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Novembro de 2005
ii
AGRADECIMENTOS
Um agradecimento muito especial à minha esposa Cristina e à minha filha Sofia, por todo o
amor, suporte e encorajamento na realização do presente trabalho, bem como pelas inúmeras
horas roubadas ao seu convívio.
Aos meus pais e irmãs, pelo constante encorajamento proporcionado durante a realização
deste trabalho.
Não posso também deixar de endereçar o meu expresso agradecimento, às duas instituições
que procuram a excelência e que possibilitaram a realização deste trabalho – o Instituto
Superior de Estatística e Gestão de Informação e a Volkswagen – Autoeuropa.
Ao meu colega de mestrado Rui Oliveira, pela partilha de ideias e apoio proporcionado
durante a realização da presente dissertação.
Por fim, a todos os meus colegas do ISEGI e da VW-Autoeuropa, que de uma forma outra,
comentaram, sugeriram ou apenas criticaram partes preliminares deste trabalho.
Obrigado a todos
iii
MODELO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO
TÉCNICA BASEADO NUMA PLATAFORMA SIG
RESUMO
iv
TECHNICAL INFORMATION SYSTEM MODEL
BASED IN A GIS PLATFORM
ABSTRACT
The present work intends to develop a conceptual model of a Technical Information System
based in a GIS platform, applied to the Industry, more specifically to the electrical network
of a plant, presenting at the same time the methodology to follow in the integration of the
model in an organisation, and the advantages that a tool like this, will be able to provide.
The conceptual model of the Technical Information System will start with a specification in
UML language, having itself identified in this process, two subsystems in its constitution,
that later will be transposed for a GIS platform and a DBMS platform, having itself appealed
for the effect, to the Entity-Relationship Model (ER Model) of [CHEN, 1976] and to the
rules of transposition of [BENNET et al., 1999].
Concluded the model transposition for a GIS and a DBMS platform, simulations of its
applicability had been becomes fulfilled to a great organisation, more concretely to the VW-
Autoeuropa Company, witch was selected for the case study. The simulations had
contemplated the three types of analysis supported by the Technical Information System,
nominated, analysis of equipment localisation problems, analysis of problems with
information integration, provided by other’s Information Systems, like the SAP and the
Energy Management System, and finally, analysis of complex problems with geoprocessing
operations, where in this case the Technical Information System can be faced like a Decision
Support System.
The constructed model leaves to foresee that the possibility of expansion to other types of
infrastructures, nominated to the water networks, sanitation networks, gas networks and data
networks (analogue or digital).
The type of boarding that was made during the present dissertation, through the inclusion of
some types of models, becomes this dissertation in a species of Guideline to use in the
integration process of a GIS or other Information Systems in organisations.
v
PALAVRAS-CHAVE
Base de Dados
Indústria Automóvel
Linguagem de Modelação UML
Rede Eléctrica
Sistemas de Informação
Sistemas de Informação Geográfica
Sistema de Informação Técnica
KEYWORDS
Data Bases
Industry Automobile
Unified Modelling Language
Electrical Network
Information Systems
Geographic Information Systems
Technical Information Systems
vi
ABREVIATURAS
BD – Base de Dados
BT – Baixa Tensão
CAD – Computer Aided Design
CASE – Computer Aided Software Engineering
DDL – Data Definition Language
DEA – Diagrama Entidade – Associação
DML – Data Manipulation Language
EAR – Entidade – Atributo – Relação
EDP – Electricidade de Portugal
ESRI – Environmental Systems Research Institute
FK – Foreign Key
FP – Factor de Potência
ISEGI – Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
MS-Access – Microsoft Access
ODBC – Open Database Connectivity
OMG – Object Management Group
OML – Object Modelling Language
OOSE – Object Oriented Software Engineering
PK – Primary Key
PT – Posto de Transformação
SAP – Software Application Product
SGBD – Sistema de Gestão de Bases de Dados
SGBDR - Sistema de Gestão de Bases de Dados Relacional
SGE – Sistema de Gestão de Energia
SI – Sistema de Informação
SIG – Sistema de Informação Geográfica
SIT – Sistema de Informação Técnica
SQL – Structured Query Language
TCP / IP – Transmission Control Protocol / Internet Protocol
UML – Unified Modelling Language
VW-AE - Volkswagen Autoeuropa
XML – Extensible Mark-up Language
vii
ÍNDICE DO TEXTO
AGRADECIMENTOS.................................................................................................... III
RESUMO ........................................................................................................................ IV
ABSTRACT ......................................................................................................................V
PALAVRAS-CHAVE ..................................................................................................... VI
KEYWORDS .................................................................................................................. VI
ABREVIATURAS .........................................................................................................VII
ÍNDICE DE FIGURAS..................................................................................................XII
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................1
1.1. ENQUADRAMENTO .............................................................................................................1
1.2. OBJECTIVOS .......................................................................................................................3
1.3. METODOLOGIA...................................................................................................................4
1.4. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO .............................................................................................4
2. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ............................................................................7
2.1 DEFINIÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ..........................................................................7
2.2 EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ........................................................................7
2.3 FASES E ACTIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO .................8
2.4 BASES DE DADOS E SISTEMAS DE GESTÃO DE BASES DE DADOS ...........................................9
2.4.1 Tipos de Bases de Dados .......................................................................................... 10
2.4.1.1 Modelo Hierárquico ........................................................................................................ 10
2.4.1.2 Modelo em Rede ............................................................................................................ 10
2.4.1.3 Modelo Relacional .......................................................................................................... 10
2.4.1.4 Modelo Orientado ao Objecto / Modelos Relacionais Estendidos............................... 12
2.4.2 Desenho de Bases de Dados ..................................................................................... 13
2.4.2.1 Modelo Entidade - Atributo - Relação (EAR) ................................................................ 13
2.4.2.2 Normalização .................................................................................................................. 16
2.5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA.......................................................................... 17
2.5.1 A Plataforma SIG ArcGis Desktop / ArcView 8.x ...................................................... 19
2.5.2 Operações de Geoprocessamento e Análise Espacial ................................................ 20
2.5.3 Modelo de Dados Espaciais...................................................................................... 21
2.5.4 Fases de Desenvolvimento de um Projecto SIG......................................................... 22
2.5.5 Os SIG nas Organizações......................................................................................... 23
3. LINGUAGEM DE MODELAÇÃO UMLTM.........................................................24
3.1 DEFINIÇÃO DA UML - UNIFIED MODELLING LANGUAGE .................................................... 24
3.2 HISTÓRIA ......................................................................................................................... 25
3.3 DIAGRAMAS DE USE CASES .............................................................................................. 26
3.4 DIAGRAMAS DE CLASSES .................................................................................................. 27
3.5 DIAGRAMAS DE SEQUÊNCIA E COLABORAÇÃO ................................................................... 27
3.6 DIAGRAMAS DE ESTADOS ................................................................................................. 28
3.7 TIPOS DE RELAÇÕES ......................................................................................................... 29
viii
3.8 DESENHO DO SISTEMA ...................................................................................................... 29
3.9 DIAGRAMAS FÍSICOS ........................................................................................................ 30
3.9.1 Diagramas de Componentes ..................................................................................... 30
3.9.2 Diagrama da Instalação (Deployment) ..................................................................... 31
3.10 ARQUITECTURA DE MODELAÇÃO ...................................................................................... 31
3.11 FERRAMENTAS DE MODELAÇÃO EM UML ......................................................................... 33
4. ESTUDO DE CASO – VW – AUTOEUROPA.....................................................34
4.1 EXEMPLOS DE CASOS SEMELHANTES ................................................................................. 34
4.2 BREVE APRESENTAÇÃO DA EMPRESA VW-AUTOEUROPA ................................................... 36
4.3 DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO A IMPLEMENTAR................................ 39
4.4 MODELO DE NEGÓCIO ...................................................................................................... 40
4.5 MODELO DE DOMÍNIO....................................................................................................... 40
4.5.1 Subsistema SIG ........................................................................................................ 41
4.5.2 Subsistema «SGBD para Gestão de Equipamentos».................................................. 41
4.6 MODELO DE USE CASES.................................................................................................... 42
4.6.1 Subsistema SIG ........................................................................................................ 42
4.6.2 Subsistema «SGBD para Gestão de Equipamentos».................................................. 45
4.7 DIAGRAMAS DE SEQUÊNCIA .............................................................................................. 47
4.8 MODELO DE DESENHO ...................................................................................................... 53
4.8.1 Diagramas de Classes do Subsistema «SGBD para Gestão de Equipamentos» .......... 53
4.8.2 Diagrama de Classes do Subsistema SIG.................................................................. 56
4.9 MODELO DE IMPLEMENTAÇÃO .......................................................................................... 57
4.10 MODELO DE INSTALAÇÃO ................................................................................................. 58
4.11 INTEGRAÇÃO DO SIT NA VW-AUTOEUROPA...................................................................... 60
5. TRANSPOSIÇÃO DO MODELO PARA AS PLATAFORMAS SIG E SGBD ..66
5.1 REGRAS DE TRANSPOSIÇÃO .............................................................................................. 66
5.2 FONTES DE INFORMAÇÃO .................................................................................................. 68
5.3 CARACTERIZAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO ................................................... 70
5.4 MODELO DE DADOS.......................................................................................................... 73
5.4.1 Subsistema SIG ........................................................................................................ 73
5.4.2 Subsistema «SGBD para Gestão de Equipamentos».................................................. 74
5.5 INTERFACES SIG .............................................................................................................. 77
5.5.1 Interface entre os subsistemas SIG e «SGBD para Gestão de Equipamentos»............ 77
5.5.2 Interface entre os subsistemas SGBD e a Rede de Analisadores de Energia............... 78
5.5.3 Interface entre o SIT e os Sistemas SAP E SGE ......................................................... 79
6. ANÁLISE E SIMULAÇÃO DE PROBLEMAS ESPACIAIS COM RECURSO
AO MODELO..................................................................................................................80
6.1 SIMULAÇÃO DE PROBLEMAS COM OPERAÇÕES DE LOCALIZAÇÃO ...................................... 81
6.2. SIMULAÇÃO DO SIT COMO TECNOLOGIA INTEGRADORA .................................................... 84
6.3 SIMULAÇÃO DO SIT COMO SISTEMA DE APOIO À DECISÃO ............................................... 86
7. IMPLEMENTAÇÃO E EXPANSÃO DO MODELO..........................................89
7.1 IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO .......................................................................................... 89
7.2 EXPANSÃO DO MODELO.................................................................................................... 91
8. CONCLUSÕES .....................................................................................................93
8.1 RESUMO ........................................................................................................................... 93
8.2 VANTAGENS DO MODELO ................................................................................................. 95
8.3 LIMITAÇÕES DO MODELO E DA DISSERTAÇÃO ................................................................... 96
8.4 TRABALHOS FUTUROS ...................................................................................................... 98
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................99
ix
ANEXOS ........................................................................................................................103
x
ÍNDICE DE TABELAS
xi
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 4.17 – Exemplo de um SIT baseado numa plataforma SIG, instalado na EDP .........34
Figura 4.20 - VW- Sharan, Seat Alhambra e Ford Galaxy, os três produtos da fábrica de
Palmela ......................................................................................................................37
Figura 4.21 – VW Golf Cabrio, o futuro veículo a produzir pela VW-Autoeuropa a partir de
Outubro de 2005 ........................................................................................................38
xii
Figura 4.24 – Modelo de Use Cases para o subsistema SIG ...............................................43
xiii
Figura 5. 45 – Modelo EAR do subsistema «SGBD para gestão de equipamentos», com
derivação total de tabelas............................................................................................76
Figura 6. 52 – Fluxograma das operações que ilustram o SIT como um sistema de apoio à
decisão .......................................................................................................................86
Figura A2. 57 – Modelo EAR do subsistema «SGBD para gestão de equipamentos», com
derivação total de tabelas..........................................................................................112
xiv
1. INTRODUÇÃO
1.1. Enquadramento
1
O desenvolvimento do modelo, será efectuado através da linguagem UML, por ser uma
linguagem standard com ampla utilização na especificação, visualização e documentação de
sistemas de software. De facto, a UML é uma linguagem diagramática, independente do
domínio de aplicação, podendo por isso ser usado em diferentes tipos de projectos.
Esta linguagem tem ainda a particularidade, de facilitar a comunicação entre aqueles que têm
de lidar com os SI: actuais e potenciais utilizadores que definem as suas necessidades,
gestores que avaliam se os sistemas informáticos satisfazem essas necessidades e
informáticos que desenvolvem as funcionalidades pretendidas.
A utilização de UML, - Unified Modelling Language, abre perspectivas para responder ao
desafio de desenvolvimento de novos sistemas de informação geográfica, cada vez mais
complexos, robustos, fiáveis, flexíveis e ajustados às necessidades dos utilizadores.
