que pos sa mudar , tem que faz er ebó.
T RABALHO PARA A IMPOT ÊNCIA Passa-se um nervo de to uro no co rpo da
pess oa, sacrifi c a-se um ajapá so bre o nervo, e m cima de Xangô. Raspa-se o
nerv o, mistura-se c om vinh o seco e o vo de gansa. Tomase um cáli ce pela
manhã. Página 530 de 633
no c ulto de Orix ás. Em sua casa tem que haver Babalawos e B abalorix ás .
Aqui nasceu o cos tume de golpear -se a borda d o opo n co m o irof á. Assinala
traição de afilhados. Página 531 de 633
que não lhe pertence p ara não passar por gr andes dece pçõ es e vergo nha.
Aqui Omo lú co ntraiu as doe nças m alignas d e que é po rtador, po r não querer
obedecer às o rientações e co nselhos dos mais vel hos . Página 532 d e 633
guardada até ho je po r Ir etegundá, que c anta para ela: I retekedá iwole arareo
ni oun bak oye. Nasceu a deco mpo s ição dos cadáv eres e de toda a matéri a
orgânica. Nasceu O ku Lobó O sixá Inton Egun. A qui Omol o me carne de ce rvo.
Fala o Espíri to de Agamú que, saindo das entranhas da Terr a ensi no u ao s
homens que os Deuses se aliment am com o sangue dos s acrifícios. Est e
Odu r ece be o no me de Alew ajade, o exo rcizador das fo lhas. É ele quem tir a
das ervas a m aldi ção que Obatalá l hes lanço u. Ass inala pr oblemas dentro de
casa. Exi ste uma disputa p or causa de um terreno. A p ess oa deseja
enco ntrar um camin ho novo e s eparar-se d e algo de que não e stá de aco rdo,
o u então , e xiste alguém querendo livr ar-se de sua tute la. Página 533 de 633
Dice Ifá Na cas a da pesso a baix am Santos que nem se mpre dizem a
verdad e. A pess oa vive la mentando-se, mas não gos ta de co nsultar -se nem
faz er ebó. Pos sui três inimigos que des e jam prejudicá- la, mas que não
sabem faze r ebó par a isso . Neste Odu Obat alá troco u o c ão p elo ganso.
Fala de uma t raição de parte de uma pess oa a quem se aco lheu dentr o de ca
sa. É preciso muito cuidado para não pass ar um vex ame po r causa disto.
Para se evita r este problema, colo ca-se, dentro de cas a, um cacho rro
branco, pequeno, of erece ndo-o a Obata lá. Neste Odu nasceu o co stume de
se oferecer aos Orixás, as vísceras (axés ) dos animais a eles sacrificados.
Nestas víscer as es tão a vid a, a mo rte e to do o be m. A d oe nça, as perdas e
as co nfusõ es, es tão nas carn es dos anima is. Por este motiv o, não se pode
come r nada de dent ro destes animai s. A pessoa so freu um feiti ço e, po r e
ste mo tivo, vive po r viver, se m nenhuma mo tivação e se m nada aspir ar da
vida. Tem qu e f aze r trabalhos para se livr ar deste estado de desinteress e.
Tem que tomar três banhos para limpar-se , um po r dia. O primeiro banho , de
co rpo inteir o (inclusive a cabeç a), com f olhas de ewe ekisan (v erdolaga) , ewe
tabate (Rompesaraguey), afom am, canela sassafraz, ewe ayo ( Guacalote),
ewe yá (Gossypiospermum criophorus), e we yeye (Spondias cironella), ewe
waákika e yamao. O s egund o (do pesco ço para baix o) , c om fo lhas de
aberikunló. O terceiro com fo lhas e flo res de o nze horas, (incl uin do a
cabeça). Neste caminho f alam Obatal á e Oxun. A pesso a tem que assentar
Orixaoko . Existe uma maldição lançada pela própria mãe. Quando um Awo é
roubad o ou prejud icad o de al guma forma, o s o utros Babal awos invocam
este signo so bre o opo nifá, fazem a sua re za e depois so pram o iyer of á
mental izando o s araj és. As pesso as deste signo não devem encar ar no
rosto de nenhum defunto para não serem persegui das pelo mesmo . Têm
que da r co mida à port a de casa para que a so rte que ali está parad a pos sa
entrar. Página 534 de 633
Dice Ifá Nes te Odu, quando s e dá borí a alg uém, tem-se que ter muit o
cuidado para que a negati v idade daquela pesso a não af ete o oficiante.
Iretegundá é o co veiro de toda a sua f amília . Para que venha a so rte,
colo ca-se um c esto de frut as embaix o da cama e, no dia seguint e, s e
despacha no mato. Par a obter- se pros peridade, o ferece -se uma espig a de
REZA DE IRET ESÁ Iretetomusá kere Aw o mo waye omó Xangô . Omó Oiyá
Ayeni Ifá o ni Babal awo o mó O b nko banjo ko. Ifá Bajoko , Orixá Bajoko ,
yenjoko jeni Ifá iyereni k aferef un Xangô , mafe ref un Orunmilá. Este Odu é
filho de Ir ete e O sá. Este é um Odu de infelicidade. A pesso a nunca fo i fel iz e
quando enco ntra a felicidad e, não co nse gue mantê- la e a per de
rapidamente. A p e s so a é maltrat ada física e m oralmente po r sua própria
Dice Ifá Nes te Odu a pr oteção vem da mulher , mas so mente quando ela
aceit ar a religião do e spos o, do co ntrário o casamento se rá um fr acasso .
Dice Ifá
SEGURANÇA DE I RET ESÁ Uma quar tinha d e bo ca larga, um ramo s eco , terra
de cupinz eiro, lama de rio e do mar, ewe dundun (sempre-vi va), ajéko bale
(Cróton amabilis), orquí dea , atiponlá, ewe tabat é, pó de cabeça de po mbo,
pó de cabeça de pat o, pó de cabeça de galo, pó abeça de co dorna, pó de
cabeça de gavião e pó de cabeça de pe riquito. Enfeita-se a quar tinha com
co ntas pretas e amarelas alter nadas. A pess oa tem que ter mui to cuidado
par a não perder papéis de valor . Tem que o ferece r pó de ekú, de ejá e epô
pupá par a Ogun. Não de brigar para não se r aband onada pela so rte. Não deve
sentar- se e m cadeiras quebrad as. O que tem que faz er deve ser feito s em
demo ra. Não de ve pegar chuva. Quando sair de casa deve ace nder uma vela
aos Eguns para que não a pertur bem em se u caminho. Não deve as sinar
documentos sem antes ler bem a s ua minut a. Não devem co mer frut as qu e
lhe sejam dadas. Tem que ass entar Odud uwa e Obaluaye. Neste c aminho
Olofin tom ou o opo nifá d e Xangô po rque este só vivia meti do em fe stas e
orgia s. A pesso a não pode co mer al iment os quent es, salgad os e picant es.
