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Aula 23/5

REVISÃO

Professora, o que vai cair na prova?

Disciplina: Redação Jornalística II


Profª Ms. Edilaine Felix
O dia a dia da redação
ü Pauta – definição dos assuntos do dia; orientação sobre o que será apurado, com quem falar, qual deverá
ser o tamanho do texto e qual o prazo de entrega da matéria.
Apuração – se for “quente”, “factual”, o repórter vai a campo para apurar ou até mesmo faz por telefone
ü Redação – após entrevistas, produção do texto jornalísRco
ü Edição – o texto pronto vai para o editor que faz as correções e publicação.

Apura̧ ção e checagem


§ definida uma pauta e seu direcionamento geral, devemos: pesquisar sobre o assunto; idenRficar possíveis fontes;
planejar como, onde e quando será a apuração; definir equipe; se possível/necessário, realizar primeiros
contatos; checar viabilidade de realizar a pauta; fazer a checagem de documentos, entrevistas, ter dados e
informações sobre o entrevistado e o assunto.

Ø Fontes são os portadores de informação. Podem ser pessoas falando por si, pelas ins3tuições e pelo
cole3vo que representam. Fontes podem ser também registros escritos ou audiovisuais, como documentos
e gravações históricas. A veracidade dos dados fornecida pela fonte deve ser checada pelo jornalista.

Relação com as fontes (referência Manual de Redação. Folha de S. Paulo)

§ Toda fonte deve ser tratada com polidez e transparência;


§ Grave a conversa e faça anotações – segurança para o repórter e a fonte;
§ Ao escolher as fontes considere a viabilidade, a relevância e a pluralidade para garanRr uma abordagem
equilibrada.
TEXTO JORNALÍSTICO

o Até meados do século XX (no Brasil, por volta de 1950/1960), a estrutura do texto
jornalís:co começava pelo chamado “nariz de cera”: era o texto introdutório,
rebuscado e normalmente opinaGvo (subjeGvo). Ele antecedia a narraGva dos
acontecimentos e procurava ambientar ao leitor. Dava ênfase a descrições sobre os
fatos e personagens que seriam narrados a seguir. Usava uma linguagem cheia de
preciosismos e pouco objeGva.

Princípios que norteiam o texto jornalís:co

ü concisão: é uma exigência do leitor que não tem tempo a perder;


ü simplicidade: necessidade do jornalismo de ampliar o público potencial;
ü comunicabilidade: propicia ao leitor a rápida assimilação do texto;
ü adequação ao perfil do leitor: o discurso jornalísGco procura colocar-se no nível de seu
leitor Xpico, isso inclui ajustar o repertório, a competência linguísGca, a sociabilidade;
ü respeito ao padrão culto da língua: essa regra é uma função da busca de sociabilidade.
LIDE

No primeiro parágrafo aparece o lide, que deve ser obje6vo, pautar-se


pela exa6dão e despertar o interesse do leitor pela no=cia.

O primeiro parágrafo que deve conter as principais informações da no=cia,


responder as questões:

§ "O quê?" – O fato ocorrido.


§ "Quem?" – O personagem envolvido.
§ "Quando?" – O momento do fato.
§ "Onde?" – O local do fato.
§ "Como?" – O modo como o fato ocorreu.
§ "Por quê?" – A causa do fato
Pirâmide inver0da
§ A estrutura mais comum da noXcia é a da pirâmide inver:da, a hierarquização das
informações, apresentando-as no texto em ordem decrescente de importância: a
"base" (lado mais largo, mais importante) fica para cima (início do texto) e o "vérGce"
(lado mais fino, menos relevante) fica para baixo (fim do texto)

§ Depois do lide, todas as demais informações são dadas por ordem decrescente de importância

Uma noXcia trabalha com o esquema da pirâmide


inverGda quando no primeiro parágrafo, responde as
questões: Quem? O quê? Quando? Onde? Como?
Por quê?

E os parágrafos seguintes são dedicados a


informações acessórias, seguindo o esquema de
pirâmide inverGda
CITAÇÕES

Discurso direto: aspas


Ø usam-se aspas, principalmente, para indicar a reprodução da fala do entrevistado.

“É muito importante para mim porque no começo do ano eu me machuquei e pensei que não ia
conseguir voltar a tempo, mas graças a Deus eu consegui voltar nesse campeonato que reúne
todas as favelas de São Paulo. É indescriBvel a sensação de ser campeão”, afirmou o atleta.

Discurso indireto
Ø usa-se discurso indireto para dizer o que a fonte falou, o jornalista explica a fala da fonte.

Para o atleta é muito importante voltar nesse campeonato que reúne todas as favelas de São
Paulo. Ele lembra que no começo do ano se machucou e pensou que não conseguiria mais voltar
para a compeKção. ZanoMo diz que é indescriBvel a sensação de ser campeão.
Título
ü é a frase que chama a atenção do leitor para a matéria. Deve, em poucas
palavras, dizer qual é a informação principal. A maioria dos leitores de um jornal
lê apenas o Xtulo da maior parte dos textos editados. Por isso, ele é de alta
importância. Ou o Xtulo é tudo o que o leitor vai ler sobre o assunto ou é o fato
que vai mo:vá-lo ou não a enfrentar o texto.

