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1832 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.

o 96 — 24-4-1998

Artigo 12.o direito a ser reembolsado do valor da taxa de licen-


Competências
ciamento proporcional ao período compreendido entre
a data de remoção da publicidade e a de caducidade
1 — A instrução dos processos de contra-ordenação da licença.
incumbe às entidades fiscalizadoras. 6 — Nos casos referidos no número anterior não será
2 — A aplicação das coimas e sanções acessórias pre- aplicável o regime previsto nos n.os 3 e 4 do artigo 8.o
vistas no presente diploma compete ao director regional 7 — Para efeitos do n.o 4, consideram-se responsáveis
do ambiente ou ao presidente da câmara municipal da pela publicidade as pessoas a que se refere o n.o 1 do
área em que se verificar a infracção. artigo 14.o
Artigo 16.o
o
Artigo 13. Entrada em vigor
Produto das coimas
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte
O produto das coimas reverte em 60 % para o Estado ao da sua publicação.
e em 40 % para a entidade instrutora do processo de
contra-ordenação. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 8 de
Janeiro de 1998. — António Manuel de Oliveira Guter-
Artigo 14.o res — António Luciano Pacheco de Sousa Franco — Jorge
Infractores Paulo Sacadura Almeida Coelho — Jorge Paulo Sacadura
Almeida Coelho — João Cardona Gomes Cravinho —
1 — São considerados infractores, para todos os efei- José Eduardo Vera Cruz Jardim — Joaquim Augusto
tos e nomeadamente para punição como agentes das Nunes de Pina Moura — Elisa Maria da Costa Guimarães
contra-ordenações previstas neste diploma, o anun- Ferreira — José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
ciante, a agência publicitária ou outra entidade que
exerça a actividade publicitária, o titular do suporte Promulgado em 7 de Abril de 1998.
publicitário ou o respectivo concessionário, assim como
o proprietário ou possuidor do prédio onde a publi- Publique-se.
cidade tenha sido afixada ou inscrita, se tiver consentido O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
expressamente nessa afixação ou inscrição.
2 — Os infractores a que se refere o número anterior
Referendado em 16 de Abril de 1998.
são solidariamente responsáveis pelos prejuízos causa-
dos a terceiros, incluindo os emergentes da remoção, O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira
embargo, demolição ou reposição da situação anterior. Guterres.
3 — Os anunciantes eximir-se-ão da responsabilidade
prevista no número anterior caso provem não ter tido Decreto-Lei n.o 106/98
prévio conhecimento da actuação infractora.
de 24 de Abril

Artigo 15.o O regime jurídico do abono de ajudas de custo e


Regime transitório
transporte ao pessoal da Administração Pública, quando
deslocado em serviço público em território nacional,
1 — Permanecem válidas, mas não poderão ser reno- encontra-se fixado há cerca de 20 anos, no Decreto-Lei
vadas, as licenças já concedidas que violem o disposto n.o 519-M/79, de 28 de Dezembro.
no presente diploma, devendo os meios de publicidade Este regime tem-se mostrado, no essencial, adaptado
a que respeitam ser imediatamente removidos após o à realidade. Porém, justifica-se a introdução de um con-
termo do prazo de vigência da respectiva licença. junto significativo de alterações pontuais, de molde a
2 — Os titulares de quaisquer licenças relativas a adequá-lo à nova realidade económica e social, con-
meios de publicidade sitos fora dos aglomerados urbanos tribuindo, ao mesmo tempo, para dignificar os funcio-
e visíveis das estradas nacionais devem fazer prova da nários e agentes da Administração Pública, quando no
existência das mesmas junto das direcções regionais do exercício de funções públicas.
ambiente, no prazo de 30 dias a contar da entrada em A maioria das modificações que ora se efectuam é
vigor do presente diploma, mencionando o respectivo resultado das negociações efectuadas no âmbito do
local e prazo de vigência. acordo salarial para 1996 e compromissos de médio e
3 — Na falta da prova referida no número anterior, longo prazo, celebrado com as organizações dos tra-
a publicidade afixada ou inscrita presume-se ilícita. balhadores da Administração Pública, de entre as quais
4 — Se os responsáveis pela publicidade ilícita não se realçam: a inclusão, no âmbito do diploma, do pessoal
promoverem a sua remoção no prazo de 30 dias a contar contratado a termo certo; a adopção do conceito de
da entrada em vigor do presente diploma, as entidades domicílio necessário consagrado no artigo 87.o do
fiscalizadoras, após notificação prévia efectuada nos ter- Código Civil e a consagração da faculdade de os fun-
mos previstos no artigo 7.o, poderão proceder à sua cionários e agentes optarem pelo reembolso das des-
remoção, bem como ordenar o embargo ou demolição pesas de alojamento contra a apresentação de recibo
das obras inerentes à afixação ou inscrição dessa publi- da despesa efectuada em estabelecimento hoteleiro até
cidade, ou ainda ordenar a reposição da situação ante- 3 estrelas ou equivalente, desde que estes hajam cele-
rior, nos termos dos artigos 8.o a 10.o do presente brado acordo com o Estado.
diploma. Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das
5 — Em qualquer caso de remoção indevida de publi- Regiões Autónomas, as associações sindicais e a Asso-
cidade licenciada, o titular da respectiva licença terá ciação Nacional de Municípios Portugueses.
N.o 96 — 24-4-1998 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 1833

