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Apostila PM Pe 2016 Soldado - Unpw PDF
Apostila PM Pe 2016 Soldado - Unpw PDF
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Português
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Português
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
ACENTUAÇÃO
Toda palavra tem uma sílaba que é pronunciada com mais intensidade que as outras. Essa sílaba
é chamada de sílaba tônica. Pode ocupar diferentes posições e, de acordo com essa colocação,
ser classificada como: oxítona, paroxítona, proparoxítona e monossílaba tônica.
Regras de acentuação
2. Paroxítonas
Quando terminadas em
a) L, N, R, X, PS, I, US: amável, hífen, repórter, tórax, bíceps, tênis, vírus.
b) UM, UNS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS, EI: álbum, ímã, órgão.
c) Ditongo crescente (SV +V): cárie, polícia, história.
3. Oxítonas
Quando terminadas em EM, ENS, A(S), E(S), O(S):
a) A, AS: está, guaraná, comprá-la.
b) E, ES: jacaré, você, fazê-los.
c) O, OS: avó, paletós.
d) EM: armazém, ninguém.
e) ENS: parabéns, armazéns.
4. Monossílabos tônicos
A, AS, E, ES, O, OS: mês, pó, já.
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5. Ditongo Aberto
6. Hiatos I e U
7. ÊE, ÔO
a) Ele contém, detém, provém, intervém (singular do presente do indicativo dos verbos
derivados de TER e VIR: conter, deter, manter, obter, provir, intervir, convir);
b) Eles contêm, detêm, provêm, intervêm (plural do presente do indicativo dos verbos
derivados de TER e VIR).
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Português – Acentuação Gráfica – Prof. Carlos Zambeli
9. Acentos Diferenciais
Antes Depois
Ele pára
Eu pélo Só existem ainda
O pêlo, os pêlos
A pêra (= fruta) Pôde (pretérito)
Pôde (pretérito) Pôr (verbo)
Pôr (verbo)
10. Trema
Antes Depois
gue, gui, que, qui
quando pronunciados O trema não é mais utilizado.
bilíngüe Exceto para palavras estrangeiras ou nomes
Pingüim próprios: Müller e mülleriano...
Cinqüenta
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2. Marque as opções em que as palavras são acentuadas seguindo a mesma regra. (regras antigas)
a) ( ) magnífico - básica
b) ( ) português - saí
c) ( ) gaúcho – renúncia
d) ( ) eliminatória – platéia
e) ( ) rápido – assédio
f) ( ) cipó – após
g) ( ) distribuído – saísse
h) ( ) realizará – invés
i) ( ) européia – sóis
j) ( ) alguém – túnel
l) ( ) abençôo – pôr
m) ( ) ânsia - aluguéis
n) ( ) prevêem - soubésseis
o) ( ) imbatível – efêmera
3. Acentue ou não:
a) Sauva , sauvinha, gaucha, gauchinha, viuvo, bau, bauzinho, feri-la, medi-la, atrai-los;
b) sos, le-la, reu, odio, sereia, memoria, itens, pires, tenue;
c) America, obito, coluna, tulipa, cinico, exito, panico, penico;
d) pendulo, pancreas, bonus, impar, item, libido, ravioli, traduzi-la, egoista.
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Português
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Derivação
Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra, chamada de primitiva.
Classificamos em 6 maneiras:
1. Derivação Prefixal
4 Derivação Parassintética
Ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma
dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devendo ser usados ao mesmo
tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.
anoitecer, acorrentado, desalmado, engordar.
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5. Derivação Regressiva / deverbal.
Perda de elemento de uma palavra já existente. Ocorre, geralmente, de um verbo para
substantivo abstrato.
Conversar – conversa Perder – perda Falar – fala
6. Derivação Imprópria.
A derivação imprópria, mudança de classe ou conversão ocorre quando a palavra, pertencente
a uma classe, é usada como fazendo parte de outra.
Maria Tereza queria uma camiseta rosa.
Composição
Justaposição Aglutinação
• Pode hífen • Não pode hífen
• Não há perda fonética • Há perda fonética
Fidalgo (filho de algo),
malmequer, beija-flor, segunda-feira,
aguardente (água ardente),
passatempo, maria-chuteira.
pernalta (perna alta).
Redução ou abreviação Sigla
Refrigerante – refri FCC
Cerveja – ceva OMS
Patrícia - Pati PT
Estrangeirismo ou empréstimo linguístico Onomatopeia
• Toc , Toc – bater da porta
• Marketing
• Hmm - pensamento
• Shopping
• Ha Ha Ha!– riso
• Smartphone
• Atchim! - espirro
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Português – Formação de Palavras – Prof. Carlos Zambeli
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Português
ORTOGRAFIA
Os Porquês
1. Por que
Por qual motivo / Por qual razão / O motivo pelo qual / Pela qual
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3. porque = pois
• Ele foi embora, porque foi demitido daqui.
4. porquê = substanivo
Usado com artigos, pronomes adjetivos ou numerais.
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Homônimos
Vocábulos que se pronunciam da mesma forma, e que diferem no sentido.
• Homônimos perfeitos: vocábulos com pronúncia e grafia idênticas (homófonos e
homógrafos).
São: 3ª p. p. do verbo ser.
• Eles são inteligentes.
São: sadio.
• O menino, felizmente, está são.
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Português – Ortografia – Prof. Carlos Zambeli
• Homônimos imperfeitos: vocábulos com pronúncia igual (homófonos), mas com grafia
diferente (heterógrafos).
Cessão: ato de ceder, cedência
Seção : corte, subdivisão, parte de um todo
Sessão: Espaço de tempo em que se realiza uma reunião
Parônimos
Vocábulos ou expressões que apresentam semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem
no sentido.
Cavaleiro: homem a cavalo
Cavalheiro: homem gentil
Censo: recenseamento
Senso: juízo
Descriminar: inocentar
Discriminar: distinguir, diferenciar
Eminente: excelente
Iminente: sobranceiro; que está por acontecer
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Empossar: dar posse
Empoçar: formar poça
Flagrante: evidente
Fragrante: perfumado
Ratificar: confirmar
Retificar: corrigir
Tráfego: trânsito
Tráfico: negócio ilícito
Ao encontro de: a favor, para junto de. Ir ao encontro dos anseios do povo.
De encontro a: contra. As medidas vêm de encontro aos interesses do povo.
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Português – Ortografia – Prof. Carlos Zambeli
ACORDO ORTOGRÁFICO
Mudanças no alfabeto
Usadas em
a) em símbolos de unidades de medida: km (quilômetro)/kg (quilograma)...
b) em nomes próprios de lugares originários de outras línguas e seus derivados: Kuwait,
kuwaitiano…
c) em nomes próprios de pessoas e seus derivados: Darwin, darwinismo...
d) podem ser usadas em palavras estrangeiras de uso corrente: sexy, show, download,
megabyte…
Trema
Não se usa mais o trema, que permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.
antiguidade / sequência / consequência /
frequência / tranquilo / cinquenta!
Uso do hífen
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Prefixo Palavra REGRA
última letra diferente da primeira letra JUNTAR
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Português
Substanivo (nome)
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras
variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
também nomeiam:
• lugares: Brasil, Rio de Janeiro...
• sentimentos: amor, ciúmes ...
• estados: alegria, fome...
• qualidades: agilidade, sinceridade...
• ações: corrida, leitura...
Destaque zambeliano
Concretos:
os que indicam elementos reais ou imaginários com existência própria, independentes
dois sentimentos ou julgamentos do ser humano.
• Deus, fada, espírito, mesa, pedra.
Abstratos:
os que nomeiam entes que só existem na consciência humana, indicam atos,
qualidades e sentimentos.
• vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).
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Sobrecomuns
Quando um só gênero se refere a homem ou mulher.a criança, o monstro, a vítima, o
anjo.
Comuns de dois gêneros
Quando uma só forma existe para se referir a indivíduos dos dois sexos.
• o artista, a artista, o dentista, a dentista...
Arigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de
maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.
Detalhe zambeliano 1
Substantivação!
• Os milhões foram desviados dos cofres públicos.
Detalhe zambeliano 2
Artigo facultativo diante de nomes próprios.
• Cláudia não veio. / A Cláudia não veio.
Detalhe zambeliano 3
Artigo facultativo diante dos pronomes possessivos.
• Nossa banca é fácil.
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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
Adjeivo
Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Detalhe zambeliano!
• Os concurseiros dedicados estudam comigo.
Locução adjeiva
• Carne de porco (suína)
• Curso de tarde (vespertino)
• Energia do vento (eólica)
• Arsenal de guerra (bélico)
Pronome
Pessoais
• a 1ª pessoa: aquele que fala (eu, nós), o locutor;
• a 2ª pessoa: aquele com quem se fala (tu, vós) o locutário;
• a 3ª pessoa: aquele de quem se fala (ele, ela, eles, elas), o assunto ou referente.
As palavras EU, TU, ELE, NÓS, VÓS, ELES são pronomes pessoais. São denominados desta forma
por terem a característica de substituírem os nomes, ou seja, os substantivos.
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• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição da Ana.
• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição dela.
“Não sei, apenas cativou-me. Então, tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que
cativa. Tu podes ser igual a todos outros no mundo, mas para mim serás único.”
Indefinidos
Algum material pode me ajudar. (afirmativo)
Material algum pode me ajudar. (negativo).
Outros pronomes indefinidos:
tudo, todo (toda, todos, todas), algo, alguém, algum (alguma, alguns, algumas), nada, ninguém,
nenhum (nenhuma, nenhuns, nenhumas), certo (certa, certos, certas), qualquer (quaisquer), o
mesmo (a mesma, os mesmos, as mesmas),outrem, outro (outra, outros, outras), cada, vários
(várias).
Demonstraivos
Este, esta, isto – perto do falante.
ESPAÇO � Esse, essa, isso – perto do ouvinte.
Aquele, aquela, aquilo – longe dos dois.
Este, esta, isto – presente/futuro
TEMPO � Esse, essa, isso – passado breve
Aquele, aquela, aquilo – passado distante
Este, esta, isto – vai ser dito
DISCURSO �
Esse, essa, isso – já foi dito
RETOMADA
Edgar e Zambeli são dois dos professores da Casa do Concurseiro. Este ensina Português;
aquele, Matemática.
Possessivos
• Aqui está a minha carteira. Cadê a sua?
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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
Verbos
As formas nominais do verbo são o gerúndio, infinitivo e particípio. Não apresentam flexão de
tempo e modo, perdendo desta maneira algumas das características principais dos verbos.
Tempo e Modo
As marcas de tempo verbal situam o evento do qual se fala com relação ao momento em que se
fala. Em português, usamos três tempos verbais: presente, passado e futuro.
Os modos verbais, relacionados aos tempos verbais, destinam-se a atribuir expressões
de certeza, de possibilidade, de hipótese ou de ordem ao nosso discurso. Essas formas são
indicativo, subjuntivo e imperativo.
O modo indicativo possui seis tempos verbais: presente; pretérito perfeito, pretérito imperfeito
e pretérito mais-que-perfeito; futuro do presente e futuro do pretérito.
O modo subjuntivo divide-se em três tempos verbais: presente, pretérito imperfeito e futuro.
O modo imperativo apresenta-se no presente e pode ser afirmativo ou negativo.
Advérbio
É a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio.
É a palavra invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
O advérbio pode ser representado por duas ou mais palavras: locução adverbial (à direita,
à esquerda, à frente, à vontade, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de
manhã, de súbito, de propósito, de repente...)
• Lugar: longe, junto, acima, atrás…
• Tempo: breve, cedo, já, dentro, ainda…
• Modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, (usa, muitas vezes, o sufixo-mente).
• Negação: não, tampouco, absolutamente…
• Dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, possivelmente…
• Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, demais, tão…
• Afirmação: sim, certamente, realmente, efetivamente…
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Preposição
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo
ao primeiro, ou seja, o regente e o regido.
Regência verbal: Entregamos aos alunos nossas apostilas no site.
Conjunções
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes
de uma mesma oração.
As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas
• Edgar tropeçou e torceu o pé.
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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido
completo: período é composto por coordenação.
No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo “espero” fica sem
sentido se não há complemento.
Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas, comparativas, condicionais,
temporais, finais, proporcionais.
Curiosidade
Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração:
as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.
Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.
Numeral
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Ex.: cinco, dois, duzentos mil
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Ex.: primeiro, segundo, centésimo
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão. Ex.: meio, terço, três quintos
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a
quantidade foi aumentada. Ex.: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Interjeição
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Classifique a classe gramaical das palavras destacadas (substanivo, adjeivo, advérbio)
A cerveja que desce redondo.
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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
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Português
Português
CONCORDÂNCIA VERBAL
Regra geral
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
“A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento da
civilização humana.” (Freud)
Os concurseiros dedicados adoram esta matéria nas provas.
• As alunas dedicadas estudaram esse assunto complicado ontem.
1. Se
a) Pronome apassivador – o verbo (VTD ou VTDI) concordará com o sujeito passivo.
• Compraram-se alguns salgadinhos para a festa.
• Estuda-se esse assunto na aula.
• Exigem-se referências do candidato.
• Emplacam-se os carros novos em três dias.
• Entregou-se um brinde aos alunos durante o intervalo.
2. Pronome de tratamento
O verbo fica sempre na 3ª pessoa (= ele/eles).
• Vossa Excelência merece nossa estima. Sua obra é reconhecida por todos.
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3. Haver
No sentido de “existir ou ocorrer” ou indicando “tempo” ficará na terceira pessoa do singular. É
impessoal, ou seja, não possui sujeito.
• Nesta sala, há bons e maus alunos.
• Avisaram agora que a sala está desarrumada porque houve um simulado antes.
• Há pessoas que não valorizam a vida.
• Deve haver aprovações desde curso.
• Devem existir aprovações desde curso.
4. Fazer
Quando indica “tempo”, “temperatura” ou “fenômenos da natureza”, também é impessoal e
deverá ficar na terceira pessoa do singular.
• Faz 3 dias que vi essa aula no site do curso.
• Fez 35 graus em Recife!
• Faz frio na serra gaúcha.
• Deve fazer 15 dias já que enviei o material.
6. Mais de um
O verbo permanece no singular:
• Mais de um aluno da Casa passou neste concurso.
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Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
7. Que x Quem
QUE: se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome
relativo.
• Fui eu que falei. (eu falei) Fomos nós que falamos. (nós falamos)
QUEM: se o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficará na terceira pessoa do singular
ou concordará com o antecedente do pronome (pouco usado).
• Fui eu quem falei/ falou. Fomos nós quem falamos/falou.
1. É preciso que se _________ os acertos do preço e se ___________ as regras para não _____
mal-entendidos. ( faça – façam/ fixe – fixem/ existir – existirem)
5. ______vários dias que não se ________casamentos aqui; ________ alguma coisa estranha
no local. (faz – fazem/ realiza – realizam/ deve haver – devem haver)
6. Não ______ emoções que ______esse momento. (existe – existem/ traduza – traduzam)
11. Convém que se ______nos problemas do casamento e que não se ____ partido da sogra.
(pense – pensem / tome – tomem)
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13. __________aos bêbados todo auxílio. (prestou-se – prestaram-se)
14. Não se ____ boas festas de casamento como antigamente. (faz – fazem)
17. Convém que se ________ às ordens da sogra e que se _________ os prometidos. (obedeça
– obedeçam / cumpra – cumpram)
19. Uma pesquisa de psicólogos especializados _______ que a maioria dos casamentos não se
_______ depois de 2 anos. (revelou / revelaram – mantém / mantêm)
20. A maior parte dos maridos _____ pela esposa durante as partidas de futebol.
(é provocada / são provocados)
Concordância Nominal
Regra geral
Os artigos, os pronomes, os numerais e os adjetivos concordam com o substantivo a que eles
se referem.
Casos especiais
Adjetivo + substantivos de gênero diferente: concordância com o termo mais próximo.
• Aquele professor ensina complicadas regras e conteúdos.
complicados conteúdos e regras.
• Notei caídas as camisas e os prendedores.
• Notei caída a camisa e os prendedores.
• Notei caído o prendedor e a camisa.
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Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
Substantivos de gêneros diferentes + adjetivo: concordância com o termo mais próximo ou uso
do masculino plural.
• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageado.
• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageados.
• A Casa do Concurseiro anunciou o funcionário e a professora homenageada.
3. Anexo
• Seguem anexos os valores do orçamento.
• As receitas anexas devem conter comprovante.
4. Obrigado – adjeivo
• “Muito obrigada”, disse a nova funcionária pública!
5. Só
• “O impossível é só questão de opinião e disso os loucos sabem, só os loucos sabem.”
(Chorão)
• “Eu estava só, sozinho! Mais solitário que um paulistano, que um canastrão na hora
que cai o pano”
• “Bateu de frente é só tiro, porrada e bomba.” (Valesca Popozuda)
Observação!
A locução adverbial a sós é invariável.
6. Bastante
Adjetivo = vários, muitos
Advérbio = muito, suficiente
• Entregaram bastantes problemas nesta repartição.
• Trabalhei bastante.
• Tenho bastantes razões para estudar na Casa do Concurseiro!
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7. TODO, TODA – qualquer
• TODO O , TODA A – inteiro
• “Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.” (Teatro Mágico)
• Todo o investimento deve ser aplicado nesta empresa.
9. Meio
Adjetivo = metade
Advérbio = mais ou menos
• Comprei meio quilo de picanha.
• Isso pesa meia tonelada.
• O clima estava meio tenso.
• Ana estava meio chateada.
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Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
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Português
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou as circunstâncias (adjuntos adverbiais).
Um verbo pode assumir valor semântico diferente com a simples mudança ou retirada de uma
preposição.
Verbos Intransiivos
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não
exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência.
• Zambeli comprou livros nesta loja.
• Pedro ama, nesta loja, as promoções de inverno.
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que
esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência.
• Edgar Abreu necessita de férias nesta semana.
• Pedro confia em Kátia sempre!
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Verbos Transiivos Diretos ou Indiretos
Há verbos que admitem duas construções: uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso
implique modificações de sentido. Ou seja, possuem dois complementos: um OD e um OI.
• Tereza ofereceu livros a Zambeli.
• O professor emprestou aos alunos desta turma alguns livros novos.
Verbos de Ligação
Esse tipo de verbo tem a função de ligar o sujeito a um estado, a uma característica. A
característica atribuída ao sujeito por intermédio do verbo de ligação chama-se predicativo do
sujeito.
Uma maneira prática de se identificar o verbo de ligação é exclui-lo da oração e observar se
nesta continua a existir uma unidade significativa: Minha professora está atrasada. → Minha
professora atrasada.
São, habitualmente, verbos de ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-
se, achar-se, acabar...
Pronome relaivo
QUE:
Retoma pessoas ou coisas.
Sujeito
• Os professores que se prepararam para a aula foram bem avaliados.
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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
Objeto direto
Objeto indireto
Complemento nominal
Predicaivo do sujeito
Agente da passiva
Adjunto adverbial
QUEM:
Só retoma pessoas. Um detalhe importante: sempre antecedido por preposição.
O QUAL:
Existe flexão de gênero e de número: OS QUAIS, A QUAL, O QUAL, AS QUAIS.
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• A prova a que me refiro foi anulada.
CUJO:
Indica uma ideia de posse. Concorda sempre com o ser possuído.
ONDE:
Só retoma lugar. Sinônimo de EM QUE
Assisir
VTD: ajudar, dar assistência:
Pagar e Perdoar
VTD: OD – coisa:
• Pagou a conta.
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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
VTI: OI – A alguém:
• Pagou ao garçom.
Querer
VTD – desejar, almejar:
Implicar
VTD: acarretar, ter consequência
Preferir
VTDI: exige a prep. A = X a Y
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• Chegamos a casa.
• Foste ao curso.
• Esqueça aquilo.
Aspirar
VTD – respirar
Obedecer/ desobedecer
VTI = prep. A
Constar
(A) No sentido de “ser composto de”, constrói-se com a preposição DE:
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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
Visar
VTD – quando significa “mirar”
Proceder
VTI (a) – iniciar, dar andamento.
VI – ter lógica.
Usufruir – VTD
• Usufrua os benefícios da fama!
Namorar – VTD
• Namoro Ana há cinco anos!
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Regência Nominal
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Português
Português
CRASE
Ocorre crase
1. Substitua a palavra feminina por outra masculina correlata; em surgindo a combinação AO,
haverá crase.
• Eles foram à praia.
• O menino não obedeceu à professora.
• Sou indiferente às críticas!
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4. Na indicação de horas determinadas: deve-se substituir a hora pela expressão “meio-dia”;
se aparecer AO antes de “meio-dia”, devemos colocar o acento, indicativo de crase no A.
• Ele saiu às duas horas e vinte minutos. (ao meio dia)
• Ele está aqui desde as duas horas. (o meio-dia).
5. Antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo VOLTAR; se dissermos VOLTO
DA, haverá acento indicativo de crase; se dissermos VOLTO DE, não ocorrerá o acento.
• Vou à Bahia. (volto da). Vou a São Paulo (volto de).
Observação:
Se o nome do lugar estiver acompanhado
de uma característica (adjunto
adnominal), o acento será obrigatório.
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Português – Crase – Prof. Carlos Zambeli
Crase Opcional
2. Antes de verbos.
• Estou disposto a colaborar com ele.
• Produtos a partir de R$ 1,99.
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6. Quando o A estiver no singular e a palavra a que ele se refere estiver no plural.
• Refiro-me a pessoas que são competentes.
• Entregaram tudo a secretárias do curso.
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Português – Crase – Prof. Carlos Zambeli
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Português
SINTAXE DO PERÍODO
• “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.” (Martin Luther
King)
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4. Conclusivas: Expressam ideia de conclusão ou uma ideia consequente do que se disse
antes. São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, assim, de modo que, em vista
disso então, pois (depois do verbo) etc.
• “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se
chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente
viver.” (Dalai Lama)
• “Não faças da tua vida um rascunho, pois poderás não ter tempo de passá-la a limpo.”
(Mario Quintana)
• “Prepara, que agora é a hora do show das poderosas.” (Chico Buarque #sqn)
1. Causais: Expressam ideia de causa, motivo ou a razão do fato expresso na oração principal.
São elas: porque, porquanto, posto que, visto que, já que, uma vez que, como, etc.
• “Que eu possa me dizer do amor (que tive): que não seja imortal, posto que é chama.
Mas que seja infinito enquanto dure.” (Vinicius de Morais)
• “Como arroz e feijão, é feita de grão em grão nossa felicidade.” (Teatro Mágico)
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Português – Sintaxe do Período – Prof. Carlos Zambeli
3. Condicionais: Expressam ideia de condição ou hipótese para que o fato da oração principal
aconteça. São elas: se, caso, exceto se, a menos que, salvo se, contanto que, desde que,
etc.
“Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres, enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...” (Mario Quintana)
• “A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria
inventado a roda..” (Mario Quintana)
“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.” (Fernando Pessoa)
• “Os homens estimam-vos conforme a vossa utilidade, sem terem em conta o vosso
valor” (Balzac)
6. Concessivas: Expressam ideia de que algo que se esperava que acontecesse, contrariamente
às expectativas, não acontece. São elas: embora, conquanto, ainda que, se bem que,
mesmo que, apesar de que, etc.
• “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.” (Vinicius de
Moraes)
• “É sempre amor, mesmo que mude. É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que
passou.” (Bidê ou balde)
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7. Finais: Expressam ideia de finalidade. São elas: a fim de que, para que, que, etc.
9. Integrantes: Introduzem uma oração que integra ou completa o sentido do que foi expresso
na oração principal. São elas: que, se.
• “Mas o carcará foi dizer à rosa que a luz dos cristais vem da lua nova e do girassol.”
(Natiruts)
• “Eu não quero que você esqueça que eu gosto muito de você” (Natiruts)
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Português
Português
PONTUAÇÃO
Emprego da vírgula
Na ordem direta da oração (sujeito + verbo + complemento(s) + adjunto adverbial), NÃO use
vírgula entre os termos. Isso só ocorrerá ao se deslocarem o predicativo ou o adjunto adverbial.
• “Não boto bomba em banca de jornal.” (Renato Russo)
• “O que era sonho se tornou realidade de pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso
• Hoje, enfrentamos muitos problemas. Alguns criados por nós em consequência de diferen-
ças ideológicas, religiosas, raciais, econômicas.
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2. para assinalar supressão de um verbo.
• Ela almeja aprovação; eu, nomeação.
• “Na centralização administrativa, o Estado atua diretamente por meio de seus órgãos, ou
seja, das unidades que são meras repartições interiores de sua pessoa e que, por isso, dele
não se distinguem”.
Obs.: Se o adjunto adverbial for pequeno, a utilização da vírgula não é necessária, a não ser que
se queira enfatizar a informação nele contida.
• “Hoje eu tenho uma proposta: a gente se embola e perde a linha a noite toda.” (Ludmilla)
• Com efeito, o caminho de um concurseiro é longo e árduo. Por exemplo, grande parte do seu
tempo livre é dedicada a estudos, ou seja, a vida social pode ficar um pouco comprometida,
ou melhor, abandonada. Além disso, é necessário disciplina e esforço, mas, enfim, vale a
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Português – Pontuação – Prof. Carlos Zambeli
pena: o concurseiro pode alcançar estabilidade financeira, isto é, jamais conhecer a palavra
desemprego, em suma, o sonho de todos.
Entre as orações
• “Não fique pela metade, vá em frente, minha amiga, destrua a razão desse beco sem saída.”
(Engenheiros do Hawaii)
3. para separar orações coordenadas sindéicas ligadas por “e”, desde que os
sujeitos sejam diferentes.
• “De repente, a dor de esperar terminou, e o amor veio enfim.” (Tim Maia)
• “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.” (Vinícius de Moraes)
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5. para separar orações adverbiais antepostas à principal ou intercaladas, tanto
desenvolvidas quanto reduzidas.
• Como não tinha muito tempo para estudar em casa, aproveitava bem a aula.
• “Com a chuva molhando o seu corpo lindo que eu vou abraçar”. (Jorge Ben)
• “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam
escutar a música.” (Friedrich Nietzsche)
• O Decreto nº 1.171/1994, que aprova o Código de Ética Profissional do servidor público civil
do Poder Executivo Federal, determina que a função pública deve ser tida como exercício
profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.
• Os alunos, que são esforçados, conseguem obter um bom resultado nos concursos.
• As mulheres, que lidam com muitas coisas ao mesmo tempo, desenvolvem proveitosas
habilidades.
Emprego do Ponto-e-Vírgula
1. para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula
ou que encerrem comparações e contrastes.
• “Há cinco coisas neste mundo que ninguém pode realizar: primeira, evitar a velhice,
quando se está envelhecendo; segunda, evitar a doença, quando o corpo é predisposto à
enfermidade; terceira, não morrer quando o corpo deve morrer; quarta, negar a dissolução,
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Português – Pontuação – Prof. Carlos Zambeli
quando, de fato, há a dissolução do corpo; quinta, negar a extinção, quando tudo deve
extinguir-se.” (Buda)
• “Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor; o Diabo, invejoso, fez o homem
confundir fé com religião e amor com casamento.” (Machado de Assis)
• Os alunos vieram à aula e trouxeram algumas coisas: apostila, canetas e muita vontade.
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Português
1. Presente – é empregado para expressar um fato que ocorre no momento em que se fala;
para expressar algo frequente, habitual; para expressar um fato passado, geralmente
nos textos jornalísticos e literários (nesse caso, trata-se de um presente que substitui o
pretérito).
“Não vejo mais você faz tanto tempo. Que vontade que eu sinto de olhar em seus olhos, ganhar
seus abraços. É verdade, eu não minto.” (Caetano Veloso)
“Eu sei que um outro deve estar falando ao seu ouvido palavras de amor.” (Roberto Carlos)
3. Pretérito Imperfeito – pode expressar um fato no passado, mas não concluído ou uma ação
que era habitual, que se repetia no passado.
“Quando criança só pensava em ser bandido, ainda mais quando com um tiro de soldado o pai
morreu. Era o terror da sertania onde morava...” (Legião)
5. Futuro do presente – indica um fato que vai ou não ocorrer após o momento em que se
fala.
“Verás que um filho teu não foge à luta”. (Hino Nacional)
Os professores comentarão a prova depois do concurso.
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6. Futuro do pretérito – expressar um fato futuro em relação a um fato passado, habitualmente
apresentado como condição. Pode indicar também dúvida, incerteza.
“Estranho seria se eu não me apaixonasse por você.”
“Eu aceitaria a vida como ela é, viajaria a prazo pro inferno, eu tomaria banho gelado no
inverno.” (Frejat)
“Mas se eu ficasse ao seu lado de nada adiantaria. Se eu fosse um cara diferente sabe lá como
eu seria.” (Engenheiros)
3. Futuro – indica uma ação hipotética que poderá ocorrer no futuro. Expressa um fato futuro
relacionado a outro fato futuro.
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Português – Tempos e Modos Verbais/ verbos – Prof. Carlos Zambeli
Imperaivo
1. EU
2. Ele = você
Eles = vocês
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Exercícios
1. Complete
a) Ele ____________ no debate. Porém, eu não _____________ (intervir – pretérito perfeito)
b) Se eles não ___________ o contrato, não haveria negócio. (manter)
c) Se o convite me _____________, aceitarei. (convir)
d) Se o convite me _____________, aceitaria. (convir)
e) Quando eles __________ o convite, tomarei a decisão. (propor)
f) Se eu ____________ de tempo, aceitarei a proposta. (dispor)
g) Se eu ______________ de tempo, aceitaria a proposta. (dispor)
h) Se elas __________ minhas pretensões, faremos o acordo. (satisfazer)
i Ainda bem que tu _________ a tempo. (intervir – pretérito perfeito)
j) Quem se ____________ de votar deverá comparecer ao TRE. (abster – futuro do subjuntivo)
k) Quando eles __________ a conta, perceberão o erro. (refazer)
l) Se eles _______________ a conta, perceberiam o erro. (refazer)
m) Quando não te ____________, assinaremos o contrato. (opor)
n) Se eu ___________ rico, haveria de ajudá-lo. (ser )
o) Espero que você _______ mais atenção a nós. (dar )
p) Se ele ________________ no caso, poderia resolver o problema. (intervir)
q) Eu não __________ nesta cadeirinha! ( caber – presente indicativo)
r) Se nós ____________ sair, poderíamos. (querer)
s) Quando ela ___________ o namorado com outra, vai ficar uma fera! (ver – futuro do
subjuntivo)
t) e ela __________ aqui com o namorado, poderá se hospedar aqui. (vir – futuro do subj.)
3. Complete
a) Já lhe avisei! ____________ esse objeto com cuidado. (pegar)
b) Já te avisei! _____________ esse objeto com cuidado. (pegar)
c) Vocês aí! ________________ com mais entusiasmo. (cantar)
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Português
Interpretar x Compreender
INTERPRETAR é COMPREENDER é
• Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, • Intelecção, entendimento, percepção
inferir. do que está escrito.
• APARECE ASSIM NA PROVA • APARECE ASSIM NA PROVA
• Através do texto, infere-se que... • é sugerido pelo autor que
• É possível deduzir que... • De acordo com o texto, é correta ou
• O autor permite concluir que errada a afirmação
• Qual é a intenção do autor ao afirmar • O narrador afirma
que
Procedimentos
Enunciados Possíveis
“Qual é a ideia central do texto?”
“O texto se volta, principalmente, para”
Observação de
1. Fonte bibliográfica;
2. Autor;
3. Título;
4. Identificação do “tópico frasal”;
5. Identificação de termos de aparecimento frequente (comprovação do tópico);
6. Procura, nas alternativas, das palavras-chave destacadas no texto.
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EXEMPLIFICANDO
Banho de mar é energizante?
Embora não existam comprovações científicas, muitos especialistas acreditam que os banhos
de mar tragam benefícios à saúde. “A água marinha, composta por mais de 80 elementos
químicos, alivia principalmente as tensões musculares, graças à presença de sódio em sua
composição, por isso pode ser considerada energizante”, afirma a terapeuta Magnólia Prado de
Araújo, da Clínica Kyron Advanced Medical Center, de São Paulo. “Além disso, as ondas do mar
fazem uma massagem no corpo que estimula a circulação sanguínea periférica e isso provoca
aumento da oxigenação das células”, diz Magnólia.
Existe até um tratamento, chamado talassoterapia (do grego thalasso, que significa mar), surgido
em meados do século IX na Grécia, que usa a água do mar como seu principal ingrediente.
Graças à presença de cálcio, zinco, silício e magnésio, a água do mar é usada para tratar doenças
como artrite, osteoporose e reumatismo. Já o sal marinho, rico em cloreto de sódio, potássio e
magnésio, tem propriedades cicatrizantes e antissépticas. Todo esse conhecimento, no entanto,
carece de embasamento científico. “Não conheço nenhum trabalho que trate desse tema com
seriedade, mas intuitivamente creio que o banho de mar gera uma sensação de melhora e
bem-estar”, diz a química Rosalinda Montoni, do Instituto Oceanográfico da USP.
Revista Vida Simples.
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Português – Identificação da Ideia Central – Prof. Carlos Zambeli
Conclusão
1. Ideia central = palavra-chave 1º e 2º períodos.
Campo Lexical
EXEMPLIFICANDO
Trecho do discurso do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pronunciado quando da
declaração de guerra ao regime Talibã.
“Essa atrocidade (o atentado de 11/09, em NY) foi um ataque contra todos nós, contra pessoas
de todas e nenhuma religião. Sabemos que a Al-Qaeda ameaça a Europa, incluindo a Grã-
Bretanha, e qualquer nação que não compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque à vida e aos
meios de vida. As empresa aéreas, o turismo e outras indústrias foram afetadas, e a confiança
econômica sofreu, afetando empregos e negócios britânicos. Nossa prosperidade e padrão de
vida requerem uma resposta aos ataques terroristas.”
Gabarito: 1. C 2. E
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Português
ESTRATÉGIA LINGUÍSTICA
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1. Palavras Desconhecidas = Paráfrases e Campo Semânico
EXEMPLIFICANDO
1. Como o “interior” é uma região mais ampla e tem população rarefeita, a expressão “se
dissemina” está sendo empregada com o sentido de “se atenua”, “se dissolve”.
Como regra, a epidemia começa nos grandes centros e se dissemina pelo interior. A incidência
nem sempre é crescente; a mudança de fatores ambientais pode interferir em sua escalada.
( ) Certo ( ) Errado
2. Supondo que a palavra “eclético” seja desconhecida para o leitor, a melhor estratégia de que
ele pode valer-se para tentar detectar o seu significado será
O sucesso deveu-se ao caráter eclético de sua administração. Pouco se lhe dava que lhe
exigissem sua opinião. Sua atitude consistia sempre em tomar uma posição escolhida entre as
diversas formas de conduta ou opinião manifestadas por seus assessores.
a) aproximá-la de outras palavras da língua portuguesa que tenham a mesma terminação
como “político” e “dinâmico”.
b) considerá-la como qualificação de profissionais que atuam na administração de alguma
empresa.
c) associá-la às palavras “sucesso” e “caráter”, de forma a desvendar o seu sentido correto,
“que ofusca, que obscurece os demais”.
d) observar o contexto sintático em que ela ocorre, ou seja, trata-se de um adjunto adnominal.
e) atentar para a paráfrase feita no segundo período.
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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
3. Seria mantida a coerência entre as ideias do texto caso o segundo período sintático fosse
introduzido com a expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral”
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em sociedades de tipo
capitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo geral, a democratização das
sociedades impõe limites ao mercado, assim como desigualdades sociais em geral não
contribuem para a fixação de uma tradição democrática.
( ) Certo ( ) Errado
5. Do fragmento Foi o outro grande poeta chileno, infere-se que houve apenas dois grandes
poetas no Chile.
Há cem anos nasceu o poeta mais popular de língua espanhola, com uma obra cuja força
lírica supera todos os seus defeitos. Sem dúvida, há um “problema Pablo Neruda”. Foi o outro
grande poeta chileno, seu contemporâneo Nicanor Parra (depois de passar toda uma longa vida
injustamente à sombra de Neruda), quem o formulou com maliciosa concisão.
( ) Certo ( ) Errado
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3. Marcadores Linguísicos
• expressões que indicam soma ou alternância: não só... mas também, ou, etc.;
• expressões de acréscimo, de progressão, de continuidade ou de inclusão: até, além disso,
desde, etc.;
• preposições: até (inclusão ou limite), com (companhia ou matéria), de (diversas relações:
tempo, lugar, causa, etc.), desde (tempo, lugar, etc.), entre (intervalo, relação, etc.), para
(lugar, destinatário, etc.), etc.;
• Exemplos matemáticos: lançado do alto / lançado para o alto; números de 12 a 25 /
números entre 12 e 25.
EXEMPLIFICANDO
7. Assinale a alternativa que encontra suporte no texto.
Profetas do possível
Até que ponto é possível prever o futuro? Desde a Antiguidade, o desafio de antecipar o dia de
amanhã tem sido o ganha-pão dos bruxos, dos místicos e dos adivinhos. Ainda hoje, quando
o planeta passa por mudanças cada vez mais rápidas e imprevisíveis, há quem acredite que
é possível dominar as incertezas da existência por meio das cartas do tarô e da posição dos
astros. Esse tipo de profecia nada tem a ver com a Ciência. Os cientistas também apontam seus
olhos para o futuro, todavia de uma maneira diferente. Eles avaliam o estágio do saber de
sua própria época para projetar as descobertas que se podem esperar. Observam a natureza
para reinventá-la a serviço do homem.
Superinteressante
a) O articulador “até” indica o limite de previsibilidade do futuro.
b) A partir da Antiguidade, prever a sorte passou a ser a ocupação de místicos de toda ordem.
c) Profecias e Ciência são absolutamente incompatíveis.
d) Além das cartas de tarô e da posição dos astros, os crédulos atuais buscam saber o futuro
por meio da consulta a bruxos.
e) Os cientistas não só observam a natureza – como o fazem os místicos –, mas também
buscam moldá-la às necessidades humanas, considerando o estágio atual do conhecimento.
Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. D 5. C 6. A 7. E
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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
• Tempos verbais
• Expressões restritivas
• Expressões totalizantes
• Expressões enfáticas
Tempos Verbais
1. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-
sucedidos na profissão.
O emprego das formas verbais grifadas acima denota
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
a) hipótese passível de realização.
b) fato real e definido no tempo.
c) condição de realização de um fato.
d) finalidade das ações apontadas no segmento.
e) temporalidade que situa as ações no passado.
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Expressões Restriivas
( ) Certo ( ) Errado
a) não tenta investigar nem o eurocentrismo, como o faria um historiador, nem a presença
das sociedades europeias em solo americano, como o faria um antropólogo.
b) não quer reconstituir nada do que ocorreu em solo americano, visto que recentemente
certos historiadores, ao contrário de outros, tentam contar a história do descobrimento da
América do modo como foi visto pelos nativos.
c) não pretende retraçar nenhum perfil − dos vencidos ou dos vencedores − nem a trajetória
dos europeus na conquista da América.
d) não busca continuar a tradição de pesquisar a estrutura dos mundos indígenas e do mundo
europeu, nem mesmo o universo dos colonizadores da América.
e) não se concentra nem na construção de uma sociedade europeia na colônia − quer
observada do ponto de vista do colonizador, quer do ponto de vista dos nativos −, nem no
resgate dos mundos indígenas.
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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
Expressões Totalizantes
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a) existiria uma dúzia de exceções dentre todas as espécies de plantas selvagens que seriam
monopólio das grandes civilizações.
b) tão poucas dentre as 200.000 espécies de plantas selvagens são utilizadas como alimento
pelos homens em todo o planeta.
c) algumas áreas da Terra mostraram-se mais propícias ao desenvolvimento agrícola, que
teria possibilitado o surgimento de civilizações.
d) a maior parte das plantas é utilizada apenas como madeira pelos homens e não lhes fornece
alimento com suas frutas e raízes.
e) tantas áreas no mundo não possuem nenhuma planta selvagem de grande potencial para
permitir um maior desenvolvimento de sua população.
Expressões Enfáicas
7. A afirmativa correta, em relação ao texto, é
Será a felicidade necessária?
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da pergunta
"Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é procurar uma
definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação
de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se, em
busca de uma resposta.
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um aumento no emprego
no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente, parecerá feio
e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se
há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de permanência. Uma
resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada, o estado presente e a
expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 24 de março de 2010, p. 142)
a) A expectativa de muitos, ao colocarem a felicidade acima de quaisquer outras situações da
vida diária, leva à frustração diante dos pequenos sucessos que são regularmente obtidos,
como, por exemplo, no emprego.
b) Sentir-se alegre por haver conquistado algo pode significar a mais completa felicidade, se
houver uma determinação, aprendida desde a infância, de sentir-se feliz com as pequenas
coisas da vida.
c) As dificuldades que em geral são encontradas na rotina diária levam à percepção de que a
alegria é um sentimento muitas vezes superior àquilo que se supõe, habitualmente, tratar-
se de felicidade absoluta.
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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
d) A possibilidade de que mais pessoas venham a sentir-se felizes decorre de uma educação
voltada para a simplicidade de vida, sem esperar grandes realizações, que acabam levando
apenas a frustrações.
e) Uma resposta provável à questão colocada como título do texto remete à constatação de
que felicidade é um estado difícil de ser alcançado, a partir da própria complexidade de
conceituação daquilo que se acredita ser a felicidade.
Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e de
expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”: provavelmente,
é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo, futuro do pretérito (-ria) etc.
EXEMPLIFICANDO
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I – de acordo com o segundo período, a evolução da estrutura cerebral da fala está diretamente
relacionada ao fato de esta ser atribuída tão somente aos humanos.
II – os seres cujos caminhos tornaram-se distintos durante o processo evolutivo possuem
ambos função cerebral relacionada à fala.
III – a estrutura cerebral dos primatas e dos humanos, em relação à fala, teria um ponto em
comum.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
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Português
INFERÊNCIA
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Ao ligar as duas informações por meio de “mas”, comunica também, de modo implícito, sua
crítica ao ensino superior, pois a frase transmite a ideia de que nas faculdades não se aprende
muita coisa.
Além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que se encontram
subentendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto
os dados explícitos quanto os implícitos.
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Português – Inferência – Prof. Carlos Zambeli
Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de vários indicadores linguísticos como
a) certos advérbios:
Os convidados ainda não chegaram à recepção.
b) certos verbos:
O desvio de verbas tornou-se público.
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c) as orações adjetivas explicativas (isoladas por vírgulas):
Os políticos, que só querem defender seus interesses, ignoram o povo.
d) expressões adjetivas:
Os partidos “de fachada” acabarão com a democracia no Brasil.
Costuma-se acreditar que , quando se relatam dados da realidade, não pode haver nisso
subjetividade alguma e que relatos desse tipo merecem a nossa confiança porque são reflexos
da neutralidade do produtor do texto e de sua preocupação com a verdade objetiva dos fatos.
Mas não é bem assim. Mesmo relatando dados objetivos, o produtor do texto pode ser
tendencioso e ele, mesmo sem estar mentindo, insinua seu julgamento pessoal pela seleção
dos fatos que está reproduzindo ou pelo destaque maior que confere a certos pormenores. A
essa escolha dos fatos e à ênfase atribuída acertos tipos de pormenores dá-se o nome de viés.
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Português
ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
COMPREENSÃO DE TEXTOS
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(1) Observação da fonte bibliográfica: o conhecimento prévio de quem escreveu o texto
constitui-se numa estratégia de compreensão, visto que facilita a identificação da intenção
textual. Ao reconhecermos o autor do texto – Roberto Pompeu de Toledo, importante jornalista
brasileiro, cuja trajetória se marca pelo fato de escrever matérias especiais para importantes
veículos e comunicação – bem como o veículo de publicação – Veja –, podemos afirmar que se
trata de um artigo.
(2) Observação do título: o título pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por
meio dele, certas vezes, identificamos a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar
afirmações feitas em determinadas alternativas. O título em questão – Será a felicidade
necessária? –, somado ao fato de nomear um artigo, permite-nos inferir que o texto será uma
resposta a tal questionamento, a qual evidenciará o ponto de vista do autor.
Convite à Filosofia
Quando acompanhamos a história das ideias éticas, desde a Antiguidade clássica até nossos
dias, podemos perceber que, em seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios
para evitá-la, diminuí-la, controlá-la.
Diferentes formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos como padrões
de conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos sociais que
pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação do grupo
social.
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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
Conclusão
Resposta correta = a mais completa (alternativa com maior número de palavras-chave
encontradas no texto).
Optar pela alternativa mais completa, quando duas parecerem corretas.
EXEMPLIFICANDO
Centenas de cães e gatos são colocados para adoção mensalmente em Porto Alegre.
Cerca de 450 animais de estimação, entre cães e gatos, aguardam um novo dono em Porto
Alegre. Trata-se do contingente de animais perdidos, abandonados ou nascidos nas ruas
e entregues ao Gabea (Grupo de Apoio ao Bem-Estar Animal) e ao CCZ (Centro de Controle
de Zoonose), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Destes, cerca de 120 animais são
adotados. Os outros continuam na espera por um lar.
O Sul. (adaptado)
Conforme o texto,
a) em Porto Alegre, cães e gatos são abandonados pelos seus donos. (3)
b) animais de estimação, entre eles cães e gatos nascidos nas ruas, são entregues ao Gabea.
(4)
c) um contingente de animais de estimação – entre eles cães e gatos – nasce nas ruas,
perdem-se de seus donos ou são por eles abandonados nas ruas de Porto Alegre. (6)
d) o CCZ propicia a adoção dos animais abandonados nas ruas de Porto Alegre. (4)
e) 120 animais de estimação são adotados mensalmente em Porto Alegre. (3)
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ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
Parte II
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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
EXTRAPOLAÇÃO
Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.
PRECONCEITOS
EXEMPLIFICANDO
8Canudo pela Internet
O ensino a distância avança e já existem mais de 30 mil cursos oferecidos na rede, de graduação
e pós-graduação até economia doméstica.
Passados nove anos de sua graduação em filosofia, a professora Ida Thon, 54 anos, enfiou na
cabeça que deveria voltar a estudar. Por conta do trabalho no Museu Nacional do Calçado,
na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, onde mora, resolveu ter noções de museologia. Mas
para isso deveria contornar uma enorme dificuldade: o curso mais próximo ficava a 1.200
quilômetros de distância, em São Paulo.
REDUÇÃO
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de
que o texto é um conjunto de ideias.
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EXEMPLIFICANDO
CONTRADIÇÃO
É comum as alternativas apresentarem ideias contrárias às do texto, fazendo o candidato
chegar a conclusões equivocadas, de modo a errar a questão.
Só contradiga o autor se isso for solicitado no comando da questão.
Exemplo: “Indique a alternativa que apresenta ideia contrária à do texto”.
EXEMPLIFICANDO
O que podemos experimentar de mais belo é o mistério. Ele é a fonte de toda a arte e ciência
verdadeira. Aquele que for alheio a essa emoção, aquele que não se detém a admirar as colinas,
sentindo-se cheio de surpresa, esse já está, por assim dizer, morto e tem os olhos extintos. O
que fez nascer a religião foi essa vivência do misterioso – embora mesclado de terror. Saber
que existe algo insondável, sentir a presença de algo profundamente racional e radiantemente
belo, algo que compreenderemos apenas em forma muito rudimentar – é esta a experiência
que constitui a atitude genuinamente religiosa. Neste sentido, e unicamente neste sentido,
pertenço aos homens profundamente religiosos.
(Albert Einstein – Como vejo o mundo)
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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
3. O texto afirma que a experiência do mistério é um elemento importante para a arte, não para a
ciência.
( x ) Certo ( ) Errado
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Português
1. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. Com
a palavra grifada, o autor
a) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado.
b) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior.
c) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente.
d) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes considerada.
e) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se afirma.
2. Por que, enfim, tantas reservas em relação ao consumo? O primeiro foco de explicação para essa
antipatia reside no fato de que nossa economia fechada sempre encurralou os consumidores
no país. A falta de um leque efetivo de opções de compra tem deixado os consumidores à
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mercê dos produtores no Brasil. Não por acaso, os apologistas do consumo entre nós têm
sido basicamente aqueles que podem exercer seu inchado poder de compra sem tomar
conhecimento das fronteiras nacionais. O resto da população, mantida em situação vulnerável,
ignora os benefícios de uma economia baseada no consumo.
A expressão “Não por acaso”, ao iniciar o período, indica
a) justificativa.
b) ênfase.
c) indagação.
d) concessão.
e) finalidade.
3. (FCC) A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo,
criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas.
O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que
a) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio.
b) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio.
c) contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada.
d) enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa.
e) enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela empresa.
4. (FCC) A gênese da música do Rio Grande do Sul também pode ser vista como reflexo dessa
multiplicidade de referências. Há influências diretas do continente europeu, e isso se mistura à
valiosa contribuição do canto e do batuque africano, mesmo tendo sido perseguido, vigiado,
quase segregado.
O segmento destacado deve ser entendido, considerando-se o contexto, como
a) uma condição favorável à permanência da música popular de origem africana.
b) uma observação que valoriza a persistente contribuição africana para a música brasileira.
c) restrição ao sentido do que vem sendo exposto sobre a música popular brasileira.
d) a causa que justifica a permanência da música de origem africana no Brasil.
e) as consequências da presença dos escravos e sua influência na música popular brasileira.
5. A média universal do Índice de Desenvolvimento Humano aumentou 18% desde 1990. Mas
a melhora estatística está longe de animar os autores do Relatório de 2010. [...] O cenário
apresentado pelo Relatório não é animador. [...] Os padrões de produção e consumo atuais são
considerados inadequados. Embora não queira apresentar receitas prontas, o Relatório traça
caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento da ação pública na regulação da economia
para proteger grupos mais vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a necessidade de considerar
pobreza, crescimento e desigualdade como temas interligados. "Crescimento rápido não
deve ser o único objetivo político, porque ignora a distribuição do rendimento e negligencia a
sustentabilidade do crescimento", informa o texto.
O trecho colocado entre aspas indica que se trata de
a) comentário pessoal do autor do texto sobre dados do Relatório.
a) insistência na correção dos dados apresentados pelo Relatório.
c) repetição desnecessária de informação já citada no texto.
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Português – Compreensão Gramatical do Texto – Prof. Carlos Zambeli
6. O sonho de voar alimenta o imaginário do homem desde que ele surgiu sobre a Terra. A inveja
dos pássaros e as lendas de homens alados, como Dédalo e Ícaro (considerado o primeiro mártir
da aviação), levaram a um sem-número de experiências, a maioria fatal.
(considerado o primeiro mártir da aviação) Os parênteses isolam
a) citação fiel de outro autor.
b) comentário explicativo.
c) informação repetitiva.
d) retificação necessária.
e) enumeração de fatos.
5. (FCC) Diariamente tomamos decisões (comprar uma gravata, vender um apartamento, demitir
um funcionário, poupar para uma viagem, ter um filho, derrubar ou plantar uma árvore),
ponderando custos e benefícios.
O segmento entre parênteses constitui
a) transcrição de um diálogo, que altera o foco principal do que vem sendo exposto.
b) constatação de situações habituais, com o mesmo valor de mercado, vivenciadas pelas
pessoas.
c) reprodução exata das palavras do jornalista americano citado no texto, referentes à rotina
diária das pessoas.
d) interrupção intencional do desenvolvimento das ideias, para acrescentar informações
alheias ao assunto abordado.
e) sequência explicativa, que enumera as eventuais decisões que podem ser tomadas
diariamente pelas pessoas.
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Português
DENOTAÇÃO X CONOTAÇÃO
DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO
palavra com significação restrita palavra com significação ampla
palavra com sentido comum do dicionário palavra cujos sentidos extrapolam o sentido comum
palavra usada de modo automatizado palavra usada de modo criativo
linguagem comum linguagem rica e expressiva
EXEMPLIFICANDO
Para exemplificar esses dois conceitos, eis a palavra cão:
sentido denotativo quando designar o animal mamífero quadrúpede canino;
sentido conotativo quando expressar o desprezo que desperta em nós uma pessoa de mau
caráter ou extremamente servil.
(Othon M.Garcia)
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Um detalhe!
As aspas podem indicar que uma palavra está sendo empregada diferentemente do
seu sentido do dicionário!
Eu sempre “namorei” meus livros!
A “bateria” do meu filho não termina nunca! Esse menino não dorme.
Sinônimos X Antônimos
A semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa
do discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações
entre os significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as
segundo seus significados.
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Português – Conotação e Denotação – Prof. Carlos Zambeli
Sinônimos
Palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.
Antônimos
Palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do acréscimo de
um prefixo de sentido oposto ou negativo.
Exemplos:
mal X bem
ausência X presença
fraco X forte
claro X escuro
subir X descer
cheio X vazio
possível X impossível
simpático X antipático
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4. O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de palavras ou expressões de sentido
contrário. O par de palavras ou expressões que não apresentam no texto essa propriedade
antitética é
Toda saudade é a presença da ausência
de alguém, de algum lugar, de algo enfim
Súbito o não toma forma de sim
como se a escuridão se pusesse a luzir
Da própria ausência de luz
o clarão se produz,
o sol na solidão.
Toda saudade é um capuz transparente
que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode ver
porque se deixou pra trás
mas que se guardou no coração.
(Gilberto Gil)
a) presença / ausência
b) não / sim
c) ausência de luz / clarão
d) sol / solidão
e) que veda / traz a visão
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Português
ELEMENTOS REFERENCIAIS
Estabelecem uma relação de sentido no texto, formando um elo coesivo entre o que está
dentro do texto e fora dele também. À retomada feita para trás dá-se o nome de anáfora e a
referência feita para a frente recebe o nome de catáfora.
Observe:
Mecanismos
1. REPETIÇÃO
“Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e dois tripulantes, além
de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda de um avião bimotor Aero Commander,
da empresa J. Caetano, da cidade de Maringá (PR). O avião prefixo PTI-EE caiu sobre quatro
sobrados da Rua Andaquara.”
A palavra AVIÃO foi repetida, principalmente por ele ter sido o veículo envolvido no acidente,
que é a notícia propriamente dita.
2. REPETIÇÃO PARCIAL
“Estavam no avião o empresário Silvio Name Júnior [...] Gabriela Gimenes Ribeiro e o marido
dela, João Izidoro de Andrade. Andrade é conhecido na região como um dos maiores
compradores de cabeças de gado do Sul do país.”
Na retomada de nomes de pessoas, a repetição parcial é o mais comum mecanismo coesivo.
Costuma-se, uma vez citado o nome completo de alguém, repetir somente o seu sobrenome.
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1. A sequência em negrito (globalização do olho da rua. É a globalização do bico. É a globalização
do dane-se.) caracteriza a globalização a partir da desestruturação do mundo do trabalho. Do
ponto de vista dos recursos da linguagem é correto afirmar que, no contexto, ocorre uma
a) gradação, com a suavização das dificuldades.
b) contradição, entre os modos de sobrevivência do desempregado.
c) ênfase, com a intensificação da afirmativa inicial.
d) retificação, pela correção gradual das informações iniciais.
3. ELIPSE
É a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido pelo contexto.
“Três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião ficaram feridas. Elas não sofreram
ferimentos graves. Apenas escoriações e queimaduras.”
Na verdade, foram omitidos, no trecho sublinhado, o sujeito (As três pessoas) e um verbo
(sofreram): (As três pessoas sofreram apenas escoriações e queimaduras).
