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Aula 02

Raciocínio Lógico e Raciocínio Analítico p/ Teste Preparatório ANPAD

Professores: Arthur Lima, Hugo Lima


RACIOCÍNIO LÓGICO E RACIOCÍNIO ANALÍTICO P/
TESTE ANPAD
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Prof. Arthur Lima, Prof. Hugo Lima Aula 02

AULA 02 – Lógica Proposicional (Continuação)

SUMÁRIO PÁGINA
1. Teoria 02
2. Resolução de exercícios 31
3. Questões apresentadas na aula 89
4. Gabarito 108

Olá!
Nesta aula vamos avançar no estudo da lógica proposicional com os
tópicos Quantificadores e Argumentos.
Tenha uma boa aula e, em caso de dúvidas, não hesite em me
procurar.

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1. TEORIA
1.1 ARGUMENTAÇÃO
Veja o exemplo abaixo:
a: Todo nordestino é loiro
b: José é nordestino
Conclusão: Logo, José é loiro.

Temos premissas (a e b) e uma conclusão que deve derivar


daquelas premissas. Isso é um argumento: um conjunto de premissas e
conclusão a elas associada.

Dizemos que um argumento é válido se, aceitando que as


premissas são verdadeiras, a conclusão é NECESSARIAMENTE verdadeira.
Veja que não nos interessa aqui questionar a realidade das premissas.
Todos nós sabemos que dizer que “todo nordestino é loiro” é uma
inverdade. Mas o que importa é que, se assumirmos que todos os
nordestinos são loiros, e também assumirmos que José é nordestino,
logicamente a conclusão “José é loiro” é verdadeira, e por isso este
argumento é VÁLIDO.
Uma outra forma de fazer esta análise é pensar o seguinte: se este
argumento fosse INVÁLIDO, seria possível tornar a conclusão falsa e,
simultaneamente, todas as premissas verdadeiras. Vamos “forçar” a
conclusão a ser falsa, assumindo que José NÃO é loiro. Feito isso, vamos
tentar “forçar” ambas as premissas a serem verdadeiras. Começando pela
primeira, devemos aceitar que “todo nordestino é loiro”. Mas veja que, se
aceitarmos isso, a segunda premissa (“josé é nordestino”) seria
automaticamente falsa, pois assumimos que José não é loiro, e por isso
ele não pode ser nordestino. Repare que não conseguimos tornar a
conclusão F e ambas as premissas V simultaneamente, ou seja, não
conseguimos forçar o argumento a ser inválido, o que o torna um
argumento VÁLIDO.

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Agora veja este argumento:
a: Todo nordestino é loiro
b: José é loiro
Conclusão: Logo, José é nordestino.

Vamos usar o segundo método que citei, tornando a conclusão falsa


e em seguida tentando tornar as premissas verdadeiras. Para que a
conclusão seja falsa, é preciso que José NÃO seja nordestino. Com isso
em mãos, vamos tentar tornar as premissas V. Para a primeira premissa
ser verdade, devemos assumir que todos os nordestinos realmente são
loiros. E nada impede que a segunda premissa seja verdade, e José seja
loiro. Ou seja, é possível que a conclusão seja F e as duas premissas
sejam V, simultaneamente, o que torna este argumento INVÁLIDO.
Analisando pelo primeiro método, bastaria você verificar que se
todo nordestino é loiro, o fato de José ser loiro não implica que ele
necessariamente seja nordestino (é possível que outras pessoas sejam
loiras também). Assim, a conclusão não decorre logicamente das
premissas, o que faz deste um argumento INVÁLIDO.

Em resumo, os dois métodos de análise da validade de argumentos


são:

1 – assumir que todas as premissas são V e verificar se a conclusão é


obrigatoriamente V (neste caso, o argumento é válido; caso contrário, é
inválido);

2 – assumir que a conclusão é F e tentar tornar todas as premissas V (se


conseguirmos, o argumento é inválido; caso contrário, é válido)

Vamos praticar um pouco nas questões abaixo.

1. IADES – CFA – 2010) Considere os argumentos a seguir.

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Argumento I: Se nevar então vai congelar. Não está nevando. Logo, não
vai congelar.
Argumento II: Se nevar então vai congelar. Não está congelando. Logo,
não vai nevar.
Assim, é correto concluir que:
a) ambos são falácias
b) ambos são tautologias
c) o argumento I é uma falácia e o argumento II é uma tautologia
d) o argumento I é uma tautologia e o argumento II é uma falácia
RESOLUÇÃO:
Vamos analisar cada argumento:

Argumento I:
P1  Se nevar então vai congelar.
P2  Não está nevando.
Conclusão  Logo, não vai congelar.

Vamos imaginar que a conclusão é F. Portanto, vai congelar. Agora


vamos tentar tornar as premissas Verdadeiras (forçando o argumento a
ser inválido). Em P2 vemos que “não está nevando”. Assim, a primeira
parte de P1(“nevar”) é F, de modo que P1 é V também.
Foi possível ter a conclusão F quando ambas as premissas eram V.
Ou seja, esse argumento é inválido (falácia).

Argumento II:
P1  Se nevar então vai congelar.
P2  Não está congelando.
Conclusão  Logo, não vai nevar.
Assumindo que a conclusão é F, vemos que vai nevar. Agora vamos
tentar forçar as premissas a serem verdadeiras. Para P2 ser verdadeira, é

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preciso que não esteja congelando. Porém com isso a condicional de P1
fica VF, pois “nevar” é V e “vai congelar” é F.
Ou seja, NÃO foi possível tornar as duas premissas V quando a
conclusão era F. Isso mostra que este argumento é válido (ou uma
tautologia).
Resposta: C

2. FCC – ICMS/SP – 2006) Considere os argumentos abaixo:

Indicando-se os argumentos legítimos por L e os ilegítimos por I, obtêm-


se, na ordem dada,
a) L, L, I, L
b) L, L, L, L
c) L, I, L, I
d) I, L, I, L
e) I, I, I, I
RESOLUÇÃO:
Veja a análise de cada argumento, forçando as premissas a serem V
e verificando se a conclusão é necessariamente V (tornando o argumento
válido / legítimo) ou se ela pode ser F (tornando o argumento inválido /
ilegítimo):

I. Na primeira premissa (“a”), vemos que “a” precisa ser V. Na segunda


(ab), como “a” é V, então “b” precisa ser V para a premissa ser V. Logo,
podemos concluir que “b” é V. Argumento válido/legítimo.

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II. Na primeira premissa vemos que “~a” é V, logo “a” é F. Na segunda,
como “a” é F, “b” pode ser V ou F que a premissa continua verdadeira.
Não podemos concluir que ~b é V ou F. Argumento inválido/ilegítimo.

III. Na primeira premissa vemos que “~b” é V, logo “b” é F. Na segunda,


como “b” é F, então “a” precisa ser F para que a premissa seja
verdadeira. Portanto, podemos concluir que “~a” é V. Argumento
válido/legítimo.

IV. Na primeira premissa vemos que “b” é V. Na segunda, como “b” é V,


“a” pode ser V ou F e a premissa continua verdadeira. Não podemos
concluir o valor lógico de “a”. Argumento inválido/ilegítimo.
Resposta: C

Chamamos de silogismo o argumento formado por exatamente 2


premissas e 1 conclusão, como:
P1: todo nordestino é loiro (premissa maior – mais geral);
P2: José é nordestino (premissa menor – mais específica)
Conclusão: Logo, José é loiro.

Sofisma ou falácia é um raciocínio errado com aparência de


verdadeiro. Consiste em chegar a uma conclusão inválida a partir de
premissas válidas, ou mesmo a partir de premissas contraditórias entre
si. Por exemplo:
Premissa 1: A maioria dos políticos é corrupta.
Premissa 2: João é político.
Conclusão: Logo, João é corrupto.

Veja que o erro aqui foi a generalização. Uma coisa é dizer que a
maioria dos políticos é corrupta, outra é dizer que todos os políticos são
corruptos. Não é possível concluir que João é corrupto, já que ele pode

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fazer parte da minoria, isto é, do grupo dos políticos que não são
corruptos.
Observe esta outra falácia:
Premissa 1: Se faz sol no domingo, então vou à praia.
Premissa 2: Fui à praia no último domingo.
Conclusão: Logo, fez sol no último domingo.

A primeira premissa é do tipo condicional, sendo formada por uma


condição (se faz sol...) e um resultado (então vou à praia). Com base
nela, podemos assumir que se a condição ocorre (isto é, se efetivamente
faz sol), o resultado obrigatoriamente tem de acontecer. Mas não
podemos assumir o contrário, isto é, que caso o resultado ocorra (ir à
praia), a condição ocorreu. Isto é, eu posso ter ido à praia mesmo que
não tenha feito sol no último domingo.

Quando tratamos sobre argumentos, os dois principais tipos de


questões são:
1- as que apresentam um argumento e questionam a sua validade;
2- as que apresentam as premissas de um argumento e pedem as
conclusões.

Já tratamos acima sobre o primeiro tipo, e agora vamos nos


debruçar sobre o segundo. Quando são apresentadas as premissas de um
argumento e solicitadas as conclusões, você precisa lembrar que para
obter as conclusões, é preciso assumir que TODAS as premissas são
VERDADEIRAS.

Além disso, você precisa identificar diante de qual caso você se


encontra (cada um possui um método de resolução):

- caso 1: alguma das premissas é uma proposição simples.

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- caso 2: todas as premissas são proposições compostas, mas as
alternativas de resposta (conclusões) são proposições simples.
- caso 3: todas as premissas e alternativas de resposta (conclusões) são
proposições compostas.

Vejamos como enfrentar cada uma dessas situações diretamente


em cima de exercícios. A questão abaixo enquadra-se no “caso 1”, pois
uma das premissas fornecidas é uma proposição simples. Neste caso,
basta começar a análise a partir da proposição simples, assumindo-a
como verdadeira, e então seguir analisando as demais premissas.

3. ESAF – PECFAZ – 2013) Considere verdadeiras as premissas a


seguir:
– se Ana é professora, então Paulo é médico;
– ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante;
– Marta não é estudante.
Sabendo-se que os três itens listados acima são as únicas premissas do
argumento, pode-se concluir que:
a) Ana é professora.
b) Ana não é professora e Paulo é médico.
c) Ana não é professora ou Paulo é médico.
d) Marta não é estudante e Ana é Professora.
e) Ana é professora ou Paulo é médico.
RESOLUÇÃO:
Note que temos 3 premissas, sendo que a última é uma proposição
simples:
P1: se Ana é professora, então Paulo é médico;
P2: ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante;
P3: Marta não é estudante.
Começamos a análise pela proposição simples P3. Como ela é
verdadeira (devemos assumir que todas as premissas são V para chegar
na conclusão), sabemos que Marta não é estudante. Em P2 temos uma

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disjunção exclusiva. Como ao analisar P3 vimos que “Marta é estudante”
é Falso, então Paulo não é médico precisa ser V. Por fim em P1 vemos
que “Paulo é médico” é F, de modo que “Ana é professora” precisa ser F
também, de modo que Ana não é professora.
Portanto, as conclusões estão sublinhadas acima. Analisando as
opções de resposta:
a) Ana é professora (F)  falso
b) Ana não é professora (V) e Paulo é médico (F)  falso
c) Ana não é professora (V) ou Paulo é médico (F)  verdadeiro
d) Marta não é estudante (V) e Ana é Professora (F)  falso
e) Ana é professora (F) ou Paulo é médico (F)  falso
RESPOSTA: C

A próxima questão se enquadra no caso 2, onde todas as premissas


são proposições compostas, mas as alternativas de resposta (conclusões)
contém proposições simples. Neste caso é preciso usar um artifício,
“chutando” o valor lógico de alguma das proposições simples que
integram as premissas. Entenda como fazer isso a partir da análise desta
questão.

4. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2012) Se Ana é pianista, então Beatriz


é violinista. Se Ana é violinista, então Beatriz é pianista. Se Ana é
pianista, Denise é violinista. Se Ana é violinista, então Denise é pianista.
Se Beatriz é violinista, então Denise é pianista. Sabendo-se que nenhuma
delas toca mais de um instrumento, então Ana, Beatriz e Denise tocam,
respectivamente:
a) piano, piano, piano.
b) violino, piano, piano.
c) violino, piano, violino.
d) violino, violino, piano.
e) piano, piano, violino.
RESOLUÇÃO:

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Temos as seguintes proposições compostas como premissas:
P1: Se Ana é pianista, então Beatriz é violinista.
P2: Se Ana é violinista, então Beatriz é pianista.
P3: Se Ana é pianista, Denise é violinista.
P4: Se Ana é violinista, então Denise é pianista.
P5: Se Beatriz é violinista, então Denise é pianista.
Veja que todas as premissas são proposições compostas. Veja ainda
que todas as opções de resposta são proposições simples. Quando temos
“piano, piano, piano”, por exemplo, você deve ler “Ana toca piano, Beatriz
toca piano, Denise toca piano”. Repare que esta é uma enumeração de
proposições simples, e não uma única proposição composta, pois não
temos os conectivos (“e”, “ou” etc.).
Neste caso o método de resolução consiste em “chutar” o valor
lógico de alguma das proposições simples e, a partir daí, verificar o valor
lógico das demais – sempre lembrando que todas as premissas devem ser
verdadeiras.
Chutando que Ana é pianista, em P1 vemos que Beatriz é violinista,
caso contrário essa premissa não seria verdadeira. Veja que P2 fica
verdadeira, pois “Ana é violinista” é F. Em P3 vemos que Denise é
violinista, caso contrário essa premissa não seria verdadeira. Veja que P4
fica verdadeira, pois “Ana é violinista” é F. Porém P5 fica falsa, pois
“Beatriz é violinista” é V e “Denise é pianista” é F. Veja que, com nosso
chute inicial (Ana é pianista), não foi possível tornar todas as premissas
verdadeiras simultaneamente. Onde está o erro? No nosso chute!
Portanto, precisamos reiniciar a resolução, fazendo outra tentativa.
Agora vamos assumir agora que Ana é violinista. Em P2 vemos que
Beatriz é pianista, e em P4 vemos que Denise é pianista. Nessas
condições, P1 e P3 já estão verdadeiras (pois “Ana é pianista” é F), e P5
também (pois “Beatriz é violinista” é F). Conseguimos tornar todas as
premissas verdadeiras, logo Ana, Beatriz e Denise tocam,
respectivamente:
- violino, piano e piano.