Assim: Artigo 6.o


Nos termos do n.o 5 do artigo 112.o e da alínea a) Direito ao abono
do n.o 1 do artigo 198.o da Constituição, o Governo decreta
o seguinte: Só há direito ao abono de ajudas de custo nas des-
locações diárias que se realizem para além de 5 km
CAPÍTULO I do domicílio necessário e nas deslocações por dias suces-
Disposições gerais sivos que se realizem para além de 20 km do mesmo
domicílio.
Artigo 1.o Artigo 7.o
Âmbito de aplicação pessoal Contagem de distâncias

1 — Os funcionários e agentes da administração cen- As distâncias previstas neste diploma são contadas
tral, regional e local e dos institutos públicos, nas moda- da periferia da localidade onde o funcionário ou agente
lidades de serviços públicos personalizados e de fundos tem o seu domicílio necessário e a partir do ponto mais
públicos, quando deslocados do seu domicílio necessário próximo do local de destino.
por motivo de serviço público, têm direito ao abono
de ajudas de custo e transporte, conforme as tabelas Artigo 8.o
em vigor e de acordo com o disposto no presente
diploma. Condições de atribuição
2 — Têm igualmente direito àqueles abonos os mem- 1 — O abono da ajuda de custo corresponde ao paga-
bros do Governo e dos respectivos gabinetes. mento de uma parte da importância diária que estiver
3 — O disposto no presente diploma é aplicável, com fixada ou da sua totalidade, conforme o disposto nos
as necessárias adaptações, ao pessoal contratado a termo números seguintes.
certo que exerça funções em serviços e organismos refe- 2 — Nas deslocações diárias, abonam-se as seguintes
ridos no n.o 1. percentagens da ajuda de custo diária:
Artigo 2.o
a) Se a deslocação abranger, ainda que parcial-
Domicílio necessário mente, o período compreendido entre as 13 e
Sem prejuízo do estabelecido em lei especial, con- as 14 horas — 25 %;
sidera-se domicílio necessário, para efeitos de abono b) Se a deslocação abranger, ainda que parcial-
de ajudas de custo: mente, o período compreendido entre as 20 e
as 21 horas — 25 %;
a) A localidade onde o funcionário aceitou o lugar c) Se a deslocação implicar alojamento — 50 %.
ou cargo, se aí ficar a prestar serviço;
b) A localidade onde exerce funções, se for colo- 3 — As despesas de alojamento só são consideradas
cado em localidade diversa da referida na alínea nas deslocações diárias que se não prolonguem para
anterior; o dia seguinte, quando o funcionário não dispuser de
c) A localidade onde se situa o centro da sua acti- transportes colectivos regulares que lhe permitam
vidade funcional, quando não haja local certo regressar à sua residência até às 22 horas.
para o exercício de funções. 4 — Nas deslocações por dias sucessivos abonam-se
as seguintes percentagens da ajuda de custo diário:
CAPÍTULO II a) Dia da partida:
Ajudas de custo em território nacional Percen-
Horas da partida
tagem

Artigo 3.o
Até às 13 horas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Tipos de deslocação Depois das 13 até às 21 horas . . . . . . . . . . . . . . . 75
Depois das 21 horas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
As deslocações em território nacional classificam-se
em diárias e por dias sucessivos.
b) Dia de regresso:
Artigo 4.o
Deslocações diárias Percen-
Horas de chegada
tagem

Consideram-se deslocações diárias as que se realizam


num período de vinte e quatro horas e, bem assim, as Até às 13 horas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0
que, embora ultrapassando este período, não impliquem Depois das 13 até às 20 horas . . . . . . . . . . . . . . . 25
Depois das 20 horas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
a necessidade de realização de novas despesas.