Por se tratar de um trabalho académico com grandes limitações financeiras, não se fará a
implementação prática do modelo construído, uma vez que isso implicaria aquisição de
software (Plataformas SIG e SGBD) pela empresa que adoptasse o modelo. Contudo, uma
vez que o modelo será construído e documentado através de uma linguagem standard, a
UML, farei uma simulação da sua aplicação a uma empresa, mais especificamente à VW-
Autoeuropa, através da análise de problemas espaciais com recurso à plataforma SIG –
Arcgis Desktop / ArcView 8.x da Esri.
2
1.2. Objectivos
3
1.3. Metodologia
A dissertação será desenvolvida como se de facto tivesse havido uma encomenda efectiva
por parte de uma determinada empresa, no sentido de vir a ser adquirido e implementado um
Sistema de Informação Geográfica para gestão de equipamentos associados à rede eléctrica
de uma grande fábrica. Em virtude do tipo de aplicação a dar ao SIG, será denominado, no
presente trabalho de Sistema de Informação Técnica (SIT).
O desenvolvimento dos capítulos teóricos, será feito através de revisões bibliográficas e
pesquisas na Internet, abordando conceitos como Sistemas de Informação, Bases de Dados,
Sistemas de Gestão de Bases de Dados, Sistemas de Informação Geográfica e linguagem
UML. A partir deste capítulo, a dissertação avançará para a construção do modelo do
Sistema de Informação Técnica que se pretende desenvolver.
A simulação do funcionamento do modelo será feita através de problemas de análise
espacial, aplicados à empresa VW-Autoeuropa, que constitui o caso de estudo da presente
tese de dissertação.
No final serão apresentadas conclusões que permitam compreender o funcionamento,
aplicabilidade e vantagens do modelo de Sistema de Informação Técnica criado.
Nesta fase será feita uma breve descrição deste tipo de sistemas, sem deixar de fazer
referência aos diversos tipos de operações que eventualmente venham a utilizar-se no
sistema de informação a desenvolver, como por exemplo:
• Eventuais operações de edição e geoprocessamento
• Eventuais operações de análise espacial e sobreposição
4
O terceiro capítulo será dedicado à UML, falando um pouco da sua História e apresentado os
diversos tipos de diagramas disponibilizados por esta linguagem. Este capítulo fará ainda
referência à ferramenta de modelação UML a utilizar, o VISIO 2002 da Microsoft.
O estudo de caso será apresentado no capítulo 4, e aplicado à empresa VW-Autoeuropa,
diga-se de passagem, empresa da qual sou funcionário. Este capítulo iniciar-se-á com uma
breve apresentação da empresa, falando um pouco dos seus produtos, objectivo e
localização. Convém no entanto referir, que em virtude de se estar a entrar no domínio de um
mercado altamente competitivo (automóvel), só poderei trabalhar e divulgar a informação
considerada não classificada pela empresa, isto é, a considerada não confidencial. A seguir
será feita uma descrição sumária do SI a desenvolver, evoluindo progressivamente para cada
um dos modelos em UML do sistema, desde o modelo de negócios até ao modelo de
instalação.
Em virtude do SI a desenvolver se destinar à integração numa possível organização (por e.g.
na VW-Autoeuropa), no final deste capítulo será ainda dada ênfase às possíveis razões e
motivações para a integração de um sistema como o SIT em organizações, sugerindo-se
também a metodologia mais aconselhada para a integração deste sistema na VW-
Autoeuropa.
O capítulo 5 será uma continuação do capítulo anterior (IV) e será dedicado à transposição
dos diversos modelos criados com a linguagem UML para uma plataforma SIG e para um
SGBD. Este capítulo abordará ainda as questões do modelo de dados a utilizar (vectorial ou
matricial), das fontes, documentação e caracterização da informação. No final do capítulo
serão apresentados os modelos de dados para os subsistemas SIG e SGBD, e as interfaces
necessárias ao SIT
No sexto capítulo, far-se-á uma simulação da aplicação do modelo criado à empresa VW-
Autoeuropa, apresentando-se por isso neste capítulo, a análise de diversos problemas
espaciais aplicados à empresa referida, através do recurso ao modelo de Sistema de
Informação Técnica desenvolvido.
Como já tive a oportunidade de frisar, dado o caris académico e as grandes limitações
financeiras do presente trabalho, o Sistema de Informação Técnica não será de facto
implementado na prática, em virtude de tal situação exigir a aquisição de software
(Plataforma SIG e SGBD) e também a utilização de vários desenhos (para a criação de
temas), cuja divulgação não me foi autorizada pela VW-Autoeuropa, em virtude de serem
5
considerados informação confidencial. Contudo, como o modelo foi criado em UML, é
possível fazer análises de problemas espaciais, utilizando para o efeito a plataforma SIG
fornecida pelo ISEGI (Arcgis DeskTop / ArcView 8.x) e um SGBD como o Ms-Access ou
SQL.
6
2. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
2.1 Definição de Sistemas de Informação
Não existe uma definição formal e consensual para Sistema de Informação. Aliás, diga-se de
passagem, que a definição de Sistemas de informação foi sofrendo modificações com a sua
própria evolução.
No presente trabalho, adoptarei uma definição actual, adaptada de [ALTER, 1996], definindo
Sistema de Informação como sendo um conjunto integrado de recursos (humanos e
tecnológicos) cujo objectivo é satisfazer adequadamente as necessidades de informação de
uma organização e os respectivos processos de negócio. Nesta definição o conceito
“processo negócio” pretende representar uma sequência de actividades, que processam
vários inputs (entradas), produzem vários outputs (saídas) e que possuem objectivos. Pode
ser realizado por pessoas e/ou de forma automática.
A aquisição e tratamento de informação geográfica é um exemplo de um processo de
negócio. Um SIG é um exemplo de um Sistema de Informação.
Os Sistemas de Informação não são uma evolução recente, existem desde o aparecimento das
primeiras organizações. De facto, mesmo as organizações mais simples têm necessidade de
recolha e processamento de algum tipo de informação, gerando de alguma forma Output’s
com vista aos seus objectivos e processos de negócio. De qualquer forma, os Sistemas de
Informação acompanharam a evolução tecnológica, evoluindo para sistemas cada vez mais
complexos tendo por isso a própria definição de Sistemas de informação progredido em
paralelo com esta evolução. De facto as primeiras abordagens de Sistema de Informação
davam uma maior relevância à máquina, por exemplo [BURCH, 1989], definia Sistema de
Informação como sendo simplesmente um conjunto de Inputs que através de tecnologia
envolvendo determinados controlos e bases de dados gerava Outputs.
Com a evolução, a abordagem aos sistemas de informação passou a dar mais relevância às
pessoas, processos de negócio e organizações.
7
2.3 Fases e Actividades de Desenvolvimento de um
Sistema de Informação
Análise, descreve o que o sistema deve fazer, com rigor, mas sem restrições quanto à
natureza técnica da solução que venha a ser adoptada.
8
O gráfico seguinte, Adaptado de [BOOCH et al, 1999], ilustra as fases e actividades
associadas ao processo de modelação unificado.
Qualquer SIG integra uma ou mais bases de dados, daí que, os fabricantes deste tipo
software atribuam a uma grande importância ao desenvolvimento das bases dados, estando
constantemente a enfatizar a capacidade de adicionar valor à informação detida pelas
organizações. Na realidade, as organizações ao investirem em SIG, pretendem ficar aptas a
estabelecer ligação entre conjuntos de dados outrora dispares, extrair informação estratégica
a partir de dados operacionais; conseguir ganhos de eficiência e cortes nos custos; localizar
instalações e planear redes de modo eficiente; e ainda, identificar clientes efectivos.
Actualmente, é bastante comum o software SIG, incorporar bases de dados convencionais.
Por exemplo, no sistema ARC/ Info a sigla «info» refere-se a uma primitiva base de dados
utilizada para armazenar dados alfanuméricos, também o «Geomedia» não só utiliza uma
base de dados em MS-Access para armazenar dados espaciais como permite ainda a
manipulação directa de dados a partir do Oracle.
9
Como já foi referido o software SIG que irei utilizar no desenvolvimento do trabalho, será o
«Arcgis Desktop / Arcview 8.2» que possui excelentes capacidades de manipulação de
dados, integrando também um sistema de gestão de dados georeferenciados.
Em função do modelo de dados utilizado, existem quatro tipos distintos de bases de dados:
A maioria do software SIG utiliza bases de dados relacionais para armazenamento dos dados
alfanuméricos.
Este modelo continua a ser a abordagem dominante no mundo das bases de dados, de facto,
grande parte dos actuais sistemas de gestão de bases de dados, entre os quais se podem
destacar, o Oracle, o Ms SQL Server da Microsoft, o DB2 da IBM, o Informix da Sybase,
utilizam este modelo de dados.
10
O criador deste modelo, foi Edgar Codd, cientista da IBM, que em 1970 publicou um artigo
em que descreve o modelo relacional, explicando como na sua opinião as bases de dados
deveriam ser desenhadas, fundamentando-se na teoria matemática dos Conjuntos e na lógica
de predicados. Os actuais SGBDR são tentativas de implementação prática da visão teórica
de [CODD, 1970].
O modelo relacional tal como foi enunciado por [CODD, 1970] possui três elementos
essenciais:
• Elemento estrutural que descreve a forma como a informação deve ser armazenada;
11
No modelo relacional, tal como definido por [CODD, 1970], o elemento manipulação
consiste num conjunto de operadores conhecidos por álgebra relacional. Os actuais SGBD’s,
apesar de não utilizarem directamente a álgebra relacional, possuem um conjunto de
instruções baseado na álgebra relacional.
É o caso da SQL ( Structured Query Language). A SQL emergiu como a mais popular destas
interfaces a ponto de se ter tornado a língua franca no mundo das bases de dados relacionais,
possuindo instruções que implementam a maior parte dos requisitos estruturais, de
manipulação e de integridade do modelo relacional. A SQL é utilizada em muitos
«packages» de software SIG e em várias plataformas.
A SQL é simultaneamente uma linguagem de definição de dados (DDL) e uma linguagem de
manipulação de dados (DML). Assim esta linguagem disponibiliza comandos dedicados quer
à definição e alteração de estruturas de dados quer à manipulação de dados.
12
despertado um interesse considerável na área dos SIG, e apesar da sua aplicação aos SIG
ainda estar numa fase embrionária, muitos autores sugerem que os Sistemas de Informação
Geográfica deverão abandonar, a muito curto prazo, o Modelo Relacional em favor do
Modelo de Bases de Dados Orientadas aos Objectos (BDOO). O atractivo fundamental da
abordagem dos Sistemas Gestores de Bases de Dados Orientadas aos Objectos (SGBDOO)
está no mais alto nível de abstracção que permitem, quando comparados com o Modelo
Relacional. De facto, permitem que a forma como as entidades e os eventos são
representados numa base de dados, esteja mais próxima da forma de pensamento e raciocínio
humano. Apesar disto, o Modelo Relacional continua a ser a abordagem dominante nos
SIG's, por esta razão, não farei mais desenvolvimentos sobre este modelo de dados.
As entidades podem ser definidas como os "objectos" ou "coisas", isto é, algo que pode ser
identificado como possuindo existência independente e sobre a qual a organização necessita
recolher informação.
13
Uma relação é uma associação existente no mundo real entre dois objectos, por exemplo,
uma EMPRESA "emprega" EMPREGADO.
As relações são também classificadas em função da sua cardinalidade, sendo classificadas
em três tipos: um-para-um (1:1), um-para-vários (1:M) e vários-para -vários (M:N).
Existe uma relação de um-para-um (1:1) quando uma instância (ocorrência) de uma
entidade pode ter uma relação com uma (e apenas uma) instância de outra entidade. A
relação entre marido e esposa é um exemplo deste tipo de relação. No caso do SIT não irá
existir nenhuma relação deste tipo (1:1), entre as entidades envolvidas.
Existe uma relação de um-para-vários (1:M), quando uma instância de um lado da relação
pode "possuir" várias instâncias da entidade localizada no outro lado (mas não vice-versa).
Por exemplo, no caso do SIT, num edifício podem existir vários postos de transformação
(PT), mas um PT só pode ser atribuído a um único edifício.
As relações de vários-para-vários (M:N) existem, quando várias instâncias de ambos os
lados podem participar na relação. É o caso da relação existente entre «PT» e «DESENHO»,
onde um PT pode ter vários desenhos e/ou esquemas atribuídos, e um dado esquema ou
desenho pode ser atribuído a vários postos de transformação (PT).
Uma vez identificadas as entidades e estabelecidas as relações entre elas, é necessário ainda
identificar os atributos de cada uma das entidades. Os atributos pertencem às entidades e
descrevem-nas, surgindo por isso, algumas vezes na forma de adjectivos. Esquematicamente,
os atributos podem ser representados irradiando a partir das entidades.