Leva a culpa de atos praticados po r outros. Deve o ferece r um ajapá e um
galo para Xangô e depo is co loc ar amal á bem quent e dir eto dentro do igbá.
Despacha-se, depo is de três dias, no lugar indicado pe lo jo go . Assinala
doe nças cardíacas. Caminho de Iyansan. Pági na 538 de 633
REZA DE IRET EKÁ Ireteká o má ni ateká adifafun Inure, adifafun Ateká lebó ,
eiyelé, akukó lebó . Este Odu é filho de Irete e Iká. Assinala pr oteç ão de
Oxós si, Obatalá e Xangô . Aqui nasceram s fi gueiras e a meditação humana.
Neste Odu as pesso as se perdem pel o orgul ho e a so berba. O dono deste
Odu, par a so brepuja r seus inimi gos, tem qu e ass entar Osain c o m todos os
fundament os . Todos os axés de seguran ça plant ados po r este caminh o;
têm qu e l evar olhos de co bra e se rem revestidos co m pele deste animal.
Neste Odu os fi lhos de Xangô são esco rraçados. Fal a da lut a da água com a
areia. Quando Olo kun qui s e xp andi r seus domínios tentando invadi r a terra
com as águas do oc eano, fo i impedi do po r um a enorme formação rocho sa.
Depois de cons ultar Ifá, e de aco rdo com suas o rientações, Olokun
of ereceu um ebó co m um gal o, um arpão, um anzo l, uma v ara de pesca e um
sambu rá e, desta forma, as águas de tant o baterem co ntra as rochas ,
co nse guiram pulv erizá-l as, transfo rmando-as em ar eia, e ass im, o mar
estendeu-se um po uco mais so bre a terra. Assinala que a pesso a vive uma
luta cons tante pela vida e que não tem desc a nso nem de dia nem de no ite.
Tem que as sentar Ol okun e as ferramenta s do ebó ficam no assentamento.
A pendejeir a era do ce, mas, para poder viv er, teve que tornarse amarga. A
pesso a, por p os suir bom co ração, só tem so frido desil usõ es, ass umindo
carga s que não po de supo rtar ao tentar aux iliar os o utros. Tem que deixar
de ass umir os problemas alheios para ter um pouco de paz e tranqüil idade
em sua vida. Página 539 de 633
Orixás , co locando mais fir meza e ass iduidade nesta rel ação, pois, a fo rma
como vem agi ndo co m eles não é satisfatóri a e s ó tem lhe pr ejud icad o. EBÓ
EM IRETEKÁ U m galo, abi wer é ( ybanthus enne aspermus), f erramentas de
trabalho, água do mar, areia da p raia, um pedaço de arrecife, o sun, uáji, ef un,
obí, o rogbo , pó de ekú e de ejá e muitas moedas . Página 54 0 de 633
Dice Ifá Preocupados foram consultar Ifá que lhes prescreveu um ebó que
so mente a berinj ela e o quiabo fi zeram. É por isto que o s pés de quiabo e de
berinj ela atingem uma alt ura muit o maior que o de tomate. A pess oa tem que
faz er ebó para li vrar-se de um inim ig o que não a deixa prosperar . EBÓ Um
galo, duas galinhas, embiras, uma ces ta, um otá. A pesso a entra no lo cal
onde será feito o ebó c om o galo e as duas gal inha s amarr ados pelos pés
com as embir as, e pendur ados no s se us o mbros e a ces ta com a pedr a
dentro na sua cabeça. C olo ca-se t udo no chão e proce de-se ao ebó
normalmente. Fala de enfermidades na gargant a. A pess oa já não supo rta
mais a carga q ue leva so br e as co stas. Tem uma co isa atr avess ada na
garganta que não a deixa viver feliz. Página 542 de 633
que, ainda hoje, f ala uma lí ngua que ninguém co nsegue co mpreender . As
pesso as deste signo so frem mui to por causa dos próprios fi lhos. So frem
desgosto s co m seus co mpadres e comadres por causa d os filhos. Não
devem co nfiar seus fi lho s ao s cuidados de ninguém para não perderem seu
amo r. Aqui a cotia queria saber o qu e O runmil á falava e go lpeou s ua cabeç a
co m o irof á. É por isto que, no c ulto de Orunmil á, antes de se s acrificar a
co tia, golpeai- se s ua cabeça co m o irof á para que fique ton ta. T RABALHO
PARA CALAR A BOCA DOS INIMIGOS Pega-se uma língua bovina, espeta-se 21
ag ulhas e pendura- se num pé de iroko, dize ndo que ali fi cam se cando a s
línguas dos ini migos e pe dindo a Xangô que se livr e das mes mas. Usa-se
raiz de afo mam para r eter a evo lução do c âncer. Página 543 de 633
Dice Ifá Ass inala problemas no s Órgãos reprodutores da mulher que podem
se manifestar em form a de quistos ou hemorragias incontroláveis. Tem-se
que ass entar Ibeji. Nes te camin ho a c riada passa a s er senho ra e dona de
tudo. A pess oa tem que ter cuidado par a não roubarem suas roupas. Aqui
Obatalá foi preso e amordaçado. Oferece-se galo branc o a Obatalá. Tem
que faz er ebó co m uma cabeça de co tia. Aqui o igbá de Oxós si fica em cima
de um pil ão de amendoeir a. Neste Odu Obat alá come peixe fresco co m
inhame pilado. O runmilá e Xangô comem juntos peixe defumado cozido
co m amalá. Para fazer-se mal à uma p e ss oa neste Odu, pega-se um peixe
fresc o, marca- se Iret etura em seu co rpo, temper a- se c om muito ataré moído
e o ferece-se a Egun em nome da pesso a. Para o bem, pega- s e um peix e
fresc o, marca- se Iret etura, passa-se dendê, o ri-daco sta e pó de ef un, lim
pa-se o co rpo da pess oa diant e de Egun cantando: Egun Baranik u, Ikú Bawá
ebanijé awaya ra, Ikú lade are Egun Agujerun awal ere. Depois disto,
of erece-se o peixe a E gun co m inhame as sado , milho torrado e amalá il á.
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Dice Ifá I I II I I II II I IRET EUNFÁ REZA DE IRET EUNFÁ Ireteun fá akoko oxe aro
biriwo do godó aiyá koxeká bi ajé adi faf un oun B aba law o xelé e ré lebó.