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RESPOSTA: B

Vamos seguir adiante vendo o nosso “caso 3”. Neste tipo de


questão são fornecidas premissas e solicitadas as conclusões do
argumento, mas tanto as premissas como as opções de resposta
(conclusões) são proposições compostas. Este é o caso mais complexo, e
também o mais raro em provas.
Aqui é necessário recorrer a uma solução um pouco diferente, sobre
a qual trataremos agora, com base no exercício abaixo:

5. ESAF – ANEEL – 2004) Se não leio, não compreendo. Se jogo, não


leio. Se não desisto, compreendo. Se é feriado, não desisto. Então,
a) se jogo, não é feriado.
b) se não jogo, é feriado.
c) se é feriado, não leio.
d) se não é feriado, leio.
e) se é feriado, jogo.
RESOLUÇÃO:
Nesta questão todas as premissas são proposições compostas
(condicionais). E todas as alternativas de resposta (conclusões) também
são condicionais. Aqui é “perigoso” resolver utilizando o método de chutar
o valor lógico de uma proposição simples (você pode até chegar ao
resultado certo, por coincidência, em algumas questões).
Para resolver, devemos lembrar do conceito de conclusão, que pode
ser resumido assim:
“Conclusão de um argumento é uma frase que nunca é F quando todas as
premissas são V.”
O que nos resta é analisar as alternativas uma a uma, aplicando o
conceito de Conclusão visto acima. Repare que todas as alternativas são
condicionais pq, que só são falsas quando p é V e q é F. Portanto, o que
vamos fazer é:

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- tentar "forçar" a ocorrência de p Verdadeira e q Falsa em cada
alternativa (com isto, estamos forçando a conclusão a ser F)
- a seguir, vamos verificar se é possível completar todas as
premissas, tornando-as Verdadeiras.
- Se for possível tornar todas as premissas V quando a conclusão é F,
podemos descartar a alternativa, pois não se trata de uma
conclusão válida.
Vamos lá?

a) Se jogo, não é feriado


Devemos forçar esta conclusão a ser F, dizendo que “jogo” é V e
“não é feriado” é F (e, portanto, “é feriado” é V).
Com isso, podemos ver na premissa “Se jogo, não leio” que “não
leio” precisa ser V também, pois “jogo” é V.
Da mesma forma, na premissa “Se não leio, não compreendo”
vemos que “não compreendo” precisa ser V. E com isso “compreendo” é
F.
Portanto, na premissa “Se não desisto, compreendo”, a proposição
“não desisto” também deve ser F.
Por fim, em “Se é feriado, não desisto”, já definimos que “é feriado”
é V, e que “não desisto” é F. Isto torna esta premissa Falsa! Isto nos
mostra que é impossível tornar todas as premissas V quando a conclusão
é F. Isto é, quando as premissas forem V, necessariamente a conclusão
será V. Assim, podemos dizer que esta é, de fato, uma conclusão válida
para o argumento.
Este é o gabarito. Vejamos as demais alternativas, em nome da
didática.

b) Se não jogo, é feriado


Devemos assumir que "não jogo" é V e “é feriado” é F, para que
esta conclusão tenha valor Falso (“jogo” é F e “não é feriado” é V).

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Em “Se jogo, não leio”, como “jogo” é F, “não leio” pode ser V ou F
e ainda assim esta premissa é Verdadeira. Da mesma forma, em “Se é
feriado, não desisto”, sendo “é feriado” F, então “não desisto” pode ser V
ou F e ainda assim esta premissa é Verdadeira.
Em “Se não leio, não compreendo”, basta que “não leio” seja F e a
frase já pode ser dada como Verdadeira, independente do valor de “não
compreendo”. Da mesma forma, em “Se não desisto, compreendo”, basta
que “não desisto” seja F e a frase já é Verdadeira.
Veja que é possível tornar todas as premissas V, e, ao mesmo
tempo, a conclusão F. Portanto, esta não é uma conclusão válida,
devendo ser descartada.

c) Se é feriado, não leio


Assumindo que “é feriado” é V e que “não leio” é F (“leio” é V), para
que a conclusão seja falsa, vejamos se é possível tornar todas as
premissas Verdadeiras.
Em “Se é feriado, não desisto”, vemos que “não desisto” precisa ser
V (pois “é feriado” é V).
Em “Se jogo, não leio”, vemos que “jogo” precisa ser F (pois “não
leio” é F).
Em “Se não desisto, compreendo”, como “não desisto” é V, então
“compreendo” precisa ser V.
Em “Se não leio, não compreendo”, vemos que esta premissa já é V
pois “não leio” é F.
Portanto, é possível ter todas as premissas V e a conclusão F,
simultaneamente. Demonstramos que esta conclusão é inválida.

d)Se não é feriado, leio


Rapidamente: “não é feriado” é V e “leio” é F (“não leio” é V).
Em “Se é feriado, não desisto” já temos uma premissa V, pois “é
feriado” é F.

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Em “Se não leio, não compreendo”, vemos que “não compreendo”
precisa ser V (“compreendo” é F).
Em “Se não desisto, compreendo”, vemos que “não desisto” deve
ser F.
Em “Se jogo, não leio”, como “não leio” é V, a frase já é Verdadeira.
Conseguimos tornar todas as premissas V e a conclusão F, sendo
esta conclusão inválida.

e) Se é feriado, jogo
“É feriado” é V; “jogo” é F (“não jogo” é V).
“Se jogo, não leio” já é V, pois “jogo” é F. “Não leio” pode ser V ou
F.
“Se é feriado, não desisto”  “não desisto” precisa ser V.
“Se não desisto, compreendo”  “compreendo” precisa ser V.
“Se não leio, não compreendo”  “não leio” deve ser F, pois “não
compreendo” é F.
Novamente foi possível ter todas as premissas V e a conclusão F.
Conclusão inválida.
Resposta: A

Certifique-se que você entendeu este método de resolução, baseado


no conceito de “Conclusão”, resolvendo a questão a seguir ANTES de ler
os meus comentários!

6. FCC – TCE-PR – 2011) Considere que as seguintes premissas são


verdadeiras:

I. Se um homem é prudente, então ele é competente.


II. Se um homem não é prudente, então ele é ignorante.
III. Se um homem é ignorante, então ele não tem esperanças.
IV. Se um homem é competente, então ele não é violento.

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Para que se obtenha um argumento válido, é correto concluir que se um
homem:
(A) não é violento, então ele é prudente.
(B) não é competente, então ele é violento.
(C) é violento, então ele não tem esperanças.
(D) não é prudente, então ele é violento.
(E) não é violento, então ele não é competente.
RESOLUÇÃO:
Estamos novamente diante de um caso onde temos várias
proposições compostas como premissas, e várias conclusões também
formadas por proposições compostas. Assim, devemos testar cada
alternativa de resposta, verificando se temos ou não uma conclusão
válida.
Temos, resumidamente, o seguinte conjunto de premissas:
I. prudente  competente
II. não prudente  ignorante
III. ignorante  não esperança
IV. competente  não violento

Uma condicional só é falsa quando a condição (p) é V e o resultado


(q) é F. Ao analisar cada alternativa, vamos assumir que p é V e que q é
F, e verificar se há a possibilidade de tornar todas as premissas
Verdadeiras. Se isso ocorrer, estamos diante de uma conclusão inválida,
certo?

a) não violento  prudente


Assumindo que “não violento” é V e “prudente” é F (“não prudente”
é V), temos:
I. prudente  competente: já é V, pois “prudente” é F.
IV. competente  não violento: já é V, pois “não violento” é V.
II. não prudente  ignorante: “ignorante” deve ser V, pois “não
prudente” é V.

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III. ignorante  não esperança: “não esperança” deve ser V, pois
“ignorante” é V.
Foi possível tornar as 4 premissas V, enquanto a conclusão era F.
Assim, a conclusão é inválida.

b) não competente  violento


“Não competente” é V e “violento” é F. Assim:
I. prudente  competente: “prudente” deve ser F, pois “competente” é F.
II. não prudente  ignorante: “ignorante” deve ser V, pois “não
prudente” é V.
III. ignorante  não esperança: “não esperança” deve ser V, pois
“ignorante” é V.
IV. competente  não violento: já é V, pois “competente” é F.
Foi possível tornar as 4 premissas V, enquanto a conclusão era F.
Assim, a conclusão é inválida.

c) violento  não esperança


Sendo “violento” V e “não esperança” F:
III. ignorante  não esperança: “ignorante” deve ser F, pois “não
esperança” é F.
IV. competente  não violento: “competente” deve ser F, pois “não
violento” é F.
I. prudente  competente: “prudente” deve ser F, pois “competente” é F.
II. não prudente  ignorante: já definimos que “não prudente” é V, e
“ignorante” é F. Isto deixa esta premissa Falsa.
Não conseguimos tornar todas as premissas V quando a conclusão
era F. Portanto, essa conclusão é sempre V quando as premissas são V, o
que torna esta conclusão válida.

d) não prudente  violento


“Não prudente” é V e “violento” é F. Logo:
I. prudente  competente: já é V, pois “prudente” é F.

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II. não prudente  ignorante: “ignorante” é V, pois “não prudente” é V.
III. ignorante  não esperança: “não esperança” é V, pois “ignorante” é
V.
IV. competente  não violento: já é V, pois “não violento” é V.
Foi possível tornar as 4 premissas V, enquanto a conclusão era F.
Assim, a conclusão é inválida.

e) não violento  não competente


“Não violento” é V e “não competente” é F. Assim:
I. prudente  competente: já é V, pois “competente” é V.
IV. competente  não violento: “não violento” é V, pois “competente” é
V.
II. não prudente  ignorante: se, por exemplo, “não prudente” for F, esta
sentença já é V (veja que a sentença I não impede que “não prudente”
seja F).
III. ignorante  não esperança: se “ignorante” for F, esta sentença já é V
(a sentença II não impede que “ignorante” seja F).
Foi possível tornar as 4 premissas V, enquanto a conclusão era F.
Assim, a conclusão é inválida.
Resposta: C

Antes de avançarmos, trabalhe mais uma questão sobre a


VALIDADE de argumentos lógicos:

7. FUNDATEC – IRGA – 2013) Considere os seguintes argumentos,


assinalando V, se válidos, ou NV, se não válidos.
( ) Se o cão é um mamífero, então laranjas não são minerais.
Ora, laranjas são minerais, logo, o cão não é um mamífero.
( ) Quando chove, João não vai à escola.
Hoje não choveu, portanto, hoje João foi à escola.
( ) Quando estou de férias, viajo.
Não estou viajando agora, portanto, não estou de férias.

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A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo,
é:
a) V – V – V
b) V – V – NV
c) V – NV – V
d) NV – V – V
e) NV – NV – NV
RESOLUÇÃO:
Vejamos cada argumento:
P1: Se o cão é um mamífero, então laranjas não são minerais.
P2: Ora, laranjas são minerais
Conclusão: Logo, o cão não é um mamífero.
Para verificar a validade deste argumento, podemos assumir que as
premissas são verdadeiras e, com isso, observar se a conclusão
necessariamente será verdadeira.
P2 é uma proposição simples, que nos diz que “laranjas são
minerais”. Portanto, em P1 vemos que “laranjas não são minerais” é F, de
modo que “cão é um mamífero” precisa ser F para que esta premissa seja
verdadeira. Com isso, vemos que o cão não é um mamífero, de modo que
a conclusão é necessariamente verdadeira (isto é, ela decorre das
premissas). Portanto, este argumento é VÁLIDO.

P1: Quando chove, João não vai à escola.


P2: Hoje não choveu
Conclusão: Portanto, hoje João foi à escola.
Em P2 vemos que “hoje não choveu”. Em P1, sabemos que “chove”
é F, de modo que P1 é uma condicional verdadeira, independente do valor
lógico de “João não vai à escola”. Isto é, esta segunda parte pode ser V
ou F, de modo que a conclusão (João foi à escola) pode ser V ou F. Em
outras palavras, a conclusão não decorre necessariamente das premissas,
de modo que o argumento é INVÁLIDO.

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P1: Quando estou de férias, viajo.
P2: Não estou viajando agora
Conclusão: Portanto, não estou de férias.
Em P2 vemos que “não estou viajando”. Voltando em P1, vemos
que “viajo” é F, de modo que “estou de férias” precisa ser F. Assim, é
verdadeiro que não estou de férias, isto é, esta conclusão decorre das
premissas, tornando o argumento VÁLIDO.

Ficamos com V – NV – V.
RESPOSTA: C

1.2 DIAGRAMAS LÓGICOS


Para falarmos sobre diagramas lógicos, precisamos começar
revisando alguns tópicos introdutórios sobre Teoria dos Conjuntos.