Artigo 5.o c) Restantes dias — 100 %.


Deslocações por dias sucessivos
5 — Atendendo a que as percentagens referidas nos
Consideram-se deslocações por dias sucessivos as que n.os 2 e 4 correspondem ao pagamento de uma ou duas
se efectivam num período de tempo superior a vinte refeições e alojamento, não haverá lugar aos respectivos
e quatro horas e não estejam abrangidas na parte final abonos quando a correspondente prestação seja forne-
do artigo anterior. cida em espécie.
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Artigo 9.o referidas no número anterior, proceder à atribuição dos


Reembolso da despesa com alojamento
quantitativos previstos no n.o 2 do artigo 8.o para des-
locações que ultrapassem 20 km.
1 — O pagamento da percentagem da ajuda de custo
relativa ao alojamento (50 %), quer em deslocações diá- Artigo 11.o
rias, quer por dias sucessivos, pode ser substituído, por Abonos de ajudas de custo por conta de outros serviços
opção do interessado, pelo reembolso da despesa efec-
tuada com o alojamento em estabelecimento hoteleiro As despesas com ajudas de custo abonadas a fun-
até 3 estrelas ou equivalente. cionários ou agentes que desempenhem funções noutros
2 — Caso o interessado use da faculdade prevista no serviços e no interesse destes devem onerar as dotações
número anterior, é obrigado a optar por estabelecimen- dos organismos onde os deslocados exercem a sua
tos que tenham celebrado acordo com o Estado, nos actividade.
termos a definir em despacho conjunto dos Ministros Artigo 12.o
das Finanças e da Economia e do membro do Governo
Limite do tempo de deslocação
responsável pela Administração Pública.
3 — Nas localidades em que os estabelecimentos 1 — O abono de ajudas de custo não pode ter lugar
hoteleiros não tenham celebrado acordo com o Estado, para além de 90 dias seguidos de deslocação.
o interessado pode optar pelo reembolso da despesa 2 — O limite de tempo previsto no número anterior
efectuada com o alojamento, desde que aquela não ultra- pode, em casos excepcionais e devidamente fundamen-
passe o valor médio do custo de alojamento constante tados, ser prorrogado até 90 dias, por despacho conjunto
dos acordos celebrados com o Estado no respectivo dis- do ministro da tutela, do Ministro das Finanças e do
trito e para a correspondente época. membro do Governo responsável pela Administração
4 — Para efeitos do disposto no presente artigo, o Pública.
Ministério das Finanças publicará, na 2.a série do Diário Artigo 13.o
da República, até ao final de cada ano civil, a lista dos
Faltas por falecimento de familiar e por doença
estabelecimentos hoteleiros que tenham celebrado
acordo com o Estado, bem como o valor médio do custo 1 — As faltas por falecimento de familiar não inter-
do alojamento por cada distrito e correspondentes rompem o abono de ajudas de custo até à chegada do
épocas. funcionário ou agente ao seu domicílio necessário.
5 — O disposto nos n.os 2, 3 e 4 não é aplicável à 2 — Os funcionários e agentes que adoeçam quando
administração local. deslocados do seu domicílio necessário mantêm o direito
Artigo 10.o ao abono de ajudas de custo se a doença os obrigar
Casos especiais a permanecer nesse local ou o período previsível da
doença for de tal forma curto que a manutenção do
1 — Quando o funcionário ou agente não dispuser abono de ajudas de custo não provoque prejuízos, desde
de transporte que lhe permita almoçar no seu domicílio que observado o disposto no artigo 28.o do Decreto-Lei
necessário ou nos refeitórios dos serviços sociais a que n.o 497/88, de 30 de Dezembro.
tenha direito poderá ser concedido abono para despesa
de almoço de uma importância equivalente a 25 % da Artigo 14.o
ajuda de custo diária nas deslocações até 5 km, após
apreciação pelo dirigente do serviço. Pessoal sem vínculo à função pública
2 — O dirigente do serviço poderá, em despacho pro- 1 — O montante das ajudas de custo devidas aos indi-
ferido nos termos do número seguinte, proceder à atri- víduos que, não sendo funcionários ou agentes, façam
buição dos quantitativos previstos no n.o 4 do artigo 8.o parte de conselhos, comissões, grupos de trabalho, gru-
para deslocações entre 5 km e 20 km. pos de projecto ou outras estruturas de carácter não
3 — O despacho previsto no número anterior deverá permanente de serviços do Estado, quando convocados
conter os seguintes elementos: para reuniões em que tenham de ausentar-se do local
a) A distância entre o domicílio necessário do fun- onde exercem normalmente a sua actividade, é fixado
cionário ou agente e a localidade onde se globalmente por estrutura, de entre as estabelecidas na
encontra; tabela em vigor, mediante despacho do ministro da
b) O meio de transporte utilizado na deslocação; tutela e prévio acordo do Ministro das Finanças, obtido
c) Os transportes colectivos que estabelecem liga- por intermédio da Direcção-Geral do Orçamento.
ções entre as localidades referidas na alínea a) 2 — A fixação de ajudas de custo nos termos previstos
e respectivos horários compatíveis, tendo em no número anterior deve ter em atenção as funções
conta não só os horários que permitam respeitar desempenhadas e as que estão fixadas para os funcio-
o horário normal de trabalho como outros nários ou agentes abrangidos pela tabela com cargos
aproximados; de conteúdo funcional equiparável.
d) A distância aproximada entre o domicílio neces-
sário do funcionário ou agente e o local mais CAPÍTULO III
próximo onde os transportes referidos na alí-
nea c) podem ser tomados; Ajudas de custo por deslocações ao estrangeiro
e) Os meios de transporte utilizados nos percursos e no estrangeiro
referidos na alínea anterior;
f) O tempo gasto nas deslocações referidas nas Artigo 15.o
alíneas c) e d) em circunstâncias normais; Deslocações ao estrangeiro e no estrangeiro
g) O incómodo da deslocação.
O abono de ajudas de custo por deslocações ao estran-
4 — O dirigente do serviço poderá ainda, em des- geiro e por deslocações no estrangeiro é regulado por
pacho fundamentado e tendo em conta as circunstâncias diploma próprio.
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CAPÍTULO IV Artigo 21.o


