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Teoria do Jornalismo
Pág. 38 – “Na ânsia de trazer novidades, será que a imprensa simplesmente não repete os
mesmos enredos?”
Pág. 42 – “O lead (ou lide) nada mais é do que o relato sintético do acontecimento logo no
começo do texto, respondendo às perguntas básicas do leitor: o quê, quem, como, onde,
quando e por quê.”
Pág. 43 – “... pode-se afirmar que o lide exerce uma série de funções no relato. Elas são as
seguintes:
Pompeu de Souza define sublide como “um segundo parágrafo da notícia que contenha
algum (ou alguns) elemento essencial deslocado do primeiro parágrafo, pela complexidade
dos dados a serem resumidos ali, ou pela estratégia narrativa do jornalista que separa dados
essenciais para administrar o impacto.”
Pág. 44 – “... algumas variações estilísticas de lides sistematizadas por João de Deus que
freqüentemente ocorrem no jornalismo diário.”
Pág. 45 – “Clichê – um ditado ou chavão inicia a matéria, desde que associado aos fatos que
serão apresentados a seguir, no restante da matéria; não deve ser confundido com o lide “de
citação”, que só apresenta expressões usadas por um agente do fato apurado.”
“Conceitual – é aquele lide que emprega uma idéia, uma definição, para atrair o destinatário
da notícia pela novidade ou enfoque diferenciado que o conceito traz”
“Do apelo direto – procura envolver diretamente o leitor, ouvinte ou espectador, focalizando
um aspecto do fato que tenha muita possibilidade de interessá-lo.”
Pág. 46 – “De contraste – o texto é iniciado por proposição ou pensamento relativamente
vagos e que, na essência, contrastem com o “clima” da informação da notícia.”
“Dramático – tem o estilo do conto; cria suspense para um desfecho inesperado que virá,
usualmente, no sublide.”
“Adversativo – é caracterizado por iniciar, geralmente, com um advérbio que faz menção a
uma expectativa não realizada”
“Explicativo – uma espécie de “justificativa” abre o lide; ela tem a função de explicar em que
contexto se fez algo ou é possível entender um fato ou um pronunciamento.”
“Apelativo – aproveita a possível ambigüidade dos dados para narrar maliciosamente, com um
tempero falso, insinuado, fatos que não têm esse teor.”
Pirâmide invertida: “Consiste em um relato que prioriza não a seqüência cronológica dos
fatos, mas escala em ordem decrescente os elementos mais importantes, na verdade, os
essenciais, em uma montagem que os hierarquiza de modo a apresentar, inicialmente, os mais
atraentes, terminando por aqueles de menor apelo.”
“A pirâmide é “invertida” porque no jornalismo a base não fica no sopé, mas no topo”
“Tudo em ordem decrescente, a ponto de o último parágrafo poder ser eliminado, sem
prejuízo do entendimento da matéria...”
“... estudo dos gêneros jornalísticos, tomando como critério a separação entre forma e
conteúdo, o que gerou a divisão por temas e pela própria relação do texto com a realidade
(opinião X informação), contribuindo assim para uma classificação a partir da intenção do
autor.”
Pág. 67 – “As funções também podem ser analisadas a partir da relação com os leitores...”
Pág. 71 – “Na rotina produtiva diária das redações de todo o mundo, há um excesso de fatos
que chegam ao conhecimento dos jornalistas. Mas apenas uma pequena parte deles é
publicada ou veiculada. Ou seja, apenas uma pequena parte vira notícia. O que pode levar
qualquer leitor ou telespectador a perguntar: afinal, qual é o critério utilizado pelos
profissionais da imprensa para escolher que fatos devem ou não virar notícia?”
Pág. 73 – “... o interlocutor está presente no próprio ato de construção da linguagem. É co-
enunciador.”
Pág. 75 – Segundo João Deus Corrêa “reportagem é um relato jornalístico temático, focal,
envolvente e de interesse atual, que aprofunda a investigação sobre fatos e seus agentes.”
Para Nilson Lage “é a exposição que combina interesse do assunto com o maior número
possível de dados, formando um todo compreensível e abrangente”
Pág. 176 – “A teoria dos gêneros no jornalismo ainda encontra dificuldades para definir
jornalismo digital. A confusão conceitual envolve os termos webjornalismo, jornalismo on
line e ciberjornalismo”
“foi o advento da internet que possibilitou o novo gênero, e ele veio para revolucionar as
relações profissionais e as próprias rotinas produtivas.”
Pág. 177 – “O ambiente virtual modificou vários aspectos da vida humana. No jornalismo,
influenciou todos os tipos de veículo, em todas as fases de produção e recepção da notícia.”
Pág. 178 – “... presenciamos uma nova sintaxe das notícias, organizadas em níveis de
profundidade a partir do hipertexto e influenciadas pelas bases de dados.”
Segundo Marta Dantas “ensinar os alunos a criar textos para as novas mídias, desenvolver e
avaliar páginas da web, encontrar e organizar a informação, explorar as novas tecnologias e
seus aspectos legais, analisando o impacto nas áreas culturais e comerciais.”
“a internet revoluciona a atividade jornalística, mas daí acreditar que o jornalista é um ser
dispensável e as novas tecnologias acabarão de vez com as barreiras de tempo e espaço,
produzindo uma sociedade que os teóricos chamam de pós-humana, já é demais.”
Pág. 180 – “...algumas das críticas ao jornalismo “tradicional” permanecem atuais no universo
on-line, como, por exemplo, a velocidade, a simplificação, a superficialidade e a
banalização.”
“...além de essas críticas serem potencializadas no ambiente digital (o tempo real e a própria
linguagem são exemplos, embora limitados pelos suportes de hardware), o universo da
cibercultura também os relaciona com as fantasias de supressão do tempo e do espaço.”
Pág. 183 – “O grande desafio do jornalismo digital é encontrar sua linguagem e democratizar
suas interfaces.”