Um conjunto é um agrupamento de indivíduos ou elementos que


possuem uma característica em comum. Em uma escola, podemos criar,
por exemplo, o conjunto dos alunos que só tem notas acima de 9. Ou o
conjunto dos alunos que possuem pai e mãe vivos. E o conjunto dos que
moram com os avós. Note que um mesmo aluno pode participar dos três
conjuntos, isto é, ele pode tirar apenas notas acima de 9, possuir o pai e
a mãe vivos, e morar com os avós. Da mesma forma, alguns alunos
podem fazer parte de apenas 2 desses conjuntos, outros podem pertencer
a apenas 1 deles, e, por fim, podem haver alunos que não integram
nenhum dos conjuntos. Um aluno que tire algumas notas abaixo de 9,
tenha apenas a mãe e não more com os avós não faria parte de nenhum
desses conjuntos.
Costumamos representar um conjunto assim:

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No interior deste círculo encontram-se todos os elementos que


compõem o conjunto A. Já na parte exterior do círculo estão os elementos
que não fazem parte de A. Portanto, no gráfico acima podemos dizer
que o elemento “a” pertence ao conjunto A.
Quando temos 2 conjuntos (chamemos de A e B), devemos
representá-los, em regra, da seguinte maneira:

Observe que o elemento “a” está numa região que faz parte apenas
do conjunto A. Portanto, trata-se de um elemento do conjunto A que não
é elemento do conjunto B. Já o elemento “b” faz parte apenas do
conjunto B.
O elemento “c” é comum aos conjuntos A e B. Isto é, ele faz parte
da intersecção entre os conjuntos A e B. Já o elemento “d” não faz parte
de nenhum dos dois conjuntos, fazendo parte do complemento dos
conjuntos A e B (complemento é a diferença entre um conjunto e o
conjunto Universo, isto é, todo o universo de elementos possíveis).
Apesar de representarmos os conjuntos A e B entrelaçados, como
vimos acima, não temos certeza de que existe algum elemento na
intersecção entre eles. Só saberemos isso ao longo dos exercícios. Em
alguns casos vamos descobrir que não há nenhum elemento nessa

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intersecção, isto é, os conjuntos A e B são disjuntos. Assim, serão
representados da seguinte maneira:

Os diagramas lógicos são ferramentas muito importantes para a


resolução de algumas questões de lógica proposicional. Trata-se da
aplicação de alguns fundamentos de Teoria do Conjuntos que vimos
acima.

Podemos utilizar diagramas lógicos (conjuntos) na resolução de


questões que envolvam proposições categóricas. As proposições que
recebem esse nome são as seguintes:
- Todo A é B
- Nenhum A é B
- Algum A é B
- Algum A não é B
Vejamos como interpretá-las, extraindo a informação que nos
auxiliará a resolver os exercícios.

- Todo A é B: você pode interpretar essa proposição como “todos os


elementos do conjunto A são também elementos do conjunto B”, isto é, o
conjunto A está contido no conjunto B.
Graficamente, temos o seguinte:

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B
A

Note que, de fato, A  B .

- Nenhum A é B: nenhum elemento de A é também elemento de B, isto é,


os dois conjuntos são totalmente distintos (disjuntos), não possuindo
intersecção. Veja isso a seguir:

A
B

- Algum A é B: esta afirmação nos permite concluir que algum (ou


alguns) elemento de A é também elemento de B, ou seja, existe uma
intersecção entre os 2 conjuntos:

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A
B

- Algum A não é B: esta afirmação permite concluir que existem


elementos de A que não são elementos de B, ou seja, que não estão na
intersecção entre os dois conjuntos. Exemplificando, podem existir os
elementos “a” ou “b” no diagrama abaixo:

A
B

a
b

Em exercícios de Diagramas Lógicos, o mais importante é conseguir


reconhecer, no enunciado, quais são os conjuntos de interesse. Uma
questão que diga, por exemplo, que “todos os gatos são pretos” e que
“algum cão não é preto”, possui 3 conjuntos que nos interessam: Gatos,
Cães e Animais Pretos.
Para começar a resolver a questão, você deve desenhar (ou
imaginar) os 3 conjuntos:

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cães gatos

Animais pretos

Note que, propositalmente, desenhei uma intersecção entre os


conjuntos. Ainda não sabemos se, de fato, existem elementos nessas
intersecções. A primeira afirmação (“todos os gatos são pretos”) deixa
claro que todos os elementos do conjunto dos Gatos são também
elementos do conjunto dos Animais Pretos, ou seja, Gatos  Animais
Pretos. Corrigindo essa informação no desenho, temos:
cães

gatos

Animais pretos

Já a segunda afirmação (“algum cão não é preto”) nos indica que


existem elementos no conjunto dos cães que não fazem parte do conjunto
dos animais pretos, isto é, existem elementos na região “1” marcada no
gráfico abaixo. Coloquei números nas outras regiões do gráfico para
interpretarmos o que cada uma delas significa:
cães

1 6

2 3 4
gatos
5

Animais pretos

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- região 2: é a intersecção entre Cães e Animais Pretos. Ali estariam os
cães que são pretos (se houverem, pois nada foi afirmado a esse
respeito).
- região 3: é a intersecção entre cães, gatos e animais pretos. Ali
estariam os cães que são gatos e que são pretos (por mais absurdo que
isso possa parecer).
- região 4: ali estariam os gatos que são pretos, mas não são cães
- região 5: ali estariam os animais pretos que não são gatos e nem são
cães
- região 6: ali estariam os animais que não são pretos e não são cães
nem gatos (ou seja, todo o restante).

Vejamos duas questões para fixarmos o uso de diagramas lógicos:

8. FUNDATEC – CREA/PR – 2010) Dadas as premissas: “Todos os


abacaxis são bananas.” e “Algumas laranjas não são bananas.” A
conclusão que torna o argumento válido é:
A) “Existem laranjas que não são abacaxis.”
B) “Nenhum abacaxi é banana.”
C) “Existe laranja que é banana.”
D) “Todas as laranjas são bananas.”
E) “Nem todos os abacaxis são bananas.”
RESOLUÇÃO:
Sendo os conjuntos dos abacaxis, das bananas e das laranjas,
temos:
- Todos os abacaxis são bananas (todos os elementos do conjunto
“abacaxis” são também elementos do conjunto “bananas”):

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- Algumas laranjas não são bananas (alguns elementos do conjunto


“laranjas” não fazem parte do conjunto “bananas”):

Veja que marquei com um “x” a região onde sabemos que existem
laranjas (pois foi dito que algumas laranjas não são bananas). Analisando
as alternativas de conclusão:
A) “Existem laranjas que não são abacaxis.”
CORRETO. As laranjas da região “x” certamente não são abacaxis.
B) “Nenhum abacaxi é banana.”
ERRADO. Sabemos que TODOS os abacaxis são bananas.
C) “Existe laranja que é banana.”
ERRADO. Sabemos que existe laranja que NÃO é banana, mas não
temos elementos para afirmar que alguma laranja faz parte do conjunto
das bananas.
D) “Todas as laranjas são bananas.”
ERRADO. Sabemos que algumas laranjas NÃO são bananas.

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E) “Nem todos os abacaxis são bananas.”
ERRADO. Sabemos que todos os abacaxis são bananas.
RESPOSTA: A

9. ESAF – MINISTÉRIO DA FAZENDA – 2012) Em uma cidade as


seguintes premissas são verdadeiras:
Nenhum professor é rico. Alguns políticos são ricos.
Então, pode-se afirmar que:
a) Nenhum professor é político.
b) Alguns professores são políticos.
c) Alguns políticos são professores.
d) Alguns políticos não são professores.
e) Nenhum político é professor.
RESOLUÇÃO:
Vamos utilizar os conjuntos dos “professores”, dos “políticos” e dos
“ricos”. Temos, a princípio,

Como nenhum professor é rico, esses dois conjuntos não têm


intersecção (região em comum). E como alguns políticos são ricos, esses
dois conjuntos têm intersecção. Corrigindo nosso diagrama, ficamos com
a figura abaixo:

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Analisando as opções de resposta:


a) Nenhum professor é político.  ERRADO. Pode haver elementos na
intersecção entre esses dois conjuntos.

b) Alguns professores são políticos.  ERRADO. Embora possa haver


elementos nessa intersecção, não podemos garantir que eles de fato
existem. Pode ser que nenhum professor seja político.
c) Alguns políticos são professores.  ERRADO, pelos mesmos motivos do
item anterior.
d) Alguns políticos não são professores.  CORRETO. Os políticos que
também fazem parte do conjunto dos ricos certamente NÃO são
professores.
e) Nenhum político é professor.  ERRADO, pelos mesmos motivos da
alternativa A.
RESPOSTA: D

1.3 QUANTIFICADORES UNIVERSAL E EXISTENCIAL


A lógica de primeira ordem é uma extensão da lógica proposicional
que estudamos até aqui. Nela são utilizados diversos símbolos
matemáticos para escrever sentenças que podem assumir os valores
lógicos V ou F. Aqui temos sentenças abertas, isto é, sentenças onde
existe uma ou mais variáveis que podem assumir diversos valores,
tornando a proposição V ou F, conforme o caso. Para você entender
melhor do que estamos tratando, vejamos um exemplo. Tente ler a
expressão abaixo:

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(x )( x  R )( x  0)

Esta expressão pode ser lida assim: “existe valor x pertencente ao


conjunto dos números reais tal que x é menor do que zero”. O símbolo  ,
que significa “existe”, é o chamado quantificador existencial. Observe
que, uma vez “decifrada” a expressão, é muito fácil julgá-la como V ou F.
De fato existem valores no conjunto dos números reais que são menores
do que 0, portanto, essa proposição é Verdadeira. Exemplificando, x = -5
ou então x = -17,45 são alguns exemplos de valores x que pertencem aos
números reais e são menores do que 0. Por outro lado, veja a expressão
abaixo:
(x )( x  R )( x  0)

Veja que simplesmente trocamos o símbolo  por  . Agora, a


expressão é lida assim: “todo valor x pertencente ao conjunto dos
números reais é menor do que zero”. O símbolo  , que significa “todo”,
ou “para todo”, é o chamado quantificador universal. Veja que essa
simples troca de símbolo torna essa proposição Falsa, pois existem
valores no conjunto dos números reais que NÃO são menores do que
zero. Exemplificando, x = 0 e x = 3 não são valores inferiores a zero.
Façamos agora mais uma pequena modificação na primeira
proposição:
(x )( x  N )( x  0)

Agora substituímos o conjunto dos números reais pelo conjunto dos


números naturais: “existe valor x pertencente ao conjunto dos números
naturais que é menor do que zero”. Esta alteração também torna a
sentença Falsa, pois o conjunto dos números naturais não possui nenhum
número negativo.
Portanto, repare que no estudo da lógica de primeira ordem, faz-se
necessário se habituar ao uso de alguns símbolos matemáticos. Os
principais são:
x  existe x... (quantificador existencial)
x  para todo x..., ou: qualquer x... (quantificador universal)
  pertence

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  não pertence
N  conjunto dos números naturais
Z  conjunto dos números inteiros
Q  conjunto dos números racionais
R  conjunto dos números reais
  vazio
Também é bom lembrar quais elementos compõem cada um dos
principais conjuntos numéricos que citei acima:
- Números naturais (N): números positivos construídos com os algarismos
de 0 a 9, sem casas decimais. Ex.: {0, 1, 2, 3 …, 15, 16, 17... }
- Números inteiros (Z): números naturais positivos e negativos. Ex.: {... -
3, -2, -1, 0, 1, 2, 3...}
- Números racionais (Q): aqueles que podem ser representados pela
divisão de 2 números inteiros. Ex.: frações (1/2, 3/5, -13/25 etc.);
números decimais de representação finita (1,25; -2,45 etc.); dízimas
periódicas (ex.: 0,36363636...).
- Números reais (R): números racionais e irracionais juntos (os irracionais
são aqueles números que possuem infinitas casas decimais que não se
repetem. Ex.:   3,141592... )
Veja que o conjunto dos números reais contém todos os demais
conjuntos, enquanto o conjunto dos números racionais contém os
números inteiros e naturais, e o conjunto dos números inteiros contém o
dos números naturais.
No estudo da lógica de primeira ordem, temos proposições da forma
P(x), onde a proposição P apresenta uma determinada característica a
respeito dos elementos x que compõem um conjunto C. Essa
característica é apresentada nos predicados destas proposições. Em nosso
exemplo, a característica era “x < 0”.
Chamamos P(x) de proposição funcional, pois o seu valor lógico (V
ou F) é função do conjunto C e do próprio significado da proposição.
Podemos ter também proposições funcionais baseadas em mais de uma
variável (ex.: P(x, y, z)). Vamos à nossa bateria de exercícios?

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2. RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS
Vejamos uma série de exercícios de argumentação e quantificadores
para você praticar bastante.

10. ANPAD – 2016) Há argumentos válidos em que alguma de suas


premissas é falsa e sua conclusão também é falsa. Há argumentos em
que há premissas falsas, mas a conclusão é verdadeira. Considere que um
argumento é correto quando ele for válido e suas premissas forem
verdadeiras. Qual dos argumentos apresentados a seguir é correto?

(A) Todo número que é múltiplo de 6 é, também, múltiplo de 2.


Todo número que é múltiplo de 6 é, também, múltiplo de 3.
Logo, todo número que é múltiplo de 2 ou de 3 é, também, múltiplo
de 6.

(B) Todos os animais que habitam o polo norte são cobertos por pelos
brancos.
O urso polar habita o polo norte.
Logo, o urso polar é coberto por pelo branco.

(C) Tiradentes foi um dos descobridores do Brasil.


Todos os descobridores do Brasil foram enforcados.
Logo, Tiradentes foi enforcado.

(D) Todo animal quadrúpede se apoia sobre quatro pés ou patas.

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O leão e um animal quadrúpede que possui patas, mas não pés.
Logo, o leão se apoia sobre quatro patas.

