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 Atenção à estrutura textual.

 Atenção ao percurso discursivo: foco do tema; tópicos


frasais; análise dos porquês da situação apresentada;
proposta detalhada para os porquês discutidos.

 A mobilidade urbana
 Liberdade de expressão.
 “A questão do deficiente no Brasil”
 Bullying nas escolas
 Persistência do preconceito racial no Brasil.
 A questão da obesidade no Brasil:
 Sistema carcerário brasileiro
 A dificuldade de acesso dos estratos sociais à cultura.
 Tráfico de animais.
 Tragédias ambientais no Brasil.
 Biopirataria.

Tema 1: Mobilidade urbana.

 Mobilidade urbana é tudo que diz respeito ao deslocamento


das pessoas dentro do perímetro urbano. Essa possibilidade
de locomoção deve ser provida pela própria cidade, de
maneira que seus habitantes possam exercer seu direito de
ir e vir livremente, de forma rápida e eficiente.
 Vale ressaltar também que o modelo histórico de
organização do espaço geográfico brasileiro não contribui
para uma mudança desse cenário. Afinal, ao longo do século
XX, houve uma rápida urbanização do país, que assistiu a
um acelerado processo de crescimento das cidades e
também de metropolização, ou seja, a concentração da
população nas grandes metrópoles. Se o país tivesse
passado por um processo de Reforma Agrária adequado, de
forma a conter o elevado êxodo rural e, consequentemente,
os níveis de urbanização, talvez essas e outras questões
urbanas fossem de mais fácil resolução.
 Pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra
que cerca de 30% dos moradores da Região Metropolitana
de São Paulo, a maior do Brasil, apresenta transtornos
mentais decorrentes do ritmo acelerado da cidade e do
estresse causado pelo trânsito.
 A melhoria da renda da população de classe média e baixa,
os incentivos promovidos pelo Governo Federal para o
mercado automobilístico (como a redução do IPI) e a baixa
qualidade do transporte público contribuíram para o
aumento do número de carros no trânsito. Com isso,
tornaram-se ainda mais constantes os problemas com
engarrafamentos, lentidão, estresse e outros, um elemento
presente até mesmo em cidades e localidades que não
sofriam com essa questão.
 Outro fator que contribui para aumentar o problema da falta
de mobilidade urbana no Brasil é a herança histórica da
política “rodoviarista” do país, que gerou um acúmulo nos
investimentos para esse tipo de transporte em detrimento
de outras formas de locomoção. Com isso, aumentou-se
também a presença de veículos pesados, como os
caminhões e carretas , o que dificulta ainda mais a fluidez
do trânsito no Brasil.
 O que fazer?
 Incentivos a meios de transporte como as bicicletas, além
de contribuir para essa questão, ajudam a reduzir a
emissão de poluentes na atmosfera e melhorar a qualidade
de vida no meio urbano. Por isso, a construção de
ciclofaixas ou ciclovias surge como uma saída viável e
inteligente.
 Implantação de sistemas sobre trilhos, como metrôs, trens
e bondes modernos (VLTs – Veículo Leve sobre Trilhos).
 Manter as calçadas confortáveis, niveladas, sem buracos
e obstáculos, porque um terço das viagens realizadas nas
cidades brasileiras é feita a pé ou em cadeiras de rodas.
 Caronas solidárias.
 o Ministério das Cidades tem, entre suas atribuições, a
elaboração de políticas públicas de desenvolvimento
urbano, de habitação, de transporte urbano e de trânsito.
 A Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito tem como
atribuições gerenciar e fiscalizar a execução das
modalidades do transporte público de passageiros no
Município; gerenciar e fiscalizar o trânsito, realizando a
sinalização; realizar o gerenciamento e a manutenção da
frota municipal.

Tema 2 : Liberdade de expressão

 É fundamental que haja equilíbrio para que a liberdade de


expressão coexista com direitos e deveres.
 Liberdade de expressão é o direito de todo e qualquer
indivíduo de manifestar seu pensamento, opinião,
atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, sem censura, como assegurado pelo artigo
5º da Constituição Federal.
 É direito da personalidade, inalienável, irrenunciável,
intransmissível e irrevogável, essencial para que se
concretize o princípio da dignidade humana. É uma forma
de proteger a sociedade de opressões. É elemento
fundamental das sociedades democráticas, que têm na
igualdade e na liberdade seus pilares.
 Muitas vezes, quando esse direito é usado de forma
inconsequente, pode ocasionar desconforto e/ou revolta
por parte daquele que venha a sentir ofendido.
 A liberdade de expressão não é um direito absoluto, o que
significa que a manifestação pode descambar para a
calúnia, difamação ou injúria, o que pode originar um
processo ou resposta em reação à declaração feita.
 O Brasil presenciou a instalação de um marco
constitucional pós-redemocratização de indubitável
garantia das liberdades de expressão e de imprensa, o
qual, adicionalmente, lançou as bases para a instalação
de um sistema de comunicação social em consonância
com os regimes internacionais mais avançados na
matéria.

