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o 96 — 24-4-1998
1 — Os funcionários e agentes da administração cen- As distâncias previstas neste diploma são contadas
tral, regional e local e dos institutos públicos, nas moda- da periferia da localidade onde o funcionário ou agente
lidades de serviços públicos personalizados e de fundos tem o seu domicílio necessário e a partir do ponto mais
públicos, quando deslocados do seu domicílio necessário próximo do local de destino.
por motivo de serviço público, têm direito ao abono
de ajudas de custo e transporte, conforme as tabelas Artigo 8.o
em vigor e de acordo com o disposto no presente
diploma. Condições de atribuição
2 — Têm igualmente direito àqueles abonos os mem- 1 — O abono da ajuda de custo corresponde ao paga-
bros do Governo e dos respectivos gabinetes. mento de uma parte da importância diária que estiver
3 — O disposto no presente diploma é aplicável, com fixada ou da sua totalidade, conforme o disposto nos
as necessárias adaptações, ao pessoal contratado a termo números seguintes.
certo que exerça funções em serviços e organismos refe- 2 — Nas deslocações diárias, abonam-se as seguintes
ridos no n.o 1. percentagens da ajuda de custo diária:
Artigo 2.o
a) Se a deslocação abranger, ainda que parcial-
Domicílio necessário mente, o período compreendido entre as 13 e
Sem prejuízo do estabelecido em lei especial, con- as 14 horas — 25 %;
sidera-se domicílio necessário, para efeitos de abono b) Se a deslocação abranger, ainda que parcial-
de ajudas de custo: mente, o período compreendido entre as 20 e
as 21 horas — 25 %;
a) A localidade onde o funcionário aceitou o lugar c) Se a deslocação implicar alojamento — 50 %.
ou cargo, se aí ficar a prestar serviço;
b) A localidade onde exerce funções, se for colo- 3 — As despesas de alojamento só são consideradas
cado em localidade diversa da referida na alínea nas deslocações diárias que se não prolonguem para
anterior; o dia seguinte, quando o funcionário não dispuser de
c) A localidade onde se situa o centro da sua acti- transportes colectivos regulares que lhe permitam
vidade funcional, quando não haja local certo regressar à sua residência até às 22 horas.
para o exercício de funções. 4 — Nas deslocações por dias sucessivos abonam-se
as seguintes percentagens da ajuda de custo diário:
CAPÍTULO II a) Dia da partida:
Ajudas de custo em território nacional Percen-
Horas da partida
tagem
Artigo 3.o
Até às 13 horas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Tipos de deslocação Depois das 13 até às 21 horas . . . . . . . . . . . . . . . 75
Depois das 21 horas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
As deslocações em território nacional classificam-se
em diárias e por dias sucessivos.
b) Dia de regresso:
Artigo 4.o
Deslocações diárias Percen-
Horas de chegada
tagem
b) Chefes de missão diplomática nas viagens 2 — Nos casos em que a actividade implique deslo-
que tenham por ponto de partida ou de cações frequentes dentro das áreas urbanas e subur-
chegada o local do respectivo posto; banas, pode ser atribuído um subsídio mensal de mon-
c) Directores-gerais ou equiparados; tante igual ao preço dos passes sociais dos transportes
d) Funcionários que acompanhem os mem- colectivos.
bros dos órgãos de soberania; Artigo 29.o
Requisição de transportes
Classe turística ou económica — restante pessoal.
1 — As deslocações em transportes colectivos de ser-
4 — Por via marítima, a determinação da classe é sem- viço público que ultrapassem as áreas urbanas e subur-
pre efectuada por despacho ministerial, mediante pro- banas devem efectuar-se através de requisição oficial
posta fundamentada do respectivo serviço. dos respectivos títulos às empresas transportadoras, nos
5 — Os cônjuges ou familiares dos funcionários ou termos do Decreto n.o 8023, de 4 de Fevereiro de 1922.
agentes têm direito a viajar na mesma classe destes, 2 — Em casos devidamente comprovados de incon-
sempre que legalmente lhes seja atribuído o abono de veniência para o serviço ou de impossibilidade de
transporte. recurso à requisição prevista no número anterior, pode
6 — Na ocorrência de circunstâncias de natureza o dirigente dos serviços autorizar o reembolso da des-
excepcional, pode ser autorizada a utilização da classe pesa efectivamente realizada, sem dependência do refe-
superior à que normalmente seria utilizada, por des- rido documento.
pacho ministerial, sob proposta devidamente funda- 3 — Nos transportes a realizar nas áreas urbanas e
mentada. suburbanas das cidades de Lisboa e Porto, é dispensada
7 — Nas missões de serviço público, todos os fun- a requisição das respectivas passagens.
cionários ou agentes viajam de acordo com a classe cor- 4 — A dispensa referida no número anterior pode
respondente à categoria mais elevada. ser alargada a outras cidades em que se verifiquem idên-
8 — Compete ao Ministro das Finanças e ao membro ticas condições, mediante despacho do Ministro das
do Governo responsável pela Administração Pública Finanças, sob proposta da Direcção-Geral do Orça-
determinar, por despacho conjunto, a classe a atribuir mento.
ao pessoal não previsto neste artigo. Artigo 30.o
Remessa e processamento das contas de transportes
Artigo 26.o
Âmbito das despesas de transporte e modos de pagamento
1 — As empresas transportadoras enviam directa-
mente aos serviços requisitantes, dentro dos 60 dias
As despesas de transporte devem corresponder ao seguintes ao termo do mês a que respeitem, as contas
montante efectivamente despendido, podendo o seu de transportes, em duplicado, bem como os originais
pagamento ser efectuado nas formas seguintes: das respectivas requisições.
2 — As operações relativas ao processamento, veri-
a) Através de requisição de passagens às empresas ficação, autorização e pagamento ficam sujeitas aos pra-
transportadoras, quer directamente por reem- zos legalmente estabelecidos para as restantes despesas
bolso ao funcionário ou agente; públicas, tomando-se como referência, para efeitos de
b) Atribuição de subsídio por quilómetro percor- processamento, a data da recepção das contas nos ser-
rido, calculado de forma a compensar o fun- viços processadores.
cionário ou agente da despesa realmente efec- 3 — As contas dos transportes requisitados e forne-
tuada. cidos nos dois últimos meses do ano podem ser satisfeitas
Artigo 27.o no ano imediato, por conta das correspondentes dota-
Subsídio de transporte ções do orçamento em vigor, sem dependência do cum-
primento das formalidades relativas às despesas de anos
1 — O subsídio de transporte depende da utilização anteriores.
de automóvel próprio do funcionário ou agente. Artigo 31.o
2 — Para além do subsídio referido no número ante-
rior, são fixados por despacho do Ministro das Finanças Documentação das despesas
outros subsídios da mesma natureza, designadamente 1 — As despesas efectuadas com transportes são
para percursos a pé, em velocípedes, ciclomotores, reembolsadas pelo montante despendido, mediante a
motociclos e outros. apresentação dos documentos comprovativos.
3 — O abono dos subsídios de transporte é devido 2 — As despesas efectuadas com transportes nas áreas
a partir da periferia do domicílio necessário dos fun- urbanas e suburbanas, por motivo de serviço público,
cionários ou agentes. podem ser documentadas com a apresentação de uma
4 — A revisão e alteração dos quantitativos dos sub- relação dos quantitativos despendidos em cada deslo-
sídios de transportes são efectuadas anualmente no cação, devidamente visada pelo dirigente do serviço.
diploma previsto no artigo 38.o