2. Aproveitei os feriados da semana passada para curtir algumas releituras que há muito vinha
adiando. [...] Com chuva, o Rio é uma cidade como outra qualquer: não se tem muita coisa a
fazer. [...] O melhor mesmo é aproveitar o tempo ― que de repente fica enorme e custa a passar
― revisitar os primeiros deslumbramentos, buscando no passado um aumento de pressão nas
caldeiras fatigadas que poderão me levar adiante. [...] Leituras antigas, de um tempo em que
estava longe a ideia de um dia escrever um livro. Bem verdade que, às vezes, vinha a tentação
de botar para fora alguma coisa.
I – As expressões “releituras”, “revisitar” e “Leituras antigas” deixam claro que os livros que o
narrador pretende ler já foram obras lidas por ele no passado.
II – Nas expressões “há muito” e “Bem verdade”, pode-se depreender a elipse do substantivo
“tempo” e do verbo flexionado “É”.
III – É possível inferir uma relação de causa e consequência entre as orações conectadas pelos
dois-pontos.
Quais afirmativas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
4. PRONOMES
A função gramatical do pronome é justamente a de substituir ou acompanhar um nome. Ele
pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a ideia contida em um parágrafo ou no texto todo.
“Estavam no avião Márcio Artur Lerro Ribeiro, seus filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto e Gabriela
Gimenes Ribeiro; e o marido dela, João Izidoro de Andrade.”
O pronome possessivo seus retoma Márcio Artur Lerro Ribeiro; o pronome pessoal (d)ela
retoma Gabriela Gimenes Ribeiro.
3. “... que lhe permitem que veja a origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa
transmiti-las aos ouvintes”.
Em transmiti-las, -las é pronome que substitui
a) a origem de todos os seres.
b) todas as coisas.
c) aos ouvintes.
d) todos os seres.
Pronomes Demonstraivos
ESSE = assunto antecedente.
“A seca é presença marcante no Sul. Esse fenômeno é atribuído a ‘El Niña’.”
4. "Um relatório da Associação Nacional de Jornais revelou que, nos últimos doze meses, foram
registrados no Brasil 31 casos de violação à liberdade de imprensa. Destes, dezesseis são
decorrentes de sentença judicial - em geral, proferida por juízes de primeira instância.”
Nesse segmento do texto, o pronome demonstrativo sublinhado se refere a
a) relatórios.
b) jornais.
c) meses.
d) casos.
e) atentados.
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5. ADVÉRBIOS
Palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as de lugar, tempo, modo, causa...
“Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderiram à greve.”
6. EPÍTETOS
Palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo que se referem a um elemento do texto,
qualificam-no.
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
6. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o melhor exemplo de que a reforma do Poder Judiciário
não está estagnada. Dez anos atrás, época em que ainda se discutia a criação do conselho, ao
qual cabia o epíteto “órgão de controle externo do Judiciário”, a existência de um órgão nesses
moldes, para controlar a atuação do Poder Judiciário, gerava polêmica.
O vocábulo “epíteto” introduz uma expressão que qualifica e explica a função do CNJ.
( ) Certo ( ) Errado
7. NOMES DEVERBAIS
São derivados de verbos e retomam a ação expressa por eles. Servem, ainda, como um resumo
dos argumentos já utilizados.
“Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Assis Brasil, como sinal de
protesto contra o aumento dos impostos. A paralisação foi a maneira encontrada...”
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Mecanismos
PRIORIDADE-RELEVÂNCIA
Ex.: Em primeiro lugar, Antes de mais nada, Primeiramente, Finalmente...
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
2. “Por outro lado, sua eficiência macroeconômica deixa muito a desejar, menos pela incapacidade
das instituições do que pela persistência de incentivos adversos ao crescimento.”
Em “do que pela”, a eliminação de “do” prejudica a correção sintática do período.
( ) Certo ( ) Errado
CONDIÇÃO, HIPÓTESE
Ex.: se, caso, desde que...
ADIÇÃO, CONTINUAÇÃO
Ex.: Além disso, ainda por cima, também, não só...mas também ...
DÚVIDA
Ex.: talvez, provavelmente, possivelmente...
CERTEZA, ÊNFASE
Ex.: certamente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com certeza...
FINALIDADE
Ex.: a fim de, com o propósito de, para que...
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ESCLARECIMENTO
Ex.: por exemplo, isto é, quer dizer...
RESUMO, CONCLUSÃO
Ex.: em suma, em síntese, enfim, portanto, dessa forma, dessa maneira, logo, então...
6. Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela
palavra “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de
a) Oposição.
b) Condição.
c) Consequência.
d) Comparação.
e) União.
7. “A ação da polícia ocorre em um ambiente de incertezas, ou seja, o policial, quando sai para a
rua, não sabe o que vai encontrar diretamente;”.
A expressão sublinhada indica a presença de uma
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
a) retificação.
b) conclusão.
c) oposição.
d) explicação.
e) enumeração.
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Português
Polissemia
Polissemia significa (poli = muitos; semia = significado) “muitos sentidos”. Contudo, assim que
se insere no contexto, a palavra perde seu caráter polissêmico e assume significado específico,
isto é, significado contextual.
Os vários significados de uma palavra, em geral, têm um traço em comum. A cada um deles dá-
se o nome de acepção.
• A cabeça une-se ao tronco pelo pescoço.
Contexto!
O contexto determina a acepção de dada palavra polissêmica. Palavras como “flor”, “cabeça”,
“linha”, “ponto”, “pena”, entre outras, assumem, em variados contextos, novas acepções.
CONTEXTO ACEPÇÃO
Adoro flor vermelha! parte de uma planta
“Última flor do Lácio” descendente
Vagava à flor da água. superfície
Ela é uma flor de pessoa. amável
Ele não é flor que se cheire. indigno, falso
Está na flor da idade. juventude
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1. O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos
linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a
ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o
espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso
da família.
Exemplos:
• Edgar ocupa um alto posto na Casa. = cargo
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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Figuras De Linguagem
Algumas Figuras de
Som
Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
• “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
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Onomatópéia: consiste na reprodução de um som ou ruído natural.
• “Não se ouvia mais que o plic-plic-plic da agulha no pano.” (Machado de Assis)
Construção
Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
• “Em nossa vida, apenas desencontros.”
2. Pleonasmo é uma figura de linguagem que tem como marca a repetição de palavras ou de
expressões, aparentemente desnecessárias, para enfatizar uma ideia. No entanto, alguns
pleonasmos são considerados “vícios de linguagem” por informarem uma obviedade e não
desempenharem função expressiva no enunciado. Considerando essa afirmação, assinale a
alternativa em que há exemplo de pleonasmo vicioso.
a) “E então abriu a torneira: a água espalhou-se”
b) “O jeito era ir comprar um pão na padaria.”
c) “Matá-la, não ia; não, não faria isso.”
d) “Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim.”
e) “Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus...”
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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Pensamento
Antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo
sentido.
“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia
Depois da Luz se segue à noite escura
Em tristes sombras morre a formosura
Em contínuas tristezas, a alegria.”
3. No trecho "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura
de linguagem presente é chamada
a) Metáfora.
b) Hipérbole.
c) Hipérbato.
d) Anáfora.
e) Antítese.
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Hipérbato: inversão ou deslocamento de palavras ou orações dentro de um período.
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
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Palavras
Metáfora: A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica
subentendido.
“Meninas são bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!”
(Teatro Mágico)
Catacrese: Na falta de um termo específico para designar conceito ou objeto, toma-se outro
por empréstimo. Devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado
em sentido figurado.
• O pé da mesa estava quebrado.
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Português
TIPOLOGIA TEXTUAL
O que é isso?
É a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes são: narração, descrição,
dissertação, exposição, argumentação, informação e injunção.
Narração
Modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade
e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.
Exemplo:
COMPRAR REVISTA
Parou, hesitante; em frente à banca de jornais. Examinou as capas das revistas, uma por uma.
Tirou do bolso o recorte, consultou-o. Não, não estava incluída na relação de títulos, levantada
por ordem alfabética. Mas quem sabe havia relação suplementar, feita na véspera? Na dúvida,
achou conveniente estudar a cara do jornaleiro. Era a mesma de sempre. Mas a talvez ocultasse
alguma coisa, sob a aparência habitual. O jornaleiro olhou para ele, sem transmitir informação
especial no olhar, além do reconhecimento do freguês. Peço? Perguntou a si mesmo. Ou é
melhor sondar a barra?”
Carlos Drummond de Andrade
A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de
meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar. No meio de nós havia apenas um menino que
já o tinha visto. Ele nos contava que havia três espécies de mar: o mar mesmo, a maré, que é
menor que o mar, e a marola, que é menor que a maré. Logo a gente fazia ideia de um lago
enorme e duas lagoas. Mas o menino explicava que não. O mar entrava pela maré e a maré
entrava pela marola. A marola vinha e voltava. A maré enchia e vazava. O mar às vezes tinha
espuma e às vezes não tinha. Isso perturbava ainda mais a imagem. Três lagoas mexendo,
esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às vezes uma porção de espumas, tudo isso
muito salgado, azul, com ventos.
Fomos ver o mar. Era de manhã, fazia sol. De repente houve um grito: o mar! Era qualquer
coisa de largo, de inesperado. Estava bem verde perto da terra, e mais longe estava azul. Nós
todos gritamos, numa gritaria infernal, e saímos correndo para o lado do mar. As ondas batiam
nas pedras e jogavam espuma que brilhava ao sol. Ondas grandes, cheias, que explodiam com
barulho. Ficamos ali parados, com a respiração apressada, vendo o mar...
(Fragmento de crônica de Rubem Braga, Mar, Santos, julho, 1938)
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1. O texto é construído por meio de
a) perfeito encadeamento entre os dois parágrafos: as explicações sobre o mar, no primeiro,
harmonizam-se com sua visão extasiada, no segundo.
b) violenta ruptura entre os dois parágrafos: o primeiro alonga-se em explicações sobre o mar
que não têm qualquer relação com o que é narrado no segundo.
c) procedimentos narrativos diversos correspondentes aos dois parágrafos: no primeiro, o
narrador é o autor da crônica; no segundo, ele dá voz ao menino que já vira o mar.
d) contraste entre os dois parágrafos: as frustradas explicações sobre o mar para quem nunca
o vira, no primeiro, são seguidas pela arrebatada visão do mar, no segundo.
e) inversão entre a ordem dos acontecimentos em relação aos dois parágrafos: o que é
narrado no primeiro só teria ocorrido depois do que se narra no segundo.
Descrição
Quase todo mundo conhece os riscos de se ter os documentos usados de forma indevida por
outra pessoa, depois de tê-los perdido ou de ter sido vítima de assalto. Mas um sistema que
começou a ser implantado na Bahia pode resolver o problema em todo o país. A tecnologia
usada atualmente para a emissão de carteiras de identidade na Bahia pode evitar esse tipo de
transtorno. A foto digital, impressa no documento, dificulta adulterações. A principal novidade
do sistema é o envio imediato das impressões digitais, por computador, para o banco de dados
da Polícia Federal em Brasília. Dessa forma, elas podem ser comparadas com as de outros
brasileiros e estrangeiros cadastrados. Se tudo estiver em ordem, o documento é entregue em
cinco dias. Ao ser retirada a carteira, as digitais são conferidas novamente.
Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).
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Português – Tipologia Textual – Prof. Carlos Zambeli
Dissertação
A dissertação é um texto que analisa, interpreta, explica e avalia dados da realidade. Esse tipo
textual requer um pouco de reflexão, pois as opiniões sobre os fatos e a postura crítica em
relação ao que se discute têm grande importância.
O texto dissertativo é temático, pois trata de análises e interpretações; o tempo explorado é
o presente no seu valor atemporal; é constituído por uma introdução onde o assunto a ser
discutido é apresentado, seguido por uma argumentação que caracteriza o ponto de vista do
autor sobre o assunto em evidência e, por último, sua conclusão.
Exposição
Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não faz defesa
de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo
apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo
e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.
Ex.: aula, relato de experiências, etc.
Em todo o continente americano, a colonização europeia teve efeito devastador. Atingidos pelas
armas, e mais ainda pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que afetavam
os mínimos aspectos de suas vidas, os povos indígenas trataram de criar sentido em meio à
devastação. Nas primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos comparavam a uma
demolição aquilo que os missionários jesuítas viam como “transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã.”
Argumentação
www.acasadoconcurseiro.com.br 121
“Perguntamo-nos qual é o valor da vida humana.Alguns setores da sociedade acreditam que
a vida do criminoso não tem o mesmo valor da vida das pessoas honestas. O problema é que
o criminoso pensa do mesmo modo: se a vida dele não vale nada, por que a vida do dono da
carteira deve ter algum valor? Se provavelmente estará morto antes dos trinta anos de idade
(como várias pesquisas comprovam), por que se preocupar em não matar o proprietário do
automóvel que ele vai roubar?”
Andréa Buoro et al. Violência urbana – dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 26 (com
adaptações).
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo, toda a sociedade,
a história, a concepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a
todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro,
em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo.
3. Embora o texto seja essencialmente argumentativo, seu autor se vale de estruturas narrativas
para reforçar suas opiniões.
( ) Certo ( ) Errado
Informação
O texto informativo corresponde aquelas manifestações textuais cujo emissor (escritor) expõe
brevemente um tema, fatos ou circunstâncias a um receptor (leitor). Em outras palavras,
representam as produções textuais objetivas, normalmente em prosa, com linguagem clara e
direta (linguagem denotativa), que tem como objetivo principal transmitir informação sobre
algo, isento de duplas interpretações.
Assim, os textos informativos, diferente dos poéticos ou literários (que utilizam da linguagem
conotativa), servem para conhecer de maneira breve informações sobre determinado tema,
apresentando dados e referências, sem interferência de subjetividade, desde sentimentos,
sensações, apreciações do autor ou opiniões. O autor dos textos informativos é um transmissor
que se preocupa em relatar informações da maneira mais objetiva e verossímil.
Injunivo/Instrucional
Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e
comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro
do presente do modo indicativo.
Ex.: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, bula de remédio, convenções, regras
e eventos.
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Português
Aula XX
GÊNERO TEXTUAL
É o nome que se dá às diferentes formas de linguagem empregadas nos textos. Estas formas
podem ser mais formais ou mais informais, e até se mesclarem em um mesmo texto, porém
este será nomeado com o gênero que prevalecer!
Os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa situação cotidiana. Eles existem como
mecanismo de organização das atividades sociocomunicativas do dia a dia. Sendo assim,
gêneros textuais são tipos especificos de textos de qualquer natureza, literários ou não-
literários, cujas modalidades discursivas são como formas de organizar a linguagem.
Editorial
É um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por
objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.
A objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, já que o redator
demonstra a opinião do jornal sobre o assunto narrado.
Os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de maneira que evidencie
a posição da empresa que está por trás do canal de comunicação, pois os editoriais não são
assinados por ninguém.
Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.
Ele possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a
interpretação do que aconteceu.
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1. O título do texto refere-se
a) ao reflexo do custo da terceirização da colheita da cana no preço do etanol.
b) aos problemas ambientais resultantes da expansão da cultura de cana.
c) aos preços não competitivos do etanol brasileiro no mercado internacional.
d) às precárias condições de trabalho dos trabalhadores rurais na colheita da cana.
e) ao aumento dos lucros obtidos pelos empresários que investem na produção da cana.
Arigos
São os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é de inteira responsabilidade
de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor.
É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o
escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e
admissíveis.
I – Depreende-se, pela leitura do texto, que querer ser milionário é ruim, pois esse desejo
impossibilita o homem de amar o trabalho.
II – Para o autor, as chances de sucesso em uma profissão dependem da paixão com que ela é
exercida.
III – É consenso atribuir-se o sucesso à paixão pela atividade que se realiza.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Noícias
Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais pintadas, devido, em
parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a “Mona Lisa” está se deteriorando. O grito de
alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em Paris, que anunciou que o quadro passará por uma
detalhada avaliação técnica com o objetivo de determinar o porquê do estrago. O fino suporte
de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação desde que especialistas
em conservação examinaram a pintura pela última vez, diz o Museu do Louvre numa declaração
por escrito.
Fonte: http://www.italiaoggi.com.br (acessado em 13/11/07)
Crônica
Fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de
um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase
exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é predominantemente
coloquial.
Caracterísicas da crônica
• Narração curta;
• Descreve fatos da vida cotidiana;
• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
• Possui personagens comuns;
• Segue um tempo cronológico determinado;
• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
• Linguagem simples.
Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet. O nome do teste era
tentador: “O que Freud diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o
seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você
buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. Perfeito! Foi exatamente o que
aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da
psicanálise, e ele acertou na mosca.
MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).
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4. Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os usuários, a autora expressa uma
reação irônica no trecho “Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o
pai da psicanálise”.
( ) Certo ( ) Errado
Ensaio
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e
reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal. Consiste também
na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico,
político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc.), sem que se paute em
formalidades.
O ensaio assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido. Por essa razão, um
filósofo espanhol o definiu como "a ciência sem prova explícita".
Texto Literário
É uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com objetivos e
características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar emoções no leitor. Uma
das características distintivas dos textos literário é a sua função poética, em que é possível
constatar ritmo e musicalidade, organização específica das palavras e um elevado nível de
criatividade.
Madrugada na aldeia
Madrugada na aldeia nervosa, com as glicínias escorrendo orvalho, os figos prateados de
orvalho, as uvas multiplicadas em orvalho, as últimas uvas miraculosas.
O silêncio está sentado pelos corredores, encostado às paredes grossas, de sentinela.
E em cada quarto os cobertores peludos envolvem o sono: poderosos animais benfazejos,
encarnados e negros.
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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Antes que um sol luarento dissolva as frias vidraças, e o calor da cozinha perfume a casa
com lembrança das árvores ardendo, a velhinha do leite de cabra desce as pedras da rua
antiquíssima, antiquíssima, e o pescador oferece aos recém-acordados os translúcidos peixes,
que ainda se movem, procurando o rio.
(Cecília Meireles. Mar absoluto, in Poesia completa.
Peça Publicitária
Modo específico de apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou política,
visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, posição ou atuação.
A propaganda comercial é chamada, também, de publicidade. Ao contrário da busca de
imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta informações com o objetivo principal
de influenciar o leitor ou ouvinte. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente
(possibilitando a mentira por omissão) para encorajar determinadas conclusões, ou usa
mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e não racional à informação
apresentada Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando
elementos não verbais para reforçar a mensagem.
7. O anúncio publicitário a seguir é uma campanha de um adoçante, que tem como seu slogan a
frase “Mude sua embalagem”.
A palavra “embalagem”, presente no slogan da campanha, é altamente expressiva e substitui a
palavra
a) vida.
b) corpo.
c) jeito.
d) história.
e) postura.
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Piada
8. “Dois amigos conversam quando passa uma mulher e cumprimenta um deles, que fala:
Eu devo muito a essa mulher...
Por quê? Ela é sua protetora?
Não, ela é a costureira da minha esposa.”
Na piada acima, o efeito de humor
a) deve-se, principalmente, à situação constrangedora em que ficou um dos amigos quando a
mulher o cumprimentou.
b) constrói-se pela resposta inesperada de um dos amigos, revelando que não havia entendido
o teor da pergunta do outro.
c) é provocado pela associação entre uma mulher e minha esposa, sugerindo ilegítimo
relacionamento amoroso.
d) firma-se no aproveitamento de distintos sentidos de uma mesma expressão linguística,
devo muito.
e) é produzido prioritariamente pela pergunta do amigo, em que se nota o emprego malicioso
da expressão sua protetora.
Gráficos e Tabelas
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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Charge
É um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com
uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou
seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser
confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece
uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do
que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa
graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.
10. A relação entre o conjunto da charge e a frase “Brasil tem 25 milhões de telefones celulares”
fica clara porque a imagem e a fala do personagem sugerem o(a)
a) sentimento de vigilância permanente.
b) aperfeiçoamento dos aparelhos celulares.
c) inadequação do uso do telefone.
d) popularização do acesso à telefonia móvel.
e) facilidade de comunicação entre as pessoas.
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QUADRINHOS
Hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas peculiaridades.
Gabarito: 1. D 2. D 3. B 4. C 5. C 6. E 7. B 8. D 9. B 10. D 11. A
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Português
Coesão
A coesão textual refere-se à microestrutura de um texto. Ela ocorre por meio de relações
semânticas e gramaticais.
No caso de textos que utilizam linguagem verbal e não verbal (publicidade, por exemplo), a
coesão ocorre também por meio da utilização de
• cores
• formas geométricas
• fontes
• logomarcas
• etc
Moldura = bolas
de futebol
Cantos =
local de
escanteio +
bola
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O pai e seu filhinho de 5 anos caminham por uma calçada.
Repentinamente, o garoto vê uma sorveteria e fala:
– Pai, eu já sarei do resfriado, né?
– Você não vai tomar sorvete! – responde o pai.
A resposta do pai não corresponde coesivamente à pergunta do filho, mas nem por isso é
incoerente. Depreende-se que o pai conhecia o objetivo do filho.
Anáfora
Retoma algo que já foi dito antes!
Edgar é um excelente professor. Ele trabalha aqui na Casa do Concurseiro, ensinando
Conhecimentos Bancários. Essa matéria é muito relevante para concursos nacionais.
Catáfora
O termo ou expressão que faz referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma
relação não autônoma, portanto, dependente.
A Tereza olhou-o e disse: – Edgar, você está cansado?
Coerência
Fatores de Coerência
• encadeamento
• conhecimento da linguagem utilizada
• equilíbrio entre o número de informações novas e a reiteração delas
• possibilidade de inferência
• aceitabilidade
• intertextualidade
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Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli
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É fácil de notar se quando falta coerência a um texto.
“Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas de
São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos
de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade,
perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes.
Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou o até a
calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim, salvou lhe a vida.”
(Platão & Fiorin)
Vícios De Linguagem
BARBARISMO
Desvio na grafia, na pronúncia ou na flexão de uma palavra. Divide-se em
Cacografia – má grafia ou má flexão de uma palavra: flexa – em vez de flecha / deteu – em vez
de deteve.
Cacoépia – erro de pronúncia: marvado – em vez de malvado.
Silabada – erro de pronúncia quanto à acentuação tônica das palavras: púdico – em vez de
pudico / rúbrica – em vez de rubrica.
Estrangeirismo – emprego desnecessário de palavras estrangeiras, quando elas já foram
aportuguesadas: stress – em vez de estresse.
SOLECISMO
É qualquer erro de sintaxe. Pode ser
• de concordância: Haviam muitos erros – em vez de Havia ...
• de regência: Assistimos o filme – em vez de Assistimos ao filme.
• de colocação: Escreverei-te logo – em vez de Escrever-te-ei...
AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA
Duplo sentido que ocorre em função da má construção da frase:
Carlos disse ao colega que seu irmão morreu. (irmão de quem?)
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Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli
ECO
Repetição de uma vogal formando rima:
O irmão do alemão prendeu a mão no fogão.
CACOFONIA
Som estranho que surge da união de sílabas diferentes, pela proximidade de duas palavras:
Ela tinha dezoito anos. (latinha)
GERUNDISMO
Locução verbal na qual o verbo principal apresenta-se no gerúndio. Seu uso no português
brasileiro é recente, é considerado por muitos como vício de linguagem, uma vez que seu uso é
demasiadamente impreciso:
“A senhora pode estar respondendo algumas perguntas?”
Gabarito: 1. E
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Português
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
6
contexto
5
referente
1 4
emissor, 7 receptor
desinador canal de comunicação ou
ou remetente desinatário
3
mensagem
2
código
O linguista russo Roman Jakobson caracterizou seis funções da linguagem. Cada uma delas está
estreitamente ligada a um dos seis elementos que compõem o ato de comunicação.
Referente
FUNÇÃO REFERENCIAL
Mensagem
FUNÇÃO POÉTICA
Emissor Receptor
FUNÇÃO FUNÇÃO
EXPRESSIVA Canal de Comunicação CONATIVA
FUNÇÃO FÁTICA
Código
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
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Emissor: o que emite a mensagem.
Receptor: o que recebe a mensagem.
Mensagem: o conjunto de informações transmitidas.
Código: a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação
só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.
Canal de Comunicação: veículo por meio do qual a mensagem é transmitida (TV, rádio, jornal,
revista...)
Contexto: a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.
O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: informar algo, ou
demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, etc; consequentemente, a
linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes:
• Função Referencial
• Função Metalinguística
• Função Conativa
• Função Fática
• Função Emotiva
• Função Poética
Numa mensagem, é muito difícil encontrarmos uma única dessas funções isolada. O que ocorre,
normalmente, é a superposição de várias delas.
Função referencial – busca transmitir informações objetivas, a fim de informar o receptor.
Predomina nos textos de caráter científico, didático e jornalístico.
Exemplo: Pesquisas já demonstraram que o universo vocabular de nossos estudantes, mesmo
de nível universitário, é pobre.
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Português – Funções da Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Função fática – tem por objetivo prolongar o contato com o receptor. Utiliza interjeições,
repetições, expressões sem valor semântico e, quando escrita, faz uso de recursos gráficos
como diferentes tipos de letras e variadas diagramações. É usada na linguagem coloquial,
especialmente nos diálogos.
• POIS É...
• ENTÃO... É melhor você
• É FOGO. começar a ler
• Ô. o Estadão.
• NEM FALE.
EXEMPLIFICANDO
O princípio de que o Estado necessita de instrumentos para agir com rapidez em situações
de emergência está inscrito no arcabouço jurídico brasileiro desde a primeira Constituição,
de 1824, dois anos após a Independência, ainda no Império. A figura do decreto-lei, sempre
à disposição do Poder Executivo, ficou marcada no regime militar, quando a caneta dos
generais foi acionada a torto e a direito, ao largo do Congresso, cujos poderes eram sufocados
pela ditadura. Com a redemocratização, sacramentada pela Constituição de 1988, sepultou-
se o decreto-lei, mas não o seu espírito, reencarnado na medida provisória. Não se discute
a importância de o Poder Executivo contar com dispositivos legais que permitam ao governo
baixar normas, sem o crivo imediato do Congresso, que preencham os requisitos da “relevância
e urgência”. O problema está na dosagem, que, se exagerada, como ocorre atualmente, sufoca
o Poder Legislativo.
O Globo, 19/3/2008 ( com adaptações)
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1. A função da linguagem predominante no texto é
a) metalinguística.
b) poética.
c) expressiva.
d) apelativa.
e) referencial.
3. O texto abaixo utiliza uma linguagem emotiva, que pode ser comprovada especialmente na
opção pela subjetividade voltada para o narrador.
“Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe
nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo
dentro de casa. Nem jogue seu lixo no ambiente. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira
o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores
bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. Só existe o hoje.”
( ) Certo ( ) Errado
4. HISTÓRIA MANJADA
GALÃ CANASTRÃO
TIROS E PERSEGUIÇÕES
EFEITOS GRATUITOS
MAIS TIROS E PERSEGUIÇÕES
FINAL PREVISÍVEL
Conheça outro jeito de fazer cinema.
Cine Conhecimento.
No canal PLUS.
Além de exibir filmes de diversos países, o programa traz análises, comentários, curiosidades e
detalhes da produção. Não perca! Tem sempre um bom filme para você!
(Revista Monet)
Pelos sentidos e pelas estruturas linguísticas do texto, é correto concluir que o emprego de
“Conheça” e “Não perca” indica que a função da linguagem predominante no texto é a
a) metalinguística.
b) poética.
c) conativa.
d) expressiva.
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Português – Funções da Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
5. No slogan CELULAR: Não Fale no Trânsito, uma característica da função conativa da linguagem
é
a) a objetividade da informação transmitida.
b) a manutenção da sintonia entre a STTU e o público-alvo.
c) o esclarecimento da linguagem pela própria linguagem
d) o emprego do verbo no modo imperativo
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Português
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Tanto a língua escrita quanto a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores:
regionais, sociais, intelectuais etc.
A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais
espontânea, solta, livre, visto que acompanhada de mímica e entonação, que preenchem
importantes papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente
difere substancialmente do padrão culto.
É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com
terminologia especial. Caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente
usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais
estável, menos sujeita a variações.
É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde
à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (solecismo - erros de regência e
concordância; barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia;
pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter
oral e popular da língua.
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1. Com frequência, a transgressão à norma culta constitui uma marca do registro coloquial da
língua. Nesses casos, parece existir, de um lado, a norma culta e, de outro, a “norma” coloquial
– e esta muitas vezes se impõe socialmente, em detrimento da primeira. Um exemplo de
transgressão à norma culta acontece numa das alternativas abaixo. Assinale-a.
a) Nós éramos cinco e brigávamos muito…
b) estrada lamacenta que o governo não conservava…
c) Miguel fazia muita falta, embora cada um de nós trouxesse na pele a marca de sua
autoridade.
d) Você assustou ele falando alto.
e) Se um de nós ia para o colégio, os outros ficavam tristes.
2. Considere as afirmações.
I – A letra de “Saudosa Maloca” pode ser considerada como realização de uma “linguagem
artística” do poeta, estabelecida com base na sobreposição de elementos do uso popular ao
uso culto.
II – Uma dessas sobreposições é o emprego do pronome oblíquo de terceira pessoa “se” em
lugar de “nos” (Só se conformemo), diferentemente do que prescreve a norma culta.
III – A letra de “Saudosa Maloca” apresenta linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a
linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor.
Estão corretas
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
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Português – Variação Linguística – Prof. Carlos Zambeli
d) apenas I e II.
e) I, II e III.
4. Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais. Esses grupos utilizam a gíria como
meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas pelo
próprio grupo. Assim, a gíria é criada por determinados segmentos da comunidade social que
divulgam o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de
massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos; às vezes, também inventam
alguns. A gíria que circula pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no
vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso.
3. Nas orações a seguir, as gírias sublinhadas podem ser substituídas por sinônimos.
“… e beijava tudo que era mulher que passasse dando sopa.”
“… o Papa de araque…”
“… numa homenagem também aos salgueirenses que, no Carnaval de 1967, entraram pelo
cano.”
Indique que opção equivale, do ponto de vista do sentido, a essas expressões.
a) distraidamente, falso, saíram-se mal.
b) reclamando, falso, obstruíram-se.
c) distraidamente, esperto, saíram-se vitoriosos.
d) reclamando, falso, deram-se mal.
e) distraidamente, esperto, obstruíram-se.
5. Linguagem Regional
Regionalismos ou falares locais são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto
às construções gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e do ponto de vista
fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense,
mineiro, sulino.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
“Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem — ou é o homem
arruinado, ou o homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum.
Nenhum! — é o que digo. O senhor aprova? Me declare tudo, franco — é alta mercê que me
faz: e pedir posso, encarecido. Este caso — por estúrdio que me vejam — é de minha certa
importância. Tomara não fosse... Mas, não diga que o senhor, assisado e instruído, que acredita
na pessoa dele?! Não? Lhe agradeço! Sua alta opinião compõe minha valia. Já sabia, esperava
por ela — já o campo!
Ah, a gente, na velhice, carece de ter uma aragem de descanso. Lhe agradeço. Tem diabo
nenhum. Nem espírito. Nunca vi. Alguém devia de ver, então era eu mesmo, este vosso
servidor. Fosse lhe contar... Bem, o diabo regula seu estado preto, nas criaturas, nas mulheres,
nos homens. Até: nas crianças — eu digo. Pois não é o ditado: “menino — trem do diabo”? E
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nos usos, nas plantas, nas águas, na terra, no vento... Estrumes... O diabo na rua, no meio do
redemunho... “
(Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.)
4. O texto de Guimarães Rosa mostra uma forma peculiar de escrita, denunciada pelos recursos
linguísticos empregados pelo escritor. Entre as características do texto, está
a) o emprego da linguagem culta, na voz do narrador, e o da linguagem regional, na voz da
personagem.
b) a recriação da fala regional no vocabulário, na sintaxe e na melodia da frase.
c) o emprego da linguagem regional predominantemente no campo do vocabulário.
d) a apresentação da língua do sertão fiel à fala do sertanejo.
e) o uso da linguagem culta, sem regionalismos, mas com novas construções sintáticas e
rítmicas.
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Português
FUNÇÕES DO QUE E DO SE
A palavra QUE
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• André devia estar tão cansado que não conseguia ler mais nada.
Partícula Expletiva ou de Realce – objetiva enfatizar a informação. Pode ser retirada da frase
sem prejudicar o sentido. Aparece, muitas vezes, na locução “é que”.
• Que vida boa que você leva!
• Você é que deve pagar a conta hoje.
• “Quando você se separou de mim
quase que a minha vida teve fim
sofri, chorei tanto que nem sei
tudo que chorei por você, por você...” (Roberto Carlos)
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Português – Funções do Que e do Se – Prof. Carlos Zambeli
Interjeição
• Quê! Você por aqui!
• Exprime espanto
• Acentuada
• Sem valor sintático
Palavra SE
Conjunção Subordinativa Causal – inicia uma oração subordinada adverbial. Equivale a “já
que”.
• Se você tem medo de assalto, não ande por aquelas ruas.
Pronome Apassivador (Pronome Pessoal Oblíquo) – caracteriza uma frase na voz passiva
sintética.
• Recuperou-se o documento de identidade.
• Alinham-se as opiniões antes da reunião.
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Pronome Reflexivo Recíproco (Pronome Pessoal Oblíquo) – representa ação recíproca /
equivale à expressão “uns aos outros”.
• Os convidados cumprimentaram-se educadamente.
• Os alunos abraçaram-se após o concurso.
Parte Integrante do Verbo (Pronome Pessoal Oblíquo) – a palavra faz parte de verbos
essencialmente pronominais, ou seja, verbos que só se conjugam acompanhados do pronome.
Tais verbos denotam sentimentos ou atitudes próprias do sujeito. Ex.: indignar-se, vangloriar-
se, queixar-se, arrepender-se, orgulhar-se, suicidar-se, etc.
• O técnico vangloriava-se com o sucesso do time.
• Ele arrependeu-se do que fez
Partícula Expletiva ou de Realce (Pronome Pessoal Oblíquo) – pode ser retirado da frase sem
que haja prejuízo de sentido. Liga-se a verbos intransitivos, enfatizando uma ação ou atitude do
sujeito.
• Os convidados já se foram embora.
• Aquela garota morre-se de amores por meu irmão.
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Português – Funções do Que e do Se – Prof. Carlos Zambeli
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Matemática
Professor Dudan
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Matemática
CONJUNTOS NUMÉRICOS
Subconjuntos
ℕ* = {1, 2, 3, 4,...} naturais não nulos.
Subconjuntos
ℤ* = {..., – 4, – 3, – 2, – 1, 1, 2, 3, 4,...} inteiros não nulos.
|– 4| = |4| = 4
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Faça você
Definição: Será inicialmente descrito como o conjunto dos quocientes entre dois números
inteiros.
p
Logo ℚ = { | p ∈ ℤ e q ∈ ℤ*}
q
Subconjuntos
ℚ* à racionais não nulos.
ℚ + à racionais não negativos.
ℚ*+ à racionais positivos.
ℚ - à racionais não positivos.
ℚ*- à racionais negativos.
Faça você
3. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas:
( ) 0,333... ∈ Z ( ) 0 ∈ Q* ( ) – 3 ∈ Q+
( ) – 3,2 ∈ Z ( ) N c Q ( ) 0,3444... ∈ Q*
( ) 0,72 ∈ N ( ) 1,999... ∈ N ( ) 62 ∈ Q
( ) Q c Z
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Matemática – Conjuntos Numéricos – Prof. Dudan
Decimais periódicos
1 7
= 0,333... = 0,3 = 0,777... = 0,7
3 9
Exemplos
a) 0,333... Seguindo os passos descritos acima: (03 – 0) = 3/9 = 1/3
9
b) 1,444... Seguindo os passos descritos acima: 14 – 1 = 13/9
9
c) 1,232323... Seguindo os passos descritos acima: 123 – 1 = 122/99
99
d) 2,1343434... Seguindo os passos descritos acima: 2134 – 21 = 2113/990
990
Exemplos:
0,212112111... 1,203040... 2 π
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ℝ = ℚ ∪ �, sendo ℚ ∩ � = Ø
Subconjuntos
ℝ* = {x ∈ R | × ≠ 0} à reais não nulos
ℝ + = {x ∈ R | × ≥ 0} à reais não negativos Q I
Z
ℝ*+ = {x ∈ R | × > 0} à reais positivos
N
ℝ- = {x ∈ R | × ≤ 0} à reais não positivos
ℝ*- = {x ∈ R | × < 0} à reais negativos
Números Complexos ( )
Definição: Todo número que pode ser escrito na forma a + bi, com a e b reais.
Exemplos:
3 + 2i – 3i – 2 + 7i
9 1,3 1,203040...
2 π
Resumindo:
Todo número é complexo.
Faça você
4. Seja R o número real representado pela dízima 0,999...
Pode-se afirmar que:
a) R é igual a 1.
b) R é menor que 1.
c) R se aproxima cada vez mais de 1 sem nunca chegar.
d) R é o último número real menor que 1.
e) R é um pouco maior que 1.
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Matemática – Conjuntos Numéricos – Prof. Dudan
b)
c)
d)
e)
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9. Se a = , b = 33/25, e c = 1,323232..., a afirmativa verdadeira é
a) a<c<b
b) a<b<c
c) c<a<b
d) b<a<c
e) b<c<a
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Matemática
Conjunto é um conceito primitivo, isto é, sem definição, que indica agrupamento de objetos,
elementos, pessoas etc. Para nomear os conjuntos, usualmente são utilizadas letras maiúsculas
do nosso alfabeto.
Representações:
Os conjuntos podem ser representados de três formas distintas:
I – Por enumeração (ou extensão): Nessa representação, o conjunto é apresentado pela citação
de seus elementos entre chaves e separados por vírgula. Assim temos:
• O conjunto “A” das vogais –> A = {a, e, i, o, u}.
• O conjunto “B” dos números naturais menores que 5 –> B = {0, 1, 2, 3, 4}.
• O conjunto “C” dos estados da região Sul do Brasil –> C = {RS, SC, PR}
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Classificação dos Conjuntos
Vejamos a classificação de alguns conjuntos:
• Conjunto Unitário: possui apenas um elemento. Exemplo: o conjunto formados pelos
números primos e pares.
• Conjunto Vazio: não possui elementos, é representado por ∅ ou, mais raramente, por { }.
Exemplo: um conjunto formado por elemento par, primo e diferente de 2.
• Conjunto Universo (U): possui todos os elementos necessários para realização de um
estudo (pesquisa, entrevista etc.)
• Conjunto Finito: um conjunto é finito quando seus elementos podem ser contados um a
um, do primeiro ao último, e o processo chega ao fim. Indica-se n(A) o número (quantidade)
de elementos do conjunto “A”.
Exemplo: A = {1, 4, 7, 10} é finito e n(A) = 4
• Conjunto Infinito: um conjunto é infinito quando não é possível contar seus elementos do
primeiro ao último.
Relação de Perinência
É uma relação que estabelecemos entre elemento e conjunto, em que fazemos uso dos
símbolos ∈ e ∉.
Exemplo:
Fazendo uso dos símbolos ∈ ou ∉, estabeleça a relação entre elemento e conjunto:
a) 10 ____ ℕ
b) – 4 ____ ℕ
c) 0,5 ____ �
d) – 12,3 ____ ℚ
e) 0,1212... ____ ℚ
f) 3 ____ �
g) −16 ____ ℝ
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Matemática – Teoria dos Conjuntos (Linguagem dos Conjuntos) – Prof. Dudan
Relação de Inclusão
É uma relação que estabelecemos entre dois conjuntos. Para essa relação fazemos uso dos
símbolos ⊂, ⊄, ⊃ e ⊅.
Exemplos:
Fazendo uso dos símbolos de inclusão, estabeleça a relação entre os conjuntos:
a) ℕ _____ ℤ
b) ℚ _____ ℕ
c) ℝ _____ �
d) � _____ ℚ
Observações:
• Dizemos que um conjunto “B” é um subconjunto ou parte do conjunto “A” se, e somente
se, B ⊂ A.
• Dois conjuntos “A” e “B” são iguais se, e somente se, A ⊂ B e B ⊂ A.
• Dados os conjuntos “A”, “B” e “C”, temos que: se A ⊂ B e B ⊂ C, então A ⊂ C.
Exemplos:
Dados os conjuntos A = {1, 3, 4, 5}, B = {2, 3, 4} e C = {4, 5, 10}. Determine:
a) A ⋂ B c) A – B e) A ⋂ B ⋂ C
b) A ⋃ B d) B – A f) A ⋃ B ⋃ C
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1. Numa sala há n pessoas. Sabendo que 75 pessoas dessa sala gostam de
matemática, 52 gostam de física, 30 pessoas gostam de ambas as matérias e
13 pessoas não gostam de nenhuma dessas matérias. É correto afirmar que
n vale:
a) 170
b) 160
c) 140
d) 100.
e) 110.
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Matemática – Teoria dos Conjuntos (Linguagem dos Conjuntos) – Prof. Dudan
Cursos Alunos
Apenas A 9
Apenas B 20
Apenas C 10
AeB 13
AeC 8
BeC 18
A, B e C 3
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Matemática
INTERVALOS NUMÉRICOS
O conjunto dos números reais é formado a partir da união dos conjuntos dos números Naturais,
Inteiros, Racionais e Irracionais.
Pode-se representar o conjunto dos números reais associando cada número x ϵ R a um ponto
de uma reta r.
Assim se convencionarmos uma origem O, associando a ela o zero, adotamos uma unidade e
um sentido positivo para esta reta, teremos aquela que denominamos reta orientada.
Tipos de intervalo
Intervalos Limitados
Intervalo fechado:
Números reais maiores ou iguais a “a” e menores ou iguais a “b”.
Intervalo: [a, b]
Conjunto: {x ϵ R | a ≤ x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + 4]
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Intervalo aberto:
Números reais maiores do que a e menores do que b.
Intervalo: ]a, b[
Conjunto: {x ϵ R | a < x < b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + 4)
Intervalo: [a, b[
Conjunto: {x ϵ R | a ≤ x < b}
Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + 4)
Intervalo: ]a, b]
Conjunto: {x ϵ R | a < x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + 4]
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Matemática – Intervalos Numéricos – Prof. Dudan
Intervalos ilimitados
Intervalo: ] – ∞ ,b]
Conjunto: {x ϵ R | x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – ∞; + 4]
Intervalo: ] – ∞ ,b[
Conjunto: {x ϵ R | x < b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – ∞; +4)
Intervalo: [a,+ ∞ [
Conjunto: {x ϵ R | x ≥ a}
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Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + ∞)
Intervalo: ]a, +∞ [
Conjunto: {x ϵ R | x > a}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + ∞)
Reta numérica:
Números reais.
Intervalo: ] – ∞ ,+ ∞ [
Conjunto: R
Exercicios:
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Matemática – Intervalos Numéricos – Prof. Dudan
d) {0, 1, 2, 3, 4, 5}
e) ]1, 5]
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Matemática
NÚMEROS PRIMOS
Por definição, os números primos são números pertencentes ao conjunto dos números naturais
não nulos, que possuem exatamente apenas dois divisores naturais distintos, o número 1 e o
próprio número.
Segundo esta definição o número 1 não é um número primo, pois o mesmo não apresenta dois
divisores distintos. Seu único divisor é o próprio 1.
O número 2 é o único número primo par, já que todos os demais números pares possuem ao
menos 3 divisores, dentre eles a unidade, o próprio número e o número 2.
Números naturais não nulos que possuem mais de dois divisores são chamados de números
compostos.
Exemplos:
a) 2 tem apenas os divisores 1 e 2, portanto 2 é um número primo.
b) 17 tem apenas os divisores 1 e 17, portanto 17 é um número primo.
c) 10 tem os divisores 1, 2, 5 e 10, portanto 10 não é um número primo.
Observações:
• 1 não é um número primo, porque ele tem apenas um divisor que é ele mesmo.
• 2 é o único número primo que é par.
Os números que têm mais de dois divisores são chamados números compostos.
Exemplo:
15 tem mais de dois divisores → 15 é um número composto.
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Como idenificar se um número é primo?
Iremos testar a divisibilidade do número por cada um dos números primos, iniciando em 2, até
que a divisão tenha resto zero ou que o quociente seja menor ou igual ao número primo que se
está testando como divisor.
Vamos testar se o número 17 é primo ou não:
17 ÷ 2 = 8, resta 1;
17 ÷ 3 = 5, restam 2;
17 ÷ 5 = 3, restam 2.
Neste ponto já podemos ter a certeza de que o número 17 é primo, pois nenhum dos divisores
primos testados produziu resto 0 e o quociente da divisão pelo número primo 5 é igual a 3 que
é menor que o divisor 5.
Vejamos agora se o número 29 é primo ou não:
29 ÷ 2 = 14, resta 1;
29 ÷ 3 = 9, restam 2;
29 ÷ 5 = 5, restam 4.
Como neste ponto quociente da divisão de 29 pelo número primo 5 é igual ao próprio divisor
5, podemos então afirmar com certeza que o número 29 é primo, pois nenhum dos divisores
primos testados resultou em uma divisão exata.
E o número 161?
Ele não é par, portanto não é divisível por 2;
1 + 6 + 1 = 8, portanto não é divisível por 3;
Ele não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
Quando dividido por 7 ÷ 161 / 7 = 23, com resto zero, logo 161 é divisível por 7, e portanto não
é um número primo.
E o número 113:
Ele não é par, portanto não é divisível por 2;
1 + 1 + 3 = 5, portanto não é divisível por 3;
Ele não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
Se dividido por 7 ÷ 113 / 7 = 16, com resto 1. O quociente (16) ainda é maior que o divisor (7).
Agora dividido por 11 ÷ 113 / 11 = 10, com resto 3. O quociente (10) é menor que o divisor (11),
e além disso o resto é diferente de zero (o resto vale 3), portanto 113 é um número primo.
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Matemática – Números Primos e Primos Entre Si – Prof. Dudan
Um resultado na teoria de números é que todo número natural, maior que 1, pode ser escrito
como um produto, em que os fatores são todos números primos.
Por exemplo, (2.2.5) é a decomposição do número 20 em fatores primos, isto é, 20 = 2.2.5
Deve-se observar que, se o número em questão for um número primo, então a decomposição
será o próprio número.
Por exemplo, 7 será a decomposição em fatores primos do número 7.
Assim, se após a decomposição de dois números naturais a e b (maiores que 1), em fatores
primos, não houver fatores comuns; então a e b serão denominados números primos entre si.
Observe que 20 e 21 são números primos entre si, pois 20 = 2.2.5 e 21 = 3.7;
Já os números 15 e 21 não são primos entre si, pois 15 = 3.5 e 21 = 3.7
Resumindo: Um conjunto de números inteiros é chamado de mutuamente primo se não existir
um inteiro maior do que 1 que divida todos os elementos.
Assim chamamos de números primos entre si um conjunto de dois ou mais números naturais
cujo único divisor comum a todos eles seja o número 1.
Exemplo:
Os divisores do número 10 são: 1, 2, 5 e 10.
Os divisores de 20 são: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Os divisores de 21 são: 1, 3, 7 e 21.
Podemos então afirmar que juntos, os números 10, 20 e 21 são primos entre si, ou mutuamente
primos, já que o único divisor comum a todos eles continua sendo o número 1.
Observe, no entanto que os números 10 e 20 não são números primos, pois os números 1, 2, 5
e 10 são divisores comuns aos dois.
Em síntese para sabermos se um conjunto de números são primos entre si, ou mutuamente
primos, basta calcularmos o seu máximo divisor comum (MDC). Se for 1, todos números do
conjuntos serão primos entre si.
Regra prática para descobrir se dois números naturais são primos entre si:
Seriam os números 49 e 6 primos entre si?
46
Se colocarmos 49 e 6 na forma de fração , não dá para simplificar por nenhum número,
logo temos uma fração IRREDUTÍVEL. 6
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Matemática
OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
DICA
Na adição e subtração, quando os sinais forem iguais, somamos os números e
conservamos o mesmo sinal, quadno os sinais forem diferentes, diminuimos os
números e conservamos o sinal do maior valor absoluto.
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1. Calcule:
a) – 3 + 5 = b) + 43 – 21 =
c) – 9 – 24 = d) – 25 + (– 32) =
e) + 5 – 14 = f) + 7 + (– 4) =
g) – 19 – (– 15) = h) + 7 – (– 2) =
i) + 9 – 5 = j) – 8 + 4 + 5 =
k) – 9 – 1 – 2 = l) + (-6) – (+3) + 5 =
DICA
Na multiplicação/divisão, quando os dois sinais forem iguais, o resultado é (+), e
quando forem diferentes, o resultado é (–).
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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
d) (– 4) ÷ (– 4) = e) 12 ÷ (– 6) = f) – 1 × (– 14) =
g) (+ 7) × (+ 2) = h) (– 8) ÷ (– 4) = i) – 5 x (- 4) ÷ 2 =
g) 28,8 ÷ 4 = h) 86,2 x 3 =
Potenciação e Radiciação
• No exemplo 72 = 49 temos que: 7 é a base, 2 é o expoente e 49 é a potência.
• A potência é uma multiplicação de fatores iguais: 72 = 7 x 7 = 49
• Todo número inteiro elevado a 1 é igual a ele mesmo:
Ex.: a) (– 4)1 = – 4 b) (+ 5)1 = 5
• Todo número inteiro elevado a zero é igual a 1.
Ex.: a) (– 8)0 = 1 b) (+ 2)0 = 1
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• Quando não tiver parênteses, conservamos o sinal da base independente do expoente.
Exemplos: a) – 2² = – 4
b) – 23 = – 8
c) + 3² = 9
3
d) + 5 = + 125
4. Calcule as potências:
a) 3² = b) (– 3)² =
c) – 3² = d) (+ 5)3 =
e) (– 6)² = f) – 43 =
g) (– 1)² = h) (+ 4)² =
i) (– 5)0 = j) – 7² =
k) (– 2,1)² = l) – 1,13 =
m) (–8)² = n) – 8² =
Propriedades da Potenciação
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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
Expressões numéricas
Para resolver expressões numéricas é preciso obedecer a seguinte ordem:
1º resolvemos as potenciações e radiciações na ordem em que aparecem.
2º resolvemos as multiplicações e divisões na ordem em que aparecem.
3º resolvemos as adições e subtrações na ordem em que aparecem.
b) 20 + 23 × 10 – 4² ÷ 2 =
d) 5² – 5 × 15 + 50 × 53 =
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Simplificação de frações
a) – 75 b) – 48 c) – 36 d) – 10
50 84 2 15
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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
a) – 3 + 2 – 5 – 5 b) 7 +2– 1
4 10 2 10 3 4
• Para dividir frações, basta multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda.
1
2
Exemplo: a) – 3 ÷ 5 = – 3 x 7 = – 21 b) =– 1 x 5 – 5
_____
8 7 8 5 40 3 2 3 6
–
5
DICA
Dividir por um número é multiplicar pelo seu inverso!
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8. Efetue e simplifique quando for possível:
a) 4 ÷ �– 2 � b) – 1 �– 3 � 2 c) (– 4) ÷ �– 3 � d)
7 5 2 4 3 8
a) (– 1 – 2 – 3 – 4 – 5) ÷ (+ 15) =
b) (8 + 10 ÷ 2 – 12) ÷ (– 4 + 3) =
e) – 2 + {– 5 – [- 2 – (– 2) – 3 – (3 – 2) ] + 5} =
f) – 15 + 10 ÷ (2 – 7) =
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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
Expoente negaivo
Todo número diferente de zero elevado a um expoente negativo é igual ao inverso do mesmo
número com expoente positivo.
Exemplo: a) 1 = 1 b) 4-3 = 1 = 1 c) �– 2 �-2 = �– 4 �2 = + 16
7² 49 4³ 64 4 2 4
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Matemática
FRAÇÕES
Definição
Fração é um modo de expressar uma quantidade a partir de uma razão de dois números
inteiros. A palavra vem do latim fractus e significa "partido", dividido ou "quebrado (do verbo
frangere: "quebrar").
Também é considerada parte de um inteiro, que foi dividido em partes exatamente iguais. As
frações são escritas na forma de números e na forma de desenhos. Observe alguns exemplos:
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Na fração, a parte de cima é chamada de numerador, e indica quantas partes do inteiro foram
utilizadas.
A parte de baixo é chamada de denominador, que indica a quantidade máxima de partes em
que fora dividido o inteiro e nunca pode ser zero.
Ex.: Uma professora tem que dividir três folhas de papel de seda entre quatro alunos, como ela
pode fazer isso?
Se cada aluno ficar com 3/4 (lê-se três quartos) da folha. Ou seja, você vai dividir cada folha em
4 partes e distribuir 3 para cada aluno.
Assim , por exemplo, a fração 56/8 (lê-se cinquenta e seis oitavos) designa o quociente de 56
por 8. Ela é igual a 7, pois 7 × 8 = 56.
SIMPLIFICAÇÃO de FRAÇÕES
Para simplificar uma fração, se possível, basta dividir o numerador e o denominador por um
mesmo número se eles não são números primos entre si.
Exemplos:
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Matemática – Frações – Prof. Dudan
Para estabelecer comparação entre frações, é preciso que elas tenham o mesmo denominador.
Isso é obtido através do menor múltiplo comum.
Exemplo:
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
• Sendo os denominadores iguais, basta somar ou subtrair os numeradores e manter o
denominador.
Exemplos:
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• Se os denominadores forem diferentes será necessário encontrar frações equivalentes
(proporcionais) que sejam escritas no mesmo denominador comum. Usaremos o M.M.C , veja:
Exemplo:
Exemplo:
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Matemática – Frações – Prof. Dudan
MULTIPLICAÇÃO e DIVISÃO
Para multiplicar frações basta multiplicar os numeradores entre si e fazer o mesmo entre os
denominadores, independente se são iguais ou não.
Exemplo:
Para dividir as frações, basta multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda fração.
Exemplo:
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Caso seja necessário aplicar um radical numa fração, basta entender que: “a raiz da fração é a
fração das raízes.”
Exemplos:
Questões:
1. João e Tomás partiram um bolo retangular. João comeu a metade da terça parte e Tomás comeu
a terça parte da metade. Quem comeu mais?
a) João, porque a metade é maior que a terça parte.
b) Tomás.
c) Não se pode decidir porque não se conhece o tamanho do bolo.
d) Os dois comeram a mesma quantidade de bolo.
e) Não se pode decidir porque o bolo não é redondo.