 Não devemos defender a censura sob hipótese alguma.


Não precisamos mais deixar de falar o que queremos por
medo de retaliações, mas precisamos entender que para
tudo existe uma consequência e visando evitar maiores
transtornos, em um mundo que já está saturado de tantos
outros, é fundamental respeitar o direito do outro e a
situação do outro.
 Por fim, está mais do que na hora de entendermos que é
possível sermos livres sem ofendermos os outros.
Podemos não ver Alah, Buda, Jesus e afins, como grandes
avatares da humanidade, mas precisamos respeitar
aqueles que não compartilham da mesma opinião que nós.
Por isso, é fundamental lembrarmos que, embora muitos
pensem o contrário, nossa liberdade acaba onde começa o
respeito pelo outro. E essa regra vale ouro quando o
assunto são as crenças religiosas e ideologias políticas de
uma sociedade.
 Artigo 5º. “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza.” (Constituição Federal.)
 A liberdade de expressão deve, obrigatoriamente,
respeitar os direitos humanos. Jamais deve ferir a
dignidade humana.
 A liberdade de expressão deve respeitar os princípios das
leis e do senso.

 O humor deve ter limites ou vale tudo em nome da


liberdade de expressão?
 Há limites para o humor? O documentário ''O Riso dos
Outros'', produzido para a TV Câmara, discute a partir de
entrevistas com humoristas como Danilo Gentili e Rafinha
Bastos, o cartunista Laerte, o escritor Antonio Prata e o
deputado federal Jean Wyllys, o limite entre a comédia e a
ofensa, a liberdade de expressão e o respeito à dignidade
alheia.
 A imprensa, sobretudo a marrom, tem o direito de invadir a
privacidade de pessoas famosas?
 O que fazer?
 As instituições de educação devem discutir e orientar os
alunos sobre a importância de se praticar a liberdade de
expressão focada no bom senso.
 A Secretaria Especial de Direitos Humanos deve , por meio
da mídia, veicular campanhas explicitando que a liberdade
de expressão não deve servir como justificativa para
incitar a violência ou ofender a honra alheia,
desrespeitando frontalmente outros direitos fundamentais
igualmente protegidos pela Constituição.

Tema 3: “A questão do deficiente no Brasil”

 Durante o século XX, por exemplo, pessoas com


deficiência foram submetidas a “experiências científicas”
na Alemanha nazista de Hitler. Ao mesmo tempo,
mutilados de guerra eram considerados heróis em países
como os EUA, recebendo honrarias e tratamento em
instituições do governo.
 O indivíduo que apresenta alguma deficiência é em muitos
casos exposto a situações de agressão e violência,
geradas basicamente pelo preconceito.
 LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Lei Brasileira
de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da
Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a
promover, em condições de igualdade, o exercício dos
direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com
deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
 Entra em vigor e beneficia 45 milhões de pessoas
 Recomenda a eliminação de qualquer dispositivo que
associe deficiência com incapacidade.
 As inovações trazidas pela nova lei alcançaram, entre
outras, as áreas de saúde, educação, trabalho, assistência
social, esporte, previdência e transporte.

Garantiu às pessoas com deficiência o direito de


casar ou constituir união estável e exercer direitos
Capacidade sexuais e reprodutivos em igualdade de condições
civil com as demais pessoas.
-----------------------------------------------------------------------------------
----------------
Assegurou a oferta de sistema educacional
inclusivo em todos os níveis e modalidades de
ensino. Estabeleceu ainda a adoção de um projeto
pedagógico que institucionalize o atendimento
Inclusão
educacional especializado, com fornecimento de
escolar
profissionais de apoio. Proíbe as escolas
particulares de cobrarem valores adicionais por
esses serviços.
_______________________________________
Criou benefício assistencial para a pessoa com
deficiência moderada ou grave que ingresse no
Auxílio- mercado de trabalho em atividade que a enquadre
inclusão como segurada obrigatória do Regime Geral de
Previdência Social.

