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Bibliografia Indicada:
ATIENZA, Manuel. As razões do Direito: Teoria da Argumentação Jurídica. Trad. Maria Cristina
Guimarães Cupertino. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014.
Há autores que estão no meio, acreditando que há uma racionalidade do agir, com forças da
subjetividade encontrada a partir de coações racionais. Na teoria da argumentação o direito é
uma empresa racional, mas não do tipo logico, reconhecendo os limites da logica na
construção da decisão judicial.
A bibliografia traz uma exposição de autores que merecem ser revisitados como o caso de
Theodore Fivekz (Topicos de Jurisprudencia); Chain Perleman (Nova Retorica); Tomin*; Bill
Macckorneck (contexto da teoria do direito da common law), e o Alexy.
A partir destas criticas, introduz um tema nova, contribuindo e acrescendo a teoria do direito,
com a Teoria dos Casos Trágicos, contribuindo à ideia da teoria dos casos facieis (uma
possibilidade de decisão), casos difíceis (mais de uma decisão), e no caso nenhuma decisão
sem violação da ordem jurídica, expandindo os limites da teoria do direito. Desenvolvido junto
com o Prof. Aloisio (bla) da Universidade de Coimbra
Analise Sumario
A primeira parte busca a partir da teoria da argumentação a busca da descrição a partir do
siologismo (originário da grecia em uma transliteração de juízos – sio (ir junto/combinar) ou
seja, o conjunto de juízos integrados). É um tema importante a partir da teoria da ciência, com
origem nos gregos analíticos, servindo tanto para o campo das cienencias, como o siologismo
teórico que descreve o mundo e o siologismo pratico que a partir da estrutura de premissas
conclui a cerca daquilo que deve ser determinando uma ação.
O Siologismos pratico representa a pretensão de trazer a estrutura da logica que explica o
desenvolvimento das premissas do campo teórico para o campo pratico, incluindo em ideias
de validade dedutiva (fala-se em dedução)
O dialético e o demonstrativo diferem-se pela natureza das premissas e não das conclusões.
No demonstrativo tenho premissas evidentes (tal qual a geometria euclidiana) chegando a
conclusões evidentes e necessárias de mesma natureza. A força da afirmação (premissa
inquestionável, bla bla bla) implica na mesma força da conclusão.
A teoria padrão da argumentação jurica se situa precisamente nessa segunda perspectiva, isto
é, no contexto de justificação dos argumentos, e em geral costuma ter pretensões tanto
descritivas quanto prescritivas: trata-se, portanto, de deorias (como as de Alexy ou de
Maccormick, abordadas mais adiante nesse livro) que pretendem mostrasr como as decisões
jurídicas se justidicam de fato e também (e ao mesmo tempo, pois segundo eles os dois planos
em geral coincidem) como deveriam elas ser justificadas. (ATIENZA, 2014, p. 18)
As posturas prescritivas e descritivas podem ocorrer tento no campo da descoberta como nos
campos da justificação, podendo a postura documentar o fato tal qual ele é, ou como deveria
ser.
Chama atenção a distinção clássica entre casos fáceis e casos difíceis (2014, p. 33).
As, naturalmente, além dos casos simples há também os casos difíceis (de que se ocupa em
especial da a teoria da arumentacao juricica), isto é, suposições nas quais a tarefa de
estabelecer a premissa fática e ou a premissa normativa exige novas arumentacoes que podem
ou não ser dedutivas. Weoblewski (e a sua terminologia é hoje amplamente aceita) chamou ao
primeiro tipo de justificação o que se refere à validade de uma inferência a partr de premissas
dadas, justificação interna. E o segundo tipo de justifica, o que poe a prova o caráter menos ou
mais fundadmentado de suas premissas, justificação externa. A justificação interna é apenas
questão de logica dedutiva, mas na justificação externa, é preciso ir além da logica em sentido
estrito.
A justificação externa apresenta palavras polisemanticas, como princípios que podem ser
normas com alto níveis de legalidade; valores, ou seja, conceitos diferentes, que alteram seus
pressupostos ou conclusões.
Quando saímos do campo dos casos fáceis, da logica, e entramos nos casos dificieis que
influem na teoria da argumentação.