(E) Há casos em p que é um número primo e p + 4 também é primo.


11 é um número primo.
Logo, 11 + 4 é um número primo.
RESOLUÇÃO:
Repare que o enunciado nos deu a definição do que seria um
argumento CORRETO: é aquele argumento que, além de válido, possui
premissas verdadeiras. Portanto, você poderia simplesmente começar
analisando se as premissas são verdadeiras, eliminando as alternativas
em que existem premissas falsas. Posteriormente, se sobrasse mais de
uma alternativa, você poderia partir para a análise de validade do
argumento. Aqui, faremos as duas análises em todas as alternativas.

(A) Todo número que é múltiplo de 6 é, também, múltiplo de 2.


Todo número que é múltiplo de 6 é, também, múltiplo de 3.
Logo, todo número que é múltiplo de 2 ou de 3 é, também, múltiplo
de 6.
 Aceitando que as premissas são verdadeiras, a conclusão deveria
necessariamente ser verdadeira, mas ela não o é. Portanto, o
argumento é falso  argumento incorreto.
 As duas premissas são verdadeiras.

(B) Todos os animais que habitam o polo norte são cobertos por pelos
brancos.
O urso polar habita o polo norte.
Logo, o urso polar é coberto por pelo branco.
 Vamos assumir que a conclusão é falsa. Assim, o urso polar NÃO é
coberto por pelo branco. Devemos considerar a primeira premissa
verdadeira: todos os animais que habitam o polo norte são
cobertos por pelos brancos. Logo, o urso polar NÃO habita o polo

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norte. Ou seja, a segunda premissa acabou sendo F. Repare que
não conseguimos tornar a conclusão F e ambas as premissas V
simultaneamente, ou seja, não conseguimos forçar o argumento a
ser inválido, o que o torna um argumento VÁLIDO.
 A premissa “Todos os animais que habitam o polo norte são
cobertos por pelos brancos” é uma inverdade, o que torna o
argumento INCORRETO.

(C) Tiradentes foi um dos descobridores do Brasil.


Todos os descobridores do Brasil foram enforcados.
Logo, Tiradentes foi enforcado.
 Vamos assumir que a conclusão é falsa. Assim, Tiradentes NÃO foi
enforcado. Vamos considerar a primeira premissa verdadeira:
Tiradentes foi um dos descobridores do Brasil. Logo, não podemos
dizer que todos os descobridores do Brasil foram enforcados. Ou
seja, a segunda premissa acabou sendo F. Repare que não
conseguimos tornar a conclusão F e ambas as premissas V
simultaneamente, ou seja, não conseguimos forçar o argumento a
ser inválido, o que o torna um argumento VÁLIDO.
 A premissa “Todos os descobridores do Brasil foram enforcados” é
uma inverdade, o que torna o argumento INCORRETO.

(D) Todo animal quadrúpede se apoia sobre quatro pés ou patas.


O leão é um animal quadrúpede que possui patas, mas não pés.
Logo, o leão se apoia sobre quatro patas.
 Vamos assumir que a conclusão é falsa. Assim, o leão NÃO se apoia
sobre quatro patas. Devemos considerar a primeira premissa
verdadeira: todo animal quadrúpede se apoia sobre quatro pés ou
patas. Logo, o leão NÃO é um animal quadrúpede. Ou seja, a
segunda premissa acabou sendo F. Repare que não conseguimos
tornar a conclusão F e ambas as premissas V simultaneamente, ou

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seja, não conseguimos forçar o argumento a ser inválido, o que o
torna um argumento VÁLIDO.
 As premissas são verdadeiras.
 Esse argumento é CORRETO, visto que é válido e tem premissas
verdadeiras.

(E) Há casos em que p é um número primo e p + 4 também é primo.


11 é um número primo.
Logo, 11 + 4 é um número primo.
 Vamos assumir que a conclusão é falsa. Assim, 11 + 4 NÃO é um
número primo. Devemos considerar a primeira premissa
verdadeira: há casos em que p é um número primo e p + 4
também é primo. A segunda premissa também é verdadeira: 11 é
um número primo. Repare que conseguimos tornar a conclusão F e
ambas as premissas V simultaneamente, ou seja, o argumento é
INVÁLIDO  argumento incorreto.
 As premissas são verdadeiras.
Resposta: D

11. ANPAD – 2016) No estoque de uma casa de roupas são guardadas


apenas camisas e calças. Sobre esse estoque, foram feitas as seguintes
afirmações:
I. Nesse estoque não há camisas.
II. Nesse estoque há uma única peça de roupa, que é uma calça.
III. Nesse estoque há uma única peça de roupa, que é uma camisa.
IV. Nesse estoque há apenas duas peças de roupas, ambas camisas.
V. Nesse estoque há apenas três peças de roupas, todas camisas.
Se apenas duas dessas cinco afirmações dadas acima são verdadeiras,
que peças de roupa há no estoque e em que quantidade?
(A) Uma calça
(B) Uma camisa
(C) Duas camisas

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(D) Três camisas
(E) Não há peça alguma.
RESOLUÇÃO:
Veja que a afirmação I não pode ser verdadeira se III também for.
Da mesma forma, I não pode ser verdadeira se IV for ou se V for. Agora,
I e II podem ser verdadeiras simultaneamente.
Veja que a afirmação III não pode ser verdadeira se I, IV ou V
forem. Agora, III e II podem ser verdadeiras simultaneamente.
Veja que a afirmação IV não pode ser verdadeira se I, III ou V
forem. Agora, IV e II podem ser verdadeiras simultaneamente.
Veja que a afirmação V não pode ser verdadeira se I, III ou IV
forem. Agora, V e II podem ser verdadeiras simultaneamente.

Portanto, a única afirmação que temos certeza que é verdadeira é


II, visto que é a única com a qual é possível formar um par de afirmações
que não entrem em contradição entre si. Assim, nesse estoque há uma
única peça de roupa, que é uma calça.
Resposta: A

12. ANPAD – 2016) Considere as seguintes afirmações:


Afirmação 1: A afirmação 2 é falsa.
Afirmação 2: A afirmação 3 é verdadeira.
Afirmação 3: A afirmação 4 é falsa.
Afirmação 4: A afirmação 5 é verdadeira.
Afirmação 5: A afirmação 6 é falsa.
Afirmação 6: A afirmação 1 é falsa.

À luz da compatibilidade dos valores lógicos de cada uma das seis


afirmações acima, tem-se, obrigatoriamente, que
A) há apenas 1 afirmação verdadeira.
B) há apenas 2 afirmações verdadeiras.
C) há apenas 3 afirmações verdadeiras.

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D) há apenas 4 afirmações verdadeiras.
E) todas as afirmações são verdadeiras.
RESOLUÇÃO:
Vou chamar de A1 a afirmação 1, e assim por diante. Utilizarei a
letra V para verdadeiro(a) e F para falso(a). Vamos lá!
Assumindo que A1 é V, vemos que A2 é F. Como A2 é F, então A3
tem que ser F. Como A3 é F, então A4 é V. Como A4 é V, então A5 é V
também. Como A5 é V, A6 deve ser F. E como A6 é F, A1 deve ser V.
Note que não tivemos nenhuma falha lógica (assumimos que A1 era V no
início e, ao final, vimos que A1 realmente é V).

Neste caso tivemos as seguintes informações verdadeiras: A1, A4,


A5. São 3 afirmações verdadeiras.

Assumindo que A1 é F, então A2 é V. Como A2 é V, A3 também é V.


E com isso A4 é F. Isto leva A5 a ser F. E isto leva A6 a ser V. E, como A6
é V, então A1 é F mesmo, como havíamos assumido.

Neste caso as informações verdadeiras foram: A2, A3 e A6.


Novamente são 3 afirmações verdadeiras.
Resposta: C

13. ANPAD – 2015) Acerca de um grupo de pessoas, foi feita a seguinte


afirmação:
"Todas as pessoas do grupo sabem inglês ou francês, mas não sabem
alemão."
Para que uma argumentação qualifique tal afirmação como falsa, é
necessário e suficiente que ela aponte
a) a existência de algum membro do grupo que saiba inglês e francês, ou
não saiba alemão.
b) a existência de algum membro do grupo que não saiba inglês, nem
francês, mas saiba alemão.

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c) a existência de algum membro do grupo que não saiba inglês, nem
francês, ou que saiba alemão.
d) que todos os membros do grupo não sabem inglês, nem francês, mas
sabem alemão.
e) que todos os membros do grupo não sabem inglês, nem francês, ou
sabem alemão.
RESOLUÇÃO:
Veja a tabela a seguir:

Proposição composta Negação


Conjunção ( p  q ) Disjunção ( ~ p ~ q )

Ex.: Chove hoje e vou à praia Ex.: Não chove hoje ou não vou à praia
Disjunção ( p  q ) Conjunção ( ~ p ~ q )

Ex.: Chove hoje ou vou à praia Ex.: Não chove hoje e não vou à praia

Em “sabem inglês ou francês” temos uma disjunção, cuja negação é


dada por “não sabem inglês e não sabem francês”. Em outras palavras:
“não saiba inglês, nem francês”.
Em “sabem inglês ou francês, mas não sabem alemão” temos uma
conjunção, dada pelo termo “mas” entre o termo que está antes dele e o
que está após. A negação dessa conjunção é uma disjunção. Portanto
ficamos com “não saiba inglês, nem francês ou que saiba alemão”.

O contrário de “todos” é “existe algum”. Para contradizer a


afirmação "Todas as pessoas do grupo sabem inglês ou francês, mas não
sabem alemão", basta então que exista algum membro do grupo que não
saiba inglês, nem francês, ou que saiba alemão.
Resposta: C

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14. ANPAD – 2015) Considere falsa a seguinte afirmação: "Júlio e César
têm mais de 18 anos ou César é mais alto que Júlio." Se Júlio tem 20
anos, então:
a) César tem mais de 18 anos e é mais baixo que Júlio.
b) César tem, no máximo, 18 anos e é mais baixo que Júlio.
c) César tem, no máximo, 18 anos e a mesma altura de Júlio.
d) César tem 18 anos ou mais e, no máximo, a mesma altura de Júlio.
e) César tem, no máximo, 18 anos e, no máximo, a mesma altura de
Júlio.
RESOLUÇÃO:
Júlio tem 20 anos, ou seja, Júlio tem mais de 18 anos.
O enunciado disse que é FALSA a seguinte afirmação: "Júlio e César
têm mais de 18 anos ou César é mais alto que Júlio."
Vamos separar essa afirmação em duas partes que compõe uma
disjunção: Júlio e César têm mais de 18 anos ou César é mais alto que
Júlio.
A disjunção p ou q só é falsa quando p é F e q também é F. Logo:
César é mais alto que Júlio é F  César tem, no máximo, a mesma altura
que Júlio
Júlio e César têm mais de 18 anos: aqui temos uma conjunção. Vamos
reescrever a frase: Júlio tem mais de 18 anos e César tem mais de 18
anos. Para a conjunção p e q ser falsa basta que p seja falso, ou q seja
falso, ou p e q sejam falsos. Sabemos que “Júlio tem mais de 18 anos” é
V. Logo, para a conjunção ser falsa, “César tem mais de 18 anos” deve
ser falso  César tem, no máximo, 18 anos.

Portanto, César tem, no máximo, 18 anos e, no máximo, a mesma


altura de Júlio.
Resposta: E

15. ANPAD – 2015) Adriano é um sujeito que sempre cumpre as suas


promessas. No dia 1º de janeiro, ele fez a seguinte promessa: "Este ano,

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não viajarei no Carnaval ou viajarei na Semana Santa." Conclui-se que,
neste ano:
a) Se Adriano viajar no Carnaval, então ele deverá viajar na Semana
Santa.
b) Se Adriano não viajar no Carnaval, então ele deverá viajar na Semana
Santa.
c) Se Adriano não viajar no Carnaval, então ele não deverá viajar na
Semana Santa.
d) Se Adriano viajar na Semana Santa, então ele necessariamente terá
viajado no Carnaval.
e) Se Adriano viajar na Semana Santa, então ele necessariamente não
terá viajado no Carnaval.
RESOLUÇÃO:
Você se lembra que ( p  q ), ( ~ q ~ p ) e (~p ou q) são

proposições equivalentes? Veja que nas respostas só temos condicionais.


Portanto, consideraremos que a afirmação “Este ano, não viajarei no
Carnaval ou viajarei na Semana Santa" é do tipo (~p ou q) em que p é
“viajarei no Carnaval” e q é “viajarei na Semana Santa”.
As três primeiras alternativas de resposta seriam do tipo ( p  q ).

Já as duas seguintes são do tipo ( ~ q ~ p ). Vamos montar a resposta do

tipo ( p  q ) que seja equivalente à afirmação do enunciado. Temos:

Se viajarei no carnaval, então viajarei na Semana Santa. Em outras


palavras: Se Adriano viajar no Carnaval, então ele deverá viajar na
Semana Santa.
Resposta: A

16. ANPAD – 2015) Se não é verdade que todo matemático gosta de


música e literatura, então:
a) Existe matemático que não gosta de música ou não gosta de literatura.
b) Existe um matemático que não gosta de música nem de literatura.
c) Todo matemático que não gosta de música necessariamente gosta de
literatura.