Gabarito: 1. D 2. E
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Matemática
POTÊNCIAS
an = a . a . a . ... . a
n fatores
Exemplo:
26 = 64, onde,
2 = base
6 = expoente
64 = potência
Exemplos:
a) 54 = 5 . 5 . 5 . 5 . = 625
• 5 é a base;
• 4 é o expoente;
• 625 é a potência
2
b) ( – 6) = ( – 6) . ( – 6) = 36
• – 6 é a base;
• 2 é o expoente;
• 36 é a potência
3
c) ( – 2) = ( – 2) . ( – 2) . ( – 2) = – 8
• – 2 é a base;
• 3 é o expoente;
• – 8 é a potência
1
d) 10 = 10
• 10 é a base;
• 1 é o expoente;
• 10 é a potência
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Casos especiais:
a1 = a 1n = 1 a0 = 1
a≠0
j) – 3³ = k) ( – 3)³ = l) – 3²=
0
m) ( – 3)² = n) ( – 3) = o) – 30 =
Potências “famosas”
21 = 2 3¹ = 3 5¹= 5
2² = 4 3² = 9 5² = 25
2³ = 8 3³ = 27 5³ = 125
24 = 16 34 = 81 54 = 625
25 = 32 35 = 243
26 = 64
27 = 128
28 = 256
29 = 512
210 = 1024
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Matemática – Potências – Prof. Dudan
Exemplos:
a) 104 = 10000 d) 10-5 = 0,00001
b) 106 = 1000000 e) 10-2 = 0,01
c) 103 = 1000 f) 10-1 = 0,1
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Propriedades de potências
ax . ay = ax + y
Exemplos:
3 2 3+2 5
a) 2 . 2 = 2 = 2 = 32
b) 54 . 5 = 54 + 1 = 55
c) 2x . 26 = 2x + 6
d) 24 . 2-3 = 24 + (-3) = 24 - 3 = 21 = 2
e) 37 . 3-7 = 37 + (-7) = 37 - 7 = 30 = 1
f) xn . x-n = xn + (-n) = xn - n = x0 = 1
g) 8 . 2x = 23 . 2x = 23 + x
h) 2x . 2x = 2x + x = 22x
am + n = am . an
Exemplo:
a) 2x + 2 = 2x . 22 = 2x . 4 = 4 . 2x
b) 32x = 3x + x = 3x . 3x = (3x)2
c) 5m + x = 5m . 5x
d) 42 + n = 42 . 4n = 16 . 4n
Observação: Somente podemos aplicar essa propriedade quando as bases são iguais.
25 . 32 ≠ 65 + 2 (não há propriedade para esses casos)
Não é possível multiplicar as bases quando houver expoente (não há propriedade para esses
casos)
Exemplos:
a) 2 . 6x ≠ 12x
b) 32 . 3x = 32 + x
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Matemática – Potências – Prof. Dudan
ax ÷ ay = ax - y
OU
ax = a x - y
ay
Exemplos:
a) 710 ÷ 78 = 710 - 8 = 72 = 49
b) 32 ÷ 3-5 = 32- (-5) = 32 + 5 = 37
c) 102x ÷ 10x = 102x - x = 10x
d) 20 ÷ 25 = 20 - 5 = 2-5
103x
e) = 103x - x = 102x
10x
f) 13x ÷ 13x + 2 = 13x - (x + 2) = 13x - x - 2 = 13- 2
g) 53 ÷ 53 = 53 - 3 = 50 = 1
h) 43 ÷ 48 = 43 - 8 = 4-5
i) 11-5 ÷ 113 = 11-5 - 3 = 11- 8
x5n
j) = x5n - 10n = x-5n
x10n
am - n = am ÷ an
Exemplos:
a) 2x-2 = 2x ÷ 22 = 2x ÷ 4 = 2x/4
b) 5m-x = 5m ÷ 5x = 5m/5x
c) 42 - n = 42 ÷ 4n = 16 + 4n = 16/4n
www.acasadoconcurseiro.com.br 197
Potência de potência
Quando uma potência está elevada a algum expoente, conserva-se a base e multiplica-se o
expoente.
(ax)y = axy
Exemplos:
a) (22)3 = 22 . 3 = 26 = 128
b) (33x)2 = 36x
c) (54 + x)3 = 512+3x
d) (77)0 = 77 . 0 = 70 = 1
e) (2-3)2 = 2(-3) . 2 = 2-6
Cuidado!
n
(am)n ≠ am
Exemplo:
2
(23)2 ≠ 23 → 26 ≠ 29 → 128 ≠ 512
an . bn = (a . b)n
Exemplos:
a) (3 . 2)3 = 33 . 23 = 27 . 8 = 216
b) (5x)2 = 52 . x2 = 25x2
c) ( – 2ab)4 = ( – 2)4 . a4 . b4 = 16 a4 . b4
d) (x2y3)4 = (x2)4 . (y3)4 = x8 . y12
e) 57 . 27 = (5 . 2)7 = 107
f) (4 . a3 . b5)2 = 42 . (a3)2 . (b5)2 = 16 . a6 . b10
198 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Potências – Prof. Dudan
n
an ⎛ a ⎞
=⎜ ⎟
b ⎝ b⎠
n
Exemplos:
4
⎛ ⎞ 4
a) 2 = 2 = 18
⎜⎝ 3 ⎟⎠ 34 81
7
7
⎛ ⎞
b) 5 = 5 = 17 = 1
5 ⎜⎝ 5 ⎟⎠
7
3 3 3
c)
3
⎛ 2x 4z2 ⎞ 2 x
4
z2( )( ) 8x12z6
⎜ 3y 3 ⎟ = 3
=
27y 9
⎝ ⎠ 33 y 3 ( )
6
66 ⎛ 6 ⎞
d) 6 = ⎜ ⎟ = 46
2 ⎝ 2⎠
2x
e) 9 = ⎛ 9 ⎞ = 32x
2x
32x ⎜⎝ 3 ⎟⎠
n
−1 1 − − −n 1 1
a = a = −
− − −ou
a−nn =
a a an
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Exemplos:
1
a) 5−1 =
5
2
−21 1
b) x = =
x x2
3
−3 1 1
c) 2 = =
2 8
1
d) y −1 =
y
Casos especiais:
−n n −1
a b a b
= =
b a b a
Exemplos:
−1
2 3
a) =
3 2
−2 2
5 3 9
b) = =
3 5 25
−4 4
1 2
c) = = 24 = 16
2 1
−2 2
3 x x2
d) − = − =
x 3 9
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Matemática – Potências – Prof. Dudan
Regras importantes
Base NEGATIVA elevada a expoente ÍMPAR resulta em NEGATIVO
Exemplo:
a) ( – 1)5 = ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) = – 1
3
b) ( – 2) = ( – 2) . ( – 2) . ( – 2) = – 8
1
c) ( – 5) = – 5
Exemplos:
a) ( – 1)481 = – 1
1500
b) ( – 1) = + 1
123 321 123 + 321
c) ( – 1) . ( – 1) = ( – 1) = ( – 1)444 = + 1
2n
d) ( – 1) = + 1 pois "2n" é um número par
6n - 1
e) ( – 1) =–1 pois "6n – 1" é um número ímpar
www.acasadoconcurseiro.com.br 201
Exemplos: Calcule as potências:
3 5
a) 8 . 16 = j) 0,25-3 =
−1
b) 7 ÷ 7 = 7
7 -4
k) =
c) 5 =
-3 4
3 5
d) (3 ) = l) π0 =
5
e) ( – 5)0 = m) 10 =
-3
f) – 50 = n) 10 =
2 −4 −
3 7 o) (0,001)3 =
g) − = −
4 p) (0,001)-3 =
-23 −4 −
3 7 q) 410 ÷ 2 =
h) − = −
4 r) 10003 =
2 −4 −
1 7
− i) − =
2
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Matemática
RADICAIS
Certas situações envolvendo radicais podem ser simplificadas utilizando algumas técnicas
matemáticas. Vamos através de propriedades, demonstrar como simplificar números na forma
de radicais, isto é, números ou letras que podem possuir raízes exatas ou não. Nesse último
caso, a simplificação é primordial para os cálculos futuros e questões de concurso.
Definição
Se perguntássemos que número multiplicado por ele mesmo tem resultado 2, não
encontraríamos nenhum número natural, inteiro ou racional como resposta.
Uma raiz nada mais é que uma operação inversa à potenciação, sendo assim, ela é utilizada
para representar, de maneira diferente, uma potência com expoente fracionário.
Radiciação de números relativos é a operação inversa da potenciação. Ou seja:
an = b ⇔ b = �a
n
(com n > 0)
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Exemplos:
3
b)b) 2= = 2 4
4 3
3 3=2 = 3 3
c)c)
5
d)d) 32= = 2 3
3 3
8 4
Atenção: par
negativo ≠ IR
Propriedades
I. Simplificação de radicais
Regra da chave-fechadura
Exemplos:
a) 27 = b) 32 =
c) 3 1 = d) 5 32 =
e) 36 = f) 4 5 21 =
g) 243 = h) 3 729 =
i) 108 = j) 3 −4 =
Atenção!
n
an = a
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Matemática – Radicais – Prof. Dudan
�a . n�b = n�a . b
n
Exemplos:
a) 2 . 5 = 2.5 = 10
3 3
b) 4 . 2 = 3 4.2 = 3 6 = 2
c) 2 7 . 2
3
d) 3 1 . 3
2
n
a a = = =
=n
n
b b = = =
= =
Exemplos: Atenção:
20 20 144 144 12
= = 4 =2
a)
5 5 = 1 ,=44 =
100
= = = 1 ,2
100 10
3 = = =
4 4 3
b) = 3 = 2 =
3
2 2
= = = = = == == =
V. Raiz= de raiz
= = =
= =
= = = =
a = m.n a
= m n
= = = = =
Exemplos:
= = = =
64 == 2.3 64= = 6 64 = 26 = 2
3 6
a)
3 = 5.4 3 = 20 3
5 4
b)
= =
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VI. Simplificação de índice e expoente
n.p
am.p = am
n
=
Exemplos: =
9= 3 =
9= 3 = 3
4 4 2
a)
9= 3 =
b)
8
7 = 6 2.4
7 2.3
= 7
4 3
7 = 7 = 7
=
⋅ = ⋅
VII. Muliplicação de raízes de índices disintos
7 = 7 = 7
9= 3 = ⋅ = ⋅
5⋅ 7 = 5 ⋅ 7
a ⋅ n b = an ⋅ bm
m m.n
7 = 7 = 7
⋅ ⋅
5⋅ 7 = 5 ⋅ 7
⋅ = ⋅ = ⋅
⋅ =
Exemplos: ⋅
5⋅ 7 = 5 ⋅ 7 ⋅ ⋅
a) 3
5 ⋅ 4 7 = 5 4 ⋅ 73
12 ⋅ = ⋅ = ⋅
⋅ ⋅
b)
5
22 ⋅ 53 = 22⋅4 ⋅ 53⋅5 = 28 ⋅ 515
4 20 20
⋅ = ⋅ = ⋅
Exercícios
1. Se x = 2 e y = 98 − 32 − 8 então:
a) y = 3x
b) y = 5x
c) y=x
d) y = −x
e) y = 7x
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Matemática – Radicais – Prof. Dudan
a) 4,444...
b) 4.
c) 4,777...
d) 3.
e) 4/3.
50%
5. O valor de (16%) é:
a) 0,04%
b) 0,4%
c) 4%
d) 40%
e) 400
2 2
6. O valor de 8 + 14 + 6 + 4 é:
3
a) 2 3
b) 3 2 2
c) 5
d) 2 5
e) 5 2
7. Se a = 23,5, então:
a) 6 < a < 8,5.
b) 8,5 < a < 10.
c) 10 < a < 11,5.
d) 11,5 < a < 13.
e) 13 < a < 14,5.
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Matemática
PRODUTOS NOTÁVEIS
O quadrado da soma de dois números é igual ao quadrado do primeiro somado duas vezes o
primeiro pelo segundo, somado o quadrado do segundo.
Exemplos:
(x + 4)2 = x2 + 2.x.4 + 42 = x2 + 8x + 16
(3x + 1)2 = (3x)2 + 2.3x.1 + 12 = 9x2 + 6x + 1
(2a + 3b)2 = (2a)2 + 2.2a.3b + (3b)2 = 4a2 + 12ab + 9b2
(3x2 + 2x)2 = (3x2)2 + 2.3x2.2x + (2x)2 = 9x4 + 12x3 + 4x2
CUIDADO: (x + y)2 ≠ x2 + y2
DICA:
Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar:
(a + b)2 = (a + b).(a + b)
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Aplicando a distributiva,
(a + b)2 = a2 + ab + ab + b2
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
Exemplos:
a) (a + 7)2 =
2
b) (a³ + 5b) =
EXEMPLOS:
(x – 3)2 = x2 – 2.x.3 + 32 = x2 – 6x + 9
(5x – 3)2 = (5x)2 – 2.5x.3 + 32 = 25x2 – 30x + 9
(2a – 4b)2 = (2a)2 - 2.2a.4b + (4b)² = 4a2 + 16ab + 16b2
(3x2 – 2x)2 = (3x2)2 – 2.3x2.2x + (2x)2 = 9x4 – 12x3 + 4x2
CUIDADO: (x – y)2 ≠ x2 – y2
DICA:
Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar:
(a – b)2 = (a – b).(a – b)
Aplicando a distributiva,
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Matemática – Produtos Notáveis – Prof. Dudan
(a – b)2 = a2 – ab – ab + b2
(a – b)2 = a2 – 2ab + b2
Exemplos:
a) (3x – 1)2 =
b) (5x2 – 3x)2 =
O produto da soma de dois termos pela sua diferença é igual ao quadrado do primeiro termo
subtraído o quadrado do segundo termo.
Exemplos:
(x + 1).(x – 1) = x2 – 12 = x2 – 1
(2a + 3).(2a – 3) = (2a)2 – 32 = 4a2 – 9
(3x + 2y).(3x – 2y) = (3x)2 – (2y)2 = 9x2 – 4y2
DICA:
Obs.: Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar de aplicar a distributiva:
(a + b).(a – b) = a2 – ab + ab – b2
(a + b).(a – b) = a2 – b2
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Exemplos:
(3a – 7).(3a + 7)=
(5a3 – 6).(5a3 + 6) =
Exercicios
5. A diferença entre o quadrado da soma e o quadrado da diferença de dois números reais é igual:
a) a diferença dos quadrados dos dois números.
b) a soma dos quadrados dos dois números.
c) a diferença dos dois números.
d) ao dobro do produto dos números.
e) ao quádruplo do produto dos números.
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Matemática
FATOR COMUM
Quando todos os termos de uma expressão tem um fator comum, podemos colocá-lo em
evidência. A forma fatorada é o produto do fator comum pelo que se obtém dividindo-se cada
termo da expressão original dada pelo fator comum.
Para usar este método temos que achar um fator que seja comum entre os termos, seja número
ou uma incógnita (letra), e colocá-lo em evidência.
Exemplos:
a) 2a + 2b = 2 (a +b)
1º Neste caso temos a incógnita como fator comum, mas temos também números que
aparentemente não têm nada em comum, então devemos achar algum número que seja
divisível pelos dois números ao mesmo tempo, ou seja, encontramos o 2. Colocamos assim
em evidência.
2º Agora dividimos cada termo pelo fator comum:
6ax : 2a = 3x
8ay : 2a = 4y
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Exemplo: Colocando o fator comum em evidência, fatore os seguintes polinômios:
a) 10a + 10b =
b) 4a – 3ax =
2
c) 35c + 7c =
3 2
x + 2x + 2x
– 2x5 + 5y – 5
ac + c – b
É importante lembrar que nem todos os trinômios são quadrados perfeitos. Por isso é preciso
verificar se um trinômio pode ser escrito na forma de um quadrado perfeito.
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Matemática – Fator Comum – Prof. Dudan
Exemplos Resolvidos
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Exercícios:
x+3
1. Para x ≠ 3, a simplificação da expressão é:
x2 − 9
a) x – 3
b) 3 – x
1
c)
x−3
1
d)
x+3
1
e)
3− x
2x2 − 8y2
2. Se y ≠ 0 e se x ≠ – 2y, a expressão é igual a:
3x2y + 6xy2
−2
a)
y + 2x
b) 2x − 4y
3xy
x − 4y
c)
y + 2x
1
d)
x + 2y
e) 2
3
a2 + 8a+ 9 a2 − 9
3. Para a ≠ – 3 e a ≠ 3, a expressão ÷ é equivalente a:
a+ 3 3 a− 3
a)
3
b) a + 2
c) a + 3
d) a – 3
e) a− 3
3
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Matemática
DIVISORES E MÚLTIPLOS
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E assim sucessivamente.
Portanto, os múltiplo de 2 são: 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 18, 20, ...
E os múltiplos de 3 são: 0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30, ...
Importante!
• O menor divisor natural de um número é
sempre o número 1.
• O maior divisor de um número é o próprio
número.
• O zero não é divisor de nenhum número.
• Os divisores de um número formam um
conjunto finito.
Regras de divisibilidade
Divisibilidade por 1
Todo número é divisível por 1.
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Matemática – Divisores e Múltiplos – Prof. Dudan
Divisibilidade por 2
Um número natural é divisível por 2 quando ele termina em 0, ou 2, ou 4, ou 6, ou 8, ou seja,
quando ele é par.
Exemplos: 5040 é divisível por 2, pois termina em 0.
237 não é divisível por 2, pois não é um número par.
Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos for
divisível por 3.
Exemplo: 234 é divisível por 3, pois a soma de seus algarismos é igual a 2+3+4=9, e como 9 é
divisível por 3, então 234 é divisível por 3.
Divisibilidade por 4
Um número é divisível por 4 quando termina em 00 ou quando o número formado pelos dois
últimos algarismos da direita for divisível por 4.
Exemplos: 1800 é divisível por 4, pois termina em 00.
4116 é divisível por 4, pois 16 é divisível por 4.
1324 é divisível por 4, pois 24 é divisível por 4.
3850 não é divisível por 4, pois não termina em 00 e 50 não é divisível por 4.
Divisibilidade por 5
Um número natural é divisível por 5 quando ele termina em 0 ou 5.
Exemplos: 55 é divisível por 5, pois termina em 5.
90 é divisível por 5, pois termina em 0.
87 não é divisível por 5, pois não termina em 0 nem em 5.
Divisibilidade por 6
Um número natural é divisível por 6 quando é divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo.
Exemplos: 54 é divisível por 6, pois é par, logo divisível por 2 e a soma de seus algarismos é
múltiplo de 3 , logo ele é divisível por 3 também.
90 é divisível por 6, pelo mesmos motivos..
87 não é divisível por 6, pois não é divisível por 2.
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Divisibilidade por 7
Um número é divisível por 7 quando estabelecida a diferença entre o dobro do seu último
algarismo e os demais algarismos, encontramos um número divisível por 7.
Exemplos:
161 : 7 = 23, pois 16 – 2.1 = 16 – 2 = 14
203 : 7 = 29, pois 20 – 2.3 = 20 – 6 = 14
294 : 7 = 42, pois 29 – 2.4 = 29 – 8 = 21
840 : 7 = 120, pois 84 – 2.0 = 84
Divisibilidade por 8
Um número é divisível por 8 quando termina em 000 ou os últimos três números são divisíveis
por 8.
Exemplos:
1000 : 8 = 125, pois termina em 000
45128 é divisível por 8 pois 128 dividido por 8 fornece 16
45321 não é divisível por 8 pois 321 não é divisível por 8.
Divisibilidade por 9
Será divisível por 9 todo número em que a soma de seus algarismos constitui um número
múltiplo de 9.
Exemplos:
81 : 9 = 9, pois 8 + 1 = 9
1107 : 9 = 123, pois 1 + 1 + 0 + 7 = 9
4788 : 9 = 532, pois 4 + 7 + 8 + 8 = 27
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Matemática – Divisores e Múltiplos – Prof. Dudan
Divisibilidade por 10
Um número é divisível por 10 se termina com o algarismo 0 (zero).
Exemplos: 5420 é divisível por 10 pois termina em 0 (zero)
6342 não é divisível por 10 pois não termina em 0 (zero).
Divisibilidade por 11
Um número é divisível por 11 nas situações em que a diferença entre o último algarismo e o
número formado pelos demais algarismos, de forma sucessiva até que reste um número com 2
algarismos, resultar em um múltiplo de 11. Como regra mais imediata, todas as dezenas duplas
(11, 22, 33, 5555, etc.) são múltiplas de 11.
1342 : 11 = 122, pois 134 – 2 = 132 → 13 – 2 = 11
2783 : 11 = 253, pois 278 – 3 = 275 → 27 – 5 = 22
7150: 11 = 650, pois 715 – 0 = 715 → 71 – 5 = 66
Divisibilidade por 12
Se um número é divisível por 3 e 4, também será divisível por 12.
Exemplos:
192 : 12 = 16, pois 192 : 3 = 64 e 192 : 4 = 48
672 : 12 = 56, pois 672 : 3 = 224 e 672 : 4 = 168
Divisibilidade por 15
Todo número divisível por 3 e 5 também é divisível por 15.
Exemplos:
1470 é divisível por 15, pois 1470:3 = 490 e 1470:5 = 294.
1800 é divisível por 15, pois 1800:3 = 600 e 1800:5 = 360.
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Matemática
FATORAÇÃO
Note que o maior dos divisores comuns entre os números 12 e 42 é o número 6. Observando
a nossa fatoração simultânea, este valor 6 é obtido realizando a multiplicação dos divisores
comuns.
Por outro lado, o M.M.C será obtido de uma maneira diferente. Por se tratar dos múltiplos,
deveremos multiplicar todos os divisores da fatoração. Sendo assim, o M.M.C (12,14) = 2 x 2 x
3 x 7 = 84.
Portanto , esse processo de fatoração é muito utilizado no cálculo do M.M.C e do M.D.C também,
mas cada um com seu respectivo procedimento, portanto, cuidado para não se confundir.
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Exemplos: Vamos fatorar, para o cálculo do M.M.C os valores abaixo:
15, 24, 60 2
15, 12, 30 2
15, 6, 15 2
15, 3, 15 3
5, 1, 5 5
1, 1, 1
Logo o produto desses fatores primos: 2 . 2 . 2 . 3 . 5 = 120 é o menor múltiplo comum entre os
valores apresentados.
Agora se quiséssemos calcular o M.D.C , teríamos que fatorá-los sempre juntos, até não haver
mais divisor comum além do número 1.
Assim:
15, 24, 60 3
5, 8, 20
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Matemática – Fatoração – Prof. Dudan
Com isso o produto desses fatores primos, 2 . 5 = 10, obtidos pela fatoração conjunta,
representa o M.D.C .
De fato, se observarmos a lista de divisores de 20 e 30 verificaremos que dentre os comuns,
o maior deles é, de fato, o 10.
D(20) = 1, 2, 4, 5, 10, 20.
D(30) = 1, 2 ,3 ,5 ,6, 10, 15, 30.
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Matemática
O mínimo múltiplo comum entre dois números é representado pelo menor valor comum
pertencente aos múltiplos dos números. Observe o MMC entre os números 20 e 30:
M(20) = 0, 20, 40, 60, 80, 100, 120, .... e M(30) = 0, 30, 60, 90, 120, 150, 180, ...
Logo o MMC entre 20 e 30 é equivalente a 60.
Outra forma de determinar o MMC entre 20 e 30 é através da fatoração, em que devemos
escolher os fatores comuns de maior expoente e os termos não comuns.
Observe:
20 = 2 * 2 * 5 = 2² * 5 e 30 = 2 * 3 * 5 = 2 * 3 * 5 logo
MMC (20; 30) = 2² * 3 * 5 = 60
A terceira opção consiste em realizar a decomposição simultânea dos números, multiplicando
os fatores obtidos. Observe:
20, 30 2
10, 15 2
5, 15 3
5, 5 5
1
MMC(20, 30) = 2 * 2 * 3 * 5 = 60
Dica:
Apenas números naturais
têm MMC.
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Um método rápido e fácil para se determinar o MMC de um conjunto de números naturais é a
FATORAÇÃO.
Nela iremos decompor simultaneamente os valores, de forma que ao menos um deles possa
ser dividido pelo fator primo apresentado, até que não sobrem valores maiores que 1.
O produto dos fatores primos utilizados nesse processo é o Mínimo Múltiplo Comum.
Para que possamos fazer uma comparação, vamos tomar os números 6, 8 e 12 como exemplo.
Da fatoração destes três números temos:
6, 8, 12 2
3, 4, 6 2
3, 2, 3 2
3, 1, 3 3
1, 1, 1
O MMC(6, 8, 12) será calculado pelo produto desses fatores primos usados na decomposição
dos valores dados.
Logo: M.M.C (6 , 8 , 12) = 2.2.2.3 = 24
Qual é o MMC(15, 25, 40)?
Fatorando os três números temos:
15, 25, 40 2
15, 25, 20 2
15, 25, 10 2
15, 25, 5 3
5, 25, 5 5
1, 5, 1 5
1, 1, 1
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Matemática – Mínimo Múltiplo Comum – Prof. Dudan
Propriedade do M.M.C.
Todo múltiplo comum de dois ou mais números inteiros é múltiplo do m.m.c. destes números.
Exemplo: os múltiplos comuns positivos de 2 , 5 e 6 são exatamente os múltiplos positivos de
30 (m.m.c. (2 ,5 , 6) = 30), ou seja, são 30 , 60, 90,...
Exemplo
1. Numa linha de produção, certo tipo de manutenção é feita na máquina A a cada 3 dias, na
máquina B, a cada 4 dias, e na máquina C, a cada 6 dias. Se no dia 2 de dezembro foi feita a
manutenção nas três máquinas, após quantos dias as máquinas receberão manutenção no
mesmo dia?
Temos que determinar o MMC entre os números 3, 4 e 6.
3, 4, 6 2
3, 2, 3 2
3, 1, 3 3
1, 1, 1
Assim o MMC (3, 4, 6) = 2 * 2 * 3 = 12
Concluímos que após 12 dias, a manutenção será feita nas três máquinas. Portanto, dia 14
de dezembro.
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2. Um médico, ao prescrever uma receita, determina que três medicamentos sejam ingeridos
pelo paciente de acordo com a seguinte escala de horários: remédio A, de 2 em 2 horas,
remédio B, de 3 em 3 horas e remédio C, de 6 em 6 horas. Caso o paciente utilize os três
remédios às 8 horas da manhã, qual será o próximo horário de ingestão dos mesmos?
Calcular o MMC dos números 2, 3 e 6.
2, 3, 6 2
1, 3, 3 3
1, 1, 1
MMC (2, 3, 6) = 2 * 3 = 6
O mínimo múltiplo comum dos números 2, 3, 6 é igual a 6.
De 6 em 6 horas os três remédios serão ingeridos juntos. Portanto, o próximo horário será
às 14 horas.
3. Em uma árvore de natal, três luzes piscam com frequência diferentes. A primeira pisca a
cada 4 segundos, a segunda a cada 6 segundos e a terceira a cada 10 segundos. Se num
dado instante as luzes piscam ao mesmo tempo, após quantos segundos voltarão, a piscar
juntas?
4. No alto da torre de uma emissora de televisão, duas luzes “piscam” com frequências
diferentes. A primeira “pisca” 15 vezes por minuto e a segunda “pisca” 10 vezes por
minuto. Se num certo instante, as luzes piscam simultaneamente, após quantos segundos
elas voltarão a “piscar simultaneamente”?
a) 12
b) 10
c) 20
d) 15
e) 30
5. Três ciclistas percorrem um circuito saindo todos ao mesmo tempo, do mesmo ponto, e com
o mesmo sentido. O primeiro faz o percurso em 40 s, o segundo em 36 s e o terceiro em 30
s. Com base nessas informações, depois de quanto tempo os três ciclistas se reencontrarão
novamente no ponto de partida, pela primeira vez, e quantas voltas terá dado o primeiro, o
segundo e o terceiro ciclista, respectivamente?
a) 5 minutos, 10 voltas, 11 voltas e 13 voltas.
b) 6 minutos, 9 voltas, 10 voltas e 12 voltas.
c) 7 minutos, 10 voltas, 11 voltas e 12 voltas.
d) 8 minutos, 8 voltas, 9 voltas e 10 voltas.
e) 9 minutos, 9 voltas, 11 voltas e 12 voltas.
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Matemática
O máximo divisor comum entre dois números é representado pelo maior valor comum
pertencente aos divisores dos números. Observe o MDC entre os números 20 e 30:
D(20) = 1, 2, 4, 5, 10, 20. e D(30) = 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30.
O maior divisor comum dos números 20 e 30 é 10.
Podemos também determinar o MDC entre dois números através da fatoração, em que
escolheremos os fatores comuns de menor expoente. Observe o MDC de 20 e 30 utilizando
esse método.
20 = 2 * 2 * 5 = 2² * 5 e 30 = 2 * 3 * 5 = 2 * 3 * 5
Logo MDC (20; 30) = 2 * 5 = 10
A terceira opção consiste em realizar a decomposição simultânea e conjunta dos números,
multiplicando os fatores obtidos. Observe:
20, 30 2
10, 15 2
2, 3
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Para que possamos fazer uma comparação, vamos tomar novamente os números 6, 8 e 12
como exemplo.
Da fatoração conjunta destes três números temos:
6, 8, 12 2
3, 4, 6
O MDC(6, 8, 12) será calculado pelo produto desses fatores primos usados na decomposição
dos valores dados.
Logo: M.D.C (6 , 8 , 12) = 2
Exemplo:
Qual é o MDC (15, 75, 105)?
Fatorando os três números temos:
15, 75, 105 3
5, 25, 35 5
1, 5, 7
Propriedade Fundamental
Existe uma relação entre o m.m.c e o m.d.c de dois números naturais a e b.
m.m.c.(a,b) . m.d.c. (a,b) = a . b
Ou seja, o produto entre o m.m.c e m.d.c de dois números é igual ao produto entre os dois
números.
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Matemática – Máximo Divisor Comum – Prof. Dudan
Exemplo
Se x é um número natural em que m.m.c. (14, x) = 154 e m.d.c. (14, x) = 2, podemos dizer que
x vale.
a) 22
b) – 22
c) +22 ou – 22
d) 27
e) – 27
Exemplo:
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3. Para a confecção de sacolas serão usados dois rolos de fio de nylon. Esses rolos, medindo
450cm e 756cm serão divididos em pedaços iguais e do maior tamanho possível. Sabendo
que não deve haver sobras, quantos pedaços serão obtidos?
a) 25
b) 42
c) 67
d) 35
e) 18
4. Nas últimas eleições, três partidos políticos tiveram direito, por dia, a 90 s, 108 s e 144 s
de tempo gratuito de propaganda na televisão, com diferentes números de aparições. O
tempo de cada aparição, para todos os partidos, foi sempre o mesmo e o maior possível. A
soma do número das aparições diárias dos partidos na TV foi de:
a) 16
b) 17
c) 18
d) 19
e) 20
5. Um escritório comprou os seguintes itens: 140 marcadores de texto, 120 corretivos e 148
blocos de rascunho e dividiu esse material em pacotinhos, cada um deles contendo um
só tipo de material, porém todos com o mesmo número de itens e na maior quantidade
possível. Sabendo-se que todos os itens foram utilizados, então o número total de
pacotinhos feitos foi:
a) 74
b) 88
c) 96
d) 102
e) 112
Dica:
Quando se tratar de MMC
a solução será um valor no
mínimo igual ao maior dos
valores que você dispõe. Já
quando se tratar de MDC
a solução será um valor no
máximo igual ao menor dos
valores que você dispõe.
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Matemática
EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
Definição
Expressões algébricas são expressões matemáticas que apresentam letras e podem conter
números, são também denominadas expressões literais. As letras constituem a parte variável
das expressões, pois elas podem assumir qualquer valor numérico.
No cotidiano, muitas vezes usamos expressões sem perceber que as mesmas representam
expressões algébricas ou numéricas.
Numa papelaria, quando calculamos o preço de um caderno somado ao preço de duas canetas,
usamos expressões como 1x + 2y, onde x representa o preço do caderno e y o preço de cada
caneta.
Num colégio, ao comprar um lanche, somamos o preço de um refrigerante com o preço de um
salgado, usando expressoes do tipo 1x+1y onde x representa o preço do salgado e y o preço do
refrigerante.
As expressões algébricas podem ser utilizadas para representar situações problemas, como as
propostas a seguir:
• O dobro de um número adicionado a 20: 2x + 20.
• A diferença entre x e y: x – y
• O triplo de um número qualquer subtraído do quádruplo do número: 3x – 4x
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Se a expressão algébrica apresentar parênteses, colchetes ou chaves, devemos resolver
primeiro o conteúdo que estiver dentro dos parênteses, em seguida, o que estiver contido nos
colchetes e, por último, a expressão que estiver entre chaves. Em suma:
1º Parênteses
2º Colchetes
3º Chaves
Assim como em qualquer outro cálculo matemático, esta hierarquia é muito importante, pois,
caso não seja seguida rigorosamente, será obtido um resultado incorreto. Veja alguns exemplos:
a) 8x – (3x – √4)
8x – (3x – 2)
8x – 3x + 2
5x + 2
Exemplo Resolvido:
Uma mulher é 5 anos mais nova do que seu marido. Se a soma da idade do casal é igual a 69
anos, qual é a idade de cada um?
x + ( x – 5) = 69
x + x – 5 = 69
2x – 5 = 69
2x = 69 + 5
2x = 74
x = 37
69 – 37 = 32
37 – 5 = 32
Logo, a idade do marido é 37 anos e da mulher 32 anos.
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Matemática – Expressões Algébricas – Prof. Dudan
Exercícios:
1. O resultado da expressão:
1 – 2 + 3 – 4 + 5 – 6 + 7 – 8 + . . . – 168 + 169 – 170
é igual a:
a) 170
b) – 170
c) 85
d) – 85
e) – 87
2. De um total de 40 questões planejadas para uma prova, eliminaram-se 2x delas e, do resto,
ainda tirou-se a metade do que havia sobrado. Qual a tradução algébrica do número de
questões que restaram?
a) (40 – 2x) – 20 + x
b) (40 – 2x) – 20
c) (40 – 2x) – X/2
d) (40 – 2x) – x
e) (40 – 2x) – 20 – x
3. Um ano de 365 dias é composto por n semanas completas mais 1 dia. Dentre as expressões
numéricas abaixo, a única cujo resultado é igual a n é:
a) 365 ÷ (7 + 1)
b) (365 + 1) ÷7
c) 365 + 1 ÷ 7
d) (365 – 1) ÷7
e) 365 – 1 ÷ 7
4. Adriano, Bernardo e Ciro são irmãos e suas idades são números consecutivos, cuja soma é
igual a 78. Considerando que Ciro é o irmão do meio, então a soma das idades de Adriano e
Bernardo há 8 anos era igual a:
a) 33
b) 36
c) 34
d) 37
e) 35
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Enigma Facebookiano
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Matemática
Definição
A aritmética (da palavra grega arithmós,”número”) é o ramo da matemática que lida com
números e com as operações possíveis entre eles. É o ramo mais antigo e mais elementar da
matemática, usado por quase todos, seja em tarefas do cotidiano, em cálculos científicos ou de
negócios e sempre cobrada em concursos públicos.
Já a álgebra é o ramo que estuda a manipulação formal de equações, operações matemáticas,
polinômios e estruturas algébricas. A álgebra é um dos principais ramos da matemática pura,
juntamente com a geometria, topologia, análise combinatória, e Teoria dos números.
O termo álgebra, na verdade, compreende um espectro de diferentes ramos da matemática,
cada um com suas especificidades.
A grande dificuldade encontrada pelos alunos nas questões envolvendo problemas é na
sua interpretação. O aluno tem que ler o texto e “decodificar” suas informações para o
matematiquês.
Em algumas questões iremos abordar alguns pontos importantes nessa interpretação.
Exemplos
Há 19 anos uma pessoa tinha um quarto da idade que terá daqui a 14 anos. A idade da pessoa,
em anos, está entre:
a) 22 e 26.
b) 27 e 31.
c) 32 e 36.
d) 37 e 41.
e) 42 e 46
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Um casal e seu filho foram a uma pizzaria jantar. O pai comeu 3/4 de uma pizza. A mãe comeu
2/5 da quantidade que o pai havia comido. Os três juntos comeram exatamente duas pizzas,
que eram do mesmo tamanho. A fração de uma pizza que o filho comeu foi:
a) 3/5
b) 6/20
c) 7/10
d) 19/20
e) 21/15
Dois amigos foram a uma pizzaria. O mais velho comeu 3/8 da pizza que compraram. Ainda da
mesma pizza o mais novo comeu 7/5 da quantidade que seu amigo havia comido. Sendo assim,
e sabendo que mais nada dessa pizza foi comido, a fração da pizza que restou foi:
a) 3/5
b) 7/8
c) 1/10
d) 3/10
e) 36/40
O dono de uma papelaria comprou 98 cadernos e ao formar pilhas, todas com o mesmo número
de cadernos, notou que o número de cadernos de uma pilha era igual ao dobro do número de
pilhas. O número de cadernos de uma pilha era:
a) 12
b) 14
c) 16
d) 18
e) 20
Durante o seu expediente Carlos digitalizou 1/3 dos processos que lhe cabiam pela parte
da manhã; no início da tarde ele digitalizou metade do restante e no fim da tarde ¼ do que
havia sobrado após os 2 períodos iniciais.Se no fim do expediente ele decidiu contar todos
os processos que não haviam sido digitalizados e encontrou 30 processos, o número total de
processos que ele devia ter digitalizado nesse dia era de:
a) 80
b) 90
c) 100
d) 110
e) 120
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Matemática
SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS
Uma sequência é uma lista ordenada de objetos, números ou eventos. Frequentemente nos
deparamos com situações em que enumeramos elementos de um conjunto seguindo uma
determinada ordenação:
• Da sucessão dos presidentes de um país;
• Da sequência dos episódios de uma minissérie de televisão;
Repare que há dois aspectos importantes na sequência: o tipo e a ordem dos elementos.
Todos os elementos de uma sucessão são do mesmo tipo (por exemplo: apenas presidentes)
e obedecem uma ordenação (por exemplo: primeiramente ocorre o primeiro episódio da
minissérie, depois o segundo episódio, depois o terceiro episódio...).
Em matemática, uma sequência (ou uma sucessão) é uma lista (conjunto) de números (ou
variáveis que os representem). Formalmente, a sequência é uma lista cuja ordem é definida por
uma "lei", uma função específica.
Casos específicos de sequencias numéricas são as progressões.
Exemplo 1: Observe o diagrama e seu padrão de organização.
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Exemplo 2: Considere que os termos da sucessão (0, 1, 3, 4, 12, 13, ...) obedecem a uma lei
de formação. Somando o oitavo e o décimo termo dessa sucessão obtém-se um número
compreendido entre:
a) 150 e 170
b) 130 e 150
c) 110 e 130
d) 90 e 110
e) 70 e 90
Exemplo 3: Considere que os números inteiros que aparecem na tabela abaixo foram dispostos
segundo determinado padrão.
Se esse padrão fosse mantido indefinidamente, qual dos números seguintes com certeza NÃO
estaria nessa tabela:
a) 585
b) 623
c) 745
d) 816
e) 930
Exemplo 4: Na sequência seguinte o número que aparece entre parênteses é obtido segundo
uma lei de formação. 63(21)9; 186(18)31; 85(?)17
O número que está faltando é:
a) 15
b) 17
c) 19
d) 23
e) 25
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Matemática – Sequências Numéricas – Prof. Dudan
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Matemática
PROGRESSÃO ARITMÉTICA
Definição
Uma progressão aritmética (abreviadamente, P. A.) é uma sequência numérica em que cada
termo, a partir do segundo, é igual à soma do termo anterior com uma constante r. O número r
é chamado de razão da progressão aritmética.
Alguns exemplos de progressões aritméticas:
• 1, 4, 7, 10, 13, ..., é uma progressão aritmética em que a razão (a diferença entre os números
consecutivos) é igual a 3.
• – 2, – 4, – 6, – 8, – 10, ..., é uma P.A. em que r = – 2.
• 6, 6, 6, 6, 6, ..., é uma P.A. com r = 0.
Exemplo: (5, 9, 13, 17, 21, 25, 29, 33, 37, 41, 45, 49, ...)
r = a2 – a1 = 9 – 5 = 4 ou r = a3 – a2 = 13 – 9 = 4 ou r = a4 – a3 = 17 – 13 = 4
e assim por diante.
Dica:
Observe que a razão é constante e pode ser calculada subtraindo um termo qualquer
pelo seu antecessor.
CLASSIFICAÇÃO
Uma P.A. pode ser classificada em crescente, decrescente ou constante dependendo de como
é a sua razão (R).
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Exemplos:
I – (5, 8, 11, 14, 17, 20, 23, 26, ...) → CRESCENTE pois r = + 3
Numa P.A. de n termos, chamamos de termo geral ou enésimo termo, o último termo ou o
termo genérico dessa sequência.
an = a1 + (n-1)r ou an = ap + (n-p)r
Atenção!
a20 = a1 + 19r ou a20 = a7 + 13r ou a20 = a14 + 6r
Exemplo Resolvido:
Sabendo que o 1º termo de uma PA é igual a 2 e que a razão equivale a 5, determine o valor do
18º termo dessa sequência numérica.
a18 = 2 + (18 – 1) . 5
a18 = 2 + 17 . 5
a18 = 2 + 85 logo a18 = 87
O 18º termo da PA em questão é igual a 87.
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Matemática – Progressão Aritmética – Prof. Dudan
Faça Você:
2. Calcule a razão da P.A. onde o terceiro termo vale 14 e o décimo primeiro termo
vale 40.
Numa progressão aritmética, a partir do segundo termo, o termo central é a média aritmética
do termo antecessor e do sucessor, isto é,
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Exemplo:
Na P.A (2, 4, 6, 8, 10,...) veremos que ou , etc.
Dica:
Sempre a cada três termos consecutivos de uma P.A, o termo central é a média
dos seus dois vizinhos, ou seja, a soma dos extremos é o dobro do termo central.
Além disso a soma dos termos equidistantes dos extremos é constante.
Faça Você:
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Matemática – Progressão Aritmética – Prof. Dudan
Dica:
Essa fórmula pode ser lembrada como a soma do primeiro e do último termos,
multiplicada pelo número de casais ( ).
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Exemplo Resolvido:
Na sequência numérica ( – 1, 3, 7, 11, 15,...), determine a soma dos 20 primeiros termos.
1) Cálculo da razão da PA
r = 3 – (–1) = 3 + 1 = 4 ou r = 7 – 3 = 4 ou r = 11 – 7 = 4
s20 = 740
A soma dos 20 primeiros termos da PA ( – 1, 3, 7, 11, 15, ...) equivale a 740.
Observe que a soma do 1º termo com o último(20°) é 74 que multiplicada pelo número de
casais formados com 20 pessoas (10 casais) totalizará 740.
Faça Você
11. Calcule a soma dos vinte primeiros termos da sequencia (15, 21, 27, 33, ...).
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Matemática – Progressão Aritmética – Prof. Dudan
12. A soma dos 12 primeiros termos de uma P.A. é 180. Se o primeiro termo vale 8,
calcule o último termo dessa progressão.
13. O termo geral de uma sucessão é an = 3n + 1 . A soma dos trinta primeiros termos
dessa sucessão é igual a:
a) 91
b) 95
c) 110
d) 1425
e) 1560
14. Uma exposição de arte mostrava a seguinte sequência lógica formada por bolinhas
de gude:
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15. Devido à epidemia de gripe do último inverno, foram suspensos alguns concertos
em lugares fechados. Uma alternativa foi realizar espetáculos em lugares abertos,
como parques ou praças. Para uma apresentação, precisou-se compor uma plateia
com oito filas, de tal forma que na primeira fila houvesse 10 cadeiras; na segunda,
14 cadeiras; na terceira, 18 cadeiras; e assim por diante. O total de cadeiras foi:
a) 384
b) 192
c) 168
d) 92
e) 80
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Matemática
PROGRESSÃO GEOMÉTRICA
Uma progressão geométrica (abreviadamente, P. G.) é uma sequência numérica em que cada
termo, a partir do segundo, é igual ao produto do termo anterior por uma constante q. O
número q é chamado de razão da progressão geométrica.
Alguns exemplos de progressões geométricas:
• 1, 2, 4, 8, 16, ..., é uma progressão geométrica em que a razão é igual a 2.
• – 1, – 3, – 9, – 27, – 81, ..., é uma P.G. em que q = 3.
• 6, 6, 6, 6, 6, ..., é uma P.G. com q = 1.
• (3, 9, 27, 81, 243, ...) → é uma P.G. Crescente de razão q = 3
1
• (90, 30, 10, 10/3, ...) → é uma P.G. Decrescente de razão q =
3
Exemplo: (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, ...)
a2 2 a 4 a
q= = = 2 ou q = 3 = = 2 ou q = 4 = = 2 e assim por diante.
a1 1 a2 2 a3 4
Dica:
Observe que a razão é constante e pode ser calculada dividindo um termo qualquer
pelo seu antecessor.
CLASSIFICAÇÃO
Uma P.G. pode ser classificada em crescente, decrescente, constante ou oscilante dependendo
de como é a sua razão (q).
Exemplos:
I – (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, ...) → CRESCENTE pois a2 > a1 , a3 > a2 e assim por diante;
II – ( – 1, – 3, – 9, – 27, – 81, ...) → DECRESCENTE pois a2 < a1 , a3 < a2 e assim por diante;
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III – (7, 7, 7, 7, 7, ...) → CONSTANTE pois q =1 e a2=a1 e assim por diante;
IV – (3, – 6, 12, – 24, 48, – 96, ...) → OSCILANTE pois há alternância dos sinais.
Numa P.G. de n termos, chamamos de termo geral ou enésimo termo o último termo ou o
termo genérico dessa sequência.
an = a1.qn-1 ou an = ap.qn-p
Atenção!
Exemplo Resolvido
Em uma progressão geométrica, temos que o 1º termo equivale a 4 e a razão igual a 3.
Determine o 8º termo dessa PG.
a8 = 4 .37
a8 = 4 . 2187
a8 = 8748 logo o 8º termo da PG descrita é o número 8748.
Faça Você:
2. Calcule a razão da P.G. na qual o primeiro termo vale 2 é o quarto termo vale 54.
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Matemática – Progressão Geométrica – Prof. Dudan
Numa progressão geométrica, a partir do segundo termo, o termo central é a média geométrica
do termo antecessor e do sucessor, isto é an = an−1 .an+1
Exemplo Resolvido:
Na P.G (2,4,8,16,...) veremos que 4 = 2.8 ou 8 = 4.18 , etc.
Faça Você
4. Na P.G. cujos três primeiros termos são x – 10, x e 3x, o valor positivo de x é:
a) 15.
b) 10.
c) 5.
d) 20.
e) 45.
e) 0
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SOMA DOS FINITOS TERMOS
Exemplo:
Considerando a PG (3, 9, 27, 81, ...), determine a soma dos seus 7 primeiros elementos.
Faça Você:
7. Calcule a soma dos oito primeiros termos da progressão (3, 6, 12, 24, ...)
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Matemática – Progressão Geométrica – Prof. Dudan
Para calcular a soma de uma quantidade infinita de termos de uma P.G usaremos:
Dica:
Essa fórmula é usada quando o texto confirma o desejo pela soma de uma quantidade
infinita de termos e também quando temos 0 < q < 1.
Faça Você:
⎛ 3 3 ⎞.
9. Calcule a soma dos infinitos termos da progressão
⎜⎝ 6,3, 2 , 4 ,...⎟⎠
2x 4x 8x
10. Determine x, sendo x + + + +... = 12 .
3 9 27
a) 2
b) 3
c) 4
d) 5
e) 6
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(x) (x)
11. O valor de x na igualdade x + + +... = 12 , é igual a:
3 9
a) 8
b) 9
c) 10
d) 11
e) n.d.a.
1 1 1
12. A soma da série infinita 1+ + + ... é:
5 25 125+
a) 6
5
b) 7
5
c) 5
4
d) 2
e) 7
4
⎛1 1 1 ⎞
13. A soma dos seis primeiros termos da PG ⎜ , , ,...⎟ é:
⎝ 3 6 12 ⎠
a) 12
33
15
b)
32
c) 21
33
d) 21
32
2
e)
3
14. Na 2ª feira, foram colocados 3 grãos de feijão num vidro vazio. Na 3ª feira, o vidro
recebeu 9 grãos, na 4ª feira, 27 e assim por diante. No dia em que recebeu 2187
grãos, o vidro ficou completamente cheio, isso ocorreu:
a) num sábado
b) num domingo
c) numa 2ª feira
d) no 10º dia
e) no 30º dia
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Matemática – Progressão Geométrica – Prof. Dudan
15. Considere que em julho de 1986 foi constatado que era despejada uma certa
quantidade de litros de poluentes em um rio e que, a partir de então, essa
quantidade dobrou a cada ano. Se hoje a quantidade de poluentes despejados
nesse rio é de 1 milhão de litros, há quantos anos ela era de 500 mil litros?
a) Nada se pode concluir, já que não é dada a quantidade despejada em 1986.
b) Seis.
c) Quatro.
d) Dois.
e) Um.
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Matemática
FATORIAL
Exemplo:
7! = 7.6.5.4.3.2.1 12! = 12.11.10.9.8.7.6.5.4.3.2.1
Faça você
1. Determine:
a) 5! = b) 6! = c) 4! + 2! =
d) 6! − 5! = e) 3!2! = f) 5! − 3!=
Atenção!
a) (x + 4)! = ( ). ( ). ( ). ( )!
Cuidado!
b) (x - 4)! = ( ). ( ). ( ). ( )!
c) 10! = ( ). ( ). ( )! 1! = 1 e 0! = 1
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2. Simplifique:
a) b)
c) d)
e) f)
g) h)
i) j)
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Matemática
PRINCÍPIO DA CONTAGEM
12
RESULTADOS
POSSÍVEIS
PARA ELEIÇÃO
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O esquema que foi montado recebe o nome de árvore das possibilidades, mas também
podemos fazer uso de tabela de dupla entrada:
VICE-PRESIDENTE
�
↓ PRESIDENTE L D C
A AL AD AC
M ML MD MC
B BL BD BC
R RL RD RC
PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO
Você sabe como determinar o número de possibilidades de ocorrência de um evento, sem
necessidade de descrever todas as possibilidades?
Vamos considerar a seguinte situação:
Edgar tem 2 calças (preta e azul) e 4 camisetas (marrom, verde, rosa e branca).
Quantas são as maneiras diferentes que ele poderá se vestir usando uma calça e uma camiseta?
Construindo a árvore de possibilidades:
Edgar tem duas possibilidades de escolher uma calça. Para cada uma delas, são quatro as
possibilidades de escolher uma camiseta. Logo, o número de maneiras diferentes de Edgar se
vestir é 2.4 = 8.
Como o número de resultados foi obtido por meio de uma multiplicação, dizemos que foi
aplicado o PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO.
LOGO: Se um acontecimento ocorrer por várias etapas sucessivas e independentes, de tal modo
que:
• p1 é o número de possibilidades da 1ª etapa;
• p2 é o número de possibilidades da 2ª etapa;
.
.
.
• pk é o número de possibilidades da k-ésima etapa;
Então o produto p1 . p2 ... pk é o número total de possibilidades de o acontecimento ocorrer.
• De maneira mais simples poderíamos dizer que: Se um evento é determinado por duas
escolhas ordenadas e há “n” opções para primeira escolha e “m” opções para segunda, o
número total de maneiras de o evento ocorrer é igual a n.m.
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Matemática – Princípio da Contagem – Prof. Dudan
Problema:
Os números dos telefones da cidade de Porto Alegre têm oito dígitos. Determine a quantidade
máxima de números telefônicos, sabendo que os números não devem começar com zero.
Resolução:
9 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 = 90.000.000
Problema:
Utilizando os números 1,2,3,4 e 5, qual é o total de números de cinco algarismos distintos que
consigo formar?
Resolução: 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120
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1. Quantos e quais números de três algarismos distintos podemos formar com os
algarismos 1, 8 e 9?
3. Uma pessoa está dentro de uma sala onde há sete portas (nenhuma trancada). Calcule
de quantas maneiras distintas essa pessoa pode sair da sala e retornar sem utilizar a
mesma porta.
7
a) 7.
b) 49.
c) 42.
d) 14.
e) 8.
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Matemática – Princípio da Contagem – Prof. Dudan
7. A figura abaixo pode ser colorida de diferentes maneiras, usando-se pelo menos duas
de quatro cores disponíveis.
Sabendo-se que duas faixas consecutivas não podem ter cores iguais, o número de
modos de colorir a figura é:
a) 12.
b) 24.
c) 48.
d) 72.
e) 108.
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9. Lucia está se preparando para uma festa e separou 5 blusas de cores diferentes
(amarelo, preto, rosa , vermelho e azul), 2 saias (preta, branca) e dois pares de
sapatos (preto e rosa). Se nem o sapato nem a blusa podem repetir a cor da
saia, de quantas maneiras Lucia poderá se arrumar para ir a festa?
a) 26.
b) 320.
c) 14.
d) 30.
e) 15.
10. Sidnei marcou o telefone de uma garota em um pedaço de papel a fim de marcar um
posterior encontro. No dia seguinte, sem perceber o pedaço de papel no bolso da
camisa que Sidnei usara, sua mãe colocou-a na máquina de lavar roupas, destruindo
assim parte do pedaço de papel e, consequentemente, parte do número marcado.
Então, para sua sorte, Sidnei se lembrou de alguns detalhes de tal número:
• o prefixo era 2.204, já que moravam no mesmo bairro;
• os quatro últimos dígitos eram dois a dois distintos entre si e formavam um número
par que começava por 67.
Nessas condições, a maior quantidade possível de números de telefone que satisfazem
as condições que Sidnei lembrava é:
a) 24.
b) 28.
c) 32.
d) 35.
e) 36.
Gabarito: 1. 6 2. A 3. C 4. D 5. D 6. B 7. E 8. B 9. C 10. B
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Matemática
PERMUTAÇÃO
Idenificação
Sobra Alguém?
SIM NÃO
SIM NÃO
ARRANJO COMBINAÇÃO
Permutação Simples
É caracterizada por envolver todos os elementos, nunca deixando nenhum de fora. Muito
comum em questões que envolvem anagramas de palavras.
Fórmula: Pn = n!
Exemplo:
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Faça você:
1. Calcule:
a) P3 = b) P5 = c) P4 + P6 =
3. Quantos anagramas possui a palavra GAUCHOS de modo que as vogais fiquem juntas?
4. Seis amigos – Ana, Bernardo, Carlos, Débora, Elisa e Fábio – estão sentados num banco de
uma praça. Calcule de quantas maneiras podemos dispô-los sendo que Ana, Bernardo e Carlos
sempre estejam juntos.
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Matemática – Permutação – Prof. Dudan
5. Carlos e Rose têm três filhos: Sérgio, Adriano e Fabíola. Eles querem tirar uma foto de recordação
na qual todos apareçam lado a lado. Quantas fotos diferentes podem ser registradas?
Aividade:
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7. Calcule de quantas maneiras podemos enfileirar três bolinhas brancas, uma preta e 2 azuis,
sendo todas as bolinhas indistinguíveis a não ser pela cor.
8. Uma pessoa dispõe de 4 livros de matemática, 2 livros de física e 3 livros de química, todos
distintos entre si. O número de maneiras diferentes de arrumar esses livros numa fileira de
modo que os livros de cada matéria fiquem sempre juntos é
a) 1728
b) 1287
c) 1872
d) 2781
e) 2000
9. De quantas maneiras distintas podem-se alinhar cinco estacas azuis idênticas, uma vermelha e
uma branca?
a) 12
b) 30
c) 42
d) 240
e) 5040
10. Se uma partida de futebol termina com o resultado de 5 gols para o time A e 3 gols para o
time B, existem diversas maneiras de o placar evoluir de 0x0 a 5x3. Por exemplo, uma evolução
poderia ser:
Quantas maneiras, no total, tem o placar de evoluir de 0x0 a 5x3?
a) 16
b) 24
c) 136
d) 48
e) 56
Gabarito: 1. a) 6 b) 120 c) 744 2. 720 3. 720 4. 144 5. 120 6. 60 7. 60 8. A 9. C 10. E
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Matemática
ARRANJO
Idenificação
Arranjo
É uma seleção (não se usam todos ao mesmo tempo!!), em que a ordem faz diferença.
Muito comum em questões de criação de senhas, números, telefones, placas de carro,
competições, disputas, situações em que houver hierarquia.
Dica:
n!