Transporte em território nacional Uso de automóvel de aluguer
e nas deslocações ao estrangeiro O transporte em automóvel de aluguer só deve veri-
ficar-se nos casos em que a sua utilização seja consi-
Artigo 16.o derada absolutamente indispensável ao interesse dos
serviços e mediante prévia autorização.
Direito a transporte

Para além do pessoal a que se referem os n.os 1 e Artigo 22.o


2 do artigo 1.o, pode ser reconhecido o direito a trans- Casos especiais
porte às pessoas que constituem o seu agregado familiar,
nas condições previstas na lei. 1 — Em casos especiais, e quando não for possível
ou conveniente utilizar os transportes colectivos, pode
ser autorizado o reembolso das despesas de transporte
Artigo 17.o
efectivamente realizadas ou o abono do correspondente
Transportes de móveis e bagagem subsídio, se for caso disso, mediante pedido devidamente
fundamentado a apresentar no prazo de 10 dias após
Às pessoas com direito a transporte é assegurado a realização da diligência.
ainda o pagamento das despesas de embalagem, seguro 2 — Para efeitos do pagamento dos quantitativos
e transporte de móveis e bagagem, nas condições pre- autorizados, os interessados apresentam nos serviços os
vistas na lei. documentos comprovativos das despesas de transporte
Artigo 18.o ou os boletins itinerários devidamente preenchidos.
Meios de transporte
Artigo 23.o
1 — O Estado deve, como procedimento geral, facul- Entidades competentes para a autorização
tar ao seu pessoal os veículos de serviços gerais neces-
sários às deslocações em serviço. As autorizações referidas nos artigos 20.o, 21.o e 22.o
2 — Na falta ou impossibilidade de recurso aos meios são da competência do respectivo director-geral ou fun-
referidos no número anterior, devem utilizar-se prefe- cionário de categoria equivalente ou superior e dos diri-
rencialmente os transportes colectivos de serviço gentes dos serviços externos que tenham ordenado a
público, permitindo-se, em casos especiais, o uso do diligência, podendo as mesmas ser subdelegadas em
automóvel próprio do funcionário ou agente ou o outros dirigentes dos serviços.
recurso ao automóvel de aluguer, sem prejuízo da uti-
lização de outro meio de transporte que se mostre mais Artigo 24.o
conveniente desde que em relação a ele esteja fixado Uso do avião
o respectivo abono.
A utilização de avião no continente tem sempre carác-
Artigo 19.o ter excepcional, dependendo de autorização do membro
Veículos de serviços gerais do Governo competente.
Na atribuição do contingente de veículos de serviços Artigo 25.o
gerais aos diferentes serviços observar-se-á o disposto
no Decreto-Lei n.o 50/78, de 26 de Março. Classes nos transportes

