Você está na página 1de 4

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CURSO: FILOSOFIA – 2018/2


DISCIPLINA: PELPEF II
PROF: DANILO CARETTA
ACADÊMICO: THIAGO LUIZ FLORÊNCIO
RGA: 2018.3004.015-4
______________________________________________________________________

INTRODUÇÃO DA I MEDITAÇÃO DE RENÉ DESCARTES, DAS COISAS


QUE SE PODEM COLOCAR EM DÚVIDA.

Descartes tinha o objetivo de provar a existência de Deus e da alma e para isso,


ele inicia uma série de investigações na intenção de encontrar um fundamento firme e
seguro, concreto e inabalável. Para isso, ele faz várias meditações, mas aqui, o meu
objetivo é apenas comentar as duas primeiras meditações metafísicas de René
Descartes.
Descartes inicia em sua primeira meditação dizendo que recebeu muitas falsas
opiniões como verdadeiras, mas seu desejo era de estabelecer algo firme e constante nas
ciências. Logo no inicio, ele destrói todas as suas opiniões antigas, argumentando que o
menor motivo de dúvida que encontrasse nelas já bastaria para rejeita-las.
Descartes vai dizer sobre os sentidos, que eles não podem servir como base
segura de conhecimento.
Descartes argumenta que a distinção entre o sono e a vigília não é tão nítida
quanto parece a princípio.
Para Descartes, neste momento, ele trata Deus como uma fábula e faz os
seguintes questionamentos: E se Deus me enganou? Quem pode me assegurar disso?
Sou imperfeito e por isso sou enganado sempre?
Descartes recebeu muitas opiniões como verdadeiras e chegou a supor a não
existência de um Deus dono da fonte da verdade, mas alegou a existência de um Deus
do gênio maligno que emprega em enganar.

Página 1 de 4
INTRODUÇÃO DA II MEDITAÇÃO DE RENÉ DESCARTES, DA NATUREZA
DO ESPÍRITO HUMANO, E DE COMO ELE É MAIS FÁCIL DE CONHECER
DO QUE O CORPO.

No inicio da segunda meditação metafísica, Descartes diz que encheu seu


espírito de dúvidas e que não está em seu alcance esquecê-las e não consegue ver de que
maneira poderia resolvê-las. Mas ele continua com o seu propósito de esforçar-se e
seguir a mesma via que trilhou que é se afastar de tudo que poderia imaginar ter a
menor dúvida. Ao analisar isso, ele supõe que todas as coisas que ele vê são falsas e
suspende os sentidos e talvez, nada que há no mundo é certo. Logo depois, ele
questionasse, se as coisas no mundo existem e se ele existe e ele conclui o seguinte: Se
o Deus enganador me engana é porque eu existo, eu sou, e posso concluir isso como
uma verdade, todas as vezes que pronuncio. Ele duvida claramente o que ele é e diz não
o conhecer bastante, mas está certo que é e toma o maior cuidado para não se equivocar
deste conhecimento que afirma até o momento ser o mais verdadeiro de todos os que já
teve.
O que sou eu? Descartes vai fazer essa pergunta várias vezes. Ele supõe a
existência de alguém que é extremamente poderoso e ardiloso em engana-lo. Ele analisa
sua alma e passa a observa se existe algum atributo, como por exemplo: alimentar-se,
caminhar, sentir, pensar e pensar ele considera como um atributo que pertence de fato e
que não pode separar dele. Eu sou, eu existo? Isso é correto? Mas por quanto tempo? A
resposta é, enquanto eu existir.
E concluindo a introdução dessa segunda meditação metafísica de Descartes,
ele quer pegar como um exemplo de análise, algum corpo particular, no caso, a cera
retirada da colmeia. O ponto central de sua analise é que independente do que aconteça
com a cera, ela ainda permanece a mesma.

EXPLICAÇÃO DA I MEDITAÇÃO DE RENÉ DESCARTES, DAS COISAS


QUE SE PODEM COLOCAR EM DÚVIDA.

