Você está na página 1de 29

CASOS PARA ENSINO EM Sirle

CASOS PARA ENSINO EM CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

CONTABILIDADE
É me
ria e
de E
tabil

SOCIETÁRIA
Paul
Cont
Univ
paig
lidad
Ciên
Fede
Sirlei Lemes quis
Larissa Couto Campos vros

Renata Danielle Sousa Alves caçã


inter
Neirilaine Silva de Almeida estud
pla e
SIRLEI LEMES
LARISSA COUTO CAMPOS
RENATA DANIELLE SOUSA ALVES
NEIRILAINE SILVA DE ALMEIDA

CASOS PARA ENSINO EM


CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Material complementar para o site

SÃO PAULO
EDITORA ATLAS S.A. - 2014

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  2


CASOS PARA ENSINO
EM CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

DIRECIONAMENTOS PARA AS RESPOSTAS

I – ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL – EMBRAER


S.A. E MUNDIAL S.A.

1.5 QUESTÕES

1) R. Apontar as diferenças entre o Anexo I e o Anexo II.

2) R. O professor pode fazer uma reflexão apontando os itens da estrutura dos balanços expos-
tos no CPC 26 (R1) que não foram observados pelas empresas.

3) R. Elabore o Balanço Patrimonial de acordo com as orientações do CPC 26 e da Lei


11.638/07. O professor pode fazer uma reflexão sobre pontos específicos das normas com os alunos.

4) R. O professor pode elaborar o Balanço Patrimonial de acordo com o CPC 26 (R1) alterando
os pontos discutidos em sala de aula durante o estudo da questão 3.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  3


II – CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA – MUNDIAL S.A.

2.4 QUESTÕES

1) R. Os equivalentes de caixa são mantidos para atender a compromissos de caixa de curto


prazo e, não, para investimento ou outros propósitos.

2) R. Para um investimento ser classificado como equivalente de caixa, ele precisa ter con-
versibilidade imediata em montante conhecido de caixa e estar sujeito a um insignificante risco de
mudança de valor. Ou seja, deve ter vencimento de curto prazo.

3) R. O professor pode discutir a questão salientando que isso não está claro. Os conceitos
apresentados pela empresa em relação aos seus “equivalentes de caixa” estão corretos, conforme o
CPC. A empresa salienta na Nota Explicativa que as contas Caixa e Equivalentes de Caixa incluem:
caixa, saldos positivos em conta movimento e aplicações financeiras resgatáveis no prazo de até
três meses ou menos da data de contratação, equivalentes ao seu valor de mercado ou não superio-
res ao seu valor de realização e com risco insignificante de variação de valor. Esses investimentos
são registrados pelo custo, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, que não
supera o valor do mercado, sendo o ganho ou a perda registrado no resultado do exercício. Entre-
tanto, na mesma nota explicativa, denominada “Caixa e Equivalentes de caixa” a empresa também
apresenta as aplicações financeiras reconhecidas no circulante e no não circulante. Nesse caso fica
a dúvida se a entidade também classifica essas aplicações como equivalentes de caixa. Se sim, essa
classificação estaria em desacordo com as orientações do CPC, visto que os equivalentes de caixa
devem ser apresentados apenas no Ativo Circulante, diante da característica de curto prazo.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  4


III – ADIANTAMENTO A FORNECEDORES – PETROBRAS

3.5 QUESTÕES

1) R. A classificação do adiantamento continua no Ativo Circulante. Por exclusão, com base


nos conceitos do CPC de Estoques e Imobilizados, esta conta não deve ser classificada nem como Es-
toque nem como Imobilizado. Vale ressaltar que os CPCs não mencionam, de forma objetiva, sobre
a classificação e reconhecimento da conta Adiantamento a Fornecedores.

2) R. O professor pode discutir essa questão considerando que, segundo as orientações do CPC,
os valores referentes para Adiantamento não se encaixam nem como Estoques nem como Imobili-
zado, o que torna necessário a criação de uma conta específica para demonstrar tais valores. Além
disso, o CPC 26 salienta que a entidade deve apresentar contas adicionais, cabeçalhos e subtotais
nos balanços patrimoniais sempre que sejam relevantes para o entendimento da posição financeira
e patrimonial da entidade.

3) R. Seguindo as orientações do CPC 26, a entidade deve divulgar quando houver reclassifi-
cação às seguintes informações:

(a) a natureza da reclassificação;

(b) o montante de cada item ou classe de itens que foi reclassificado; e

(c) a razão para a reclassificação.

Assim, O professor pode destacar que a empresa não apresentou todas as informações neces-
sárias para a reclassificação da conta Adiantamento a Fornecedores.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  5


IV – DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS IMOBILIZADOS – PETROBRAS,
FIAT AUTOMÓVEIS E BAESA

4.5 QUESTÕES

1) R. A Petrobras realizou a depreciação por meio da estimativa da vida útil econômica dos
bens.