1 — O abono de transporte ao pessoal abrangido por


Artigo 20. o este diploma é atribuído nas classes indicadas nos núme-
ros seguintes.
Uso de automóvel próprio 2 — Por caminho de ferro:
1 — A título excepcional, e em casos de comprovado 1.a classe (em qualquer tipo de comboio):
interesse dos serviços nos termos dos números seguintes, a) Membros do Governo, chefes e adjuntos
pode ser autorizado, com o acordo do funcionário ou dos respectivos gabinetes;
agente, o uso de veículo próprio nas deslocações em b) Pessoal que receba remuneração igual ou
serviço em território nacional. superior à correspondente ao índice 405
2 — O uso de viatura própria só é permitido quando, da escala salarial do regime geral;
esgotadas as possibilidades de utilização económica das c) Pessoal remunerado por gratificação, desde
viaturas afectas ao serviço, o atraso no transporte impli- que possuidor de categoria ou exercendo
que grave inconveniente para o serviço. funções equiparáveis às exercidas pelo pes-
3 — Na autorização individual para o uso de auto- soal abrangido pela alínea anterior;
móvel próprio deve ter-se em consideração, para além d) Funcionários que acompanhem os mem-
do disposto no número anterior, o interesse do serviço bros do Governo;
numa perspectiva económico-funcional mais rentável.
4 — A pedido do interessado e por sua conveniência, 2.a classe — restante pessoal.
pode ser autorizado o uso de veículo próprio em des-
locações de serviço para localidades servidas por trans- 3 — Por via aérea:
porte público que o funcionário ou agente devesse, em
princípio, utilizar, abonando-se, neste caso, apenas o 1.a classe (ou equivalente):
montante correspondente ao custo das passagens no a) Membros do Governo, chefes e adjuntos
transporte colectivo. dos respectivos gabinetes;
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b) Chefes de missão diplomática nas viagens 2 — Nos casos em que a actividade implique deslo-
que tenham por ponto de partida ou de cações frequentes dentro das áreas urbanas e subur-
chegada o local do respectivo posto; banas, pode ser atribuído um subsídio mensal de mon-
c) Directores-gerais ou equiparados; tante igual ao preço dos passes sociais dos transportes
d) Funcionários que acompanhem os mem- colectivos.
bros dos órgãos de soberania; Artigo 29.o
Requisição de transportes
Classe turística ou económica — restante pessoal.
1 — As deslocações em transportes colectivos de ser-
4 — Por via marítima, a determinação da classe é sem- viço público que ultrapassem as áreas urbanas e subur-
pre efectuada por despacho ministerial, mediante pro- banas devem efectuar-se através de requisição oficial
posta fundamentada do respectivo serviço. dos respectivos títulos às empresas transportadoras, nos
5 — Os cônjuges ou familiares dos funcionários ou termos do Decreto n.o 8023, de 4 de Fevereiro de 1922.
agentes têm direito a viajar na mesma classe destes, 2 — Em casos devidamente comprovados de incon-
sempre que legalmente lhes seja atribuído o abono de veniência para o serviço ou de impossibilidade de
transporte. recurso à requisição prevista no número anterior, pode
6 — Na ocorrência de circunstâncias de natureza o dirigente dos serviços autorizar o reembolso da des-
excepcional, pode ser autorizada a utilização da classe pesa efectivamente realizada, sem dependência do refe-