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d) Se alguém gosta de música ou literatura, então não é matemático.
e) Se alguém não gosta de música ou não gosta de literatura, então não é
matemático.
RESOLUÇÃO:
A seguinte afirmação deve ser considerada falsa: todo matemático
gosta de música e literatura. Nela temos uma conjunção p  q cuja

negação é dada por ~ p ~ q , conforme tabela abaixo:

Proposição composta Negação


Conjunção ( p  q ) Disjunção ( ~ p ~ q )

Ex.: Chove hoje e vou à praia Ex.: Não chove hoje ou não vou à praia

Para contradizê-la, basta que exista algum matemático que não


goste de música ou não goste de literatura.
Resposta: A

17. ANPAD – 2014) Considere a seguinte afirmação:


Na minha empresa, cada setor possui um gerente e todos os gerentes
têm idades maiores que 45 anos.
A negação da afirmação apresentada é logicamente equivalente à
afirmação:
a) Na minha empresa, há pelo menos um setor que não possui gerente ou
todos os setores possuem gerentes com idades inferiores a 45 anos.
b) Na minha empresa, há pelo menos um setor que não possui gerente ou
há algum gerente com idade igual ou inferior a 45 anos.
c) Na minha empresa, ou todos os setores não possuem gerentes, ou
todos possuem algum gerente com idade igual ou inferior a 45 anos.
d) Na minha empresa, há pelo menos um setor que não possui gerente
algum com idade inferior a 45 anos.
e) Na minha empresa, todos os setores possuem gerentes e as idades de
todos eles são menores que 45 anos.
RESOLUÇÃO:

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A afirmação é: “Na minha empresa, cada setor possui um gerente e
todos os gerentes têm idades maiores que 45 anos.” Nela temos uma
conjunção p  q cuja negação é dada por ~ p ~ q , conforme tabela

abaixo:

Proposição composta Negação


Conjunção ( p  q ) Disjunção ( ~ p ~ q )

Ex.: Chove hoje e vou à praia Ex.: Não chove hoje ou não vou à praia

Portanto, a negação seria: “Na minha empresa, existe setor que


não possui um gerente ou existe gerente com idade menor ou igual que
45 anos”.
Resposta: B

18. ANPAD – 2014) Considere as seguintes premissas:


I. Há pessoas que, se não estiverem em recesso de feriado ou não
estiverem de férias, então não viajam.
II. Todas as pessoas que estão de férias estão empregadas.
III. Todas as pessoas que não estão descansando não estão em recesso
de feriado.
A partir das premissas apresentadas, conclui-se logicamente:
a) Há pessoas que, se viajam, então estão empregadas e estão
descansando.
b) Há pessoas que, se viajam, então não estão empregadas ou não estão
descansando.
c) Há pessoas que, se estão empregadas e estão descansando, então
viajam.
d) Todas as pessoas que viajam estão empregadas e estão descansando.
e) Todas as pessoas que viajam estão empregadas ou estão descansando.
RESOLUÇÃO:
Vamos assumir que todas as premissas são V.

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I. Há pessoas que, se não estiverem em recesso de feriado ou não
estiverem de férias, então não viajam.
II. Todas as pessoas que estão de férias estão empregadas.
III. Todas as pessoas que não estão descansando não estão em recesso
de feriado.

Reescrevendo temos:
I. não-recesso ou não-férias então não-viajam
II. férias então empregada
III. não-descanso então não-recesso

“Conclusão de um argumento é uma frase que nunca é F quando todas as


premissas são V.”

a) Há pessoas que, se viajam, então estão empregadas e estão


descansando.
Para ser F, a condicional p  q acima precisaria ter p verdadeira levando
em que q falsa. Ou seja, “viajam” deve ser V e “estão empregadas e
estão descansando” deve ser F. Para a conjunção ser F, basta que uma
das proposições seja F. Vamos tentar forçar que as premissas sejam V.
Então, temos três casos:
1 – viajam é V; empregadas é V; descanso é F
I. não-recesso ou não-férias então não-viajam
Não-viajam é F. Para que I seja V, “não-recesso ou não-férias” deve ser
F. Disjunção é F quando as duas proposições são F. Portanto não-recesso
é F, não-férias é F, recesso é V, férias é V.
II. férias então empregada
Férias é V. Para a condicional ser V, empregada deve ser V.
III. não-descanso então não-recesso
Não-descanso é V. Para a condicional ser V, não-recesso deve ser V.
Recesso, portanto, é F. Entramos em contradição com a premissa
anterior, em que havíamos encontrado recesso sendo V.

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Portanto, não foi possível obter as premissas V ao mesmo tempo que
temos a conclusão F. Portanto, a conclusão é válida. Não precisamos nem
analisar os outros casos (que seriam os dois abaixo) nem as outras
alternativas.
2 – viajam é V; empregadas é F; descanso é F
3 – viajam é V; empregadas é F; descanso é V
Resposta: A

19. ANPAD – 2014) Se eu jogo videogame, então fico com dor de


cabeça.
Se eu não jogo videogame, então é porque não é final de semana.
Talvez eu vá à praia no próximo final de semana.
Portanto, no próximo final de semana, eu
a) jogarei videogame e irei à praia.
b) talvez vá à praia com dor de cabeça.
c) não jogarei videogame ou irei à praia.
d) talvez não jogue videogame, mas irei à praia.
e) não terei dor de cabeça se eu não for à praia.
RESOLUÇÃO:
Veja a segunda premissa:
II. Se eu não jogo videogame, então é porque não é final de semana.
Sempre que você se deparar com uma situação dessas, lembre-se que
essa é uma premissa do tipo ~q  ~p, que é equivalente a p  q, ou
seja, se é fim de semana então jogo videogame.

Analisando as duas primeiras premissas e supondo que todas as


premissas são V, temos:
I. Se eu jogo videogame, então fico com dor de cabeça.
II. se é fim de semana então jogo videogame.
Invertendo as duas premissas acima, temos:
II. se é fim de semana então jogo videogame.
I. Se eu jogo videogame, então fico com dor de cabeça.

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Isso nos permite dizer que se é fim de semana, então jogo videogame, e
se jogo videogame, fico com dor de cabeça. Simplificando, se é fim de
semana, fico com dor de cabeça.
Quando é fim de semana é certeza que eu jogo videogame e fico com dor
de cabeça, e talvez eu vá à praia. Portanto, isso nos permite marcar a
alternativa B, visto que como será fim de semana, faltamente estarei com
dor de cabeça. Logo, se eu for à praia no fim de semana, será com dor de
cabeça, ou seja, talvez eu vá à praia com dor de cabeça.
Resposta: B

20. ANPAD – 2014) Considera a seguinte afirmação:


"Em cada mês do ano passado, sempre houve um dia em que visitei meu
pai ou minha mãe."
A afirmação acima será falsa se, e somente se, for verdadeira a afirmação
a) "Em cada mês do ano passado, sempre houve um dia em que não
visitei meu pai ou minha mãe."
b) "Em cada mês do ano passado, sempre houve um dia em que não
visitei meu pai e tampouco minha mãe."
c) "Houve um mês do ano passado durante o qual houve um dia em que
não visitei meu pai ou minha mãe."
d) "Houve um mês no ano passado durante o qual não visitei meu pai e
tampouco minha mãe em dia algum."
e) "Houve um mês do ano passado durante o qual não visitei meu pai ou
minha mãe em dia algum."
RESOLUÇÃO:
“Em cada mês do ano passado” é o mesmo que “em todos os meses
do ano passado”. O contrário de todos é feito com o algum: em algum
dos meses do ano passado. Poderíamos dizer também “Houve um mês do
ano passado”.
O contrário da disjunção “visitei meu pai ou minha mãe" é dado por
“não visitei meu pai e não visitei minha mãe”. Poderíamos dizer também
“não visitei meu pai e tampouco minha mãe”.

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Portanto, para que a afirmação "Em cada mês do ano passado,
sempre houve um dia em que visitei meu pai ou minha mãe" seja falsa,
deve ter havido pelo menos um mês do ano passado no qual não visitei
nem meu pai nem minha mãe, ou seja, "Houve um mês no ano passado
durante o qual não visitei meu pai e tampouco minha mãe em dia algum."
Resposta: D

21. ANPAD – 2014) Sônia quer ir à festa. Se Mara estiver estudando,


então Jane está passeando. Se Jane estiver passeando, então Lia está
passeando. Se Lia estiver passeando, então não haverá festa. Sabe-se
que a festa está ocorrendo ou Sônia não irá à festa. Ora, Mara está
estudando; logo,
a) Lia e Jane estão passeando.
b) a festa está sendo organizada.
c) Jane está passeando, mas Lia não.
d) Lia está passeando, mas Jane não.
e) Sônia não irá à festa e Mara não está estudando.
RESOLUÇÃO:
Premissas:
I. Se Mara estiver estudando, então Jane está passeando.
II. Se Jane estiver passeando, então Lia está passeando.
III. Se Lia estiver passeando, então não haverá festa.
IV. A festa está ocorrendo ou Sônia não irá à festa.
V. Mara está estudando

Vamos começar analisando a premissa simples. Mara está estudando é V.


Se Mara estiver estudando, então Jane está passeando. Para a condicional
ser V, temos que “Jane está passeando” é V. Se Jane estiver passeando,
então Lia está passeando. Para a condicional ser V, temos que “Lia está
passeando” é V. Se Lia estiver passeando, então não haverá festa. Para a
condicional ser V, temos que “não haverá festa” é V. A festa está
ocorrendo ou Sônia não irá à festa. Para a disjunção ser V, devemos ter

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uma das proposições que a compõe sendo V. “A festa está ocorrendo” é F.
Portanto, “Sônia não irá à festa” é V.
Das conclusões acima, que estão devidamente sublinhadas, temos que Lia
e Jane estão passeando.
Resposta: A

22. ANPAD – 2014) Considere as seguintes proposições:


I. Algumas frutas são cadeiras. Todas as cadeiras são vermelhas. Logo,
algumas frutas são vermelhas.
II. Se o pássaro é verde, então ele não voa. O pássaro voa. Logo, ele não
é verde.
III. Todos os animais são quadrúpedes. Nenhuma mesa é animal. Logo,
nenhum quadrúpede é uma mesa.
Os valores lógicos (V, se verdadeiro; F, se falso) das proposições são,
respectivamente,
a) F V F.
b) F V V.
c) V V V.
d) V F V.
e) V V F.
RESOLUÇÃO:
Temos um argumento em cada uma das proposições.

I. Algumas frutas são cadeiras.


Todas as cadeiras são vermelhas.
Logo, algumas frutas são vermelhas.

Supondo que a conclusão seja F, temos que “nenhuma fruta é vermelha”


é V. “Algumas frutas são cadeiras” é V. “Todas as cadeiras são
vermelhas” fica sendo automaticamente falsa, tendo em vista que
existem frutas, que são cadeiras, que não são vermelhas. Veja que não

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foi possível obter conclusão falsa com premissas verdadeiras, o que indica
que o argumento é válido.

II. Se o pássaro é verde, então ele não voa.


O pássaro voa.
Logo, ele não é verde.

“O pássaro voa” é V. “Ele não voa” é F. Para a condicional da primeira


premissa ser V, devemos ter “o pássaro é verde” F. Portanto, o pássaro
não é verde. Argumento válido.

III. Todos os animais são quadrúpedes.


Nenhuma mesa é animal.
Logo, nenhum quadrúpede é uma mesa.

Vamos supor que a conclusão seja F. Portanto, “existe quadrúpede que é


mesa” é V. “Todos os animais são quadrúpedes” é V. Nada impede que
“nenhuma mesa é animal” seja V. Portanto, foi possível ter premissas
verdadeiras e conclusão falsa. Argumento inválido.
Resposta: E

23. ANPAD – 2014) Em uma garagem há três carros, um vermelho, um


verde e um azul. Um deles pertence a Jorge, outro a Carlos e o outro a
Luís. Sabe-se que, das seguintes afirmações, apenas uma é falsa.
I. O carro de Jorge é verde.
II. O carro de Carlos não é azul.
III. O carro de Luís não é azul.
IV. O carro de Luís não é verde e o de Carlos é azul.
As cores dos carros de Carlos, Jorge e Luís são, respectivamente,
a) vermelha, azul e verde.
b) vermelha, verde e azul.
c) verde, azul e vermelha.

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d) azul, vermelha e verde.
e) azul, verde e vermelha.
RESOLUÇÃO:
Temos quatro casos para analisar:
1) I é F  o carro de Jorge não é verde
II. O carro de Carlos não é azul é V
III. O carro de Luís não é azul é V
IV. O carro de Luís não é verde e o de Carlos é azul é V  entra em
contradição com II.

2) II é F  O carro de Carlos é azul


I. O carro de Jorge é verde é V
III. O carro de Luís não é azul é V
IV. O carro de Luís não é verde e o de Carlos é azul é V
Não houve contradição. Nesse caso, o carro de Carlos é azul, o de Jorge é
verde e o de Luís é vermelho.

3) III é F  O carro de Luís é azul


I. O carro de Jorge é verde é V
II. O carro de Carlos não é azul é V
IV. O carro de Luís não é verde e o de Carlos é azul é V  entra em
contradição com III.

4) IV é F  O carro de Luís é verde ou o de Carlos não é azul


I. O carro de Jorge é verde é V
II. O carro de Carlos não é azul é V
III. O carro de Luís não é azul é V
Nesse caso, ninguém é dono do carro azul!
Resposta: E

24. ANPAD – 2015) Adão é mais magro que Bárbara. Dalton é menos
magro que Célia. Adão é menos magro que Célia. Logo,

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a) Adão é mais magro que Dalton.
b) Bárbara é mais magra que Adão.
c) Célia é mais magra que Bárbara.
d) Célia é menos magra que Dalton.
e) Bárbara é mais magra que Dalton.
RESOLUÇÃO:
Adão é mais magro que Bárbara.
Dalton é menos magro que Célia.
Adão é menos magro que Célia.