Para ser possível derivar as tabelas a partir do modelo (EAR) será ainda necessário
estabelecer as chaves primárias.
Em [TEXAS, 2005] apresenta-se uma descrição bastante clara do modelo (EAR).
14
Apresenta-se a seguir uma aproximação ao modelo entidade - atributo - relação (EAR) do
SIT a desenvolver. O modelo definitivo apresentar-se-á no capítulo 5 da presente
dissertação.
15
2.4.2.2 Normalização
16
2.5 Sistemas de Informação Geográfica
Uma das definições mais usuais para SIG é apresentada em, [GIS.COM, 2004], onde se
define Sistema de Informação Geográfica (SIG) como uma tecnologia, que gere, analisa e
difunde o conhecimento e informação geográfica.
Em [CAMPUS, 2004] são disponibilizados vários cursos on-line, dedicados a SIG’s, onde
aparece também uma definição de SIG que se adapta melhor, em minha opinião, ao SIT a
desenvolver, definindo SIG como uma ferramenta de apoio à tomada de decisão, que
combina as potencialidades de manipulação de dados de um SGBD relacional com as
potencialidades de manipulação de dados espaciais de um programa de CAD ou de qualquer
outro sistema de mapeamento, permitindo que sejam mais facilmente tomadas decisões
relativas à escolha de localizações ou rotas, podendo ainda interagir com outras tecnologias e
sistemas de informação. Nesta situação os atributos dos dados combinam múltiplos critérios,
e os dados e as entidades estão codificados em vários arquivos de dados diferentes. O SIT a
desenvolver enquadra-se perfeitamente nesta segunda definição.
17
A figura seguinte ilustra os diversos ramos de aplicação dos SIG. Como se poderá constatar
o campo de aplicação dos SIG é muito vasto, portanto, é natural que a adopção de um
sistema de informação como o SIT (baseado numa plataforma SIG), surja na Indústria
Automóvel como uma necessidade (o chamado puxar da procura).
18
Os softwares de SIG armazenam a informação geográfica em níveis, ou camadas (layers).
Estes níveis agrupam conjuntos semelhantes de objectos (features) que constituem os
diversos temas. Estes objectos são representações de objectos que se encontram na superfície
da Terra e que nós abstraímos para os incluirmos dentro de um SIG sob a forma de mapa .
Estes objectos podem ser de três tipos: pontos (e.g. PT's no caso do SIT), linhas (e.g.
barramentos de energia), e polígonos (e.g. Edifícios). A representação varia com a escala.
Por exemplo, no caso do Sistema de Informação Técnica (SIT) a modelar podemos
representar os edifícios como pontos se estivermos a trabalhar com escalas grandes, ou como
polígonos se estivermos a trabalhar com escalas mais pequenas. A figura seguinte, pretende
precisamente ilustrar o princípio de funcionamento dos softwares para SIG’s.
O Sistema de Informação Técnica a desenvolver, irá ser construído com vários objectos que
fazem parte da rede eléctrica de uma fábrica, por exemplo os barramentos de energia que
serão representados por linhas e os postos de transformação (PT) que serão representados por
pontos.
Cada objecto tem atributos que ficam armazenados numa mesma tabela – a tabela do tema.
Adaptado de:
[CAMPUS, 2004]
19
Permite ainda a edição e visualização de ficheiros especiais em XML que contêm a
informação sobre os dados, ou seja os Metadados.
O ArcToolbox é uma aplicação que permite converter dados de diversos formatos para
outros formatos compatíveis com o ArcGis, permitindo ainda definir ou alterar o sistema de
projecção dos dados geográficos.
Por exemplo permite a conversão de desenhos produzidos por sistema CAD para uma
Geodatabase1 permitindo ainda a sua posterior conversão para o formato Shapefile que é o
formato nativo do ArcView e que tem também uma utilização bastante generalizada no
pacote ArgisDesktop.
Durante o processo de desenvolvimento do SIT , esta ferramenta será utilizada, não só para
definir o sistema de coordenadas, mas também para realizar a conversão dos desenhos
relativos ao “layout” da VW-Autoeuropa e da sua rede eléctrica para um formato
compatível com o pacote ArcGis. Primeiro far-se-á a conversão dos desenhos em CAD para
uma Geodatabase e posteriormente para «Shapefiles». Em [VirtualCampus, 2004], são
disponibilizados vários cursos on-line bastante completos, que poderão possibiltar um bom
aprofundamento do conhecimento deste software.
Descrições detalhadas dos formatos de objectos utilizados pelo ArcgisDesktop, encontram-se
disponibilizadas no website da «Esri», em [ESRI, 2004]
A fim de que o SIT a desenvolver se possa tornar útil, será necessário realizar algumas
operações de geoprocessamento e análise espacial, nomeadamente:
• Criar Buffers (zonas "tampão")
• Simplificação de dados geográficos através das operações Merge e Dissolve
• Sobreposição de dados geográficos utilizando para o efeito as operações Clip, Intersect
e Union
Por exemplo no SIT será necessário criar zonas tampão em torno dos barramentos de
energia, por forma a ser possível definir corredores que estabeleçam distâncias mínimas e/ou
máximas dos equipamentos aos referidos barramentos.
1
Geodatabase é uma base de dados relacional que contém dados geográficos, sendo composta por
tabelas objectos do tipo ponto, linha e/ou polígono.
20
Para além de operações de geoprocessamento o SIT fará uso de operações de sobreposição
de dados, operações de cálculo estatístico e operações relativas à construção de queries2 com
recurso a instruções SQL.
Como já foi referido no ponto 2.4, relativo aos sistemas de bases de dados, o SIT comportará
não só uma geodatabase mas também um SGBD em Ms-access-2002 que fará a gestão da
informação específica associada a cada equipamento.
Para que tal seja possível será necessário criar uma interface entre o pacote de software
ArcGis Desktop e o SGBD em Ms-Access, ou SQL.
2
Query – No anexo 2 da presente dissertação é apresentada uma definição de Query
21
Informação a desenvolver pode suportar também o modelo de dados raster, podendo
inclusivamente haver situações em que seja recomendável a utilização de alguma das
extensões do ArcGis desenvolvidas para o modelo matricial, é o caso de uma situação que
recomende a utilização de álgebra de mapas (map algebra). A figura seguinte pretende ilustrar
as diferenças entre as representações raster e vectorial.
22
2.5.5 Os SIG nas Organizações
Segundo [ISEGI, 2003], um SIG, numa organização pode ser usado de diferentes modos,
dependendo do papel das pessoas que a ele acedem. Em termos gerais e simples, podemos
com utilidade distinguir entre SIG para operações de rotina e SIG para apoio à decisão. No
primeiro caso, os SIG são concebidos para desempenhar com frequência tarefas bem
definidas. Os processos de negócio são compreendidos e têm lugar segundo procedimentos
estabelecidos. No segundo caso, os SIG são usados para apoiar tarefas mal definidas, cuja
natureza e resultado não são bem conhecidos.
O SIT a desenvolver será bivalente, poderá ser utilizado quer em operações rotineiras, por
exemplo localizar equipamentos, quer no apoio à tomada de decisão, por exemplo auxiliar na
decisão de um novo investimento em barramentos de energia ou equipamentos.
23
3. LINGUAGEM DE MODELAÇÃO UMLTM
3.1 Definição da UML - Unified Modelling Language
Segundo [UML, 2004], UML é a sigla de Unified Modelling Language, que pode ser
traduzido por Linguagem de Modelação Unificada. Trata-se de uma linguagem diagramática,
utilizável para especificação, visualização e documentação de sistemas de informação.
A UML apresenta, entre outras, as seguintes características principais:
• É independente do domínio de aplicação (i.e. pode ser usada em projectos de diferentes
características, tais como sistemas baseados na web, sistemas de informação geográfica,
sistemas em tempo real, etc;)
• É independente do processo ou metodologia de desenvolvimento
• É independente das ferramentas de modelação
• Apresenta mecanismos potentes de extensão
• Agrega um conjunto significativo de diferentes diagramas/técnicas dispersos por
diferentes linguagens (diagrama de casos de utilização, de classes, de objectos, de
colaboração, de actividades, de estados, de componentes, e de instalação).
24
3.2 História
Nas páginas seguintes é feita uma introdução ao UML, fazendo-se uma descrição sumária
dos seus principais diagramas e entidades.
Uma descrição mais detalhada e profunda sobre UML, encontra-se disponibilizada em,
[UML, 2004].
25
3.3 Diagramas de Use Cases
Os diagramas de Use Cases são utilizados para apresentação de requisitos3 e para assegurar
que tanto o utilizador final como o perito numa determinada área possuem um entendimento
comum dos requisitos. O seu objectivo é descrever o que um sistema deverá efectuar e não
como o vai fazer
Estes diagramas utilizam as seguintes abstracções de modelação:
«uses»
Adaptado de:
UseCase
«extends» [VISIO, 2002]
Actor
Actor: Representa qualquer entidade que interage com o sistema. Pode ser uma pessoa,
outro sistema, etc.
Use Case: é uma sequência de acções que o sistema executa, produzindo um resultado
de valor para o actor.
Relações: Entre actores e uses cases podem existir os seguintes tipos de relações:
• «Uses»: quando um determinado Use Case utiliza a funcionalidade disponibilizada
num outro use case
• «Extends»: Quando existe um comportamento opcional que deve ser incluído num
Use Case.
• Generalização: Quando existe um Use Case que é um a caso particular de um outro
use case.
3
Requisito – O requisito num sistema é uma funcionalidade ou característica considerada relevante na
óptica do utilizador
26
3.4 Diagramas de Classes
Uma classe representa uma abstracção sobre um conjunto de objectos que partilham a
mesma estrutura e comportamento. Na prática, um objecto é um caso particular de uma
classe, também referido como instância da classe.
Uma classe é representada por um rectângulo, subdividido em três áreas: A primeira contém
o nome da classe, a segunda os seus atributos e a terceira contém as suas operações.
Nome da classe
Adaptado de: [VISIO, 2002]
-Atributos
+Operações()
A UML utiliza dois tipos de diagramas para representar a interacção entre objectos:
Diagrama de Sequência e Diagrama de Colaboração.
O diagrama de sequência mostra a interacção dos objectos ao longo do tempo. O diagrama
de colaboração descreve as mesmas interacções mas centradas nos objectos intervenientes.
Enquanto que o diagrama de sequência está rigidamente ligado à variável tempo, o diagrama
de colaboração apenas demonstra a interacção entre os objectos.
27
Um diagrama de interacção é composto pelos seguintes elementos abstractos de modelação:
Objectos
Ligações
Mensagens
Principais abstracções de modelação, utilizadas pelos diagramas de interacção:
Objecto
Mensagens
Activação
28
3.7 Tipos de Relações
Generalização
Associação
-Agregação Dependência
[ Transição de estado]
1 *
Figura 3. 11 – Resumo dos tipos de relações standard
O desenho do sistema permite definir a organização das diversas partes que o constituem,
ilustrando a forma como o sistema cumpre os requisitos.
Em projectos de grande dimensão, em virtude da grande quantidade de informação a
representar, é necessário utilizar mais do que um diagrama de cada tipo, nesta situação e
conveniente utilizar a abstracção de modelação denominada de pacotes (Packages) que em
UML, permite dividir a complexidade do sistema em partes mais pequenas para uma melhor
gestão. Um pacote é um mecanismo que permite agrupar elementos de modelação UML
(diagramas, classes, componentes, interfaces, etc.). Um pacote é representado graficamente
por uma pasta, contendo um nome. A figura seguinte apresenta esta representação.
29
Os pacotes podem ser relacionados entre si através de relações de dependência, podendo-se
nesta situação considerar que se está a efectuar um diagrama de pacotes.
30
3.9.2 Diagrama da Instalação (Deployment)
Nó
Componente Adaptado de: [VISIO, 2002]
31
Modelo de Processo (opcional), define os mecanismos de concorrência e sincronização
Modelo de implementação, especifica os componentes que constituem o sistema.
Modelo de instalação, define a topologia do equipamento (hardware)
Modelo de Teste, define os critérios para validação e verificação do sistema
Utilizadores Programadores
Vocabulário Construção do sistema
Requisitos Funcionais Gestão da Configuração
Visão Visão
Desenho Implementação
Adaptado de:
Visão de Use Cases
(Cenários)
[BOOCH, 1999]
Visão
Visão
Instalação
Processo
Integradores Engenheiros de
Requisitos não funcionais: sistemas
Desempenho, Tipologia, Distribuição do
escalabilidade, tolerância Hw e Sw, Instalação e
a falhas Comunicações
32
3.11 Ferramentas de Modelação em UML
33
4. ESTUDO DE CASO – VW – AUTOEUROPA
4.1 Exemplos de casos semelhantes
Figura 4.17 – Exemplo de um SIT baseado numa plataforma SIG, instalado na EDP
Adaptado de: [MATOS, 2004]
34
Outro caso interessante na Europa, é o da empresa de electricidade NESA na Dinamarca. A
rede de electricidade da NESA é uma das maiores da Dinamarca, abastecendo cerca de
550000 clientes, e fornecendo aproximadamente cerca de seis biliões de Kilowatts.