Fórmula: Anp = Pode ser resolvido usando
(n−p)! o P. F da Contagem
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Calcule:
Exemplo:
Um cofre possui um disco marcado com os dígitos 0, 1, 2, ..., 9. O segredo do cofre é marcado
por uma sequência de 3 dígitos distintos. Se uma pessoa tentar abrir o cofre, quantas tentativas
deverá fazer (no máximo) para conseguir abri-lo?
Solução: As sequências serão do tipo xyz. Para a primeira posição teremos 10 alternativas, para
a segunda, 9 e para a terceira, 8. Podemos aplicar a fórmula de arranjos, mas pelo princípio
fundamental de contagem, chegaremos ao mesmo resultado:
10. 9. 8 = 720. Observe que 720 = A10,3
Método Práico
Esse método agilizará a resolução das questões.
Para isso basta usar a regra: rebobinar o “n” até o total de “p” itens.
Exemplos:
Exemplos:
1. Em uma escola está sendo realizado um torneio de futebol de salão, no qual dez times estão
participando. Quantos jogos podem ser realizados entre os times participantes em turno e
returno?
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Matemática – Arranjo – Prof. Dudan
3. Determine a quantidade de números de quatro algarismos formados por dígitos pares distintos.
a) 96
b) 20
c) 40
d) 60
e) 24
4. Quantos números inteiros positivos, com 3 algarismos significativos distintos, são múltiplos de
5?
a) 128
b) 136
c) 144
d) 162
e) 648
5. O número de frações diferentes entre si e diferentes de 1 que podem ser formados com os
números 3, 5, 7, 11, 13, 19 e 23 é:
a) 35
b) 42
c) 49
d) 60
e) 120
6. Durante a Copa do Mundo, que foi disputada por 24 países, as tampinhas de Coca-Cola traziam
palpites sobre os países que se classificariam nos três primeiros lugares (por exemplo: primeiro
lugar, Brasil; segundo lugar, Nigéria; terceiro lugar, Holanda).
Se, em cada tampinha, os três países são distintos, quantas tampinhas diferentes poderiam
existir?
a) 69
b) 2024
c) 9562
d) 12144
e) 13824
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7. Uma melodia é uma sequência de notas musicais. Para compor um trecho de três notas
musicais sem repeti-las, um músico pode utilizar as sete notas que existem na escala musical. O
número de melodias diferentes possíveis de serem escritas é:
a) 3
b) 21
c) 35
d) 210
e) 5040
8. Quantas senhas com 4 letras diferentes podem ser formadas com as letras A, B, F, J, M, R, S:
a) 2401
b) 5040
c) 840
d) 120
e) 22
9. Num curso de pós-graduação, Marcos, Nélson, Osmar e Pedro são candidatos a representantes
da turma da qual fazem parte. Serão escolhidas duas dessas quatro pessoas: uma para
representante e a outra para ser o auxiliar desse representante. Quantas duplas diferentes de
representante e auxiliar podem ser formadas?
a) 24
b) 18
c) 16
d) 12
e) 6
10. Num pequeno pais, as chapas dos automóveis tem duas letras distintas seguidas de 3 algarismos
sem repetição. Considerando-se o alfabeto com 26 letras, o número de chapas possíveis de se
firmar é:
a) 1370
b) 39 000
c) 468 000
d) 676 000
e) 3 276 000
Gabarito: 1. 90 2. 720 3. A 4. B 5. B 6. D 7. D 8. C 9. D 10. C
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Matemática
COMBINAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO
COMBINAÇÃO
É uma seleção (não se usam todos ao mesmo tempo!!) onde a ordem NÃO faz diferença.
Muito comum em questões de criação de grupos, comissões, agrupamentos onde não há
distinção pela ordem dos elementos escolhidos.
Fórmula:
Dica:
Só pode ser resolvido
usando a fórmula, mas
iremos aprender o método
prático!!
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Calcule:
Exemplo Resolvido:
Uma prova consta de 5 questões das quais o aluno deve resolver 2. De quantas formas ele
poderá escolher as 2 questões?
Solução: Observe que a ordem das questões não muda o teste. Logo, podemos concluir que se
trata de um problema de combinação.
Aplicando a fórmula chegaremos a:
C5,2 = 5! / [(5-2)! . 2!] = 5! / (3! . 2!) = 5.4.3.2.1. / 3.2.1.2! = 20/2 = 10
Para isso basta usar a regra: rebobinar o “n” até o total de “p” itens e divide pelo “p” fatorial.
Calcule pelo Método Prático:
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Matemática – Combinação – Prof. Dudan
Dica:
Combinações
Complementares agilizam
os cálculos:
C 5,2 = C 5,3 pois 2 e 3 se
complementam para
somar 5.
Exemplo:
a) C20, 18 = C20 , 2
b) C9, 6 = C9, 3
c) C10, 4 = C 10 ,6
Questões:
1. Os 32 times que jogarão a copa do mundo 2014 no Brasil estão agrupados em oito grupos de
quatro seleções cada. As quatro seleções de cada grupo se enfrentarão uma única vez entre si
formando a primeira etapa da copa. Calcule a quantidade de jogos que cada grupo terá.
2. Sete amigos decidiram viajar juntos e durante uma das paradas ao longo da estrada, deveriam
ser escolhidos 3 deles para irem buscar comida no restaurante do posto de abastecimento.De
quantas maneiras essa escolha pode ser feita?
4. Suponha que no Brasil existam “n” jogadores de vôlei de praia. O número de duplas que
podemos formar com esses jogadores é:
n
a) .
2
2
b) n + 2n .
2
n2 − 2n
c) .
4
n2 +n
d) .
2
e) n −n .
2
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5. Uma lanchonete dispõe de seis frutas tropicais diferentes para a venda de sucos. No cardápio
é possível escolher sucos com três ou quatro frutas misturadas. O número máximo de sucos
distintos que essa lanchonete poderá vender é de:
a) 720
b) 70
c) 150
d) 300
e) 35
6. Uma pizzaria permite que seus clientes escolham pizzas com 1, 2 ou 3 sabores diferentes
dentre os 7 sabores que constam no cardápio. O número de pizzas diferentes oferecidas por
essa pizzaria, considerando somente os tipos e número de sabores possíveis, é igual a:
a) 210
b) 269
c) 63
d) 70
e) 98
a) C 38
5
b) C10
c) 2C 3
5
d) A10
e) A 38
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Matemática – Combinação – Prof. Dudan
10. Você faz parte de um grupo de 12 pessoas, 5 das quais deverão ser selecionadas para formar
um grupo de trabalho. De quantos modos você poderá fazer parte do grupo a ser formado?
a) 182
b) 330
c) 462
d) 782
e) 7920
Gabarito: 1. 6 2. 35 3. 2002 4. E 5. E 6. C 7. A 8. D 9. B 10. B
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Matemática
PROBABILIDADE
Denifinição
Eventos favoráveis
______________________________
Probabilidade =
Total de eventos
0≤P≤1
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3. Escolhido ao acaso um elemento do conjunto dos divisores positivos de 60, a
probabilidade de que ele seja primo é:
a) 1/2
b) 1/3
c) 1/4
d) 1/5
e) 1/6
b) 1
4
c) 1
3
d) 1
2
e) 2
30
5. Numa roleta, há números de 0 a 36. Supondo que a roleta não seja viciada, então a
probabilidade de o número sorteado ser maior do que 25 é:
11
a) 36
b) 11
37
c) 25
36
d) 25
37
e) 12
37
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Matemática – Probabilidade Básica – Prof. Dudan
Um prêmio foi sorteado entre todos os filhos dessas ex-alunas. A probabilidade de que
a criança premiada tenha sido um(a) filho(a) único(a) é:
a) 1
3
b) 1
4
c) 7
15
d) 7
23
e) 7
25
8. Em relação aos alunos de uma sala, sabe-se que 60% são do sexo feminino, 30% usam
óculos e 37,5% dos homens não usam óculos. Escolhendo-se, ao acaso, um aluno
dessa sala, a probabilidade de que seja uma mulher de óculos é:
a) 10%
b) 15%
c) 5%
d) 8%
e) 12%
9. Uma caixa contém bolas azuis, brancas e amarelas, indistinguíveis a não ser pela cor.
Na caixa existem 20 bolas brancas e 18 bolas azuis. Retirando-se ao acaso uma bola
da caixa, a probabilidade de ela ser amarela é 1/3. Então, o número de bolas amarelas
nessa caixa é de:
a) 18
b) 19
c) 20
d) 21
e) 22
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Casos Especiais
Probabilidade Condicional
Nesse caso o primeiro evento ocorre de maneira “livre” e condiciona os demais. Assim todos
ficam condicionados ao primeiro evento ocorrido.
10. Em uma gaveta, cinco pares diferentes de meias estão misturados. Retirando-
se ao acaso duas meias, a probabilidade de que sejam do mesmo par é de:
a) 1/10
b) 1/9
c) 1/5
d) 2/5
e) 1/2
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Matemática – Probabilidade Básica – Prof. Dudan
Eventos Dependentes
São eventos que têm uma relação entre si e com isso conforme ocorrem, modificam o espaço
amostral e também os eventos favoráveis.
b) 58
c) 8
9
d) 3
8
e) 59
14. Uma pessoa tem em sua carteira oito notas de R$ 1, cinco notas de R$ 2 e uma nota de
R$ 5. Se ela retirar ao acaso três notas da carteira, a probabilidade de que as três notas
retiradas sejam de R$ 1 está entre:
a) 15% e 16%
b) 16% e 17%
c) 17% e 18%
d) 18% e 19%
e) 19% e 20%
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Probabilidade de “PELO MENOS UM” evento ocorrer
Ramificação
No lançamento sucessivo de uma moeda 3 vezes ou de 3 moedas, quais as possíveis disposições?
15. Uma parteira prevê, com 50% de chance de acerto, o sexo de cada criança
que vai nascer. Num conjunto de três crianças, a probabilidade de ela acertar
pelo menos duas previsões é de:
a) 12,5%
b) 25%
c) 37,5%
d) 50%
e) 66,6%
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Matemática – Probabilidade Básica – Prof. Dudan
b) 91
216
c) 101
216
d) 111
216
e) 121
216
Gabarito: 1. * 2. * 3. C 4. C 5. B 6. A 7. B 8. C 9. B 10. B 11. C 12. E 13. D 14. A 15. D 16. B
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Matemática
GRÁFICO DE FUNÇÕES
A importância do estudo de função não é restrita apenas aos interesses da matemática, mas
colocado em prática em outras ciências, como a física e a química.
Na matemática, o estudo de função é dividido basicamente em:
Nem sempre percebemos, mas estamos em contato com as funções no nosso dia a dia, por
exemplo:
Quando assistimos ou lemos um jornal, muitas vezes nos deparamos com um gráfico, que
nada mais é que uma relação, comparação de duas grandezas ou até mesmo uma função, mas
representada graficamente.
Para que esse gráfico tome forma é necessário que essa relação, comparação, seja representada
em uma função na forma algébrica.
Para dar início ao estudo de função é necessário o conhecimento de equações, pois todo o
desenvolvimento algébrico de uma função é resolvido através de equações.
Precisamos antes, definir “funções”:
É uma relação entre dois conjuntos, onde há uma relação entre cada um de seus elementos.
Também pode ser uma lei que para cada valor x é correspondido por apenas um e único
elemento y, também denotado por ƒ(x).
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Exemplo: Assinale abaixo se o gráfico representa ou não uma função.
Gabarito: 1. A
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Matemática
Função é a relação do conjunto de chegada com o conjunto de partida, a forma que essa relação
assume poderá definir uma função como sendo par ou ímpar.
Função par
Será uma função par a relação onde elementos simétricos do conjunto do domínio tiverem a
mesma imagem no conjunto de chegada. Ou seja, uma função será par se f(x) = f(– x).
Por exemplo: a função A→B, com A = {– 2,– 1,0,1,2} e B = {1,2,5} definida pela fórmula f(x) = x2 +
1, obedece o seguinte diagrama:
Outro exemplo:
Analise a função: f(x) = x2 – 1
Note que na função, temos:
f(–1) = (–1)2 – 1 = 1 – 1 = 0
f(1) = 1² – 1 = 1 – 1 = 0
f(–2) = (–2)² –1 = 4 – 1 = 3
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f(2) = 22 – 1 = 4 – 1 = 3 e com isso:
f(1) = f(– 1) = 0 e também
f(2) = f(– 2) = 3.
Observe no gráfico a simetria com o eixo Y.
Função ímpar
Será uma função ímpar a relação onde elementos simétricos do conjunto do domínio terão
imagens simétricas no conjunto de chegada. Ou seja, uma função será ímpar se:
f(– x) = – f(x).
Por exemplo: a função A→B, com A = {– 2,– 1,0,1,2} e B = {– 10,– 5,0,5,10} definida pela fórmula
f(x) = 5x, obedece o seguinte diagrama:
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Matemática – Função Par / Ímpar – Prof. Dudan
Outro exemplo:
Analisaremos a função f(x) = 2x
Nessa função, temos que:
f(– 2) = 2 . (– 2) = – 4
f(2) = 2 . 2 = 4
Assim:
f(– 2) = – 4 e f(2) = 4 , logo f(– 2) = – f(2)
Exemplos:
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Gabarito: 1. a) ímpar / b) par / c) ímpar /d) nenhuma delas / e) par / f) par
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Matemática
Quando temos numa função, os valores de x aumentando e os valores das imagens também
aumentando, nesse caso, diremos que a função é crescente.
Outros exemplos:
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Exemplo 2: f(x) = – 3x
Neste caso, os valores de x aumentam e os valores das imagens diminuem, e assim temos a
função decrescente.
Outro exemplo:
Mas será que esse conceito só pode ser aplicado em funções de 1º grau?
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Matemática – Função Crescente ou Decrescente – Prof. Dudan
b) f(x) = – x + 10
Exemplo 4: A função real de variável real, definida por f (x) = (3 – 2a).x + 2, é crescente quando:
a) a > 0
3
b) a <
2
3
c) a =
2
3
d) a >
2
e) a < 3
Gabarito: 4. B
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Matemática
→ Domínio da função, é o conjunto de todos os elementos x para os quais a função deve ser
definida.
Como já vimos nos exemplos, o gráfico cartesiano de uma função é o conjunto de todos os
pontos (x,y) do plano que satisfazem a condição y = f(x).
Assim,resumidamente: domínio são os possíveis valores de “x” que podem ser utilizados e
imagem os possíveis valores de “y" que serão encontrados.
Exemplo: Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12} criamos a função f: A → B
definida por f(x) = x + 5 que também pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, desta função, é:
www.acasadoconcurseiro.com.br 301
O conjunto A é o conjunto de saída e o B é o conjunto de chegada.
Domínio é um sinônimo para conjunto de saída, ou seja, para esta função o domínio é o próprio
conjunto A = {1, 4, 7}.
Como, em uma função, o conjunto de saída (domínio) deve ter todos os seus elementos
relacionados (regra fundamental), não precisamos ter subdivisões para o domínio.
O conjunto de chegada "B", também possui um sinônimo, é chamado de contradomínio.
Note que podemos fazer uma subdivisão dentro do contradomínio (conjunto rosa da figura
acima). Podemos ter elementos do contradomínio que não são relacionados com algum
elemento do Domínio e outros que são. Por isso, devemos levar em consideração esta
subdivisão (esta é até mais importante do que o próprio contradomínio).
Este subconjunto é chamado de conjunto imagem, e é composto por todos os elementos em
que as flechas chegam.
O conjunto Imagem é representado por "Im", e é formado por cada ponto em que a flecha
chega.
• Obs.: Note que existe uma diferença entre imagem e conjunto imagem, o primeiro é um
ponto em que a flecha de relacionamento toca, e o segundo é o conjunto de todos elementos
que as flechas tocam.
No nosso exemplo, o domínio é D = {1, 4, 7}, o contra-domínio é = {1, 4, 6, 7, 8, 9, 12} e o
conjunto imagem é Im = {6, 9, 12} e:
• a imagem do ponto x = 1 é y = 6, indicado por f(1) = 6;
• a imagem do ponto x = 4 é y = 9, indicado por f(4) = 9;
• a imagem do ponto x = 7 é y = 12, indicado por f(7) = 12.
Gabarito: 1. E
302 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
Aula XX
RESTRIÇÃO DE DOMINIO
Uma função y = f(x) associa os valores de x e y através de uma lei, formando pares ordenados
pertencentes aos conjuntos domínio e contradomínio. Através de alguns exemplos, veremos
como determinar o domínio de uma função, isto é, descobrir quais os números que o “x” da
função não pode assumir para que a sua condição de existência não seja afetada.
Existem dois casos principais de condições de existência que devem ser respeitados e que
acarretam numa restrição do domínio.
Sendo assim, em qualquer função, quando houver x no denominador, devemos garantir que a
estrutura da qual ele faz parte nunca resulte em zero.
Exemplo:
x −1
f(x) =
x+2
Nesse caso, devemos garantir que o denominador x + 2 não zere, logo temos que fazer
x+2≠0→x≠–2
Assim o dominio da função deixa de ser real (R) e passa a ser R – { – 2} (reais exceto o – 2).
Exemplo:
x−7
f(x) =
x − 5x + 6
2
Agora temos que garantir que x2 – 5x + 6 ≠ 0, para isso devemos calcular as raízes dessa estrutura:
2
x – 5x + 6, que são 2 e 3.
Assim é necessário que x ≠ 2 e x ≠ 3, pois esses valores iriam zerar a estrutura do denominador.
Logo o domínio fica restrito: D: R – {2;3}
www.acasadoconcurseiro.com.br 303
Caso 2: Não existe raiz de índice par de número negaivo
Nesse caso, em toda função que tiver na sua estrutura uma raiz de índice par, temos que
garantir que o radicando não resulte em algo negativo.
Exemplo: f(x) = x −
Exemplo:
−7x + 4
f(x) =
−x + 4
Nesse caso especifico precisamos garantir que o denominador não zere e, ao mesmo tempo,
garantir também que a estrutura dentro da raiz não resulte em algo negativo.
Assim é preciso que: – x + 4 ≠ 0 e ao mesmo tempo – x + 4 ≥ 0, basta entendermos que, o que
de fato deve ser garantido, é que – x + 4 > 0.
304 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
Definição
Função injetora: uma função é injetora se os elementos distintos do domínio tiverem imagens
distintas. Por exemplo, dada a função f : A→B, tal que f(x) = 3x.
Função sobrejetora: uma função é sobrejetora se, e somente se, o seu conjunto imagem for
especificadamente igual ao contradomínio, Im = B. Por exemplo, se temos uma função f : Z→Z
definida por y = x + 1 ela é sobrejetora, pois Im = Z.
www.acasadoconcurseiro.com.br 305
Função bijetora: uma função é bijetora se ela é injetora e sobrejetora. Por exemplo, a função
f : A→B, tal que f(x) = 5x + 4.
Exemplo Resolvido:
a) Sobrejetora
306 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Funções Injetoras, Sobrejetoras e Bijetoras – Prof. Dudan
c) Bijetora
Todos os elementos do contra domínio são imagens únicas dos elementos do domínio. De um
modo geral a função é bijetora quando é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.
Exemplos:
b)
c)
www.acasadoconcurseiro.com.br 307
d)
Gabarito: 2. C 3. a) injetora, sobrejetora e bijetora / b) nem injetora e nem sobrejetora / c) Injetora
308 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
FUNÇÕES DE 1º GRAU
Coeficiente angular a:
a>0 a<0
Reta CRESCENTE Reta DECRESCENTE
www.acasadoconcurseiro.com.br 309
• Coeficiente linear b:
310 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Funções de 1º Grau – Prof. Dudan
4. Uma função polinomial f do 1º grau é tal que f(3) = 6 e f(4) = 8. Portanto, o valor de f(10) é:
a) 16
b) 17
c) 18
d) 19
e) 20
Então, o valor de m³ + n é
a) 2
b) 3
c) 5
d) 8
e) 13
7. A tabela a seguir, obtida a partir de dados do Ministério do Meio Ambiente, mostra o cresci-
mento do número de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção.
Se mantida, nos anos subseqüentes, a tendência linear de crescimento mostrada na tabela, o
número de espécies ameaçadas de extinção em 2011 será igual a:
www.acasadoconcurseiro.com.br 311
a) 461
b) 498
c) 535
d) 572
e) n.d.a
8. Em fevereiro, o governo da Cidade do México, metrópole com uma das maiores frotas de
automóveis do mundo, passou a oferecer à população bicicletas como opção de transporte.
Por uma anuidade de 24 dólares, os usuários têm direito a 30 minutos de uso livre por dia.
O ciclista pode retirar em uma estação e devolver em qualquer outra e, se quiser estender a
pedalada, paga 3 dólares por hora extra. Revista Exame. 21 abr. 2010.
A expressão que relaciona o valor f pago pela utilização da bicicleta por um ano, quando se
utilizam x horas extras nesse período é
a) f(x) = 3x
b) f(x) = 24
c) f(x) = 27
d) f(x) = 3x + 24
e) f(x) = 24x + 3
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Matemática
FUNÇÃO DE 2º GRAU
Definição
f(x)=ax2+bx+c
O gráfico de uma função polinomial do 2º grau é uma curva chamada parábola.
Exemplos de função quadráticas:
f(x) = 3x² – 4x + 1, onde a = 3, b = – 4 e c = 1
f(x) = x² – 1, onde a = 1, b = 0 e c = – 1
f(x) = – x² + 8x, onde a = 1, b = 8 e c = 0
f(x) = – 4x², onde a = – 4, b = 0 e c = 0
www.acasadoconcurseiro.com.br 313
→ Outra relação importante na função do 2º grau é o ponto onde a parábola corta o eixo y.
Verifica-se que o valor do coeficiente “c” na lei de formação da função corresponde ao valor do
eixo y onde a parábola o corta.
→ A análise do coeficiente "b" pode ser orientada pela analise de uma reta “imaginária” que
passa pelo “c” e pelo vértice. Assim:
Nos exemplos acima se a reta “imaginária” for crescente, b > 0 caso contrário b < 0 e no caso
em que o vértice e o “c” coincidem, teremos b = 0 e uma simetria em relação ao eixo Y.
Atenção!
A quantidade de raízes reais de uma função quadrática depende do valor obtido para o
radicando ∆ , chamado discriminante:
Se ∆ > 0, há duas raízes Se ∆ = 0, há duas raízes Se ∆ < 0, não há raiz real.
reais e distintas; reais e iguais;
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Matemática – Função de 2º Grau – Prof. Dudan
Exemplo:
1. Complete as lacunas:
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2. Determine o valor de K para que a função f(x) = x² – kx + 9 tenha raízes reais e iguais.
x=
−b ± b2 − 4a.c
2a
,sendo =b2 − 4.a.c
Exemplo:
3. Encontre as raízes de x² – 5x + 6.
A soma e o produto das raízes da função quadrática são dados pelas fórmulas:
316 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Função de 2º Grau – Prof. Dudan
Vérice da Parábola
O vértice da parábola constitui um ponto importante do gráfico, pois indica o ponto de valor
máximo e o ponto de valor mínimo. De acordo com o valor do coeficiente a, os pontos serão
definidos, observe:
Para determinar o ponto de máximo (quando a < 0) ou ponto de mínimo (quando a > 0):
V(XV,YV)
b Δ
XV = − YV = −
2a 4a
Atenção: Xv é o ponto médio das raízes reais.
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Exemplo:
6. A função que define o lucro de uma empresa é L(x) = – 2x² + 32x + 10, sendo x o número de
peças vendidas e L o lucro em milhares de reais. Determine:
a) Qual o lucro na venda de 10 peças?
7. A expressão que define a função quadrática f(x), cujo gráfico está esboçado, é:
a) f(x) = –2x2 – 2x + 4
2
b) f(x) = x + 2x – 4
2
c) f(x) = x + x – 2
2
d) f(x) = 2x + 2x – 4
2
e) f(x) = 2x + 2x – 2
318 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Função de 2º Grau – Prof. Dudan
b) a > 0, Δ = 0
e) a < 0, Δ = 0
10. A função f(x) = Ax + Bx + C, A ≠ 0 tem como gráfico a figura abaixo. Podemos então concluir
2
que:
a) A > 0, B2 < 4AC, C > 0
2
b) A > 0, B = 4AC, C > 0
2
c) A > 0, B > 4AC, C > 0
2
d) A < 0, B < 4AC, C < 0
2
e) A > 0, B < 4AC, C < 0
11. O movimento de um projétil, lançado para cima verticalmente, é descrito pela equação
2
y= – 40x + 200x. Onde y é a altura, em metros, atingida pelo projétil x segundos após
o lançamento. A altura máxima atingida e o tempo que esse projétil permanece no ar
corresponde, respectivamente, a:
a) 6,25 m, 5s
b) 250 m, 0s
c) 250 m, 5s
d) 250 m, 200s
e) 10.000 m , 5s
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Matemática
FUNÇÃO MODULAR
Definição
Função modular é aquela que associa a cada elemento x real um elemento |x|.
Para que o conceito de função fique claro adotamos a notação de uma função f(x) = |x|, como
sendo:
O gráfico de f(x) = |x| é semelhante ao gráfico de f(x) = x, sendo que a parte negativa do gráfico
será “refletida” sempre para um f(x) positivo.
Sendo assim sempre que modularmos TODA a função, teremos a parte abaixo do eixo “x”
refletindo em torno do próprio eixo “x”.
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Um outro exemplo para uma função modular seria a função modular do 2º grau, sendo f(x) =
Exemplo:
322 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Função Modular – Prof. Dudan
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a) | f(x) |
5. O gráfico em destaque representa uma função real y = f (x). Entre as alternativas dadas, assinale
a que melhor representa a função y = f(x + 1) .
a)
b)
324 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Função Modular – Prof. Dudan
c)
d)
e)
Gabarito: 5. C
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Matemática
FUNÇÃO COMPOSTA
Definição
A função composta pode ser entendida pela determinação de uma terceira função C, formada
pela junção das funções A e B.
Matematicamente falando, temos que f: A → B e g: B → C, denomina a formação da função
composta de g com f, h: A → C.
Dizemos função g composta com a função f, representada por g∘f.
Exemplos:
Ao considerarmos as funções f(x) = 4x e g(x) = x² + 5, determinaremos:
a) g∘f
(g∘f)(x) = g(f(x)) = g(4x) = (4x)² + 5 = 16x² + 5
Assim (g∘f)(x) = g(f(x)) = 16x² + 5
b) f∘g
(f∘g)(x) = f(g(x)) = f(x² + 5) = 4.(x² + 5) = 4x² + 20
Assim (f∘g)(x) = f(g(x)) = 4x² + 20
Exemplos:
b) (g∘f)(x)
www.acasadoconcurseiro.com.br 327
c) (f∘f)(x)
3. Sejam f e g duas funções de R em R, tais que f(x) = 2x e g(x) = 2 – x. Então, o gráfico cartesiano
da função f (g(x)) + g (f(x)):
a) passa pela origem
b) corta o eixo x no ponto (– 4,0)
c) corta o eixo y no ponto (6,0)
d) tem declividade positiva
e) passa pelo ponto (1,2)
⎧2x‐6, para x ≥ 3.
4. Considere a função real f(x) = ⎨ O valor de f ⎣⎡ f(‐1)⎤⎦ é:
⎩3‐x, para x < 3.
a) 2
b) 1
c) 0
d) – 1
e) – 2
5. As funções f (x) = 3− 4x e g(x) = 3x + m são tais que f(g(x)) = g(f(x)), qualquer que seja x real. O
valor de m é:
a) 9
4
5
b)
4
c) −
5
9
d)
5
2
e) −
3
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Matemática
FUNÇÃO INVERSA
Definição
Em matemática, a função inversa de uma função f é, quando existe, uma função f -1 que associa
os valores de Y ( agora o domínio) aos respectivos valores de x (agora imagem).
Ou seja, o que era domínio na função original (o conjunto X neste caso, ilustrado abaixo) vira
imagem na função inversa, e o que era imagem na função original (Y, neste caso) vira domínio
Dado um conjunto X = {a, b, c, d ,e} e Y = { A, B, C , D , E}, definida como a função (f) que associa
cada letra minúscula ao seu correspondente em maiúsculo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 329
Assim novamente temos uma função bijetora do tipo:
f = { (A.a) , (B,b) , (C,c) , (D,d) , (E,e) }
Onde o domínio de f é: Dom(f-1) = Y e
Imagem de f é: Im(f-1) = X.
Lembrando que função bijetora é aquela em que cada elemento do domínio está associado a
um elemento diferente no conjunto da imagem. Por ser bijetora essa função admite inversa.
Resumindo:
Se f é uma função bijetora assim para cada x tem-se um y correspondente, assim a inversa de f
é a função f-1 que define que para cada y teremos um correspondente x, ou seja, invertem-se os
pares ordenados.
Uma função que tenha inversa diz-se invertível. Se uma função for invertível, então tem uma
única inversa. Uma condição necessária e suficiente para que uma função seja invertível é que
seja bijetiva
Exemplo:
1. Dado os conjuntos A = {–2,–1,0,1,2} e B = {3, 4, 5, 6, 7} e a função A⧠B definida pela fórmula f(x)
= x + 5, veja o diagrama dessa função abaixo:
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Matemática – Função Inversa – Prof. Dudan
Então: f –1(x)= {(3, –2); (4, –1) ; (5, 0); (6, 1) ; (7, 2)}
O que é domínio na função f vira imagem na f –1(x)e vice e versa.
2. Seja uma função bijetora f(x) = 3x + 6, teremos que a inversa de f(x), ou seja f-1(x), será
x − 6 , pois y = 3x + 6 → para a inversa x = 3y + 6 , então y = x − .
f −1 (x) =
3 3
www.acasadoconcurseiro.com.br 331
Ou seja, o gráfico da função e da sua inversa são simétricos em relação a primeira bissetriz.
3. Dada a função f(x) = 3x – 5, para determinarmos a sua inversa f -1(x) precisamos fazer uma troca
x e y na expressão y = 3x – 5. Assim teremos x = 3y – 5, logo:
x = 3y – 5
–3y = –x –5 (multiplicar por –1)
3y = x + 5
y= (x+5 )
3
( )
Portanto, a função f(x) = 3x – 5 terá inversa igual a f –1(x) = x + 5 .
3
4. Determine a inversa da função f(x) =
(
2x + 3) 5
, para x ≠ .
(
3x − 5) 3
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Matemática – Função Inversa – Prof. Dudan
1
b) −
3
1
c) −
5
1
d)
5
1
e)
3
Gabarito: 5. C 6. E
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Matemática
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Matemática Financeira
DEFINIÇÃO: Quando pegamos uma taxa de juros e dividimos o seu valor por 100, encontramos
a taxa unitária.
A taxa unitária é importante para nos auxiliar a desenvolver todos os cálculos em matemática
financeira.
Pense na expressão 20% (vinte por cento), ou seja, esta taxa pode ser representada por uma
fração, cujo o numerador é igual a 20 e o denominador é igual a 100.
COMO FAZER AGORA É A SUA VEZ:
10
10% = = 0,10
100 15%
20 20%
20% = = 0,20
100 4,5%
5
5% = = 0,05 254%
100
0%
38
38% = = 0,38 22,3%
100
1,5 60%
1,5% = = 0,015
100 6%
230
230% = = 2,3
100
FATOR DE CAPITALIZAÇÃO
Vamos imaginar que certo produto sofreu um aumento de 20% sobre o seu valor inicial. Qual o
novo valor deste produto?
Claro que se não soubermos o valor inicial deste produto fica complicado para calcularmos,
mas podemos fazer a afirmação a seguir:
O produto valia 100% sofreu um aumento de 20%, logo está valendo 120% do seu valor inicial.
Como vimos no tópico anterior (1.1 taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que podemos
utilizar para determinarmos o novo preço deste produto, após o acréscimo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 337
120
Fator de Capitalização = = 1,2
100
O Fator de capitalização trata-se de um número no qual devo multiplicar o meu produto para
obter como resultado final o seu novo preço, acrescido do percentual de aumento que desejo
utilizar.
Assim se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo fator
de capitalização 1,2 para conhecer seu novo preço, neste exemplo será de R$ 60,00.
CALCULANDO O FATOR DE CAPITALIZAÇÃO: Basta somar 1 com a taxa unitária, lembre-se que
1 = 100/100 = 100%
COMO CALCULAR:
o Acréscimo de 45% = 100% + 45% = 145% = 145/ 100 = 1,45
o Acréscimo de 20% = 100% + 20% = 120% = 120/ 100 = 1,2
ENTENDENDO O RESULTADO:
Para aumentar o preço do meu produto em 20% devo multiplicar por 1,2.
Exemplo: um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um acréscimo de 20% passará a custar
1.500 x 1,2 (fator de capitalização para 20%) = R$ 1.800,00.
COMO FAZER:
130
Acréscimo de 30% = 100% + 30% = 130% = = 1,3
100
115
Acréscimo de 15% = 100% + 15% = 115% = = 1,15
100
103
Acréscimo de 3% = 100% + 3% = 103% = = 1,03
100
300
Acréscimo de 200% = 100% + 200% = 300% = =3
100
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Matemática Financeira – Porcentagem – Prof. Edgar Abreu
FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO
Vamos imaginar que certo produto sofreu um desconto de 20% sobre o seu valor inicial. Qual o
novo valor deste produto?
Claro que se não soubermos o valor inicial deste produto fica complicado para calcularmos,
mas podemos fazer a afirmação a seguir:
O produto valia 100% sofreu um desconto de 20%, logo está valendo 80% do seu valor inicial.
Como vimos no tópico anterior (1.1 taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que
conseguimos utilizar para aferir o novo preço deste produto, após o acréscimo.
80
Fator de Descapitalização = = 0,8
100
O Fator de descapitalização trata-se de um número no qual devo multiplicar o meu produto
para obter como resultado final o seu novo preço, considerando o percentual de desconto que
desejo utilizar.
Assim se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo fator
de descapitalização 0,8 para conhecer seu novo preço, neste exemplo será de R$ 40,00.
CALCULANDO O FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO: Basta subtrair o valor do desconto expresso
em taxa unitária de 1, lembre-se que 1 = 100/100 = 100%
COMO CALCULAR:
o Desconto de 45% = 100% – 45% = 65% = 55/ 100 = 0,55
o Desconto de 20% = 100% – 20% = 80% = 80/ 100 = 0,8
www.acasadoconcurseiro.com.br 339
ENTENDENDO O RESULTADO:
Para calcularmos um desconto no preço do produto de 20% devemos multiplicar o valor deste
produto por 0,80.
Exemplo: um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um desconto de 20% passará a custar
1.500 x 0,80 (fator de descapitalização para 20%) = R$ 1.200,00.
COMO FAZER:
70
Desconto de 30% = 100% − 30% = 70% = = 0,7
100
85
Desconto de 15% = 100% − 15% = 85% = = 0,85
100
97
Desconto de 3% = 100% − 3% = 97% = = 0, 97
100
50
Desconto de 50% = 100% − 50% = 50% = = 0,5
100
340 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática Financeira
Temas muito comuns abordados nos concursos são os acréscimos e os descontos sucessivos.
Isto acontece pela facilidade que os candidatos têm em se confundir ao resolver uma questão
deste tipo.
O erro cometido neste tipo de questão é básico, o de somar ou subtrair os percentuais, sendo
que na verdade o candidato deveria multiplicar os fatores de capitalização e descapitalização.
Vejamos abaixo um exemplo de como é fácil se confundir se não tivermos estes conceitos bem
definidos:
Exemplo:
Os bancos vêm aumentando significativamente as suas tarifas de manutenção de contas.
Estudos mostraram um aumento médio de 30% nas tarifas bancárias no 1º semestre de 2009 e
de 20% no 2º semestre de 2009. Assim podemos concluir que as tarifas bancárias tiveram em
média suas tarifas aumentadas em:
a) 50%
b) 30%
c) 150%
d) 56%
e) 20%
Ao ler esta questão, muitos candidatos se deslumbram com a facilidade e quase por impulso
marcam como certa a alternativa “a” (a de “apressadinho”).
Ora, estamos falando de acréscimo sucessivo, vamos considerar que a tarifa média mensal de
manutenção de conta no início de 2009 seja de R$ 10,00, logo teremos:
Após receber um acréscimo de 30%
10,00 x 1,3 (ver tópico 1.3) = 13,00
Agora vamos acrescentar mais 20% referente ao aumento dado no 2º semestre de 2009.
13,00 x 1,2 (ver tópico 1.3) = 15,60
Ou seja, as tarifas estão 5,60 mais caras que o início do ano.
Como o valor inicial das tarifas eram de R$ 10,00, concluímos que as mesmas sofreram uma
alta de 56% e não de 50% como achávamos anteriormente.
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COMO RESOLVER A QUESTÃO ANTERIOR DE UMA FORMA MAIS DIRETA:
Basta multiplicar os fatores de capitalização, como aprendemos no tópico 1.3
• Fator de Capitalização para acréscimo de 30% = 1,3
• Fator de Capitalização para acréscimo de 20% = 1,2
1,3 x 1,2 = 1,56
Como o produto custava inicialmente 100% e sabemos que 100% é igual a 1 (ver
módulo 1.2)
Logo as tarifas sofreram uma alta média de: 1,56 – 1 = 0,56 = 56%.
COMO FAZER
Exemplo 1.5.2: Um produto sofreu em janeiro de 2009 um acréscimo de 20% sobre o seu valor,
em fevereiro outro acréscimo de 40% e em março um desconto de 50%. Neste caso podemos
afirmar que o valor do produto após a 3ª alteração em relação ao preço inicial é:
a) 10% maior
b) 10 % menor
c) Acréscimo superior a 5%
d) Desconto de 84%
e) Desconto de 16%
Resolução:
Aumento de 20% = 1,2
Aumento de 40% = 1,4
Desconto de 50% = 0,5
Assim: 1,2 x 1,4 x 0,5 = 0,84 (valor final do produto)
Como o valor inicial do produto era de 100% e 100% = 1, temos:
1 – 0,84 = 0,16
Conclui-se então que este produto sofreu um desconto de 16% sobre o seu valor inicial.
(Alternativa E)
Exemplo O professor Ed perdeu 20% do seu peso de tanto “trabalhar” na véspera da prova do
concurso público da CEF, após este susto, começou a se alimentar melhor e acabou aumentando
em 25% do seu peso no primeiro mês e mais 25% no segundo mês. Preocupado com o excesso
de peso, começou a fazer um regime e praticar esporte e conseguiu perder 20% do seu peso.
Assim o peso do professor Ed em relação ao peso que tinha no início é:
342 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática Financeira – Acréscimos e Descontos – Prof. Edgar Abreu
a) 8% maior
b) 10% maior
c) 12% maior
d) 10% menor
e) Exatamente igual
Resolução:
Perda de 20% = 0,8
Aumento de 25% = 1,25
Aumento de 25% = 1,25
Perda de 20% = 0,8
Assim: 0,8 x 1,25 x 1,25 x 0,8 = 1
Conclui-se então que o professor possui o mesmo peso que tinha no início. (Alternativa E).
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Matemática Financeira
TAXA PROPORCIONAL
Calculada em regime de capitalização SIMPLES: Resolve-se apenas multiplicando ou dividindo
a taxa de juros:
Exemplo 2.1: Qual a taxa de juros anual proporcional a taxa de 2% ao mês?
Resposta: Se temos uma taxa ao mês e procuramos uma taxa ao ano, basta multiplicarmos essa
taxa por 12, já que um ano possui 12 meses.
Logo a taxa proporcional é de 2% x 12 = 24% ao ano.
Exemplo 2.2: Qual a taxa de juros bimestral proporcional a 15% ao semestre?
Resposta: Neste caso temos uma taxa ao semestre e queremos transformá-la em taxa bimestral.
Note que agora essa taxa vai diminuir e não aumentar, o que faz com que tenhamos que dividir
essa taxa ao invés de multiplicá-la, dividir por 3, já que um semestre possui 3 bimestres.
15%
Assim a taxa procurada é de = 5% ao bimestre.
3
COMO FAZER
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Matemática Financeira
TAXA EQUIVALENTE
COMO FAZER
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20% a.bim equivale a:
Ao Quadrimestre (1,2)2 = 1,44 = 44%
3
Ao Semestre (1,2) = 1,728 = 72,8%
QUESTÃO 1 QUESTÃO 2
21% a.sem. equivale a: 30% a.mês. equivale a:
Ao Ano Ao Bimestre
Ao Trimestre Ao Trimestre
348 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática Financeira
A definição de capitalização é uma operação de adição dos juros ao capital. Bom, vamos
adicionar estes juros ao capital de duas maneiras, uma maneira simples e outra composta e
depois comparamos.
Vamos analisar o exemplo abaixo:
Exemplo: José realizou um empréstimo de antecipação de seu 13º salário no Banco do Brasil no
valor de R$ 100,00 reais, a uma taxa de juros de 10% ao mês. Qual o valor pago por José se ele
quitou o empréstimo após 5 meses, quando recebeu seu 13º?
Valor dos juros que este empréstimo de José gerou em cada mês.
Em juros simples, os juros são cobrados sobre o valor do empréstimo (capital)
CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
MÊS JUROS COBRADO SALDO DEVEDOR
1º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 100,00 + R$ 10,00 = R$ 110,00
2º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 110,00 + R$ 10,00 = R$ 120,00
3º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 120,00 + R$ 10,00 = R$ 130,00
4º 10% de R$ 100,10 = R$ 10,00 R$ 130,00 + R$ 10,00 = R$ 140,00
5º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 140,00 + R$ 10,00 = R$ 150,00
Em juros composto, os juros são cobrados sobre o saldo devedor (capital + juros do período
anterior)
CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
MÊS JUROS COBRADO SALDO DEVEDOR
1º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 100,00 + R$ 10,00 = R$ 110,00
2º 10% de R$ 110,00 = R$ 11,00 R$ 110,00 + R$ 11,00 = R$ 121,00
3º 10% de R$ 121,00 = R$ 12,10 R$ 121,00 + R$ 12,10 = R$ 133,10
4º 10% de R$ 133,10 = R$ 13,31 R$ 133,10 + R$ 13,31 = R$ 146,41
5º 10% de R$ 146,41 = R$ 14,64 R$ 146,41 + R$ 14,64 = R$ 161,05
www.acasadoconcurseiro.com.br 349
Assim notamos que o Sr. josé terá que pagar após 5 meses R$ 150,00 se o banco cobrar juros
simples ou R$ 161,05 se o banco cobrar juros compostos.
GRÁFICO DO EXEMPLO
Note que o crescimento dos juros compostos é mais rápido que os juros simples.
JUROS SIMPLES
FÓRMULAS:
J=Cxixt M = C x (1 + i x t)
OBSERVAÇÃO: Lembre-se que o Montante é igual ao Capital + Juros
Onde:
J = Juros
M = Montante
C = Capital (Valor Presente)
i = Taxa de juros;
t = Prazo.
A maioria das questões relacionadas a juros simples podem ser resolvidas sem a necessidade
de utilizar fórmula matemática.
350 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática Financeira – Juros Simples – Prof. Edgar Abreu
APLICANDO A FÓRMULA
Vamos ver um exemplo bem simples aplicando a fórmula para encontrarmos a solução.
Exemplo: Considere um empréstimo, a juros simples, no valor de R$ 100 mil, prazo de 3 meses
e taxa de 2% ao mês. Qual o valor dos juros?
Dados do problema:
C = 100.000,00
t = 3 meses
i = 2% ao mês
OBS: Cuide para ver se a taxa e o mês estão em menção período. Neste exemplo não tem
problema para resolver, já que tanto a taxa quanto o prazo foram expressos em meses.
J=Cxixt
J = 100.000 x 0,02 (taxa unitária) x 3
J = 6.000,00
Resposta: Os juros cobrado será de R$ 6.000,00
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Dados:
C = 100.000,00
t = 3 meses
i = 12% ao ano
Vamos adaptar o prazo em relação a taxa. Como a taxa está expressa ao ano, vamos transformar
o prazo em ano. Assim teremos:
C = 100.000,00
t = 3 meses =
i = 12% ao ano
Agora sim podemos aplicar a fórmula
J=Cxixt
J = 100.000 x 0,12 x
J = 3.000,00
i = 3% ao mês
352 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática Financeira – Juros Simples – Prof. Edgar Abreu
Agora vamos resolver esta questão sem a utilização de fórmula, de uma maneira bem simples.
Para saber o valor dos juros acumulados no período, basta dividirmos o montante pelo capital:
Juros acumulado = 18.000 = 1,18
100.000
Agora subtraimos o valor do capital da taxa de juros (1 = 100%) e encontramos:
1,18 – 1 = 0,18 = 18%
18% são os juros do período de um semestre, para encontrar o juros mensal, basta calcular a
taxa proporcional e assim encontrar 3 % ao mês.
i = 12,5% ao mês
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COMO RESOLVER
Exemplo: A que taxa de juros simples, em porcento ao ano, deve-se emprestar R$ 2 mil, para
que no fim de cinco anos este duplique de valor?
Dados:
C = 2.000,00
t = 5 anos
M = 4.000,00 (o dobro)
J = 2.000,00 (Lembre-se que os juros é a diferença entre o Montante e o Capital)
i = ?? a.a
i = 20% ao ano
Exemplo: Considere o empréstimo de R$ 5 mil, no regime de juros simples, taxa de 2% ao mês
e prazo de 1 ano e meio. Qual o total de juros pagos nesta operação?
Dados:
C = 5.000,00
i = 2 % ao mês
t = 1,5 anos = 18 meses
J = ???
Substituindo na fórmula teremos
J = 5.000 x 18 x 0,02
J = 1.800,00
354 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática Financeira
JUROS COMPOSTOS
FÓRMULAS:
J=M–C M = C x (1 + i)t
OBSERVAÇÃO: Lembre-se que o Montante é igual ao Capital + Juros.
Onde:
J = Juros
M = Montante
C = Capital (Valor Presente)
i = Taxa de juros
t = Prazo
Como notamos na fórmula de juros compostos, a grande diferença para juros simples é que o
prazo (variável t ) é uma potência da taxa de juros e não um fator multiplicativo.
Assim poderemos encontrar algumas dificuldades para resolvermos questões de juros
compostos em provas de concurso público, onde não é permitido o uso de equipamentos
eletrônicos que poderiam facilitar estes cálculos.
Por este motivo, juros compostos podem ser cobrados de 3 maneiras nas provas de concurso
público.
1. Questões que necessitam da utilização de tabela.
2. Questões que são resolvidas com substituição de dados fornecidas na própria questão.
3. Questões que possibilitam a resolução sem a necessidade de substituição de valores.
Vamos ver um exemplo de cada uma dos modelos.
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JUROS COMPOSTOS COM A UTILIZAÇÃO DE TABELA
(1+i)t TAXA
5% 10% 15% 20%
1 1,050 1,100 1,150 1,200
2 1,103 1,210 1,323 1,440
3 1,158 1,331 1,521 1,728
4 1,216 1,464 1,749 2,074
PRAZO
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Matemática Financeira – Juros Compostos – Prof. Edgar Abreu
M = C x (1 + i)t
M = 100.000 x (1 + 0,10)2
M = 100.000 x (1,10)2
M = 100.00 x 1,21
M= 121.000,00
Resposta: O valor do montante será de R$ 121.000,00
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COMO RESOLVER
Exemplo: Qual o montante obtido de uma aplicação de R$ 2.000,00 feita por 2 anos a uma taxa
de juros compostos de 20% ao ano?
Dados do problema:
C = 2.000,00
t = 2 anos
i = 10% ao ano
M = ???
t
M = C x (1 + i)
M = 2.000 x (1 + 0,20)2
M = 2.000 x (1,20)2
M = 2.000 x 1,44
M= 2.880,00
Exemplo: Quais os juros obtidos de uma aplicação de R$ 5.000,00 feita por 1 ano a uma taxa de
juros compostos de 10% ao semestre?
Dados:
C = 5.000,00
t = 1 ano ou 2 semestres
i = 10% ao ano
M = C x (1 + i)t
M = 5.000 x (1 + 0,10)2
M = 5.000 x (1,10)2
M = 5.000 x 1,21
M= 6.050,00
Como a questão quer saber quais os juros, temos:
J=M–C
J = 6.050 – 5.000
J = 1.050,00
Assim os juros serão de R$ 1.050,00
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Matemática Financeira – Juros Compostos – Prof. Edgar Abreu
Exemplo: Uma aplicação de R$ 10.000,00 em um Fundo de ações, foi resgatada após 2 meses
em R$ 11.025,00 (desconsiderando despesas com encargos e tributos), qual foi a taxa de juros
mensal que este fundo remunerou o investidor?
Dados:
C = 10.000,00
t = 2 meses
M = 11.025,00
i = ??? ao mês
M = C × (1+ i)t
11.02 = 10.000 × (1+ i)
11.02
(1+ i) =
10.000
11.025
(1+i)2 =
10.000
105
(1+i) =
100
i = 1,05−1 = 0,05
i = 5% ao mês
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Geografia
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Geografia
PROCESSOS DE FORMAÇÃO
A Colônia
www.acasadoconcurseiro.com.br 363
A ocupação dos holandeses fez Recife prosperar, onde se estabeleceram muitos comerciantes
e mascates, enquanto Olinda continuava a ser o reduto dos senhores de engenho. Devido a
divergências quanto à demarcação de novas vilas, em 1710, os moradores de Olinda invadem o
Recife, dando inicio a chamada Guerra dos Mascates. O líder da ocupação, Bernardo Vieira de
Melo entrou para a história quando sugeriu que Pernambuco se tornasse uma república. Essa
foi a primeira vez que se falou em república no país. O conflito só terminou com a chegada, em
1711, do novo governador da região.
O Império
A República
Com o advento da República, Pernambuco procurou ampliar sua rede industrial, mas continuou
marcado pela tradicional exploração do açúcar. O Estado modernizou suas relações trabalhistas
e liderou movimentos para o desenvolvimento do Nordeste, como no momento da criação da
Sudene. A partir de meados da década de 1960, Pernambuco começou a reestruturar sua eco-
nomia, ampliando a rede rodoviária até o Sertão e investindo em polos de investimento no in-
terior do Estado. Na última década, consolidaram-se os setores de ponta da economia pernam-
bucana, sobretudos aqueles atrelados ao setor de serviços (turismo, informática, medicina) e
estabeleceu-se uma tendência constante de modernização da administração pública.
http://www.pe.gov.br/conheca/historia/
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Geografia
MESORREGIÕES
Aspectos ísicos
A mesorregião do São Francisco Pernambucano é uma das cinco mesorregiões do estado bra-
sileiro de Pernambuco. É formada por duas microrregiões e abrange 15 municípios.
Petrolina é a capital regional dessa mesorregião, que, além de possuir um importante porto
fluvial e um aeroporto internacional para exportações, é um polo agroindustrial, financeiro, e
comercial.
Localiza-se no Centro-Sul do Estado de Pernambuco. Faz divisa com os Estados do Piauí, Bahia
e Alagoas.
A mesorregião é circundada pela margem esquerda do Rio São Francisco, o qual faz divisa na-
tural com o Estado da Bahia. Graças ao rio, a região apresenta uma desenvolvida agricultura
irrigada, que coloca Pernambuco como um dos maiores produtores e exportadores de frutas
do país.
A vegetação nativa é composta por caatinga.
Os índices pluviométricos da região são muito baixos, entre 400mm e 800mm. Os meses mais
chuvosos são os do verão, enquanto que os mais secos são os da primavera. As temperaturas
ficam elevadas todo o ano, com mínimas anuais de 15°C e máximas que podem ultrapassar fa-
cilmente os 40°C. Foi no Município de Petrolina, no dia 3 de janeiro de 1964, onde foi registrada
a maior temperatura em Pernambuco, com o valor de 44.1°C.
Economia
Na sua porção mais seca, em que domina o clima semiárido com rios temporários e vegetação
de caatinga, a atividade econômica predominante é a pecuária bovina extensiva de corte. Já na
sua porção sul, o Rio São Francisco tem influência marcante. Às suas margens desenvolvem-se
culturas irrigadas, utilizando técnicas modernas que aumentam a produtividade. Esse aspecto
contribui cada vez mais para a instalação de agroindústrias, principalmente produtora de vi-
nhos. Merece destaque a produção de Cebola (Belém do São Francisco) e Arroz (Cabrobó), e de
frutas como manga, uva e melão (Petrolina, Lagoa Grande) para exportação. Nela também está
localizada a barragem de Itaparica sendo de grande importância para a região. Segundo uma
pesquisa da Revista Veja, Petrolina é uma das 20 futuras metrópoles nacionais.
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Áreas de fruticultura irrigada em Petrolina.
Pecuária e Avicultura.
(as principais estão em negrito)
Animal
Asininos
Bovinos
Caprinos
Equinos
Galináceos
Muares
Ovinos
Suínos
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Geografia – Mesorregiões – Prof. Luciano Teixeira
Produção Agrícola
(as principais estão em negrito)
Produto
Arroz Banana
Arroz Banana
Batata-doce Cebola
Cana-de-açúcar Coco-da-baía
Feijão Goiaba
Laranja Mamão
Mamona Mandioca
Manga Melancia
Melão Milho
Tomate Uva
Demografia
De acordo com a estimativa de 2015, a população dessa mesorregião totaliza 637.626 habi-
tantes, sendo que mais da metade vive no ambiente urbano. As cidades mais populosas são:
Petrolina (331.951), Santa Maria da Boa Vista (41.293), Petrolândia (35.342), Cabrobó (33.247),
e Floresta (31.809).
Com a transposição do rio São Francisco, cidades como Cabrobó e Floresta receberam uma
grande população e crescimento. Segundo o Censo 2010, a mesorregião poderá ter uma po-
pulação de pouco mais de 575.000 habitantes. Junto com Juazeiro/BA, Petrolina forma o maior
aglomerado urbano do Sertão Nordestino, as quais formam a Região Administrativa Integrada
de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro juntamente com outras três cidades pernam-
bucanas e três cidades baianas totalizando mais de 812.000 habitantes.
Transporte
Além de várias BRs que cortam a região, há também o aeroporto internacional de Petrolina, de
grande importância regional. A mesorregião também conta com o porto fluvial de Petrolina.
O porto de Petrolina é um importante porto fluvial, situado na margem esquerda do Rio São
Francisco. As embarcações que nele atracam servem tanto ao transporte de passageiros como
ao de produtos para o Sertão Nordestino.
O Aeroporto de Petrolina/Senador Nilo Coelho é um aeroporto que serve ao Município de Pe-
trolina, Lagoa Grande, Afrânio e Dormentes, em Pernambuco, e também ao Município de Ju-
azeiro, Casa Nova, Sobradinho e Curaçá, na Bahia. O Aeroporto de Petrolina possui a segunda
maior pista de aterissagem do Nordeste com 3.250 metros. Firma-se como um dos principais
do Nordeste, impulsionado pela produção do Vale do São Francisco, maior exportador de frutas
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do Brasil e responsável pela maior taxa de crescimento econômico da Região. Os investimentos
que a Infraero, administradora de 67 aeroportos, implementou em Petrolina, transformaram o
aeroporto no segundo maior do Nordeste.