A partir das premissas acima, temos que se Adão e Dalton são menos
magros que Célia. Célia é mais magra que os dois.
Por outro lado, Adão é mais magro que Bárbara. Como Célia é mais
magra que Adão, automaticamente Célia é mais magra que Bárbara.
Resposta: C

25. ANPAD – 2015) Alda ganhou uma blusa, uma calça e um vestido.
Sabe-se que cada peça de roupa é feita de apenas um dentre os tecidos:
jeans, malha ou sarja. Sabe-se também:
I. a blusa é de jeans ou o vestido é de jeans;
II. a calça é de sarja ou o vestido é de sarja;
III. a blusa é de malha ou a calça é de sarja;
IV. o vestido é de malha ou a calça é de malha.
Logo, os tecidos da blusa, da calça e do vestido são, respectivamente,
a) jeans, sarja e malha.
b) malha, sarja e jeans.
c) jeans, malha e sarja.
d) malha, jeans e sarja.
e) sarja, malha e jeans.
RESOLUÇÃO:
I. a blusa é de jeans ou o vestido é de jeans;
II. a calça é de sarja ou o vestido é de sarja;

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III. a blusa é de malha ou a calça é de sarja;
IV. o vestido é de malha ou a calça é de malha.

a) blusa jeans e calça de sarja e vestido de malha


I. a blusa é de jeans (V) ou o vestido é de jeans (F)  premissa V;
II. a calça é de sarja (V) ou o vestido é de sarja (F)  premissa V;
III. a blusa é de malha (F) ou a calça é de sarja (V)  premissa V;
IV. o vestido é de malha (V) ou a calça é de malha (F)  premissa V;

b) blusa de malha e calça de sarja e vestido jeans


I. a blusa é de jeans (F) ou o vestido é de jeans (V)  premissa V;
II. a calça é de sarja (V) ou o vestido é de sarja (F)  premissa V;
III. a blusa é de malha (V) ou a calça é de sarja (V)  premissa V;
IV. o vestido é de malha (F) ou a calça é de malha (F)  premissa F;

c) blusa jeans e calça de malha e vestido de sarja


I. a blusa é de jeans (V) ou o vestido é de jeans (F)  premissa V;
II. a calça é de sarja (F) ou o vestido é de sarja (V)  premissa V;
III. a blusa é de malha (F) ou a calça é de sarja (F)  premissa F;
IV. o vestido é de malha (F) ou a calça é de malha (V)  premissa V;

d) blusa de malha e calça jeans e vestido de sarja


I. a blusa é de jeans (F) ou o vestido é de jeans (F)  premissa F;
II. a calça é de sarja (F) ou o vestido é de sarja (V)  premissa V;
III. a blusa é de malha (V) ou a calça é de sarja (F)  premissa V;
IV. o vestido é de malha (F) ou a calça é de malha (F)  premissa F;

e) blusa de sarja e calça de malha e vestido jeans


I. a blusa é de jeans (F) ou o vestido é de jeans (V)  premissa V;
II. a calça é de sarja (F) ou o vestido é de sarja (F)  premissa F;
III. a blusa é de malha (F) ou a calça é de sarja (F)  premissa F;
IV. o vestido é de malha (F) ou a calça é de malha (V)  premissa V;

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Veja que a letra A foi a única em que não encontramos nenhuma


premissa F. Isso nos diz que podemos chegar à conclusão dada na letra A
a partir das premissas que temos. Já nos outros casos, não é possível
chegar à conclusão respectiva a partir das premissas que temos.
Resposta: A

26. ANPAD – 2016) Seja v(x) o valor lógico da proposição x.


Sabendo que V(p q) = V e v(p^q) = F, é correto afirmar:
(A) v(q) = V
(B) v(~p) = V
(C) v(p v q) = F
(D) v(p v q) = V
(E) v(q p) = F
RESOLUÇÃO:
1) p q é V, ou seja, não podemos ter p verdadeira e q falsa
simultaneamente.
2) p^q é F  a conjunção pode ser falsa em três casos:
- p é V e q é F  não podemos considerar válido esse caso por conta da
condição imposta pela primeira premissa
- p é F e q é F  opção válida
- p é F e q é V  opção válida
Veja que a única informação que temos certeza é de que p é F, ou seja,
v(p) = F  v(~p) = V.
Resposta: B

27. ANPAD – 2016) Dada uma proposição lógica P, definimos a função


 0, se P é falsa
valor lógico de P por: [ P ] = 
1, se P é verdadeira
Considere três proposições lógicas A, B e C que satisfazem as seguintes
regras:
i) B C

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ii) ~(A v C)
Quantos são os valores possíveis da expressão [A] + 2[B] + 4[C]?
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5
RESOLUÇÃO:
i) B C é V. Logo, não podemos ter B verdadeira e C falsa
simultaneamente.
ii) ~(A v C)  a negação da disjunção é a conjunção ~A e ~C.
~A e ~C é V. A conjunção é V quando as duas proposições são V.
Portanto, ~A é V, o que leva a A é F. Também temos que ~C é V, o que
leva a C é F.
Como C é F, da primeira premissa temos que B é F.
Portanto, A, B e C são F, cujo valor lógico é zero. Só temos um valor
possível para a expressão [A] + 2[B] + 4[C], que é zero.
Resposta: A

28. ANPAD – 2016) Considere a seguinte proposição P.


P: Se n é um número primo, par e maior que 2, então ele é um número
ímpar.
Analise as afirmações sobre a proposição acima:
I. P é uma proposição equivalente à proposição “se n é par, então não é
primo ou é ímpar, ou n ≤ 2”.
II. P é uma proposição falsa, pois um número inteiro não pode ser
simultaneamente, par e ímpar.
III. A hipótese da proposição nunca é satisfeita.
É correto o que se afirma em:
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.

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(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
RESOLUÇÃO:
Podemos dizer que II é falsa, visto que 2 é número par e primo.

P: Se n é um número primo, par maior que 2, então ele é um número


ímpar. Essa é uma proposição do tipo ( p  q ), que é equivalente a

( ~ q ~ p ). Esta ficaria sendo: Se n não é um número ímpar, então não é

um número primo, par maior que 2. Em outras palavras, se n é par,


então não é primo ou é ímpar, ou n ≤ 2. Portanto I é V.

Leia novamente: Se n é um número primo, par e maior que 2, então ele é


um número ímpar. É impossível n ser par e ímpar ao mesmo tempo.
Portanto, a hipótese da proposição nunca é satisfeita, e III é V.
Resposta: C

29. ANPAD – 2014) Considere verdadeira a seguinte premissa:


"Em uma universidade, todos os professores que trabalham no campus
externo recebem uma bolsa de auxílio."
Portanto, um funcionário dessa universidade que trabalha no campus
externo
a) não recebe a bolsa de auxílio, se não for professor.
b) poderá não ter a bolsa de auxílio, se for professor.
c) recebe a bolsa de auxílio ou não é professor.
d) será professor, se receber a bolsa de auxílio.
e) é professor ou não recebe a bolsa de auxílio.
RESOLUÇÃO:
"Em uma universidade, todos os professores que trabalham no campus
externo recebem uma bolsa de auxílio." Portanto, se é professor e
trabalha no campus externo então recebe bolsa. Um funcionário pode ser
um professor ou ter outra função.

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a) Um funcionário dessa universidade que trabalha no campus externo
não recebe a bolsa de auxílio, se não for professor.
Esse funcionário que trabalha no campus externo pode receber a bolsa,
caso ela também seja dada a outros funcionários que não os professores.
Não podemos fazer essa restrição.

b) Um funcionário dessa universidade que trabalha no campus externo


poderá não ter a bolsa de auxílio, se for professor.
Pelo contrário, ele recebe a bolsa nessas condições.

c) Um funcionário dessa universidade que trabalha no campus externo


recebe a bolsa de auxílio ou não é professor.
Se é professor e trabalha no campus externo então recebe bolsa. Assim,
um funcionário dessa universidade que trabalha no campus externo
recebe a bolsa de auxílio ou não é professor.

d) Um funcionário dessa universidade que trabalha no campus externo


será professor, se receber a bolsa de auxílio.
Não necessariamente. Não podemos restringir a bolsa aos professores
que trabalham no campus externo.

e) Um funcionário dessa universidade que trabalha no campus externo é


professor ou não recebe a bolsa de auxílio.
Um funcionário que trabalha no campus externo pode não ser professor e
receber a bolsa. Não podemos restringir a bolsa aos professores.
Resposta: C

30. ANPAD – 2016) Sejam P um conjunto finito formado por duas ou


mais potências distintas de 2 e S a soma dos elementos de P. Nesse
contexto, a fórmula  P,  x  P x > S - x corresponde à sentença:

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(A) Existe um conjunto finito de duas ou mais potências distintas de 2 tal
que existe uma dentre essas potências que é maior que soma de todas as
outras.
(B) Existe um conjunto finito de duas ou mais potências distintas de 2 tal
que qualquer uma dentre essas potências é maior que a soma de todas as
outras.
(C) Dado um conjunto finito de duas ou mais potências distintas de 2,
existe uma dentre essas potências que é maior que a soma de todas as
outras, qualquer que seja esse conjunto.
(D) Dado um conjunto finito de duas ou mais potências distintas de 2,
qualquer uma dentre essas potências é maior que a soma de todas as
outras, independentemente de qual seja esse conjunto.
(E) Dado um conjunto finito de duas ou mais potências distintas de 2,
existe uma dentre essas potências que é maior que a soma de todas as
potências, qualquer que seja esse conjunto.
RESOLUÇÃO:
 P,  x  P x > S - x

 P : Para qualquer conjunto finito formado por duas ou mais potências


distintas de 2
 x  P : existe um elemento de P (ou seja, uma dessas potências
distintas de 2)
x > S - x tal que esse elemento é maior do que a soma de todas as

potências

(F) Para qualquer conjunto finito formado por duas ou mais potências
distintas de 2, existe um elemento de P (ou seja, uma dessas potências
distintas de 2) tal que esse elemento é maior do que a soma de todas as
potências. Assim, dado um conjunto finito de duas ou mais potências
distintas de 2, existe uma dentre essas potências que é maior que a soma
de todas as outras, qualquer que seja esse conjunto.
Resposta: C

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31. ANPAD – 2016) A afirmação a seguir, na forma (p v q)  r, é
verdadeira.
“Se tudo que punge o peito no rosto se estampa ou tudo que devora o
coração no rosto se estampa, então não existe alguém cuja ventura única
consista em parecer aos outros venturosa”.
Entretanto, sabe-se que há pessoas cuja ventura única consiste em
parecer aos outros venturosa.
Portanto, necessariamente,
A) tudo que punge o peito no rosto não se estampa ou tudo que devora o
coração no rosto não se estampa.
B) tudo que punge o peito no rosto não se estampa e tudo que devora o
coração no rosto não se estampa.
C) alguma coisa que punge o peito no rosto se estampa e alguma coisa
que devora o coração no rosto se estampa.
D) alguma coisa que punge o peito no rosto se estampa ou alguma coisa
que devora o coração no rosto se estampa.
E) alguma coisa que punge o peito no rosto não se estampa e alguma
coisa que devora o coração no rosto não se estampa.
RESOLUÇÃO:
Temos a proposição (p v q)–> r, em que:
p = tudo que punge no peito no rosto se estampa
q = tudo que devora o coração no rosto se estampa
r = não existe alguém cuja ventura única consista em parecer aos outros
venturosa

Sabemos que r é falsa, visto que o enunciado nos disse que há


pessoas cuja ventura única consiste em parecer aos outros venturosa.
Sabemos que a proposição composta (p v q)–> r é verdadeira.
Como r é falsa, isto obriga (p v q) a ser FALSA também, de modo que a
sua negação é verdadeira: (~p^~q). Escrevendo:
~p = alguma coisa que punge no peito no rosto NÃO se estampa
~q = alguma coisa que devora o coração no rosto NÃO se estampa

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Podemos concluir então que “alguma coisa que punge no peito no


rosto NÃO se estampa E alguma coisa que devora o coração no rosto NÃO
se estampa”
RESPOSTA: E

32. FJG – PREF. RIO DE JANEIRO/RJ – 2003) Considere as seguintes


afirmações:
Quem apoia Ivo, vota em Joaquim.
Álvaro votará apenas em quem for amigo de Henrique.
Para quaisquer x e y, x será amigo de y se e somente se y for amigo de
x.
Nenhum amigo de Clóvis é amigo de Joaquim.
Henrique é amigo de Clóvis.
Admitindo-se que as cinco afirmações acima sejam verdadeiras, é correto
concluir que:
a) Álvaro votará em Joaquim e Henrique não é amigo de Joaquim
b) Álvaro apoiará Ivo e não votará em Joaquim
c) Henrique é amigo de Joaquim
d) Álvaro não apoiará Ivo
RESOLUÇÃO:
Temos as seguintes premissas:
P1: Quem apoia Ivo, vota em Joaquim.
P2: Álvaro votará apenas em quem for amigo de Henrique.
P3: Para quaisquer x e y, x será amigo de y se e somente se y for amigo
de x.
P4: Nenhum amigo de Clóvis é amigo de Joaquim.
P5: Henrique é amigo de Clóvis.