A NESA adoptou desde à muito tempo a ferramenta ArcFM baseada na plataforma ArcInfo
8 da ESRI, para gestão da sua rede eléctrica. Através desta ferramenta, a NESA consegue
não só gerir a sua rede eléctrica, como também conseguiu a integração da informação
oriunda de bases de dados como o SAP, permitindo a execução de análises complexas de
custos e de capacidade da rede, facilitando ainda o controlo e inventariação de material.
A figura seguinte ilustra o aspecto do menu, da aplicação ArcFM.
35
Em [CASE_STUDIES, 2004], são descritos vários casos de sucesso na gestão de redes de
energia eléctrica e de gás através de plataformas SIG. A maior parte dos estudos de caso
citados no referido sítio da Internet, dizem respeito a empresas do Estados Unidos da
América onde de facto existem várias empresas que adoptaram soluções com SIG's, que de
forma análoga à empresa NESA, integram informação proveniente de vários sistemas de
informação. É o caso da empresa AEP, o maior fornecedor de electricidade nos E.U.A.
Nesta fábrica produzem-se três modelos de mono volumes, o VW Sharan, o Ford Galaxy e o
Seat Alhambra. O tipo de veículo produzido pela VW-Autoeuropa é vulgarmente designado
de MPV ( Multi Purpose Vehicle, ou seja, veículo para múltiplos fins). Este conceito
combina as vantagens de um automóvel de passageiros com as de um mini autocarro,
36
tentando eliminar as desvantagens de um e de outro. Graças à flexibilidade do seu conceito
interior, o MPV responde às necessidades de transporte das famílias ou de pequenos grupos,
adaptando-se na perfeição a situações muito diversas no quadro de utilizações, profissionais
ou de lazer.
A figura seguinte apresenta o expositor de produtos da VW-Autoeuropa, ilustrando, da
esquerda para a direita respectivamente, os três modelos de monovolumes (MPV), VW-
Sharan, Seat-Alhambra e Ford Galaxy.
Figura 4.20 - VW- Sharan, Seat Alhambra e Ford Galaxy, os três produtos da fábrica
de Palmela
Adaptado de: [AUTOEUROPA, 2004]
37
A figura seguinte, ilustra o novo Golf Cabrio a produzir a partir de Outubro de 2005 na VW-
Autoeuropa. Este novo modelo, cujo nome de código é o EOS será colocado à venda no
nosso país, em Fevereiro de 2006. Primeiro com o motor de 2.0 litros a gasolina com 200
CV. Ainda antes do Verão de 2006 estará disponível uma mais acessível versão de 1,6 litros.
Embora receba a plataforma do Golf, o EOS será mais comprido e mais largo do que este,
permitindo-lhe oferecer quatro verdadeiros lugares no interior. Esta é uma característica
essencial para este coupé-cabriolet cujo tejadilho recolhe, em cerca de 25 segundos, para um
compartimento na bagageira de uma forma totalmente automática.
38
4.3 Descrição Sumária do Sistema de Informação a
Implementar
4
Factor de potência é a relação entre a energia activa e a energia reactiva
39
4.4 Modelo de Negócio
40
4.5.1 Subsistema SIG
5
Corrente nominal - Corrente para a qual foi definido o regime de funcionamento do quadro.
41
através de uma rede de analisadores de energia conectados em permanência ao servidor do
SIT através de um interface RS 4856.
Relativamente aos dados energéticos, o «SGBD para gestão de equipamentos»
disponibilizará a seguinte informação:
• Potência Eficaz [KWatt]
• Energia activa [KWh ]
• Factor de Potência [ Cosϕ ]
Para além destes actores humanos, existe ainda mais um actor não humano que é o
subsistema «SGBD para Gestão de Equipamentos», uma vez que ele próprio tem a
capacidade de interagir com o subsistema SIG.
Convém salientar, que para ser possível a interacção entre os dois subsistemas, SIG e SGBD
para gestão de equipamentos, têm de existir tabelas com atributos chave comuns a ambos os
subsistemas, por exemplo os números de identificação dos equipamentos (PT’s, barramentos
e quadros eléctricos) podem ser utilizados para este efeito. Aliás, diga-se de passagem, que
esta característica do SIT poderá ser constatada ao logo do desenvolvimento do modelo.
6
-RS485 – Um dos protocolos de comunicação criados pelo Instituto de Engenheiros Electrotécnicos
dos E.UA.
42
Apresenta-se a seguir o modelo de Casos de Uso (Use Cases) para o subsistema SIG, onde
se ilustram os principais casos de uso que é possível realizar neste subsistema. Em virtude
das potencialidades da plataforma SIG, muitas mais acções seria possível representar,
contudo nesta situação, o modelo dos Use Cases tornar-se-ia muito complexo o que
comprometeria a sua funcionalidade como modelo.
43
À semelhança dos SIG, o SIT a desenvolver funcionará também como uma tecnologia
integradora, tendo a capacidade de utilizar informação proveniente de sistemas de gestão de
bases de dados como o SAP e de outros sistemas de informação baseados em bases de dados
relacionais, como é caso do Sistema de Gestão Energia da fábrica (SGE). Os Use Cases
números 13 e 14 do diagrama anterior, correspondem precisamente à integração de
informação no subsistema SIG, oriunda dos sistemas SAP e SGE respectivamente. Por esta
razão apresentam-se a seguir, os Use Cases a implementar nos sistemas SAP e SGE de
forma a ser possível a exportação de informação para o SIT.
44
A inclusão de informação oriunda do SGE permitirá por exemplo obter informações sobre a
energia activa, energia reactiva e factor de potência dos postos de transformação, ao passo
que a informação oriunda do SAP permitirá obter informações sobre rotinas de manutenção e
despesas de manutenção por edifício, PT, barramento e equipamento, e ainda outras
operações de rotina.
Neste sistema os actores humanos são os mesmos do subsistema SIG, contudo, neste
subsistema existe um outro actor não humano diferente, que é responsável por actualizar as
tabelas com os dados energéticos dos quadros eléctricos. Este actor, não foi considerado
mais um subsistema do SIT, por ser independente. De facto, trata-se de uma rede de
analisadores de energia integrados nos quadros eléctricos, que comunica com o servidor do
SIT através de um interface (RS485), actualizando tabelas, que são posteriormente
importadas para o subsistema «SGBD para gestão de equipamentos», por um dos actores
humanos, podendo ainda em alternativa, serem linkadas em permanência com as tabelas
correspondentes do subsistema «SGBD para Gestão de Equipamentos». Nestas tabelas
ficarão disponíveis os valores das grandezas eléctricas, já citadas, i.e., Potência Eficaz
[Kwatt], Energia activa [KWh ] e Factor de Potência [ Cosϕ ].
Apresenta-se a seguir um exemplo de analisador de energia, com possibilidade de
comunicação em rede via protocolos ModBus / RS485. Em [RS485, 2005], disponibilizam-
se as características deste protocolo de comunicação.
45
Tendo em conta o que já foi dito relativamente ao subsistema «SGBD para gestão de
equipamentos», apresenta-se a seguir o respectivo diagrama de Casos de Uso.
46
4.7 Diagramas de Sequência
47
Através da figura anterior, constata-se que o Use Case relativo à localização e um PT
começa por adicionar dois temas, um de polígonos (edifícios) e outro de pontos (PT’s),
executando de seguida uma query condicionada pelo número do PT pretendido, devolvendo
como resultado final um mapa com a localização do PT, num determinado edifício da
fábrica. Os diagramas de sequência relativos à localização de barramentos, quadros
eléctricos ou outros equipamentos são muito semelhantes a este diagrama de sequência.
Apresenta-se a seguir o diagrama de sequência relativo à conversão de um ficheiro CAD
para shapefile.
48
A figura seguinte, ilustra o diagrama de sequência relativo à integração de informação
oriunda do sistema SAP, nomeadamente informação relativa a equipamentos (quadros
eléctricos, PT’s, barramentos e energia).
Repare-se que neste caso, o diagrama de sequência envolve dois sistemas independentes, o
SAP e o SIT, envolvendo-se também dois actores diferentes, em virtude dos utilizadores do
SIT e SAP poderem ser actores distintos.
Inicialmente, através do comando export, exportam-se do sistema SAP as tabelas pretendidas
para um formato compatível com o SIT (normalmente dBaseIV), depois, através da
ferramenta ArcMap é só adicionar a tabela exportada do SAP ao projecto, juntando-a de
seguida com a tabela do tema em análise, utilizando para o efeito o comando do ArcMap,
Join.
Os diagramas de sequência relativos à integração de informação no SIT, oriunda de outros
sistemas de informação, por exemplo do SGE, são semelhantes.
49
O diagrama de sequência apresentado a seguir, ilustra o processo de obtenção da informação
relativa aos dados energéticos (Energia Activa, Potência Eficaz e Factor de Potência) de um
determinado quadro eléctrico.
50
A figura seguinte, ilustra o processo relativo à determinação dos quadros eléctricos com
rotinas de manutenção por concluir.
O diagrama de sequência, neste caso, exige que um utilizador SAP, exporte previamente a
informação relativa à execução das rotinas de manutenção para um formato compatível com
o SIT (e.g., dBaseIV). A seguir, já em ambiente da plataforma SIG (ArcMap), um utilizador
do SIT, junta a tabela do tema quadros (shapefile) com a tabela que disponibiliza a
informação das rotinas de manutenção (Tab_Rotinas_Man.dbf) obtida a partir do sistema
SAP. O diagrama conclui-se com a execução de uma query que selecciona apenas os quadros
eléctricos com rotinas de manutenção por finalizar.
51
O diagrama de sequência apresentado a seguir, ilustra o processo relativo à determinação dos
postos de transformação (PT) com Factor de Potência (FP) inferior a 0,9.
52
4.8 Modelo de Desenho
O Diagrama de classes faz a descrição formal dos objectos na estrutura do SIT, descrevendo
para cada objecto a sua identidade, os seus relacionamentos com outros objectos, os seus
atributos e as suas operações, ou seja descreve o modelo geral de informação de um sistema.
Uma vez que o SIT é formado por dois subsistemas, para cada um será necessário desenhar o
respectivo diagrama de classes.
Apresenta-se a seguir o diagrama de classes relativo ao subsistema «SGBD para gestão de
equipamentos».
53
Este diagrama de classes acaba por representar uma parcela da rede eléctrica da VW-
Autoeuropa, ilustrando as relações entre os seus componentes e especificando ao mesmo
tempo as suas características, que mais não são que os atributos dos objectos.
Por se tratarem de objectos muito específicos, farei, no anexo 1 da presente dissertação, uma
descrição mais detalhada dos termos e componentes utilizados no âmbito da constituição de
uma rede eléctrica
Seguidamente, é feita uma descrição resumida de cada uma das classes do diagrama anterior.
54
Edifício – Esta classe representa os edifícios da fábrica, possuem uma designação e um
número que os identifica inequivocamente. O atributo “coordenadas”, permite localizar os
edifícios na fábrica. Cada edifício é composto por uma ou mais secções.
Desenho – Representa os desenhos associados aos equipamentos da rede eléctrica. Cada
desenho é identificado por um número. Os desenhos encontram-se guardados em armários
adequados para o efeito.
Carga_PT – Representa as cargas integradas em determinado PT, às quais estão
normalmente associados disjuntores eléctricos7 cujas características correspondem aos
atributos da classe. Como a carga está integrada numa determinada gaveta do PT a relação
que existe com a classe “PT” é muito forte, sendo portanto do tipo “composição”.
Carga_Barramento - Representa as cargas integradas em determinado barramento de
energia, sendo normalmente caixas de barramento8 cujas características correspondem aos
atributos da classe. Á semelhança da classe “Carga_PT”, também as cargas dos barramentos
estão integradas no próprio barramento, existindo por isso uma relação muito forte com a
classe Barramento, do tipo “composição”.
Energia – Esta classe contém a informação relativa a dados energéticos dos quadros
eléctricos, obtida através da rede de analisadores de energia conectados via protocolo RS485
/ ModBus.
A cada quadro eléctrico podem estar associadas zero ou mais tabelas com dados energéticos.
A inclusão de um atributo de data, permite observar as variações de consumo de energia e
factor de potência ao logo do tempo.
No anexo 2 da presente dissertação, e feita uma descrição detalhada das tabelas respectivos
atributos associadas a cada objecto, ilustrado pelo diagrama de classes.