Kaferef un Exú ati Iyalode. Este Odu é filho de Irete co m o Odu Oxe. Seu
verdad eiro no me não deve ser pronunciad o po rque traz uma grande carg a de
negativ idade cada vez que é dito. É neste c aminho que o ho mem mata para
roubar. A pesso a não po de se des cuidar de dores f ísicas, po r m ais
insignifi cantes e supo rtáveis que se jam. Este Odu es palha a morte so bre a
terr a, mata as mulheres grávid as, não crê em nada e faz o mal po r simpl es
prazer. Quando e s te Odu chego u à Terra, a pr imeira co isa que fez fo i abrir
as portas para a mo rte dize ndo: "A go Ikú abilé". Par a livrar-se uma pes so a da
morte, passa- se no seu co rpo: no ve vela s, no ve peda ço s de carne bovin a,
nove pedaços de coc o s eco , nove pedaços de pano de cores di ferentes e
uma boneca de pano. Despacha- se no cemit ério. Este é o ca minho do co che
fúnebre mano brado por Aluj á e que transporta os c adáveres para o cemitéri
o. Onde es te Odu entr a, sai co m um cadáver . O páss aro deste s igno é o
rouxinol. É um sig no de c erimoniais fúnebres . Aqui nasceu a def ormidade de
Dice Ifá Aqui Y ewá tentou des truir o mundo e, para evit ar que tal coisa
acontecess e, tiv era m q ue faz er um ebó co m nove bo necas de cinza.
Quando e ste Odu surge num atefá, jogas e água em Orunmil á e sacrifi ca-se,
para ele, imediatamente, uma galinha preta, par a evitar q ue o mal arr ase co m
a casa. Tem que o ferece r uma cabr a gorda e que já ten ha pr ocriado para
Orunmil á. Orunmilá r eclama da pess oa que não se ape ga a ele. A ss inal a
separação familiar e que alguma coisa f oi perdid a. A pess oa anda ao lado da
mo rte que a quer levar , no que é impedida pelo es pírito de um parente mo rto.
Precisa saber se es te espír ito e de ho mem o u de mulher , se fo r de um
hom em, tem que lhe o ferec e r um galo e se fo r de mulher , uma galinha, par a
tocar tambor . Devem to car o ilú maior , que emite um so m que s upera ao do s
demais. No pé es querdo de seu tambor deve pr ender um chocalho f eito c
om no ve guizo s de cas cavel. P ágina 54 7 de 633
uma Lua cresce nte co m as po ntas vir adas para bai xo. Comanda tudo o q ue
é quebr adiço , quebr ado, deco mposto, malchei roso , putr efato, como a
comida estr aga d a e tud o o que se enco ntra em process o de deco mposição.
Representa a metade do mund o correspondente ao oriente. As articulações
e junt as são provenientes del e e div ersas doenças co mo o s abcess os e a
varíola são de s ua regência. Os nagô s o chamam também, para me l ho r
eufo nia, de Oji Oxe. Oxe M eji teria co metido incesto co m sua mãe e, po r este
mo tivo, fo i expulso para o utra terra. Para o s f on (jêje) , Oxe Meji é a própri a
represe ntação de S akpata, a varí ola e e stá ligad o, de fo rma muit o íntima, às
Kenes i . 1 1 - E spíritos malvados que praticam a f eitiçar ia, co rrespo ndentes
às Ajé dos Nagôs . Página 549 de 633
Dice Ifá Aqui nasceu o hábito de grelhar os alimentos . Nasceram as
árvores, as presas dos ele fantes e a galinha d angola. Este Odu está em
guerra co nstante co m seu irmão Ir ete M eji, por este mo tivo, sempre que
surgem juntos, s eja qual fo r a posição que ocupem n a figura fo rmada, o
nome do Omo Odu resultan te deste encontro não deve ser pr onunc iado
dado a e no rme carga de negativi dade da qual é po rtador. Em seus
sacrifícios , ex ige sempre, 16 unid ades de cada co isa a ser of ertada. Ao
co ntrário do que se afi rm a, os fil ho s deste Odu não tem cargo sac erdotal
dentro do culto do s Orixás. Oxe M eji exig e que se us filhos cuidem dos
Orixás, mas so mente dos s eus Orix ás. Pr enuncia per das de todos os tipos e
em todo s o s s etores da vida. Apesar de ser portador de m ui ta negati vidade,
pode trazer ri quez a e longevidade. Proíbe aos s eus filho s co mer em qual quer
tipo de alimento grelhado ou to stado, c arne de per dizes , galinha d a ngola,
galo e obí de mai s de dois go mos . Somente podem co mer o o bí de dois
gomo s que não pode ser aber to co m as mãos nem s erve para os
procedimento s ritualísti co s. Não po de m tocar em madeir a apodrecida,
carregar feix es de lenha sobre a cabeça, nem usar r oupas de três co res o u
mais. Têm que ter muit o cuidado para não so frerem acidentes den tro de
suas própri as c asas . A discrição é a sua grande arma. A qui nasceram
Dice Ifá
Devem cuidar muito bem do s eu sangue, po is têm uma tendência mui to
natural de adq uir irem enf ermidad es no mes mo . São e spiritualizado s e
excelent es adivinhos. Po ssuem u m Egun q ue lhes fala o que pr ecisam
saber, mas sua maior fo rça está em Orunmi lá e Oxun . São curios os e
gostam de se meter no que não é das suas co ntas, po r este motivo, são p
ropensos a se envo lverem co m a just iça, ocasio nando so frimentos para
eles mesmo s e para outros. Sendo adi vinhos de nascimento, seus olhos
cons eguem ver mui to além d o s o utros . São desco nfiados e dificilm ente
alguém co nsegue enganá- los. Normal mente sof rem do co ração, do s angue,
das pernas do e stô mago e , se ndo mulher , da barr iga. Aqui na sce ram os
os sários por isto, este O du preside às exumações . As mulheres deste Odu
pos sue m uma do tação es pecial par a a adivinhação através das cartas.
Quando e ra pequenino , Oxe Me ji foi abandonado nas margens de um ri o e
fico u ali por muito tempo , andando de um lado para ou tro até enco ntrar
alguém que lhe desse abrigo. As pessoas deste signo são repudiadas pela
própri a famíli a que não lhe têm a míni ma co nsideração ne m o me no r reco nh
mento Po dem ser tr aídas pelos melhores amigos. São filhos de Oxun ou de
Obaluaye. Fo i neste Odu que se jogo u búzio s pela pri meira v ez . Assinala
feitiçari a, amarr açõ es, brig a em famíli a, e se paração de irmãos. Se f or
homem tem que faze r Ifá, se fo r mulher tem que fazer o Santo. Os homens
têm que tr atar muito bem às m ulheres e ter muit o c uidado c om o que lhes
dizem para não se rem mal interpretados . Devem o uvir e se guir os co ns elho s
de suas mulher es e jamais fo rçá-las a faz er sexo. As mulher es não podem
viver co rtand o os cabelos. Pr oíbe a s eus fil hos colo carem cabaças par a
Iyansã. Assinala estado de lo ucura tr ansitório. A pesso a tem a proteção de
Xangô e deve us ar roupas vermelhas. Pági na 551 de 633
Dice Ifá Não po de faze r promes sas a O baluaye. A mulher não co nsegue
manter nenhum homem em s u a co mpanhi a porque eles não c ons eguem
co mpreende-l a. Vive apai xonada por si mesma e s ó s erá feliz na co mpanhia
de um Babalaw o. Disse Ifá: A pesso a é perseguida por Oxun. Se u inimi go
co me na sua mes a. Po de ser tr aído pela pesso a em que mais co nfia. Dê um
co lar e uma pulseira par a sua mulher . Compre cinco perfumes diferentes,
deixe-os diant e de Oxun e us e-os, alterna dament e, so mente nos lenços. Tem
signo ensina- se po uco ou não se e nsina nad a, pois nunca acredi tarão em
Orunmilá e tornar-se-ão inimigos de seus mestres. Quando os Odu foram
chamad os por Olodumar e para faze rem, cada um, um pe did o, Oxenil ogbe
disse: "Desejo que nunca me falte a co mida". Por este mo tivo, n unca falta o
alimento para seus fil ho s. É um Odu d e reis e go vernant es, nes te cami nho
Oxun governa Xangô . Aqui se toc aram os tambo res pela pri meira vez.