2) R. A escolha adotada não representa a vida útil econômica dos bens uma vez que não foi
estabelecida por meio de laudos ou estimativas da empresa, mas sim por fatores externos. Nesse
caso a empresa não seguiu as orientações do CPC 27, como apresentado na ressalva dos auditores
independentes. Em contrapartida, para atender às especificações do fisco a opção da empresa está
correta já que mantém as antigas regras de depreciação.

3) R. Apesar de atenderem as orientações do CPC 27 sobre a revisão da vida útil de seus bens
a empresa não retroagiu os valores para o ano anterior.

4) R. A Companhia está depreciando os terrenos da usina, pois considera que estes não podem
ser negociados, doados ou cedidos, fazem parte do projeto original e no final do segundo período de
concessão, não serão indenizados, se ainda não amortizados. A empresa está seguindo o que o CPC
5 recomenda, “os terrenos alagados ou ao redor dos reservatórios, normalmente não são deprecia-
dos, a menos que não sejam recuperáveis no final da concessão, ou seja, sem direito à indenização”.

5) R. Os terrenos não são depreciados porque têm vida útil ilimitada. Entretanto, há exceções
nos casos de terrenos utilizados nas pedreiras ou como aterro. Em alguns casos, o próprio terreno
pode ter vida útil limitada, sendo depreciado de modo a refletir os benefícios a serem dele retirados.
Além disso, conforme o CPC 5: “os terrenos alagados ou ao redor dos reservatórios, normalmente
não são depreciados, a menos que não sejam recuperáveis no final da concessão, ou seja, sem direito
à indenização”.

6) R. A empresa definiu como vida útil de seus terrenos 50 anos, e taxa de depreciação de 2%.
Entretanto não explicou o critério utilizado para considerar o prazo de 50 anos.

A empresa afirmou que seu contrato de concessão é de 35 anos, e que havia previsão para
prorrogação de mais 20 anos. Entretanto, para a CVM, com base nas informações e documentos

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  6


obtidos, não existiam elementos para concordar [...] que a BAESA deveria necessariamente limitar
a depreciação de seus bens de acordo com o prazo de 35 anos do contrato de concessão.

O argumento da Companhia, de que seu contrato seria certamente renovado por mais 20 anos
e que, portanto, o prazo de depreciação deveria considerar a renovação, também não foi considera-
do válido, salvo sob expressa manifestação do Poder Concedente a esse respeito.

7) R. Apesar de as informações contidas nas Notas Explicativas estarem de acordo com o CPC
27, segundo a CVM, ainda faltam alguns detalhes que deveriam ser apresentados para o melhor en-
tendimento dos usuários das informações. Conforme o CPC 27, as demonstrações contábeis devem
divulgar, para cada classe de ativo imobilizado:

(a) os critérios de mensuração utilizados para determinar o valor contábil bruto;

(b) os métodos de depreciação utilizados;

(c) as vidas úteis ou as taxas de depreciação utilizadas;

(d) o valor contábil bruto e a depreciação acumulada (mais as perdas por redução ao valor
recuperável acumuladas) no início e no final do período; e

(e) a conciliação do valor contábil no início e no final do período demonstrado.

Tais informações podem ser encontradas nas Notas Explicativas (anexadas no exercício).

Além disso, o CPC 27 esclarece que a seleção do método de depreciação e a estimativa da


vida útil dos ativos são questões de julgamento. Por isso, a divulgação dos métodos adotados e das
estimativas das vidas úteis ou das taxas de depreciação é importante para os usuários. Contrarian-
do essa determinação, a empresa não deixou claro como chegou ao valor da vida útil do terreno (50
anos).

8) R. Em 2010 a Petrobras classificou os atendimentos a fornecedores para compras de bens


do ativo imobilizado como Imobilizado, mas depois os reclassificou para uma linha específica de
adiantamentos (no Ativo Circulante e no Ativo Não Circulante). Já a empresa Fiat os classificou
como Imobilizado. O professor deve pautar-se no CPC 27 para discutir essas divergências em sala
de aula.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  7


V – PARTES RELACIONADAS – CELULOSE IRANI S.A. E
NATURA COSMÉTICOS S.A.

5.4 QUESTÕES

1) R. O CPC 05 (R1) define parte relacionada como a pessoa ou entidade relacionada a outra
entidade que está elaborando suas demonstrações contábeis.

