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A sua
“Bobina de Tesla”
Manual explicativo de como construir
sua própria
“Bobina de Tesla”
2014
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Agradecimentos
Agradecemos à Deus por estar sempre conosco e ter nos possibilitado criar este
manual, ao nosso professor Dr. Luís Fernando Delboni pelos ensinamentos e pelo apoio,
nosso colega Woile Ramos pela força que sempre nos deu, à PROBIC-PUC Minas, à nossas
famílias e a Nikola Tesla pelas magníficas ideias que revolucionaram o mundo da
eletricidade.
Sumário
O Manual ...................................................................................................................................................... 4
A Bobina de tesla ......................................................................................................................................... 5
Método de projeto básico ............................................................................................................................. 6
Método de projeto avançado ........................................................................................................................ 7
Montagem..................................................................................................................................................... 9
Segurança ................................................................................................................................................... 13
Experimentos .............................................................................................................................................. 15
Referências Bibliográficas .......................................................................................................................... 17
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1- O Manual
A elaboração deste manual tem como objetivo trazer a todos o conhecimento
mínimo necessário para a construção de uma bobina de Tesla. A preocupação de
espalhar o conhecimento adquirido nos motivou a construção deste guia.
Acreditamos que a elaboração de um manual passo a passo sobre o projeto e
construção de uma bobina de Tesla é algo relevante nesta divulgação do saber.
No manual, todo o processo de planejamento de uma bobina é descrito,
inclusive todos os cálculos necessários para que se obtenha o melhor
aproveitamento do modelo físico em seu planejamento.
Está presente também neste manual sugestões de montagem que demonstra
através de imagens e explicações como se pode realizar a montagem da bobina,
com um baixo custo para que seja acessível a um número maior de interessados.
Dicas também são dadas referentes aos materiais necessários, bem como onde
encontrá-los.
E pensando nas pessoas que não possuam certo conhecimento específico,
ou que, não desejam projetar através de cálculos o seu modelo, o manual dispõe de
um dimensionamento pré-estipulado pelos autores, Este dimensionamento é descrito
de uma maneira simples e de forma a ser facilmente entendido por todos.
Então o manual é exposto em dois níveis diferentes de forma a atender
diferentes níveis de instrução daqueles que pretendem montar seu próprio
equipamento, sendo que cada um pode criar seu modelo baseando-se ou não nos
cálculos já expostos no manual, tornando esse guia acessível para alunos de
ensinos fundamentais e médios, bem como professores, alunos de graduação e de
cursos técnicos.
Também presente no manual estão alguns conceitos físicos de
funcionamento, algumas apresentações e experimentos que são possíveis de se
realizar com a bobina e apresenta também a maneira correta de se manusear.
Neste guia também estão expostos de maneira clara e persuasiva noções de
segurança em eletricidade, e principalmente segurança na operação do
experimento, sendo sempre salientado os riscos presentes no manuseio e
montagem da bobina.
Desejamos um bom trabalho e mãos à obra.
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2- A Bobina de Tesla
A “Bobina de Tesla” foi criada por Nikola Tesla (1856-1943), um grande
cientista croata erradicado nos Estados Unidos. Tesla foi um homem a frente de seu
tempo que mostrou ao mundo os grandes benefícios da utilização da corrente
alternada.
Tesla foi um grande inventor detentor de mais de 700 patentes, dentre elas o
motor de indução e os alternadores. Em 1899, Tesla foi para Colorado Springs, onde
montou um grande laboratório com o intuito de experimentar algumas de suas
ideias. Foi então que construiu uma de suas invenções mais populares, que seria um
transformador com núcleo de ar, que trabalha com altas frequências e altas tensões
em circuitos ressonantes, conhecida como a bobina de Tesla
A bobina de Tesla é capaz de criar elevadas tensões em altíssimas
frequências que são capazes de romper o dielétrico do ar, formando descargas que
variam de acordo com a configuração da bobina. Seu funcionamento baseia na
elevação da tensão através de fenômeno da ressonância de um circuito composto
por indutores e capacitores. Possui uma bobina primária de poucas espiras, na faixa
de 2 a 35 e uma secundária podendo passar de alguns milhares de espiras.
FIGURA 1-Nikola Tesla, sentado próximo a uma de suas bobinas em funcionamento, em seu
laboratório em Colorado Springs.
Então, uma bobina de Tesla clássica é composta basicamente por duas
etapas de aumento de tensão. A primeira etapa se trata de um transformador de
núcleo de ferro convencional com impedância elevada que tem a função de
intensificar a tensão de linha disponível a uma tensão no intervalo de 5 a 50 kV, em
60 Hz. A segunda etapa funciona como um circuito ressonante que se torna um
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5- Montagem
No primeiro momento é necessária a verificação dos materiais a serem
utilizados para a montagem de seu equipamento. O item que possui o maior valor
para compra é o transformador de entrada, porém todos os outros materiais
utilizados são de baixo custo e em alguns casos são materiais que seriam
descartados e que podem ser reaproveitados.
Primeiramente devemos ter uma base para fixação do modelo, podendo ser
esta de madeira ou outro material isolante que forneça sustentação mecânica.
O transformador elevador de tensão poderá ser um transformador utilizado
em lâmpadas de neon, que possui alta elevação da tensão e é disponibilizado
comercialmente nos valores desejados no projeto.