Estabeleceu pena de um a três anos de reclusão,


mais multa, para quem prejudicar, impedir ou
anular o reconhecimento ou exercício de direitos e
liberdades fundamentais da pessoa com
Discriminaç
deficiência.
ão,
abandono e
________________________________________________________
exclusão
_

Garantiu prioridade na restituição do Imposto de


Atendiment Renda aos contribuintes com deficiência ou com
o prioritário dependentes nesta condição e no atendimento por
serviços de proteção e socorro.
Aumentou o percentual de arrecadação das
loterias federais destinado ao esporte. Com isso,
Esporte
os recursos para financiar o esporte paralímpico
deverão ser ampliados em mais de três vezes.

 No Brasil, milhões de pessoas ainda buscam a plena


inclusão na sociedade: elas têm dificuldades para se
locomover nas ruas, para fazer compras, para usar o
transporte público. E ainda enfrentam o preconceito. Mais
de 17 milhões de brasileiros têm o que o IBGE classifica
como deficiência severa, ou seja, se enquadram nas
opções "têm grande dificuldade" e "não conseguem de
modo algum" . ( Folha de São Paulo)

 Pessoas com deficiência sofrem com falta de


acessibilidade e mobilidade pelas ruas de todas as
cidades brasileiras. ( Uol)

 Dados do IBGE revelam que 6,2% da população brasileira


têm algum tipo de deficiência. A Pesquisa Nacional de
Saúde (PNS) considerou quatro tipos de deficiências:
auditiva, visual, física e intelectual. O levantamento foi
divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e feito em parceria com o Ministério da
Saúde.

 O que fazer?
 A inclusão de pessoas com deficiência vai muito além da
instalação de uma rampa ou de um corrimão reforçado, da
contratação de intérpretes de Libras ou da publicação de
conteúdos em braile. Inclusão está diretamente
relacionada com qualidade de vida. O termo precisa
abranger tudo. Saúde, educação, lazer, esportes, cultura,
trabalho e, também, mobilidade.
 A Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa
com Deficiência é um órgão integrante da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República e atua na
articulação e coordenação das políticas públicas voltadas
para as pessoas com deficiência.

TEMA 4: A preocupante prática de bullying nas escolas


brasileiras

 Lei cria programa de combate ao bullying nas escolas


brasileiras (09/11/2015 Lei Nº 13.185, de 6 de novembro de
2015).

 Promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito


a terceiros, nos marcos de uma cultura de paz e tolerância
mútua” e “evitar, tanto quanto possível, a punição dos
agressores, privilegiando mecanismos e instrumentos
alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a
mudança de comportamento hostil.
 A norma considera bullying “todo ato de violência física ou
psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem
motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo,
contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la
ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma
relação de desequilíbrio de poder entre as partes
envolvidas”.
 De acordo com a lei, oito atos podem ser caracterizados
como prática sistemática de intimidação, humilhação ou
discriminação: ataques físicos; insultos pessoais;
comentários sistemáticos e apelidos pejorativos; ameaças
por quaisquer meios; grafites depreciativos; expressões
preconceituosas; isolamento social consciente e
premeditado; e pilhérias.

 Querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma


boa imagem de si mesmo. Isso tudo leva o autor do
bullying a atingir o colega com repetidas humilhações ou
depreciações. É uma pessoa que não aprendeu a
transformar sua raiva em diálogo e para quem o
sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir.
Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do
agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será
aquela crueldade vivida pela vítima.

 Estudos mostram que grande parte dos agressores vêm


de famílias caóticas, em que os afetos não são
manifestados de forma clara. São , frequentemente,
expostos a maus tratos. ( Revista Época). Geralmente
recebem pouco afeto e apoio de seus pais ( às vezes
sofrem agressões físicas) e também são humilhados por
familiares. Isso os torna agressivos. (Revista Nova
Escola).
 Como resolver? Não expulsar. (Superintendências de
Educação)Capacitar os profissionais para que saibam agir
e identificar as práticas. Ter um psicólogo para ajudar a
sanar. Nunca tentar resolver sem a participação familiar.

Tema 5: Persistência do Preconceito racial no Brasil.

