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Doía como se tivesse batido o dedinho na quina do mundo e tentado segurar o canto para

abafar a dor. Sentia-se quebrar em pedaços incontáveis e minúsculos, de forma que só


acontece quando por descaso uma cigarra é atropelada por um planeta.
Fratura exposta, imposta. Quantos cataclismos habitam um átomo só? Onde esconder-se
quando a coluna vertebral do teu refúgio fende, desaba e deságua em pó?
A artéria ímpia sangrava a finitude das horas misantrópicas, chorou Nilo e rio Lena.
- Ester DQueiroz
9/10/2016

Constantemente sentia-se aleatória a tudo, tentava não pensar na infinidade do universo, o


mundo de si mesma já tinha fórmulas excessivas, não sobrava tempo para as teorias de
Hugh Everett, seus próprios detalhes já lhe consumiam a sanidade, não queria se
preocupar com coisas grandes demais. Alegrava-se em poetizar o cotidiano, o simplório, o
que não era capa de jornal. Não tinha estômago para debates políticos e
socioeconômicos, preferia descombinar estampas e não ser um poeta de verdade.
- Ester DQueiroz
1/10/2016

Sinto a geometria dos astros


Na constelação do verso
Eu te imagino
Refaço
Te desejo no giz
- Ester DQueiroz
18/09/2016

Toda solta
Eu preciso de mais poesia para escrever uma poesia
Um grande amor próprio pra me escrever neste verso
Uma música que traz cheiro de rosas à mente
Um som de sanfona para embalar minha corrida às estrelas!
Um olhar apaixonado para me fazer acreditar
Um compasso composto para me fazer levitar
Mão na mão e olhos nos olhos para fortalecer a identidade
Inspiração e mais poesia para terminar essa poesia que não sei se é poesia.
Wanessa Tiburcio.
8/11/2016

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