Linha fina
ü abaixo do Stulo e complementa a informação. O objeGvo é chamar ainda mais
a atenção para o texto.

Inter>tulo
ü O emprego de interXtulos varia com a natureza do texto. É usual colocar o
primeiro interXtulo antes do terceiro parágrafo. Outros entreXtulos repetem-se
a intervalos variáveis, quando o assunto muda ou para simples arejamento
gráfico do texto.
Recursos usados nos textos

Olho
ü recurso de edição para anunciar os melhores trechos de textos
longos e arejar sua leitura. Destacam frases relevantes e sugesGvas.
Para ganhar espaço, admitem-se alterações pequenas e supressão de
palavras.

Box
ü quadro com informações adicionais sobre o tema. Pode ser um
conjunto de informações técnicas relacionadas ao texto principal, a
história de um personagem citado na reportagem.
Pautas e suítes

Pauta quente
ü noXcias factuais, inéditas. “breaking News”

Pauta fria
ü noGcias não factuais, podem ser publicados hoje ou amanhã. Normalmente
tem mais tempo de apuração.

Suíte
ü sequência, explora os desdobramentos de um fato que foi noXcia na edição
anterior.
Discursos retóricos e informa:vos
Teoria e técnica do texto jornalís2co, Nilson Lage
• Discurso retórico é voltado para versões ou interpretações da realidade;
• Discurso informa:vo é voltado essencialmente para os fatos.
“BakhRn observa que quem apreende a enunciação de outrem “não é um ser mudo, privado de palavra, mas, ao contrário,
um ser cheio de palavras interiores”. No discurso jornalís;co, pelo menos em suas formas canônicas (a noacia e a
reportagem), as formas de citação usuais são o discurso direto e o indireto; outros mecanismos de estruturação, como o
discurso indireto livre (em que o narrador assume a subjeRvidade do indivíduo citado, simula sua reflexão silenciosa), não
são considerados legíRmos fora do campo da ficção. A única responsabilidade que o jornalista se impõe diante de uma
citação é que esteja conforme a essência (ou a forma, se entre aspas) do discurso citado. Ainda assim, quem cita escolhe o
que cita e, muitas vezes, de maneira mais ou menos suRl, consciente ou inconscientemente, assume posições em face da
citação.”

“O exagero é um recurso retórico entre outros – por exemplo, a repeR- ção, o uso de efeitos fonéRcos atraentes ou de
associações analógicas reforçadas por metáforas de uso amplo (entre medo e escuridão, sequência e consequência,
revelação e claridade etc.). Discursos retóricos sempre foram este;camente mais cuidados do que os informaRvos: a
beleza e o ritmo fazem parte de seu poder de atrair.”

o O narrador pode interferir pela escolha do verbo dicendi (disse, afirmou, declarou etc.), pela definição de
circunstâncias para o trecho citado, pela seleção de trechos entre aspas etc. Pode suprimir ou descrever
convencionalmente o contexto da enunciação; ou, pelo contrário, explicitá-lo ou colocá-lo em primeiro plano –
conforme suas intenções, ou quantas inferências adicionais imagine possibilitar ao leitor.
Ferramentas digitais para jornalistas - Novas mídias
E-book. Centro Knight para o Jornalismo

A revolução digital permi(u o surgimento de uma nova “massa de meios de comunicação”

O jornalismo cidadão, a hiperlocalização e novos postos de trabalho são alguns dos temas abordados.
Considerando as profundas mudanças, os jornalistas não podem ficar à margem dessa revolução digital.

Mudam as relações entre jornalistas e público, mas também mudam os conteúdos. Não vale a pena
insis(r nos conteúdos de sempre quando o ambiente não é mais o de sempre. Nas novas mídias um
jornalista deve ter habilidades especiais.

“Enquanto alguns o veem como caóBco, eu acho que é um momento de grande oportunidade” (E-book)

Jornalismo aberto e parBcipaBvo


ü repórteres enfaBzando histórias locais;
ü cidadãos comuns que cooperam com os jornalistas;
ü ComparBlhamento de noIcias via celular;
ü blogueiros (influenciadores) que começam a ganhar dinheiro;
ü redes sociais em que se fala de tudo e todos.
Caracterís0cas dos novos meios de comunicação:

1. Os jornalistas seguem sendo jornalistas, não esquecem seu papel.

2. Promovem a diversidade de ideias.

3. Prevalece a informação de qualidade.

4. A no>cia exclusiva produzidos adquire dimensão, é a protagonista.

5. Mul6plicação do acesso a conteúdos de mídia em todos os canais


disponíveis.