2) R. O CPC 05 (R1), no item 9, apresenta os requisitos para que uma pessoa ou entidade seja
considerada como parte relacionada de uma entidade que reporta a informação:

I. Uma pessoa, ou um membro próximo da família, está relacionado com a entidade que
reporta a informação se:

• tiver o controle pleno ou compartilhado da entidade que reporta a informação;

• tiver influência significativa sobre a entidade que reporta a informação; ou

• for membro do pessoal chave da administração da entidade que reporta a informação


ou da controladora da entidade que reporta a informação.

As pessoas chaves da administração são aquelas com autoridade e responsabilidade pelo


planejamento, direção e controle das atividades da empresa.

II. Uma entidade está relacionada com a entidade que reporta a informação se apresentar
qualquer uma das condições a seguir:

• a entidade e a entidade que reporta a informação são membros do mesmo grupo econô-
mico (o que significa dizer que a controladora e cada controlada são inter-relacionadas,
bem como as entidades sob controle comum são relacionadas entre si);

• a entidade é coligada ou controlada em conjunto (joint venture) de outra entidade (ou


coligada ou controlada em conjunto de entidade membro de grupo econômico do qual
a outra entidade é membro);

• ambas as entidades estão sob o controle conjunto (joint ventures) de uma terceira en-
tidade;

• uma entidade está sob o controle conjunto (joint venture) de uma terceira entidade e a
outra entidade for coligada dessa terceira entidade;

• a entidade é um plano de benefício pós-emprego cujos beneficiários são os empregados

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  8


de ambas as entidades, a que reporta a informação e a que está relacionada com a que
reporta a informação. Se a entidade que reporta a informação for ela própria um plano
de benefício pós-emprego, os empregados que contribuem com a mesma serão também
considerados partes relacionadas com a entidade que reporta a informação;

• a entidade é controlada, de modo pleno ou sob controle conjunto, por uma pessoa;

• uma pessoa tem influência significativa sobre a entidade, ou for membro do pessoal
chave da administração da entidade (ou de controladora da entidade).

3) R. A Lei no 6.404/76, no seu artigo 179, define que serão classificadas no ativo circulante
as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplica-
ções de recursos em despesas do exercício seguinte; e no ativo realizável a longo prazo os direitos
realizáveis após o término do exercício seguinte, bem como os adiantamentos ou empréstimos a
sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia,
que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia. Para as obrigações, a
citada lei em seu artigo 180 determina que estas serão classificadas no passivo circulante, quando
vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior.

De acordo com os Pronunciamentos do CPC, bem como na Norma Internacional, não há orien-
tação distinta sobre a forma de reconhecimento nas demonstrações contábeis das transações com
partes relacionadas. Assim prevalece para essas transações a distinção entre circulante e não circu-
lante do CPC 26, segundo o qual a classificação entre o curto prazo (circulante) e longo prazo (não
circulante) é com base nos julgamentos da empresa com relação ao que ela espera que vai pagar
ou receber em 12 meses.

4) R. Informações detalhadas nas Notas Explicativas.

5) R. O professor deve fazer uma reflexão considerando que os relacionamentos entre as par-
tes relacionadas devem ser divulgados mesmo que não tenham ocorrido transações entre as partes,
para que os usuários das demonstrações contábeis, segundo o CPC 5 (R1), possam identificar os
efeitos que as partes relacionadas podem causar na entidade.

Para complementar a informação sobre partes relacionadas, o CPC estabelece que a entidade
deve divulgar o nome da sua controladora direta e da controladora final. Caso as controladoras
direta e final não apresentem demonstrações contábeis consolidadas, deve ser divulgado o nome da
controladora do nível seguinte da estrutura societária que apresente tais demonstrações.

Além disso, de acordo com o CPC 5 (R1), a entidade deve divulgar a remuneração do pessoal
chave da administração nas seguintes categorias:

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  9


a. benefícios de curto prazo a empregados e administradores;

b. benefícios pós-emprego;

c. outros benefícios de longo prazo;

d. benefícios de rescisão de contrato de trabalho; e

e. remuneração baseada em ações.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  10


VI – REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS –
VALE S.A.

6.4 QUESTÕES

1) R. A entidade deve avaliar ao término de cada período, se há alguma indicação de que um


ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma evidência de que o ativo esteja avaliado
acima de seu valor recuperável, a entidade deve estimar o valor recuperável do elemento.

2) R. Os ativos estão expostos nas notas explicativas apresentadas no capítulo. Exemplos: In-
vestimentos, imobilizado etc.

3) R. Porque as perdas por impairment reduzem o valor de ativos que possuem valor recupe-
rável menor que o valor contábil. As perdas por impairment foram significativas na Vale. Isso pode
ser percebido pela consideração de que sem o ajuste de perda por impairment a empresa teria
lucro e não o prejuízo ocorrido no período em questão.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  11


VII – ESTOQUES E ATIVOS BIOLÓGICOS – ALGAR AGRO,
SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. E DURATEX S.A.