São quatro as companhias aéreas que operam com voos regulares no aeroporto: a Gol Linhas
Aéreas, Avianca Brasil, TRIP Linhas Aéreas e a Tam Linhas Aéreas. O novo terminal de passa-
geiros do Aeroporto de Petrolina / Senador Nilo Coelho é totalmente climatizado, com equipa-
mentos de segurança modernos, como o circuito interno de TV e o sistema informativo de voo,
além de 18 pontos comerciais dentro do conceito de Aeroshopping. O aeroporto tem lancho-
netes, restaurante, lojas de artesanato e de produtos regionais, locadoras de veículos e termi-
nal de saque eletrônico. O Aeroporto de Petrolina atende a mais de 53 municípios nos Estados
de Pernambuco, Bahia e Piauí. Em 2008, o aeroporto recebeu mais de 207 mil passageiros.
Turismo
Belém do São Francisco
Casario e conjunto de igrejas do período colonial, bicas, praias fluviais, a Ilha do Caxauí.
Floresta
Reserva Biológica da Serra Negra, os Letreiros de Mãe D'Água (pinturas rupestres), sítios arqui-
tetônicos com casarões coloniais, praias fluviais, lagoas, riachos e serras.
Itacuruba
Praias fluviais e trilhas ecológicas.
Petrolândia
Trilhas ecológicas, a praia do Toco, o Mirante do Serrote, furnas, serras, além da Usina Hidroe-
létrica Luiz Gonzaga (Itaparica).
Tacaratu
Serras, grutas, fontes, cachoeiras, passeios ecológicos, Reserva Indígena Pankararu, casas de
farinha, bicas, igrejas, prédios históricos, artesanato (o distrito de Caraibeiras é centro produtor
de tecelagem em teares manuais, cuja produção é distribuída no Brasil e no Exterior), gastrono-
mia típica e folclore.
Petrolina
O Bodódromo, localizado em Petrolina, é o maior complexo gastronômico ao ar livre do Nor-
deste quando o assunto é carne de bode. No Bodódromo, os turistas podem apreciar o princi-
pal prato típico da região: bode assado. Com mais de dez restaurantes, o local, situado na Av.
São Francisco, ainda dispõe de área para shows musicais, quiosques e lanchonetes.
Um agradável passeio por entre as marcas do passado, presentes em pertences de vultos como
Lampião – o rei do cangaço, Dom Malán – primeiro bispo de Petrolina, coronel Quelê – pa-
triarca da família Coelho, Joãozinho do Pharol – pioneiro da imprensa escrita do interior do
Nordeste e tantos outros. Um encontro também com as exposições permanentes setorizadas
conforme as temáticas: Sala das Carrancas, Casa Nordestina, Rio São Francisco, Cangaço e íco-
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Geografia – Mesorregiões – Prof. Luciano Teixeira
nes nordestinos. Em cada espaço um detalhe novo salta aos olhos do visitante, possibilitando a
compreensão e o entendimento das transformações socioculturais e econômicas ocorridas ao
longo do tempo, na vida da terra e do homem destes sertões.
River Shopping é um shopping situado na região do Vale do São Francisco, na cidade de Pe-
trolina. É o maior shopping do Sertão Pernambucano, possuindo 100 lojas. Nele se encontram
as únicas salas de cinema da região, quatro salas da Orient Cinemas. Além das lojas âncora, o
River Shopping também abriga algumas lojas de presença nacional como Arezzo, Chilli Beans,
Cacau Show, Colcci, Playtoy, Mundo Verde e O Boticário. Por todo o shopping, há espalhados
quiosques diversos.
Cabrobó
Uma boa dica para quem visita Cabrobó é conhecer as diversas cachoeiras existentes na cidade.
Outra opção para o visitante é desfrutar das águas do rio São Francisco. Festa da Cebola e as
Vaquejadas também movimentam a cidade. Além disso, a festa da padroeira da cidade, Nossa
Senhora da Conceição, atrai turistas para a região.
Sertão Pernambucano
Indicadores
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A mesorregião do Sertão Pernambucano é uma das cinco mesorregiões do estado brasileiro de
Pernambuco. É formada pela união de 50 municípios distribuídos em quatro microrregiões.
Aspectos ísico
Essa mesorregião é a menos densamente habitada de Pernambuco. Suas maiores cidades são
Serra Talhada, Araripina e Arcoverde.
A mesorregião é cortada por rios abundantes, como rio Pajeú, rio Brígida e o rio Moxotó. Além
disso, as nascentes do rio de Ipojuca se localizarem em uma serra do município de Arcoverde.
Sua vegetação é composta pela caatinga, com árvores de médio porte, arbustos e estepe. Sua
fauna é rica principalmente em aves.
O índice pluviométrico é baixo em relação a outras regiões do estado, as médias pluviométricas
anuais variam entre 600 mm e 1.500 mm, sendo mal distribuídas ao longo do ano. Os meses
mais chuvosos são correspondentes aos do verão, com média entre 400 mm e 500 mm, e os
menos chuvosos correspondentes aos da primavera, com média entre 0 mm e 10 mm. As secas
são muito severas e ocorrem com frequência, o que é entrave para o desenvolvimento eco-
nômico e social da região, já que as obras da Transposição do rio São Francisco sofrem com o
descaso do Governo Federal.
O clima da região é o clima semiárido, com altas temperaturas na maior parte do ano e com
baixos índices de umidade relativa do ar, que variam entre 5% a 90%. As temperaturas rara-
mente caem para menos de 10°C no inverno e raramente ultrapassam os 41°C.
É uma das cinco mesorregiões do estado brasileiro de Pernambuco. É formada pela união de 71
municípios distribuídos em seis microrregiões.
Estende-se por uma área aproximada de 24 400 km², inserida entre a Zona da Mata e o Sertão.
Representa 24,7% do território pernambucano e conta com uma população de cerca de 1,8 mi-
lhão de habitantes (um quarto da população do estado).
Aspectos ísicos
Geologicamente a região está situada sobre o Planalto do Borborema em uma altitude média
entre 400 a 800 metros, sendo que em alguns pontos como nas microrregiões de Garanhuns e
do Ipojuca, as altitudes podem chegar 1000 metros.
A região está inserida na área de abrangência do Polígono das Secas, mas apresentando um
tempo de estiagem menor que a do sertão, devido à sua proximidade do litoral. Os índices plu-
viométricos podem variar em cada microrregião.
A região está situada em parte no Planalto da Borborema, o que confere à região um clima mais
ameno em relação ao semiárido e com maior índice pluviométrico. A região apresenta estações
do ano bem definidas, em comparação ao litoral e ao oeste pernambucano.
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Geografia – Mesorregiões – Prof. Luciano Teixeira
Clima
O Agreste Pernambucano possui um clima seco e quente, com diminuição de chuvas no verão
e temperatura média sempre superior a 25°C. A mínima no verão geralmente fica entre 20°C
e 25°C, e a máxima entre 30 e 35°C. A seca chega níveis críticos em quase todos os anos. Nos
anos de muita seca, fica entre 4 meses e 1 ano sem uma gota de chuva. O índice pluviométrico
é sempre inferior a 600mm acumulado em todos os anos.
É uma das cinco mesorregiões do estado brasileiro de Pernambuco. É formada pela união de 43
municípios distribuídos em três microrregiões. As cidades mais importantes por microrregião
são:
Na microrregião da Vitória de Santo Antão: Vitória de Santo Antão;
Na microrregião da Mata Setentrional Pernambucana (Zona da Mata Norte): Goiana, Carpina,
Timbaúba e Paudalho;
Na microrregião da Mata Meridional Pernambucana (Zona da Mata Sul): Palmares, Escada, Siri-
nhaém e Barreiros.
Aspectos ísicos
A Zona da Mata Pernambucana estende-se por uma área de 8.738 km2, limitando-se ao norte
com a Paraíba; ao sul, com Alagoas; ao leste, com a Região Metropolitana do Recife e, ao oeste,
com o Agreste. Possui população estimada em 1.193.661 habitantes.
A Zona da Mata foi a porta de entrada dos europeus em Pernambuco, pois, antes de existir
a Região Metropolitana do Recife, todas as cidades do leste pernambucano eram integrantes
dessa mesorregião – antes de vigorar a Lei Complementar nº 14, que criou outra mesorregião.
A região é servida pelas rodovias federais BR-232, BR-101 e BR-408. O nome "Zona da Mata"
refere-se ao que os portugueses viram desde o litoral, uma faixa de Mata Atlântica. O revelo é
ondulado e argiloso, com alturas variando entre o litoral ao interior, aumentando a altura para
o interior.
A mesorregião é cortada pelos rios mais importantes do estado, como o Rio Capibaribe, o Rio
Ipojuca e o Rio Ipanema, além de rios de menor extensão, como o Rio Siriji.
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A vegetação é composta por Mata Atlântica, que incluem árvores de médio e grande porte e
gramíneas, com uma rica fauna.
O índice pluviométrico e a umidade relativa do ar são elevados, com acumulados anuais
que ultrapassam os 2.500 mm, ao passo que a umidade ar varia de 30% a 100%. O clima
predominante é o clima tropical. As temperaturas são equilibradas ao longo do ano, com
mínimas que raramente chegam a menos de 15°C e máximas que nunca ultrapassam os 36°C.
Economia
A economia da Zona da Mata é composta principalmente pela plantação de cana-de-açúcar.
A região tem muitos engenhos e usinas. Ultimamente a região vem se destacando devido ao
crescimento no número de indústrias alimentícias e automotiva que vêm chegando desde 2010.
Os municípios de maior importância é Vitória de Santo Antão, Goiana, Palmares, e Carpina.
Outras cidades da região crescem bastante, principalmente Goiana, na Mata Norte, que
recebeu, em 2011, a planta da maior fábrica da Fiat no mundo, gerando muitos empregos para
a população local. A fábrica entrará em funcionamento em 2014. Puxada pela Fiat a empresa
de fabricação de peças automotivas, WHB, lançou a pedra fundamental na cidade de Glória do
Goitá no começo do ano de 2012.
É uma das cinco mesorregiões do estado brasileiro de Pernambuco. É formada por quatro
microrregiões, que totalizam 15 municípios, incluindo Vila dos Remédios (pertencente ao
arquipélago de Fernando de Noronha).
A MMR é caracterizada também por incluir a Região Metropolitana do Recife conhecida
pela sigla RMR, que possui 14 municípios, não fazendo parte Vila dos Remédios. A origem
institucional da mesorregião Metropolitana do Recife data dos anos 1970 (1973), embora a
identificação do fenômeno metropolitano remonte a meados do século XX, quando o urbanista
pernambucano Antônio Baltar (1951) caracteriza o Recife – município sede e núcleo da região
– como cidade transmunicipal / cidade conurbada / cidade metropolitana. Desde então, a vida
urbana do Recife se integra à dos municípios vizinhos, que, em relação a ele, conformam o
aglomerado metropolitano de mais alto nível de integração – Jaboatão dos Guararapes, Olinda
e Paulista.
Inicialmente composta por nove municípios, a MMR ampliou esse número ao longo de três
décadas, tanto por expansão de seu perímetro, quanto por desagregação de municípios
no seu interior, integrando, atualmente, 17 municípios (Jaboatão dos Guararapes, Olinda,
Paulista, Igarassu, Abreu e Lima, Camaragibe, Cabo de Santo Agostinho, São Lourenço da Mata,
Araçoiaba, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Moreno, Itapissuma e Recife) e um distrito estadual (o
Arquipélago de Fernando de Noronha).
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Geografia – Mesorregiões – Prof. Luciano Teixeira
História
A importância dessa mesorregião está ligada, desde os tempos coloniais, à atividade açucareira.
Para isso, também contribuíram o solo fértil, os rios e o clima quente e úmido. Antigamente, e
durante muito tempo, o açúcar produzido nas terras dessa mesorregião era exportado para a
Europa, através do porto do Recife, que até hoje é um importante porto brasileiro.
Municípios
Recife
Olinda
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Município População (2014) IDH (2013) PIB (2010) R$ mil PIB per capita
(2010) R$
0,788
Fernando de Noronha 2 884 38 747 14 484,70
alto
0,665
Igarassu 110 917 1 337 837 12 921,34
médio
0,653
Ilha de Itamaracá 24 413 138 598 6 202,10
médio
0,619
Ipojuca 89 660 9 560 448 116 198,31
médio
0,633
Itapissuma 25 514 491 757 20 447,26
médio
0,717
Jaboatão dos Guararapes 680 943 8 474,650 13 042,18
alto
0,652
Moreno 60 435 343 039 5 989,75
médio
0,735
Olinda 388 821 3 412 248 9 014,28
alto
0,732
Paulista 319 769 2 475 244 8 158,32
alto
0,772
Recife 1 608 488 33 149 385 21 434,88
alto
0,653
São Lourenço da Mata 109 298 611 817 5 891,13
médio
RMR 3 890 145 0,687 67 357 574 19 844,29
Economia
O PIB de 2009 da mesorregião foi de, aproximadamente, R$ 50.560.643.000 com uma
per capita de R$ 13.707,92. A intensa atividade comercial praticada nessa mesorregião
incentivou o surgimento de industrias: alimentares, têxteis, químicas, material elétrico,
cimento, metalúrgicas, comunicação, borracha sintética, concentrada principalmente nos
distritos industriais de Recife, Cabo, Jaboatão e Paulista. O Complexo Industrial e Portuário de
Suape, instalado nos municípios de Cabo e Ipojuca, a 40 km do Recife, conta com indústrias
petroquímicas, de fertilizantes, de material eletroeletrônico. Atualmente, o emprego de
modernas técnicas de cultivo da cana-de-açúcar resultou num aumento da produção
açucareira, parte absorvida pelo mercado nacional e o restante exportado a Europa, Estados
Unidos e países asiáticos. O PIB da mesorregião corresponde a 65% do estadual.
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Geografia – Mesorregiões – Prof. Luciano Teixeira
Hoje o porto é um dos maiores do Brasil, administrado pelo governo de Pernambuco. A Suape
opera navios nos 365 dias do ano, sem restrições de horário de marés. Para auxiliar as operações
de acostagem dos navios, o Porto dispõe de um sistema de monitoração de atracação de navios
a laser, que possibilita um controle efetivo e seguro, oferecendo ao prático condições técnicas
nos padrões dos portos mais importantes do mundo.
O Complexo Industrial e Portuário de Suape foi escolhido para a implantação dos seguintes
empreendimentos como: Refinaria Abreu e Lima, Estaleiro Atlântico Sul, Gerdau,Shineray,
Amanco, Pamesa, Pepsico, Hemobrás, Novartis, Bunge, Coca-Cola, Unilever, CSN, Mossi &
Ghisolfi, e a General Motors.
A Suape tem o poder de duplicar a renda de Pernambuco até 2020 e triplicar o PIB até 2030.
Porto Digital
O Porto Digital é um polo de softwares localizado na cidade do Recife, criado em julho de
2000. É reconhecido como o maior parque tecnológico do Brasil em faturamento e número
de empresas, totalizando 173 empresas em 2010, entre elas multinacionais como Motorola,
Borland, Oracle, Sun, Nokia, Ogilvy, IBM e Microsoft. Emprega cerca de seis mil pessoas, e tem
3,9% de participação no PIB do estado.
Mobilidade urbana
A atração exercida por essa metrópole é tão grande que, conforme Censo Demográfico de
2010, ela apresentou uma População de 3.668.428 habitantes. Os maiores municípios são
Recife (1.536.934), Jaboatão dos Guararapes (644.699), Olinda (375.559) e Paulista (300.611).
A densidade demográfica é uma das mais altas do País, sendo ela de 1.332 hab./km². A Grande
Recife é a maior metrópole do Nordeste e 5ª maior do Brasil. Estudos feitos pela ONU estimam
que, em 2015, a população da RMR será de 4,070 milhões)
Aeroporto Internacional
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e mais moderno sítio aeroportuário do Nordeste, conforme dados da Infraero. O terminal de
passageiros atual conta com uma área de 52.000m². Futuramente, será anexada uma área
adicional de 24.000m², proveniente do antigo terminal, o que elevará a capacidade do complexo
aeroportuário para 11,2 milhões de passageiros por ano. Além disso, conta com um pátio com
26 posições para aeronaves e 11 pontes de embarque, 64 balcões de check-in e 2.120 vagas de
estacionamento. Está localizado no bairro do Ibura, no Recife, capital de Pernambuco, a 11 km
do centro.
Portos
Porto do Recife
O porto do Recife, com seu terminal açucareiro, é um dos mais movimentados do Brasil, sendo
o principal escoadouro de açúcar do Nordeste. Devido à sua excelente posição geográfica,
serve de escala aos navios que ligam o Brasil aos países europeus, aos Estados Unidos e ao
resto do mundo. O porto do Suape localiza-se a 40 km ao sul do Recife. Sua posição geográfica
privilegiada faz dele ponto de convergência das principais rotas comerciais que interligam a
costa brasileira ao Hemisfério Norte. Começou a operar em 1984, movimentando basicamente
derivados do petróleo e álcool. Como é dotado de grande calado (grande profundidade), Suape
será também um porto concentrador de cargas de todo o litoral da América do Sul. O Complexo
Industrial e Portuário de Suape abrange uma área de 13.500 hectares e possui várias zonas:
portuária, administrativa, industrial, agrícola, residencial, de preservação ecológica e cultural.
A mesorregião está recebendo atualmente o Estaleiro Atlântico Sul, uma das maiores obras de
portos do Brasil.
Metrô
Metrô do Recife
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Geografia – Mesorregiões – Prof. Luciano Teixeira
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Geografia
Microrregião é, de acordo com a Constituição brasileira de 1988 (art. 25, §3º), um agrupamento
de municípios limítrofes.
Sua finalidade é integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de
interesse comum, definidas por lei complementar estadual.
Entretanto, raras são as microrregiões assim definidas. Consequentemente, o termo é muito
mais conhecido em função de seu uso prático pelo IBGE que, para fins estatísticos e com base
em similaridades econômicas e sociais, divide os diversos estados da federação brasileira em
microrregiões.
Pernambuco, PE – 185 municípios, 5 mesorregiões e 19 microrregiões.
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Geografia
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15. Jataúba
15. Primavera 16. Lagoa dos Gatos
16. Quipapá 17. Panelas
17. Ribeirão 18. Pesqueira
15. Nazaré da Mata
18. Rio Formoso 19. Poção
16. Paudalho
19. São Benedito do Sul 20. Riacho das Almas
17. Timbaúba
20. São José da Coroa Grande 21. Sairé
18. Tracumhaém
21. Sirinhaém 22. Sanharó
19. Vicência
22. Tamandaré 23. São Bento do Una
23. Vitória de Santo Antão 24. São Caetano
24. Xexéu 25. São Joaquim do Monte
26. Tacaimbó
AGRESTE MERIDIONAL AGRESTE SETENTRIONAL
1. Águas Belas
2. Angelim
3. Bom Conselho
4. Brejão
1. Bom Jardim
5. Buíque
2. Casinhas
6. Caetés
3. Cumaru
7. Calçado
4. Feira Nova
8. Canhotinho
5. Frei Miguelinho
9. Capoeiras
6. João Alfredo
10. Correntes
7. Limoeiro
11. Garanhus
8. Machados
12. lati
9. Orobó
13. Itaíba
10. Passira
14. Jucati
11. Salgadinho
15. Jupi
12. Sta. Cruz do Capibaribe
16. Jurema
13. Sta. Maria do Cambucá
17. Lagoa do Ouro
14. São Vicente Férrer
18. Lajedo
15. Surubim
19. Palmeirinha
16. Taquaritinga do Norte
20. Paranatama
17. Toritama
21. Pedra
18. Vertente do Lério
22. Saloá
19. Vertente
23. São João
24. Terezinha
25. Tupanatinga
26. Venturosa
ITAPARICA ARARIPE RMR – NÚCLEO OESTE-SUL
1. Araripina
2. Bodocó
1. Belém de S. Francisco
3. Exu
2. Camaubeira da Penha 1. Cabo do Sto. Agostinho
4. Granito
3. Floresta 2. Ipojuca
5. Ipubi
4. Itacuruba 3. Jaboatão dos Guararapes
6. Moreilândia
5. Jatobá 4. Moreno
7. Curricuri
6. Petrolândia 5. São Lourenço da Mata
8. Santa Cruz
7. Tacaratu
9. Santa Filomena
10. Trindade
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Geografia – Regiões de Desenvolvimento-RD – Prof. Luciano Teixeira
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Geografia
CLIMA
O Estado está inserido na zona intertropical. Duas tipologias climáticas dominam o Estado de
Pernambuco, cada qual em área diversa.
Na Baixada Litorânea (Zona da Mata), predomina o clima tropical com temperaturas chegando
à casa dos 24°C. As chuvas nessa região giram em torno dos 1.500mm anuais, sendo maior este
índice no litoral (2.000mm/ano).
Em outras duas áreas, Agreste (no centro) e Sertão (oeste do Estado) ocorre o clima
caracterizado como semiárido quente. As temperaturas mais altas são registradas no sertão
(26°C), diminuindo mais para o centro, chegando à casa dos 22°C, devido às altitudes ali
localizadas (planalto da Borborema).
Quanto às chuvas, o índice anual supera 2.000mm/ano nessa região. Já no Sertão, as chuvas
são escassas e irregulares. São registrados índices pluviométricos inferiores a 600mm/ano,
originando, dessa forma, o fenômeno da seca.
A exemplo de algumas regiões do Nordeste, Pernambuco apresenta uma zona de transição
climática entre o clima do Sertão (seco) e o do Litoral, mais precisamente na Zona da Mata
(úmido).
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Polígono das Secas
Os municípios que formam o Polígono das Secas são aqueles relacionados no Manual de
Preenchimento da DITR, situados nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais,
Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, compreendendo grande parte do
Nordeste brasileiro geoeconômico. Essa região é reconhecida pela legislação como sujeita a
repetidas crises de prolongamento das estiagens e, consequentemente, é objeto de especiais
providências do setor público.
Constitui-se de diferentes zonas geográficas, com distintos índices de aridez. Em algumas
delas, o balanço hídrico é acentuadamente negativo, onde somente se desenvolve a caatinga
hiperxerófila sobre solos delgados. Existem também áreas de balanço hídrico positivo e
presença de solos bem desenvolvidos. Contudo, na área delimitada pela poligonal, ocorrem,
periodicamente, secas anômalas que se traduzem, na maioria das vezes, em grandes
calamidades, ocasionando sérios danos à agropecuária nordestina e graves problemas sociais.
O Polígono (ver mapa) abrange oito dos nove Estados nordestinos – o Maranhão é a única
exceção e corresponde a 962.857,3 km² da área que corresponde a região Nordeste.
Hádiferentes zonas geográficas, com distintos índices de aridez. O combate às secas vem
sendo feito com a construção de açudes e distribuição de verbas às prefeituras dos municípios
atingidos.
Estudos indicam que o fenômeno da seca remonta a milhares de anos, antes mesmo da
ocupação humana no Nordeste brasileiro. De acordo com dados da Coordenação de Defesa
Civil da extinta Sudene, a ocorrência de secas na Região se verifica desde antes da chegada dos
europeus ao continente. Alguns vestígios de barragens foram encontrados em rios no Estado
do Ceará, o que, segundo relato do historiador Pompeu Sobrinho, mostra que o homem nativo
do Nordeste já utilizava pedras para represar a água dos rios.
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Geografia – Processos de Formação – Prof. Luciano Teixeira
As causas das secas têm proporção planetária e são influenciadas por diversos fatores, entre
os quais vale destacar: diferença de temperatura superficial das águas do Atlântico Norte,
que são mais quentes, e do Sul, frias; deslocamento da Zona de convergência intertropical
para o Hemisfério Norte, em épocas previstas para permanência no Sul; e o aparecimento do
fenômeno conhecido como El Niño, caracterizado pelo aumento da temperatura no Oceano
Pacífico Equatorial Leste. A topografia acidentada do Nordeste e a alta refletividade da crosta
são os principais fatores locais inibidores da produção de chuvas.
(Mapa da elevação da temperatura nos últimos 10 anos)
Climograma de Recife – PE
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Geografia
VEGETAÇÃO
Mandacaru, umbuzeiro, juazeiro, angico, baraúna. Teiú, tatu-peba, cotia, preá, asa-branca, car-
cará. Espalhados por aproximadamente 800 quilômetros quadrados do território brasileiro, os
personagens da flora e fauna catingueira lhe impingem beleza própria. Mas não são só eles. O
povo da Caatinga também contribui com sua bravura, resistência e, principalmente, com o or-
gulho que sente de ser sertanejo (nome típico de seus habitantes) para que ela seja única.
Luiz Gonzaga, nosso eterno “Rei do Baião”, que o diga! A canção “Asa Branca”, que o pernam-
bucano compôs com o parceiro Humberto Teixeira, e que ficou eternizada em sua voz e sanfona
inconfundíveis, é uma das mais bonitas declarações de amor ao Sertão brasileiro, lugar que,
à primeira vista, pode até parecer uma desolação sem fim, mas que, com um pouco mais de
atenção, revela-se um cenário onde a luta pela vida e a bravura falam muito mais alto.
Chamada pelos índios de “mata branca”, a vegetação retorcida, o solo pedregoso, árido, e o
baixo índice pluviométrico da Caatinga não são para qualquer um. A natureza e toda a gente do
Sertão tiveram de se adaptar. Na ausência das chuvas, que pode se estender por meses a fio,
plantas, bichos e gente desenvolveram estratégias para se manterem vivos. Os peixes anuais,
por exemplo, enquanto aguardam a chegada das primeiras águas, enterram seus ovos na areia
do leito de lagoas, poças e rios intermitentes (aqueles que desaparecem na estiagem e rea-
parecem após as “cheias”). Assim que a chuva cai, os ovos eclodem, dando início ao ciclo vital
novamente.
Mesmo quando chove, o solo pedregoso da Caatinga não dá conta de armazenar água e a tem-
peratura elevada, com médias que variam entre 25 e 29 graus Celsius, provoca intensa evapo-
ração. Na longa estiagem enfrentada ano a ano, o Sertão assemelha-se a um semideserto. As
folhas da maioria das árvores já caíram, o gado e a fauna nativa começam a emagrecer, os rios
intermitentes deixam de correr e as lagoas secam.
Sem folhas, as árvores, de caule e casca finos, adquirem cor esbranquiçada, o que justifica o
apelido de “mata branca” da Caatinga. O calor do sol atinge o solo em cheio, o qual se racha
e fica coberto de trincas. Cíclicas e prolongadas, as secas interferem de forma decisiva na vida
dos bichos, plantas e do povo do sertão. Para driblá-la, o sertanejo se vira como pode e a natu-
reza “paga o pato”.
No Araripe, em Pernambuco, os agricultores familiares desmatam a mata nativa e vendem a
madeira para alimentar as fornalhas do Polo Gesseiro da região. Responsável pela produção de
95% da produção nacional de gesso, o englobado de 11 municípios fica a 600 quilômetros de
Recife (PE). “A matriz energética para a fabricação de gesso é a vegetação da Caatinga”, conta
Márcio Moura, agrônomo da ONG Caatinga, presente há 17 anos na região.
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Foto: Matheus ML/CC Flickr
O trabalho que realiza, de conscientização ecológica com práticas de conservação do solo, não
é capaz de frear os agricultores locais. Na atividade pecuária, eles também impactam a Caatin-
ga, provocando o empobrecimento do solo, a poluição e a contaminação dos lençóis freáticos.
Foi esse o jeito que encontraram de reduzir os custos de mão de obra.
“Os agricultores daqui desmatam a vegetação catingueira para criar bovinos. Quando a área
perde todo o capim, eles procuram outra e outra e outra. Até que retornam a primeira e, para
acabar com a vegetação primária que cresceu ali, usam e abusam de herbicidas. Em seguida
plantam novamente o capim”, relata Moura.
A Caatinga, assim como o Cerrado, não está incluída na Constituição Federal do Brasil, e des-
de o período colonial vem sofrendo degradação: “É como se não fôssemos importantes como
a Amazônia ou a Mata Atlântica. Nem a intensa produção de mel na região, com mais de mil
espécies melíferas, é valorizada. O poder público local é despreparado e não há fiscalização”,
alerta o agrônomo da ONG Caatinga.
Há pouco mais de dois anos, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) divulgou os números da degradação na Caatinga. O desmatamento do bio-
ma havia saltado de 43,38% em 2002, para 45,39% em 2008, o que significa que 16.576 km2
(área equivalente a 1.657.600 campos de futebol) da Caatinga já haviam sido retirados. Entre
2002 e 2008, a taxa média de desmatamento anual registrou 2.763 km2, com precisão na iden-
tificação de 98,4%.
Os estados que mais desmataram foram Bahia (638 km2), Ceará (440 km2) e Piauí (408 km2).
Entre os municípios que apresentaram maiores áreas de supressão de floresta estão Mucugê e
Ruy Barbosa (BA) e Cabrobó (PE).
A ONG Caatinga informa, entretanto, que dados mais atuais da Embrapa apontam que 60% da
vegetação catingueira já foram desmatadas.
Êxodo rural – Embora os antigos agricultores ainda permaneçam no Sertão do Araripe e, cora-
josos, continuem a enfrentar a seca, a juventude está migrando para as grandes cidades. “Falta
crédito, falta terra, falta assessoria técnica. Tudo isso, aliado a ausência de escolas (no lugar do
professor vir até a zona rural é o aluno que vai até a cidade para cursar o Ensino Fundamental e
Médio) é um prato cheio para a migração”, avalia Moura.
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Geografia – Vegetação – Prof. Luciano Teixeira
Contrariando essa realidade, está Lourivalnda Alves de Souza, 25 anos. Nascida no município de
Bodocó (PE), a jovem, que trabalha e estuda em Ouricuri (PE), diz que “não há política pública
aqui que valorize a cultura dos jovens; influenciados pela mídia, eles se sentem desvalorizados,
sem identidade própria e vão embora”. E sinaliza para a importância da educação no processo
de valorização da cultura: “O ensino deveria se basear na realidade local. O ‘a’ que aprendi na
escola era de avião e não de um dos bichos ou árvores de nossa fauna”.
A Caatinga é única, de beleza indiscutível quando floresce. Sua resistência se compara à de seu
próprio povo que, apesar de sofrido, é forte! ”
De Ouricuri, Lourivalnda revela de onde vem essa força do povo do Sertão. “O sertanejo é alti-
vo, bravo e estrategista por natureza; aprendeu com a Caatinga a guardar o alimento, a semen-
te e a água para, na época da escassez, garantir a própria sobrevivência”, orgulha-se.
• Zona da Mata (faixa próxima ao litoral) – A maior cidade nessa região é a capital, Recife. O
litoral pernambucano tem belas praias, destacando-se a Praia de Boa Viagem (na própria
capital) e Porto de Galinhas. Toda a faixa é uma grande planície, com alguns locais abaixo
do nível do mar, várzeas e lagos. A vegetação predominante são os manguezais. O clima na
Zona da Mata é tropical.
• Agreste (faixa de transição) – A maior cidade dessa região é Caruaru, a 120 km de Recife.
Trata-se de um planalto, com altitudes que variam de 400 a 1000 metros. A vegetação
predominante é a Mata Atlântica. O clima no Agreste é semiárido.
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• Sertão (zona semiárida) – Trata-se do oeste do Estado, região marcada por Serras, chapadas
e depressões. A principal cidade da região é Petrolina. A vegetação típica da região é a
caatinga. O clima é semiárido quente.
Ao sul do estado, encontra-se uma região serrana, continuação da Chapada Diamantina (Bahia).
Devido à altitude, as cidades de Garanhuns e Gravatá são conhecidas pelo clima moderado.
Os rios mais importantes de Pernambuco são: Rio São Francisco, Capibaribe, Una, Pajeú, Ipoju-
ca e Jaboatão.
Outras cidades importantes de Pernambuco são: Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e
Camaragibe.
Outro grande destaque de Pernambuco é o Arquipélago de Fernando de Noronha, formado por
21 ilhas, localizado a uma distância de 545 km de Recife.
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Geografia
HIDROGRAFIA
As grandes bacias hidrográficas de Pernambuco possuem duas vertentes: o Rio São Francisco
e o Oceano Atlântico. As bacias que escoam para o Rio São Francisco formam os chamados
rios interiores sendo os principais: Pontal, Garças, Brígida, Terra Nova, Pajeú, Moxotó, Ipanema,
além de grupos de pequenos rios interiores. As bacias que escoam para o Oceano Atlântico,
constituem os chamados rios litorâneos, e os principais são: Goiana, Capibaribe, Ipojuca,
Sirinhaém, Una e Mundaú e GL.
O plano estadual de recursos hídricos (1998) dividiu o estado em 29 unidades de planejamento
(up), caracterizando, assim, a divisão hidrográfica estadual, composta de 13 bacias hidrográfi-
cas, 6 grupos de bacias de pequenos rios litorâneos (gl1 a gl6), 9 grupos de bacias de pequenos
rios interiores (GL1 a GL9) e uma bacia de pequenos rios que compõem a rede de drenagem do
arquipélago de fernando de noronha. é importante salientar que a bacia GL1 drena parte para
o rio são francisco (riacho traipu) e parte para o oceano atlântico (rio paraíba).
A maior parte das grandes bacias hidrográficas pernambucanas situa-se integralmente dentro
dos limites do estado, exceto as bacias dos rios una, mundaú, ipanema e moxotó que possuem
parte de sua área de drenagem no estado de alagoas. além dessas, há pequenas bacias
compartilhadas com os estados do ceará (GL9), paraíba (GL6) e alagoas (GL5).
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Hidrografia
Há poucos lagos e lagoas no estado, como a Lagoa do Araçá e a Lagoa Olho D'Água, ambas na
Região Metropolitana do Recife. Na periferia do município do Recife, encontram-se dois belos
cartões postais do município, os Açudes do Prata e de Apipucos, sendo o primeiro pertencente
ao Parque Dois Irmãos. Além disso, existe um conjunto de reservatórios distribuídos por todo o
estado, com destaque para o Reservatório de Jucazinho, considerado o maior de Pernambuco,
localizado na região Agreste, próximo ao município de Surubim. Os manguezais são abundan-
tes em todo o litoral, porém foram praticamente extintos na RMR devido à urbanização (com
a exceção do maior mangue urbano do Brasil, cercado por bairros da zona sul do município do
Recife, como Boa Viagem). Porém, nos anos 1990, houve um programa de reimplantação do
mangue nas margens do Rio Capibaribe, desenvolvido pela prefeitura do Recife, trazendo de
volta a vegetação ao rio por toda o município.
Rios
São Francisco, Capibaribe, Ipojuca, Una, Pajeú e Jaboatão são os rios principais. O São Francisco
é de importância vital para o interior do estado, principalmente para a distribuição de umidade
através de irrigação.
Volume Bacia
Reservatório Município Cap. Máx. Data %
(hm3) Hidrográfica
ABÓBORAS PARNAMIRIM 14.350 04/04/2016 0 0 TERRA NOVA
ALGODOES OURICURI 58.481 21/03/2016 736 1 BRIGIDA
ARARIPINA
ARARIPINA 3.702 28/01/2014 0 0 BRIGIDA
(BAIXIO)
ARCOVERDE/
PEDRA 16.800 25/02/2016 159 0 IPANEMA
RIACHO DO PAU
SÃO JOSÉ DO
ARRODEIO 14.522 03/12/2015 0 0 PAJEU
BELMONTE
BARRA SERTANIA 2.738 25/02/2016 0 0 MOXOTO
BARRA DA
AFRÂNIO 1.374 05/01/2015 0 0 PONTAL
MELANCIA
BARRA DO
CABROBO 1.600 11/06/2014 0 0 TERRA NOVA
CHAPEU
BARRA DO JUÁ FLORESTA 71.474 05/04/2016 1.188 1 PAJEU
BARREIRA
DA ALEGRIA AFRÂNIO 2.880 21/10/2009 0 0 PONTAL
(AFRÂNIO)
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Geografia – Hidrografia – Prof. Luciano Teixeira
Volume Bacia
Reservatório Município Cap. Máx. Data %
(hm3) Hidrográfica
CABO DE SANTO
BITA 2.779 28/04/2016 2.769 99 GL2
AGOSTINHO
BREJO DOS
SÃO CAETANO 356 15/04/2016 356 100 IPOJUCA
COELHOS
CACIMBA SANTA CRUZ 1.732 28/04/2015 1.701 98 GARCAS
MUNDAU GARANHUNS 1.968 25/02/2016 1.968 100 MUNDAU
PAU FERRO
QUIPAPÁ 12.174 20/01/2016 11.937 98 UNA
(UNA)
SIRIGI VICÊNCIA 17.260 05/04/2016 17.237 99 GOIANA
SÃO LOURENÇO
VÁRZEA DO UNA 11.568 28/04/2016 11.077 95 CAPIBARIBE
DA MATA
VARZINHA OURICURI 1.127 28/04/2015 1.109 98 BRIGIDA
Volume Bacia
Reservatório Município Cap. Máx. Data %
(hm3) Hidrográfica
CABO DE SANTO
PIRAPAMA 60.937 28/04/2016 61.659 101 GL2
AGOSTINHO
CABO DE SANTO
SICUPEMA 3.200 28/04/2016 3.210 100 GL2
AGOSTINHO
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Geografia
POPULAÇÃO
Segundo o Censo Demográfico de 2010 realizado pelo IBGE (última contagem oficial), a
população de Pernambuco era de 8.796. 448 habitantes, sendo o sétimo estado mais populoso
do Brasil, representando 4,7% da população brasileira. Do total, 4.230.681 habitantes eram
homens e 4.565.767 habitantes eram mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 7.052.210
habitantes viviam na zona urbana e 1.744.238 na zona rural. O maior aglomerado urbano do
estado é a Região Metropolitana do Recife, que além da capital, possui mais 13 municípios,
e, com 3.688.428 habitantes recenseados, era, em 2010, a sexta mais populosa região
metropolitana/RIDE do Brasil, e a mais populosa do Norte-Nordeste.
Densidade populacional dos municípios de Pernambuco (2010).
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Municípios mais populosos de Pernambuco
(estimativa 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
Posição Localidade População Posição Localidade População
1 Recife 1 617 183 11 Igarassu 112 463
Jaboatão dos São Lourenço da
2 686 122 12 110 264
Guararapes Mata
Santa Cruz do
3 Olinda 389 494 13 101 485
Capibaribe
4 Caruaru 347 088 14 Abreu e Lima 98 602
5 Petrolina 331 951 15 Ipojuca 91 341
6 Paulista 322 730 16 Serra Talhada 84 352
Cabo de Santo
7 200 546 17 Araripina 82 800
Agostinho
8 Camaragibe 154 054 18 Gravatá 81 893
9 Garanhuns 136 949 19 Carpina 81 054
Vitória de Santo
10 135 805 20 Goiana 78 618
Antão
Etnias
Segundo dados publicados pelo IBGE, relativos ao ano de 2009, a população de Pernambuco
está composta por: pardos (57,6%); brancos (36,6%); pretos (5,4%); e amarelos e indígenas
(0,3%). De acordo com um estudo genético de 2013, a composição genética da população de
Pernambuco é 56,8% europeia, 27,9% africana e 15,3% ameríndia.
Naivos e africanos
Indígenas: A presença de indígenas em Pernambuco data de mais 10 mil anos. Pinturas
rupestres são encontradas em várias áreas do Sertão e Agreste do estado, sendo as mais
conhecidas as do Vale do Catimbau no Município de Buíque, Agreste Pernambucano. Segundo
dados da Funai, Pernambuco possui cerca de 40 mil índios nos dias atuais.
Negros: O estado contou com a presença do negro desde o século XVI. Nesse período, os
portugueses introduziram a cultura da cana-de-açúcar na região, utilizando-se da mão de obra
escrava de origem indígena e africana. Os engenhos multiplicaram-se rapidamente e a produção
de açúcar tornou-se a principal atividade econômica da colônia. O número de cativos de origem
africana também cresceu bastante em Pernambuco. Em 1584, 15 mil escravos labutavam em
pelo menos 50 engenhos. Esse número subiu para 20 mil escravos em 1600. Já na metade do
século XVII, a população escrava somava entre 33 e 50 mil pessoas.
398 www.acasadoconcurseiro.com.br
Geografia – População – Prof. Luciano Teixeira
Pernambuco foi uma das regiões que mais receberam escravos africanos no Brasil. Durante
o tráfico negreiro, 824.312 africanos, 17% de todos os escravos trazidos ao Brasil, entraram
por Pernambuco. Dos africanos no estado, 79% eram provenientes do Centro-Oeste africano.
Atualmente, situam-se nessa região os países de Angola, República do Congo e República
Democrática do Congo.
Europeus
Portugueses: Além do legado genético, arquitetônico, musical e dialectual, Portugal se
faz presente, em Pernambuco, com o Clube Português do Recife, o Real Hospital Português
de Beneficência, o Gabinete Português de Leitura e o Consulado de Portugal. O surgimento
do tradicional hóquei sobre patins em Pernambuco, na década de 1950, por exemplo, é
consequência da imigração portuguesa. Os portugueses também participaram da povoação das
regiões do São Francisco e do Sertão Pernambucano, adquirindo terras para a criação extensiva
de gado.
Espanhóis: Nos primórdios da colonização, junto aos portugueses, os espanhóis fizeram-
se presentes. Entre as últimas décadas do século XIX e o início do século XX, Recife também
recebeu imigrantes oriundos da Espanha. No final de 2012, 685 espanhóis tinham registro no
Consulado Honorário da Espanha no Recife como radicados na capital pernambucana.
Italianos: A imigração italiana para Pernambuco entre o final do século XIX e início do século
XX foi pequena e concentrada ao longo do litoral ou na capital, com italianos provenientes
principalmente das províncias de Cosenza, Salerno e Potenza. Atualmente há um número
significativo de descendentes de italianos no estado: cerca de 200 mil.
Alemães: Os primeiros registros de alemães datam do século XVII, com a chegada da corte
holandesa no Estado, que trouxe alguns alemães. As duas guerras mundiais também
impulsionaram a colônia alemã no Recife, que chegou a contar com mais de 1,2 mil imigrantes.
Essa presença alemã pode ser observada no Deutscher Klub Pernambuco, fundado em 1920, e
que antes era restrito apenas à colônia alemã e seus descendentes.
Holandeses: Os holandeses, apesar de terem quase majoritariamente partido do Estado,
deixaram algumas famílias na capital. Da época da invasão holandesa — embora a miscigenação
não tenha sido oficialmente estimulada —, há relatos de muitas uniões interraciais. A ausência
de mulheres holandesas estimulou a união e o casamento de oficiais e colonos holandeses com
filhas de abastados senhores de engenho luso-brasileiros e, mais informalmente, destes com
índias, negras, caboclas e mulatas locais.
Ingleses: No começo do século XIX, quando o príncipe regente Dom João abriu os portos do país,
os ingleses começaram a chegar ao Brasil – em especial, para Recife, São Paulo, Rio de Janeiro
e Salvador. Nessa época, a cidade do Recife possuía aproximadamente 200.000 habitantes, e a
colônia inglesa já se apresentava de forma bastante expressiva.
Árabes e judeus
Árabes: No Recife, uma das marcas dos imigrantes é o Clube Líbano Brasileiro, erguido pela
colônia libanesa no bairro do Pina. O primeiro contato árabe com o Estado, entretanto, fez-
www.acasadoconcurseiro.com.br 399
se com missionários católicos sírios que chegaram a Pernambuco nas caravanas portuguesas.
O estado de Pernambuco também abriga a segunda maior comunidade palestina do Brasil,
concentrada na cidade do Recife, que começou a receber os primeiros imigrantes em 1903.
Hoje a comunidade tem cerca de 5 mil pessoas.
Judeus: O judaísmo em Pernambuco está presente desde o século XVI, quando os judeus
convertidos ao cristianismo eram considerados cristãos-novos, sendo muitos deles senhores
de engenho. Porém, existia a suspeita de prática escondida da religião judaica. Obtiveram
liberdade de professar a religião nos tempos de Maurício de Nassau, que logo foi combatida,
quando os portugueses voltaram ao domínio da economia açucareira. No Recife, há hoje uma
comunidade de 1,6 mil judeus.
400 www.acasadoconcurseiro.com.br
Geografia – População – Prof. Luciano Teixeira
Religião
A religião verificável no estado varia entre católicos e evangélicos ao lado de minorias como
espíritas, judeus, umbandistas, testemunhas de Jeová e santos dos últimos dias. A maior religião
do estado é a católica de acordo com dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 8.796.032 habitantes que residiam
no estado naquele ano, 66,3% declararam-se católicos (5,8 milhões), 20,3% declararam-se
evangélicos (1,7 milhão), e 1,4% declararam-se espíritas (123 mil).
Evangélicos
Pernambuco é a unidade federativa da região Nordeste com a maior concentração de
evangélicos, tanto em números absolutos quanto em termos proporcionais. 20,3% da
população do estado, o que corresponde a mais de 1,7 milhão de pernambucanos. Declara-se
protestante, de acordo com o Censo 2010 do IBGE, percentual muito superior aos percentuais
encontrados nos demais estados nordestinos.
Pernambuco possui as mais diversas denominações protestantes, como a Assembleia de Deus,
igreja protestante com maior quantidade de fiéis e templos no estado. Outras denominações
pentecostais e neopentecostais presentes em Pernambuco são, entre muitas: Congregação
Cristã no Brasil, Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Apostólica Renascer em Cristo,
Igreja Mundial do Poder de Deus, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja do Evangelho
Quadrangular, Igreja Episcopal Carismática e Igreja do Nazareno.
Entre as denominações evangélicas tradicionais, possuem templos no estado as igrejas de
orientação batista, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Presbiteriana, a Luterana, a
Anglicana, a Metodista e a Congregacional.
www.acasadoconcurseiro.com.br 401
Outras religiões
Entre os cristãos não católicos e não protestantes, destacam-se os Espíritas, os Santos dos
Últimos Dias e as Testemunhas de Jeová. O templo afro-brasileiro mais conhecido é o Terreiro
do Pai Adão, no Recife.
Os judeus também estão presentes. Algumas das personalidades judias que moraram na capital
pernambucana foram a escritora Clarice Lispector, o filósofo Luiz Felipe Pondé, o engenheiro
Mário Schenberg, o paisagista Roberto Burle Marx, entre outros. Os budistas, hinduístas e
muçulmanos não possuem relevância na população do estado.
Governo e políica
http://www.pe.gov.br/conheca/populacao/
402 www.acasadoconcurseiro.com.br
Geografia
ECONOMIA
À época do Brasil Colônia, Pernambuco era a mais rica das capitanias e responsável por mais
da metade das exportações brasileiras de açúcar. Sua riqueza foi alvo do interesse de outras
nações e, no século XVII, os holandeses estabelecem-se no estado. A cana-de-açúcar continua
sendo o principal produto agrícola da Zona da Mata pernambucana, embora o estado não mais
seja o maior produtor do país. Apesar do declínio do açúcar, Pernambuco se manteve entre as
cinco maiores economias estaduais do país até meados da década de 1940: em 1907, o estado
tinha a quarta maior produção industrial do Brasil, após Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande
do Sul e à frente de estados como Minas Gerais e Paraná; e em 1939, Pernambuco era ainda
a quinta maior economia entre os estados brasileiros, após São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais e Rio Grande do Sul.
Atualmente a economia de Pernambuco tem como base a agricultura, a indústria e os serviços.
O setor de serviços é predominante (algo típico na economia pós-urbanizatória vivida pelo
Brasil nas últimas décadas), seguido pela indústria (naval, automobilística, química,metalúrgica,
de vidros planos, eletroeletrônica, de minerais não metálicos, têxtil e alimentícia).
Após ter ficado estagnada durante a chamada "década perdida" (1985 a 1995), a economia
pernambucana vem crescendo rapidamente desde o fim do século XX. Na Era Vargas,
Pernambuco ainda aparecia entre os cinco maiores geradores de riqueza, à frente de estados
que foram mais subsidiados no período ditatorial, a exemplo do Paraná (via Itaipu, dentre
outros empreendimentos). No fim da década de 2000, a construção civil liderou o crescimento
econômico de Pernambuco, seguida pela indústria de transformação e pelos serviços.
O estado assiste a uma importante mudança em seu perfil econômico com os recentes inves-
timentos nos setores petroquímico, biotecnológico, farmacêutico, de informática, naval e au-
tomotivo, que estão dando novo impulso à economia do estado, que vem crescendo acima
da média nacional. Além da importância crescente do setor de informática (o Porto Digital é o
maior parque tecnológico do Brasil), do setor terciário – sobretudo das atividades turísticas –, e
do setor industrial em torno do Porto de Suape, merecem destaque a produção irrigada de fru-
tas ao longo do Rio São Francisco, quase que totalmente voltada para exportação, concentrada
no município de Petrolina, em parte devido ao aeroporto internacional com grande capacidade
para aviões cargueiros do município; e a floricultura, que começa a ganhar espaço, com plan-
tações de rosas, gladiolus, e crisântemos. Outros polos dinâmicos de desenvolvimento são: o
polo gesseiro no Araripe; o mármore, a pecuária leiteira e a indústria têxtil no Agreste; e a cana-
-de-açúcar e a biomassa na Zona da Mata.
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Setor primário
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Geografia – Economia – Prof. Luciano Teixeira
Setor secundário
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Setor terciário
Recife é um tradicional polo de serviços. Os segmentos de maior destaque são: comércio, ser-
viços médicos, serviços de informática e de engenharia, consultoria empresarial, ensino e pes-
quisa, atividades ligadas ao turismo.
A capital pernambucana abriga o Porto Digital, reconhecido como o maior parque tecnológi-
co do Brasil, com mais de 200 empresas, entre elas multinacionais como Motorola, Borland,
Oracle, Sun, Nokia, Ogilvy, IBM e Microsoft. Emprega cerca de seis mil pessoas e tem 3,9% de
participação no PIB do estado.
O polo médico do Recife, considerado o segundo maior do país, atrai pacientes do Brasil e do exte-
rior. Os estrangeiros que vão ao Recife em busca de atendimento na área médica, em sua maioria
africanos e norte-americanos, visam qualidade nos serviços e preço baixo no atendimento (o que
torna isso possível também é o fato de Pernambuco estar acima da média na formação dessa área).
O RioMar Shopping, localizado na Zona Sul do Recife, é o maior centro de compras do Norte-
-Nordeste e o terceiro maior do Brasil, além de primeiro endereço de alto luxo do Nordeste e
Norte brasileiro.
Recife foi eleita por pesquisa encomendada pela MasterCard Worldwide como uma das 65 ci-
dades com economia mais desenvolvida dos mercados emergentes no mundo.
Apenas cinco capitais brasileiras entraram na lista: São Paulo, que foi a cidade brasileira mais
bem colocada, na 12ª posição; Rio de Janeiro (36ª posição); Brasília (42ª); Recife (47ª); e por
último Curitiba (49ª). Xangaie Pequim, na China, ocuparam as duas primeiras posições.
A Tupan, atacadista distribuidora de materiais de construção fundada em Serra Talhada, no
sertão do estado, é a maior empresa do ramo no Norte-Nordeste e a quinta maior do Brasil
segundo o IBOPE. O grupo atende mais de 12.000 clientes lojistas em todo o Norte-Nordeste,
contando com três Centros de Distribuição, localizados em Pernambuco e Alagoas (Serra Talha-
da, Recife eMaceió), além de sete lojas de varejo sendo: quatro em Serra Talhada, duas em Re-
cife e uma em Maceió. Possui ainda uma frota própria de 130 caminhões, 120 Representantes
Comerciais e um efetivo de mais de 1.000 colaboradores.
Pernambuco abriga ainda o polo têxtil do Agreste, segundo maior polo de confecções do Brasil,
abarcando 13 cidades em 2009, nas quais se concentram mais de 18 mil empresas do setor. Caruaru,
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Geografia – Economia – Prof. Luciano Teixeira
Santa Cruz do Capibaribe e Toritama formam o triângulo e o principal ponto de venda e fabricação
de confecções do Agreste. Santa Cruz do Capibaribe possui o maior parque de confecções da Amé-
rica Latina, o Moda Center Santa Cruz. Toritama é responsável por 15% das confecções feitas com
jeans produzidas no Brasil.Caruaru tem sua produção têxtil escoada através da Feira de Caruaru.
Porto Digital
O Porto Digital, localizado no bairro do Recife Antigo na capital pernambucana, é o maior par-
que tecnológico do Brasil e referência mundial na produção de softwares.
Pernambuco conta com um dos mais importantes parques tecnológicos do Brasil, localizado no bairro
do Recife, na capital estadual. Trata-se do Porto Digital, que abriga mais de duzentas empresas, entre
elas multinacionais como Accenture, Oracle, ThoughtWorks,Ogilvy, IBM e Microsoft, e é reconhecido
pela A. T. Kearney como o maior parque tecnológico do Brasil em faturamento e número de empresas,
O Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn UFPE) fornece mão de obra para
o polo, que gera sete mil empregos e tem participação de 3,5% no PIB do Estado de Pernambuco. Além
do Porto Digital, a capital pernambucana possui uma unidade do Instituto Nokia de Tecnologia.
Turismo
Igreja do Carmo com o mar azul turquesa de Olinda ao fundo, cartão postal de Pernambuco.
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O turismo no Estado de Pernambuco oferece diversas atrações históricas, naturais e cultu-
rais. As principais localidades turísticas do Estado de Pernambuco são Fernando de Noronha,
Porto de Galinhas, Cabo de Santo Agostinho, Olinda, Recife, Igarassu, Itamaracá, Gravatá,
Triunfo,Garanhuns , Caruaru e Bonito.
Segundo a pesquisa "Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009", realizada pela Vox Po-
puli, Pernambuco foi o segundo destino turístico preferido dos brasileiros, já que 11,9% dos tu-
ristas optaram pelo estado nas categorias pesquisadas; e segundo a International Congress And
Convention Association (ICCA), Pernambuco é o terceiro melhor polo de eventos internacionais
do Brasil.
O litoral do Estado de Pernambuco tem cerca de 187 km de extensão, entre praias e falésias, zonas
urbanas e locais praticamente intocados. Faz divisa, ao norte, com a Paraíba e, ao sul, com Alagoas.
Além do litoral continental, possui o arquipélago de Fernando de Noronha e suas 16 praias.
Porto de Galinhas foi eleita por dez vezes consecutivas a Melhor Praia do Brasil, segundo a
Revista Viagem e Turismo, da Editora Abril.
Pernambuco oferece dez rotas de turismo que vão do litoral ao interior criadas pela Empetur,
que visam explorar os principais pontos turísticos de cada região do estado de acordo com suas
potencialidades, que vão do turismo de sol e mar e ecoturismo ao turismo serrano e religioso.
Entre as praias mais procuradas do estado, estão as de Boa Viagem, Porto de Galinhas, Carneiros,
Serrambi, Guadalupe, Calhetas,Maria Farinha, Nossa Senhora do Ó, Ilha de Itamaracá e a Ilhota
da Coroa do Avião.
Recife, conhecida como a "Capital Brasileira dos Naufrágios", atrai mergulhadores de todo o
mundo por sua rica vida marinha e suas águas calmas e cristalinas com temperaturas próximas
dos 30 graus. Fora do litoral da capital pernambucana há também o Arquipélago de Fernando
de Noronha (foto), pertencente à mesorregião metropolitana do Recife e considerado um dos
melhores lugares para a prática de mergulho do planeta.
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Geografia – Economia – Prof. Luciano Teixeira
O Litoral Sul de Pernambuco, que tem cerca de 110 km de praias, é totalmente protegido por
corais, que formam irresistíveis piscinas naturais de águas mornas. É famoso por diversas praias
conhecidas nacional e internacionalmente, como Porto de Galinhas. Turistas de todo o país se
hospedam nos luxuosos hotéis e resorts do Litoral Sul do estado.
