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Tópicos em Física Moderna

Aula 1 – O princípio da relatividade


Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

O problema
Se soubermos as coordenadas de uma partícula em um dado
sistema de referências inercial, poderíamos saber sem usar
qualquer processo de medição as coordenadas daquela
partícula em outro sistema de referência inercial?
Prof. Paulo Rosa CCET/UFMS

O que é relatividade?

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Definição de relatividade

Como fazer uma baliza


Prof. Paulo Rosa CCET/UFMS

Como fazer uma


baliza (visão do carro)

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Definição de relatividade (II)


A visão do que acontece depende
do observador

Qual das duas visões é a visão


correta?
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As duas !!!

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Definição de relatividade (III)

Pergunta: como saber o que o


outro está “vendo”?

Aqui precisamos escolher um


princípio de relatividade: o que eles
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veem em comum?

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Princípios de relatividade
Duas possibilidades foram usadas
ao longo da história da Física:

Princípio de Relatividade
Princípio de Relatividade Contemporâneo:
Clássico: Todos observadores medem a
Todos observadores medem o mesma velocidade da luz
mesmo tempo e o mesmo espaço. (velocidade limite).
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Comum

As leis físicas são as mesmas para todos os


observadores.

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Sistema de Referência Inercial


É um sistema no qual uma partícula obedece as Leis de
Newton: se não há força resultante sobre a partícula ela
segue uma trajetória retilínea com velocidade constante
ou está em repouso.

P1
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P2

SRI

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Sistema de Referência Não Inercial

É um sistema no qual uma partícula não obedece as Leis


de Newton: se não há força resultante sobre a partícula
ela segue uma trajetória qualquer.

P1
P2
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SRNI

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Validade da Relatividade Restrita


É válida somente para Sistemas de
Referências Inerciais

Todo sistema que se move com


velocidade constante em relação a
um SRI também é um SRI

SRI
SRI
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SRNI

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Nosso problema
Vamos considerar dois SRI, chamados de S e S’.

Velocidade de
S’ medida em S.

P
z'z v
(x’,y’,z’) = (x, y, z)
(x’,y’,z’)

y'y
S’
S
x'
x

Sabemos as
coordenadas de P em Quais serão as
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dado instante no dois coordenadas do ponto


sistema S( x,y,z). no sistema S’ (x’,y’,z’) ?

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Solução dada por Galileu


Princípio da Relatividade Clássico
Para Galileu e a Física Clássica, dois observadores, um em S e outro em
S’ observam a mesma passagem do tempo e as mesmas distâncias
percorridas.
P
z'z v
(x’,y’,z’) = (x, y, z)
(x’,y’,z’)

y'y
S’ d=vt
S
x'
x
Coordenada da origem de
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S’ após um tempo t no
referencial S.

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Princípio da Relatividade Clássico (II)


No instante inicial (t = t’ = 0) a origem dos dois sistemas era coincidente. Logo, as
coordenadas do ponto P eram as mesmas nos dois sistemas:

x = x’
y = y’
z = z’

Em um instante t (intervalo medido por um relógio no sistema S) as coordenadas do


ponto P são (x,y,z) no sistema S e (x’,y’,z’) no sistema S’.

As origens não são mais coincidentes e a origem


do sistema S’ tem coordenadas (0, y, 0) no
sistema S.
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Princípio da Relatividade Clássico (III)


Como o movimento ocorre ao longo do eixo y, as coordenadas x’ e z’ são as mesmas
coordenadas x e y, as últimas medidas no sistema S:

x’(t) = x’t) e y’(t) = y(t)

Vamos agora escrever a coordenada y’ do ponto P em função da coordenada y e da


distância d percorrida.
y  d  y'
y  y ' vt  y '  y  vt
z z'

x'  x
P
z' z
y
y '  y  vt
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y'
d

x x'

Transformações de
Galileu.

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A Segunda Lei de Newton


Vamos usar os dois postulados da Relatividade Clássica e escrever a Segunda Lei
de Newton nos dois sistemas de referências.