Convém salientar, que apesar da informação utilizada pelo subsistema SIG ser
georeferenciada, achei por bem ainda assim, incluir o atributo “coordenadas” nas classes
passíveis de serem representadas por um objecto geográfico, pois desta forma o SIT
disponibilizará de um processo de localização alternativo ou complementar dos objectos,
através dos pilares dos edifícios.
7
Disjuntor Eléctrico – No anexo 1, é apresentado a definição de disjuntor eléctrico.
8
Caixa de barramento – Caixa que faz a conexão entre o barramento e a carga propriamente dita. Está
normalmente equipada com fusíveis de protecção.
55
4.8.2 Diagrama de Classes do Subsistema SIG
Como se poderá constatar, no subsistema SIG existe um menor de número de classes do que
no subsistema SGBD, isto deve-se ao facto, por uma lado, de determinadas entidades como
por exemplo as tabelas de energia ou a entidade desenho, não poderem ser consideradas
como objectos geográficos e por outro, porque o subsistema SIG tem a capacidade de
integrar a informação do subsistema «SGBD para gestão de equipamentos» através da
junção de tabelas «linkadas» pelos atributos considerados chave, como é o caso dos
atributos, «Nr_PT», «Nr_Quadro», «Nr_Edificio» e «Nr_Barramento». Estes mesmos
atributos serão também utilizados de forma semelhante para integrar informação oriunda do
Sistema de Gestão de Energia (SGE).
Convém salientar, que neste subsistema, incluiu-se nas classes, PT, Barramento e Quadro o
atributo «Nr_SAP» que irá permitir a integração de informação a partir do sistema SAP.
Relativamente ao tipo de relações entre objectos, mantiveram-se as relações entre objectos
com a mesma denominação nos dois subsistemas.
56
4.9 Modelo de Implementação
Diagrama de componentes
Como se poderá constatar, o SIT será constituído essencialmente por quatro componentes,
dos quais, três correspondem aos aplicativos da plataforma SIG ( ArcGis Desktop / ArcView
8.x) a utilizar, e um corresponde a uma base de dados implementada em Ms-Access-2002 ou
SQL, que contém a informação associada aos elementos do SIT.
Como a base de dados irá possuir controlo de acesso por Password, e níveis de privilégios
por utilizador, aparece ainda no modelo um quinto componente, “Controlo_Acesso.dll”, que
pretende ilustrar esta funcionalidade do SIT.
57
4.10 Modelo de Instalação
O «SIT» poderá ficar instalado num servidor do tipo «HP Home Proliant» e será acessível a
partir de um terminal ou de um computador pessoal, através de comunicação em protocolo
TCP/IP 9.
A comunicação entre o SIT e os servidores para os sistemas SAP e SGE será efectuada
através de um protocolo de comunicação do tipo TCP/IP-ODBC.10
9
TCP/IP – Protocolo e comunicação ( Transmission Control Protocol / Internet Protocol)
10
ODBC – Open database connectivity
58
Alternativamente, em vez da utilização de nós, a representação gráfica do diagrama de
instalação pode representar canonicamente os diversos elementos físicos, utilizando ícones
que representam servidores, computadores ou terminais.
A figura seguinte ilustra a representação alternativa para o diagrama de instalação.
59
4.11 Integração do SIT na VW-Autoeuropa
Antes e avançar mais com o desenvolvimento do modelo do SIT propriamente dito, penso
ser oportuno citar possíveis razões para a aquisição do SIT por parte de uma empresa como a
VW-Autoeuropa, abordando ainda a metodologia mais adequada a utilizar no processo de
especificação e integração do SIT numa organização.
Na VW- Autoeuropa, a estratégia da informação é dirigida pelo negócio, por esta razão, a
aquisição de um sistema semelhante ao "SIT para gestão da rede eléctrica", só se
concretizará em principio, se for possível demonstrar que a integração do sistema lhe traz
vários benefícios, nomeadamente:
• Benefícios de eficiência
• Benefícios de eficácia
• Benefícios de vantagens competitivas
Ao nível dos benefícios da eficiência, a implementação deste sistema poderá possibilitar uma
eficiência acrescida na gestão de energia, podendo vir a reduzir significativamente os
consumos em energia eléctrica 11.
Por outro lado, uma vez que o sistema irá permitir uma melhor gestão das rotinas de
manutenção, poderá também reduzir o consumo de papel e até do n.º de efectivos necessários
à realização da manutenção da rede eléctrica.
Para além disso poderá ser ainda utilizado como um sistema de apoio à decisão no processo
de implementação de novos projectos, facilitando a escolha dos novos locais.
11
Poderá também contribuir para a redução de consumos de água e electricidade, se o SIT for
estendido às redes de água e de gás.
60
Para se ter uma ideia dos consumos de energia da VW - Autoeuropa, passo a citar alguns
valores mensais que já foram pagos pela empresa:
Ao nível das vantagens competitivas, convém referir primeiro, que no grupo VW, a locação
de produtos (automóveis) nas diversas fábricas, está dependente de parâmetros relacionados
com índices de produtividade, qualidade e organização. As organizações rivais da VW-
Autoeuropa são outras fábricas do grupo. Quanto mais positivos forem os parâmetros e
índices referidos, maiores possibilidades existem para determinada fábrica vir a produzir um
produto (automóvel) com boa aceitação mercado.
Como já foi referido o "SIT para gestão da rede eléctrica" poderá vir a reduzir os custos
energéticos, permitindo consequentemente reduzir o custo de produção por automóvel. Desta
forma, a VW-Autoeuropa poderá ganhar vantagens competitivas face às suas congéneres no
grupo.
61
A figura seguinte, ilustra as fases da Metodologia de Desenvolvimento SIG composta.
62
elevado na VW-Autoeuropa face outras fábricas rivais dentro do grupo, existindo por isso
uma grande pressão vinda do topo da hierarquia para reduzir os custos de produção nas suas
várias vertentes, uma delas os custos com consumos energéticos.
No entanto, apesar da consciencialização inicial para o sistema, vir a ser em minha opinião,
sobretudo do tipo "top-down", poderão também vir a existir, mas em menor grau, algumas
pressões do tipo "botton-up" vindas sobretudo dos técnicos e engenheiros com algum
fascínio por novas tecnologias, e que estejam envolvidos directa ou indirectamente em
projectos e/ou manutenção da rede eléctrica.
12
RFI – Requeste For Information
63
No segundo item, Análise de Custo - Benefício deverão considerar-se os seguintes custos:
Quanto aos benefícios, deverão ser considerados apenas os quantificáveis, isto é previsões de
poupanças em consumos energéticos. Convém no entanto salientar, que existem outros
benefícios do SIT, mas cuja quantificação é difícil, por exemplo o sistema facilita o apoio à
decisão através de uma melhor gestão da rede eléctrica e do fornecimento de informação
adicional georeferenciada, que facilita a implementação de determinadas tarefas,
nomeadamente rotinas de manutenção. No entanto, o benefício líquido só deverá ser obtido
através da diferença entre os custos energéticos actuais e a previsão de custos energéticos
futuros já com o "SIT p/ gestão da rede eléctrica" implementado, ou seja:
64
De qualquer forma, para além da tecnologia ser completamente nova na VW-Autoeuropa,
não vejo outras razões para que o sistema não venha a resultar, e portanto penso que o
projecto é viável.
Uma vez tomada a decisão de prosseguir com o projecto é necessário avançar com as
restantes fases da Metodologia SIG Composta. Nos próximos capítulos, aprofundar-se-ão as
restantes fases da metodologia, sempre que haja correspondência nas matérias a tratar. O
próximo capítulo (5), aprofundará a fase de «Desenho e Análise Detalhada», e o capítulo 7
abordará as fases de implementação, manutenção e revisão do sistema.
65
5. TRANSPOSIÇÃO DO MODELO PARA AS
PLATAFORMAS SIG e SGBD
66
Regra2 - Origem das tabelas - As tabelas derivam somente das classes do diagrama e das
associações de "muitos para muitos”, incluindo os seus atributos.
Regra 3 - Associação de "Um para Um" - Uma das tabelas deverá receber como chave
estrangeira a chave primária da outra tabela.
Regra 4- Associação de" Um para Muitos" - A tabela em que a informação será repetida é
que recebe a chave estrangeira, i.e., a parte do "muitos" é que recebe a chave estrangeira.
Regra5 - Associação de "Muitos para Muitos" - A transição dá origem a uma terceira tabela
que representa a associação, cuja chave primária é composta pelas chaves das tabelas
associadas.
Para a transposição de agregações e composições aplica-se a regra n.º4, i.e., a regra para a
associação de "Um para Muitos".
As regras descritas são as principais, existem no entanto outras, que por não se aplicarem ao
modelo criado não foram apresentadas.
67
5.2 Fontes de Informação
D
Deesseennhhooss T
Tiippoo D
Deessccrriiççããoo FFoonnttee
PT'S CAD Planta da fábrica com a distribuição dos Postos de VW-AE
(dxf) Transformação
Barramentos de CAD Planta da fábrica com a distribuição dos barramentos VW-AE
2500[A] (dxf) de energia de 2500 [A]
Barramentos de CAD Planta da fábrica com a distribuição dos barramentos VW-AE
400[A] (dxf) de energia de 400 [A]
Edifícios CAD Planta da fábrica VW-AE
(dxf)
Equipamentos CAD Planta da fábrica com a distribuição de alguns VW-AE
(dxf) equipamentos
68
Seguidamente, apresenta-se, a título exemplificativo, uma tabela que disponibiliza a
informação relativa às cargas de um determinado posto de transformação.
69
5.3 Caracterização e Documentação da Informação
Como se poderá constatar, para realizar a conversão para shapefile, é necessário realizar
primeiro a conversão para geodatabase e só depois é então possível a conversão para o
formato shapefile. Esta situação apesar de parecer estranha é a que é permitida pela
ferramenta ArcToolBox.
Por uma questão de comodidade, a conversão dos três temas em CAD, aparece no
fluxograma em simultâneo, contudo, convém salientar, que a conversão de cada desenho terá
de ser feita isolada e independentemente.
70
O tema relativo aos quadros eléctricos, poderá igualmente ser obtido a partir de um desenho
em formato CAD (.dxf) ou então pode mesmo ser obtido a partir da shapefile do tema dos
edifícios utilizando para o efeito as respectivas coordenadas de localização, definidas pelos
pilares dos edifícios e a simbologia adequada para a identificação de cada tipo de quadro
eléctrico.
Apresenta-se a seguir uma tabela, contendo os temas já em formato shapefile obtidos através
de desenhos em formato CAD. Uma vez que os temas integram entidades discretas, o
modelo de dados espaciais a utilizar será o Vectorial.
L
Laayyeerr N
Noom
mee T
Tiippoo D
Deessccrriiççããoo
Edifícios Edificios..shp Shapefile Planta da fábrica com a distribuição
dos edifícios
PT's PT's.shp Shapefile Distribuição de Postos de
Transformação na VW-AE
Barramento de Barramentos2500.shp Shapefile Distribuição de barramentos de energia
2500[A] de 2500[A] na VW-AE
Barramento de Barramento400.shp Shapefile Distribuição de barramentos de energia
400[A] de 400[A] na VW-AE
Quadros Quadros.shp Shapefile Distribuição dos quadros eléctricos na
Eléctricos VW-AE
Relativamente aos temas dos barramentos, note-se que é possível criar posteriormente um
único tema que contenha os dois tipo de barramentos, de 400[A] e de 2500[A]. O tema dos
quadros diferenciará os diferentes tipos de quadros (Iluminação, Força e Ar condicionado)
através de simbologia adequada, contudo, também neste caso seria possível criar para cada
tipo de quadro uma shapefile.
Após a conversão de cada tema para shapefile é ainda necessário proceder à
georeferenciação de cada um dos temas convertidos.
A possibilidade de manipulação de informação georeferenciada, é de facto, umas das
grandes mais valias do Sistema de Informação Técnica, face a outros com propósitos
semelhantes.
71
Apresenta-se a seguir, o fluxograma relativo ao processo de georeferenciação da shapefile
edifícios para o sistema de coordenadas «Datum 73, Hayford Gauss» utilizando-se para o
efeito a ferramenta ArcToolBox.
72
Esta ferramenta integrada no pacote de software «ArcGis Desktop / ArcView 8.x», permite a
edição dos temas obtidos, possibilitando acrescentar-lhes informação descritiva sobre os
dados, isto é, permite editar e / ou adicionar os chamados Metadados.13 Esta informação
ficará armazenada num ficheiro em formato XML14 e é muito útil especialmente quando
existe uma grande quantidade de dados para armazenar.
Note-se que nesta representação adaptada da UML, a identificação de cada um dos temas
aparece na cela superior, e na cela do meio aparecem os atributos da tabela associada ao
respectivo tema.