Quando a mu lher d o Awo des te signo e stiver g rávida, tem que faze r três ebó .
O prim eiro logo que d esco brir a gravidez, o segundo no terceiro mês e o
terceiro no nono mês. No ebó , se u v entr e é pintado com a repr esentação
dos deze sseis meji com efun, apag a-se co m otí e se o f erece um p ombo ao
ventre. Isto é f eito para evitar que a criança nasç a co m algum ti po de
ano rmalidade. Aqui Elegbar a caiu em três armadilhas, tendo s e s afado pelos
seu s próprios es fo rços das duas pri meiras, da ter ceira, no entant o, só
co nse guiu se livra r com a ajuda de Obatalá. Página 553 de 633
Dice Ifá Quando este Odu sair na cons ulta de um cliente, não s e deve
ensinar nada a ele so b re a religião , po is certamente ele irá come ter uma
traição co ntra o adivinho . Ass inala q ue quando a lua entra em quart o
minguante, a mulher entra no sío , se u desejo se xua l aumenta e fi ca
necess itada d e ho mem. A qui nasceu o segred o do êxtase do co uro ca
belud o, que faz co m que a pesso a adormeça q uand o alguém lhe coça
suaveme nte a cabeça. Fa z-se borí com um pargo grand e que depois é
atirado ao mar com tudo o que fo i utiliza do na ce rimônia. EBÓ PARA
MELHORAR A VIDA E A SAÚD E. Pega- se dois ramos de flo res, leva-se a um
cemitér io, arri a-se o primeir o numa sepultura humi lde e o s egundo numa
sepultura r ica. Depo is, a pes so a volta à sepultura humild e e troca de ro upas,
deixand o ali as r oup as que traj ava quand o entrou no cemitério. Se o pai da
pesso a já for defunto, sacrif ica- se para o Egun, um gal o branco ao s pés de
um iroko. Leva-se a ave sacrifi cada para casa, co zinha-se co m arroz amarelo
e se leva no vamente aos pés da árv ore, entr e gando ali o sac rifício. Este Odu
assinala q ue a pess oa po de per der a v isão, para qu e isto não aconteça, tem
se vai proce der a um d eter minad o tipo de e bó. 3 - Termo fo n que tem o
mesm o significado de Babalaw o em yo rubá. Página 555 d e 633
Dice Ifá Determina que Osain aco mpanhe cada um dos O rixás, o que
significa dizer que cada O rix á pos sui um fundamento co m Osain. As
mos cas quand o po usam so bre a mesa, faz em-n o em grup o e , quan do são
enxotad as, f ogem e m grupo. A pessoa não deve andar em gru po s , pois
so mente se prejud icará com isto . Tem que ter cuid ado po rque po de ir a um l
ugar e tornar- se presa de alguma co isa. Sof re influências ne fas tas de
olho -grande. Pode matar al guém po r causa de uma mulher . Tem que andar
atenta par a não s er roubad a. A mulher deve ter cuid ado e spec ial com o s
seio s. Neste Odu ass enta-se um Egun cujo no me é Baba Ore Ore. Fi ca dentro
de uma panela d e barr o co m um pedaço de o sso humano, um o kutá e ter ra
colhida em tr ês cemit érios . Num pedaço de pano preto marcam- se os signos
de: Oxeyeku - I I I e Oyekuxe - I II II II II I I II II II II II II II Em cima da panela
colo ca-se um bone co de cedr o com braços e pernas ar ticulad os e v estid o
de azul. C om o pano co bre-se tud o. Come um galo e dois pombo s pretos. O
Dice Ifá O Awo deste O du tem que ter marfi m e prata dentro de s eu Ifá.
Quando co mer tem que o ferecer suas so bras a Egun. As pesso as deste Odu
têm que ter muito cuidado para manterem seus fil hos ao s eu lado, po is, po r
falta de dedi cação e de atenção, eles s e dis persam pelo mundo. Têm que
respei tar seus semelhant es para não serem desprezados por todos. Este é
um Odu exclusivamente de Egun. Ensina que Olofin e Orunmil á são aqueles
que tudo sabem. Em Oxeiwori falam se te dores e oito virtudes. Quando es te
Odu s urge em atefá, o padrinho e o Ojugb ona têm que o ferecer um ejá oro
aos seus respectiv o s Ifás; e o afilhado tem que fazer o mesmo assim que
receber K uanado. 4 I T AN DE OXEIWORI Naquele t empo a fo me ass olou a
Terra e to dos se lamentavam da f alta de dinheir o para adq uirirem alimentos.
Foi então que todos resolver am reuni r o que poss uíam para fazerem
co mpras de aliment os que pudess em se r divididos. O pro pri etário do
armazém, desconfia do das pess oas de aspecto miserável , negou-se a
aceitar o seu dinheiro, alegando que aquelas moedas, provavelmente, seriam
falsas. Foi entã o que, quando o desespero já se apos sava de t odo s, surgiu
uma anciã que metendo a mão na própria b olsa, dela retir ou dinheir o para
paga r o aliment o daquelas pesso as q ue, depois de co merem, di ssera:
Graças à Deus já não temo s mais f om e! E a velha revoltad a r etrucou: - ªE a
mim, não dão graças por haver- lhes dado o dinheir o para a com ida? Voc ês
não pass am de mal- agradecid os e, po r este motivo, eu os amaldiçô o para
todo o sempre. Só po derão se livrar desta maldi ção no dia em que
aprender em a reco nhece r e a agrad ece r a quem lhes fi ze r o bemº. 4 - Peix e
bagre Página 558 de 633
Dice Ifá I I II II II I I II OXEDI REZA DE OX EDI Oxedi o ko m ode adifa fun Orunmilá
Oni Barabaniregun Ifá Nire. Ifá kaferef un Iyalode ati Obini. Este Odu é filho de
Oxe e Odi. Par a nasce r tem que faz er ebó, para morr er tem que fa ze r ebó.