No sistema S:
d2y
F  ma  m 2 e y
dt Por hipótese a massa é a
No sistema S’: mesma nos dois sistemas de
d2y' referência.
F '  ma '  m 2 e y
dt '
Vamos usar agora a equação para y’ em função de y:

d2y' d 2 ( y  vt )
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F '  m 2 ey  m ey
dt ' dt '2

Este é o ponto no qual o Princípio da Relatividade


Clássica vai entrar. Observe que a derivada é em relação
a t’ mas no numerador aparece t.

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A Segunda Lei de Newton (II)


Usando o princípio de que os observadores nos dois sistemas medem o mesmo
tempo, podemos substituir t’ por t na derivada:

d 2 ( y  vt ) d 2 ( y  vt )
F'  m 2
ey  m 2
ey
dt ' dt
d2y
F '  m 2 e y  mae y  ma
dt
F'  F

Observadores nos dois sistemas medem a mesma força


resultante sobre uma partícula, o que implica a mesma lei
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física.

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Regra Clássica de adição de velocidades


Vamos escrever a velocidade de uma partícula no sistema S’ (u’) em função
da velocidade com que o sistema S’ se move para a direita (v) e da velocidade
da partícula medida no sistema S (u):

dy d ( y ' vt ) dy ' d (vt )


u   
dt dt dt dt
dy ' d (vt )
u 
dt ' dt
u  u ' v  u '  u  v
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Propriedades Clássicas do Espaço e do


Tempo

Conservação da Energia Homogeneidade do tempo

Conservação do momento linear


Homogeneidade do espaço.

Conservação do momento Isotropia do espaço.


angular
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Nuvens negras no horizonte


As equações de Maxwell têm como consequência a identificação
da luz como uma onda.

Onde está o problema: se a luz é uma onda e se propaga no vácuo,


qual é o meio suporte para essa onda?

Éter
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O Éter
•Ocupa todo o espaço;
•Elástico;
•Densidade desprezível;
•Interação fraca com a matéria;
•Meio suporte para a propagação da luz.

O grande problema daquela época:


A ideia de Éter introduz um Sistema de descobrir a velocidade com que a Terra se
Referências privilegiado !!! move em relação ao Éter
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Experimento de Michelson -
Morley

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O experimento de Michelson - Morley


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Objetivo: detectar o movimento relativo da Terra em relação ao éter;


Método: interferência de dois raios luminosos coerentes.

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Intermezzo – O fenômeno da Interferência

Veja esta simulação


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O experimento de Michelson – Morley (II)


C

Luz incidente A

Observador
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O experimento de Michelson - Morley (III)


Sistema nos quais o éter está em repouso orientação I – Braço de comprimento L1 na direção do movimento em relação ao éter

y'
Sistema de referência no qual o
Éter está em repouso. Espelho C

v
L2

c y’

cx’ Espelho B

Origem
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x (espelho A) x'
L1

Observador

Éter
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O experimento de Michelson – Morley (IV)


y

v
S Trajetória entre os espelhos A e C (L2)
cy' L2 L2
c t2  2  t2  2
 
' 1/2
cy c 2  v2

L1 L L 2cL
Trajetória entre os espelhos A e B (L1): t1  2  1  1  t1  2 1 2
c x c v c  v
'
c  v 

Portanto, a diferença nos tempos para ir e voltar será dada por:


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2 L2 2 L1
t  t2  t1  
c 1 v
2

c2

c 1 v
2

c2 

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O experimento de Michelson – Morley (V)


Sistema de referências em que o éter está em repouso
y

v
S Trajetória entre os espelhos A e C (L2)
cy' L2 L2
c t2  2  t2  2
 
' 1/2
cy c 2  v2

L1 L L 2cL
Trajetória entre os espelhos A e B (L1): t1  2  1  1  t1  2 1 2
c x c v c  v
'
c  v 

Portanto, a diferença nos tempos para ir e voltar será dada por:


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2 L2 2 L1
t  t2  t1  
c 1 v
2

c2

c 1 v
2

c2 

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O experimento de Michelson - Morley (VI)


Sistema nos quais o éter está em repouso orientação II – Braço de comprimento L2 na direção do movimento em relação ao éter

(espelho A)

Origem
Sistema de referência no qual o
Éter está em repouso.