O Litoral Norte do estado é mais densamente habitado que o Litoral Sul, quase urbanizado por
completo desde a Região Metropolitana do Recife até a divisa com a Paraíba (o que muitos veem
como a primeira proto-megalópole interestadual do país, que teria em extensão latitudinal mais
de 120 km de urbanização costeira contígua). Tem alguns dos sítios históricos mais importantes
do Brasil, como os dos municípios de Olinda, Igarassu, Itamaracá e Goiana. Construções do Brasil
Colônia, como o Forte Orange na Ilha de Itamaracá e a Igreja dos Santos Cosme e Damião em Iga-
rassu, são muito visitadas por turistas que passam pela região. As praias também são muito pro-
curadas. O Litoral Norte pernambucano também é conhecido por abrigar o Veneza Water Park,
um dos maiores parques aquáticos do Brasil, situado na Praia de Maria Farinha em Paulista.
A Baía do Sancho, em Fernando de Noronha, foi eleita a melhor praia do mundo pelos usuários
do TripAdvisor.
O arquipélago de Fernando de Noronha tem destaque nacional e mundial. Das ilhas, é possí-
vel avistar os golfinhos saltadores. As principais atrações do arquipélago são o Forte de Nossa
Senhora dos Remédios de Fernando de Noronha, a Vila dos Remédios , a Praia da Conceição, a
Praia do Boldró, a Baía dos Porcos, a Baía do Sancho (cercada por falésias cobertas de vegeta-
ção), a Baía dos Golfinhos, a Praia da Cacimba do Padre, o Morro Dois Irmãos, o Reduto de São
Joaquim de Fernando de Noronha, o Reduto de Santa Cruz do Morro do Pico de Fernando de
Noronha e o Reduto de Santana de Fernando de Noronha. O arquipélago foi declarado Patrimô-
nio Natural da Humanidade pela Unesco.
Em Garanhuns, ocorre uma das etapas do Circuito do Frio, evento multicultural realizado en-
tre julho e agosto em cinco cidades serranas de Pernambuco (as outras etapas acontecem em
Triunfo, Gravatá,Pesqueira e Taquaritinga do Norte).
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O Circuito do Frio é uma opção para os que procuram um clima ameno. Trata-se de um evento
multicultural, realizado no mês de julho e começo de agosto em cinco cidades serranas do inte-
rior pernambucano: Garanhuns, Triunfo, Gravatá, Pesqueira e Taquaritinga do Norte. O Festival de
Inverno de Garanhuns (FIG), criado em 1991, foi o primeiro evento, que deu início ao costume de
seguir para o interior de Pernambuco na época mais fria do ano. O FIG apresenta uma maratona
de atrações nacionalmente conhecidas nas praças e parques. São 12 polos, espalhados por toda
a cidade de Garanhuns, num evento que mistura diversos estilos musicais – rock, MPB, blues,
jazz, forró e música instrumental, para citar alguns –, teatro, cinema, circo, gastronomia, folgue-
dos populares e outras formas de manifestação cultural. Triunfo, por sua vez, é um dos destinos
mais concorridos do circuito. Poucos municípios têm o privilégio de reunir tantos atrativos quanto
Triunfo: o clima (a cidade está a 1.004 metros de altitude) que propicia o cultivo de flores, o casa-
rio singelo, as antigas construções, os seculares conventos, o Cine-Teatro Guarany, os engenhos
de cana-de-açúcar e a Lagoa João Barbosa. Gravatá, localizada a 85 Km do Recife, é um dos locais
mais acessíveis do evento. Andar pela cidade, tomar chocolate quente, parar nos restaurantes
tradicionais de culinária típica para comer galinha à cabidela ou buchada de bode são programas
imperdíveis. Em Gravatá, o Circuito do Frio recebe o nome de Festa da Estação. Cidade de larga
tradição rendeira, Pesqueira realiza há cinco anos a Festa da Renascença, justamente o nome da
renda feita na região. Já a cidade das praças e das flores, Taquaritinga do Norte, comanda a Festa
das Dálias.
410 www.acasadoconcurseiro.com.br
Geografia – Economia – Prof. Luciano Teixeira
https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_de_Pernambuco
http://www.folhape.com.br/economia/
http://www.portalbrasil.net/estados_pe.htm
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Geografia
O território rural denominado Agreste Meridional de Pernambuco abrange uma área de 13.153
2
km , está localizado em parte da Mesorregião do Agreste Pernambucano e do Sertão Pernam-
bucano. Atualmente é composto por 20 municípios: Águas Belas, Buíque, Iati, Ibimirim, Inajá,
Itaíba, Pedra, Venturosa, Angelim, Bom Conselho, Caetés, Capoeiras, Garanhuns, Ibirajuba, Ma-
narí, Paranatama, Saloá, São Bento do Una, Terezinha e Tupanatinga.
De acordo com informações do IBGE (2010), o contingente populacional do território apresen-
ta-se com 587.086 habitantes, dos quais 257.840 residem na área rural, o que corresponde a
42,7% do total. Com IDH médio de 0,60, esse meio rural é composto por agricultores familiares
e patronais, famílias assentadas, comunidades quilombolas, terras indígenas, dentre outros.
O território enquadra-se na categoria de rural, seguindo-se o critério estabelecido por Veiga
(2002), pois apresenta uma população média de 29.354 habitantes e uma densidade de 44,77
2
habitantes por km , ou seja, uma população média menor do que 50.000 habitantes e uma
2
densidade inferior a 80,0 habitantes por km .
Entre os seus municípios, Garanhuns destaca-se apresentando uma acentuada população urba-
na, com uma taxa de 89,1%, já os municípios de Paranatama, Manari e Caetés apresentam taxas
de 79,1%, 78,9% e 71,7% da população rural, respectivamente, revelando assim, uma certa he-
terogeneidade no território. Além disso, vale ressaltar, que o município de Garanhuns centraliza
economicamente o Agreste Meridional e se estabelece pela importância como polo regional.
Quanto aos indicadores sociais, observa-se uma grande amplitude relativa ao (Índice de De-
senvolvimento Humano Municipal (IDH-M)) entre os municípios. Os municípios de Garanhuns,
de Venturosa e de São Bento do Una apresentam os maiores IDH-M, com 0,69; 0,63 e 0,62
respectivamente. Já os municípios de Manari e Caetés apresentam os menores IDH-M, com
0,47 e 0,52. Tais informações revelam também a ocorrência de uma acentuada disparidade na
qualidade de vida entre os municípios do território.
As áreas rurais do território são reconhecidas economicamente pela presença da pecuária lei-
teira. No entanto, as pequenas propriedades rurais, de cunho familiar, que exploram princi-
palmente as culturas do feijão e da mandioca, apresentam grande relevância socioeconômica
para a região, revelando nesse conjunto as principais atividades de exploração das áreas rurais.
Historicamente, esse arranjo formou-se ao longo dos anos, pois o Agreste constituiu-se como o
local de produção de alimentos para o abastecimento interno da região Nordeste, em face da
cultura expansionista e exportadora da cana-de-açúcar.
A velha estrutura coronelista, ainda reflete sobre a atual estrutura agrária e sobre as relações
sociais de dependência e subordinação que insiste em permanecer em diversos municípios
desse território. Dessa forma, perpetua-se a ação política de comando sobre a população e car-
gos, de uma forma geral, atuando em diversos segmentos e instituições públicas.
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Os festejos juninos apresentam-se como a expressão máxima da cultura, porém as tradições
folclóricas tendem a se perder no tempo, em face da homogeneização dos costumes, princi-
palmente no que diz respeito à música, com os grupos eletrônicos de forró. Trabalhar as rura-
lidades ainda presentes requer um árduo e constante desafio, para que não haja perda tanto
cultural como economicamente, uma vez que esses valores são descontruídos pela aquisição
de novos hábitos impostos pelos meios de dominação e imposição de valores externos.
Atrelado a isso, nota-se a insatisfatória presença de estrutura das políticas públicas, relacionadas ao
nível educacional, principalmente nas formações iniciais das crianças, no apoio à assistência das ati-
vidades produtivas e na preservação e exploração sustentável das riquezas naturais e arqueológicas.
414 www.acasadoconcurseiro.com.br
Geografia – O Espaço Rural de Pernambuco – Prof. Luciano Teixeira
www.acasadoconcurseiro.com.br 415
Geografia
URBANIZAÇÃO EM PERNAMBUCO
Conhecida como a Veneza brasileira, a cidade de Recife foi estabelecida em um grande delta
formado pelos rios Capibaribe, Beberibe, Jiquiá, Tejipió e Jaboatão. O desenvolvimento da
cidade transcorre em uma grande batalha entre os construtores e as águas, nos rios, nos
mangues e no mar – uma batalha entre aterros, barragens e pontes contra chuvas e marés,
vivenciada até hoje pelos moradores de uma das principais regiões metropolitanas do Nordeste
brasileiro.
“O RECIFE, COMO VENEZA, É A CIDADE QUE SAI DA ÁGUA E QUE NELA SE REFLETE, É UMA
CIDADE QUE SENTE A PALPITAÇÃO DO OCEANO NO MAIS PROFUNDO DOS SEUS RECANTOS.”
— JOAQUIM NABUCO.
Uma colônia de pescadores que abastecia Olinda, produzindo uma grande quantidade de açú-
car, engordou os olhos da Companhia das Índias Ocidentais, que, em um desacordo com a co-
roa espanhola, invadiu as terras, incendiou o centro de Olinda e transferiu para Recife a sede
administrativa, guardada por fortes estratégicos. A partir daí, iniciou-se o processo de formação
da cidade de Recife, principalmente com a chegada de João Maurício de Nassau, com planos de
criar a mais moderna cidade da América do Sul.
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Cidade Maurícia – 1644
A cidade de Recife moderna já conta com mais de 1. 617. 183 habitantes, ainda com dezenas de
canais e pontes compondo seu traçado urbano. Assim como aconteceu em tantas cidades de
baixada, a expansão urbana deu-se rapidamente, ocupando manguezais e áreas de alagamento
natural, sem controle dos impactos negativos sobre o meio ambiente, resultando em uma me-
trópole com graves problemas de inundações.
418 www.acasadoconcurseiro.com.br
Geografia – Urbanização em Pernambuco – Prof. Luciano Teixeira
Na Avenida Recife, na altura da Av. Dom Helder Câmara, foi necessária a instalação de um
conjunto de bombas para auxiliar na drenagem de uma área com mais de 50h a, em eventos de
chuva e maré alta. A estrutura é composta por três bombas com capacidade de vazão de 1.000
litros por segundo cada uma. Para piorar a situação, há uma intensa ocupação das margens do
canal, com lançamento direto de esgoto doméstico, degradando as águas.
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Para resolver isso, foram instaladas comportas nas duas extremidades do canal, que são fechadas
durantes as altas marés. Porém, foi criada uma dificuldade: como os bairros que drenam suas
águas para esse canal serão afetados em um dia de chuva com maré alta? Inundação certa!
Processo de Verticalização
http://www.aquafluxus.com.br/o-preco-da-urbanizacao-recife-pe/
420 www.acasadoconcurseiro.com.br
Geografia
Não por acaso, o estado é conhecido no país como um dos que têm a cena cultural mais viva, construída a partir
da contribuição de índios, portugueses, holandeses, judeus, africanos, entre outros. É celeiro de poetas, artistas
plásticos e músicos reconhecidos em todo mundo, sem falar nos seus movimentos, no carnaval, no São João, em
nossa cultura. Isso é Pernambuco.
O carnaval, por exemplo, é a maior festa. Não só dos pernambucanos, mas de todos que visi-
tam o estado na época dessa democrática festa – seja na capital, nas praias, no interior. Tem
o maracatu, o caboclinho, o coco de roda, a ciranda e o maior de todos os representantes – o
frevo! O ritmo, aliás, é único e teve origem no próprio estado. Na festa, além das ladeiras de
Olinda, do fervor do Recife Antigo, tem também o Galo da Madrugada, o maior bloco de rua do
mundo (segundo o Guinness Book).
No interior, seja no Sertão ou no Agreste, há outros movimentos culturais. Os Caretas de Triun-
fo (cidade sertaneja a 600km do Recife); os Papangus de Bezerros (agreste, 90km da capital),
que no carnaval, promovem uma grande festa nas ruas do município.
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Pernambuco também é a terra do São João. O período junino no estado é um dos mais tradi-
cionais do país. A cidade de Caruaru, no Agreste, é o ponto central onde acontecem 30 dias de
festa – todo o mês de junho. É a terra do forró, do xaxado, do mestre Vitalino, da famosa Feira
de Caruaru, do Alto do Moura, entre outros. Mas não é só nessa que ocorrem os festejos; da
capital ao interior são muitas as homenagens ao Santo.
Na Zona da Mata, tanto a Norte quanto a Sul, o destaque fica para os maracatus, de baque sol-
to ou de baque virado. De influência africana, eles têm muita força nessa região devido à gran-
de presença de engenhos de cana-de-açúcar. No período colonial, os escravos vindos da África
para trabalhar a produção do açúcar trouxeram os costumes para cá. Antigamente, muitas des-
sas movimentações aconteciam às escondidas ou na senzala. Com o passar dos anos e a liber-
dade dos negros, a cultura foi incorporada como um todo. hoje é um dos nossos destaques.
Entre as cidades, Nazaré da Mata desponta como uma das que mais concentra maracatus.
Tudo isso é apenas uma demonstração da rica cultura de Pernambuco. Uma cultura que orgu-
lha os pernambucanos, que é passada de geração em geração, levada para todos os cantos do
mundo.
Cultura
A cultura pernambucana é bastante diversificada, uma vez que foi influenciada por indígenas,
africanos e europeus.
Tendo sido uma das primeiras áreas efetivamente colonizadas por portugueses, ainda no século
XVI, que aí encontraram as populações nativas e foram acompanhados por africanos trazidos como
escravos, Pernambuco tem uma cultura bastante particular e típica, apesar de extremamente
variada. Sua base é luso-brasileira, com grandes influências africanas e ameríndias.
Música e dança
O frevo, um dos principais gêneros musicais e danças do estado e símbolo do Carnaval Recife/
Olinda, caracteriza-se pelo ritmo acelerado e pelos passos que lembram a capoeira. Esse gênero
já revelou e influenciou grandes músicos, como Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho,
Zé Ramalho, Moraes Moreira, Armandinho, Pepeu Gomes, Antônio Nóbrega, Hermeto Pascoal,
entre muitos outros. Antes da criação da axé music na década de 1980, o frevo era utilizado
também no Carnaval de Salvador. Em cerimônia realizada na cidade de Paris, França, no ano
de 2012, a Unesco anunciou que, aprovado com unanimidade pelos votantes, o frevo foi eleito
Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
O manguebeat, gênero musical pernambucano que despontou na cena underground dos anos
1990, revelou e influenciou diversos grupos musicais e artistas do estado, como Chico Science,
Nação Zumbi, Otto, Lenine, Mundo Livre S/A, Cordel do fogo encantado, Mestre Ambrósio, Fred
Zero Quatro, entre outros. O manguebeat foi criado pelo guitarrista Robertinho do Recife.
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Geografia – Movimentos Culturais em Pernambuco – Prof. Luciano Teixeira
Fesividades
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História
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História
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Há mais ou menos 12 mil anos, durante a transição entre o período Pleistoceno e o Holoceno,
boa parte do território brasileiro já estava ocupado por grupos de caçadores e coletores pré-
-históricos. Tais grupos são divididos pelos arqueólogos em tradições, estabelecidas de acordo
com os resquícios de sua cultura material.
Na região que hoje corresponde ao estado de Pernambuco, foram identificados vestígios se-
guros de ocupação humana superiores a 11 000 anos, nas regiões de Chã do Caboclo, em Bom
Jardim, e Furna do Estrago, em Brejo da Madre de Deus. Nesta última região, foi descoberta
uma importante necrópole pré-histórica, com 125 metros quadrados de área coberta, de onde
foram resgatados 83 esqueletos humanos em bom estado de conservação.
À tradição Nordeste pertenciam aqueles que possuíam indústria lítica refinada e faziam belas pin-
turas rupestres. Há mais ou menos 7 mil anos atrás, esse grupo foi substituído pelas tribos da tra-
dição Agreste, que não dominava as artes, exceto a da guerra. É a esse período de transição que
remonta a presença humana mais antiga de que se tem notícia no Parque Nacional do Vale do
Catimbau, o 2º maior parque arqueológico do Brasil, perdendo apenas para a Serra da Capivara,
no Piauí. Em 1970 foi descoberto um esqueleto datando 6.800 anos em um abrigo utilizado como
cemitério pré-histórico, atualmente em exposição no Museu Municipal de Buíque.
Dentre os grupos indígenas que habitaram o estado, destaca-se a tradição cultural Itaparica,
responsável pela confecção de artefatos líticos lascados há mais de 6 000 anos. No Agreste
pernambucano, conservam-se pinturas rupestres com data aproximada de 2 000 anos antes do
presente, atribuídas à subtradição denominada Cariris velhos.
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História
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Com uma superfície de 90 mil há, o Vale do Catimbau estende-se entre os Municípios de Buí-
que, Ibimirim, Inajá e Tupanatinga, fazendo fronteira com a reserva indígena federal Kapinawá,
localizada na serra da Mina e onde vivem cerca de 400 índios.
Segundo pesquisadores da UFPE, os antigos habitantes do lugar eram grupos caçadores-coleto-
res do Período Holoceno que não apresentavam domínio da cerâmica e moravam em cavernas
(tanto é que, das cerca de 200 grutas e cavernas existentes no Vale, pelo menos 28 guardam
vestígios de sepultamentos). Dos 23 sítios arqueológicos com grafismos rupestres já cataloga-
dos pelo IPHAN no Parque, o maior e mais importante é o Alcobaça, situado em um paredão ro-
choso com configuração de anfiteatro. Lá foram encontradas pinturas rupestres em um painel
de 60m, ocupando uma área de 50m de extensão com largura variando entre 2 e 3m. Já a pedra
da Concha apresenta um painel de 2,3m por 1,5m, albergando inscrições com figuras humanas,
animais e desenhos geométricos em tons ocre. São imagens isoladas que não compõem cenas,
com predominância da tradição Agreste. Acredita-se que foram utilizados nas pinturas pigmen-
tos metálicos e não metálicos misturados a pigmentos orgânicos, como genipapo e urucum.
A Furna do Estrago, abrigo sob rocha localizado no Município de Brejo da Madre de Deus, é
um dos mais importantes sítios arqueológicos do Brasil. Da sucessiva utilização do sítio como
habitação por grupos caçadores-coletores numa seqüência temporal de aproximadamente 10
mil anos, resultou uma estratigrafia em que predominam as lentes de fogueiras superpostas,
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formando pacotes de cinzas, e sedimentos finos, soltos, secos, de cor parda, contendo restos
alimentares e toscos artefatos de pedra e osso. Há cerca de 2 mil anos, a Furna passou a ser
utilizada como cemitério.
Quando os primeiros europeus chegaram ao território brasileiro, no início do século XVI, vários
grupos indígenas ocupavam a região Nordeste. No litoral, predominavam as tribos do tronco
linguístico tupi, como os Tupinambás, Tabajaras e os Caetés, os mais temíveis (e já desapare-
cidos). No interior, habitavam grupos dos troncos linguísticos Jê, genericamente denominados
Tapuias. Nos brejos interioranos do estado ainda é possível encontrar grupos indígenas rema-
nescentes das antigas tradições, como os Pankararu (em Tacaratu) e os Atikum (em Floresta).
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História
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A denominação Tapuia foi dada pelos cronistas da época, e perpetuada pela historiografia ofi-
cial, aos grupos indígenas com diversidade linguística e cultural que habitavam o interior, em
distinção aos Tupi, que falavam a língua geral e se fixaram no litoral. Estudos atuais demons-
tram que esses povos pertenceram aos seguintes grupos culturais: os Jê, os Tarairiu, os Cariri e
os grupos isolados e sem classificação. Entre eles podem ser citados os Sucurú, os Bultrim, os
Ariu, os Pega, os Panati, os Corema, os Paiacu, os Janduí, os Tremembé, os Icó, os Carateú, os
Carati, os Pajok, os Aponorijon, os Gurgueia, que lutaram ora contra ora a favor dos colonizado-
res de acordo com as estratégias que visavam à sua sobrevivência.
A rigor, embora tenham inicialmente recebido os europeus amistosamente, os indígenas brasi-
leiros jamais aceitaram, sem resistência, a dominação do "homem branco", sobretudo a partir
da penetração do conquistador português no interior do país, na busca de metais preciosos ou
na expansão das fazendas pastoris. Esse avanço geralmente se tornava sinônimo de massacre
dos nativos, escravização dos sobreviventes, violência sexual e usurpação das terras indígenas.
Não menos nefasta, para eles, era a ação dos missionários.
A resistência dos índios se fazia pela fuga dos aldeamentos missionários (em sua maioria, jesuí-
tas) e de outros tipos de cativeiro, pela defesa das aldeias contra as investidas dos bandeirantes,
por ataques a vilas e fazendas, bem como por formas variadas de suicídio, quando aprisiona-
dos. Essa resistência, ainda que heroica, mostrou-se infrutífera, não somente face à superiori-
dade militar do homem branco, como também devido à dificuldade dos indígenas de se unirem
contra o inimigo comum. Ao contrário, divididos por rivalidades tribais, muitos se prestavam a
auxiliar os europeus na luta contra outros indígenas. Nas raras ocasiões em que conseguiram se
unir, na forma de confederações, os conquistadores tiveram muito trabalho para dominá-los.
Uma dessas confederações foi a dos cariris, que durou trinta anos, envolvendo nativos princi-
palmente do Ceará, mas também algumas tribos de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Pa-
raíba. Ela foi uma resposta tardia ao avanço de poderosos sesmeiros (como o célebre Garcia
d’Ávila, da Casa da Torre), que se apossavam de vastos territórios, invadindo terras ocupadas
por indígenas e provocando vários conflitos.
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A designação “bárbaros” era dada pelos colonizadores e cronistas da época aos povos nativos
que habitavam à região e ofereciam resistência à ocupação do território pelos portugueses.
Essa terminologia etnocêntrica convinha ao discurso colonizador que propagava a catequese
e a “civilização” dos povos indígenas nos moldes culturais do europeu ocidental. Eram
descritos como povos selvagens, bestiais, infiéis, traiçoeiros, audaciosos, intrépidos, canibais,
poligâmicos, enfim, “índios-problema”, pois não se deixavam evangelizar e civilizar. Eram,
portanto, considerados os principais obstáculos à efetiva colonização.
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História – Guerra dos Bárbaros – Prof. Cássio Albernaz
Essa imagem reforçou os argumentos do conquistador de impetrar uma “guerra justa” para
extirpar os “maus” costumes nativos, satisfazendo tanto as necessidades de utilização de mão
de obra pelos colonos quanto à garantia aos missionários do sucesso na imposição da catequese.
O resultado foi a criação de dispositivos legais que legitimavam uma guerra de extermínio.
É isso que nos confirma o documento datado de 1713, quando os povos nativos já estavam
drasticamente reduzidos ou aprisionados e aldeados, no qual o governador de Pernambuco
insiste ser “necessário continuar a guerra até extinguirem estes bárbaros de todo ou do menor
ficarão reduzidos a tão pouco número que ainda que se queiram debelar o não possam fazer”.
Embora o resultado dessa guerra tenha sido catastrófica para os povos nativos da região, é
importante destacar a sua tenaz resistência, que retardou o processo de conquista da terra
pelos colonos nos sertões nordestinos por quase dois séculos. Os Tapuia desenvolveram uma
forma de luta singular na história da resistência indígena no Brasil. Apesar de um passado
caracterizado por conflitos internos entre as diversas tribos, esses povos conseguiram, através
de uma série de alianças, alcançar um certo grau de coesão na sua luta contra o colonizador
que desejava remover os habitantes indígenas da região para povoá-la de gado (foi o pastoreio
que permitiu a ocupação econômica, pelos colonizadores, em todo o interior do Nordeste).
A partir do século XVII, a pecuária foi paulatinamente sendo levada para o interior da região,
espalhando-se pelo agreste e alcançando o sertão. A criação de gado permitiu a ascensão
econômica e social de alguns habitantes do local, e a Guerra dos Bárbaros tornou-se um meio
para alcançar esse fim, pois, por seu intermédio, conquistava-se o direito a sesmarias, condição
essencial para a montagem de uma fazenda de gado. A resistência indígena foi a maior barreira
à expansão da pecuária, pois ela só se desenvolveu, ampliando o seu mercado, após o final do
conflito, quando as terras estavam “limpas” dos indígenas.
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História
(http://www.ceert.org.br/img/galeria/1-08tDilfYC5r9M4aRoaFHjw.jpeg)
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http://people.ufpr.br/~lgeraldo/23.KOSTER2.jpg
http://historiahoje.com/wp-content/uploads/2014/07/moendapequena.jpg
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História – Lavoura Açucareira e Mão de Obra Escrava – Prof. Cássio Albernaz
Em Pernambuco, em carta escrita em 1539, dirigida ao rei D. João III, o donatário Duarte Co-
elho Pereira solicita autorização para a importação direta da costa da Guiné de 24 negros, a
cada ano, quantidade que seria aumentada por D. Catarina, em 1559, para 120, mediante o
pagamento de uma taxa reduzida, nada impedindo que outros negros aqui chegassem por ou-
tros caminhos. No testemunho dos jesuítas Antônio Pires (carta de 4 de junho de 1552) e José
Anchieta (1548), era comum a existência de escravos negros e índios em Pernambuco; a escra-
vidão dos índios durou até o século XVII, quando foi extinta pela Bula do Papa Urbano VIII, de
22 de abril de 1639.
Era tanta a importância do trabalho escravo que o padre Antônio Vieira, em carta dirigida ao
Marquês de Niza, datada de 12 de agosto de 1648, chega a afirmar: Sem negros não há Per-
nambuco!
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História
http://www.sohistoria.com.br/ef2/mascates/
A Guerra dos Mascates que se registrou de 1710 a 1711 na então Capitania de Pernambuco, é
considerada como um movimento nativista pela historiografia em História do Brasil. Confron-
taram-se os senhores de terras e de engenhos pernambucanos, concentrados em Olinda, e
os comerciantes reinóis (portugueses da metrópole) do Recife, chamados pejorativamente de
mascates. Quando houve as sedições entre os mascates europeus do Recife e a aristocracia
rural de Olinda, os sectários dos mascates se apelidavam tundacumbe, cipós e camarões, e os
nobres e seus sectários, pés rapados - porque quando haviam de tomar as armas, se punham
logo descalços e à ligeira, para com menos embaraços as manejarem, e assim eram conhecidos
como destros nelas, e muito valorosos, pelo que na história de Pernambuco, a alcunha de pés
rapados é sinônimo de nobreza.
Com a expulsão dos holandeses do Nordeste, a economia açucareira sofreu uma grave crise.
Mesmo assim, a aristocracia rural (senhores de engenho) de Olinda continuava controlando o
poder político na capitania de Pernambuco. Por outro lado, Recife se descolava deste cenário
de crise graças à intensa atividade econômica dos mascates (como eram chamados os comer-
ciantes portugueses na região). Outra fonte de renda destes mascates eram os empréstimos, a
juros altos, que faziam aos olindenses.
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https://lh6.googleusercontent.com/-Cuy1tvi7vIc/TWkP0LEkZeI/AAAAAAAAAqM/EwGBltTrDe8/s1600/Ponte+da+Boa+Vista.jpg
Objetivos:
• Os olindenses queriam manter o controle político na região, sobretudo com relação à prós-
pera cidade de Recife.
• Os olindenses queriam que a coroa portuguesa mantivesse Recife na condição de povoado.
• Os olindenses não queriam que a coroa portuguesa continuasse privilegiando os mascates
(comerciantes de Recife). Logo, defendiam a igualdade de tratamento.
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/upload/conteudo_legenda/e80fb9cca865fdc4132e9742db6d298c.jpg
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História – Guerra dos Mascates – Prof. Cássio Albernaz
Em 1710, havia um clima de hostilidades e tensão entre as duas cidades pernambucanas. Neste
ano, os olindenses invadiram Recife dando início a Guerra dos Mascates. Num primeiro mo-
mento da guerra, os olindenses levaram vantagem, porém, em 1711 os recifenses (mascates)
se organizaram e invadiram Olinda, destruindo vilas e engenhos na cidade. Depois de muita
luta, que contou com a intervenção das autoridades coloniais, finalmente em 1711 a nomeação
de um novo governante que teve como principal missão estabelecer um ponto final ao conflito.
O escolhido para essa tarefa foi Félix José de Mendonça, que apoiou os mascates portugueses e
estipulou a prisão de todos os latifundiários olindenses envolvidos com a guerra. Além disso, vi-
sando evitar futuros conflitos, o novo governador de Pernambuco decidiu transferir semestral-
mente a administração para cada uma das cidades. Dessa maneira, não haveria razões para que
uma cidade fosse politicamente favorecida por Félix José, desta forma, Recife foi equiparada a
Olinda e assim terminou a Guerra dos Mascates.
Consequências:
• O governador de Pernambuco ordenou a prisão dos principais líderes do movimento.
• A autonomia de Recife permaneceu após o conflito.
• Em 1712, Recife tornou-se a sede administrativa de Pernambuco.
Em 1714, o rei D. João V, resolveu anistiar todos os envolvidos nessa disputa, manteve as prer-
rogativas político- administrativas de Recife e promoveu a cidade ao posto de capital do Per-
nambuco.
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História
AS INSTITUIÇÕES ECLESIÁSTICAS
(Convento de São Francisco, convento franciscano mais antigo do Brasil, localizado em Olinda.)
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Ao contrário do clero secular, dependente do estado, o clero regular (ordens) possuíam dotação
orçamentária própria, e, com isso, grande autonomia. Pela proximidade com a população, era
comum heranças e doações particulares aos conventos, o que concorreu para a formação de
grandes patrimônios.
Em fins do século XVI (1593-1595), O Tribunal do santo Ofício (Inquisição) visita Pernambuco.
http://2.bp.blogspot.com/-5U23FWDLseU/UFAD2K2UiVI/AAAAAAAAI48/yY0ir4ye2nA/s1600/imagem-4.jpg
A diocese de Pernambuco só será fundada em 1676 (até então, só existia a diocese da Bahia),
vinculando as riquezas dos dízimos à jurisdição da Coroa. Isso se justificava pelo crescimento
tanto populacional quanto econômico da Capitania. Por disputas entre a Coroa e Roma, a
Diocese de Olinda ficou vaga por 10 anos no início do século XVIII. Além disso, uma importante
recomendação da Igreja de Roma demorou a ser cumprida em Pernambuco: a cada diocese
criada, um seminário para a formação de sacerdotes deveria ser imediatamente criado. Na
Capitania, só em meados d século XVIII isso ocorreu.
A construção do famoso Seminário de Olinda, teve a intenção de promover, além da formação
téo-filosófica, a “regeneração moral e alevantamento espiritual do clero”, o que parece não ter
surtido resultados ao nível da Capitania de Pernambuco, o que evidencia a falta de interesse por
parte do Estado e da classe senhorial local, em promover as reformas necessárias a uma melhor
organização do aparelho eclesiástico, garantindo-se que a população respeitasse o discurso da
Igreja, de reforço ao código moral tradicional, a religião do estado e suas autoridades, não havia
porque reformar este aparelho.
A sociedade da região açucareira dos séculos XVI e XVII era composta, basicamente, por dois
grupos. O dos proprietários de escravos e de terras compreendia os senhores de engenho e os
plantadores independentes de cana. Estes não possuíam recursos para montar um engenho
para moer a sua cana e, para tal, usavam os dos senhores de engenho. O outro grupo era
formado pelos escravos, numericamente muito maior, porém quase sem direito algum. Entre
esses dois grupos existia uma faixa intermediária: pessoas que serviam aos interesses dos
senhores como os trabalhadores assalariados (feitores, mestres-de-açúcar, artesãos) e os
agregados (moradores do engenho que prestavam serviços em troca de proteção e auxílio).
Ao lado desses colonos e colonizados situavam-se os colonizadores: religiosos, funcionários e
comerciantes.
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História – As Instituições Eclesiástica – Prof. Cássio Albernaz
A sociedade açucareira era patriarcal. A maior parte dos poderes se concentrava nas mãos do
senhor de engenho. Com autoridade absoluta, submetia todos ao seu poder: mulher, filhos,
agregados e qualquer um que habitasse seus domínios. Cabia-lhe dar proteção à família,
recebendo, em troca, lealdade e deferência. Essa família podia incluir parentes distantes, de status
social inferior, filhos adotivos e filhos ilegítimos reconhecidos. Seu poder extrapolava os limites de
suas terras, expandindo-se pelas vilas, dominando as Câmaras Municipais e a vida colonial. A casa
grande foi o símbolo desse tipo de organização familiar implantado na sociedade colonial. Para o
núcleo doméstico convergia a vida econômica, social e política da época.
Esses dois grupos - senhores de engenho e agricultores -, unidos pelo interesse e pela
dependência em relação ao mercado internacional, formaram o setor açucareiro. Os interesses
comuns, porém, não asseguravam a ausência de conflitos no relacionamento. Os senhores
de engenho consideravam os agricultores seus subalternos, que lhes deviam não só cana -
de - açúcar, mas também respeito e lealdade. As esposas dos senhores de engenho seguiam
www.acasadoconcurseiro.com.br 445
o exemplo, tratando como criadas as esposas dos agricultores. Com o tempo, esse grupo de
plantadores independentes de cana foi desaparecendo, devido à dependência em relação
aos senhores de engenho e às dívidas acumuladas. Essa situação provocou a concentração da
propriedade e a diminuição do número de agricultores.
Existiam também os lavradores, que não possuíam terras, somente escravos. Recorriam a
alguma forma de arrendamento de terras dos engenhos para plantar a cana. Esse contrato
impunha-lhes um pesado ônus, pois em cada safra cabia-lhes, apenas, uma pequena parcela
do açúcar produzido. Esses homens tornaram-se fundamentais à produção do açúcar. O senhor
de engenho deixava em suas mãos toda a responsabilidade pelo cultivo da cana, assumindo
somente a parte do beneficiamento do açúcar, muito mais lucrativa.
Nesta época, o termo "lavrador de cana" designava qualquer pessoa que praticasse a agricultura,
podendo ser usado tanto para o mais humilde dos lavradores como para um grande senhor de
engenho, conforme explica o historiador americano Stuart Schwartz.
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História
SOCIEDADE COLONIAL
A Capitania de Pernambuco
(A Capitania de Pernambuco abrangia os atuais estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará,
Alagoas e a porção ocidental da Bahia, chegando ao noroeste mineiro e nordeste goiano.
Pernambuco foi a Capitania mais rica do Brasil Colônia)
A Capitania de Pernambuco ou Nova Lusitânia foi uma das subdivisões do território brasileiro
no período colonial. Abrangeu os territórios dos atuais estados de Pernambuco, Paraíba,
Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas e a porção ocidental da Bahia, possuindo, deste modo,
fronteira ao sul/sudoeste com Minas Gerais (o extremo noroeste de Minas era a parte final
da comarca do São Francisco: a capitania/província de Pernambuco avançava um pouco mais
adentro do território norte/noroeste-mineiro do que a Bahia). No início do século XVII, a
Capitania de Pernambuco chegou a atingir o posto de maior e mais rica área de produção de
açúcar do mundo.
Em 1501, ano seguinte ao da chegada dos portugueses ao Brasil, o território de Pernambuco,
definido pelo Tratado de Tordesilhas como região pertencente à América portuguesa, é
explorado pela expedição de Gaspar de Lemos, que teria criado feitorias ao longo da costa da
colônia, incluindo, possivelmente na atual localidade de Igarassu, cuja defesa seria futuramente
confiada a Cristóvão Jacques.
www.acasadoconcurseiro.com.br 447
O povoamento efetivo de Pernambuco, entretanto, inicia-se em 1534, quando a colônia portu-
guesa é dividida em capitanias hereditárias. O território do atual estado de Pernambuco equi-
vale a parte da Capitania de Pernambuco, doada a Duarte Coelho, e parte da Capitania de Ita-
maracá, doada a Pero Lopes de Sousa.
De acordo com a Carta de Doação passada por D. João III a 10 de março de 1534, o capitão
donatário de Pernambuco foi Duarte Coelho Pereira, fidalgo que se destacara nas campanhas
portuguesas na Índia. A capitania se estendia entre o rio São Francisco e o rio Igaraçu, compre-
endendo:
“Sessenta léguas de terra (…) as quais começarão no rio São Francisco (…) e acabarão no rio
que cerca em redondo toda a Ilha de Itamaracá, ao qual ora novamente ponho nome rio [de]
Santa Cruz (…) e ficará com o dito Duarte Coelho a terra da banda Sul, e o dito rio onde Cristó-
vão Jacques fez a primeira casa de minha feitoria e a cinqüenta passos da dita casa da feitoria
pelo rio adentro ao longo da praia se porá um padrão de minhas armas, e do dito padrão se
lançará uma linha ao Oeste pela terra firme adentro e a terra da dita linha para o Sul será do
dito Duarte Coelho, e do dito padrão pelo rio abaixo para a barra e mar, ficará assim mesmo
com ele Duarte Coelho a metade do dito rio de Santa Cruz para a banda do Sul e assim entrará
na dita terra e demarcação dela todo o dito Rio de São Francisco e a metade do Rio de Santa
Cruz pela demarcação sobredita, pelos quais rios ele dará serventia aos vizinhos dele, de uma
parte e da outra, e havendo na fronteira da dita demarcação algumas ilhas, hei por bem que
sejam do dito Duarte Coelho, e anexar a esta sua capitania sendo as tais ilhas até dez léguas ao
mar na fronteira da dita demarcação pela linha Leste, a qual linha se estenderá do meio da bar-
ra do dito Rio de Santa Cruz, cortando de largo ao longo da costa, e entrarão na mesma largura
pelo sertão e terra firme adentro, tanto, quanto poderem entrar e for de minha conquista. (…).”
(Carta de Doação)
Ao receber a doação, Duarte Coelho Pereira partiu para o Brasil com a esposa, filhos e muitos
parentes. Ao chegar ao seu lote, fixou-se numa colina, construindo uma fortificação (o Castelo
de Duarte Pereira), uma capela e moradias para si e para os colonos: seria o embrião de Olinda,
constituída vila em 1537.
448 www.acasadoconcurseiro.com.br
História
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e4/33475.jpg/250px-33475.jpg
Nove anos após a expulsão dos franceses, o território colonial brasileiro sofreu uma invasão
holandesa, em 1624. Os motivos que traziam os holandeses ao Brasil eram muito diferentes.
Para compreendê-los, é necessário fazer algumas considerações sobre o período em que
Portugal (União Ibérica) esteve sob o domínio espanhol, bem como sobre as relações
internacionais da Espanha.
Após ter emergido como potência europeia, a Espanha perseguiu o objetivo de unificar toda a
península ibérica, incorporando Portugal ao seu território. Os portugueses resistiram enquanto
puderam. Mas, no século 16, alguns acontecimentos contribuíram para a Espanha concretizar
seus objetivos.
Em 1578, o rei dom Sebastião, último monarca da dinastia de Avis, morreu e não deixou
herdeiros. Então, o cardeal dom Henrique, único sobrevivente masculino da linhagem de Avis,
assumiu a regência. Com sua morte, em 1580, o rei da Espanha, Felipe 2º; da mesma linhagem
familiar, achou-se no direito de ocupar o trono português e invadiu Portugal. O domínio
espanhol sobre Portugal duraria 60 anos, até 1640.
Contudo, antes disso, Portugal já havia estabelecido relações comerciais com os ricos
negociantes holandeses, que passaram a financiar a produção açucareira no Brasil e a controlar
toda a sua comercialização no mercado europeu. Por outro lado, no mesmo período, a Espanha
pretendia dominar todo o território dos Países Baixos, na qual a Holanda estava situada, pois
a circulação de mercadorias naquela região contribuía significativamente para abastecer os
cofres do tesouro espanhol.
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Não obstante, em 1581, sete províncias do Norte dos Países Baixos, incluindo a Holanda,
criaram a República das Províncias Unidas e passaram a lutar por sua autonomia em relação aos
espanhóis. Ao incorporar Portugal, aproveitando-se do seu controle sobre o Brasil, a Espanha
planejou impedir que os holandeses continuassem a comercializar o açúcar brasileiro. Era uma
tentativa de sufocar economicamente a Holanda e impedir sua independência.
Os holandeses reagiram rapidamente, concentrando seus esforços no controle das fontes dos
produtos que negociavam. Surgiu assim, em 1602, a Companhia das Índias Orientais. Essa
empresa, de porte enorme, se apossou dos domínios coloniais portugueses no Oriente. Em
decorrência dos êxitos desse empreendimento, os holandeses criaram, em 1621, a Companhia
das Índias Ocidentais. Esta ficou encarregada de recuperar o controle do açúcar brasileiro e
monopolizar o seu comércio nos mercados europeus.
Para controlar a produção e comercialização do açúcar era necessário ocupar e se apoderar de
partes do território colonial brasileiro onde ele era produzido. Desse modo, contando com uma
frota composta de 26 navios e 500 canhões, os holandeses iniciaram sua primeira invasão do
Brasil em 1624. Atacaram a cidade de Salvador, na época o centro administrativo da colônia.
Mas, um ano após terem chegado, foram expulsos, sem grandes dificuldades.
http://1.bp.blogspot.com/_FN93sP351Q8/TTlgy4E0EzI/AAAAAAAAAKc/5bZaigRrNu0/s1600/invhol.jpg
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História – Insurreição Pernambucana – Prof. Cássio Albernaz
Os holandeses ocuparam novos territórios (Itamaracá, Rio Grande do Norte, Paraíba) e tomaram
o Arraial do Bom Jesus. Em Porto Calvo, Calabar foi preso e enforcado. Matias de Albuquerque
foi substituído por D. Luís de Rojas e Borba, que depois morreu no combate de Mata Redonda
frente aos holandeses; seu substituto foi o Conde Bagnoli.
http://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/invasoes-holandesas.jpg
Para governar o "Brasil Holandês", foi nomeado o Conde Maurício de Nassau, que além de
estender o domínio holandês (do Maranhão até Sergipe, no rio São Francisco) realizou uma
excelente administração:
• fez uma política de aproximação com os senhores-de-engenho;
• incrementou a produção açucareira;
• concedeu tolerância religiosa;
• trouxe artistas e cientistas como Franz Post (pintor) Jorge Markgraf (botânico), Pieter Post
(arquiteto), nomes ligados ao movimento renascentista flamengo;
• promoveu o embelezamento da cidade de Recife, onde surgiu a "Mauricéia", na ilha de
Antônio Vaz.
https://www.algosobre.com.br/images/stories/historia/governo_holandes_brasil_03.gif
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A Insurreição Pernambucana (ou Guerra da Luz Divina) representou uma ação de confronto
com os holandeses por parte dos portugueses, comandados principalmente por João Fernandes
Vieira, um próspero senhor de engenho de Pernambuco. Em 15 de maio de 1645, reunidos no
Engenho de São João, 18 líderes insurretos pernambucanos assinaram compromisso para lutar
contra o domínio holandês na capitania. O movimento integrou forças lideradas por André Vidal
de Negreiros, João Fernandes Vieira, Henrique Dias e Felipe Camarão, nas célebres Batalhas
dos Guararapes, travadas entre 1648 e 1649, que determinaram a expulsão dos holandeses do
Brasil. Nessa luta contra os holandeses, os portugueses contaram com o importante auxílio de
alguns africanos libertos e também de índios potiguares.
Batalha dos Guararapes (óleo sobre tela por Victor Meirelles, 1879).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Insurrei%C3%A7%C3%A3o_Pernambucana#/media/File:Victor_Meirelles_-
_%27Battle_of_Guararapes%27,_1879,_oil_on_canvas,_Museu_Nacional_de_Belas_Artes,_Rio_de_Janeiro_2.jpg
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História – Insurreição Pernambucana – Prof. Cássio Albernaz
Nesse sentido, a posição holandesa em relação a Portugal era dúbia. Em solo europeu, os holan-
deses apoiavam os portugueses contra o domínio espanhol, mas, ao mesmo tempo, ocupavam
territórios portugueses na África Ocidental e no Brasil, sendo que além da região pernambucana,
os holandeses tentaram ainda conquistar algumas localidades no Maranhão e em Sergipe.
http://www.abim.inf.br/wp-content/uploads/2014/11/PRC_RJ_Museu-Nacional-25c.jpg
No início de 1648, Holanda e Espanha selaram a paz, e os espanhóis aceitaram entregar aos
holandeses as terras tomadas pelos insurrectos portugueses em Pernambuco. Frente a tal situ-
ação, o conflito continuou. Em Abril de 1648, ocorreu a primeira Batalha dos Guararapes, em
que os holandeses sofreram dura derrota, abrindo caminho para o ressurgimento do domínio
português a partir de 1654.
A derrota da Holanda somente aconteceu no ano de 1654, quando despertavam-se os sentimentos
nativistas. Entre as principais consequências dessa insurreição, temos a colonização das Antilhas,
que fizeram com que a Holanda aumentasse sua produção de açúcar com técnicas mais avançadas
que geraram uma decadência na produção desse produto no nordeste do Brasil. Além disso, houve
ainda o acordo conhecido como Tratado de Paz de Haia, firmado no ano de 1661 entre Portugal e
Holanda. Com esse acordo, ficou determinado que os holandeses receberiam uma indenização de 4
milhões de cruzados e as Ilhas Molucas e do Ceilão como uma forma de indenização.
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História
https://sites.google.com/site/historia1958/_/rsrc/1374109396514/o-processo-de-independencia-do-brasil/
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No início do século XIX, uma grande mudança política aconteceu no Brasil: a transferência da
família real portuguesa para o Rio de Janeiro, em função da ocupação francesa de Portugal. Isso
provocou uma grande alteração no status da colônia (primeira e única vez na história em que a
sede da metrópole transfere-se para a colônia), além de mudanças econômicas e sociais.
A chamada Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolução dos Padres, foi
um movimento emancipacionista que eclodiu em 6 de março de 1817, na então Capitania de
Pernambuco, no Brasil. Dentre as suas causas, destacam-se a influência das ideias Iluministas
propagadas pelas sociedades maçônicas (sociedades secretas), a crise econômica regional,
o absolutismo monárquico português e os enormes gastos da Família Real e seu séquito
recém-chegados ao Brasil — o Governo de Pernambuco era obrigado a enviar para o Rio de
Janeiro grandes somas de dinheiro para custear salários, comidas, roupas e festas da Corte, o
que ocasionava o atraso no pagamento dos soldados, gerando grande descontentamento do
povo brasileiro. Foi o único movimento separatista do período colonial que ultrapassou a fase
conspiratória e atingiu o processo revolucionário de tomada do poder.
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http://api.ning.com/files/pfBy7r02IeSsFr-HOVt5Vevwg-ew*Q5KF01K1WaxbLmcKL2wgEi*K9-
UPRgrKlFYlBHy3W9Z8IjcInaOwLBMC-04vxNVnhu1/PERN.jpg
No começo do século XIX, Olinda e Recife, as duas maiores cidades pernambucanas, tinham
juntas cerca de 40 mil habitantes (o Rio de Janeiro, capital da colônia, possuía 60 mil habitantes).
O porto do Recife escoava a produção de açúcar, das centenas de engenhos da Zona da Mata,
e de algodão. Além de sua importância econômica e política, os pernambucanos tinham
participado de diversas lutas libertárias (Insurreição Pernambucana e Guerra dos Mascates).
As ideias liberais que entravam no Brasil junto com os viajantes estrangeiros e por meio de
livros e de outras publicações, incentivavam o sentimento de revolta entre a elite pernambu-
cana, que participava ativamente, desde o fim do século XVIII, de sociedades secretas, como as
lojas maçônicas. Em Pernambuco as principais foram o Areópago de Itambé, a Patriotismo, a
Restauração, a Pernambuco do Oriente e a Pernambuco do Ocidente, que serviam como locais
de discussão e difusão das "infames ideias francesas". Nas sociedades secretas, reuniam-se in-
telectuais religiosos e militares, para elaborar planos para a revolução.
A fundação do Seminário de Olinda, filiado a ideias iluministas, deve ser levado em conside-
ração. Não é por outro motivo que o levante ficaria conhecido como "revolução dos padres",
dada a participação do clero católico. Frei Caneca tornar-se-ia um símbolo disso.
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História – Pernambuco no Contexto da Independência do Brasil – Prof. Cássio Albernaz
http://brasilescola.uol.com.br/upload/e/Rev%20Pernambucana%20-%20BRASIL%20ESCOLA.jpg
http://2.bp.blogspot.com/-8VhUjGPkcWE/VBb_xtmHOhI/AAAAAAAABt4/kJR_eiJTwnA/s1600/digitalizar0003%2B-%2BCopia%2B(2).jpg
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Em 1818, D. João é proclamado rei (passa a ser D. João VI), em decorrência da morte de sua
mãe. Porém o rei permanece no Brasil, deixando o comando de Portugal nas mãos de um general
inglês, responsável pela expulsão dos franceses. Essa submissão revolta os portugueses, que em
1820 rebelam-se (Revolução do Porto). As lideranças do movimento constituem um governo
provisório e convocam as Cortes, para votar uma Constituição e criar a monarquia constitucional.
Diante de tais acontecimentos, D. João VI é obrigado a voltar para Portugal (em 1821).
O rei deixa seu filho, D. Pedro, como príncipe regente. Porém, as Cortes de Lisboa pretendiam
“recolonizar” O Brasil, por ser a única colônia que ainda gerava lucros. Por isso, passaram a
restringir a autonomia administrativa e os poderes de D. Pedro, além de exigirem o retorno do
príncipe a Portugal.
http://osheroisdobrasil.com.br/wp-content/uploads/2013/02/revolucaoporto-584x486.jpg
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História – Pernambuco no Contexto da Independência do Brasil – Prof. Cássio Albernaz
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O último governador régio de Pernambuco foi o General Luís do Rego. Provado nos campos de
batalha contra Napoleão, era um homem talhado para segurar as rédeas de uma província saída
de uma revolta das dimensões de 1817. Como seria de se esperar de um militar experiente,
acompanhou com desconfiança e cautela o desenrolar dos acontecimentos em Portugal e no
Rio. Os liberais só entraram num clima de euforia a partir do dia 06 de maio de 1821, quando
desembarcaram, anistiados, os rebeldes que haviam sido presos em 1817. A maioria deles,
todavia, preferiu se instalar na vila de Goiana, perto da fronteira com a Paraíba, do que ficar
bem vigiada pelo General no eixo Recife-Olinda. A constituição portuguesa foi jurada no Rio de
Janeiro no dia 21 de abril. Mas Luís do Rego só fez o mesmo em Pernambuco no dia 11 de julho.
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/imagens/f6027.jpg
Era grande a pressão sofrida pelo governador. As cortes o viam como um representante do
Ancién Regime, embora se entendesse a situação peculiar de Pernambuco que precisava de um
laço forte, haja vista o que acontecera quatro anos antes. A aristocracia agrária pernambucana,
por sua vez, pretendia formar uma junta de governo local, como em outras províncias.
Controlando de perto as Câmaras de Recife e Olinda, Luís do Rego procedeu à eleição dos 07
representantes de Pernambuco às cortes, o que deixou profundamente insatisfeita a oposição
local. Foi em meio a rumores de todos os tipos que um tresloucado personagem, desses que
aparecem de vez em quando para turvar um pouco mais os rumos do mundo, tocaiou e atirou
em Luís do Rego no dia 21 de julho. Ninguém nunca soube suas reais motivações, embora de
tudo já tenham dito um pouco os cronistas locais ufanistas. Herói, ou maluco simplesmente, na
fuga, o infeliz personagem morreu afogado. Mas Luís do Rego fôra ferido. Sem saúde, era mais
difícil manter a firmeza de antes. No dia 30 de agosto de 1821, obedecendo às novas diretrizes,
o General formou a sua própria junta de governo, e anunciou a medida às outras províncias.
Colocou então o cargo à disposição, mas não houve quem assumisse o seu lugar.
Um dia antes, em 29 de agosto, militares, milicianos, plantadores e ex-rebeldes de 1817
mobilizaram-se em Goiana, formando uma outra junta provisória. A "junta de Goiana" enviou
um ultimato ao governador no dia 1º de setembro de 1821, ameaçando tomar o Recife, caso
o general não entregasse o cargo. Ao contrário do que se poderia esperar de um general bem
treinado, Luís do Rego mostrou moderação nesse momento. Ao enviar tropas para investigar
o que ocorria em Goiana, deixou claro ao comandante que a sua missão era de paz e não de
guerra.
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História – Pernambuco no Contexto da Independência do Brasil – Prof. Cássio Albernaz
Os membros da Junta de Goiana começaram a ser tratados como rebeldes. Como sempre
acontecia no Brasil escravista, temia-se também que a oportunidade fosse aproveitada pelos
negros e pardos para uma insurreição mais ampla. Luís do Rego acusou a Junta de Goiana de
armar negros nos subúrbios e insuflá-los contra os habitantes do Recife. No dia 21 de setembro
de 1821, houve refregas entre as forças de ambas as Juntas. Uma ao norte, em Olinda, outra
em Afogados, ao sul do Recife. As escaramuças repetiram-se no dia 1º de outubro. Luís do Rego
acusava os anistiados de 1817 pela agitação.
https://tokdehistoria.com.br/tag/seculo-xix/
Com a província quase em guerra, resolveram dialogar. No dia 05 de outubro de 1821, reuni-
ram-se os representantes da Junta de Goiana e do General português na povoação de Beberi-
be, na saída para o interior, entre Recife e Olinda. Chegaram a um acordo. A cidade do Recife
ficaria com o governador. O resto com a Junta de Goiana. Isso até a eleição de uma nova Junta,
conforme as instruções que se esperava de Portugal. É relevante notar, que o "procurador" do
Recife nessa reunião foi Gervásio Pires, comerciante de grosso trato, senhor de engenho, e um
dos rebeldes de 1817 anistiados. Quem o acompanhava na empreitada era um outro ex-rebel-
de de 1817, Luís Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque - um dos irmãos Cavalcanti: o
mais brilhante deles, diria anos depois o Marquês de Paraná.
No dia 26 de outubro de 1821, formava-se então a primeira Junta de Governo de Pernambuco.
À frente dela estava eleito o próprio Gervásio Pires, o homem que intermediara a negociação
entre o governador português e os liberais mais exaltados de Goiana. Com o afastamento do
governador português, as disputas internas entre as elites locais tornaram-se mais claras. Dei-
xando de lado os "pés de chumbo", sempre opostos à chamada "causa do Brasil", os liberais
radicais republicanos, e os negros que queriam haitianizar a América portuguesa, pode-se per-
ceber a paulatina cristalização de duas tendências principais entre as elites locais.
Uma delas, melhor articulada com o projeto urdido no Rio de Janeiro, era favorável à união
das províncias sob a liderança do príncipe regente. Chamaremos essa tendência de centralista,
termo emprestado da historiografia sobre o liberalismo na América Latina muito apropriado
quando se olha a construção do Estado nacional de fora do eixo das províncias do sudeste que
viriam a deter a hegemonia política a partir do primeiro reinado. Essa tendência congregava
muita gente da antiga aristocracia açucareira, e viria a ser liderada pelo Morgado do Cabo, su-
cedido pelos irmãos Cavalcanti.
www.acasadoconcurseiro.com.br 461
A outra tendência era a federalista: tanto fazia a sede do reino ser no Rio como em Lisboa - ou
até nos dois lugares - desde que fosse mantida a autonomia provincial, conquistada com a Re-
volução do Porto. Essa segunda tendência era liderada por Gervásio Pires, que assumiu o go-
verno provincial em outubro de 1821.