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FIGURA 7 – Centelhador
Ainda no circuito primário haverá a bobina primária, que deverá ser feita de
condutor com alta isolação, e de seção transversal de aproximadamente 2,5 mm²,
dependendo das características de cada modelo. Para fixação das espiras, podemos
utilizar de fios rígidos, e se não forem disponíveis utilizaremos uma base de material
isolante.
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6- Segurança
“Segurança em primeiro lugar”, este será nosso tema durante toda a
montagem da bobina e principalmente durante o funcionamento da mesma. Por isso
essa parte do manual será dedicada exclusivamente para tratar da segurança de
todos que operam ou estão próximos a bobina.
Esta primeira parte do manual certamente é a parte mais importante para
todos que pretendam projetar e montar seu protótipo da bobina de Tesla. A bobina
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tem seus perigos que devemos respeitá-los, pois a eletricidade pode ser muito
perigosa, ainda mais com níveis altíssimos de tensão.
Apesar da maior tensão estar na saída da bobina secundária de onde sairá as
descargas, o maior perigo da bobina está em seu circuito primário onde a potência é
suficientemente alta para causar sérios acidentes e podendo levar à óbito.
Prezamos muito pela segurança de todos, então aconselhamos que a operem
em um local isolado, longe de crianças, e que sempre isole o local de testes,
devendo também o operador não estar muito próximo do equipamento.
NUNCA faça qualquer ajuste ou toque na bobina se o transformador estiver
ligado, e também não se esqueça de que o capacitor mantém a sua carga se
nenhum aterramento for realizado, e então para poder tocá-la descarregue o
capacitor ligando ele ao terra por algum tempo, o necessário para que toda a carga
do circuito seja descarregada. Certifique-se que ao religar a bobina foi retirado o
aterramento que descarrega o capacitor para evitar qualquer dano ao transformador.
Os principais riscos são:
Alta tensão: a principal precaução que se deve ter é com a saída do transformador.
Nessa parte, como em todo o circuito primário, existem corrente elétricas
consideráveis que podem acarretar choques fatais. O transformador é especialmente
perigoso, por fornece vários milhares de volts e, se ao operar uma bobina, se estiver
trabalhando em estreita proximidade com ele. É fácil acidentalmente deixá-lo ligado,
pois exceto por um zumbido quase imperceptível, não há nenhuma indicação de que
está ligado. Em relação à tensão de saída em L2 os riscos são menores. A corrente
é de alta frequência (MHz) e, embora da ordem de 100 a 1000 kV, não é mortal.
Porém, dependendo da potência de saída (variável com a maior ou menor
aproximação entre os terminais do faiscador) ela pode queimar a pele.
Ozônio: Quando em operação, os terminais de L2 ionizam o ar circundante e,
consequentemente, produzem ozônio; um gás que, em grande concentração, é
altamente tóxico para seres humanos. A produção de ozônio é decorrência da
alternância da liberação e captura de elétrons nos terminais de L2. É aconselhável
se fazer as demonstrações em lugar ventilado e não deixar a bobina ligada mais que
alguns minutos.
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7- Experimentos
A bobina de Tesla traz a todos que presenciam suas apresentações
experiências fantásticas, ilustrações interessantes de conceitos de
eletromagnetismo, campos magnéticos, altas tensões, altas frequências, princípios
de telecomunicações, ressonância entre circuitos com indutores e capacitores,
rigidez dielétrica do ar, entre outros aspectos existentes no estudo da eletricidade.
Outro fato que impressiona é a quantidade de experimentos que se é capaz
de realizar com a bobina, e isto com muita facilidade. Demonstrações da
eletrostática e eletrodinâmica podem ser realizados com o seu protótipo. Tais como:
a) Ressonância
Ao se montar outra bobina com as mesmas características da bobina
secundária (diâmetro, altura, quantidade de espiras, diâmetro do fio), e colocarmos
essa nova bobina nas proximidades de L2, ela, por ressonância, se comportará da
mesma maneira que L2 lançando arcos elétricos e raios corona. Ambas terão o
mesmo funcionamento mesmo que a cópia da bobina L2 esteja a alguma distância
de L2 original. Este princípio é o mesmo de um enlace de telecomunicação, onde o
sinal da antena transmissora será transmitido para a antena receptora.
b) Ionização de gases
Aproximando-se da bobina secundária, uma lâmpada fluorescente, que pode
estar queimada, observa-se que a lâmpada se ilumina. Quanto maior a proximidade
do secundário, maior é a intensidade da luminosidade do gás. Essa luminescência
da lâmpada é decorrente da ionização do gás em seu interior, e por colisão entre as
moléculas ocorrem transições eletrônicas que no retorno liberam o excesso de
energia na forma de fótons, o que é provocada pelo campo eletromagnético de alta
frequência emitido pelo secundário.
d) O efeito corona
Só pelo fato da bobina estar ligada, já se pode observar o efeito nos terminais
de saída na bobina secundária L2. Para demonstrar este fenômeno fixe uma
lâmpada incandescente (mesmo queimada) a uma haste de vidro ou material
isolante. Ao aproximar a lâmpada de L2 observa-se o efeito no interior da lâmpada.
Referências Bibliográficas