Observador

L2

y'
cy’
L1

Espelho C
cx’
v
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Espelho B
x'

Éter
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O experimento de Michelson – Morley (VII)


L1
t1'  2
 
2 1/2
c 1 v
c2
L2
t2'  2

c 1 v 2

c2 
2 L2 2 L1 2 L2 2 L1
t '  t2'  t1'    t  

c 1 v 2

c2  c 1 v
2

c2
c 1 v
2

c2

c 1 v 2

c2 
 L1  L2  v
2
t ' t    0
 c c
2
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Os padrões de interferência deveriam mudar com o tempo, pois os


intervalos de tempo entre a chegado dos dois raios diferente quando o
aparato fosse girado!

Simulação

Tópicos em Física Clássica - Aula 1 27


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Solução para o impasse


Uma possível solução para o impasse é impor que os intervalos de tempo nas
duas situações seja igual, com isso não haveria possibilidade de observar-se
qualquer diferença. Mas esta solução nos leva a um impasse:
2 L2 2 L1 2 L2 2 L1
t '  t    
 c   
2 2
c 1 v c 1 v
2 2
2 c 1 v c 1 v c2
c2 c2
 
 1 
 2 L2   L1   L2   2 L1   
2
 1 v 2 
 c 
 2  L2  L1     L2  L1 
1
 1  1  v  0 !!!
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2
1 v
c2

O que obviamente não pode ser, pois indicaria que a


Terra não tem movimento algum em relação ao éter o
contraria a hipótese inicial!!!

Tópicos em Física Clássica - Aula 1 28


Solução para o impasse (II)
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Lorentz e Fitzgerald propõem que exista uma contração no espaço na direção da


propagação do fóton.

Impondo que os tempos para que os dois raios se propaguem entre os espelhos e o
observador sejam iguais (o que explicaria o resultado experimental):

2cL1 L2 L1
t1  t 2   2  L2 
(c  v ) (c  v )
 
2 2 2 2 1/2 2 1/2
1 v
c2

Contração no comprimento na
y direção do movimento.
y'
Sistema de referência no
Espelho C
qual o Éter está em repouso.
v
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L2

cy’ Para Lorentz, há uma contração


cx’ Espelho B do objeto, não do espaço em si.
Origem
x x'
(espelho A) L1

Observador

Éter
Tópicos em Física Clássica - Aula 1 29
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Outro impasse
As equações de Maxwell não
são invariantes frente a
mudanças de coordenadas !!!
No sistema S, se o campo
eletromagnético obedece a
equação da onda:
No sistema S’, se o campo
eletromagnético obedece a
equação:
 2 1 2 
  2 2   0
 c t 
 2 1 2 2  1 
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   2 2  2 v.  2 v.v.    0
 c t c t c 

Tópicos em Física Clássica - Aula 1 30


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Soluções possíveis para o outro impasse


1. Mudar as equações de Mawxell.
As novas equações deveriam ser Solução não aceitável frente ao
invariantes frentes as sucesso das equações de
transformações de Galileu. Maxwell.

2. Admitir que as equações de


Galileu fossem corretas para a
Mecânica, mas que o
Solução não aceitável frente aos
Eletromagnetismo precisava de
problemas com a detecção do
outro conjunto de equações de
éter.
transformação, que levasse em
conta um SRI privilegiado, no
qual o éter estivesse em repouso.
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Relatividade Restrita
3. Mudar o princípio da
(Einstein).
relatividade.

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A proposta de Einstein para solucionar os


dois impasses da Física Clássica
Einstein propõe dois novos princípios da relatividade, abrindo mão do
princípio da relatividade clássico.