Vale salientar que essas duas facções obviamente não eram partidos pré-concebidos e coesos.
O grupo centralista, favorável à união das províncias em torno do projeto de José Bonifácio,
juntava uma boa parte da aristocracia agrária mais antiga e muitos dos comerciantes de grosso
trato bem estabelecidos. Sob o ponto de vista econômico e político, iriam se aliar à corte no Rio
de Janeiro justamente por terem se beneficiado do sistema vigente direta ou indiretamente,
afinal de contas o sistema colonial não teria durado tanto sem a ajuda de uma oligarquia local,
que ganhava dinheiro, poder e status com o regime. Essa elite pagava um preço pelos limites
impostos à expansão de seus negócios de exportação. Mas, em troca, ganhava a garantia da
permanência das estruturas de poder da qual fazia parte, mesmo como parceiros secundários.
Isso incluía todo um conjunto de prerrogativas que, na prática, se traduziam no apoio real ao
domínio exercido localmente. Inclusive culturalmente sentiam-se mais como portugueses do
Brasil do que com alguma identidade própria, diferenciada, brasileira propriamente dita. O na-
cionalismo ufanista da historiografia colonial brasileira costuma disfarçar a colaboração interna
ao sistema. Mas esse dado é relevante para entender a dominação portuguesa por tanto tem-
po, com tão pouca tropa estacionada no Brasil.
Uma vez mantido o poder no Rio, fosse ou não feita a independência de Portugal, acreditavam,
em primeiro lugar, que nada seria mexido. Caso o Brasil adquirisse sua soberania, continuariam
ganhando o livre acesso ao comércio externo - que aliás já tinham em 1821-22. Em segundo
lugar, ganhariam finalmente o pleno controle das rendas derivadas dos impostos arrecadados.
Socialmente, desejavam títulos de nobreza e fidalguia, que não eram em absoluto irrelevantes,
numa época em que o Estado ainda não era esse ente impessoal a que estamos acostumados
hoje em dia. Os antigos barões do açúcar não se satisfaziam mais em serem barões apenas (no
sentido metafórico da palavra), queriam se tornar efetivamente nobres. A monarquia centraliza-
da no Rio poderia assim vir a ser do agrado de muitas famílias fidalgas mais antigas da província,
desde que ajustada de forma a conceder-lhes mais alguns privilégios mantendo os que já tinham.
Além dessas vantagens, dentro de uma perspectiva bastante prática, entendiam que o apoio
do Rio de Janeiro se traduziria no suporte militar da Coroa quando tivessem que enfrentar seus
adversários locais, fossem esses quilombolas, índios ou os vizinhos. Isso não era pouco, como
ficou evidente na demonstração de força do exército que esmagou 1817.
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História
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O absolutismo de D. Pedro I trouxe grande insatisfação à população e isso gerou protestos em
Pernambuco, Paraíba e Ceará.
Os jornais “Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco” de Cipriano Barata e o “Tífis
Pernambuco” de Frei Caneca (ambos liberais) ajudaram ainda mais a preparar o espírito das
pessoas para a revolução. Cipriano Barata era natural da Bahia e tornou-se notável pela sua
atividade jornalística defendendo os valores liberais da época. Dedicou a sua vida à luta revolu-
cionária e esteve ligado às camadas mais populares e por essa razão, foi preso várias vezes. Frei
Caneca era um dos discípulos de Cipriano e principal líder da Confederação do Equador contra
D. Pedro.
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História – Confederação do Equador e Revolução Praieira – Prof. Cássio Albernaz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Confedera%C3%A7%C3%A3o_do_Equador#/media/File:Confedera%C3%A7%C3%A3o_do_Equador.png
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Em Pernambuco, onde também foi chamado de "A Guerra dos Cabanos", a rebelião foi conser-
vadora pois pretendia a volta do monarca português ao trono do Brasil (para alguns historiado-
res, uma pré-Canudos). Desenrolou-se na zona da mata e no agreste. Teve como líder Vicente
de Paula, com seguidores de origem humilde, predominando índios (jacuípes e outros) e es-
cravos foragidos (chamados de papaméis). Com a morte de Dom Pedro I em Portugal (1834),
o movimento deixou de ter razão de existir. Ao final da Cabanada, o líder Vicente de Paula foi
preso e enviado para a ilha de Fernando de Noronha.
Após muita instabilidade política e social, em 1940 ocorre o Golpe da Maioridade, dando início
ao Segundo Reinado.
No começo do Segundo Reinado, a ascensão dos liberais que apoiaram a chegada de Dom Pe-
dro II ao poder foi logo interceptada após os escândalos políticos da época. As “eleições do
cacete” tomaram os noticiários da época com a denúncia das fraudes e agressões físicas que
garantiriam a vitória da ala liberal. Em resposta, alguns levantes liberais em Minas e São Paulo
foram preparados em repúdio às ações políticas centralizadoras do imperador.
Nesses dois estados os levantes não tiveram bastante expressão, sendo logo contidos pelas
forças militares nacionais. Entretanto, o estado de Pernambuco foi palco de uma ação liberal de
maior impacto que tomou feições de caráter revolucionário.
http://brasilescola.uol.com.br/historiab/revolucao-praieira.htm
Ao longo da década de 1840, setores mais radicais do partido liberal recifense manifestaram
seus ideias através do jornal Diário Novo, localizado na Rua da Praia. Em pouco tempo, esses
agitadores políticos ficaram conhecidos como “praieiros”. Assim como em outras partes do Bra-
sil, em Pernambuco existiam dois partidos: liberal (dominado pelos Cavalcanti) e conservador
(dominado pelos Rego Barros).
Essas duas famílias faziam acordos políticos com muita facilidade. Assim, Francisco de Paula
Cavalcanti tornou-se presidente da província em 1837, através de um acordo com os Rego Bar-
ros e, em 1840, foi a vez de Francisco Rego Barros (barão de Boa Vista) assumir a presidência.
Em 1842, alguns integrantes do Partido Liberal se rebelaram e fundaram o Partido Nacional de
Pernambuco (Partido da Praia), eles acusavam Rego Barros de distribuir os melhores cargos aos
Cavalcanti e seus aliados mais próximos.
Entre as principais medidas defendidas por esses liberais estavam a liberdade de imprensa,
a extinção do poder moderador, o fim do monopólio comercial dos portugueses, mudanças
sócio-econômicas e a instituição do voto universal. Mesmo não tendo caráter essencialmente
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História – Confederação do Equador e Revolução Praieira – Prof. Cássio Albernaz
socialista, esse grupo político era claramente influenciado por socialistas utópicos do século
XIX, como Pierre–Joseph Proudhon, Robert Owen e Charles Fourier.
Em 1847, o movimento passou a ganhar força com a nomeação de um presidente de provín-
cia conservador mineiro para conter a ação dos liberais pernambucanos. Revoltados com essa
ação autoritária do poder imperial, os praieiros pegaram em armas e tomaram conta da cidade
de Olinda. A essa altura, um conflito civil contando com o apoio de grandes proprietários, pro-
fissionais liberais, artesãos e populares tomou conta do estado.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000003035/md.0000034426.jpg
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ram a cidade de Recife e entraram em novo confronto com as forças imperiais. Nesse período,
o insurgente Pedro Ivo surgiu como um dos maiores líderes dos populares. Entretanto, a falta
de apoio de outras províncias acabou desarticulando o movimento pernambucano.
http://www.overmundo.com.br/uploads/banco/multiplas/1268794349_1pedro_ivo_heroi_praieiro_1850.jpg
No ano de 1851, o governo imperial deu fim aos levantes que contabilizaram cerca de oitocen-
tas baixas. Os líderes do movimento pertencentes à classe dominante, foram detidos e julgados
apenas em 28 de novembro de 1851, quando os ânimos na província já tinham serenado, oca-
sião em que o governo imperial pôde lhes conceder anistia. Voltaram, assim, a ocupar os seus
cargos públicos e a comandar os seus engenhos.
Por outro lado, os rebeldes das camadas sociais menos privilegiadas - rendeiros, trabalhadores
e outros - não tiveram direito a julgamento e, ou sofreram recrutamento forçado ou foram
anistiados por intervenção de seus superiores para retornarem ao trabalho, exceto aqueles que
foram sumariamente fuzilados durante e logo após os combates.
Dentre as várias revoltas ocorridas durante o Brasil Império, esta foi a última.
http://www.onordeste.com/administrador/personalidades/imagemPersonalidade/b2f8c3a28f0549d0ed6ed60c0718e159406.jpg
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História
https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_atl%C3%A2ntico_de_escravos#/media/File:Kenneth_Lu_-_Slave_
ship_model_(_(4811223749).jpg
Recife foi o quinto maior centro mundial de tráfico escravista (ficaria atrás apenas de Rio de
Janeiro, Liverpool, Bahia e Londres). O período coberto, 1801-1851, abrange a fase de maior
intensidade do tráfico de escravos, 1801-1830, quando o número de escravos desembarcados
foi maior que um terço do total para todo o período do tráfico pernambucano.
O primeiro navio negreiro a desembarcar em Pernambuco (em 1560) foi também o primeiro
navio negreiro a desembarcar no Brasil, fruto de um pedido de Duarte Coelho, primeiro dona-
tário da capitania de Pernambuco, ao rei de Portugal. O último aportou no Recife em 1851, ano
em que finalmente a proibição do tráfico negreiro transatlântico foi adotada. Foram, no total,
1.376 viagens com o nefasto objetivo. Dos quase 5 milhões de escravos oficialmente trazidos
para o Brasil, 853.833 deles desembarcaram em Pernambuco.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_atl%C3%A2ntico_de_escravos#/media/File:Africa_slave_Regions.svg
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No Brasil, 2.054.725, ou 42%, desembarcaram no período de 1801 a 1850. Em Pernambuco,
259.054, ou 30%, desembarcaram entre 1801 e 1850, perfazendo uma média de 5 mil desem-
barcados por ano. Comparativamente, nos séculos XVII e XVIII, a média era de 2.500 e 3.300 ao
ano, respectivamente. O fato de o volume de importação de escravos em Pernambuco ser bem
mais expressivo no século XIX que nos séculos anteriores sugere que as atividades econômicas
nesta região estavam aquecidas. 87,2% das viagens cujo destino era Pernambuco tinham como
ponto de partida esta mesma região. Isto sugere que quem organizava e financiava o desem-
barque de negros em Pernambuco eram pessoas que ali residiam.
Dado que a origem da maioria das viagens para Pernambuco era Pernambuco, em todos os
períodos do tráfico, é evidente que este era essencialmente um tráfico Recife-portos africanos-
-Recife durante toda a sua vigência. Contrariamente, é comum a ideia de um comércio triangu-
lar na literatura: um mesmo navio transportaria manufaturas da Europa para a África, trocadas
por escravos que eram trazidos para as Américas, e finalmente o navio levaria produtos agríco-
las das Américas para a Europa.
O Projeto Estudo Comparado do Escravismo Brasileiro no Século XIX (UnB e UFPE), examinou
3.955 inventários registrados em cartórios pernambucanos ao longo do século XIX, para desco-
brir quem eram os agentes financiadores do tráfico para Pernambuco. A cobertura geográfica
dos inventários cobre todas as áreas da província. Graças a este material, coletaram-se infor-
mações sobre o registro do inventário; o ano e a região em que este foi feito; a ocupação do
inventariado; a quantidade de dinheiro, ouro, prata e cobre que possuía; a quantidade e o valor
de escravos sob seu domínio; dívidas ativas e passivas; e assim por diante. Ao todo, encontram-
-se registros de 21.930 escravos levados a Pernambuco: 11.005 registrados na Zona da Mata;
5.390 no Recife; 3.617, no Agreste; e 1.918, no Sertão.
Tais dados pesquisados apontam que, em sua maioria, os traficantes de Pernambuco eram por-
tugueses radicados no Recife. No geral, eram comerciantes e desenvolviam atividades comer-
ciais nos centros urbanos. Alguns possuíam fazendas, e a maioria era influente na política local.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_atl%C3%A2ntico_de_escravos#/media/File:Pelourinho.jpg
É importante ressaltar que, durante muitos anos, a Companhia Geral de Pernambuco e Para-
íba deteve o monopólio do tráfico para a região em análise, mais precisamente entre 1759 e
1788. Tal companhia era uma empresa de caráter monopolista, criada em 1759 pelo Marquês
de Pombal logo após o grande terremoto de Lisboa, que deixou a economia local muito preju-
dicada. O objetivo da criação desta companhia, juntamente com a Companhia Geral do Grão-
-Pará e Maranhão, era alavancar a economia portuguesa fragilizada pelo desastre natural de
1755. Funcionou durante 26 anos, apesar de ter começado sua atividade cerca de dois anos
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História – Tráfico Transatlântico de Escravos para Terras Pernambucanas – Prof. Cássio Albernaz
após a aprovação dos estatutos. O fim do monopólio abriu espaço para a livre concorrência, a
qual permitiu a alocação de recursos dos próprios pernambucanos nesta atividade.
Mais de 70% dos escravos trazidos para Recife na primeira metade do século XIX vieram em na-
vios de proprietários particulares, a maioria comerciante. Desta forma, há indícios de que o capi-
tal aplicado nesta atividade não vinha de senhores de engenho preocupados com a escassez de
mão de obra, mas de comerciantes acostumados a lidar com outros tipos de mercado, além do
de escravos. Muitos tinham casas comerciais, padarias, lojas, açougues, casas de importação e
exportação, emprestavam dinheiro por meio de emissão de letras, eram membros da Alfândega
de Pernambuco e participavam de sociedades comerciais. Também eram senhores de engenho;
porém, esta atividade parece ter sido complementar, não preponderante sobre as demais.
Era natural que capitais originados no comércio, importante fonte de acumulação no período,
se dirigissem para uma área lucrativa de negócios: o tráfico de escravos. Essa atividade, no
século XIX em Pernambuco, tinha como característica a bilateralidade, a participação de nego-
ciantes portugueses radicados no Recife e de familiares no ramo. Que os negociantes fossem
portugueses não é surpreendente: havia predominância deles no comércio, desde o período
colonial; a Guerra dos Mascates foi essencialmente entre senhores de engenho de Olinda e co-
merciantes portugueses do Recife.
http://maracatu.org.br/o-maracatu/historia/
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História
http://s1.static.brasilescola.uol.com.br/artigos/e4c9583e6c2349dfc2b065e3f62fa21b.jpg?i=http://www.
brasilescola.com/upload/conteudo/images/e4c9583e6c2349dfc2b065e3f62fa21b.jpg&w=302&h=293&c=FFFFFF
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a indústria açucareira nacional se mantivesse no mercado internacional do açúcar o qual, naquele
momento, contava com o crescimento da produção europeia de açúcar de beterraba.
As festas tinham um importante papel na construção da liberdade, por proporcionar a sociabili-
zação e o divertimento, no dia a dia inexistente. Lembrando que também traziam a tona, brigas
entre grupos rivais, que antecediam sua vinda da África. Todavia esquecido, pela consciência de
fazerem parte do mesmo grupo social, se recorriam nestas horas para criação de estratégias.
Criando um mundo paralelo na escravidão aonde o negro, era livre para decidir um destino me-
lhor. Afinal a alforria não era a real resposta que traria a liberdade para um escravo, era quase
que inconsciente na maioria deles, a liberdade só aconteceria se fosse para todos.
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/historia/img/0120.jpg
Entende-se pelos anos da década de 70 do século XIX, como um período único na história
do trabalhador brasileiro, de passagem ou “transição” do trabalho escravo para o trabalho
“livre” ou assalariado. Voltando-nos para Pernambuco, às cidades do interior do estado, no
ano de 1872, no primeiro senso brasileiro, verificamos paróquias, freguesias e cidades com
perfis econômicos variados, mudando a velha perspectiva histórica de que em Pernambuco
teve uma escravidão branda, concentrando-se de maneira quase única na produção açucareira,
consequentemente de escravos de profissão lavradores. Compreende-se, cada vez mais, que
a escravidão estava onipresente, dentro de toda a produção de bens de consumo, há muito já
institucionalizada nesta província de antiga colonização.
De acordo com o mesmo recenseamento, comparando as províncias, coloca-se que só 105
homens escravos e 52 mulheres escravas, em toda a província de Pernambuco, sabiam ler e
escrever. Um número alto se compararmos ao Rio Grande do Norte, que no total registrou-se 4
homens e 3 mulheres, porém altíssimo quando a capital do império, Rio de Janeiro, só possuía
79 homens e 28 mulheres registradas como capaz de ler e escrever.
Na capital da província de Pernambuco, Recife, antes mesmo de 1830 a maioria dos
trabalhadores alforriados eram mulheres negras e mulatas. Mulheres estas que se apropriavam,
ou não, das vantagens que tinham, perante os escravos homens, obtinham mas cedo a alforria.
Sua vantagem consistia na proximidade dos senhores, e de agrados que poderiam dar e receber.
Eram elas amas de leite, cozinheiras, engomadeiras, faxineiras. E estavam onipresentes na
sociedade escravista. Difícil dizer o que o luxo da escravidão não poderia oferecer aos senhores
de conforto e serviços. De pentear o cabelo, a limpar o a calçada da casa. Sabe-se que mesmo
sendo submetidas a humilhações, assédios e estupros por seus senhores e ódio de suas patroas,
era melhor que trabalhar na rua local que era sinônimo de insegurança, morte, prostituição e
fome. A empregada doméstica assalariada surgirá aí nesta condição específica de ex-escrava e,
junto a elas, suas concorrentes que baixavam suas possíveis rendas, as próprias escravas.
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História – Cotidiano e Formas de Resistência Escrava em Pernambuco – Prof. Cássio Albernaz
http://s1.static.brasilescola.uol.com.br/artigos/Resitencia-escravos-BRASILESCOLA(1).jpg?i=http://brasilescola.
uol.com.br/upload/e/Resitencia-escravos-BRASILESCOLA(1).jpg&w=302&h=293&c=FFFFFF&t=1
Outra profissão importante dentro da urbe pernambucana eram os canoeiros responsáveis pelo
movimento do transporte fluvial nos rios que cruzam a cidade. Eles exerciam um emaranhado
de funções sociais: passagem de informações, contatos entre os Engenhos, transporte de água
limpa para consumo, e de pessoas. Foram verdadeiros precursores na formação dessa sociedade
paralela. Os canoeiros do Recife tinham mais autonomia do que muita gente livre. Muitos desses
escravos pagavam semanalmente uma certa quantia ao senhor e moravam nas cidades nos seus
próprios casebres, espalhados nos arredores da cidade, na periferia das ilhas de Santo Antônio e
da Boa Vista, nos limites entre os mangues e a terra firme, nas casas palafitas na beira dos rios.
Havia, portanto, uma contradição entre necessidade de controle do escravo e a natureza das ocu-
pações urbanas, que para gerarem lucro, muitas vezes exigiam uma grande movimentação do
trabalhador.
Não muito distante da capital, vários homens e mulheres viviam no campo vagando de vila em
vila tentando fugir da estrutura extrativista da sociedade escravista. Presentes dentro dos en-
genhos e nas cidades. Para sobreviver a tanta “onipresença” da escravidão e da desapropriação
do corpo, pelos senhores de engenhos: negros, brancos, pardos, livres e mulatos escravos ou
não, viviam na “bandidagem” e na “vadiagem” roubando cavalos, e revendendo-os. Ajudando
fugas, até quem sabe negociando melhores patrões para escravos fujões.
A fuga para o mato era uma decisão extrema, que envolvia riscos. A construção da sua ideia de
liberdade era baseada na sua experiência, e nas tradições de sua cultura. Isolado estaria social-
mente morto. Não haveria a liberdade social, o que é o que nos interessa aqui. Para que esta
fosse alcançada no mato, era preciso que o fugitivo passasse a pertencer a uma comunidade
alternativa: o quilombo. Mas mesmo aí o processo continuava.
Os quilombos vingaram até o fim da Cabanada, isto é, até o começo da segunda metade do sé-
culo XIX. Nos anos de 1870, o mundo da fuga, estava muito mais perto do mundo legal. Roubos
e trocas de passaporte, contrabando, roubos de vilas. Muitas eram as possibilidades de se sus-
tentar e fugir do sistema sem olhar para trás e muitos faziam. Em fuga, o sistema era personifi-
cado na polícia, que eventualmente, dava de cara com essas figuras que habitam o imaginário
dos quilombolas, dos cangaceiros e cavaleiros do Sertão e Agreste pernambucano.
www.acasadoconcurseiro.com.br 475
https://blogdogianfranco.wordpress.com/category/trabalho-sobre-quilombos/
O risco do submundo do crime não seria mais feliz do que pertencer a grupos sociais dentro
do tão violento sistema escravista? Provavelmente sim, ou não. Fugir dos castigos, humilhação,
da desapropriação do próprio corpo, do estupro, de ver filhos sendo vendidos como coisas,
tudo isso deveria servir de estímulo mais que convincente para seguir na vida de incertezas do
crime, mas experimentando alguns momentos de liberdade, principalmente se fosse feito em
bandos, ou duplas. A relação entre a liberdade social e a liberdade jurídica será sempre muito
íntima durante a escravidão.
Ainda sobre resistência escrava, nota-se que muitos autores questionam a virtual ausência de re-
beliões escravas, mesmo tendo havido até mais confusão no Recife do que na maioria das capitais
provinciais na primeira metade do século XIX, quando comparado com o ciclo das insurreições
liberais, que se inicia com a Insurreição de 1817, passa pela Confederação do Equador em 1824 e
termina com a Praieira, em 1848. Porem, alguns historiadores percebem algumas ligações plausí-
veis entre esses movimentos políticos maiores e as estratégias de resistência desenvolvidas pelos
escravos do Recife nessa época, através de algumas narrativas de fugas que expressam o desen-
volvimento de alternativas de resistência em resposta à conjuntura específica de Pernambuco
nesse período, assim como alguns dos motins urbanos ocorridos no Recife nesse período, que
não envolveram apenas escravos, mas também outros segmentos da sociedade.
Podemos citar um episódio ilustrativo de grande relevância para o estudo da resistência negra, es-
pecificamente em Pernambuco: aconteceu em 1846. De acordo com o chefe de polícia da província,
suspeitava-se que uma seita religiosa de negros, surgida na cidade, era na realidade um disfarce para
uma sociedade secreta cujo objetivo era preparar uma insurreição de escravos. A polícia entrou em
ação, cercando uma casa no bairro de São José, onde os fiéis se reuniam. Segundo as autoridades,
os negros então saíram protestando, gritando contra a religião do Estado. O líder – o Divino Mestre
segundo os fiéis – era o crioulo Agostinho José Pereira, que teria uns trezentos seguidores na cidade.
Pelo menos outros seis negros foram presos além de Agostinho, sendo que um deles entregou-se,
declarando o desejo de compartilhar da mesma sorte do Divino Mestre, cuja esposa estaria grávida
havia cinco anos mas só daria à luz quando descesse o Messias.
A seita do Divino Mestre espalhara-se pela cidade. Um editorial do Diário de Pernambuco conta
que no bairro da Boa Vista, na casa de um dos principais discípulos de Agostinho, foi encontra-
do uma bíblia onde estavam marcadas as passagens que tratavam do fim da escravidão. Mais
grave ainda foi a apreensão, na casa do próprio réu, de alguns textos que tratavam do Haiti.
No seu interrogatório, o Divino Mestre mostrou um pouco mais de si. Dizia-se livre. Tinha 47
anos. Sabia ler e escrever. Já estivera no Rio de Janeiro como oficial de milícias e, de passagem,
na Bahia. Foi-lhe também perguntado se havia participado da Sabinada na Bahia, em 1839. Res-
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História – Cotidiano e Formas de Resistência Escrava em Pernambuco – Prof. Cássio Albernaz
pondeu que não, mas admitiu que conhecera Sabino quando o líder da revolta já estava preso no
Rio de Janeiro, numa fortaleza onde o Divino Mestre estava de serviço. Isso, de uma certa forma,
indica que não eram infundadas as suspeitas das autoridades de que Agostinho era um desertor
do exército que, anteriormente, já se havia metido em outras aventuras políticas. Poderia mesmo
ter sido punido, através do recrutamento forçado, pela participação como miliciano na Confede-
ração do Equador, sob as ordens do seu comandante, como admitiu no interrogatório. O advoga-
do de defesa foi ninguém menos que o maior agitador liberal daquela época, em Pernambuco,
Borges da Fonseca. Que crime é ser cismático? – perguntou Borges, argumentando com clareza
que a lei proibia outros cultos, mas não cominava a pena de prisão para os praticantes, limitando-
-se a ordenar a sua dispersão e a destruição dos seus artefatos; no mais, uma multa poderia ser
aplicada. Só que os desembargadores perceberam que Agostinho não era um protestante qual-
quer. O problema não era só de ordem religiosa. Agostinho não pregava apenas a desobediência
ao padroado régio. Tinha algo mais. Ele era um pastor negro.
http://s2.glbimg.com/7jMBcp7i9f1Qfg_iL1oqRMIrSWg=/0x0:1055x728/620x428/s.glbimg.com/po/ek/f/
original/2013/06/11/11o_tema_-_pelourinho.png
A pregação negra trazia ainda um outro inconveniente para a ordem escravista. A livre inter-
pretação das escrituras é um dos princípios básicos do protestantismo, mas a rigor ele só se
efetiva quando é possível a cada pessoa ler a Bíblia. Ao alfabetizar os seus seguidores, Agosti-
nho dava-lhes um instrumento adicional de luta de enorme repercussões. Se adicionarmos a
esse aprendizado os tais papéis sobre o Haiti e a ênfase nas passagens bíblicas que tratam da
libertação dos escravos, pode-se entender que Agostinho era realmente um elemento perigoso
para a ordem, por mais que Borges da Fonseca se esforçasse em provar o contrário.
Os escravos pernambucanos não estavam alheios às ideias francesas, presentes nas revoltas e
tentativas de rebeliões do início do século XIX – como poderiam estar, depois da experiência
do Haiti? Agora, ninguém era ingênuo de se envolver assim sem mais nem menos. Era preciso
alguma esperança efetiva de ganho. Os escravos do Recife também não estiveram ausentes das
demais manifestações urbanas ocorridas na primeira metade do século passado e que são par-
te do contexto político maior das disputas políticas locais.
Por seu protagonismo em muitos levantes liberais ocorridos em Pernambuco, os negros (es-
cravos ou forros, pardos, mulatos...) causavam medo e ofereciam grande perigo para a camada
senhorial. Tanto que cantaram-se nas ruas os citadíssimos versos:
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Marinheiros e caiados
todos vão se acabar,
porque só pardos e pretos,
o Brasil hão de habitar.
http://people.ufpr.br/~lgeraldo/Fugadeescravos.jpg
Em outro evento ocorrido no Recife em 1824, em que não faltaram pardos pobres, negros e
escravos entre os manifestantes, outros versos também foram entoados:
Qual eu imito a Cristovam,
esse imortal haitiano.
Eia! Imitai a seu povo,
Oh, meu povo soberano!
A cidade do Recife foi amordaçada durante a década de 1820. Mesmo assim não faltaram fugas
de escravos e todas as demais formas de resistência comuns às sociedades escravistas. O fato
mais importante desse período foi o apogeu do quilombo de Malunguinho, cuja vida e morte
está intimamente ligada à história política e social de Pernambuco como um todo. Pode-se
dizer que a expansão do quilombo é um dos resultados das brigas de branco entre 1817 e 1824,
que abriram brechas no sistema, facilitando as fugas de escravos, inclusive urbanos. Onde havia
mato, sempre houve gente escondida, mas um volume tão grande de quilombolas perto do
Recife só pode ser entendido como resultado das fugas dos cativos dos proprietários que se
envolveram naquelas duas insurreições. Começando quase que às portas das cidades gêmeas
de Recife e Olinda, nos morros e florestas dos subúrbios a noroeste delas, os mocambos
espalhavam-se pelas matas que serpenteavam entre os engenhos da zona da mata norte,
conhecidas pelo nome de floresta do Catucá.
O quilombo de Malunguinho se fortalecia toda vez que as elites brigavam entre si, como em
1817, 1824 e 1831-32, e feneceu no final do decênio de 1830, após a derrota da Cabanada
(1832-1835). Enquanto durou, foi a alternativa mais radical para os cativos do Recife e da zona
da mata seca, daí a sua importância para o entendimento da resistência escrava, não somente
no interior, mas também no principal núcleo urbano da província.
Havia conexões entre os quilombolas e os escravos da cidade. Os quilombolas costumavam
atacar os arrabaldes, principalmente a povoação de Beberibe, onde a água era límpida, e onde
as escravas lavavam as roupas dos seus senhores e senhoras do Recife, para onde voltavam
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História – Cotidiano e Formas de Resistência Escrava em Pernambuco – Prof. Cássio Albernaz
depois, provavelmente de canoa, remadas por negros, muitas vezes cativos também. Isso indica,
inclusive, que a conexão com os escravos da cidade podia também ser feita pelas mulheres.
Essas ligações entre os quilombolas e os demais escravos ficaram mais claras em 1827, quando o
Conselho de Governo reuniu-se para tomar medidas efetivas contra o quilombo. Não era a primeira
vez que isso acontecia, muito pelo contrário. Após ter debelado a Confederação do Equador,
o general Lima e Silva marchou para o Catucá com toda a tropa disponível. Mas bastou a força ir
embora para os mocambos voltarem a crescer. Na tal reunião de janeiro de 1827, a elite dirigente de
Pernambuco temia que Malunguinho e seus seguidores tencionassem efetivamente atacar o Recife.
http://4.bp.blogspot.com/-ozyvhOB0XEw/VOsjYfglsNI/AAAAAAAAF9k/eGJml6qWgKM/s1600/malunguinho2.jpg
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Foi muita correria pela cidade naqueles anos. Os escravos, todavia, são menos visíveis na docu-
mentação sobre aqueles episódios, devido ao rápido aumento da população livre depois da In-
dependência. Não obstante, justamente lá pela década de 1840, se solidificaria uma das formas
de contestação mais criativas dos cativos do Recife: deixar-se acoitar ou roubar por alguém.
Em outras palavras, procurar um outro patrão, tal como faziam e fazem os trabalhadores livres
quando insatisfeitos. O que não falta nos anúncios de fuga daqueles anos são menções a um
possível acoitamento dos cativos por pessoas livres.
Esses acoitamentos, todavia, não se davam por solidariedade – pensar assim seria idealizar de-
mais a relação senhor-escravo – mesmo admitindo que isso possa ter ocorrido em algumas ins-
tâncias, principalmente nos casos em que os próprios negros escondiam companheiros sendo
perseguidos. Regra geral, os acoitamentos aconteciam por interesse do acoitador que ganhava
um trabalhador sem ter que pagar por ele o preço de mercado.
O aspecto mais significativo dessa situação é a participação do escravo no processo. Era ele quem
saía da casa do seu dono para se estabelecer noutra residência. Assim, a única e fundamental
diferença de uma fuga como outra qualquer é a cumplicidade desse alguém livre, interessado em
adquirir o cativo. Essa não era uma fuga para se tornar um quilombola, ou um fugitivo a mais se
fingindo de forro pelas ruas, mas a busca por um senhor menos despótico e/ou disposto a respei-
tar alguns direitos que o fugitivo acreditava ter adquirido ou pensava em adquirir.
Também foi na década de 1840 que os roubos de escravos tornaram-se uma atividade corri-
queira em Pernambuco. Roubo, não furto. Como coisa que era, de acordo com a lei brasileira,
ele não poderia ser furtado, mas somente roubado. Considerava assim a legislação que só era
possível tomar um escravo alheio através da violência (como, por exemplo, nos casos de rapto
de crianças) ou então através da persuasão do cativo. Na linguagem das ruas, utilizada nos jor-
nais e nas fontes policiais, o ladrão “seduzia” o cativo, oferecendo-lhe dinheiro ou outra vanta-
gem qualquer. De acordo com a lei, o senhor – a vítima aqui – ficava indefeso no momento em
que o ladrão convencia o cativo a deixá-lo. Através de um artifício de lógica jurídica portanto, o
direito considerava que essa persuasão equivalia a coação direta, uma vez que impossibilitava
o legítimo proprietário de defender a sua posse. Assim, a legislação admitia claramente que,
para um ser humano ser “roubado”, era preciso que o “objeto” do crime, o cativo, consentisse
no roubo. Ficava tacitamente reconhecida a capacidade do escravo de interferir no ato ilícito,
agindo em seu próprio benefício. Ao contrário de outros bens semoventes, o cativo dificilmen-
te poderia, sem consentimento, ser levado por outra pessoa.
https://uhmanas.files.wordpress.com/2014/06/or_0595_f1061.jpg
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História – Cotidiano e Formas de Resistência Escrava em Pernambuco – Prof. Cássio Albernaz
Na história do Recife, não há outro período de longa duração tão conturbado. A Insurreição de
1817, as manifestações de rua de 1823 e 1824, a Setembrizada em 1831 e os mata-marinheiros
entre 1844 e 1848 são parte desse contexto. Vale a pena repetir que, obviamente, nenhum
desses episódios foi uma rebelião escrava. Todavia, eles têm relevância para o entendimento
da história da escravidão na cidade e em Pernambuco como um todo. Não que os cativos, a
partir dessa conjuntura, entendessem a existência de “contradições” no sistema – não é assim
tão simples. Mas eles com certeza percebiam que os brancos também brigavam entre si.
Muitas das fissuras do sistema foram escancaradas naqueles momentos de perigo. A rotina
era quebrada. Reinava aquilo que os contemporâneos letrados chamavam nos jornais de
“anarquia”, “algazarras”, “distúrbios” e outros termos semelhantes. Os escravos aproveitavam-
se das circunstâncias para avançarem suas lutas, em grupo ou individualmente.
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História
Durante várias décadas, até meados do século XX, quando foi suplantado por São Paulo, Per-
nambuco foi o principal produtor nacional de açúcar. Até então, seus concorrentes mais impor-
tantes - Bahia e Rio de Janeiro - não conseguiram ultrapassá-lo.
Na segunda metade do século XVII, o triunfo alcançado pelo açúcar já não era mais o mesmo.
Nessa época, os holandeses foram expulsos da região Nordeste – principal polo de fabricação
do açúcar brasileiro – para empreender o cultivo de cana-de-açúcar nas Antilhas. Nesse con-
texto, Portugal não conseguiu fazer frente ao preço e à qualidade mais competitiva do açúcar
antilhano. De tal modo, a produção açucareira entrara em crise. Podemos citar como principais
causas da crise do açúcar:
- A União Ibérica (1580 a 1640), que estabeleceu o domínio da Espanha sobre Portugal e suas
colônias. Este fato fez com que os espanhóis tirassem os holandeses da lucrativa atividade açu-
careira brasileira, expulsando-os do Nordeste brasileiro. Após este fato os holandeses passaram
a produzir açúcar em suas colônias nas Antilhas.
- Os holandeses conheciam o processo de fabricação de açúcar e tinham o controle sobre a dis-
tribuição e comercialização deste produto. Logo, conseguiram conquistar os grandes mercados
consumidores rapidamente, deixando o açúcar produzido no Brasil em segundo plano no mer-
cado internacional. A concorrência holandesa foi, portanto, uma das principais causas da crise
do açúcar brasileiro no período colonial, pois eles conseguiram produzir açúcar mais barato e
de melhor qualidade do que o brasileiro.
A crise do açúcar reduziu drasticamente os lucros dos senhores de engenho do Nordeste e tam-
bém diminuiu a arrecadação de impostos, provocando uma crise financeira em Portugal. A co-
roa portuguesa rapidamente agiu em busca de uma nova forma de exploração colonial. Neste
sentido, a coroa portuguesa estimulou a produção de outros gêneros agrícolas no Brasil como,
por exemplo, tabaco e algodão.
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Vale ressaltar que, apesar da crise, a produção e exportação de açúcar permaneceram como prin-
cipais atividades econômicas até o apogeu do Ciclo do Ouro (segunda metade do século XVIII).
Essa não seria a primeira e nem a última vez que a produção de açúcar brasileira viria a entrar em
crise. A falta de condições para investimento e as várias oscilações experimentadas no mercado
externo acabavam por deflagrar esses tempos de crise da economia açucareira. Apesar disso, não
podemos nos esquecer que tal atividade econômica sempre figurou entre as mais importantes de
nossa economia colonial. E, por isso, nunca chegou a entrar em uma crise definitiva que viesse a
encerrar o negócio.
Engenho Espadas, em Pernambuco, no Brasil: um exemplo de engenho banguê em funcionamento na década de 1950
https://pt.wikipedia.org/wiki/Engenho_de_a%C3%A7%C3%BAcar#/media/File:Engenho1.jpg
http://3.bp.blogspot.com/_1dNjQ4O4_c8/TTO9xcs9SvI/AAAAAAAABXo/l9R4DXe_WX8/s1600/206b9985b54fb58
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História – Crise da Lavoura Canavieira – Prof. Cássio Albernaz
http://3.bp.blogspot.com/_1dNjQ4O4_c8/TTPA7QShEAI/AAAAAAAABX4/_bBBs_kqQOw/s1600/Ciclos%252520-
%252520MUNDO%252520EDUCACAO.jpg
Dessa forma houve no próprio funcionamento do ciclo do açúcar, elementos negativos que
impediram sua viabilidade ao progresso. Ocorrendo, então, o encerramento do monopólio da
economia açucareira que manteve sua importância, porém deixou de ser o principal produto e
a base de sustentação da economia brasileira.
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História
Por 83 votos favoráveis e apenas nove contrários, a Câmara dos Deputados aprovou o fim da servidão no Brasil.
http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2013/05/11/interna_politica,386059/abolicao-da-escravatura-
completa-125-anos-e-em-reconta-a-historia.shtml
No final do século XIX, a escravidão já havia sido abolida na maioria dos países. O Brasil seria
o último país a abolir oficialmente a escravidão, pois durante muito tempo a aquisição de
escravos foi um grande investimento.
De 1831 a 1850 inicia-se uma intensa luta contra o tráfico de escravos, resultado do confronto
entre o Brasil, econômica e culturalmente assentado na escravidão, e as nações déias as,
que concretizaram suas revoluções burguesas e da industrial e ansiavam por transformar os
escravos em seus futuros consumidores. Em 1845 a Inglaterra aprovou o Bill Aberdeen, lei que
permitia aos navios ingleses atacarem, em águas internacionais, navios brasileiros envolvidos
com o tráfico de escravos. Com a intensificação da repressão ao tráfico, os ingleses passaram
a atacar os navios nos portos brasileiros. A extinção do tráfico internacional, resultado de um
acordo secreto entre os dois governos, não impediu que continuasse, por muitas décadas, o
tráfico interno, onde os cafeicultores adquiriram os escravos do Nordeste.
A promulgação da Lei de Terras, em 1850, aumentou o poder dos proprietários de terra e donos
de escravos com a proibição da posse da terra aos que nela já habitavam, além da expulsão
dos índios e posseiros que lá viviam desde os tempos coloniais. Em 1850 é promulgada a Lei
Eusébio de Queirós, que determinou o fim do tráfico de escravos para o Brasil. Essa lei proibiu o
desembarque de negros africanos nos portos brasileiros. Os últimos 200 escravos trazidos para
o país desembarcaram em Pernambuco, em 1855.
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Em 1871, a Lei do Ventre Livre declarava libertos os filhos das escravas nascidos a partir da
aprovação da lei. Seus defensores afirmavam que a Lei do Ventre Livre, junto com a proibição
do tráfico negreiro, assegurava a extinção gradual da escravidão no Brasil. Os donos de escra-
vos, por sua vez, temiam ficar sem mão-de-obra para trabalhar em suas plantações. Eles acu-
savam o governo de querer provocar uma crise econômica ao decretar essa lei. A Lei do Ventre
Livre, porém, teve pouco efeito prático, já que dava liberdade aos filhos de escravos, mas os
mantinha sob a tutela dos donos das mães até completarem 21 anos.
No ano de 1885 surge a Lei dos Sexagenários, também chamada Lei Saraiva-Cotegipe, que li-
bertava os escravos com mais de 65 anos. Essa lei também não ajudou quase nada, pois poucos
escravos conseguiam viver mais de 40 anos. Por quê? Eles trabalhavam muito, comiam pouco
e suas senzalas não tinham nenhum conforto. Além disso, a maioria dos escravos se vestia com
trapos, não tinha roupas quentes para se proteger no inverno e, quando ficavam doentes, em
geral, continuavam trabalhando e não contavam com nenhum cuidado especial.
E, finalmente, em 13 de maio de 1888, acontece a Abolição da escravatura. A assinatura da Lei
Áurea, pela Princesa Isabel, foi o término de um processo para atender os interesses capitalis-
tas da Inglaterra, que pleiteavam a abolição da escravidão no Brasil.
Neste longo processo, uma das figuras mais representativas foi a do pernambucano Joaquim
Nabuco. Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (Recife, 19 de agosto de 1849 — Washing-
ton, 17 de janeiro de 1910) foi um político, diplomata, historiador, jurista, orador e jornalista
formado pela Faculdade de Direito do Recife. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de
Letras. Na data de seu nascimento, 19 de agosto, é comemorado o Dia Nacional do Historiador.
Foi um dos grandes diplomatas do Império do Brasil (1822-1889), além de orador, poeta e me-
morialista. Além de “O Abolicionismo”, “Minha Formação” figura como uma importante obra
de memórias, onde se percebe o paradoxo de quem foi educado por uma família escravocrata,
mas optou pela luta em favor dos escravos. Nabuco diz sentir “saudade do escravo” pela gene-
rosidade deles, num contraponto ao egoísmo do senhor. “A escravidão permanecerá por muito
tempo como a característica nacional do Brasil”, sentenciou.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Nabuco#/media/File:Joaquim_Nabuco_-_1902.jpg
Joaquim Nabuco se opôs de maneira veemente à escravidão, contra a qual lutou tanto por
meio de suas atividades políticas e quanto de seus escritos. Fez campanha contra a escravidão
na Câmara dos Deputados em 1878 (não foi reeleito em 1882), e em legislaturas posteriores,
quando liderou a bancada abolicionista naquela Casa, e fundou a Sociedade Antiescravidão
Brasileira, sendo responsável, em grande parte, pela abolição da escravidão no Brasil, em 1888.
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A Participação dos Políticos no Processo de Emancipação/Abolição da Escravatura – Prof. Cássio Albernaz
Nabuco era um monarquista e conciliava essa posição política com sua postura abolicionista.
Atribuía à escravidão a responsabilidade por grande parte dos problemas enfrentados pela
sociedade brasileira, defendendo, assim, que o trabalho servil fosse suprimido antes de
qualquer mudança no âmbito político. A abolição da escravatura, no entanto, não deveria
ser feita de maneira ruptúrica, ou violenta, mas assentada numa consciência nacional dos
benefícios que tal resultaria à sociedade brasileira.
Também não creditava a movimentos civis externos ao parlamento o papel de conduzir a
abolição. Esta só poderia se dar no parlamento, no seu entender. Fora desse âmbito cabia
somente assentar valores humanitários que fundamentariam a abolição quando instaurada.
Criticou também a postura da Igreja Católica em relação ao abolicionismo, chamando-a de “a
mais vergonhosa possível”, pois ninguém jamais a viu tomar partido dos escravos. E emendou:
“A Igreja Católica, apesar do seu imenso poderio em um país ainda em grande parte fanatizado
por ela, nunca elevou no Brasil a voz em favor da emancipação”. Após a derrubada da monarquia
brasileira, Nabuco retirou-se da vida pública por algum tempo.
Outra personalidade envolvida no processo emancipatório dos escravos, foi o abolicionista
Tobias Barreto, que apesar de não ser pernambucano, (era sergipano de Campos do Rio Real),
estudou Direito na Faculdade do Recife e se transformou no principal teórico brasileiro à testa
do movimento renovador das déias denominado de Escola do Recife, que ainda hoje repercute
no Brasil e em algumas partes do mundo civilizado. Tobias Barreto de Menezes chegou ao
Recife em 1862. Formado em Direito vai advogar na Comarca de Vitória, fixando-se no termo
de Escada, por motivos de família.
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/intranetSupremoEmDiaNoticia/imagem/2012/TobiasBarreto.jpg
O movimento em defesa da liberdade dos negros escravos pode ser dividido em três fases distin-
tas, cada uma com sua importância. A primeira delas, eminentemente literária, constou de um
engajamento intelectual principalmente no Nordeste brasileiro, com ênfase para Pernambuco,
tendo como maior expoente o poeta baiano Castro Alves (1847-1871). Seus poemas arrebatados
de humanidade, ecoavam como disparos destinados a sacudir a consciência escravocrata domi-
nante. Nos saraus, nas récitas, nas páginas soltas dos bandos, e nos livros, as vozes poéticas dos
primeiros abolicionistas abriam caminho para uma luta mais ampla em defesa da liberdade.
A partir de 1879, Joaquim Nabuco detonou uma movimentação enorme de imediata reper-
cussão social, em defesa da liberdade dos cativos. A imprensa passava a ter, muito mais que
antes, o papel de tribuna permanente da discussão em torno da questão servil e da abolição da
escravatura. Muitos vultos surgiram no cenário do combate, dentre eles André Rebouças, que
aprofundava o estudo da abolição para desdobrá-la num projeto de longo alcance, segundo
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o modelo francês das fazendas centrais. Ao tempo em que tomava dimensão nacional a luta,
eram criadas as Sociedades abolicionistas, eram fundados os jornais que nas Províncias sus-
tentavam o fogo, em defesa da liberdade dos negros. Era a vibração da segunda e mais ruidosa
fase do movimento abolicionista.
A terceira e última fase, voltada para a libertação dos escravos e para a organização da socieda-
de pela via econômica do trabalho livre, tem em Tobias Barreto a sua maior liderança. É nesta
fase, como se verá adiante, que a campanha abolicionista dilata seu alcance para uma ampla
crítica social, através da atuação, algumas vezes até panfletária, de Tobias Barreto, na tentativa
de levar o povo à consciência da cidadania.
De volta ao Recife, Tobias Barreto entra na última fase criadora de sua vida de intelectual, como
professor da Faculdade de Direito e como líder de um movimento fecundo, de grande repercus-
são nacional, conhecido sob a denominação de Escola do Recife. Pernambuco estabelecia, no
Nordeste, o compromisso engajado da sua Faculdade de Direito, em contraponto ao descom-
promisso da Faculdade de Direito de São Paulo, onde uma geração de poetas abstraía a realida-
de de uma sociedade em formação para intimizar seus sentimentos e suas perplexidades. Mais
uma vez Pernambuco evoca para si os vínculos com a nacionalidade, com as causas sociais, com
o futuro, desta feita tendo à frente a figura de Tobias Barreto.
Como muitos poetas do seu tempo, Tobias Barreto também engajou a sua poesia na defesa da
liberdade dos negros. E o fez de três formas: exaltando a morena, mestiça brasileira, deploran-
do a escravidão, de forma explicita, e inflamando as massas em torno das idéias de liberdade.
http://img.historiadigital.org/2009/11/Movimento-Abolicionista-Agostini.jpg
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A Participação dos Políticos no Processo de Emancipação/Abolição da Escravatura – Prof. Cássio Albernaz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Abolicionismo_no_Brasil#/media/File:Emancipa%C3%A7ao.jpg
Outras personalidades, não pernambucanos, mas que estudaram na Escola de Direito de Recife,
também participaram ativamente na campanha e no processo abolicionista: Plínio de Lima,
Castro Alves, Rui Barbosa, Aristides Spínola, Regueira Costa, entre outros. Juntos fundaram
uma associação abolicionista formada por alunos daquela escola.
Na mesma turma de Joaquim Nabuco, forma-se outro abolicionista pernambucano: José
Mariano Carneiro, fundador do jornal abolicionista A Província. Assim como Joaquim Nabuco,
Barros Sobrinho, João Ramos, Alfredo Pinto, Phaelante da Câmara, Vicente do Café e Leonor
Porto, José Mariano era membro da associação emancipatória Clube do Cupim, fundado em
1884 (logo após a abolição da escravidão no Ceará), que alforriava, defendia e protegia os
escravos.
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(Joaquim Nabuco)
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História
http://3.bp.blogspot.com/-oZMC8O6nJEE/Ubo-uFG6CZI/AAAAAAAAEaA/lc97c8BruA4/s1600/Voto+de+Cabestro.png
No ano seguinte à Abolição, o Marechal Deodoro da Fonseca (que foi o primeiro presidente,
provisório) proclama a República, dando início à Primeira República ou República Velha. Este
período compreende os anos de 1889 e 1930, quando a elite cafeeira paulistana e mineira re-
vezava o cargo da presidência da República movida por seus interesses políticos e econômicos.
Esse revezamento ficou conhecido como Política dos Governadores ou "política do café-com-
-leite", o arranjo político que vigorou no período da Primeira República, envolvendo as oligar-
quias de São Paulo e Minas Gerais e o governo central no sentido de controlar o processo su-
cessório, para que somente políticos desses dois estados fossem eleitos à presidência de modo
alternado. Assim, ora o chefe de estado sairia do meio político paulista, ora do mineiro.
http://2.bp.blogspot.com/_lOSe7CxJx6Q/SX-9jEA0AyI/AAAAAAAAAoY/KwWFkC3H1iQ/s400/Rep+Velha+-+Caf%C
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Após a proclamação da república, a 15 de novembro, dois militares se sucederam no comando
do país, os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. A partir daí, a história do Brasil
foi marcada por acordos entre as elites dos principais centros políticos do país, que à época
eram minas gerais e São Paulo. Os "coronéis", grandes fazendeiros, optavam por candidatos da
política café-com-leite, e estes, além de concentrar suas decisões na proteção dos negócios dos
latifundiários, concediam regalias, cargos públicos e financiamentos.
O surgimento do nome "café-com-leite" batizando tal acordo seria uma referência à economia
de São Paulo e Minas, grandes produtores, respectivamente, de café e leite. Entretanto, alguns
autores contestam tal explicação para o surgimento da expressão, pois o Rio Grande do Sul seria
o maior produtor de leite à época. O leite como referência a minas gerais teria vindo na verdade
das características da cozinha mineira, representada pelo queijo minas ou mesmo pelo pão de
queijo, e que assim, combinada com o a palavra "café", há muito associada a São Paulo (por ser
este estado, sim, o grande produtor de café e seu maior representante), remeteria à expressão
ainda hoje conhecida de "café-com-leite", usada para designar a pessoa que participa de uma
ação com neutralidade, que não pode dar conselho e não pode ser aconselhado, que participa
com condições especiais em algum evento.
Com Campos Sales (1898), instalou-se o poder dos governadores dos estados (política dos
governadores), que tinham grande autonomia em relação ao governo federal e se articulavam para
escolher os presidentes da república que tinham mandato de 4 anos sem direito a reeleição. Os
presidentes e governadores tinham a prerrogativa de destituir (as chamadas "degolas") os deputados
e senadores eleitos que não lhes fossem afeitos através das comissões de verificação dos poderes, que
existiam nos congressos estaduais (atuais assembleias legislativas estaduais) e no congresso nacional.
O voto não era secreto, o que tornava o voto de cabresto e a fraude eleitoral práticas comuns.
As eleições presidenciais ocorriam, de quatro em quatro anos, em 1 de março, e a posse dos
eleitos se dava no dia 15 de novembro do ano da eleição presidencial. O candidato oficial a
presidente da república era escolhido através de um acordo nacional entre os presidentes dos
estados. De acordo com essa obra de engenharia política, o poder federal não interferia na
política interna dos estados e os governos estaduais não interferiam na política dos municípios,
garantindo-se lhes a autonomia política e a tranquilidade nacional.
O sistema político que vigorava, e que tinha o abuso de poder por conta da autoridade compra
de votos e o uso das instituições públicas para favorecimento pessoal ou de terceiros, ficou
conhecido como Voto de Cabresto. Nas regiões do Brasil em que encontramos a pobreza
como companhia diária, encontrávamos, e ainda encontramos esta prática, que é a principal
característica das práticas que definem o Coronelismo. Desde as primeiras eleições, ainda no
Império, essas práticas de fraudar o sistema eleitoral é uma praga de difícil combate.
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História – Voto de Cabresto e Política dos Governadores – Prof. Cássio Albernaz
No século XX, o auge do coronelismo, os eleitores precisavam levar apenas um pedaço de papel
com o nome do seu candidato e depositar na urna. Tratava-se de qualquer papel, trazido de casa
mesmo, muitas vezes entregues pelos próprios coronéis a seus funcionários e já preenchidos.
É importante ressaltar que a grande maioria dessas pessoas era analfabeta, sabendo apenas
assinar o seu nome. Como analfabetos não podiam votar, na época, levavam para as urnas
os papéis já preenchidos, não levantando a suspeita de que não saberiam ler e escrever. Nos
papéis estavam escritos o nome dos candidatos que eram convenientes aos próprios coronéis
em relação as suas alianças políticas. Assim o coronel que tivesse mais influência, que tinha
mais empregados, geralmente levantava mais votos para seus candidatos.
Já os empregados, como não sabiam ler, votavam sem ao menos saber o que estava escrito nos
papéis que depositavam nas urnas, aonde chegavam através de um transporte fornecido pelo
próprio coronel. Todo território Brasileiros estava repleto dessa figura, um grande fazendeiro
que exercia poder total sob uma comunidade de camponeses humildes, muitas vezes liderando,
e reprimindo, por via oral ou até mesmo pelo uso da força. Ou seja, quando o convencimento
não surtia efeito em seus influenciados, o coronel recorria à violência para que os eleitores de
seu “curral eleitoral” obedecessem às suas ordens. E como o sistema eleitoral era aberto, ficava
muito fácil a fiscalização dos eleitores para que votassem nos candidatos exigidos pelo coronel.
Usava esse poder, então, para garantir que os candidatos que eles apoiavam fossem eleitos.
Porém, durante a Primeira República, não eram apenas São Paulo e Minas os principais atores
no jogo político do período, conforme percebemos pela carta do presidente da Câmara dos
Deputados Arnolfo Azevedo ao presidente Washington Luís em 1926 (onde fala sobre a
importância de um vínculo entre os jogadores cujo se desfazer era o fim do próprio jogo). “No
baralho político há três ases e três reis”. “Quem vai dirigir o jogo precisa ganhar a partida e para
ganhá-la é indispensável ter dois ases e um rei” (sendo os ases Minas, São Paulo e Bahia, e os
reis Pernambuco, Rio e Rio Grande do Sul). “Sentar-se à mesa do jogo sem contar com esses
trunfos é arriscado e quem tiver a maioria absoluta dos seus valores fará, não só um governo
bom, mas ótimo e fácil”. Notamos, então, que eram seis as forças políticas estaduais do período.
Em 1929, com a grande crise econômica que se seguiu à quebra da bolsa de Nova Iorque, o
café brasileiro ficou praticamente sem comprador, prejudicando enormemente os cafeicultores
paulistas. O que aconteceu, na sequência, foi que o Estado de São Paulo, que deveria apoiar
o próximo presidente da República (que seria o mineiro previamente escolhido Antônio Carlos
Andrada), resolveu mudar. O Presidente Washington Luís voltou atrás e passou a apoiar outro
candidato paulista, Júlio Prestes, o que provocou uma visível cisão dos grandes Estados.