Aqui nasceu a inco nfo rmidade da mulher fazendo c om que não e xista
hom em que a satisf aça. Tem que se cuidar muito das pernas. O Elegbar a
deste Odu chama-se La lafan e sua funç ão é limpar e d esf aze r o mal. A
pess oa tem que usar fi o de c ontas da O xun. Osain tinha 201 filhos dos
quais, 101 eram mau s e 100 er am bons. A pesso a n unca se preoc upou em
cultuar Orixá e agora, que está co m grandes problemas , reco rre a eles em
busca de so lução e de dinheiro. C arrega uma carga nas cos tas pesada
demais para sua resistênc ia e que l he fo i impos ta por Xangô. A pess oa é a
luz da rua e a obs curidade de sua própria casa. Tem que ter cuidad o co m
desgosto s o casionados pelos fi lhos. Em seu cami nho vem uma so rte que
só se realizará depois que caírem tr ês aguace ir os . Para que a so rte se
co ncretize, não pode s e mo lhar nem deixar que a chuva lhe caia em cima.
Deve se prepar ar porque está vindo muito trabalho. Está sof rendo críti ca s de
alguém que irá pr ecisar dela. Xangô avisa que não se deve pedir t anto po r
dinheir o porque po de se rvir para pagar o pró prio funeral. Pági na 559 de 633
Dice Ifá Te m que dar g raças à Oxun. E la espera que a pess oa cumpra suas
obrigaçõe s para co m ela. É preciso ass entar E legbar a e Orunmilá. Se f or
tomar borí com peixe f resco de rio. Of erece- se comida à Oxun nas águas de
um ri o. Sacrifica-se galo para Exú e Ogun. TRABALHO PARA A LOUCURA
Oferece-se um pombo branco à cabeça da pesso a e o utro para E xú.
Despacha-se no local determinad o pelo jogo . CÂNT ICO DO ODU: Ogund e
arere i re bombo lokpa Ogun Onile, Ogun Walona, Ire bo mbo lo kpa arere.
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sempre em suas casas, uma jaula com uma cotia dentro. Devem ler com mui
ta at enção os rótul os e as bulas dos reméd ios antes de to má-los, para que,
por engano , não v enham a se envenenar o u intoxicar . Devem lavar suas
casas co m fo lhas de afoman O Aw o deste Odu ab re guerra co m seu
padrinho e depois que tem afi lhados, estes s e afas tam desgostoso s. Fal a
de três pesso as que s e s eparam. Pa ra reso lver todos os problemas e ter
proteção , co loca-se um peda ço de gal ho de afo man com um laço vermelho
at rás da po rta de casa. O Elegbara d este O du leva cabeça de cacho rro e
couro de tigre no seu as sentament o. Neste c aminho co loca-se Eleg bara
come ndo junt o co m Ogun. Te m que assentar Osai n. Foi por este caminh o
que Osain che gou à terra. Sacrifica-se um ajá para Xang ô junto co m Osa in e
Elegbar a. Com a cabeç a do ajá e co uro de tigr e prepa ra- se uma se gurança
fo rrada com f olhas de af om an. Para tirar uma maldi ção , fervem-se f o lhas de
afo man junt o co m um punhal . Toma-se banho co m esta água e e nterra-se a
er va junto co m o punhal. A fo lha litúrgica deste Odu é o afo man. Pági na 563
de 633
Dice Ifá Para que a pess oa não pass e por mudanças na vida, t em que
of erecer um galo a Exú. Se a mulher que se co nsulta está gr ávida, o
surgimento deste O du indica que seu fil ho se rá o mó Elegbar a. Quando sai
este signo numa consulta para um homem, significa que o cliente nasceu
para adivinho e po r isto tem que faz er Ifá. O home m deste Odu não po d e
co nfiar em nenhuma mulher , pois , mais cedo ou mais tarde, so frerá uma
traição . A pes so a já se saiu muito bem de um gr ande apur o, mas, s e
meter -se no utro, não terá o mes mo s ucesso . As pesso as deste signo, sejam
home ns o u mulher es, preferem cô njuges muit o mais jovens que elas e,
para não pe rdê-los, f aze m todas as s uas vo ntades. A mulher v ive com um
homem que não é do s eu agra do. Tem que ter cuid ado po rque o marido
pode rá matá- la por causa de um amante. Se f or solteira tem que faze r ebó
para li vrar-se da influência de um Egun que não permit e que arranje um
marido. Página 564 de 633
espírit a e adivinho. Tem que f aze r Ifá. Tem pro teção esp irit ual muit o
podero sa e repleta d e luz. Atr ás de s ua porta tem um Egun de guard a que
jamais entra em casa, deve co locar uma quartinha, atrás da porta, co m água
e ped acinho s de co co , despac har para a rua e substitui r a cada nove dias.
Tem que as s e ntar Osain. A língua é o chicote do corpo. Quando s eus fil hos
cresce m, vão e mbora de sua co mpanhia. Página 5 66 de 63 3
subestima r ninguém, pois aquele em que meno s pensa é quem irá solucionar
um grand e problema. Neste caminho o s result ad os dos trabalhos só
surgem depois de sete dias. A p esso a tem que se preo cupar m u ito co m a
saúde e o bem estar dos s eus fil hos . Não po de esperar g ratidão pelos
favores prestad os e se espera agr adecim entos é melhor não faz er favores.
Tem três inimigos qu e se mpre pr ocuram prej udicá- la de alguma fo rma. O
primeiro ini migo se ass emelha ao elefante, o s egund o ao macaco e o
terceir o ao camelo . Poss ui um pesar q ue não rev ela a ninguém. Já cho rou
muito e, graças a este pranto não s ucumbiu ao s ofrimento. A s lágr imas
servir am de alí vio e de co nfo rto. Go sta que tud o s e reso lva rapidament e,
mas precisa s aber que tud o tem s eu tempo certo. Página 5 67 de 633
Dice Ifá T rês coisas bo as, co mo diferent es, so rtes es tão em seu caminho.
Este Odu fala de des preocupação co m problema s f amiliares. Os pais não se
filhos . Aqui Elegbar a destrona Olo fin. A folha des te Odu é o ewe dudu .
Ofe rece-se um galo a Elegbara, gr elha-se e co loca-se diante de Elegbar a co m
um inhame ass ado. Depo is s e repart e e des pacha-se em s ete matas. Aq ui
nasceram os xales para que as mu lheres protejam suas cabeças dos
rigores do So l. Colo ca-se inhame e co co sec o para Elegbar a. A mulher
insurge- se c on tra o marido por causa de um desprez o da part e dele,
podendo ocasio nar a sua desgraça. A pesso a já fo i ou quis s er mili tar. Um fil
ho varão se rá a sua felici dade. A pesso a tem pr oblemas co m o cô njuge o
que provoc a a s eparação do s filhos . Perdeu um t rabalho o u alguma coisa
de grand e valia. Tem que ass entar Orunmi lá o mais depressa po ss ível.