superior à que normalmente seria utilizada, por des- rido documento.
pacho ministerial, sob proposta devidamente funda- 3 — Nos transportes a realizar nas áreas urbanas e
mentada. suburbanas das cidades de Lisboa e Porto, é dispensada
7 — Nas missões de serviço público, todos os fun- a requisição das respectivas passagens.
cionários ou agentes viajam de acordo com a classe cor- 4 — A dispensa referida no número anterior pode
respondente à categoria mais elevada. ser alargada a outras cidades em que se verifiquem idên-
8 — Compete ao Ministro das Finanças e ao membro ticas condições, mediante despacho do Ministro das
do Governo responsável pela Administração Pública Finanças, sob proposta da Direcção-Geral do Orça-
determinar, por despacho conjunto, a classe a atribuir mento.
ao pessoal não previsto neste artigo. Artigo 30.o
Remessa e processamento das contas de transportes
Artigo 26.o
Âmbito das despesas de transporte e modos de pagamento
1 — As empresas transportadoras enviam directa-
mente aos serviços requisitantes, dentro dos 60 dias
As despesas de transporte devem corresponder ao seguintes ao termo do mês a que respeitem, as contas
montante efectivamente despendido, podendo o seu de transportes, em duplicado, bem como os originais
pagamento ser efectuado nas formas seguintes: das respectivas requisições.
2 — As operações relativas ao processamento, veri-
a) Através de requisição de passagens às empresas ficação, autorização e pagamento ficam sujeitas aos pra-
transportadoras, quer directamente por reem- zos legalmente estabelecidos para as restantes despesas
bolso ao funcionário ou agente; públicas, tomando-se como referência, para efeitos de
b) Atribuição de subsídio por quilómetro percor- processamento, a data da recepção das contas nos ser-
rido, calculado de forma a compensar o fun- viços processadores.
cionário ou agente da despesa realmente efec- 3 — As contas dos transportes requisitados e forne-
tuada. cidos nos dois últimos meses do ano podem ser satisfeitas
Artigo 27.o no ano imediato, por conta das correspondentes dota-
Subsídio de transporte ções do orçamento em vigor, sem dependência do cum-
primento das formalidades relativas às despesas de anos
1 — O subsídio de transporte depende da utilização anteriores.
de automóvel próprio do funcionário ou agente. Artigo 31.o
2 — Para além do subsídio referido no número ante-
rior, são fixados por despacho do Ministro das Finanças Documentação das despesas
outros subsídios da mesma natureza, designadamente 1 — As despesas efectuadas com transportes são
para percursos a pé, em velocípedes, ciclomotores, reembolsadas pelo montante despendido, mediante a
motociclos e outros. apresentação dos documentos comprovativos.
3 — O abono dos subsídios de transporte é devido 2 — As despesas efectuadas com transportes nas áreas
a partir da periferia do domicílio necessário dos fun- urbanas e suburbanas, por motivo de serviço público,
cionários ou agentes. podem ser documentadas com a apresentação de uma
4 — A revisão e alteração dos quantitativos dos sub- relação dos quantitativos despendidos em cada deslo-
sídios de transportes são efectuadas anualmente no cação, devidamente visada pelo dirigente do serviço.
diploma previsto no artigo 38.o