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A cisão política do café-com-leite foi o resultado deste rompimento e, por isto, o estado de Minas
Gerais se une logo ao Rio Grande do Sul. Tentou-se obter a adesão de Pernambuco, Bahia e do
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estado do Rio de Janeiro, oferecendo-lhes em troca a vice-presidência. A proposta foi aceita
pela Paraíba, formando uma aliança política que ficou conhecida como aliança liberal, lançando
um novo candidato próprio: Getúlio Vargas. Vargas mesmo assim foi derrotado nas eleições. No
entanto, um clima instável e generalizado de insubordinação, de enorme inquietação política
contra o estado de São Paulo e de sua dominação, passou a ser insustentável.
A motivação de todo este processo foi a morte de João Pessoa, que seria o candidato à vice-
presidência da república na chapa de Getúlio Vargas. O evento, que a rigor não tinha nenhuma
conexão com as inquietações políticas e com a concorrência eleitoral, passou-se a ter um
pretexto de rompimentos políticos.
João Pessoa seria assassinado a tiros na capital pernambucana. A morte do ilustre paraibano, no
entanto, impulsionou os revolucionários, que já arquitetavam a tomada de poder. Washington
Luís foi deposto em 24 de outubro de 1930, vinte e um dias antes do término do seu mandato
como presidente da república. Por este golpe militar, que passou o poder em 03 de novembro
às forças político-militares, acontece a revolução de 1930 comandada por Getúlio Vargas.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f6/revolu%c3%a7%c3%a3o_de_1930.jpg
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História
http://www.onordeste.com/administrador/personalidades/imagemPersonalidade/30f971803fae83d2e1c46013de54befc223.jpg
Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães (Vila Bela, atual Serra Talhada, 5 de novembro de 1893
— Recife, 24 de agosto de 1952) foi promotor de direito, geógrafo, professor (de Geografia)
e político brasileiro; deputado estadual (1918), federal (1924, 1928, 1932, 1945), governador
de estado (1937, 1950) e ministro (Trabalho e Justiça). Fomou-se bacharel pela Faculdade de
Direito de Recife (1916), em Recife, sendo em seguida nomeado para a promotoria da comarca
de São Lourenço da Mata. No ano seguinte, retornou a Recife, onde fixou residência. Em 1918,
foi eleito deputado estadual com apoio da agremiação governista estadual (Partido Republicano
Democrata) e, em 1924, tornou-se deputado federal, reeleito quatro anos depois. Contudo,
em 1930, rompendo com os governos estadual e federal, aderiu à Aliança Liberal formada
em torno da candidatura de Getúlio Vargas. Após a revolução, apoiou o interventor Carlos de
Lima Cavalcanti e ajudou a articular no estado o Partido Social Democrata (de sustentação ao
Governo Provisório), pelo qual elegeu-se deputado constituinte em 1932.
Em 1934, foi convidado pelo presidente Getúlio Vargas para a pasta do Trabalho, Indústria e
Comércio. À frente do ministério, promoveu intervenções em sindicatos, nomeando diretores
de confiança do governo, e trabalhou na implementação de novas leis, como a que reservava
dois terços dos postos de trabalho nas empresas comerciais e industriais para brasileiros e a
que garantia uma indenização aos trabalhadores demitidos sem justa causa. Durante sua
gestão foi criado também o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI). Em
janeiro de 1937, passou a acumular com o Ministério do Trabalho, interinamente, o Ministério
da Justiça e Negócios Interiores, onde permaneceu até o mês de junho. Era, então, elemento
dos mais prestigiados junto ao governo federal e por isso mesmo deu apoio decidido ao projeto
continuísta de Vargas, concretizado com o golpe que em 10 de novembro instituiu o Estado
Novo.
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Aliado fiel de Vargas, ele entrou em choque com o interventor Lima Cavalcanti, seu antigo aliado,
que tendia a apoiar a candidatura oposicionista de Armando de Sales Oliveira para a sucessão
presidencial de 1938, e a quem acusara de conivência com o levante comunista deflagrado em
novembro de 1935 em Recife por membros da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Por este
motivo, em novembro de 1937, após a decretação do Estado Novo, Agamenon Magalhães foi
nomeado interventor federal em Pernambuco, substituindo seu antigo aliado e opositor.
A interventoria de Agamenon Magalhães coincidiu ainda com os anos da presença militar norte-
americana no Recife, em virtude das alianças em torno da Segunda Guerra. Este período foi
marcado por transformações não apenas no cenário político, mas também no plano cultural.
Ainda em 1941, os EUA iniciou a política de envio de observadores navais para vários portos
brasileiros. O primeiro a chegar foi o capitão aposentado da US Navy W.A. Hodgman. Ele chegou
ao Recife em 26 de fevereiro, sob as ordens do Escritório de Inteligência Naval. Recife era a
terceira cidade do Brasil, com uma população estimada à época de 400 mil pessoas.
http://www.sixtant.net/2011/img/editor/image/SBRF/PLAN%20OF%20RECIFE.jpg
Com a declaração de guerra contra as potências do Eixo, e a cessão de bases no litoral brasileiro
combinada com as operações de defesa do atlântico sul, Recife passa a ser uma cidade estratégica
para as pretensões americanas, e com o apoio de Agamenon Magalhães, Recife terá a Sede da
Quarta Frota Naval e será a base das operações marítimas com raio de atuação do Canal do Panamá
até o extremo sul das Américas, além de um campo de pouso construído pelos americanos e
chamado de Ibura Field, que atualmente é o Aeroporto Internacional dos Guararapes.
https://tokdehistoria.files.wordpress.com/2012/11/recife-wwii-53.jpg?w=300&h=205
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História – Pernambuco sob a Interventoria de Agamenon Magalhães – Prof. Cássio Albernaz
Ocorrem muitas mudanças no estado. Contudo as mudanças não foram meramente militares,
houve um impacto profundo na sociedade pernambucana e, em especial em Recife. Primeira-
mente o impacto foi econômico, já que no auge de suas atividades a Quarta Frota mantinha
cerca de 4000 homens no Estado, todos recebendo integralmente seus soldos e gastando, prin-
cipalmente com os atrativos da vida nos trópicos. Passou a circular no mercado local dólares
americanos, e isso impulsionou consideravelmente a comércio local e as atividades de apoio.
Outros aspectos interferiram na vida do recifense, que teve que passar por um racionamento
de combustível e apresentou inflação de bens e serviços locais.
Misto de populismo social com centralização política, o estilo de governo de Agamenon (por
ele chamado de "ruralização") foi marcado pela busca da unidade social e política, apoiada na
personalidade pública do interventor. O governo estadual procurou envolver-se em todos os
setores da vida cotidiana, seguindo um ideário tradicionalista, autoritário e fortemente católi-
co, que procurou apoiar-se tanto na censura oficial do DIP, quanto na utilização do jornal oficio-
so, o Diário da Manhã.
A obra administrativa de Magalhães pode ser dividida, primeiro, pela busca desenfreada do "con-
senso máximo" na sociedade pernambucana, a partir de uma falsa imagem de paz e harmonia
social no Estado. Objetivo perseguido através de uma feroz repressão aos “adversários, críticos,
comunistas, prostitutas, afro-brasileiros, vadios e homossexuais”. O governo Agamenon também
combateu o cangaço e realizou obras contra a seca. Seu programa de erradicação dos mocambos
(habitações insalubres) teve forte impacto entre as populações pobres e foi objeto de intensas e
apaixonadas controvérsias entre sociólogos, antropólogos, engenheiros, sanitaristas e urbanistas.
A campanha contra os mocambos assumiu um caráter ressocializador, na medida em que vincu-
lava estreitamente habitação, saúde, integridade física e moral da família, trabalho e cidadania.
Na verdade, ela escondia uma intenção civilizatória com a qual muitos não concordavam, como
Gilberto Freyre, Mario Sette, Manuel Bandeira e outros.
https://recifaces.files.wordpress.com/2013/12/01901-mocambos-situados-nas-zonas-alagadas-do-recife-
afogados-e-santo-amaro-foto-m-c.jpg
Outro aspecto dessa obra que merece atenção é a criação dos Centros Educativos Operários,
cujo fim era “educar, regenerar, civilizar e integrar” os trabalhadores no seio da sociedade. A
meta principal era fazer um trabalho de saneamento e profilaxia social, afastando os operários
da doutrina marxista da luta de classes.
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Em janeiro de 1945, Agamenon Magalhães foi novamente chamado por Getúlio Vargas para a
pasta da Justiça. Mas desta vez, Getúlio não preparava o fechamento das instituições (como em
1937), e sim a sua democratização.
Como titular da pasta, Agamenon aprovou o novo Código Eleitoral (Lei Agamenon) e convocou as
primeiras eleições livres do Brasil, com a autorização para o funcionamento dos partidos políticos
e o pleito direto para a presidência da República. No entanto, a tentativa de aprovar uma lei
antitruste (chamada de "lei malaia" por seu opositor Assis Chateaubriand, fazendo assim menção
ao seu apelido pernambucano, "China gordo", dado por Manoel Bandeira) aumentou as pressões
de setores empresariais e militares contra o governo Vargas. Em outubro de 1945, Getúlio Vargas
acabou sendo deposto, e com ele Agamenon deixou o ministério. O sucessor de Vargas, José
Linhares, anunciou o veto à "lei malaia" como uma de suas primeiras medidas.
500 www.acasadoconcurseiro.com.br
História
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/viver/2015/09/06/internas_viver,596430/fotografo-
reconstroi-memorias-de-pernambucanos-afetados-pela-ditadura-militar.shtml
No dia 1 de abril de 1964 a história política, social, econômica, cultural e religiosa, começava a
ser definida de forma autoritária e opressora. Durante a ditadura civil-militar brasileira (1964-
1985), os setores de oposição aos governos militares foram bastante vigiados, censurados e
reprimidos. Inúmeras pessoas foram presas, muitas delas eram jovens que, independente de
sexo, se vincularam a organizações, partidos políticos e entidades estudantis para lutar em prol
da democracia. Dessa forma, os órgãos de informação nomearam de subversivos as pessoas e
os diversos setores da sociedade que foram vistos como um perigo à ditadura, tendo em vista a
lógica coercitiva do Estado. Com base em uma teoria que abarcava diferentes tipos de guerra,
os militares combateram-nos, alegando defender a segurança e o desenvolvimento do país.
Em Pernambuco, o principal órgão de vigilância, censura e repressão do regime foi o
Departamento de Ordem Política e Social de Pernambuco (DOPS-PE). Essa instituição surgiu
como uma Delegacia de Ordem Política e Social, em 1935. Em 1961, transformou-se em um
Departamento, ampliando o seu aparato coercitivo. Ele foi extinto somente em 1990 e a sua
atuação foi bastante significativa. Isso porque além de realizar atividades de vigilância social e
de prevenção e repressão ao comunismo, tinha as funções de realizar inquéritos sobre crimes
de ordem política e social, exercer as medidas de polícia preventiva e controlar os serviços cujos
fins estivessem em conexão com a Ordem Política e Social.
Um dos principais nomes ligados à resistência no estado de Pernambuco é o de Miguel Arraes
governador deposto em 1964. Elegeu-se governador em 1962, com 47,98% dos votos, pelo
Partido Social Trabalhista (PST), apoiado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e setores
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do Partido Social Democrático (PSD), derrotando João Cleofas (UDN) – representante das
oligarquias canavieiras de Pernambuco. Seu governo foi considerado de esquerda, pois forçou
usineiros e donos de engenho da Zona da Mata do Estado a estenderem o pagamento do salário
mínimo aos trabalhadores rurais (o Acordo do campo) e deu forte apoio à criação de sindicatos,
associações comunitárias e às ligas camponesas.
https://www.google.com.br/search?q=ditadura+militar+em+pernambuco&biw=1366&bih=62
2&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwi615XUuIXMAhUCaD4KHfJxDQAQ_AU
IBigB#tbm=isch&q=miguel+arraes+cassado&imgrc=5rUDKY2A5v2P4M%3A
Com a deflagração do golpe militar de 1964, tropas do IV Exército cercaram o Palácio das Prin-
cesas (sede do governo estadual). Foi-lhe proposto que renunciasse ao cargo para evitar a pri-
são, o que prontamente recusou para, em suas palavras, “não trair a vontade dos que o elege-
ram”. Em consequência, foi preso na tarde do dia 1º de abril. Deposto, foi encarcerado em uma
pequena cela do 14º Regimento de Infantaria do Recife, sendo posteriormente levado para a
ilha de Fernando de Noronha, onde permaneceu por onze meses. Posteriormente, foi encami-
nhado para as prisões da Companhia da Guarda e do Corpo de Bombeiros, no Recife, e da For-
taleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Libertado em 25 de maio de 1965, exilou-se na Argélia.
Concedido o habeas corpus, Arraes foi orientado por seu advogado, Sobral Pinto, a exilar-se,
sob pena de voltar a ser preso pela ditadura. Após recusa da França em recebê-lo, Arraes co-
gitou pedir asilo ao Chile – onde, alguns anos depois, houve em 1973 o golpe militar de Pino-
chet. Assim, Arraes tomou a Argélia como destino. Parecia até proposital, pois a Argélia tinha
problemas sociais parecidos com os do Brasil. Durante o exílio, foi condenado à revelia, no dia 2
de março de 1967, pelo Conselho Pernambucano de Justiça da 7ª Região Militar. A pena, de 23
anos de prisão, pelo crime de “subversão”.
De modo geral, em todo o Brasil, diversos foram os movimentos de resistência ao golpe, como,
por exemplo, o movimento estudantil, o movimento das mulheres, o movimento sindical etc.
De modo mais específico, em Pernambuco houve uma representação importante por parte da
Igreja, na pessoa de Dom Helder Câmara que teve um papel atuante e que determinou de for-
ma direta no embate ao regime autoritário.
Uma das formas de repressão usadas pelos governos militares, diante da população foram os
atos institucionais o (AI’S). Durante todo período de ditadura foram elaborados 16 AI’S. As re-
presentações desses AIS significavam a cassação de direitos políticos entre outros e fez com
que a sociedade se isolasse da participação que ela tinha antes de 1964 e só iria voltar a ter
esses direitos após 1985.
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História – Movimentos sociais e Repressão Durante a Ditadura Civil-Militar (1964-1985) – Prof. Cássio Albernaz
Representado por diversos lideres o movimento da Igreja teve seu apogeu em Pernambuco na
pessoa de Dom Hélder Câmara, No dia 12 de março de 1964 foi designado para ser arcebispo de
Olinda e Recife, Pernambuco, múnus que exerceu até 2 de abril de 1985. Instituiu um governo
colegiado nesta diocese, organizada em setores pastorais. Criou o Movimento Encontro de
Irmãos, o Banco da Providência e a Comissão de Justiça e Paz daquela diocese. Fortaleceu as
comunidades eclesiais de base.
http://2.bp.blogspot.com/_abN7v4kjFBo/Sq10kCu6y4I/AAAAAAAAAAU/sQvheeG2MyA/s320/untitled.bmp
Estabeleceu uma clara resistência ao regime militar. Tornou-se líder contra o autoritarismo e
pelos direitos humanos. Não hesitou em utilizar todos os meios de comunicação para denunciar
a injustiça. Pregava no Brasil e no exterior uma fé cristã comprometida com os anseios dos
empobrecidos. Foi perseguido pelos militares por sua atuação social e política, sendo acusado
de comunismo. Foi chamado de “Arcebispo Vermelho”. Foi-lhe negado o acesso aos meios de
comunicação social após a decretação do AI-5, sendo proibida inclusive qualquer referência a ele.
Desconhecido da opinião pública nacional, fez TTP s tes viagens ao exterior, onde divulgou
amplamente suas TTP s e denúncias de violações de direitos humanos no Brasil. Foi adepto e
promotor do movimento de não violência ativa. Em 1984, ao completar 75 anos, apresentou
sua renúncia.
Além da Igreja, o estado também ofereceu importantes núcleos rurais de resistência. Em
Pernambuco a partir da década de 50 irá se articular diversas formas de movimentos sociais,
em diferentes setores de mobilização, frente a situações sociais no meio rural que já carregava
um peso de séculos, onde a terra explorada por uma pequena parcela burguesa que ao impor a
economia de monocultura, agravou cada vez mais a vida de milhares de camponeses. A década
de 50 é um marco importante não só para Pernambuco como para a História do Brasil, aonde
efetivamente vai se falar em reforma agrária de uma maneira radical.
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http://3.bp.blogspot.com/_8NxAVnlUWrU/TIrKBz6392I/AAAAAAAABUE/1meUbdtPi3g/s400/Ligas+Camponesas+
Permanbuco+-1955.JPG
Há que se destacar o surgimento das Ligas Camponesas, por iniciativa do Partido Comunista
Brasileiro e que teve como principal figura incentivadora o advogado e deputado pelo Partido
Socialista Brasileiro (PSB) Francisco Julião (1915-1999). As Ligas Camponesas organizaram milhares
de trabalhadores rurais que viviam como parceiros ou arrendatários, principalmente no Nordeste
brasileiro, utilizando o lema “Reforma Agrária na lei ou na marra” contra a secular estrutura
latifundiária no Brasil. A primeira liga foi formada em 1954, em Vitória de Santo Antão, no estado
de Pernambuco, reunindo 1200 trabalhadores rurais. O caráter dessas organizações abandonava
as antigas medidas assistencialistas, passando a assumir uma atuação política mais ativa na luta
pelos direitos dos trabalhadores rurais e pela distribuição de terras. As ligas camponesas foram
totalmente reprimidas durante a ditadura civil-militar e seus principais líderes foram presos.
O golpe de 1964 alterou significativamente um momento histórico da nossa sociedade, a
implantação do regime ditatorial se deu pelo consenso por parte da sociedade. Em Pernambuco,
e mais especial na região da Zona da Mata Sul, havia um momento gênese que se desenvolvia.
TTP://boletim.unifreire.org/edicao05/wp-content/uploads/sites/8/2015/04/1.jpg
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História
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Outro exemplo é o Frevo (Frevo de Rua, Frevo Canção ou Frevo de Bloco), que teve origem na
capoeira, cujos movimentos foram estilizados para evitar a repressão policial. O nome vem da
ideia de fervura (pronunciada incorretamente como “frevura”). É uma dança coletiva, execu-
tada com uma sombrinha, que seve para manter o equilíbrio e embelezar a coreografia. Atual-
mente, é símbolo do carnaval pernambucano.
Além desses ritmos, podemos citar o forró (com influências também indígenas e europeias;
baião, xote, xaxado e côco, que fazem parte do forró), o manguebeat (movimento de contra-
cultura surgido em Recife, que mistura outros ritmos regionais, como maracatu, com hip hop,
música eletrônica, etc) e a ciranda (um tipo de música e dança típica da Ilha de Itamaracá).
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e4/Caranguejo_da_Rua_da_Aurora_-_Recife-PE_-_Brasil.jpg
A Capoeira, trazida pelos negros de Angola, inicialmente, não era praticada como luta,
mas como dança religiosa. Mas, no século XVI, para resistir às expedições que pretendiam
exterminar Palmares (quilombo localizado na Capitania de Pernambuco, no território do atual
estado de Alagoas), os escravos foragidos aplicavam os movimentos da capoeira como recurso
de ataque e defesa. Em 1928, um livro estabeleceu as regras para o jogo desportivo de capoeira
e ilustrou seus principais golpes e contragolpes. O capoeirista era considerado um marginal,
um delinquente. O Decreto-lei 487 acabou temporariamente com a capoeira, mas os negros
resistiram até a sua legalização. E em 15 de julho de 2008 a capoeira foi reconhecida como
Patrimônio Cultural Brasileiro e registrada como Bem Cultural de Natureza Imaterial.
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História – Herança Afro-descente em Pernambuco – Prof. Cássio Albernaz
http://blackpagesbrazil.com.br/noticias/wp-content/uploads/2015/03/Comidas.jpg
https://www.google.com.br/search?q=xangozeiros+Recife&biw=1366&bih=622&source=lnms&tbm=isch&sa=X&
ved=0ahUKEwjN_rPT0ofMAhWGHpAKHUYlBqkQ_AUICSgE#imgrc=PWb9mos85LSudM%3A
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História
No ano de 2002, o Brasil teve eleições presidenciais, para o Senado, deputados estaduais e
federais e para os governos dos estados e do Distrito Federal. Em Pernambuco, foi reeleito Jarbas
Vasconcelos, do PMDB, pela coligação União por Pernambuco, com o PFL. Após sete anos no
comando do estado renunciou ao mandato em 31 de março de 2006 para disputar, com sucesso,
uma cadeira no Senado Federal. Jarbas Vasconcelos passou o governo para Mendonça Filho que
perdeu a reeleição para o então deputado federal Eduardo Campos no 2º turno (em 2006).
Eleito em 1998, pela União por PE, na ocasião formada apenas por PMDB e PFL, após derrotar o
então governador Miguel Arraes (PSB) por uma diferença de mais um milhão de votos, em sua
primeira passagem pelo cargo o governador Jarbas Vasconcelos beneficiou-se enormemente
de dois fatores, hoje, não mais existentes. O primeiro deles, de caráter político, relacionava-se
à reeleição de um forte aliado no Estado, Marco Maciel (PFL), no cargo de vice-presidente da
República, na chapa encabeçada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O
segundo, esse de caráter econômico, dizia respeito à disponibilidade dos recursos oriundos da
privatização da maior empresa do Estado, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).
http://www.senado.gov.br/senadores/img/fotos-oficiais/senador4545.jpg
Dessa forma, coube ao primeiro Governo Jarbas Vasconcelos realizar o processo de privatização, no
segundo ano de seu primeiro mandato (2000), o que gerou recursos da ordem de 1 bilhão de dólares
(em torno de 2 bilhões de reais), valor bem inferior ao que poderia ter sido alcançado se o processo
tivesse se concretizado ainda no Governo Miguel Arraes. Acontece que, naquele período, por conta
da relação cambial mais favorável, antes da crise dos chamados “tigres asiáticos” e da Rússia, a
privatização poderia ter ficado na casa dos 2 bilhões de dólares (em torno de 3,7 bilhões de reais).
Os recursos não tardaram a aportar aos cofres do Estado logo no início do Governo Jarbas Vas-
concelos. Isso, certamente, ocorreu em função de sua condição de forte aliado do Governo
FHC-Maciel. Assim, o Estado de Pernambuco recebeu, por conta da privatização, uma anteci-
pação de crédito da ordem de 100 milhões oriundos da Eletrobrás. Tal fato permitiu o início de
uma série de obras de infra-estrutura, prioridade do primeiro Governo Jarbas Vasconcelos, que
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se ampliou nos dois anos seguintes à privatização da estatal, realizada em fevereiro de 2000. Des-
sa forma, foram realizadas principalmente obras em barragens e adutoras no interior do Estado
e a duplicação da BR232 – a maior e mais visível obra do primeiro Governo Jarbas Vasconcelos.
Para duplicar os 153 km da estrada federal que liga Recife a Caruaru, município situado no Agreste
pernambucano, estava previsto, inicialmente, uma contrapartida do Governo federal, o que não
ocorreu até o final do mandato de FHC-Maciel. Nesse sentido, faltando ainda um ano para en-
cerrar seu primeiro mandato, o Governo Jarbas Vasconcelos já havia utilizado 72% dos recursos
oriundos da privatização da Celpe. O restante foi consumido em seu último ano de governo.
Sem dúvida alguma, a disponibilidade de tais recursos propiciou a realização de uma série de obras
de infra-estrutura importantes no Estado, muitas das quais de grande visibilidade, e ajudou a cata-
pultar a candidatura do governador Jarbas Vasconcelos em direção a outro mandato. Tendo decli-
nado do convite para compor a chapa do tucano José Serra à Presidência da República, como seu
vice, o governador Jarbas Vasconcelos optou por disputar a reeleição ao cargo. Se isso não tivesse
ocorrido, possivelmente, a União por PE não sobreviveria às eleições de 2002, face às disputas que
certamente ocorreriam para a definição da chapa majoritária e a ausência de alguém com a mesma
densidade eleitoral do governador. O governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ganhou um segundo
mandato obtendo uma expressiva vitória eleitoral, já no primeiro turno, assim como ocorrera qua-
tro anos antes. Dessa vez, no entanto, ampliou ainda mais sua votação, obtendo 60,4% dos votos
válidos, enquanto o candidato do PT, Humberto Costa, o segundo mais votado, chegou a 34,1%.
Em 2004, aconteceu no Brasil o referendo sobre armas de fogo. Em Pernambuco, foram 2.296.510
votos “não” contra 1.918.048 “sim”, em resposta à pergunta: O comércio de armas de fogo e mu-
nição deve ser proibido no Brasil? O "não" venceu em todos os Estados, com destaque para Rio
Grande do Sul, Acre e Roraima, onde a opção recebeu cerca de 87% dos votos. O melhor desem-
penho do "sim" foi em Pernambuco e no Ceará, com pouco mais de 45% dos votos.
Em 2006, Eduardo Campos, neto do ex-governador Miguel Arraes, é eleito governador pelo
PSB, sendo reeleito em 2010. Em abril de 2014 Campos retira-se do cargo de governador e se
candidata à Presidência de República, com Marina Silva como vice. Porém, no dia 13 de agosto
daquele ano, o avião que o levava, caiu em Santos (SP), matando Campos e mais seis pessoas.
http://jornalggn.com.br/sites/default/files/admin/acidente_eduardo_campos.jpg
Apesar de jovem (49 anos), Campos era uma das mais influentes lideranças políticas brasileiras.
Antes de ser governador, ele foi deputado federal por Pernambuco por três vezes e ministro da
Ciência e Tecnologia. Ele também protagonizou um dos momentos mais surpreendentes da-
quela corrida presidencial: conseguiu atrair Marina Silva para o PSB em outubro de 2013, após
ela não obter o registro para formar o partido Rede Sustentabilidade. Em junho de 2014 os dois
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História – Processo Político em Pernambuco – Prof. Cássio Albernaz
lançaram a chapa presidencial do PSB, com Eduardo Campos como candidato a presidente e
Marina como vice. Ambos representaram a candidatura com uma “terceira via”, uma alternati-
va à polarização PT-PSDB, que marca as eleições brasileiras desde 1994.
Eduardo Campos ocupou o Governo de Pernambuco durante sete anos (2007–2014). Na primeira
gestão, destacam-se projetos e obras estruturadoras do governo Federal como a ferrovia Transnor-
destina, a Refinaria de Petróleo Abreu e Lima, a fábrica de hemoderivados Hemobrás e a recupe-
ração da BR-101. O socialista colocou as contas públicas na internet com o Portal da Transparência
do Estado, considerado pela ONG Transparência Brasil o segundo melhor do país, entre os vinte e
seis estados da federação e o Distrito Federal. O estado de Pernambuco cresceu acima da média
nacional (3,5% em 2009) e os investimentos foram de mais de R$ 2,4 bilhões em 2009, contra média
histórica de R$ 600 milhões/ano. A administração foi premiada pelo Movimento Brasil Competitivo.
http://www.jornalgrandebahia.com.br/wp-content/uploads/2014/08/Eduardo-Henrique-Accioly-Campos-
Eduardo-Campos-2.jpg
Na segurança pública, houve redução dos índices de violência com a implantação do programa
Pacto pela Vida. O número de homicídios no estado sofreu uma queda 39,10% desde o início
do programa. Além disso, 88 municípios pernambucanos chegaram a uma taxa de Crimes
Violentos Letais Intencionais (CVLI) menor que a média nacional, que é de 27,1 por 100 mil
habitantes. A redução também ocorreu com crimes como roubos e furtos. Entre 2007 e 2013,
houve uma diminuição de 30,3% neste tipo de delito no estado. Em 2013, Eduardo anunciou
o rompimento com o governo Dilma, saindo da base aliada junto com seus correligionários,
orientando-os a entregarem os cargos de confiança nos vários escalões.
Entre os motivos do rompimento, Campos apontou a manutenção da aliança do governo Dilma
com setores políticos tradicionais, entre os quais, com o PMDB. Aproximou-se de Marina Silva
e a acolheu, com seus aliados, no PSB, chamando o novo movimento de "Nova Política". Este
rompimento provocou uma rachadura entre a PSB e os aliados à presidente Dilma Rousseff do
PSB do Ceará, com seu líder Ciro Gomes.
Nas eleições para o governo do estado, em 2014, Paulo Câmara, do mesmo partido de Eduardo
Campos (PSB), é eleito com 68,08% dos votos válidos.
http://nilljunior.com.br/blog/wp-content/uploads/2014/11/Paulo_c_mara_32.jpg
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https://maniadehistoria.wordpress.com/tradicao-oligarquica-e-mudanca-em-pernambuco/
htt p : / / w w w. s n h 2 0 1 5 . a n p u h . o rg / re s o u rc e s /a n a i s / 3 9 / 1 4 3 4 3 7 9 5 5 5 _ A RQ U I VO _
TextocompletoThiagoNunesSoaresANPUH2015.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Arraes
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ArtigocompletoaserenviadoaoXEncontroNacionaldeHistoriaOral.pdf
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https://influencianegranobrasil.wordpress.com/2012/03/19/a-contribuicao-do-negro-no-
folclore-danca-musica-literatura-e-outros/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%B5es_de_matriz_africana
https://almanaque.abril.com.br/politica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jarbas_Vasconcelos
http://www.fundaj.gov.br/index.php?option=com_content&id=2061:pernambuco-
governo-jarbas-vasconcelos-2003-uma-breve-avaliacao-politica-do-primeiro-ano-de-
governo&Itemid=414
http://noticias.uol.com.br/ultnot/referendo/ultimas/2005/10/23/ult3258u118.jhtm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Campos
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Direitos e Garantias Fundamentais
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Direito Constitucional
Aula XX
TÍTULO II
Dos Direitos e Garanias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
12o-13o Da nacionalidade
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
DESTINATÁRIOS DO ART. 5º:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei;
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TORTURA – ART. 5º, III e LIII
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
DIREITO DE EXPRESSÃO
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial;
EXCEÇÕES
DIA NOITE
Desastre Desastre
Determinação Judicial X
J.A.Silva (06:00/18:00)
Sol alto
Nucci Alvorecer/Anoitecer
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SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E DE COMUNICAÇÃO
1 Invesigação criminal
Interceptação
telefônica
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
ASSOCIAÇÃO
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
PROPRIEDADE
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XXVI
Para pagamentos de débitos
decorrentes de sua aividade produiva
A pequena
propriedade Desde que trabalhada pela família
rural
Dispondo a lei sobre os meios de
financiar o seu desenvolvimento
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
PROPRIEDADE INTELECTUAL
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XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
CRIMES
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RACISMO X X
AGA X X
TORTURA X X
TRÁFICO X X
TERRORISMO X X
HEDIONDO X X
PENAS
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XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
PENAS
Recepciona Não recepciona
De morte, salvo em caso de guerra
Privação ou restrição da liberdade
declarada, nos termos do art. 84, XIX
5
Perda de bens De caráter perpétuo
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Do cumprimento da pena
A
Estabelecimento disinto
B
Natureza do delito
C
Idade
D
Sexo
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;
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EXTRADIÇÃO
Nato Jamais
Crime políico
Crime de opinião
Naturalizado
Crime Políico
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LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal;
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade
ou o interesse social o exigirem;
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PRESO
LXI – ninguém será PRESO senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
PRISÃO
PRESO
LXIII – o PRESO será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV – o PRESO tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
PRISÃO
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados;
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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Descrições de Incisos
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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Descrições de Incisos
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Assistência Jurídica Integral e Gratuita (AJIG)
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;
LXXV – o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além
do tempo fixado na sentença;
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.
§,3o 2T # 3/5 # CD e SF # EC
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Direito Constitucional
Aula XX
2 a Geração / Dimensão
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
EC Ano
Moradia 26 2000
EC Ano
Alimentação 64 2010
EC Ano
Transporte 90 2015
Educação
Saúde TTemos
SÃO DIREITOS SOCIAIS
Trabalho
lazer
alimentação
Lazer demais
Segurança
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
Desinatários do Art. 7o
Urbano
Rural
Domésico
Avulso
Aprendiz
Servidor Público
Oficial das Forças Armadas
I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III – fundo de garantia do tempo de serviço;
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos
da lei;
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
normal;
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Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos
da lei;
XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma
da lei;
XXIV – aposentadoria;
XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de
idade em creches e pré-escolas;
XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização
a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção
do contrato de trabalho;
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos;
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX,
XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de
trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a
sua integração à previdência social.
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VELHAS NA TPM
V Vestuário
SALÁRIO MÍNIMO
E Educação
L Lazer
H Higiene
A Alimentação
S Saúde
T Transporte
Art. 7 o IV
P Previdência Social
M Moradia
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ANTES DA EC 72
SIDRA FLA
IV
EMPREGADO DOMÉSTICO
VI
VIII
XV
XXI
XVII
XVIII
XIX
XXIV
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NÃO TEM DIREITO
V
XI
EMPREGADO DOMÉSTICO
XIV
XX
XXIII
XXVII
XXIX
XXXII
XXXIV
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1o 10 2015
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Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios institui-rão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração
pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIn 2.135-4)
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
SERVIDORES PÚBLICOS
IV
VIII
IX
XII
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XIII
XV
XVI
XVII
XVIII XIX
XX
XXII
XXX
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Art. 142,
VIII MILITARES
VIII
XII
FORÇAS ARMADAS
XVII
XVIII
XIX
XXV
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Votar
Aposentado Filiado
Ser votado
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VII
IV
VII
III
VI
II
Considerações
o
V
I
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Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Prazo %
Parcial 72h X
Cuidado 114, §, 3o
Paralisações
Prazo %
Total 48h X
Cuidado
Pagamento do salário ainda que
o empregado não tenha trabalhado.
Lei 7783/89
Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do EMPREGADOR, com o
objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos
empregados (LOCK OUT).
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Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
deliberação.
Paricipação Paricipação
Trabalhadores e Empregadores
COLEGIADOS
de órgãos Públicos
Interesse Interesse
Profissionais ou Previdenciário
Objeto Objeto
Discussão e Deliberação
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
Assegurada Eleição
1 Representante
Finalidade Exclusiva
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Direitos e Garantias Fundamentais
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Direito Constitucional
DA NACIONALIDADE
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VII – de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;
II – adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos
civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo
nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
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Questões
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8. Para aquisição de nacionalidade brasileira c) A lei não pode estabelecer diferenças
pela via ordinária, os originários de países entre brasileiros natos e naturalizados,
de língua portuguesa necessitam: salvo os casos previstos na Constituição;
d) Os cargos de magistrados são privativos
a) Residir na República Federativa do Brasil de brasileiros natos.
por mais de 15 anos ininterruptamente
sem condenação penal; 12. É brasileiro nato:
b) Comprovar haver compatibilidade
entre os critérios do “jus solis” e “jus a) Todos os que nascem no Brasil;
sanguinis”; b) Todos os nascidos no exterior filhos de
c) Residir na República Federativa do pais brasileiros;
Brasil por mais de um ano ininterrupto c) O titular da nacionalidade brasileira
e demonstrar idoneidade moral; primária;
d) Preencher os requisitos previstos em lei d) Os oriundos de país de língua
ordinária. portuguesa que reside no Brasil há
um ano ininterrupto e que não tenha
9. São privativos de brasileiros natos os cargos: condenação penal.
a) De deputado federal; 13. São privativos de brasileiros natos os cargos
b) De carreira diplomática; de:
c) De Presidente do Banco Central;
d) De Secretário da Receita Federal; a) Presidente e Vice-Presidente da
e) De vereador. República, Presidente da Câmara dos
Deputados, Presidente do Senado
10. O brasileiro nato pode perder a Federal, Ministro do Supremo Tribunal
nacionalidade: Federal; da Carreira Diplomática;
de Oficial das Forças Armadas e de
a) Se alegar imperativo de consciência Ministro de Estado de Defesa;
para se eximir do serviço militar b) Presidente e Vice-Presidente da
obrigatório e se recusar a cumprir pena República; Deputado Federal; Senador
alternativa fixada em lei; da República; Ministro do Supremo
b) Como conseqüência de pena acessória Tribunal Federal; Carreira Diplomática;
se condenado pela prática de crime de Oficial das Forças Armadas e de
inafiançável e imprescritível; Ministro de Estado de Defesa;
c) Se, por imposição de norma estrangeira, c) Presidente e Vice-Presidente da
tiver que adquirir outra nacionalidade República; Presidente da Câmara dos
como condição para permanência em Deputados; Presidente do Senado
território estrangeiro ou para que possa Federal; Ministro do Superior Tribunal
lá exercer os direitos civis; de Justiça; Procurador Geral da
d) Se adquirir outra nacionalidade. República; da Carreira Diplomática;
de Oficial das Forças Armadas e de
11. Assinale a opção correta: Ministro de Estado da Defesa;
a) Em qualquer hipótese, os nascidos em d) Presidente e Vice-Presidente da
território brasileiro são considerados República; de Governador; Ministro do
brasileiros natos; Supremo Tribunal Federal; Ministro do
b) Os cargos da carreira diplomática Superior Tribunal de Justiça, da Carreira
podem ser ocupados por brasileiros Diplomática, de Oficial das Forças
naturalizados; Armadas e de Ministro de Estado de
Defesa.
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Direito Constitucional – Da Nacionalidade – Profª Alessandra Vieira
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b) O filho do casal será brasileiro nato, d) Ao adquirir outra nacionalidade
desde que seja registrado em repartição voluntariamente por naturalização.
consular brasileira competente na
Alemanha ou que venha a residir no 21. Sobre nacionalidade é correto afirmar que:
Brasil antes da maioridade e, nesse
caso, opte em qualquer tempo pela a) Nos termos da Constituição, os filhos
nacionalidade brasileira. de brasileiros que não estejam a
c) O filho do casal é considerado brasileiro serviço do Brasil nascidos no exterior
nato, independentemente de qualquer poderão fazer opção pela nacionalidade
condição, uma vez que, apesar de brasileira a qualquer tempo, após
nascido no estrangeiro, é filho de pai e atingida a maioridade;
mãe brasileiros. b) Os portugueses submetidos ao
d) Caso o filho do casal obtenha a condição estado da igualdade se equiparam aos
de brasileiro nato, após atendidos os brasileiros natos;
requisitos estabelecidos na legislação c) A lei poderá estabelecer distinção entre
brasileira, não perderá jamais essa brasileiros natos e naturalizados;
condição, visto que a Constituição e) A Constituição proíbe a extradição de
Federal prevê expressamente que brasileiro nato ou naturalizado.
nenhum brasileiro nato pode perder a
nacionalidade brasileira. 22. Guerra, prefeito do Município de Pelotas,
e) Caso o filho do casal obtenha a edita um decreto no qual isenta os
condição de brasileiro naturalizado, brasileiros natos do recolhimento do I.S.S.
ainda assim poderá ter a sua Tal procedimento está correto?
naturalização cancelada, por sentença a) Sim, uma vez que se trata de imposto
judicial, mas somente em decorrência de competência exclusiva do Município;
de crime comum, praticado antes b) Não, por ser matéria de competência
da naturalização, ou de comprovado de lei estadual;
envolvimento em tráfico ilícito de c) Não, porque a lei não pode estabelecer
entorpecentes. distinção entre brasileiros natos e
naturalizados;
19. O cancelamento da naturalização em razão d) Sim, porque na hipótese, há autorização
do exercício de atividades contrárias ao expressa na Constituição Federal;
interesse nacional, dar-se-á por: e) Sim, porque se trata de lei municipal
a) Decreto do Presidente da República; sobre matéria discricionária.
b) Sentença Judicial com trânsito em
julgado; 23. O art. 12, § 2º da Constituição Federal
c) Ato do Ministro das Relações Exteriores; estabelece que não poderá haver distinção
d) Ato do Governo Estrangeiro. entre brasileiro nato e naturalizado, a não
ser que tal distinção esteja prevista:
20. O brasileiro nato pode perder a a) na própria Constituição;
nacionalidade: b) em lei complementar;
a) Por sentença judicial que cancele a c) em lei ordinária;
naturalização; d) na Constituição Estadual;
b) Em razão de extradição; e) em lei delegada.
c) Se contratado por empresa
multinacional em território alienígena;
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Direito Constitucional – Da Nacionalidade – Profª Alessandra Vieira
24. Aos portugueses que optem pela 27. Filho de pais alemães, nascido em
naturalização brasileira ordinária, é exigido: território brasileiro no período em que
seus ascendentes estavam a serviço da
a) residência por dois anos ininterruptos e Alemanha, é considerado:
idoneidade moral;
b) residência por um ano ininterrupto e a) apátrida;
idoneidade moral; b) estrangeiro;
c) residência por trinta anos ininterruptos c) brasileiro nato;
e sem condenação penal; d) alemão equiparado;
d) residência permanente e reciprocidade e) brasileiro naturalizado.
em favor dos brasileiros;
e) residência ininterrupta no Brasil por 28. Henrique, brasileiro nato, vai morar no
mais de quinze anos e sem condenação México. Lá requer e obtém a nacionalidade
penal. mexicana. Como fica sua situação em face
da nacionalidade brasileira?
25. Juan Pablo, espanhol de nascimento, reside
desde 1984, ininterruptamente no Brasil. a) Permanece com a nacionalidade
Em razão do tempo de residência, ele: brasileira;
b) Perde a nacionalidade brasileira;
a) não poderá mais se naturalizar c) Permanece com as duas nacionalidades;
brasileiro; d) Terá prazo de cinco anos para optar por
b) será brasileiro naturalizado se o uma das nacionalidades;
requerer; e) Terá prazo de dois anos para optar por
c) será brasileiro naturalizado se o uma das nacionalidades.
requerer, desde que não tenha
condenação penal neste período; 29. Os cargos de Ministro do STJ, devem ser
d) deverá esperar completar trinta providos por:
anos de residência ininterrupta, sem
condenação penal, para requerer a a) brasileiros natos;
nacionalidade brasileira; b) brasileiros;
e) não poderá retornar à Espanha sem c) brasileiros natos e portugueses
visto. equiparados;
d) brasileiros e estrangeiros residentes no
26. Pelo critério do jus sanguinis a nacionalidade Brasil;
é conferida: e) Todas as opções são falsas.
a) ao descendente de nacional pouco im- 30. Não é privativo de brasileiro nato o cargo
portando o local de nascimento; de:
b) aos que nascerem fora do território do
Estado; a) Ministro do Planejamento;
c) aos que nascerem no território do Esta- b) Oficial das Forças Armadas;
do; c) Ministro do Supremo Tribunal Federal;
d) aos que nascerem em território nacio- d) Presidente do Senado Federal;
nal ou estrangeiro; e) Presidente da Câmara dos Deputa-
e) por mérito ao estrangeiro que, partici- dos.
pando das Forças Armadas Brasileiras,
tenha sido ferido em combate.
Gabarito: 1. B 2. B 3. D 4. C 5. D 6. D 7. A 8. C 9. B 10. D 11. C 12. C 13. A 14. C 15. A 16. C 17. D
18. A 19. B 20. D 21. A 22. C 23. A 24. B 25. C 26. A 27. B 28. B 29. B 30. A
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Direito Constitucional
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo b) trinta anos para Governador e Vice-
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, Governador de Estado e do Distrito Federal;
com valor igual para todos, e, nos termos da lei,
mediante: c) vinte e um anos para Deputado Federal,
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
I – plebiscito; Vice-Prefeito e juiz de paz;
II – referendo; d) dezoito anos para Vereador.
III – iniciativa popular. § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os anal-
fabetos.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
§ 5º O Presidente da República, os Gover-
I – obrigatórios para os maiores de dezoito nadores de Estado e do Distrito Federal, os
anos; Prefeitos e quem os houver sucedido, ou
II – facultativos para: substituído no curso dos mandatos poderão
ser reeleitos para um único período subse-
a) os analfabetos; qüente. (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional nº 16, de 1997)
b) os maiores de setenta anos;
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o
c) os maiores de dezesseis e menores de
Presidente da República, os Governadores
dezoito anos.
de Estado e do Distrito Federal e os Prefei-
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os tos devem renunciar aos respectivos man-
estrangeiros e, durante o período do serviço datos até seis meses antes do pleito.
militar obrigatório, os conscritos.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdi-
§ 3º São condições de elegibilidade, na ção do titular, o cônjuge e os parentes con-
forma da lei: sanguíneos ou afins, até o segundo grau ou
por adoção, do Presidente da República,
I – a nacionalidade brasileira; de Governador de Estado ou Território, do
II – o pleno exercício dos direitos políticos; Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os
haja substituído dentro dos seis meses an-
III – o alistamento eleitoral; teriores ao pleito, salvo se já titular de man-
dato eletivo e candidato à reeleição.
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas
V – a filiação partidária;
as seguintes condições:
VI – a idade mínima de:
I – se contar menos de dez anos de serviço,
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice- deverá afastar-se da atividade;
Presidente da República e Senador;
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II – se contar mais de dez anos de serviço, dendo o autor, na forma da lei, se temerária
será agregado pela autoridade superior e, ou de manifesta má-fé.
se eleito, passará automaticamente, no ato
da diplomação, para a inatividade. Art. 15. É vedada a cassação de direitos políti-
cos, cuja perda ou suspensão só se dará nos ca-
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros sos de:
casos de inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a probidade I – cancelamento da naturalização por sen-
administrativa, a moralidade para exercício tença transitada em julgado;
de mandato considerada vida pregressa do II – incapacidade civil absoluta;
candidato, e a normalidade e legitimidade
das eleições contra a influência do poder III – condenação criminal transitada em jul-
econômico ou o abuso do exercício de fun- gado, enquanto durarem seus efeitos;
ção, cargo ou emprego na administração di-
IV – recusa de cumprir obrigação a todos
reta ou indireta. (Redação dada pela Emen-
imposta ou prestação alternativa, nos ter-
da Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)
mos do art. 5º, VIII;
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impug-
V – improbidade administrativa, nos termos
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de
do art. 37, § 4º.
quinze dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral en-
econômico, corrupção ou fraude. trará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até um ano da
§ 11. A ação de impugnação de mandato
data de sua vigência. (Redação dada pela Emen-
tramitará em segredo de justiça, respon-
da Constitucional nº 4, de 1993)
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Questões
1. João, Vereador que possuía a idade II – Estrangeiros residentes no País são ele-
mínima para candidatura quando eleito gíveis tão somente aos mandatos de Depu-
para a função no pleito de 2008, pretende tado Federal, Deputado Estadual e Verea-
concorrer nas eleições que se realizarão em dor.
2012 para Prefeito do Município em que III – Os militares são alistáveis, mas não são
exerce a vereança. Maria, sua irmã gêmea elegíveis.
e também Vereadora do mesmo Município,
pretende candidatar-se à reeleição. Está(ão) CORRETO(S):
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d) preencherá as condições de elegibilida- do serviço militar obrigatório, os
de para o cargo pretendido, desde que conscritos.
seja agregado pela autoridade militar b) O Presidente da República, os Governa-
superior e, se eleito, passe para a inati- dores de Estado e do Distrito Federal,
vidade. os Prefeitos e quem os houver sucedi-
e) preencherá as condições de elegibilida- do, ou substituído no curso dos manda-
de para o cargo pretendido, desde que tos poderão ser reeleitos para um único
se afaste da atividade militar. período subsequente.
c) O voto é obrigatório para os maiores de
5. Julgue verdadeiro ou falso para as dezesseis e menores de dezoito anos
proposições relacionadas à privação dos que tenham se alistado.
direitos políticos na Constituição Federal. d) Para concorrerem a outros cargos, o
Presidente da República, os Governado-
I – Constitui hipótese de suspensão dos di- res de Estado e do Distrito Federal e os
reitos políticos o cancelamento da naturali- Prefeitos devem renunciar aos respecti-
zação por sentença transitada em julgado. ( vos mandatos até seis meses antes do
) pleito.
II – A incapacidade civil absoluta é uma das
hipóteses de suspensão dos direitos políti- 7. A Constituição Federal estabelece idades
cos. ( ) mínimas para o exercício de cargos públicos
III – O brasileiro que adquire outra nacio- eletivos. Assinale a alternativa incorreta.
nalidade perderá os seus direitos políticos, a) vinte e um anos para Deputado Federal
com exceção dos casos de reconhecimento e para Deputado Estadual;
da nacionalidade originária pela lei estran- b) Trinta anos para Governador de Estado;
geira, ou ainda, imposição de naturalização, c) Trinta e cinco anos para Presidente da
pela lei estrangeira, ao brasileiro residente República;
em Estado estrangeiro,como condição para d) Vinte e um anos para Vereador e para
permanência em seu território ou para o Prefeito;
exercício de direitos civis. ( ) e) Dezoito anos para Vereador.
IV – A Carta Constitucional de 1988 permite
a cassação dos direitos políticos, que se dá 8. Assinale a opção correta:
por meio da sua perda ou suspensão. ( ) a) Todo inalistável é inelegível e todo ine-
Agora, assinale a alternativa que legível é inalistável;
corresponde, respectivamente, ao b) O partido político, pessoa jurídica de di-
julgamento CORRETO das proposições reito público, pode ter caráter regional;
acima: c) O alistamento eleitoral e o voto são fa-
a) F – V – V – F. cultativos para os estrangeiros e para os
b) V – V – F – V. conscritos, durante o período do servi-
c) F – V – F – V. ço militar obrigatório;
d) V – V – V – F. d) São condições de elegibilidade, na for-
ma da lei, a nacionalidade brasileira, o
6. Sobre os direitos políticos assegurados pela pleno exercício dos direitos políticos, o
Constituição da República, pode-se afirmar, alistamento eleitoral, o domicílio eleito-
EXCETO: ral na circunscrição, a filiação partidária
e a idade mínima estabelecida na Cons-
a) Não podem alistar-se como eleitores tituição.
os estrangeiros e, durante o período
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c) Apenas II está correta; 18. O filho de Governador de Estado pode
d) Apenas I está correta; disputar eleição para o cargo de Deputado
e) Todas estão incorretas. Estadual no território de jurisdição de seu
pai?
14. O mandato eletivo poderá ser impugnado
ante a Justiça Eleitoral no prazo de ..... dias a) Não, já que a Constituição proíbe, a não
contados da diplomação, instruída a ação ser que seja candidato a reeleição;
com provas de ............... corrupção ou b) Sim, pois o impedimento constitucional
fraude. diz respeito ao mesmo cargo;
c) Sim, já que a Constituição não trata do
a) 10 – abuso de direito político; assunto;
b) 15 – abuso do poder econômico; d) Não, em hipótese alguma;
c) 15 – abuso de prerrogativas; e) Nenhuma das respostas anteriores está
d) 12 – abuso de direito político; correta.
e) 5 – abuso do poder econômico.
19. Analise:
15. É incorreto afirmar que são inelegíveis:
I – O direito de sufrágio é bem mais amplo
a) O cônjuge de Presidente da República, que o direito de voto, pois contém, em
para vereador; seu bojo, a capacidade eleitoral ativa e a
b) O pai de Governador de Estado para capacidade eleitoral passiva.
Deputado Estadual; II – A soberania popular será exercida pelo
c) O cunhado de Prefeito, para a Câmara sufrágio universal e pelo voto direto e
de Vereadores do mesmo Município; secreto, com valor igual para todos, e, nos
d) O irmão do Governador para Deputado termos da lei, mediante plebiscito.
Estadual;
e) O primo do Prefeito, para vereador. III – São inelegíveis o cônjuge e os parentes
consangüíneos ou afins, até o terceiro grau,
16. Com relação aos direitos políticos, é vedada do Governador ou do Prefeito, ou de quem
sua: os haja substituído dentro dos três meses
anteriores ao pleito, ainda que titular de
a) Cassação; mandato eletivo e candidato à reeleição.
b) Perda;
c) Suspensão; IV – O mandato eletivo poderá ser
d) Aquisição; impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo
e) Utilização. de quinze dias da eleição e até trinta dias da
diplomação, instruída a ação com provas da
17. É condição de elegibilidade: prática de eventual crime ou contravenção.
V – Não podem alistar-se como eleitores os
a) Ter menos de oitenta anos; estrangeiros e, durante o período do serviço
b) a idade mínima de dezoito anos para militar obrigatório, os conscritos.
ser prefeito;
c) a idade mínima de trinta anos para É correto o que consta APENAS em
analfabeto se eleger Governador de a) I, II e V
Estado; b) I e IV
d) a idade mínima de vinte e um anos para c) II e III
o estrangeiro, naturalizado brasileiro, d) II, III e IV
ser deputado federal. e) somente a I está correta.
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pectivos mandatos até seis meses antes 27. De acordo com a Constituição da República,
do pleito. são inalistáveis e inelegíveis:
c) Segundo a CF, o militar alistável é
inelegível; a) somente os analfabetos e os conscritos.
d) O cônjuge e os parentes consanguíneos b) os estrangeiros, os analfabetos e os
ou afins até o segundo grau ou por conscritos.
adoção do presidente da República, de c) somente os estrangeiros e os
governador de estado ou território, do analfabetos.
Distrito Federal e de prefeito podem d) somente os estrangeiros e os conscritos.
concorrer, no território da jurisdição do
titular. 28. A capacidade eleitoral passiva consistente
na possibilidade de o cidadão pleitear
25. Assinale a opção correta quanto aos direitos determinados mandatos políticos, mediante
políticos e à cidadania: eleição popular, desde que preenchidos
certos requisitos, conceitua-se em:
a) Entre as hipóteses de suspensão dos
direitos políticos previstas na CF está a a) alistamento eleitoral.
prática de improbidade adminsitrativa; b) direito de voto.
b) Os conscritos, durante o período c) direito de sufrágio.
de serviço militar obrigatório, não d) elegibilidade.
podem alistar-se como eleitores, e) dever sociopolítico.
salvo mediante prévia autorização do
superior hierárquico; 29. Em relação aos direitos políticos, avalie as
c) Indivíduos analfabetos não possuem proposições a seguir:
direito ao voto; I – O alistamento eleitoral e o voto são
d) A lei que alterar o processo eleitoral obrigatórios para os maiores de dezoito
entrará em vigor um ano após a data anos e facultativos para os analfabetos, os
de sua publicação, não se aplicando maiores de sessenta anos e os maiores de
à eleição que ocorra no período dezesseis e menores de dezoito anos.
subseqüente.
II – A soberania popular será exercida
26. Nos termos do que estabelece a Constitui- pelo sufrágio universal e pelo voto direto
ção Federal, a soberania popular será exer- e secreto, com valor igual para todos, e,
cida pelo sufrágio universal e pelo voto dire- nos termos da lei, mediante plebiscito,
to e secreto: referendo e iniciativa popular.
III – São condições de alistabilidade, na
a) facultativo para os analfabetos e forma da lei a nacionalidade brasileira,
maiores de 70 (setenta) anos; o pleno exercício dos direitos políticos,
b) obrigatório para os maiores de o domicílio eleitoral na circunscrição e a
dezesseis anos; filiação partidária.
c) obrigatório para todos, inclusive os
analfabetos; IV – São inelegíveis, no território de
d) obrigatório para todos, inclusive para os jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
maiores de 70 (setenta) anos; consanguíneos ou afins, até o segundo grau
e) facultativo para os maiores de 60 ou por adoção, do Presidente da República,
(sessenta) anos. de Governador de Estado ou Território, do
Distrito Federal, de Prefeito ou de quem
os haja substituído dentro dos nove meses
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Gabarito: 1. E 2. A 3. C 4. E 5. A 6. C 7. D 8. D 9. B 10. C 11. D 12. D 13. D 14. B 15. E 16. A
17. D 18. A 19. A 20. E 21. B 22. E 23. E 24. A 25. A 26. A 27. D 28. D 29. D 30. B
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Direito Constitucional
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos: Regulamento
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou
de subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações
eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006)
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio
e à televisão, na forma da lei.
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
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