Veja que P5 é uma proposição simples, nos dizendo que Henrique é


amigo de Clóvis. A partir de P3, podemos concluir também que Clóvis é
amigo de Henrique. Como Henrique é amigo de Clóvis, pela P4 podemos

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concluir que Henrique não é amigo de Joaquim (e portanto Joaquim não é
amigo de Henrique, conforme P3). Como Álvaro vota apenas em amigos
de Henrique (veja a P2), ele certamente não votará em Joaquim. Através
de P1 vemos que, como Álvaro não vota em Joaquim, então ele não apoia
Ivo.
RESPOSTA: D

33. FJG – PREF. RIO DE JANEIRO/RJ – 2003) Na empresa


multinacional B&B, todos os funcionários falam inglês ou francês. A partir
desta informação, é correto concluir que:
a) algum funcionário da B&B fala inglês
b) algum funcionário da B&B fala francês
c) todo funcionário da B&B que não fala francês fala inglês
d) todos os funcionários da B&B falam inglês ou todos os funcionários da
B&B falam francês
RESOLUÇÃO:
Veja que os funcionários podem falar somente inglês, somente
francês ou ambos os idiomas. Mas não é possível que um funcionário não
fale nenhum dos dois idiomas. Portanto, se um funcionário não falar
francês, ele precisa falar inglês. E se um funcionário não falar inglês, ele
certamente fala francês.
Por isso podemos marcar a alternativa C.
Não podemos afirmar que algum funcionário fala inglês (pode ser
que TODOS falem somente francês). E não podemos afirmar que algum
funcionário fala francês (pode ser que TODOS falem somente inglês).
RESPOSTA: C

34. FJG – PREF. RIO DE JANEIRO/RJ – 2003) Considere que S seja a


sentença:
CADA ELEMENTO DE U É MAIOR QUE PELO MENOS UM ELEMENTO DE U.
O conjunto universo U, sobre o qual a sentença S acima é verdadeira, é:
a) U = { x/ x é nº inteiro} - { x/ x é nº natural}

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b) U = { x/ x é nº natural} { x/ x é nº inteiro}
c) U = { x/ x é nº natural} { x/ x é nº inteiro e x > 3}
d) U = { x/ x é nº inteiro e x < 3} - { x/ x é nº inteiro e x < 0}
RESOLUÇÃO:
a) U = { x/ x é nº inteiro} - { x/ x é nº natural}
Nessa alternativa temos os números inteiros, subtraídos dos
números naturais. Portanto, o conjunto U é formado apenas por:
{`..., -5, -4, -3, -2, -1}

Veja que este conjunto é infinito para a esquerda (onde coloquei as


reticências). Ou seja, se você escolher um número (ex.: -3), sempre
haverão outros que são menores do que ele (-4, -5, -6 etc, por exemplo).
Assim, cada elemento deste conjunto é maior do que pelo menos um
outro elemento deste conjunto. Isto atende a afirmação do enunciado.

b) U = { x/ x é nº natural} { x/ x é nº inteiro}
Aqui temos a intersecção entre os números naturais e os inteiros,
que é simplesmente o conjunto dos números naturais: {0, 1, 2, 3, ...}.
Repare que o número 0 não é maior do que nenhum outro número
deste conjunto. Por isso, a sentença do enunciado não é atendida.

c) U = { x/ x é nº natural} { x/ x é nº inteiro e x > 3}


Esta intersecção é dada por: {4, 5, 6, 7, ...}. Observe que o 4 não
é maior do que nenhum outro número do conjunto.

d) U = { x/ x é nº inteiro e x < 3} - { x/ x é nº inteiro e x < 0}


Veja que:
{ x/ x é nº inteiro e x < 3} = {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2}
{ x/ x é nº inteiro e x < 0} = {..., -4, -3-, -2, -1}

Portanto,
U = { x/ x é nº inteiro e x < 3} - { x/ x é nº inteiro e x < 0}

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U = {0, 1, 2}

Veja que, neste conjunto, o 0 não é maior do que nenhum outro


elemento.
RESPOSTA: A

35. FJG – TCM/RJ – 2003) Numa fábrica todos os empregados recebem


vale-transporte ou vale-refeição. A partir desta informação, é correto
concluir que:
a) todos os empregados recebem vale-transporte ou todos os
empregados recebem vale-refeição
b) todo emprego que não recebe vale-transporte recebe vale-refeição
c) algum empregado recebe vale-transporte e não recebe vale-refeição
d) algum empregado recebe vale-transporte e vale-refeição
RESOLUÇÃO:
Todos os empregados recebem vale-transporte ou vale-refeição,
portanto podemos ter 3 tipos de empregados:
- aqueles que ganham SOMENTE vale-transporte
- aqueles que ganham SOMENTE vale-refeição
- aqueles que ganham os dois vales

Entretanto, não temos condições para afirmar se os empregados


estão distribuídos em apenas 1, em 2 ou nos 3 grupos acima. É possível
que todos os funcionários ganhem somente vale-transporte, ou somente
vale-refeição, por exemplo. Também é possível que parte ganhe somente
vale-transporte e a outra parte ganhe somente vale-refeição. E assim por
diante.
Analisando as opções de resposta:
a) todos os empregados recebem vale-transporte ou todos os
empregados recebem vale-refeição  ERRADO. Como vimos acima, não
temos elementos para afirmar que todos os empregados recebem o
mesmo tipo de vale.

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b) todo emprego que não recebe vale-transporte recebe vale-refeição 


CORRETO. Se um empregado não recebe vale-transporte, ele
obrigatoriamente deve receber vale-refeição, e vice-versa.

c) algum empregado recebe vale-transporte e não recebe vale-refeição 


ERRADO. Não temos elementos para fazer essa afirmação. É possível que
TODOS os empregados que recebem vale-transporte também ganhem
vale-refeição.

d) algum empregado recebe vale-transporte e vale-refeição  ERRADO. É


possível que NENHUM empregado receba os dois vales, ou seja, só
recebam vale de 1 tipo.
RESPOSTA: B

36. FJG – TCM/RJ – 2003) Numa determinada fábrica, um conjunto de


máquinas foi submetido a uma inspeção para verificar se apresentavam
algum defeito. No laudo de tal avaliação constava a seguinte afirmação:
Nem todas as máquinas apresentaram defeito em todos os testes.
A alternativa que apresenta uma sentença equivalente a essa afirmação
é:
a) Pelo menos uma máquina não apresentou defeito em pelo menos um
teste.
b) Pelo menos uma máquina apresentou defeito em pelo menos um teste.
c) Pelo menos uma máquina não apresentou defeito em todos os testes.
d) Pelo menos uma máquina apresentou defeito em todos os testes.
RESOLUÇÃO:
Sendo verdade que “Nem todas as máquinas apresentaram defeito
em todos os testes”, então certamente alguma máquina não apresentou
defeitos em todos os testes, isto é, alguma (pelo menos uma) máquina
não apresentou defeitos em algum (pelo menos um) teste.
RESPOSTA: A

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37. FGV – TJ/AM – 2013 ) Considere como verdadeiras as afirmativas a


seguir.
I. Se Carlos mentiu, então João é culpado.
II. Se João é culpado, então Carlos não mentiu.
III. Se Carlos não mentiu, então Pedro não é culpado.
IV. Se Pedro não é culpado, então João não é culpado.
Com base nas afirmativas acima, é correto concluir que
a) Carlos mentiu, João é culpado, Pedro não é culpado.
b) Carlos mentiu, João não é culpado, Pedro não é culpado.
c) Carlos mentiu, João é culpado, Pedro é culpado.
d) Carlos não mentiu, João não é culpado, Pedro não é culpado.
e) Carlos não mentiu, João é culpado, Pedro é culpado.
RESOLUÇÃO:
Todas as premissas são proposições compostas, mas as conclusões
são proposições simples. Assim, podemos usar o método do “chute”.
Assumindo que “Carlos mentiu” é V:
- em I vemos que “João é culpado”;
- como João é culpado, “Carlos não mentiu” precisaria ser V para que II
fosse verdadeira. Mas assumimos que “Carlos mentiu” era V. Temos uma
contradição.

Assumindo que “Carlos mentiu” é F:


- as proposições I e II serão V, independente do valor de “João é
culpado”;
- em III, é preciso que “Pedro não é culpado” seja V;
- com isso, em IV é preciso que “João não é culpado” seja V;

Portanto, Carlos NÃO mentiu, Pedro NÃO é culpado e João NÃO é


culpado.
RESPOSTA: D

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38. FGV – SUDENE/PE – 2013 ) Sabe se que
I. se Mauro não é baiano então Jair é cearense.
II. se Jair não é cearense então Angélica é pernambucana.
III. Mauro não é baiano ou Angélica não é pernambucana.
É necessariamente verdade que
(A) Mauro não é baiano.
(B) Angélica não é pernambucana.
(C) Jair não é cearense.
(D) Angélica é pernambucana.
(E) Jair é cearense.
RESOLUÇÃO:
As premissas do enunciado são proposições compostas, e as
alternativas de resposta são conclusões formadas por proposições
simples. Assim, podemos usar o método do “chute”. Assumindo que
“Mauro não é baiano”:
- a premissa I mostra que Jair é cearense;
- a premissa II já fica verdadeira, pois “Jair não é cearense” é F;
- a premissa III já fica verdadeira, pois “Mauro não é baiano” é V;
- não foi possível determinar se Angélica é pernambucana ou não.

Se assumíssemos que “Mauro é baiano”:


- a premissa I já fica verdadeira, pois “Mauro não é baiano” é F;
- na premissa III, é preciso que “Angélica não é pernambucana” seja V;
- com isso “Angélica é pernambucana” é F, de modo que “Jair não é
cearense precisa ser F”.

Veja que, em ambos os casos acima, constatamos que “Jair é


cearense”.
RESPOSTA: E

39. FGV – TJ/AM – 2013 ) Considere como verdadeiras as sentenças


a seguir.

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I. Alguns matemáticos são professores.
II. Nenhum físico é matemático.
Então, é necessariamente verdade que
(A) algum professor é físico.
(B) nenhum professor é físico.
(C) algum físico é professor.
(D) algum professor não é físico.
(E) nenhum físico é professor.
RESOLUÇÃO:
Se nenhum físico é matemático, o conjunto dos Físicos não tem
intersecção com o dos Matemáticos.
Se alguns matemáticos são professores, então há intersecção entre o
conjunto dos Matemáticos e o conjunto dos Professores. Pode haver
também intersecção entre os Professores e os Físicos, embora não
tenhamos certeza disso com as informações dadas.
Analisando as alternativas:
(A) algum professor é físico.  não podemos afirmar que há intersecção
entre os Professores e os Físicos.
(B) nenhum professor é físico.  também não podemos afirmar que NÃO
HÁ intersecção entre os Professores e os Físicos.
(C) algum físico é professor.  idem ao raciocínio do item A.
(D) algum professor não é físico.  os professores que são matemáticos
certamente NÃO são físicos, pois nenhum físico é matemático. Assim,
alguns professores (os matemáticos) não são físicos. Esse é o gabarito.
(E) nenhum físico é professor.  idem ao raciocínio do item B.
RESPOSTA: D

40. FGV – TJ/AM – 2013 ) Considere como verdadeiras as sentenças


a seguir.
I. Se André não é americano, então Bruno é francês.
II. Se André é americano então Carlos não é inglês.
III. Se Bruno não é francês então Carlos é inglês.

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Logo, tem se obrigatoriamente que
(A) Bruno é francês.
(B) André é americano.
(C) Bruno não é francês.
(D) Carlos é inglês.
(E) André não é americano.
RESOLUÇÃO:
Podemos usar o método do “chute”. Assumindo que “André não é
americano”:
- a frase I mostra que “Bruno é francês”;
- as frases II e III já estão verdadeiras;
- não podemos concluir nada sobre Carlos ser ou não inglês.

Já se assumirmos que “André é americano”:


- a frase I já está verdadeira;
- a frase II mostra que Carlos não é inglês;
- na frase III é preciso que “Bruno não é francês” seja F, pois “Carlos é
inglês” é F.

Veja que, de qualquer forma, “Bruno é francês” é verdadeiro.


RESPOSTA: A

41. CONSULPLAN – PREF. JAÚ/SP – 2012) Num grupo de pessoas,


aquelas que usam óculos são altas e as que usam relógio não. Logo,
pode-se concluir que, nesse grupo,
A) nenhuma pessoa alta usa óculos.
B) alguma pessoa alta usa relógio.
C) alguma pessoa que usa óculos usa relógio.
D) nenhuma pessoa que usa óculos é alta.
E) nenhuma pessoa que usa óculos usa relógio.
RESOLUÇÃO:

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Considerando os grupos dos que usam óculos, dos altos e dos que
usam relógio, temos:
- aquelas que usam óculos são altas:

- as que usam relógio não são altas:

Com o diagrama acima, podemos concluir que:


E) nenhuma pessoa que usa óculos usa relógio.
RESPOSTA: E

42. FCC – TRT/1ª – 2011) Admita que todo A é B, algum B é C, e


algum C não é A. Caio, Ana e Léo fizeram as seguintes afirmações:

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Caio se houver C que é A, então ele não será B.


Ana se B for A, então não será C.
Léo pode haver A que seja B e C.

Está inequivocamente correto APENAS o que é afirmado por


a) Caio.
b) Ana.
c) Léo.
d) Caio e Ana.
e) Caio e Léo.

RESOLUÇÃO:

O exercício menciona 3 conjuntos: A, B e C. Ao dizer que “todo A é


B”, ele quer dizer que todo elemento do conjunto A é também elemento
do conjunto B. Isto significa que o conjunto A está dentro, isto é, está
contido no conjunto B. Veja o desenho abaixo:

Percebeu que temos 2 conjuntos, A e B, de forma que B é


constituído por todos os elementos de A e pode ter mais alguns
elementos que não fazem parte de A? É isto que a expressão “todo A é B”
nos diz. Vejamos a próxima.

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Ao dizer que “algum B é C”, o exercício quer dizer que “alguns
elementos de B fazem também parte do conjunto C”. Isto é, existe uma
intersecção entre estes dois conjuntos. Veja o diagrama abaixo:

B
C

Note que a área hachurada é comum aos conjuntos B e C. Isto é,


naquela área estão localizados os elementos de B que também fazem
parte de C. Não temos certeza se algum elemento de A também faz parte
de C, apesar de eu já ter desenhado uma intersecção entre os conjuntos
A e C.