Artigo 28.o CAPÍTULO V


Uso de transportes públicos nas áreas urbanas e suburbanas Disposições finais e transitórias
1 — Quando, por motivo de serviço público, o fun- Artigo 32.o
cionário ou agente tiver de se deslocar nas áreas urbanas Administração local
e suburbanas da localidade onde exerce funções, pode
utilizar os transportes públicos existentes, com a res- As competências que nos artigos 10.o, 12.o, n.o 2, 14.o,
trição prevista no artigo 21.o n. 1, 20.o, 21.o, 22.o, 24.o, 25.o, n.os 4, 6 e 8, 33.o, n.o 2,
o
N.o 96 — 24-4-1998 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 1837

e 36.o, n.o 2, são cometidas a membros do Governo Artigo 39.o


ou a dirigentes dos serviços, no âmbito da administração Responsabilidade
local, são exercidas pelos seguintes órgãos ou entidades:
1 — Os funcionários ou agentes que recebam inde-
a) Nas câmaras municipais, pelo presidente;
vidamente quaisquer abonos de ajudas de custo e sub-
b) Nos serviços municipalizados, pelo conselho de
sídio de transporte ficam obrigados à sua reposição,
administração;
independentemente da responsabilidade disciplinar que
c) Nas juntas de freguesia, pela junta de freguesia;
ao caso couber.
d) Nas assembleias distritais, pela assembleia dis-
2 — Ficam solidariamente responsáveis pela restitui-
trital.
ção das quantias indevidamente abonadas os dirigentes
Artigo 33.o do serviço que autorizem o abono de ajudas de custo
e transportes nos casos em que não haja justificação
Casos excepcionais de representação
para tal.
1 — Em casos excepcionais de representação, os Artigo 40.o
encargos com o alojamento e alimentação inerentes a
deslocações em serviço público podem ser satisfeitos Revogação
contra documento comprovativo das despesas efectua- São revogados os Decretos-Leis n.os 616/74, de 14
das, não havendo nesse caso lugar ao abono de ajudas de Novembro, 519-M/79, de 28 de Dezembro, e 248/94,
de custo. de 7 de Outubro.
2 — O pagamento destas despesas deve ser objecto
de proposta fundamentada e depende de despacho do Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 5
membro do Governo competente e do Ministro das de Fevereiro de 1998. — António Manuel de Oliveira
Finanças. Guterres — José Veiga Simão — António Luciano
Pacheco de Sousa Franco — Jorge Paulo Sacadura
Artigo 34.o Almeida Coelho — Jorge Paulo Sacadura Almeida Coe-
Deslocações em conjunto lho — João Cardona Gomes Cravinho — José Eduardo
Vera Cruz Jardim — Joaquim Augusto Nunes de Pina
Ao pessoal envolvido em missões que impliquem des- Moura — Fernando Manuel Van-Zeller Gomes da
locações conjuntas em território nacional são abonadas Silva — Eduardo Carrega Marçal Grilo — Maria de
ajudas de custo pelo escalão correspondente ao da cate- Belém Roseira Martins Coelho Henriques de
goria mais elevada. Pina — Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues — Elisa
Artigo 35.o Maria da Costa Guimarães Ferreira — Manuel Maria Fer-
reira Carrilho — José Mariano Rebelo Pires Gago — José
Abono das ajudas de custo Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
As ajudas de custo devem ser abonadas no prazo
Promulgado em 9 de Abril de 1998.
máximo de 30 dias a contar da data da apresentação
pelo interessado dos documentos respeitantes à deslo- Publique-se.
cação efectuada.
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
Artigo 36.o
Referendado em 16 de Abril de 1998.
Abonos adiantados
O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira
1 — Os funcionários e agentes que se desloquem em Guterres.
serviço público têm direito ao abono adiantado das res-
pectivas ajudas de custo e transporte.
2 — Os dirigentes dos serviços podem autorizar o
abono adiantado de ajudas de custo e transportes até
30 dias, sucessivamente renováveis, devendo os interes- MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS
sados prestar contas da importância avançada no prazo
de 10 dias após o regresso ao domicílio necessário, sem
o que não lhes podem ser disponibilizados outros abonos Aviso n.o 84/98
desta natureza. Por ordem superior se torna público que no dia 22
Artigo 37. o de Agosto de 1997 foi concluída em Liubliana uma alte-
ração ao Acordo entre a República Portuguesa e a Repú-
Subsídio de refeição blica Socialista Federativa da Jugoslávia Relativo à Coo-
peração no Domínio dos Transportes Marítimos, assi-
O quantitativo correspondente ao abono diário do
nado em Belgrado em 28 de Junho de 1979, no que
subsídio de refeição é deduzido nas ajudas de custo,
respeita à República da Eslovénia, na qualidade de um
quando as despesas sujeitas a compensação incluírem
dos Estados sucessores daquela República Socialista,
o custo do almoço.
por troca de notas, sendo os respectivos textos e a sua
Artigo 38.o tradução em português do seguinte teor:
Forma legal para fixação de ajudas de custo e subsídio de transporte
Ljubljana, 23 July 1997.
Os montantes das ajudas de custo e subsídio de trans- Minister:
porte previstos neste diploma constam do diploma legal
que fixar anualmente as remunerações dos funcionários I have the honour to submit to the consideration of
e agentes da Administração Pública. your Excellency the proposal of the Portuguese Gov-

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