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Dice Ifá Se fo r homem não deve falta r com o respeit o nem a cons ideração
co m sua mulher para não s er abandonado pela so rte. EBÓ EM OXEGUNDÁ
Um galo, um etú, terr a de praça, um co ral, dois o bís, duas velas e uma co r oa
feita co m ramas de inhame. Ofe recem-se tudo a Elegbar a e a co roa e o co ral
fi cam junto co m ele. Este ebó é indicado para se recupe rar o que s e perdeu.
EXÚ ARUD Á A cabeça é mo delada em mass a de tabati nga e leva dentro:
Ouro, tr ês mo edas co rre ntes, prat a, pó de ekú, pó de ejá, epô, agba do, cardo
santo, cansanção, beri ogún ( Tribulus cistides), afomam, tengue, para-raio,
yamao (árvore silvestre da famíl ia das meliáceas), co migoninguém-pode, um
otá do alto de uma mo ntanha, uma erva de Egun ( qualquer), kagangago
(parami), o tí, terra de quatr o esquinas, areia da pr aia, areia do rio, sal de c oz
inha, abá funf un (Spendias me mbis) e quatr o ataré. Página 570 de 633
REZA DE OXEKÁ Oxek araká adifafun erú. Orunmi lá umbatil ope e sé ibú los á
om ó e rú. Oxun koyo de o f o O luwo, Oss ain, Inle Akarabani jé oro ko dadé. Este
Odu é fil ho de Oxe e Iká. É o Odu do esc ravo do Rei. Oxeká afi rma: "Onde
minha cabeça me levar, ali estarei". Quando surge es te Odu, des pacha-se a
porta co m água fria. É signo de iniqüidades, maldades e vícios . Aqui o Awo é
malvado e injusto. Neste c aminh o Orunmil á prati cava magia negra. Os
aborrecimentos são permanentes. Assinala asma e possibilidade de morte
por afogamento ou sufocação. Sacrificam-se dois galos para I yemanjá.
Colocam-se duas cabaças em Oxun. Quando es te Odu surge em atefá de
Awof akan o u Akof á, depois de decorri dos cinco dias de s eu surgi mento
sacrificam-se duas gali nhas carijós para Oxun na beira de um rio. Pr oíbe
seus filhos de c omerem inhame. A ss inala fratur as de braços o u pernas e
mo rte súbita oc asio nada por uma surpr esa. A fo l ha litúrgica deste Odu é o
ewe eran (Pata de gali nha). Um dinheir o grande vem pelo c aminho das
águas. A pesso a não pode desnudar- se diante do s O rixás. Aq ui Elegbara era
c ego e andava monta do a cavalo. Um mal que é feito s e tra nsfo rma em
bem. Página 573 de 633
Dice Ifá Quando sai este Odu numa co nsulta, a pesso a para quem sair ,
durante se te dias, d eve evitar and ar em qualq uer tip o de veículo mo torizado
ou montar a caval o para não so frer um aci dente. Tem que faz er ebó
rapidamente. Odu da fi lha de Obá. A pesso a tem que ter cuidado co m uma
traição e ficar atenta aos inimigos. Alguém pode envo lvê-la num pr oc ess o
judic ial. Sente-se co mo se estivesse escravizada. Vai passar po r uma g
rande provação , mas depo is virá uma gr ande so rte. A pess oa teve ou terá
filhos de Santo antes de f aze r Santo. Uma mudança de tr abalho não deve ser
mo tivo de preocupaçõ es, pois s ó trará benefícios. Tem que assentar I nle.
EBÓ PARA DINHEIRO Dois galos , duas galinhas, dois po mbo s e duas penas
de ekodidé. Página 574 de 633
Dice Ifá Não pode levantar a mão c ontra nenhuma mulher , muito meno s
co ntra filhas da Oxun. Não po de co mer alimentos picantes nem ingerir
bebidas alcoó licas. Tem o po der de co nse guir r ealizar tud o o que pede. Po r
este mo tivo não deve alegrar -se co m o mal de qu em quer que seja, para não
ser acusado de faz er o mal atr avés de pragas e mald içõ es. Tem que dar
co mida a I beji. Tem que dar um gal o para o Egun do pró prio pai. Se a mãe da
pesso a já for falecid a, sua so mbra estar á sempre às suas co stas. N o
quarteirão o nde a p ess oa mo ra existe um Egun de alguém que viv eu ali, e
que anda vagando pelas ruas. A pessoa deve oferecer-lhe comida e fumo, na
es quina mais pr óxima de sua casa, par a q ue funcio ne co mo guardião
co ntra o s Egun Burukú. Fala de um Egun de alguém que, em vida, teve uma
discuss ão co m a pesso a e que estava com a razão. Est e Egun p recisa de
alguma co isa para que enco ntre paz e tranq üilidade. E xiste um mais velho de
sangu e o u de rel igião que diz desejar o bem da pesso a, mas o que sente é
exatamente o c on trári o do que diz. A pess oa é perseguida por I kú que,
todavia, não consegue encontrá-la. Não deve preocupar-se, pois viverá
muitos e muit os anos. Não pode co mentar seus planos para que ning uém a
atrase c om pensamentos negativ os . Para que suas co isas evo luam , tem que
faz er uma co mida par a Xangô e c onvidar muit a gente para parti cipar da ent
rega. Não po de bater na cabeça de crianças. Neste caminho na sce u Babá
Axó que ensino u os h om ens a us arem roupas e a arte da carpi ntaria.
Quando s ai este Odu tem- se que pe s quisar muito bem o que Exú está
Dice Ifá I I II II I I I II OXET URA REZ A DE OXET URA Oxetura lo dafun Unbatinló
leajá benifó tete no nixó inbá o iyni afere wewé. A i yagbá did é af ere wewé.