 Após a abolição,1888, os negros foram, como forma de


retaliação, ignorados pelos detentores do poder. Ficaram
sem comida, emprego, moradia; refugiando-se em cortiços
que deram origem às favelas.
 Há, em parte da sociedade, um execrável preconceito
velado, dificultando a discussão realista dos motivos que
alimentam esse tipo de intolerância.
 Durante a República Velha (1889-1930), a doutrina do
racismo científico vinda da Europa considerava o negro e
índio como raças inferiores e o povo mestiço como
“improdutivo e amoral”, que não se adaptaria ao progresso
que o Brasil precisava. O negro era visto como uma causa
do fracasso da nação e por isso era preciso “branquear” a
população.
 O que fazer?

 A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial


(SEPPIR) é um órgão do Poder Executivo do Brasil.
Sancionada em 2003, tem o objetivo de promover a
igualdade e a proteção de grupos raciais e étnicos
afetados por discriminação e demais formas de
intolerância, com ênfase na população negra.
 As instituições de educação: O primeiro passo é valorizar
os agentes de todas as etnias, apresentando bons
modelos de representações afirmativas. O professor
precisa valorizar personagens negros em diferentes
funções sociais, incorporando artistas, escritores e
cientistas africanos e afrodescendentes no planejamento
das aulas. Por meio desse contato, os alunos de diferentes
raças passam a considerar natural a presença de afro-
brasileiros em cargos de chefia ou como importantes
pensadores

Tema 6: A questão da obesidade no Brasil:

 “A obesidade é um dos problemas mais importantes que a


Saúde Pública enfrenta hoje no Brasil e em outros países
do mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS)
considera que, atualmente, nos países desenvolvidos, ela
seja o principal problema de saúde a enfrentar.” (Dr.
Dráuzio Varella)
 Recentemente, o Ministério da Saúde revelou que um
quinto da população brasileira adulta, ou quase 30 milhões
de pessoas, é obesa.
 Os números colocam o Brasil entre os países mais obesos
do mundo. Entre os homens, só fica atrás de China e EUA;
entre as mulheres, o Brasil fica em 5º, atrás também de
Rússia e Índia.
 A pesquisa do Ministério da Saúde revela também que
34,6% dos brasileiros comem em excesso carnes com
gordura e mais da metade da população (56,9%) bebe leite
integral regularmente, tornando esse fator um dos
principais responsáveis do excesso de peso e da
obesidade no Brasil. Além disso, 29,8% dos brasileiros
consumem refrigerantes pelo menos cinco vezes por
semana. Por outro lado, apenas 20,2% ingerem a
quantidade recomendada pela Organização Mundial de
Saúde de cinco ou mais porções por dia de frutas e
hortaliças.
 Por que alguns brasileiros comem mal?
 A causa da obesidade é multifatorial, ou seja, ela é
decorrente de vários fatores que podem estar agindo
isoladamente ou em conjunto. Entre esses fatores, está a
ingestão aumentada de calorias, diminuição da atividade
física, idade, fatores genéticos e emocionais.
 De acordo com o Ministério da Saúde, a obesidade já mata
mais que a Aids no Brasil. São cerca de 80 mil mortes por
ano. No mesmo período, o Governo Federal gasta cerca de
R$ 1,45 bilhão no combate e prevenção de doenças
relacionadas ao excesso de peso, como diabetes,
hipertensão, problemas cardiovasculares e emocionais.

 Gigantes do fast-food incentivam compulsão alimentar. É o


que afirmou o professor de História da Universidade de
São Paulo (USP), Henrique Carneiro.
 Por que a indústria tabagista e a farmacêutica são
obrigadas a fazerem alertas sobre os riscos de consumo
de seus produtos e as redes de fast-food não são?

 Gordofobia é a repulsa, o nojo, o asco, o sentimento de


raiva e necessidade de afastamento do indivíduo gordo, da
gordura e de tudo que a cerca.
 O que fazer?
 Secretaria Municipal de Saúde / Secretaria Municipal de
Esportes.
 Segundo consta na Lei nº 11.721, assinada em junho de
2008, 11 de outubro é Dia Nacional de Prevenção da
Obesidade ( Ministério da Saúde deve elaborar e divulgar
campanhas de combate À obesidade).