13
Metadados - Informação descritiva sobre os dados
14
XML – Extensible Markup Language
73
Uma vez que as entidades que transparecem do modelo são do tipo discreto, é recomendável,
como já foi referido, a aplicação do modelo de dados espaciais do tipo vectorial, contudo,
também é possível a aplicação do modelo raster, apesar deste ser mais adequado na
representação de superfícies contínuas, como por exemplo, altitudes, temperaturas, declives,
etc.
Tanto no caso da generalização do tema barramentos, como no caso da generalização do
tema quadros, será possível conjugar os vários temas utilizados na diferenciação do tipo de
barramentos ou do tipo de quadros, num único tema para cada generalização, distinguindo-se
os diferentes tipos (de barramentos ou quadros ) através de simbologia adequada.
74
A figura seguinte ilustra uma primeira aproximação ao modelo EAR, não se tendo
contemplado ainda a transposição das relações do tipo «muitos para muitos».
75
Deverá notar-se, que neste caso, as semelhanças entre o modelo de dados e o respectivo
diagrama de classes já não são tão grandes como no modelo de dados SIG, principalmente
em virtude da existência de relações do tipo «muitos para muitos» entre tabelas, cuja
transposição, segundo as regras de [BENNET et Al, 1999], obrigou à criação de uma terceira
tabela que representa a associação, e cuja chave primária é composta pelas chaves das
tabelas associadas.
A partir dos dois modelos de dados, relativos aos subsistemas «SGBD para gestão de
equipamentos» e SIG, será possível simular a maior parte das funcionalidades e problemas a
resolver com o Sistema de Informação Técnica (SIT), cujo modelo me propus construir,
permitindo ao mesmo tempo obter a percepção da possibilidade de integração de informação
a partir de outras estruturas de dados relacionais como o SAP e o Sistema de Gestão de
Energia (SGE) já implementados na VW-Autoeuropa.
76
5.5 Interfaces SIG
Considerando que o subsistema «SGBD para gestão de equipamentos» será suportado por
uma plataforma SQL ou MS-Access (e.g. a versão 2002) e que o subsistema SIG será
suportado pela plataforma ArcGis Desktop / ArcView 8.x, o interface SIG será realizado com
recurso aos comandos das duas plataformas referidas, que passo seguidamente a citar.
Export – Este comando do Ms-Access 2002, permite exportar as tabelas e/ou os resultados
das “queries ou views” para um formato compatível com a plataforma SIG, por exemplo para
o formato dBASE IV15.
Get External Data – Link Tables – Através deste comando do Ms-Access 2002 o sistema
de gestão de base de dados em Ms-Access 2002 pode ler tabelas de outros SGBD,
nomeadamente em formato dBASE IV, que como já foi referido, é um formato compatível
com a plataforma SIG utilizada.
Join – Este comando da plataforma SIG, ArcView 8.x, permite realizar a junção de tabelas
com campos comuns. As tabelas poderão fazer parte do tema de uma entidade geográfica
(polígonos, linhas, pontos) ou serem simplesmente tabelas em formato dBASE.
15
dBASE – Sistema de Gestão de Bases de Dados inicialmente desenvolvido para trabalhar ambiente
Ms-DOS. A versão 4 é denominada dBASEIV.
77
5.5.2 Interface entre os subsistemas SGBD e a Rede de
Analisadores de Energia
78
5.5.3 Interface entre o SIT e os Sistemas SAP E SGE
Os sistemas SAP e SGE são SGBD’s relacionais que permitem a exportação de tabelas para
um formato compatível com a plataforma SIG, nomeadamente o formato dBase. Contudo,
neste caso, como transparece dos respectivos modelos de Use Cases, é necessária a
intervenção de um utilizador do SAP ou do SGE, conforme o caso, para realizar a respectiva
exportação através do comando export.
Uma vez que, quer as tabelas do subsistema SIG, quer as tabelas do subsistema «SGBD para
gestão de equipamentos» possuem campos comuns com as tabelas oriundas do SAP e do
SGE, é possível, através do comando Join da ferramenta ArcaMap, fazer a junção das tabelas
do SAP e do SGE com tabelas de temas geográficos no subsistema SIG.
A figura seguinte, ilustra o menu principal do Sistema de Gestão de Energia da VW-
Autoeuropa.
79
6. ANÁLISE E SIMULAÇÃO DE PROBLEMAS
ESPACIAIS COM RECURSO AO MODELO
Apresentam-se nas páginas seguintes, os fluxogramas da análise dos três tipos principais de
problemas que será possível resolver com o SIT.
O primeiro tipo de problemas, envolve essencialmente operações de rotina, como é o caso da
localização de um determinado equipamento (PT, quadro eléctrico e barramento de energia),
o segundo tipo de problemas ilustrado pelo 2.º fluxograma, apresenta o SIT como um
sistema integrador, capaz de integrar a informação de outros sistemas de informação,
nomeadamente do Sistema de Gestão de Energia (SGE) e do Sistema SAP, e finalmente o 3.º
e último tipo de problemas envolve também operações de geoprocessamento e pretende
apresentar funcionalidades do SIT no apoio às tomadas de decisão.
A análise e simulação destes problemas será feita com recurso à plataforma SIG «ArcGis
Desktop / ArcView 8.x» da ESRI, e será aplicada à empresa VW-Autoeuropa, contudo,
como já tive oportunidade de referir no capítulo introdutório da presente dissertação, por
motivos de confidencialidade, não serão apresentados quer os desenhos que serviram de base
à análise quer os respectivos resultados, embora estes, sejam em minha opinião,
perfeitamente dispensáveis em virtude da conjugação do modelo criado em UML com os
fluxogramas das simulações, serem por si só totalmente esclarecedores.
80
6.1 Simulação de Problemas com Operações De Localização
81
O fluxograma anterior ilustra essencialmente operações rotineiras de localização (PT's,
barramentos, edifícios e quadros eléctricos), permitido ao mesmo tempo disponibilizar
diversa informação associada ao subsistema «SGBD para gestão de equipamentos», através
do comando Join Tables da ferramenta ArcMap. De facto, como se poderá constatar pela
informação colectada, consideraram-se não só os temas (shapefiles) necessários à
determinação da localização de uma determinada entidade (Edifício, PT, Barramento e
Quadro_Eléctrico), mas também tabelas e Querys do subsistema SGBD para gestão de
equipamentos, obtidas e convertidas ao formato dBASE IV(*.dbf), através do comando
Export do Ms-Access 2002. Como as tabelas do subsistema «SGBD para gestão de
equipamentos» possuem os atributos chave comuns a um dos atributos do respectivo tema no
subsistema SIG, é possível, através do comando Join Tables da ferramenta ArcMap da
plataforma SIG, inclui-las na análise.
Assim, nos ramais 1 e 2 do fluxograma anterior, para além de se obter a localização de
determinado PT, é possível ficar ainda a saber, que cargas estão associadas a esse PT, uma
vez que foi executado o comando Join, que permitiu juntar a informação da tabela
“QryPT.dbf” à respectiva tabela do tema. Por sua vez, a tabela “QryPT.dbf” foi obtida
através de uma Query16 entre as tabelas “PT” e “Carga_PT” no subsistema «SGBD para
gestão de equipamentos». No Anexo2 da presente dissertação, serão apresentados os
procedimentos em SQL relativos à criação das queries e das tabelas do subsistema «SGBD
para gestão de equipamentos», em virtude do SQL ser a linguagem padrão no universo das
bases de dados relacionais.
De forma análoga, nos ramais 3 e 4 do fluxograma anterior, para além de se determinar a
localização de determinado edifício, fica-se também a saber o nome das secções desse
edifício.
A análise nos restantes ramais é análoga à efectuada nos ramais (1 e 2) e (3 e 4). Assim, nos
ramais 5 e 6 determina-se a localização de determinado barramento, sendo possível também
saber quais as cargas que lhe estão associadas. Nos ramais 7 e 8 obtém-se a localização de
determinado quadro eléctrico, obtendo-se ainda a informação relativa as dados energéticos
do quadro em questão, nomeadamente Potência Eficaz [KWatt], energia activa [KWh] e
factor de potência. Volto mais uma vez a salientar, que esta informação é previamente obtida
através de um sistema composto por uma rede de analisadores de energia, conforme prescrito
pelo modelo inicial apresentado em UML.
16
Query – No anexo 2 é apresentada uma definição de query.
82
A interface entre as tabelas provenientes da rede de analisadores de energia e o subsistema
SGBD para gestão de equipamentos é conseguido através dos comandos Get external data e
Link tables do Access 2002. Como a tabela de energia do subsistema SGBD fica "linkada"
com a tabela de energia obtida por intermédio da rede de analisadores de energia, a
informação é praticamente actualizada em tempo real, sendo a diferença resultante do tempo
de refrescamento («refresh») da rede.
Por fim, nos ramais 9 e 10, a análise é obtida a informação relativa aos desenhos ou
esquemas associados a determinado PT, ficando-se também a saber a localização do PT
seleccionado.
Apresenta-se a seguir uma planta que ilustra os principais edifícios da empresa VW-
Autoeuropa.
83
6.2. Simulação do SIT Como Tecnologia Integradora
84
O fluxograma anterior ilustra o SIT como uma tecnologia integradora capaz de integrar
informação de outros sistemas de informação, como o SAP 17 e o sistema de gestão de
energia (SGE). Esta funcionalidade do SIT só é possível porque a plataforma SIG utilizada,
(ArcGis Desktop / ArcView 8.x), permite por uma lado, a junção das tabelas dos temas a
18
outras tabelas em formato “dBASE ”, e por outro, porque os sistemas SAP e SGE à
semelhança do subsistema SGBD para gestão de equipamentos, são relacionais e permitem a
exportação de tabelas para o formato “dBASE ” através do comando export.
Como se poderá constatar, neste segundo fluxograma da análise, a informação colectada
contempla os 4 temas do subsistema SIG, contemplando ainda tabelas oriundas do sistema
SAP e do sistema de gestão de energia (SGE).
Nos ramais 1 e 2 do fluxograma anterior, é possível obter a informação relativa aos dados
energéticos associados a determinado PT. Esta informação foi obtida através da junção da
tabela do tema “PT” com uma tabela proveniente do SGE, que neste caso considerou-se
contemplar a informação relativa à energia activa, energia reactiva e factor e potência, no
entanto, seria igualmente possível contemplar outras grandezas desde que a respectiva
informação estivesse disponível no SGE.
Nos ramais 3 e 4, é feita junção da tabela do tema edifício com uma tabela do SAP, o que
permite por exemplo ficar a saber, que rotinas de manutenção associadas a determinado
Edifício, foram executadas e o valor das despesas despendidas em manutenção nesse
edifício. A análise efectuada nos ramais 5 e 6 é análoga à efectuada nos ramais 3 e 4 , só que
neste caso a junção da tabela SAP é feita com a tabela do tema “Barramentos”.
Finalmente nos ramais 7, 8 e 9, efectua-se a junção de uma tabela SAP e de uma tabela do
SGE, ao tema “Barramento”, o que permite não só disponibilizar a informação do
barramento a localizar, como também obter a informação contida nos sistemas SAP e SGE
para esse barramento. Assim por exemplo, com esta análise é possível obter a informação
relativa aos dados energéticos do barramento em questão e ainda ficar a par do estado das
respectivas rotinas de manutenção, no que respeita quer à execução quer às despesas.
17
SAP - Software Application Product
18
dBASE - Formato específico de tabelas do SGBD relacional «dBase»
85
6.3 Simulação do SIT Como Sistema De Apoio À Decisão
Figura 6. 52 – Fluxograma das operações que ilustram o SIT como um sistema de apoio à
decisão
86
O terceiro e último fluxograma, pretende apresentar o SIT como um sistema de apoio à
decisão, capaz de auxiliar na escolha da melhor de decisão e na análise de problemas mais
complexos.
Nos ramais 1e 2, o SIT pretende auxiliar a escolha do melhor local para a instalação de uma
nova linha de produção num determinado edifício. Neste caso, o problema começa por
seleccionar o edifício onde se pretende instalar a nova linha, fazendo a seguir um recorte no
tema edifícios a partir do tema barramento de 2500[A], e criando-se também uma zona
tampão em torno do referido barramento. A identificação das zonas no interior da zona
tampão («buffer») auxiliarão na decisão da escolha do melhor local para instalação de uma
nova linha no edifício seleccionado, i.e., o edifício 4.
Nos ramais 3 e 4 pretende-se determinar as zonas da fábrica onde é necessário proceder a
correcções do factor de potência19, isto porque a EDP cobra taxas adicionais para factores de
potências inferiores a 0,9. A análise dos ramais 3 e 4, inicia-se com a junção da tabela do
SGE, contendo informação relativa a dados energéticos, com a tabela do tema PT. A seguir
executa-se uma query que selecciona apenas os PT's com um FP inferior a 0,9. A intercepção
do tema resultante com o tema dos edifícios permite obter o mapa com as zonas da fábrica
onde é necessário proceder a correcções do factor de potência.