Princípios Clássicos: todos Princípios de Einstein:


observadores em SRI todos observadores em SRI
medem o medem o

mesmo espaço mesmo tempo


Mesma
velocidade
limite
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As leis físicas são as mesmas em


todos os SRI.

Tópicos em Física Clássica - Aula 1 32


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Derivando as transformações de Lorentz


Se substituímos o princípio de relatividade de Galileu por outro, então temos
que buscar quais são as equações de transformação entre os dois sistemas de
referências, S e S’.

A forma mais geral e simples para essas equações é escrever as novas


coordenadas em função das antigas como uma combinação linear:

xν'  Aν x  Bν y  Cν z  Dν t  Eν
Fóton

z´ z
S’ (t,x,y,z)

(t,x’,y’,z’)
v
S
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y

x

y  vt

Por hipótese, houve um momento


no qual as duas origens eram
coincidentes,
Tópicos em Física Clássica - Aula 1 33
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Transformações de Lorentz (II)


xν'  Aν x  Bν y  Cν z  Dν t  Eν
x1'  x '  A1 x  B1 y  C1 z  D1t  E1
Para as coordenadas x e z:
x3'  z '  A3 x  B3 y  C3 z  D3t  E3

Com a condição de que: x = 0  x’ = 0 e z = 0  z ’ = 0.

0  B1 y  C1 z  D1t  E1
0  A3 x  B3 y  D3t  E3
As coordenadas são
LI.

0  B1  C1  D1  E1
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x '  A1 x
0  A3  B3  D3  E3 z '  C3 z

x '  x  A1  1 x '  x 
Estas coordenadas devem se reduzir v 0 
ao mesmo valor quando a velocidade  
entre os dois sistemas vai a zero: z '  z  C3  1 z '  z 
v 0 

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Transformações de Lorentz (III)


Vamos agora analisar como a coordenada y se transforma:

xν'  Aν x  Bν y  Cν z  Dν t  Eν y '  Ax   y  Cz  Dt  E
Índices
omitidos.

Usando que as coordenadas para a origem de S’ te coordenadas y’=0 em S’ e y=vt no


sistema S:
As coordenadas são
0  Ax   vt  Cz  Dt  E LI.

D + v = A = C = E = 0. D =- v
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Logo:

y '   y   vt  y '   ( y  vt ) A constante  ainda deve


ser determinada.

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Transformações de Lorentz (IV)


Devido à simetria: y   ( y ' vt ')

Para dois observadores, um em cada sistema de referência, a


posição do fóton é dada por:

y  ct Aqui entrou a hipótese de


Einstein !!!
y '  ct '
Logo:

ct   ( y ' vt ')  1
   
ct '   ( y  vt ) 
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2 Fator de Lorentz.
1 v
c2

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Transformações de Lorentz (V)


Vamos agora eliminar y’ entre as equações para y e y’ e obter uma equação para o
tempo:

y   ( y ' vt ') 
  y   ( y ' vt ')   ( ( y  vt )  vt ')
y '   ( y  vt ) 
t '   (t  vy / c 2 )
Com isso, completamos a derivação do conjunto completo das Transformações de
Coordenadas, chamadas de Transformações de Lorentz:

x'  x x'  x
y '   ( y  vt )
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y '  y  vt
z' z v/c  0
z' z
Transformações de
t '   (t  vy / c 2 ) Galileu
t't

1  1
2
1 v
c2
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Transformações de Lorentz (VI)


Não derivaremos aqui, mas as equações para as transformações dos
intervalos de tempo e espaço são similares às transformações de
Lorentz:

S  S’ S’  S

dx '  dx dx  dx '
dz '  dz dz  dz '
dy '  (dy  vdt ) dy  (dy ' vdt ')
dt '  (dt  vdy / c 2 ) dt  (dt ' vdy '/ c 2 )
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Fim da Aula 1

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39

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