6. Conteúdos baseados na qualidade, pesquisa e independência.


AVALIAÇÃO REGIMENTAL (A1)

q Dia 30/05 às 19h10 – Presencial. Sala 101A.

COMO SERÁ A PROVA? questões múlGpla escolha e discursiva, somando 5 pontos.

ü Nas questões múlGpla escolha: apenas 1 (UMA) questão está correta;


ü Pode marcar a alternaGva com “X”, com “bolinha”, “rabisquinho”, desde que apenas
uma alternaGva seja marcada. Se marcar mais de uma alterna:va a questão será
anulada.

q Dia 06/06 – Vistas de prova (19h10 às 20h25)


q Dia 20/06 – Avaliação Final (AF) - para alunos que não alcançaram média 6.
(19h10 às 20h25)
Informações sobre a prova

✔ A prova é INDIVIDUAL.

✔ A prova será feita no papel. Tragam caneta.

✔ A prova NÃO tem consulta.

✔ Durante a prova você NÃO pode olhar no celular para “ver a hora”, mensagem do colega que
não chegou, a temperatura. Celulares devem ficar guardados durante a prova.

✔ Após o início da prova, estudantes atrasados podem entrar e fazer a prova, desde que
ninguém tenha saído. Após a saída de um estudante nenhum outro entra para fazer a prova.

✔ Os úlKmos dois estudantes em sala devem sair juntos da classe.

✔ Atenção ao marcar a alternaKva. Não há “outra prova” em caso de erro.


Exemplos de questões:
Questão. Nos anos 20 Harold Ross, fundador da revista The New Yorker
criou um 6po de texto que até então não havia sido u6lizado. Seu método
consis6a em passar um tempo com o entrevistado, ouvir e observar tudo
com cuidado e descrever cenas que oferecessem um retrato ín6mo e
suges6vo de suas forças e vulnerabilidades. O repórter deveria oferecer
detalhes e também conversar com amigos, familiares, inimigos, patrões,
empregados...Inclusive na XXXXX vocês 6veram que publicar um texto nesse
formato. Trata-se:

a) Reportagem Narra6va descri6va


b) Reportagem literária
c) Perfil
d) Crônica literária
e) Ensaio
Questão: Fa;ma Ali no livro “A arte de editar Revistas” (p.47) escreve: “se você não sabe dizer o que é a sua
revista numa frase concisa ou num parágrafo curto, você não sabe o que é a sua revista”. Pensando na
elaboração da XXX, quais asser;vas representam a importância da missão em uma revista:

I – A missão define o obje;vo da revista, seu público leitor, o ;po e a forma de conteúdo;

II – A missão é o momento que o editor decide qual será o beneRcio (brinde) que o leitor vai ganhar ao
comprar o produto;

III – A estratégia editorial precisa ser checada regularmente para verificar se ainda está per;nente aos
interesses, desejos e necessidades do público e, se necessário, ser alterada;

IV – A missão é chamada, entre outras coisas, de obje;vo ou filosofia editorial;

Estão CORRETAS:

a) I
b) II e IV
c) I, III e IV
d) II, III e IV
e) I e IV
Questão . A revista ____________________ foi lançada em 1892 na
cidade de Nova York como um pequeno folhe6m de moda des6nado às
mulheres da alta sociedade nova iorquina. e é considerada a primeira
revista semanal de no=cias. Passou a ser uma das revistas mais influentes
do segmento no século XX. Trata-se de:

a) Vogue
b) Esquire
c) The New Yorker
d) Time
e) The Economist
Questão. O governo federal anunciou nesta sexta-feira (19) que fará mudanças no
desenho da carteira nacional de idenGdade, o RG (Registro Geral). No novo modelo
do documento não haverá informação sobre sexo, nem disGnção entre nome social e
nome de registro civil.

A parGr do lide, responda as questões:

Quem?

Quando?

O quê?
Exemplo de marcação CORRETA de alterna0va, com questão VALIDADA
Questão . A revista ____________________ foi lançada em 1892 na cidade de Nova York
como um pequeno folheGm de moda desGnado às mulheres da alta sociedade nova
iorquina. e é considerada a primeira revista semanal de noXcias. Passou a ser uma das
revistas mais influentes do segmento no século XX. Trata-se de:

a) Vogue
b) Esquire
c) The New Yorker
d) Time
e) The Economist
Exemplo de marcação INCORRETA de alterna0va, com questão
INVALIDADA

Questão . A revista ____________________ foi lançada em 1892 na cidade de Nova


York como um pequeno folheGm de moda desGnado às mulheres da alta sociedade
nova iorquina. e é considerada a primeira revista semanal de noXcias. Passou a ser
uma das revistas mais influentes do segmento no século XX. Trata-se de:

a) Vogue
b) Esquire Está errada porque
c) The New Yorker
d) Time duas alterna8vas foram
e) The Economist marcadas.
Obrigada pelo semestre!

Nos vemos dia 30/5, às 19h10

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