Descartes se viu na necessidade de encontrar um conhecimento firme com uma


fundamentação inabalável, mas para isso, ele também se vê na necessidade de possuir
mais idade, é importante uma maturidade para encarar esse trabalho a seu ver. E assim,
quando ele inicia suas investigações, ele destrói todas suas opiniões antigas, porque elas

Página 2 de 4
são duvidosas e o critério que ele utiliza para falsear qualquer conhecimento é esse: a
dúvida. Descartes toma como falso tudo aquilo que pode ser objeto de dúvida, já que
seu propósito é encontrar propriamente algo indubitável e, portanto, verdadeiro todas as
vezes que for enunciado.
A visão que Descartes têm sobre os sentidos é que eles podem levar ao engano,
isso porque, os sentidos já o enganaram uma vez e assim acabaram se tornando algo
duvidoso. Mas Descartes não descarta a possibilidade de os sentidos mostrarem coisas
que não se pode duvidar. O problema para Descartes é que os sentidos nem sempre
acertam e por isso ele não ver como fonte segura.
Descartes argumenta que os sentidos podem enganar, dizendo que ele já foi
enganado várias vezes enquanto dormia, parecia estar vivendo na realidade e tudo não
passava de um sonho e logo não conseguia fazer uma distinção nítida do que era vigília
e sono. Por esse motivo, ele passa a duvidar de tudo, e para ele, tudo não passa de falsas
ilusões.
Descartes faz um exercício de tratar Deus como uma fábula, neste caso, uma
verdade em forma de ficção. Essas perguntas não são respondidas de imediato, mas a
intenção de Descartes aqui é de levantar essa questão de um Deus enganador, ardiloso,
para mais a frente apresentar o gênio maligno que induz as pessoas ao erro.
Descartes termina sua primeira meditação metafísica dizendo, que recebeu
opiniões como crenças verdadeiras, mas que não há nenhuma que não possa duvidar,
logo é falso de acordo com seu método filosófico, ao ponto de ele supor a não existência
de um Deus verdadeiro e dono de toda fonte da verdade, mas um Deus do gênio
maligno que trabalha para enganar.

EXPLICAÇÃO DA II MEDITAÇÃO DE RENÉ DESCARTES, DA NATUREZA


DO ESPÍRITO HUMANO, E DE COMO ELE É MAIS FÁCIL DE CONHECER
DO QUE O CORPO.

O objetivo de Descartes no inicio da sua segunda meditação metafísica é


continuar nesse caminho de investigação até que encontre algo de certo ou que aprenda
que não há nada de certo no mundo.
Ao fazer essa pergunta: O que sou eu? Descartes faz várias afirmações,
dizemos que é como, por exemplo: Sou uma coisa que pensa, que duvida, que concebe,
que afirma, que nega, um espírito, um entendimento, uma razão e ainda diz que

Página 3 de 4
provocará sua imaginação para saber se é mais alguma coisa. Também diz que não é:
uma reunião de membros, chamada de corpo humano, um ar tênue, um vento, um sopro,
um vapor e após isso, verifica e está seguro em dizer que ele é alguma coisa.
Ao final de sua segunda meditação metafísica, Descartes analisa o corpo
particular da cera retirada da colmeia com a intenção de compreender os corpos que
tocamos e vemos. Ele diz que ela ainda mantem sua originalidade, seu cheiro, sua cor,
figura e grandeza, mesmo depois de retirada da colmeia. Essa cera é submetida a um
experimento, ela é aproximada do fogo e passa por diversas modificações, seu odor se
vai, sua cor se modifica, sua forma é alterada, sua grandeza é aumentada e ao final,
Descartes afirma que a cera permanece a mesma. Sua justificativa é que a cera é apenas
um corpo que devido ao processo que passou teve sua forma modificada e os sentidos
não são capazes de modifica-la. Descartes diz que conhecemos os corpos pela faculdade
do pensamento e não pela imaginação, nem pelos sentidos, nem por visão ou tato.
Descartes conclui dizendo que, o que é mais fácil de conhecer é o seu espírito.

Página 4 de 4

Você também pode gostar