Tema 7: Sistema carcerário brasileiro


 Percebe-se que o Sistema Penitenciário Brasileiro, por
descaso dos poderes competentes, não consegue
promover de forma precisa sua função de reintegrar o
apenado à sociedade. Este, apesar de viver em regime
fechado necessita ter seus Direitos Fundamentais
garantidos, para que assim possa voltar ao convívio social
de forma estável.
 A superlotação das celas, sua precariedade e sua
insalubridade tornam as prisões num ambiente propício à
proliferação de epidemias e ao contágio de doenças.
 A conjugação de todos esses fatores negativos acima
mencionados, aliados ainda à falta de segurança das
prisões e ao ócio dos detentos, leva à deflagração de
outro grave problema do sistema carcerário brasileiro: as
rebeliões e as fugas de presos.
 A conjugação de todos esses fatores negativos acima
mencionados, aliados ainda à falta de segurança das
prisões e ao ócio dos detentos, leva à deflagração de
outro grave problema do sistema carcerário brasileiro: as
rebeliões e as fugas de presos.
 A comprovação de que a pena privativa de liberdade não
se revelou como remédio eficaz para ressocializar. Isso se
comprova pelo elevado índice de reincidência dos
criminosos oriundos do sistema carcerário.
 As prisões brasileiras tornaram-se um amontoado de
pessoas sem esperança de justiça e expectativas de
ressocialização. São indivíduos ignorados pela sociedade,
guardados em escaninhos escuros e esquecido da
consciência coletiva, relegados a prisões que, em muitos
casos, mais se aproximam de masmorras da idade média.
Pretender que essa massa de pessoas não existe que essa
população carcerária é somente um dado estatístico
pálido e distante da nossa realidade é inútil, perverso e, de
forma coletiva, ingênuo.
 No início da década de 90, no Brasil, experiências de
Parcerias Público Privadas (PPP) que, com relativo
sucesso, “privatizam” uma parte do sistema penitenciário,
numa solução alternativa e mitigada do modelo adotado
em outras partes do mundo. Não tenho certeza se esse é o
caminho e sequer acho que a fórmula funcione há tempo
suficiente para nos permitir dizer que é a solução exitosa,
mas certamente merece um crédito e, numa avaliação
isenta é, de longe, mais bem sucedida e razoável do que a
realidade que hoje se apresenta no sistema penitenciário
brasileiro em geral.
 O Brasil tem a quarta maior população carcerária do
mundo, segundo dados divulgados pelo Ministério da
Justiça. O Brasil está atrás apenas da Rússia, China e
Estados Unidos.

Tema 8: A dificuldade de acesso dos estratos sociais à cultura.

 A palavra cultura abrange várias formas artísticas, mas


define tudo aquilo que é produzido a partir da inteligência
humana. Ela está presente desde os povos primitivos em
seus costumes, sistemas, leis, religião, em suas artes,
ciências, crenças, mitos, valores morais e em tudo aquilo
que compromete o sentir, o pensar e o agir das pessoas.
 Há acesso à cultura.
 Preços altos, barreira social e distância são os grandes
fatores responsáveis pela percepção do brasileiro de que o
acesso às atividades culturais no país é difícil. É o que
mostra o Sistema de Indicadores de Percepção Social
(SIPS), criado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada) para mostrar como a população enxerga os
serviços de utilidade pública e seu grau de importância
para a sociedade.
 Os preços altos são obstáculo ao acesso à oferta cultural
para 71% dos entrevistados, que acreditam que esse
ponto é um importante empecilho para usufruir dos bens
culturais. Outra razão apontada como obstáculo foi a
barreira social imposta pelo perfil do público que
frequenta espaços culturais. Para 56%, há essa barreira.
(Preconceito; repúdio.)
 Hoje, a maioria dos brasileiros tem como atividade cultural
assistir televisão ou ouvir rádio.
 A frequência é menor para teatro, circo e shows: 59,2%
disseram nunca ir e 25,6% afirmaram ir raramente. Apenas
4,2% visitam museus e centros culturais pelo menos uma
vez por mês.
 O acesso a concertos, óperas, teatros e exposições de
artes plásticas é mínimo.
 O acesso à biblioteca é disponível, porém pouco
aproveitado.
 Desigualdade social no Brasil é gritante, logo o povo
escolhe entre se alimentar ou ir ao teatro, por exemplo?

 Certa vez Aristóteles foi interrogado sobre a diferença


entre os homens cultos e incultos, então disse: "É a
mesma diferença que existe entre os homens vivos e
mortos".
 A ministra Marta Suplicy falou sobre o programa vale-
cultura, que concede o benefício de R$50 a trabalhadores
que ganham até cinco salários mínimos. A previsão é que
os beneficiários usem o vale a partir do segundo semestre
de 2013. De acordo com Marta, o benefício será uma
economia para o trabalhador, que poderá usar o valor de
forma cumulativa.

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