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Olá, bem-vindo a aula de Registros Vocais.

“A chave para cantar bem é entender a função dos registros”

Os registros vocais podem ser definidos como formas de se emitir um som. O som surge nas pregas vocais, ele começa a vibrar
na laringe independente de onde você sinta ressoar, na cabeça, no peito, no pescoço, etc…

Muitas pessoas atribuem o nome dos registros ao local onde o som vibra, mas ressonância tem a ver com o resultado de como
você manipula o som feito, e não onde ele é gerado. Registros chamados de peito, cabeça e misto são subdivisões do registro
modal e é nele que acontece a maior parte do canto e fala.

A ciência percebe três registros básicos: basal (vocal fry), modal e elevado, além de um último, o assobio, ou flauta, que muitos
consideram como sub registro do elevado.

Quando vamos da nossa nota mais grave até a mais aguda, notamos mudanças no timbre, no tipo de som emitido, a
voz passa de um som “de porta rangendo” (fry), chega a uma massa sonora forte e vigorosa e vai para uma mais
suave e por vezes soprosa ou aguda, como de criança.
Essas variações ocorrem porque nossa laringe está produzindo o som de formas diferentes. Cada uma dessas formas
depende de quais músculos estão sendo acionados, e o que essas diferenças causam no corpo das pregas vocais e
na forma como elas vibram. Costuma-se chamar essas configurações musculares de registros vocais e cada um
desses registros, tem suas determinadas características.
De um modo geral, verifica-se que os nomes “pulso”e “fry” tem sido usados para designar registro situado na faixa
mais grave da frequência da voz; os nomes “modal”, “peito”, “voz mix”, “belting”, “voz de cabeça”(no homem), dentre
outros, tem sido utilizados para designar registros usados na faixa média de frequência de fonação e os nomes
“falsete”, “elevado”, “superior”, “voz de cabeça”(na mulher) tem sido utilizados para designar registros usados na faixa
mais alta da frequência de fonação.

O fato é que o número de sistemas de registros é quase tão grande quanto o número de autores que os propuseram.
Existem várias disciplinas que tem abordado a voz, entre continentes inclusive, linguagens, escolas, gêneros e
classificações vocais, ou seja, apesar dos esforços científicos e até mesmo da infinidade de dados sobre o assunto, é
muito difícil comparar resultados entre estes estudos, principalmente devido as discrepâncias nos sistemas de
registros utilizados.
Enfim…alguns termos, como Voz de peito, Voz Mix, Voz de Cabeça, etc… não precisam ser levados tão ao pé da letra! Você
pode cantar uma música, passando por alguns deles. Posso cantar de uma forma mais pesada (visceral) e depois mais leve,
mais brilhante, metálico…

Não é preciso cantar num só registro o tempo todo, vc pode timbrar de outra forma. Não pense em voz de peito do começo ao
fim, além de errado, certamente pode machucar suas cordas vocais. Você precisa caminhar por estes registros várias vêzes, que
seriam as transições (passagens) de registros. Se preocupe menos com os termos técnicos e sinta essas qualidades dentro do
seu canto. Música tem a ver com sensação e sentimento. Deixe o feeling rolar e não se prenda tanto aos termos técnicos.

Diversos cantores, professores de canto e até mesmo regentes de corais, sempre fizeram referências a “quebras” na qualidade da
voz, quando notas musicais consecutivas são produzidas em regiões específicas. Essas “quebras”, ou modificações abruptas na
qualidade da voz, podem ser percebidas auditivamente e são normalmente associadas a uma mudança de ajustes musculares
da laringe. Isso também ocorre na voz falada.

No canto profissional, se aprende a controlar voluntariamente a reprodução da voz, nos diferentes registros vocais, suavizando
essas “quebras” relacionadas a transições entre registros, ou enfatizando-as, dependendo do estilo do canto. Essas quebras
podem também, nos mostrar que existe alguma manifestação importante, de alguma patologia da voz, por isso a importância de
uma exame das pregas vocais.

Uma dica: Notas agudas, menos ar e mais suporte

Notas graves , mais ar

Vamos a prática de um vocalize que visa suavizar essas quebras. Quanto mais você pratica, mais balanceada estará sua voz e
consequentemente, essas passagens pelos registros, onde a ressonância está acontecendo.

Homens: Geralmente num F2 à um F3, é que vai acontecer a passagem .

Mulheres: Geralmente num A2 à um A3, é que vai acontecer a passagem.


Não tente cantar nesta região, sem mudar e mixar os registros de ressonância.

Voz com ressonância na cabeça e a voz mix, que seria como usa o belting.

Vamos por um instante, fortalecer essa região de ressonância Mix, usando Ming Ming, projetando a voz.

Mulheres: C3, Bb2, A2, G2, F2 até F4, Eb4, D4, C4, A#3

Homens: B,2 A2, G2#, F2#, E2 até A3, G3, F#3, E3, D3

Vamos ao exercícios, usando “Goog” como fonema, com pouco volume e certamente aos poucos, você terá mais volume,
potência e precisão.

Homens: A1, C#2, E2, A2, A2, A2, A2, E2, C#2, A1 até A2 ultima nota A3 (de meio em meio tom cantando goog)
quando entra a voz feminina, é a região onde vai acontecer a passagem

Mulheres: F2, A2, C3, F3, F3, F3, F3, C3, A2, F2 até A3 ultima nota A4 (de meio em meio tom cantando goog)
num B3 já está pra voz de cabeça e podemos finalizar num A4, mas com o tempo, se você se sentir confortável, pode ir
além. Porém , no canto popular, dificilmente, você usará notas tão agudas, que não sejam somente de passagem.

Depois faremos o desaquecimento igual, e você vai notar como consegue vencer a quebra lindamente, tendo o cuidado de se ater
ao fato de que naquele mesmo ponto da passagem de voz, você mantenha uma harmonia no volume e execução.

:: Arquivos de Áudio (Exercícios) ::

Registros Vocais (Mulheres – Vocalize 1 – C3 a F4)

Registros Vocais (Mulheres – Vocalize 2 – F2 a A3)

Registros Vocais (Homens – Vocalize 1 – B2 a A3)

Registros Vocais (Homens – Vocalize 2 – A1 a A2)

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