Finalmente os ramais 6, 7 e 8 pretendem ilustrar uma possível forma de controlo da
execução das rotinas de manutenção. Neste caso a análise inicia-se com a junção dos dados
das tabelas provenientes do SAP e do SGE, como a tabela do tema quadros. De seguida é
executada uma query que permite seleccionar os quadros eléctricos com rotinas de
manutenção pendentes, resultando esta possibilidade da junção da tabela do tema quadros
com a tabela do SAP. Finalmente, realiza-se uma intercepção do tema resultante com o tema
edifícios, o que permite obter um mapa com os locais onde existem quadros com rotinas de
manutenção por concluir. A tabela do mapa resultante, permite ainda obter informações
sobre os consumos energéticos dos quadros eléctricos seleccionados, o que permite a
atribuição de prioridades e uma melhor organização das rotinas de manutenção preventiva.
19
Factor de Potência (FP) - É a relação entre a energia activa e a energia aparente ou total.
87
Para além das análises e operações ilustradas nos fluxogramas anteriores, o SIT irá permitir a
implementação de muitas mais, permitindo ao mesmo tempo aproveitar as potencialidades
da plataforma SIG no que concerne à execução de operações estatísticas e de cálculo
combinadas com a possibilidade de execução de gráficos.
Á semelhança do SIT implementado na EDP, também este sistema de informação irá
permitir a associação de uma imagem ou outro tipo de ficheiro (por exemplo um desenho) a
um atributo de um determinado tema, através da ferramenta hiperlink disponibilizada na
ferramenta ArcMap. Esta funcionalidade da plataforma SIG possibilitará a visualização dos
esquemas eléctricos associados aos PT’s e Quadros Eléctricos.
88
7. IMPLEMENTAÇÃO E EXPANSÃO DO MODELO
7.1 Implementação do Modelo
89
A descrição da Metodologia de Desenvolvimento SIG Composta tem sido feita em sintonia
com a evolução da presente dissertação e consequentemente do modelo do SIT, tendo-se por
isso abordado no capítulo IV as duas primeiras fases desta metodologia («Consciencialização
inicial» e «Ambiente externo / Investigação interna» ). No capítulo V foram apresentados os
modelos de dados e seleccionou-se também o hardware e software a utilizar, acções estas
que fazem parte da terceira fase da metodologia SIG composta, denominada de “Desenho e
Análise Detalhada”. Nesta fase, como se poderá constatar pela figura anterior, aconselha-se
ainda a realização de um estudo piloto o que para este caso é perfeitamente ajustado já que o
modelo criado é expansível e retrata apenas aquilo que poderíamos considerar um módulo do
SIT, mais precisamente o da rede eléctrica. Este módulo retratado pelo modelo, pode
perfeitamente ser utilizado num estudo piloto a efectuar num determinado período,
efectuando-se ao mesmo tempo alguns testes de bench-marking ao sistema. A realização de
um estudo piloto é aconselhável e reduz muito os riscos associados à implementação, no
caso do SIT falhar por não corresponder às expectativas iniciais.
90
Periodicamente, deverão realizar-se auditorias de revisão e/ou manutenção do sistema, como
aliás é sugerido pela quinta e última fase da Metodologia de Desenvolvimento SIG
Composta.
Sempre que o sistema seja expandido, ou sejam simplesmente feitas actualizações de
software ou hardware, a metodologia aconselha a que seja novamente percorrido o caminho
entre a segunda e última fase da metodologia.
Para finalizar, quero ainda realçar que o sucesso da implementação do sistema, dependerá
também em grande medida da persistência e entusiasmo dos seus percutores (lideres de
projectos e técnicos envolvidos, os paladinos) e também dos apoios que receber da estrutura
hierárquica superior (Padrinhos).
Apesar do caris académico deste trabalho, o processo de criação o modelo não se aliou da
realidade, permitindo facilmente visualizar o sistema, na situação descrita, numa situação
futura, numa organização diferente a VW-Autoeuropa e ainda noutro tipo de infra-estruturas.
De facto, a partir do modelo temos facilmente a percepção da capacidade de expansão do
modelo a outro tipo de organizações e infra-estruturas. Por exemplo, no caso da VW-
Autoeuropa, o SIT pode ser expandido à rede de águas e saneamento, bastando para isso
criar os temas adequados a partir de desenhos CAD, e seguindo o processo prescrito pelo
modelo. Nesta situação bastaria criar mais quatro temas de linhas e alguns temas de pontos
para as redes de água industrial, potável, esgoto doméstico e esgoto industrial. De forma
análoga o modelo pode ser expandido para as redes de gás, de ar comprimido, e de
informática, bastando para o efeito criar os temas adequados (pontos, linhas e polígonos) e
«inputar» a restante informação nas tabelas do sistema.
A VW-Autoeuropa possui também uma rede de luminárias de emergência conectadas a um
sistema de bases de dados relacional que disponibiliza informação sobre as luminárias. A
adopção do modelo do SIT seria uma grande mais valia, uma vez que seria possível integrar
a informação deste sistema de gestão iluminação de emergência no SIT, possibilitando não
só localizar cada luminária da rede através da utilização de informação georeferenciada mas
também obter as informações fornecidas pelo actual sistema de gestão de iluminação de
emergência para essa luminária, por exemplo a informação relativa aos estados da respectiva
lâmpada e bateria. Também nesta situação a expansão do modelo não seria complicada,
bastaria criar no subsistema SIG um tema de pontos para as luminárias, e um tema de linhas
91
para cada anel da rede de luminárias, introduzindo ao mesmo tempo o código das luminárias
e dos anéis nas tabelas dos temas respectivos.
Uma vez criados os temas e introduzidos os códigos nas tabelas, bastaria fazer a junção das
tabelas do subsistema SIG com as tabelas do sistema de gestão da rede de luminárias,
utilizando-se nesta caso a capacidade que o subsistema SIG tem para integrar tabelas em
formato dBASE ou outro.
Actualmente a VW-Autoeuropa está a remodelar a iluminação de emergência no sentido de
possibilitar a sua expansão à iluminação de substituição e anti-pânico. Para esta situação o
SIT, tornar-se-ia um verdadeiro sistema de apoio ao conhecimento e decisão permitindo de
uma forma mais rápida e fácil detectar os locais onde seria necessário instalar estes tipos de
iluminação de emergência.
Como já foi referido, a VW-Autoeuropa é uma empresa que dispõe de uma enorme
diversidade de equipamentos, portanto, é natural que uma vez integrado o SIT na estrutura
da empresa viesse a ser expandido a outro tipo de equipamentos. De facto transparece do
modelo que para que tal fosse possível, bastaria criar mais temas de pontos (em principio um
tema de pontos por cada tipo de equipamentos), introduzindo ao mesmo tempo a informação
descritiva dos respectivos equipamentos no subsistema «SGBD para gestão de
equipamentos».
Por outro lado, através do recurso a outras ferramentas e extensões do pacote de software
«ArcGis Desktop / ArcView 8.x» podem-se também aumentar as capacidades de análise e
exposição da informação do modelo.
Através do recurso à extensão 3D Analyst é possível representar as coberturas vectoriais em
3D, podendo-se desta forma criar modelos finais em 3D, que poderão facilitar a análise de
determinados problemas.
92
Recorrendo à ferramenta ArcIms é possível criar um Web Site, podendo-se desta forma
disponibilizar na Intranet da VW-Autoeuropa, a informação já analisada e tratada pelo SIT
sob a forma de mapas.
8. CONCLUSÕES
8.1 Resumo
Uma vez concluído o processo de especificação do modelo conceptual do SIT em UML, foi
necessário proceder à sua transposição para as plataformas SIG e SGBD.
Nesta fase começou por se seleccionar para modelo de dados espaciais o modelo vectorial,
fez-se a descrição e documentação da informação necessária, fazendo-se ainda referência às
93
respectivas fontes. Por fim, e de forma a tornar possível a transposição, foi necessário ainda
recorrer ao modelo entidade-atributo-relação (EAR) de [CHEN, 1976] e às regras de
transposição de [BENNET et Al, (1999)].
No segundo tipo de simulação, pretendeu-se ilustrar o SIT como uma tecnologia integradora,
capaz de realizar análises que envolvam informação proveniente de outros sistemas de
informação, como é o caso do SAP e do SGE. Esta característica do modelo, permitiu por
exemplo, obter a informação, quer dos dados energéticos associados a determinado PT
(energia activa, energia reactiva e factor de potência), disponíveis no SGE, quer das rotinas
de manutenção associadas a determinado equipamento, disponíveis no sistema SAP.
94
No fundo, o modelo do SIT conseguiu reproduzir a realidade em vários domínios,
nomeadamente:
Para concluir, convém salientar que o tipo de abordagem que foi feita ao longo da presente
dissertação, através da inclusão de vários tipos de modelos, tornam esta dissertação numa
espécie de Guideline a utilizar na integração de SIG’s ou outros sistemas de informação em
organizações.
95
8.3 Limitações do Modelo e da Dissertação
Uma vez que as fontes de informação do SIT, são essencialmente desenhos em formato
CAD, a integração do modelo do SIT numa organização, exige a existência e
disponibilização dos desenhos das diferentes infra-estruturas da organização, que após a sua
adequada conversão e georeferenciação serão integrados no SIT. Isto significa, que nas
organizações onde se pretenda integrar o SIT, deverá existir pelo menos uma estação de
CAD, que permita actualizar e/ou conceber os desenhos relativos às infra-estruturas. Em
alternativa, os desenhos poderão ser adquiridos no mercado, a empresas da especialidade, ou
ainda existir um outsourcing deste serviço. Esta é talvez a maior limitação do modelo,
porém, em organizações em contínua mudança, como é o caso da VW-Autoeuropa, deverá
existir também uma contínua actualização dos desenhos e consequentemente da informação
do SIT, sem o que, o SIT perde a fiabilidade.
Por outro lado, uma vez que o SIT integra para além das plataforma SIG e SGBD relacional,
informação proveniente de várias bases de dados relacionais e diversa informação das infra-
estruturas da organização, é necessário que os operadores do SIT (técnicos e engenheiros)
possuam um bom "Know-How" não só sobre sistemas de informação, mas também sobre as
infra-estruturas da organização que no fundo corresponde à informação a gerir pelo SIT. Os
efeitos desta limitação podem ser muito atenuados através da realização de acções de
formação e estágios em Portugal e no Estrangeiro.
Outra grande limitação do modelo do SIT, é a plataforma SIG não estar preparada para
comunicar directamente através de um protocolo de comunicação universal, como por
exemplo os protocolos (LON ®) 20e (EIB ® 21
) , ambos protocolos de comunicação universais
para redes em Bus. Se o subsistema SIG tivesse esta possibilidade, as potencialidades do SIT
seriam enormes uma vez que a informação descritiva de grande parte dos equipamentos seria
actualizada em tempo real. Neste caso o SIT, para além das potencialidades que já foram
referidas poderia ele próprio também, ser utilizado como sistema de gestão de energia,
substituindo com largas vantagens os actuais sistemas de informação utilizados com este
propósito. Penso que no futuro, algumas plataformas SIG poderão vir já preparadas para
20
LON - Local Operating Nework (Rede de Operação Local)
21
EIB - European Installation Bus - Bus de instalação europeia
96
comunicar com outros equipamentos, utilizando inclusivamente as tecnologias de
comunicação móveis mais recentes, como é o caso do GSM e GPRS.
A elaboração da presente dissertação foi também bastante limitada pelo facto da empresa
seleccionada para estudo de caso, VW-Autoeuropa, se encontrar em fase de lançamento de
um novo produto (Volkswagen – EOS), tendo por isso, sido obrigado a assinar um termo e
confidencialidade que me impediu a divulgação de qualquer informação considerada
confidencial, como por exemplo desenhos e documentos de trabalho. Foi precisamente esta a
razão, que me impediu também de apresentar os resultados das simulações efectuadas com o
modelo concebido.
Por outro lado, o facto da grande prioridade da VW-Autoeuropa, ser por esta altura, o
lançamento de um novo produto, desviou um pouco a atenção e até o interesse pela
integração de um novo sistema de informação como o SIT, na organização.
Uma vez que o presente trabalho foi desenvolvido sem qualquer apoio financeiro, a
concepção do modelo ficou muito limitada economicamente, o que impediu não só uma
dedicação maior, já que não foi possível realizar qualquer interrupção, ainda que temporária,
na minha actual ocupação, mas também a concretização de alguns desenvolvimentos que em
minha opinião poderiam ser muito interessantes, como por exemplo o desenvolvimento de
uma interface que permitisse uma integração fácil do SIT em redes universais de
comunicação em BUS, (LON ®) e / ou (EIB ® ).