7.4 QUESTÕES

1) R. Segundo o CPC 16 os produtos agrícolas podem ser mensurados por seu valor realizável
líquido ou pelo custo histórico. Conforme o CPC 29, os produtos agrícolas colhidos de ativos biológi-
cos de uma entidade deverão ser mensurados ao valor justo, menos o custo de vender, no momento
da colheita.

2) R. A primeira avalia seus estoques a valor justo e as demais pelos valores de custo. Maiores
informações são encontradas nas notas explicativas de cada empresa.

3) R. Porque são commodities (soja, milho, farelo de seja e óleo) da Companhia EUA contro-
lada.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  12


VIII – DIVULGAÇÃO DE ATIVOS BIOLÓGICOS – RENAR
MAÇÃS S.A., SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. E DURATEX
S.A.

8.6 QUESTÕES

1) R. Conforme o CPC 29 o ativo biológico é obtido pelo cálculo do valor justo (valor pelo qual
um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do
negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da
transação ou que caracterizem uma transação compulsória) menos as despesas de venda no mo-
mento inicial e final de cada período. As especificidades dos cálculos de cada empresa encontram-se
nas notas explicativas apresentadas no capítulo.

2) R. A empresa afirmou que, após analisar as etapas do processo de desenvolvimento da


fruta, concluiu que não é possível o reconhecimento e mensuração do ativo biológico, haja vista
que, somente após a maturação, ou seja, em até 10 dias antes do fruto estar maduro e apto para
colheita, é possível valorizá-lo. Dessa forma, a Administração decidiu por não reconhecer os efeitos
dos ativos biológicos.

3) R. Informações disponíveis nas notas explicativas apresentadas no capítulo.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  13


IX – GASTOS COM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO – FIAT
AUTOMÓVEIS

9.6 QUESTÕES

1) R. Atividades de pesquisa: atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento; busca


avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de pesquisa ou outros conhecimentos; busca
de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços; e formula-
ção, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis para materiais, dispositivos, produ-
tos, processos, sistemas ou serviços novos ou aperfeiçoados.

Atividades de desenvolvimento: projeto, construção e teste de protótipos e modelos pré-pro-


dução ou pré-utilização; projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam nova
tecnologia; projeto, construção e operação de fábrica-piloto, desde que já não esteja em escala eco-
nomicamente viável para produção comercial; e projeto, construção e teste da alternativa escolhi-
da de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas e serviços novos ou aperfeiçoados.

2) R. Os gastos incorridos na fase de pesquisa são reconhecidos no resultado e os gastos incor-


ridos na fase de desenvolvimento podem ser reconhecidos como ativo intangível, desde que aten-
dam aos critérios estabelecidos para o seu reconhecimento.

3) R. A empresa deve considerar os gastos como sendo da fase de pesquisa e consequentemen-


te reconhecer nos resultados do período.

4) R. A empresa deve apresentar: viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma
que ele seja disponibilizado para uso ou venda; intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo
ou vendê-lo; capacidade para usar ou vender o ativo intangível; forma como o ativo intangível deve
gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existên-
cia de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso
este se destine ao uso interno, a sua utilidade; disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e
outros recursos adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível;
e capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu
desenvolvimento.

5) R. A empresa reconheceu tais gastos no resultado.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  14


6) R. A empresa de auditoria apresentou um parecer com ressalvas, pois os gastos com o
desenvolvimento de novos produtos e de sistemas aplicativos de informática, por exemplo, foram
reconhecidos diretamente no resultado da empresa, o que está em desacordo com a determinação
do CPC 4 (R1) – Ativo Intangível.

7) R. O Patrimônio Líquido e o Ativo Intangível da companhia ficaram subavaliados.

8) R. O professor deve discutir essa questão considerando que, no momento dos ajustes, a em-
presa capitalizou os gastos com desenvolvimento de novos produtos no ativo intangível e que essa
classificação está em consonância com o CPC 4 (R1).

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  15


X – RECLASSIFICAÇÃO DO ATIVO DIFERIDO – BANCO DO
BRASIL S.A E BANCO CACIQUE S.A.

10.5 QUESTÕES

1) R. Ativo diferido refere-se às despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que


irão contribuir no aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem so-
mente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional, como define a Lei 11.638/07.

2) R. Até 2007, as aplicações de recursos em despesas que contribuiriam para a formação


do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas
durante o período que anteceder o início das operações sociais seriam classificados em uma conta
ou subgrupo específico no antigo Ativo Permanente, denominado de Ativo Diferido. Esses gastos, ao
serem diferidos, eram entendidos como essenciais e necessários, sem os quais a atividade empresa-
rial não poderia ser iniciada.