Por outro lado, a lógica jurídica vai além da argumentação jurídica no sentido de que tem um
objeto de estudo mais amplo. Para esclarecer isso podemos utilizar uma conhecida distinção
feita por Bobbio (1965) dentro da lógica jurídica. Na sua opinião a lógica jurídica seria
constituída pela lógica do Direito, que se concentra na análise da estrutura lógica das normas e
do ordenamento jurídico, e pela lógica dos juristas, que se ocupa do estudo dos diversos
raciocínios ou argumentações feitos pelos juristas teóricos ou práticos. Naturalmente esses
dois campos de estudo não podem se separar de maneira taxativa: por exemplo, a construção
do silogismo jurídico não pode ser feita desconsiderando-se a análise lógica das normas
jurídicas, já que - como vimos - uma de suas premissas e a conclusão são normas; e quando
discutimos a questão de se a lógica se aplica ou não às normas, surgiu o problema das
contradições entre normas, um problema típico da lógica do Direito ou - como hoje se costuma
denominar - da lógica deôntica ou das normas. (ATIENZA, 2014, p.34)
O que normalmente se entende hoje por teoria da argumentação jurídica tem sua origem
numa série de obras dos anos 50 que compartilham entre si a rejeição da lógica formal como
instrumento para analisar os raciocínios jurídicos. (ATIENZA, 2014, p.37)
Em 1953 foi publicada a primeira edição da obra de Theodor Viehweg Topik und Jurisprudenz,
cuja idéia fundamental consistia em reivindicar o interesse que, para a teoria e a prática
jurídicas, tinha a ressurreição do modo de pensar tópico ou retórico. O livro de Viehweg teve
grande êxito na teoria do Direito da Europa continental1 e se converteu, desde então, num
dos centros de atenção da polêmica em torno do chamado “método jurídico”. Com relação às
muitas discussões que, a partir daí, se sucederam - sobretudo, naturalmente, na Alemanha -
entre partidários e os detratores da tópica, é preciso dizer que, em geral, o debate foi
proposto em termos não muito claros, devido em grande parte ao caráter esquemático e
impreciso da obra fundadora de Viehweg.2 Além disso, para avaliar em seu contexto o livro de
Viehweg, há três dados que vale a pena levar em conta. (ATIENZA, 2014, p.37)
O segundo dado é que a obra de Viehweg aparece muito pouco depois da irrupção da lógica
moderna no mundo do Direito. Como antes já indiquei, tanto a Juristische Logik de Klug (que
representa a primeira - ou uma das primeiras - tentativas de aplicar a lógica formal geral ao
campo do Direito) quanto o ensaio Deontic logic de H. G. von Wright (que supõe o surgimento
da lógica das normas, isto é, a construção de uma lógica especial para o mundo das normas - e,
portanto, também para o mundo do Direito) datam de 1951. A contraposição entre lógica e
tópica é, como em seguida veremos, uma das idéias centrais da obra de Viehweg e também
um dos aspectos mais discutidos com relação à tópica jurídica. (ATIENZA, 2014, p.38)
E, por fim, o terceiro dado a assinalar é que as idéias de Viehweg têm uma “semelhança óbvia”
(cf. Carrió, 1964, pág. 137) com as defendidas por Edward H. Levi numa obra publicada
também em 1951, An introduction to legal reasoning, que desde estão teve uma grande
influência no âmbito da common law, e à qual o próprio Viehweg se refere episodicamente
(1964, pág. 70). Também por essa mesma época outros autores, como Luis Recaséns Siches
(1956) ou Joseph Esser (1961), publicaram diversos trabalhos nos quais sustentavam uma
concepção da argumentação e da interpretação jurídica muito semelhante à de Viehweg.
Vejamos, muito resumidamente, em que consistia a proposição de Levi, que, na minha
opinião, é também quem apresenta um interesse maior do ponto de vista da teoria da
argumentação jurídica. (ATIENZA, 2014, p.38)
O que é a TOPICA de VIEHWEG?
Tópica é a ciência relativa aos lugares comuns, TOPOI, estratégia argumentativa que
combatentes em debates utilizam, sendo uma ciência utilizada para desenvolver técnicas
argumentativas tendo em vista a vitória em discussão. *** (Cabe artigo vinculando esta ideia a
heurísticas – vide aula nojiri – teoria da decisão???). Sendo uma parte da dialética.
A dialética implica o daber em duas coisas, sendo a arte do debate, inclui um conhecimento
das endoxas (premissas refutadas/plausíveis, ou seja, dentro da opinião). Incluindo os
conhecimentos do topois (modelos de argumentos – objeto da tópica)
Viehweg descreve o ordenamento além da sua forma organizada, mas como um catalogo de
argumento, com topois de primeiro e segundo grau, com argumentos para resolver disputas
entre raciocínios. Sendo a critica a esta forma de pensar, com a perda da sistematicidade,
perde-se a previsibilidade, acabando com a segurança jurídica, por meio da destruição da
universalidade do direito, implicando na falta de legitimidade e justiça. Atenção aos aspectos
sócios-culturais.
O direito nada mais é pela tópica o resultado de uma discussão argumentativa, pode-se falar
em um conflito de narrativas discursivas justificadas progressivamente no espaço-tempo a
partir das relações sócio-culturais. (verificar com o Nuno a presente afirmação)