Oxetura omi unso ro atie Ax á Olodumare ebó om ó Ire Odara. Este Odu surgiu
do enco ntro de Oxe co m Otur a. Em seu nasc iment o cercado de mistér i os,
Oxetura restaurou a harmonia que havi a sido rompida entr e o s dez ess eis
Agaba Odu e o po der ger ador feminino represe ntado po r Oxun Iyagbá,
salva ndo o mundo da destr uição e do retorno ao caos . Oxetura fo i gerado no
ventr e de Oxun Iyami Ajé, matr i arca das mães ances trais que pos sui o poder
mágico inerent e ao Axé do elemento feminin o, representado pelas penas
do eko didé. Este Odu é o resultado da i nteração deste po der com o poder
genitor masculino, do qual Obatalá é o detentor , aqui r epresentado pelo Axé
contido nos dezess eis Agb a Odu. É o caminh o único uti lizado por Ex ú em
sua função de Ele jigbo, o transporta dor de sacri fícios. É um Odu, como os
outros 256 do elenco de Ifá, e não um Exú, co mo afirmam pesso as que nada
sabem dos mistér ios de Ifá. É o caminho dos ebó s de todos o s o utros
signos , e po r este motivo é ch amado também de "Ebó Adá" - o que gara nte a
eficácia do ebó . Oxetura, assim co mo Exú, é a bo ca que fala ta nto o bem
como o mal . Aceit a todas as co res e todas as ervas lhe pert encem. A
palavra de Oxetura se m pre se cumpre. É um Odu de muita ri quez a material e
espirit ual. Po r ele falam Exú, I r oko, O duduwa, Obatalá, Oxun, Nanan, Xangô,
Ibeji e Omolú. A s Pes so as deste Odu s ão colo cadas em perig o de vid a pela
própri a mãe o u espo sa. Este Odu é o represe ntante de Ex ú na terr a e é o
caminh o que o co nduz aos pés de O lodumar e. Pági na 578 de 633
Dice Ifá Representa e expressa uma das mais importantes de Exú Elegbar a,
dono e co ntrolador d as o ferendas ritual ísticas. A ss inala enfe rmidades na
boc a e na gargant a, aftas, faringi tes, laringi tes, e tc. A pess oa é achac ada de
roubos, não deve ter contat o co m lad rões e lava a culpa d e co isas que não
fez . Quand o traz o so gbo a pess oa deve vi aj ar par desvia r a atenção dos
seus inimigos . É org ulhosa e por este mo tivo todo o mundo está em guerr a
co m ela. Aq ui nasceu Adamú filho de O duduwa e pai de Inle. Seu culto é feito
com máscaras e tra jes apropr iados . Proíbe ao s s eus fil hos co merem gal o,
milho e todas as co midas de Omolú. Na guer ra Oxet ura oriente aos do is
co ntendores para que se def endam um do o utro. Aqui nasceu a guerra entr e
a vida e a mo rte. Aqui c ri ou-se a arte de matar em legít ima defes a. O mundo
se divide em do is as pecto s: Vi da e mo rte. Aqui t entaram matar Olo fin e, para
defendê- lo Orunmi lá fez um ebó com um b o neco , uma agul ha, pó de efun,
pó de carvão, um galo, um bo de, obí, o rogbo, pó de peix e, pó de ekú, etc. ..
Aqui Obatalá cri a o s s eres e O duduwa co loca-lhes es pírito. É neste c aminh o
que bai xa o es pírito ao espermat oz óide humano. A pessoa e stá sendo
co mbatid a sem s ab er e pode s er vítima de um roubo . Para melho rar a so rte
tem qu e o ferecer um gal o o u uma gal inha ao espír ito do po ço . Tem que
mandar rezar missa aos familiares falecid os. Não deve construir castelos
no ar, alimentar ilusõe s vãs, para não s ofrer desilusõ es. Sua pros peridade só
oc orrerá depois que sua mãe fizer santo o u cumprir suas o brigaçõ es par a
co m eles . EBÓ PARA ABRI R OS CAMINHOS Cinco o vos de galinha, d uas
cabaças , uma galinha d angola e me l. Sac rifica-se a galinha d angola,
separa-se a cabeça do c orpo, abre- se o bi co, derrama- se me l no se u interior
e fecha-se novament e. Os cin co o vos são co zidos , descasc ado, Pági na 579
de 633
Oxebili bi Awe adawe adi Atoto Ba badona o run Babalaw o lodafun Alakens i.
Omó sis iroko Majé Alak entá. Omó s isiroko Maj é Alaket u. Omó sisiroko Majjé
Alakensi. Adadá Omó Alabi wo. Este Odu é filho de Oxe e Irete. Seu verdadeiro
nome nã o po de ser pr onunciado em dec o rrência da gr ande carga d e
negativi dade da qual é port ador. Em referência ao s eu no me o s Bo kono n
co stumam afi rmar em idioma fo n: "Bokono n ma do o !" Determi na que qu
ando se of erece o bí com água a Orun milá o u aos Orixás, deve- se antes,
rezar este O du, e quando s e dá obí a Egun, reza-se Oxebili d e Egun. O
Adivinho tem que ter cuidado co m a pesso a para quem saia este signo para
que o O rixá dest a pesso a não s e revolte con tra el e e venha a lh e faz er
co branças. 6 5 5 - O mes mo que Babalaw o entre os fo n. 6 - Um adiv inho não
pronuncia este nome! As pesso as deste Odu morr em de afogamento o u de
asfixia. Devem cuidar b em dos pu lmões , do c oração e do sangue. Aqui
nasceu o segredo do jogo de obí. Pá gina 581 de 633
Dice Ifá 7 Ensina que quando sai o tawa no jo go de o bí, deve- se pe rguntar de
novo , po rque esta caída é a dúv ida do o bí, tant o podendo se r sim como não.
Dice Ifá S eus filhos, para terem so rte, têm que rece ber Ifá. O Aw o des te
signo tem que trabal har em sua pró pria casa. O fi lho des te Odu não po de
come r carne de animai s pretos. T em que dar co mida aos Orixás e ao chão
de sua casa. O dono deste Odú é Xangô Olufá. Par a se assentar este Xang ô,
abre-se um buraco num lo cal onde s e marcou O xebile so bre a te rra, cava-se
até enc ontrar um o kutá. Encontrada a pedra, retir a-se, lava-se, s acrifi cas e um
pint o so bre ela e co loca-se no igbá de Xangô procedendo- se no rmalment e a
par ti daí. Quando es te Odu sai para um A wo, ele tem que mas car onz e grãos
de ataré co m o tí e so prar em cima de Elegbara. Antes disto, c obre Elegbara
co m uáji e depo is lhe of e rece um galo para q ue vomite toda a fo rtuna que
guarda em se u ventr e. Depois, p ara agrad á-lo, oferece a ele uma cabaça
co m ekó diluído em água. A pess oa tem que dar gr aças à luz. Página 583 d e
633
Dice Ifá II I I II II I I II OXEFUN REZ A DE OXEFUN Oxe fun te fun She fun . She fun
Babá Arerú. Orunmilá ni Aiyaxé ria ria Awo ig bín okoto kilu osalakole Iká koye
adafun loede ikoko yeye wof un Awo O nikako pewo o mi kako o rugbo iguí ni
axó, e rí, o ni pejú t onpoko laro. Este Odu é fil ho de Oxe e de Of un. Aqui nasceu
o incesto. É um Odu i mpuro e peri goso . Neste cami nho s e vende aos
inimigos. Oxefun é o so m o nomatopaico produzido pelas mulher es quando
lavam seus ó rgãos s exuais. É caminho de O runmil á, de Olo kun e de Oxun.