Dessa forma, o grupo Ativo Diferido era classificado como um Ativo Permanente até 2007,
segundo a Lei no 6.404/76. Com a aprovação da Lei no 11.638/07, esse grupo continuou existindo,
no Ativo Não Circulante, porém foi permitido, sua utilização, com um uso restrito em relação ao que
existia antes. Finalmente, a partir da Lei no 11.941/09, o Ativo diferido foi extinto.

3) R. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza,
não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação
até sua completa amortização.

4) R. Seguindo CPC, o grupo Diferido não deveria estar classificado no Ativo Não Circulante,
uma vez que as contas desse grupo deveriam ser classificados como despesa, e não como contas
patrimoniais, exceto quando os gastos ativados não possam ser reclassificados para outro grupo de
ativos, que, nesse caso, devem ser baixados no balanço de abertura, na data de transição, mediante
o registro do valor contra lucros ou prejuízos acumulados, líquido dos efeitos fiscais, ou mantidos
nesse grupo até sua completa amortização.

Conforme Resolução emitida pelo Bacen, as instituições financeiras estão autorizadas a man-
ter a classificação das despesas pré-operacionais e dos gastos de reestruturação que contri-
buirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não
configurem tão somente redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional no Ativo Di-

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  16


ferido. Sendo assim, os procedimentos adotados por ambas as empresas estão em consonância com
as determinações.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  17


XI – DIREITO AO USO DO BEM PÚBLICO – BAESA, SABESP E
SANESUL

11.6 QUESTÕES

1) R. O Uso do Bem Público estava sendo contabilizado como despesa, diretamente no resulta-
do na rubrica Uso do bem público – UBP. A Administração entendia que os pagamentos a título de
Uso do Bem Público – UBP – constituem obrigação inserida no contrato de concessão, paga mensal-
mente enquanto a concessionária estiver na exploração do aproveitamento hidrelétrico.

2) R. Para a CVM o contrato de concessão da empresa com o governo é de natureza não exe-
cutória, ao contrário do que afirma a administração da BAESA. Sendo assim, a CVM orienta em seu
ofício que a empresa BAESA deve refazer suas Demonstrações Contábeis e reclassificar o Uso do
Bem Público em seu Ativo Intangível.

3) R. Contrato executório o CPC 5:

É aquele em que nenhuma das partes, concedente ou concessionário, cumpriram com suas
obrigações no início da concessão ou ambas as partes cumpriram parcialmente suas obrigações
na mesma proporção. Nesse caso, o poder concedente disponibilizará a infraestrutura progressiva-
mente à medida que as condições contratuais vão sendo cumpridas pelo concessionário enquanto o
operador deve cumprir as regras do contrato. Ou seja, a infraestrutura é disponibilizada gradual-
mente ao longo do contrato, à medida que o operador satisfaça as condições contratuais e à medida
que o poder concedente mantenha a concessão. Além disso, o poder concedente possui o direito de
cancelar o contrato, indenizando o operador pelos investimentos realizados e ainda não amortiza-
dos ou depreciados.

Contrato Não Executório:

Ocorre quando o direito de outorga e a correspondente obrigação nascem na assinatura do


contrato. Nesse caso, a concessão representa um negócio de longo prazo, com características que
demonstram que o concessionário tem intenção e condição de executar integralmente o contrato,
como: processo licitatório, projetos de financiamento, garantias e definição de tarifa. Assim sendo,
é considerado que os fatos e as circunstâncias indicam que não se trata de um contrato de execução,
mas a aquisição de um direito de exploração, a aquisição de uma licença para operar por prazo de-
terminado, haja vista entender-se que o poder concedente performou sua parte no contrato ao dar

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  18


o acesso e o direito à exploração do objeto da concessão, enquanto o concessionário não performou
a sua parte, que é representada em muitos casos pela obrigação de: (a) efetuar pagamentos em
caixa ao poder concedente; e/ou (b) construção de melhorias e expansões da infraestrutura.

O modelo de contrato interfere da seguinte forma na contabilização do UBP: Se for contrato


executório, o CPC 5 orienta que o custo deve ser reconhecido como despesa ao longo do contrato, em
contrapartida ao passivo correspondente ou ao caixa. Porém, se caracterizar como não executório,
a empresa deve reconhecer um ativo intangível, inicialmente mensurado pelo custo.

4) R. A resposta pode abordar as diferenças entre o contrato de execução e de não execução.


Quando a empresa reconhece um contrato executório, o CPC 5 orienta que o custo deve ser reconhe-
cido como despesa ao longo do contrato, em contrapartida ao passivo correspondente ou ao caixa.
Para um contrato não executório, a empresa deve reconhecer um ativo intangível, inicialmente
mensurado pelo custo.