97
8.4 Trabalhos Futuros
Uma vez adoptado o modelo por parte de uma organização, deverá progressivamente
expandir-se a outras infra-estruturas da mesma, já que o modelo tem potencialmente essa
possibilidade.
No caso da VW-Autoeuropa, o SIT poderá iniciar-se com o modelo proposto na presente
dissertação, expandindo-o de seguida a todos os equipamentos da rede eléctrica da empresa.
Com tempo e progressivamente, o SIT deverá ser expandido às redes de águas (industrial e
potável), de saneamento (esgoto doméstico e Industrial), rede informática (dados e voz) e
rede de iluminação de emergência. É provável que existam ainda na fábrica, outros
equipamentos e redes cuja aplicação do modelo também seria também possível, contudo, por
não os conhecer suficientemente, não me atrevo a sugerir a sua aplicação. É o caso de
equipamentos e redes ligadas à área da logística. De qualquer forma, será obrigação dos
responsáveis pelo projecto, a rentabilização máxima do SIT, devendo-se promover a sua
expansão a todas as infra-estruturas onde se prevejam vantagens com a sua aplicação.
98
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Atlântico Lisboa).
101
VISIO, M., 2002, Microsoft (R) Visio (R) Professional 2002 [Software] (Microsoft
Corporation).
102
ANEXOS
103
ANEXO 1 – TERMOS E CONCEITOS UTILIZADOS NO
ÂMBITO DOS CONSTITUINTES DE UMA
REDE ELÉCTRICA
De forma a clarificar o significado de alguns termos e conceitos utilizados durante o
desenvolvimento da dissertação, é feita a seguir uma descrição sucinta da estrutura geral de
uma rede de transporte e distribuição de energia eléctrica.
Os conceitos que se apresentam a seguir, foram adaptados de [D.L. 740/74], Regulamento de
Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica (RSIUEE), de [D.R. 90/84],
Regulamento de Segurança de Redes de Distribuição de Energia Eléctrica em Baixa Tensão
(RSRDEEBT), e de [D.R. 1/92], Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta
Tensão (RSLEAT).
Apesar do modelo do SIT poder facilmente ser aplicado à totalidade de uma rede de
transporte e distribuição de energia eléctrica, o desenvolvimento do modelo, no âmbito da
presente dissertação, foi feito apenas para uma rede de distribuição em baixa tensão (BT),
mais concretamente a rede de distribuição em B.T. da empresa VW-Autoeuropa,
seleccionada para o estudo de caso.
104
A figura seguinte ilustra o esquema eléctrico geral de uma rede de transporte e distribuição
de energia eléctrica.
O modelo do SIT, contempla apenas a rede de distribuição em baixa tensão da empresa VW-
Autoeuropa.
105
A1.1 Normalização de Tensões
Na prática, identifica-se como Baixa Tensão (BT). a primeira classe de tensões, Média
Tensão (MT) a segunda e como Alta Tensão (AT) a terceira.
106
A1.4 Barramento de Energia
Conjunto constituído por um ou mais condutores eléctricos e pelos elementos que asseguram
o seu isolamento eléctrico, as suas protecções mecânicas, químicas e eléctricas e a sua
fixação, devidamente agrupados e com aparelhos de ligação comuns. Na VW-Autoeuropa,
os barramentos de energia podem ser de 400 [A] ou 2500 [A].
Aparelho de corte ou de comando, que deverá poder ligar e desligar a potência aparente de
corte nominal, à tensão e factor de potência nominais, em boas condições de segurança e no
número de vezes adequado às condições normais de serviço.
107
A1.7 Potência [Watt]
Potência é o trabalho realizado por unidade de tempo.
A unidade SI de potência é o [Watt] e representa-se pelo símbolo W. Watt é a potência de
uma máquina que produz o trabalho de um Joule em cada segundo, isto é W=J/s.
1
P = V m I m cos ϕ
2
108
A1.7.3 Potência Eficaz ou Activa [Watt]
Vm
Vef = - Tensão eficaz [Volt]
1 2
Pef = Vef I ef cos ϕ
2 Im
I ef = - Corrente eficaz [Volt]
2
1
Pef = Vef I ef cosϕ =( Potência Aparente) ×cosϕ
2
1
Q = Vef I ef sin ϕ = Potência Aparente × sin ϕ
2
Devido à natureza da potência reactiva, é geralmente a potência activa que é conhecida. Para
se obter a potência aparente, bastará dividir a potência activa pelo cosϕ .
109
A1.7.5 Factor de Potência (FP)
110
O factor de potência pode também ser obtido, pelo quociente entre a Energia Activa e a
Energia Aparente ou total.
1
P = 3 V I cos ϕ
ef 2 ef ef
1
S= 3 V I
2 ef ef
1
Q = 3 V I senϕ
2 ef ef
111
ANEXO 2 – Modelo de Dados Físico do Subsistema
SGBD para Gestão de Equipamentos
Figura A2. 57 – Modelo EAR do subsistema «SGBD para gestão de equipamentos», com
derivação total de tabelas
112
A2.1 Criação das Tabelas do Subsistema SGBD para Gestão
de Equipamentos Através de SQL
Apesar do subsistema do SIT, «SGBD para gestão de equipamento», ter por base o pacote de
software Ms_Access 2002, existe uma linguagem padrão para inquirição de bases de dados,
denominada SQL (Structured Query Language) compatível com a generalidade dos Sistemas
de Gestão de Bases de Dados Relacionais. Por este motivo, apresentam-se neste capítulo as
instruções SQL que permitiriam a criação das tabelas e das Queries do modelo de dados do
subsistema SGBD apresentado.
A Criação e de tabelas é feita com a instrução CREATE TABLE cuja sintaxe é a seguinte:
Por exemplo, se for necessário omitir o atributo Nr_SAP na tabela PT, deverá utilizar-se a
seguinte sequência de instruções:
ALTER TABLE PT
DROP COLUMN Nr_SAP
113
A2.1.1 Tabela “Edifício”
Código SQL
Código SQL
114
A2.1.3 Tabela “PT”
Código SQL
CREATE TABLE PT
(
Nr_PT varchar(50) not null primary key,
Designacao varchar(80) not null,
Nr_Edificio varchar(50) not null references Edificio(Nr_Edificio),
Nr_SAP varchar(20) not null,
Coordenadas varchar(30),
Notas longchar
)
115
Código SQL
Código SQL
116
A2.1.6 Tabela “Cargas_Barramento”
Código SQL
117
Código SQL
Código SQL
118
A2.1.9 Tabela “Energia”
Código SQL
119
Código SQL
Código SQL
Note-se que nas duas últimas tabelas, a chave primária é formada pela combinação das duas
chaves estrangeiras, daí que o procedimento SQL para criação da tabela recorra à instrução
Constraint.
A Criação dos campos indexados (índices), é feita a partir de duas instruções SQL.
A instrução CREATE INDEX, que cria um índice que suporta repetições, e a instrução
CREATE UNIQUE INDEX, que cria um índice que não aceita repetições.
120
A sintaxe é a seguinte:
Exemplos
CREATE INDEX I4
ON Cargas_PT (Nr_Gaveta)
CREATE INDEX I1
ON Desenho (Armario)
121
A2.2 Definição de Query (VIEW)
Antes de apresentar o código em SQL, das query’s utilizadas no subsistema do modelo SIT,
começarei por apresentar uma definição de query e algumas das instruções do SQL mais
utilizadas na execução e construção de query’s.
Uma Query, também denominada em SQL de VIEW, é uma inquirição de informação a uma
base de dados. Existem três métodos para a construção de Queries.
O SGBD Access 2002 aceita a inquirição de bases de dados pelos três métodos citados.
A definição de query apresentada, foi adaptada de [WEBOPEDIA, 2005].
É feita a seguir uma descrição sucinta das instruções SQL mais utilizadas, adaptada de
[W3SCHOOLS, 2005], onde se disponibilizam vários tutoriais dedicados ao SQL.
122
A2.3 Algumas Instruções do SQL
Instrução Select
Condições de Selecção
=: igualdade
>, <: ordenação aritmética
BETWEEN: intervalo de valores
LIKE: condição para cadeia de caracteres
AND: conjunção lógica
OR: disjunção lógica
NOT: negação
Operadores Aritméticos
123
A Clausula Group By
Alteração de Valores
UPDATE <tabela>
SET <coluna> = <expressão>
[WHERE <condição>]
Junção de Tabelas
Embora seja possível fazer junções de tabelas, utilizando apenas as cláusulas FROM e
WHERE, existe em SQL a cláusula JOIN que permite fazer a junção de duas ou mais tabelas
através das respectivas chaves estrangeiras. Este comando tem a vantagem de separar as
cláusulas de selecção das que fazem a junção de tabelas tornando o código mais legível.
124
A2.4 Resumo das Instruções em SQL
Instrução Sintaxe
AND / OR SELECT column_name(s)
FROM table_name
WHERE condition
AND|OR condition
ALTER TABLE (add column) ALTER TABLE table_name
ADD column_name datatype
ALTER TABLE (drop column) ALTER TABLE table_name
DROP COLUMN column_name
AS (alias for column) SELECT column_name AS column_alias
FROM table_name
BETWEEN SELECT column_name(s)
FROM table_name
WHERE column_name
BETWEEN value1 AND value2
CREATE DATABASE CREATE DATABASE database_name
CREATE INDEX CREATE INDEX index_name
ON table_name (column_name)
CREATE TABLE CREATE TABLE table_name
(
column_name1 data_type,
column_name2 data_type,
.......
)
CREATE UNIQUE INDEX CREATE UNIQUE INDEX index_name
ON table_name (column_name)
125
Instrução Sintaxe
IN SELECT column_name(s)
FROM table_name
WHERE column_name
IN (value1,value2,..)
INSERT INTO INSERT INTO table_name
VALUES (value1, value2,....)
or
INSERT INTO table_name
(column_name1, column_name2,...)
VALUES (value1, value2,....)
JOIN SELECT field1, field2, field3
EQUI-JOIN FROM first_table
INNER JOIN INNER JOIN second_table
NATURAL-JOIN ON first_table.keyfield =
OUTER-JOIN second_table.foreign_keyfield
LEFT JOIN
RIGHT JOIN
LIKE SELECT column_name(s)
FROM table_name
WHERE column_name
LIKE pattern
ORDER BY SELECT column_name(s)
FROM table_name
ORDER BY column_name [ASC|DESC]
SELECT SELECT column_name(s)
FROM table_name
SELECT * SELECT *
FROM table_name
SELECT DISTINCT SELECT DISTINCT column_name(s)
FROM table_name
SELECT INTO SELECT *
(used to create backup copies of INTO new_table_name
tables) FROM original_table_name
or
SELECT column_name(s)
INTO new_table_name
FROM original_table_name
TRUNCATE TABLE TRUNCATE TABLE table_name
(deletes only the data inside the table)
UPDATE UPDATE table_name
SET column_name=new_value
[, column_name=new_value]
WHERE column_name=some_value
WHERE SELECT column_name(s)
FROM table_name
WHERE condition
126
A2.5 Código SQL das Query’S
Query_PT
Esta Query permite juntar informação das tabelas, PT, Edifício e Cargas_PT, possibilitando
obter informações sobre as características do PT’S, cargas que lhes estão associadas e ainda
saber o nome dos edifícios onde se encontra instalado cada PT.
A clausula INNER JOIN permite fazer a união das tabelas a partir dos atributos chave
comuns.
Query_Barramento
Esta query permite obter informações sobre as características de cada barramento e das
respectivas cargas que lhe estão associadas.
127
Query_Edificios
Esta query permite obter informações sobre cada edifício e respectivas secções.
Query_Desenhos
Esta query permite obter informações sobre os desenhos associados aos postos de
transformação (PT).
Query_Energia
Esta query permite identificar os quadros cujo factor de potência (FP) é superior a 0,9,
apresentando ainda a informação relativa aos dados energéticos, afecta aos quadros
seleccionados.
128
Query_Quadros
Esta query permite obter a informação relativa aos quadros eléctricos e aos dados energéticos
disponibilizados pela tabela Energia.
129
ANEXO 3 – Recursos On-Line Relevantes
Título URL
http://www.utexas.edu/its/windows/database/d
DEA Model
atamodeling/dm/erintro.html
http://www.esri.com/industries/electric/su
ESRI – Case Studies
ccess-stories/case-studies.html
ESRI Home Page http://www.esri.com
www.rational.com/um/resources/documentati
IBM - Rational Software
on/index.jsp
,www.intelligententerprise.com/db_area/archives/1
Normalization ideas; By C.J.Date 999/992004/online2.jhtml
130