Assinal a dores es tomacais oc asionadas por má di gestão. A s pess oas deste
Odu quando l avam suas roupas não as devem to rcer. Oferece-se Ekú, ejá,
epô , o iyn e obí à Oxun. Neste cam inho , quando se ganha dinheiro, tem-se
Dice Ifá O do no deste Odu tem que usar um Id é de Ifá pr eso por uma
corrente. Aqui Iyemanjá amal diçoou o porco dizendo: "Só comerei tuas
carnes depois que raspar em bem os teus pelo s". D esde então o s porco s
têm seus pelos total mente ret irados antes de serem co midos . Neste Odu se
prepar a uma bengala de madeira de orudan (Pi theco lobium arborem), co m
cabo de c hifre de veado, carregada com: Bejerekun, obí, oro gbo, marfi m,
pena de ekodi dé, pelo de tig re e pó de cabeça de porco. Come po mbo junto
co m Ôsun e duas gali nhas pretas com Orunmilá. Fica sempre ao lado do
Igbá de Orunmilá. Página 585 de 633
também par a Ile, a Te rra, não importando a quem este ja endereçado so bre a
Te rra! Página 586 de 633
Dice Ifá Signo a quem pert ença es te sacrifício, que po ss as demo rar-te
adiant e e atrás dele. Odu , Odu que eu invoquei, eu lhe o fereç o água (Dit o isto
co loc a-se f arinha de acaçá diluí da e m água sobre o s acrifício of ertado).
Terminada a of erenda, uma última pr ece é f eita par a que se ja aceito: Adr a mi
do kpe, Adr a we nhi Ku-non! K u mi do kpe! He zuz on non s e do m on a E s e we
do fi-de, hun yi fi lo. T radução: Adr a, nó s te reverenciamo s, Adra, S enho r da
Morte! Nos te reverenciamos , Ikú! O pássaro que vo a não po de tocar aquele
cuja cabeça es tá protegida, O perigo não s e aproxi ma d aquele que r ece beu
o Axé. Se alguém te pede para ir a qualquer parte, vo cê f az c om que vá. ( Esta
última frase se endereça ao sacrifício). Obs.: A segunda parte desta
saudação é util izada somente por oc asião do o fereciment o de s acrifícios
determi nados por Of un Meji e deve se r recitada sempre, depo is de recit ada a
primeir a parte. Pr ece de Of un Meji ( yoruba): Orunmi lá o dye mo ndoye odimala
mo ndimàl à Bimàlà nak ade awontan imon awondadewe tedi mo lé Awo n lale
awo ti n fo wo kanxuxu dagb a omo xoko Alaba ti n belode Ifé awo nimon
odo yeee mo ndoye Odimanl an mondil manla n Orunmi lá oni n mo olo j agba
awa Do pitan majeta kokpawa I fá do pitan majetan ko kpawa. (Tradução
desco nhecida). Ofun é o Odu de maior i mportância dentr o do sistema de Ifá,
represe nta um mi stério tão gra nde q ue, quando s urge, os Babalaw os
co stumam reverenciá-l o bradando: He kpa Babá! Babá signifi cando "Pai" e
Hekpa, repr ese ntando uma expressão de pavor e de respeito dia nte da
grande ene rgia e do eno rme poder inerente a es te Odu. Pági na 587 de 633
Dice Ifá Em Ifá é co nhecido e ntre o s Fo n (jêje) como "Fu Meji", "Ofun M eji"
ou "Ofu Meji" . Os n agô s o chamam também, de "Ofun Meji" , "Làgun Meji"
(Làgun signifi cando mistério), "Ologbo" (misteri oso e maléfico por haver
co metido um inces to - Lo), "Oji Of u" por eufo nia , "Hekpa" ou "Baba Hekpa"
por eufemia (reza, prece). Em yoruba "Fun" significa d oar, dar; "funfun"
Ejiogbe, Ofun Mej i engend rou os demai s Odu, po ssuindo assim o mund o,
onde cada Odu cri ou e simboli za uma part e, s empre so b as o rdens e leis
estabelecidas po r Ofun. Bernar d Maupoil em s eu trabal ho "L a Ge omancie a
l Ancienne Cô te des Eclaves" resume isto num s ímbolo e so térico atribuído a
Ofun - Um ovo , dentr o do qual inscr eve-se, à direita, doz e po ntos
superpostos em pares e, à esquerda, quatro traços verticais, também
superpos tos . Os traço s representam os quatro primeir os Odu-Ifá: Ogbe
(Vida); Oyeku (Morte); Odi (Universo Revelado) e Iwori (O Ignoto). Esta
represe ntação busca dar uma idéia apr oximada da importância de O fun, aqui
repr esentado pelo O vo, dentr o do qual estão co ntidos todos os demai s Odu
, inclusive ele pr óprio. pos itivo/negativo, ação /repo uso , Página 58 8 de 633
Dice Ifá Ofun é, porta nto, a repr esentação de tudo o que exi ste o u poss a
existir, o mund o manif es tado e o imanifestad o, todos os planos de
Dice Ifá Aqui nasce u o f undamento pelo qual o Babalaw o não pode guardar
Dice Ifá PACTO COM IKU EM OFUN MEJI Talha-se um boneco de madeira,
colo ca-se s obre um pan o br anco junto co m dezes seis mo edas e lima lha de
todo s o s metais, rez a-se Ofun M eji, sacrifi cam-se duas frangas, pass a-se no
co rpo da pesso a e se enterra no cem itério. Outr a fó rmula é desc rita da
seguint e f orma: Talha -se um bonec o na madeir a de bo , junta- se dezes seis
mo edas, limalha d e diver so s metais. L impa-se a pes so a duas frangas,
sacri fica-se uma so bre o boneco , embrul ha-se no pano branco e da-se
enterr ar no cemitério. C om a outra frang a faz -se sacudimento na pes so a
rifica-se para Elegbara. O bo neco fica junto do Egun da cas a. Página 592 de
633 algarro c om man e s ac
Dice Ifá Par a resolver -se problemas do es tômago, f az-se ebó co m tudo o
que a boca co me, depoi s, co m o material do ebó, f az-se uma past a.
Faze m-se tr ês malaguidí s, s endo um de mo ru ro, um de algar robo e o último
de mar pacífico , enche -se os malaguid is co m a pasta d o material d o e bó,
bejerekun, obí e orogbo . Lava-se c om o mieró e sac rifica-se so bre ca da um
deles, um po mbo preto. P ARA DERROT AR OS INI MIGOS Prepara- se três bo los
de carne moída cr ua com amalá , epô e o n ome dos inimigos dentr o.
Deixa-se po r três dias no s pés de Exú. Depois de transco rrido s o s três dias,
leva-se para a rua, passa-se por duas e ncruzilhadas e arria-se na terceira,
regando-se co m mel de abelhas. Quando s e vo ltar para casa, rega- se Exú c