5) R. As reflexões devem se basear na possibilidade de o concessionário reconhecer a infraes-


trutura como um ativo financeiro ou um ativo intangível, dependendo das características do con-
trato. Além disso, as diferenças entre o contrato de concessão de execução e de não execução tam-
bém afetam a contabilização nas empresas.

6) R. A empresa contabilizou como Ativo financeiro. As justificativas estão nas Notas Explica-
tivas.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  19


XII – DIVIDENDOS – CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A.
E IRB BRASIL RESSEGUROS S.A.

12.5 QUESTÕES

1) R. Os dividendos correspondem aos valores distribuídos aos acionistas em dinheiro na pro-


porção da quantidade de ações possuídas.

2) R. Dividendo obrigatório: determinado pela Lei societária brasileira e não pode ser menos
que 25% do lucro ajustado.

Dividendo fixo ou mínimo: são dividendos prioritários atribuídos aos detentores de ações pre-
ferenciais.

Juros sobre capital próprio: foram criados pela legislação tributária e incorporados ao orde-
namento societário brasileiro por força da Lei no 9.249/95.

3) R. Situações em que o dividendo obrigatório pode deixar de ser distribuído ou distribuído


em menor valor que o estabelecido em estatuto:

a. Quando for maior que lucro líquido do exercício realizado financeiramente, e a parcela não
distribuída pode ser destinada à constituição da reserva de lucros a realizar;

b. Quando os órgãos da administração afirmarem à Assembleia Geral Ordinária que o divi-


dendo é incompatível com a situação financeira da companhia;

c. Por decisão unânime da Assembleia Geral de Acionistas das companhias abertas apresenta-
rem registro na CVM com exclusividade para captação de recursos por debêntures não conversíveis
em ações; e das companhias, exceto se controlada por companhia aberta registrada na CVM, para
captação de recursos por meio de qualquer valor mobiliário que não seja uma debênture não con-
versível em ações (Art. 202, §3o).

4) R. Os dividendos obrigatórios devem ser registrados como uma obrigação na data do en-
cerramento do exercício social a que se referem as demonstrações contábeis.

Os dividendos intermediários, por ser uma deliberação final dos órgãos da administração,
quando não forem pagos, devem ser apresentados como uma obrigação da entidade.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  20


Os dividendos fixos e mínimos devidos aos acionistas preferencialistas devem ser registrados
como obrigação já na data do encerramento do exercício social a que se referem as demonstrações
contábeis.

5) R. A IRB apresentou o cálculo e o reconhecimento dos dividendos seguindo as determina-


ções do CPC, aprovadas pela CVM. A empresa reconheceu os dividendos obrigatórios no Passivo e os
dividendos adicionais foram mantidos no PL, conforme determina o CPC.

Quanto à Cemig, ela calcula o dividendo adicional e o mantém dentro do PL, como determi-
nado pela Interpretação. A dúvida é se poderia ser tratado como uma conta de Reservas de Lucros.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  21


XIII – RECEITAS – PLANO DE FIDELIZAÇÃO – LATAM
AIRLINES GROUP S.A. E TAM S.A.

13.4 QUESTÕES

1) R. As receitas são mensuradas pelo Valor justo da recompensa recebida ou a receber.

2) R. O programa de fidelidade é usado pelas entidades com o intuito de fornecer aos seus
clientes um incentivo para continuar consumindo seus produtos ou serviços. Dessa forma, quando o
cliente consome um produto ou serviço, a entidade concede, em contrapartida, créditos em prêmio
definidos como pontos, milhagens e outros. Esses créditos acumulados podem ser resgatados ou
convertidos em produtos ou serviços gratuitos ou com desconto.

3) R. O valor recebido pela empresa referente a créditos ou pontos dos programas de fidelida-
de é reconhecido como receita diferida (Passivo).

4) R. Os argumentos para essa resposta estão no Quadro 17.1

5) R. É um programa no qual os clientes recebem quilômetros ou pontos toda a vez que efe-
tuam determinados voos, utilizam serviços de empresas membro do programa ou efetuam compras
com um cartão de crédito co-branded das empresas membro. Os quilômetros ou pontos acumula-
dos podem ser trocados por passagens ou outros serviços das empresas membro.

6) R. A empresa contabilizou como receitas diferidas, especificamente em outros passivos não


financeiros (Balanço patrimonial).

7) R. A empresa registrava a receita quando o passageiro comprava as passagens e não quan-


do ele realmente embarcava.

8) R. No momento em que o serviço for prestado.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  22


9) R. Houve um ajuste negativo de R$ 1,1 bilhão nas receitas no balanço de 2012. Esse valor foi
coberto por um aporte de 3,5 bilhões por sua controladora LATAM, para que seu patrimônio líquido
não apresentasse saldo negativo no balanço do ano de 2013.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  23


XIV– DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – ATLETAS
BRASILEIROS S.A.

14.4 QUESTÕES

1) R. A Demonstração do Fluxo de Caixa apresenta informações que influenciam na tomada


de decisões dos usuários, como a capacidade das entidades de gerar caixa e equivalentes de caixa,
por exemplo.

2) R. A entidade, segundo o CPC 3-R2, deve divulgar sua demonstração dos fluxos de caixa ao
final de cada período e seus fluxos de caixa devem estar classificados por atividades operacionais
(depreciação; registro de equivalência patrimonial etc), de investimento (aquisição de ativos etc) e
de financiamento (emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais etc).

3) R. As atividades operacionais da DFC podem ser apresentadas pelo método direto ou pelo
método indireto, conforme exposto na sequência:

a) o método direto, segundo o qual as principais classes de recebimentos brutos e pagamentos


brutos são divulgadas;

b) o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos efeitos de
transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por
competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futu-
ros, e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de
investimento ou de financiamento.

4) R. Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos


podem ser classificados como fluxos de caixa operacionais, porque eles entram na determinação do
lucro líquido ou prejuízo. Alternativamente, os juros pagos e os juros, os dividendos e os juros sobre
o capital próprio recebidos podem ser classificados, respectivamente, como fluxos de caixa de finan-
ciamento e fluxos de caixa de investimento, porque são custos de obtenção de recursos financeiros
ou retornos sobre investimentos.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  24


Os dividendos e os juros sobre o capital próprio pagos podem ser classificados como fluxo de
caixa de financiamento porque são custos da obtenção de recursos financeiros. Alternativamente,
os dividendos e os juros sobre o capital próprio pagos podem ser classificados como componentes
dos fluxos de caixa das atividades operacionais, a fim de auxiliar os usuários a determinar a capa-
cidade de a entidade pagar dividendos e juros sobre o capital próprio utilizando os fluxos de caixa
operacionais.

O CPC 3 encoraja fortemente as entidades a classificarem os juros, recebidos ou pagos, e os


dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos como fluxos de caixa das atividades operacio-
nais, e os dividendos e juros sobre o capital próprio pagos como fluxos de caixa das atividades de
financiamento (Não existe essa mesma orientação por parte do IASB).

5) R. Atividades operacionais: depreciação; registro de equivalência patrimonial etc.

Atividades de investimento e financiamento: aquisição de ativos, quer seja pela assunção dire-
ta do passivo respectivo, quer seja por meio de arrendamento financeiro; aquisição de entidade por
meio de emissão de instrumentos; conversão de dívida em instrumentos patrimoniais.

6) R. A CVM solicitou que a empresa excluísse a evidenciação e integralização do capital da


Atletas Brasileiros S.A. na Demonstração dos Fluxos de Caixa em 31.03.2013, destacando que a
referida transação não envolvia contraprestação financeira, ou seja, não envolvia caixa. Assim, a
CVM orientou que tal transação deveria ser apresentada apenas na nota explicativa da companhia.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  25


XV – JOINT VENTURES – COSAN S.A. E GERDAU S.A.

15.6 QUESTÕES

1) R. Aquele em que duas ou mais partes tem o controle conjunto, ou seja, uma operação em
conjunto ou um empreendimento controlado em conjunto (joint venture). Um negócio em conjunto
apresenta as características a seguir: as partes integrantes estão vinculadas por acordo contratual;
e o acordo contratual dá a duas ou mais dessas partes integrantes o controle conjunto do negócio.

2) R. O CPC 19 exige que os empreendimentos controlados em conjunto (joint venture) sejam


contabilizados pelo método de equivalência patrimonial – MEP, a partir das publicações anuais
iniciadas em 2013.

3) R. A COSAN utiliza o Método de Consolidação proporcional e a Gerdau usa o Método de


Equivalência Patrimonial. As duas estão corretas, pois a exigência do CPC é após o dia 1º de janeiro
de 2013.

4) R. Na transição do tratamento contábil de consolidação proporcional para o método da


equivalência patrimonial (MEP), a entidade deve reconhecer o seu investimento em joint ventures
pelo MEP, a partir do período mais antigo apresentado. A mensuração desse investimento inicial
deve ser feita pelo total dos valores contábeis dos ativos e passivos que a entidade tinha anterior-
mente consolidado proporcionalmente, incluindo qualquer ágio por expectativa de rentabilidade
futura (goodwill) resultante da aquisição.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  26


XVI – CONTABILIZAÇÃO DE TÍTULOS HÍBRIDOS –
ENERGISA S.A., TEC TOY S.A. E MINERVA S.A.

16.4 QUESTÕES

1) R. Instrumento patrimonial: qualquer contrato que evidencie uma participação nos ativos
de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos.

Passivo financeiro: qualquer passivo que seja:

a. uma obrigação contratual;

b. contrato que será ou poderá ser liquidado por instrumentos patrimoniais da própria en-
tidade.

As diferenças principais consistem na existência de obrigação contratual e se o contrato pode


ou não ser liquidado por algum instrumento patrimonial da entidade.

2) R. O título Híbrido é um instrumento financeiro que tem características de dívida e de título


patrimonial.

3) R. Um título híbrido será um instrumento patrimonial se, e somente se:

a. o instrumento não possuir obrigação contratual;

b. se o instrumento será ou poderá ser liquidado por instrumentos patrimoniais do próprio


emitente.

4) R. Segundo a Companhia, nos termos do CPC 39, a diferença entre passivo financeiro e ins-
trumento patrimonial seria a existência de obrigação contratual do emissor do título de entregar
caixa ou outro ativo financeiro ao seu titular. Por essa razão, as Notas Perpétuas seriam instrumen-
tos patrimoniais, uma vez que a Companhia não teria a obrigação contratual de entregar caixa ou
outro ativo financeiro ao titular das Notas Perpétuas ou trocar ativos financeiros ou passivos finan-
ceiros. Além disso, a Companhia teria a possibilidade de realizar pagamento de dividendo mínimo
obrigatório, sem, contudo, estar obrigada a realizar o pagamento de remuneração aos titulares das
Notas Perpétuas.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  27


5) R. Os argumentos para a discussão estão expostos no quadro apresentado no capítulo.

6) R. Os argumentos para a discussão estão expostos no quadro apresentado no capítulo.

7) R. Enquanto a Energisa classifica seus títulos como Passivo, a Tec Toy os classifica como
patrimônio líquido.

8) R. Segundo relator do Processo Administrativo no 2.010-1.058, as Debêntures Especiais


emitidas pela Tec Toy são instrumentos patrimoniais, pois são perpétuas, subordinadas, contingen-
tes e remuneradas exclusivamente por meio de participação no resultado. As características das
Debêntures Especiais são:

– por serem perpétuas, as Debêntures Especiais só se tornam exigíveis em caso de liquidação


da Companhia, exatamente como ocorre com as ações e quotas de sociedades;

– por serem subordinadas, as Debêntures Especiais só são pagas após o pagamento dos cre-
dores, justamente como as ações e quotas;

– nem mesmo o valor de reembolso em caso de liquidação é fixo, mas calculado segundo uma
fórmula que coloca os debenturistas em pé de igualdade com os acionistas; e

– a remuneração das Debêntures Especiais consiste exclusivamente num percentual do lucro


da Companhia, justamente como as ações e quotas.

9) R. Seguindo os preceitos do princípio da essência sobre a forma, a substância econômica


das debêntures perpétuas encontra sua definição consubstanciada em instrumento patrimonial. Os
argumentos para a discussão das demais perguntas estão expostos no caso apresentado no capítu-
lo.

10) R. Os argumentos para a discussão estão expostos no caso apresentado no capítulo.

11) R. Devido à obrigatoriedade da entidade de entregar caixa aos detentores das debêntu-
res, independente da geração de lucros no período, que é uma característica de um instrumento de
dívida (Passivo Financeiro), de acordo com o CPC 39.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  28


XVII – ATIVO MANTIDO PARA VENDA – ATLETAS
BRASILEIROS S.A.

17.7 QUESTÕES

1) R. O CPC 38 determina que os instrumentos financeiros devem ser contabilizados de acordo

com a categoria a que pertencem, conforme apresentado na seção 15.2.2.2.

2) R. A entidade poderá classificar um passivo pelo valor justo somente quando atender às

definições estabelecidas de ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado ao valor justo por

meio do resultado.

3) R. A CVM entendeu que tal contrato era um ativo não circulante destinado à venda e que,

portanto, deveria ser mensurado e contabilizado a valor de custo.

4) R. O professor pode discutir essa questão considerando que os ativos financeiros disponí-

veis para venda são os ativos financeiros não derivativos que são designados como disponíveis para
venda ou que não são classificados como: empréstimos e contas a receber; investimentos mantidos

até o vencimento; e ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado.

As definições de ativos financeiros e quais os contratos que são tratados pelo CPC 38 também

podem contribuir para as discussões.

5) R. Após as reclassificações, tanto o ativo quanto o Patrimônio Líquido da empresa apresen-

taram valor significativamente menor.

Casos para Ensino em Contabilidade Societária   Lemes | Campos | Alves | Almeida  29

Você também pode gostar