A terceira informação diz que “algum C não é A”. Isto é, “alguns


elementos do conjunto C não fazem parte do conjunto A”. De fato, se
você olhar novamente a última figura desenhada, verá que existe uma
intersecção entre A e C, onde estão os elementos comuns aos dois
conjuntos, e existem alguns elementos do conjunto C fora deste espaço,
isto é, são elementos que fazem parte de C e não fazem parte de A.
Temos, portanto, nosso diagrama completo. Podemos, com isso, analisar
as afirmações feitas por Caio, Ana e Léo.

Caio se houver C que é A, então ele não será B.


Caio disse que se houver um elemento de C que também seja de A
(isto é, um elemento na intersecção entre C e A, então ele não fará parte
do conjunto B. Esta afirmação é falsa, pois como todo o conjunto A está
dentro do B, a intersecção entre C e A também estará dentro de B. Veja
isto na figura abaixo:

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B
C

Ana se B for A, então não será C.


Ana disse que, se um elemento de B for também elemento de A,
então não será elemento de C. Isto não é verdade, pois o exercício não
afirmou que não existem elementos de C que também sejam elementos
de A. Veja a bolinha azul na figura:

B
C
A

Este ponto destacado atende a primeira parte da afirmação de Ana


(pois é um elemento de B que também é de A). Entretanto, este ponto
pode também fazer parte do conjunto C, uma vez que o exercício não
afirmou que não há intersecção entre A e C, isto é, que “nenhum C é A”.
Portanto, não podemos afirmar que Ana está correta.
Léo pode haver A que seja B e C.
Leo afirma que pode haver um elemento do conjunto A que também
seja do conjunto B e do conjunto C, isto é, pode haver um elemento na
intersecção entre A, B e C. A afirmação de Leo pode ser visualizada em
nosso diagrama anterior, que repito abaixo. Veja a bolinha azul:

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B
C

Ela representa um elemento de A que também faz parte de B


(afinal, todos os elementos de A fazem parte de B) e pode também ser
um elemento de C, uma vez que talvez C tenha elementos em comum
com A (afinal, o exercício não afirmou o contrário). Portanto, é possível
que algum elemento de A seja também de B e de C ao mesmo tempo
(mas não podemos afirmar isso com certeza absoluta). Leo está correto,
pois disse “pode haver A que seja B e C”, e não “há A que é B e C”.

Portanto, Leo foi o único que fez uma afirmação verdadeira.

Resposta: C.

43. FCC – TCE/SP – 2012)


Todos os jogadores são rápidos.
Jorge é rápido.
Jorge é estudante.
Nenhum jogador é estudante.
Supondo as frases verdadeiras pode-se afirmar que
(A) a intersecção entre o conjunto dos jogadores e o conjunto dos rápidos
é vazia.
(B) a intersecção entre o conjunto dos estudantes e o conjunto dos
jogadores não é vazia.
(C) Jorge pertence ao conjunto dos jogadores e dos rápidos.
(D) Jorge não pertence à intersecção entre os conjuntos dos estudantes e
o conjunto dos rápidos.

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(E) Jorge não pertence à intersecção entre os conjuntos dos jogadores e o
conjunto dos rápidos
RESOLUÇÃO:
Com base nas afirmações do enunciado, poderíamos considerar a
existência de 3 grupos, ou conjuntos: o dos Jogadores, o dos Rápidos e o
dos Estudantes, conforme a figura abaixo:

Estudantes

Agora, vamos analisar mais detidamente as informações fornecidas:


- Todos os jogadores são rápidos.
Esta informação nos diz que todos os elementos do conjunto dos
Jogadores são também elementos do conjunto dos Rápidos, ou seja, o
conjunto dos Jogadores está contido no conjunto dos Rápidos. Veja essa
alteração na figura abaixo:

Rápidos
Jogadores

Estudantes
- Nenhum jogador é estudante.

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Aqui vemos que não existem elementos em comum entre o
conjunto dos Jogadores e dos Estudantes, isto é, não há intersecção entre
estes conjuntos. Façamos esta alteração na figura:

Rápidos
Jogadores

Estudantes

- Jorge é rápido.
- Jorge é estudante.
Com mais estas informações, vemos que Jorge faz parte da
intersecção entre o conjunto dos Rápidos e o conjunto dos Estudantes. Ou
seja, ele se localiza na posição destacada com uma estrela na figura
abaixo:

Rápidos
Jogadores

Estudantes

Como não há intersecção entre os Estudantes e os Jogadores,


podemos afirmar que Jorge é rápido, é estudante, mas não é jogador. Por
isto, a letra E está correta.

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Resposta: E

44. FCC – SEPLAN/PI – 2013) Se é verdade que “nenhum maceronte é


momorrengo” e “algum colemídeo é momorrengo”, então é
necessariamente verdadeiro que
(A) algum maceronte é colemídeo.
(B) algum colemídeo não é maceronte.
(C) algum colemídeo é maceronte.
(D) nenhum colemídeo é maceronte.
(E) nenhum maceronte é colemídeo.
RESOLUÇÃO:
Podemos desenhar os conjuntos dos macerontes, momorrengos e
colemídeos. Sabemos que nenhum maceronte é momorrengo, ou seja,
não há intersecção entre esses dois conjuntos. E que algum colemídeo é
momorrengo, ou seja, há intersecção entre esses dois. Assim, temos:

Repare que certamente há elementos na região 1 (pois algum


colemídeo é momorrengo), mas não necessariamente na região 2 (não
sabemos se algum maceronte é colemídeo).
Repare que na região 1 temos colemídeos que são também
momorrengos, e, por isso, não são macerontes. Isso permite afirmar a
alternativa B:
(B) algum colemídeo não é maceronte.
Resposta: B

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45. FCC – PGE/BA – 2013) A oposição é a espécie de inferência
imediata pela qual é possível concluir uma proposição por meio de outra
proposição dada, com a observância do princípio de não contradição.
Neste sentido, que poderá inferir-se da verdade, falsidade ou
indeterminação das proposições referidas na sequência abaixo se
supusermos que a primeira é verdadeira?
E se supusermos que a primeira é falsa?
1ª Todos os comediantes que fazem sucesso são engraçados.
2ª Nenhum comediante que faz sucesso é engraçado.
3ª Alguns comediantes que fazem sucesso são engraçados.
4ª Alguns comediantes que fazem sucesso não são engraçados.
(A) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é falsa e a 4ª é verdadeira. Se
a 1ª é falsa, a 2ª é verdadeira, a 3ª e a 4ª são indeterminadas (tanto
podem ser verdadeiras quanto falsas).
(B) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é falsa e a 4ª é verdadeira. Se
a 1ª é falsa, a 2ª é verdadeira, a 3ª e a 4ª são verdadeiras.
(C) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é verdadeira, a 3ª é verdadeira e a 4ª é
falsa. Se a 1ª é falsa, a 2ª é falsa, a 3ª e a 4ª são falsas.
(D) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é verdadeira e a 4ª é falsa. Se
a 1ª é falsa, a 2ª é falsa, a 3ª e a 4ª são indeterminadas (tanto podem
ser verdadeiras quanto falsas).
(E) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é verdadeira e a 4ª é falsa. Se
a 1ª é falsa, a 2ª e a 3ª são indeterminadas (tanto podem ser verdadeiras
quanto falsas) e a 4ª é verdadeira.
RESOLUÇÃO:
Para avaliar a frase “todos os comediantes que fazem sucesso são
engraçados”, podemos começar pensando no grupo dos comediantes, o
grupo das pessoas de sucesso, e o grupo dos engraçados. A intersecção
entre os comediantes e as pessoas que fazem sucesso é formada pelos
comediantes que fazem sucesso. E essa intersecção está toda inserida no
conjunto dos engraçados. Temos algo mais ou menos assim:

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Veja que na região 1 do gráfico estão os comediantes que fazem


sucesso, e toda essa região está dentro do conjunto dos engraçados,
respeitando a frase. Assim, se supusermos que a primeira frase é
verdadeira, então:

2ª Nenhum comediante que faz sucesso é engraçado.  falso, pois as


pessoas da região 1 são comediantes, fazem sucesso e são engraçadas.
3ª Alguns comediantes que fazem sucesso são engraçados. 
verdadeiro, pois se é verdade que TODOS comediantes que fazem
sucesso são engraçados, também é verdade que ALGUNS comediantes
que fazem sucesso são engraçados.
4ª Alguns comediantes que fazem sucesso não são engraçados.  falso,
pois todos os comediantes que fazem sucesso estão na região 1, e essa
região está toda inserida no conjunto dos engraçados.

Se supusermos que a primeira frase é falsa, então a sua negação é


verdadeira, ou seja: Algum comediante que faz sucesso NÃO é
engraçado. Para isso devemos alterar nosso diagrama, evidenciando que
parte da região 1 (comediantes que fazem sucesso) está fora do conjunto
dos engraçados (observe a região 2):

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Com isso, vamos analisar as demais afirmações:


2ª Nenhum comediante que faz sucesso é engraçado.  agora não
sabemos se a região 1 (comediantes que fazem sucesso e são
engraçados) está vazia ou não. Essa frase tem valor lógico
indeterminado.
3ª Alguns comediantes que fazem sucesso são engraçados.  pelo
mesmo motivo do item anterior, agora não podemos dizer se essa frase é
V ou F. Indeterminado.
4ª Alguns comediantes que fazem sucesso não são engraçados. 
verdadeiro. Veja que essa é a negação de “Todos os comediantes que
fazem sucesso são engraçados”. Como assumimos que a primeira era F,
então esta aqui precisa ser V. De fato, basta observar a região 2 do
diagrama.

Temos, portanto, a alternativa E:


(E) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é verdadeira e a 4ª é falsa. Se
a 1ª é falsa, a 2ª e a 3ª são indeterminadas (tanto podem ser verdadeiras
quanto falsas) e a 4ª é verdadeira.
Resposta: E

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Fim de aula!!! Nos vemos no próximo encontro.

Abraço,

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1. IADES – CFA – 2010) Considere os argumentos a seguir.


Argumento I: Se nevar então vai congelar. Não está nevando. Logo, não
vai congelar.
Argumento II: Se nevar então vai congelar. Não está congelando. Logo,
não vai nevar.
Assim, é correto concluir que:
a) ambos são falácias
b) ambos são tautologias
c) o argumento I é uma falácia e o argumento II é uma tautologia
d) o argumento I é uma tautologia e o argumento II é uma falácia

2. FCC – ICMS/SP – 2006) Considere os argumentos abaixo:

Indicando-se os argumentos legítimos por L e os ilegítimos por I, obtêm-


se, na ordem dada,
a) L, L, I, L
b) L, L, L, L
c) L, I, L, I
d) I, L, I, L
e) I, I, I, I

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3. ESAF – PECFAZ – 2013) Considere verdadeiras as premissas a


seguir:
– se Ana é professora, então Paulo é médico;
– ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante;
– Marta não é estudante.
Sabendo-se que os três itens listados acima são as únicas premissas do
argumento, pode-se concluir que:
a) Ana é professora.
b) Ana não é professora e Paulo é médico.
c) Ana não é professora ou Paulo é médico.
d) Marta não é estudante e Ana é Professora.
e) Ana é professora ou Paulo é médico.

4. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2012) Se Ana é pianista, então Beatriz


é violinista. Se Ana é violinista, então Beatriz é pianista. Se Ana é
pianista, Denise é violinista. Se Ana é violinista, então Denise é pianista.
Se Beatriz é violinista, então Denise é pianista. Sabendo-se que nenhuma
delas toca mais de um instrumento, então Ana, Beatriz e Denise tocam,
respectivamente:
a) piano, piano, piano.
b) violino, piano, piano.
c) violino, piano, violino.
d) violino, violino, piano.
e) piano, piano, violino.

5. ESAF – ANEEL – 2004) Se não leio, não compreendo. Se jogo, não


leio. Se não desisto, compreendo. Se é feriado, não desisto. Então,
a) se jogo, não é feriado.
b) se não jogo, é feriado.
c) se é feriado, não leio.
d) se não é feriado, leio.

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e) se é feriado, jogo.

6. FCC – TCE-PR – 2011) Considere que as seguintes premissas são


verdadeiras:

I. Se um homem é prudente, então ele é competente.


II. Se um homem não é prudente, então ele é ignorante.
III. Se um homem é ignorante, então ele não tem esperanças.
IV. Se um homem é competente, então ele não é violento.

Para que se obtenha um argumento válido, é correto concluir que se um


homem:
(A) não é violento, então ele é prudente.
(B) não é competente, então ele é violento.
(C) é violento, então ele não tem esperanças.
(D) não é prudente, então ele é violento.
(E) não é violento, então ele não é competente.

7. FUNDATEC – IRGA – 2013) Considere os seguintes argumentos,


assinalando V, se válidos, ou NV, se não válidos.
( ) Se o cão é um mamífero, então laranjas não são minerais.
Ora, laranjas são minerais, logo, o cão não é um mamífero.
( ) Quando chove, João não vai à escola.
Hoje não choveu, portanto, hoje João foi à escola.
( ) Quando estou de férias, viajo.
Não estou viajando agora, portanto, não estou de férias.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo,
é:
a) V – V – V
b) V – V – NV
c) V – NV – V
d) NV – V – V

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e) NV – NV – NV

8. FUNDATEC – CREA/PR – 2010) Dadas as premissas: “Todos os


abacaxis são bananas.” e “Algumas laranjas não são bananas.” A
conclusão que torna o argumento válido é:
A) “Existem laranjas que não são abacaxis.”
B) “Nenhum abacaxi é banana.”
C) “Existe laranja que é banana.”
D) “Todas as laranjas são bananas.”
E) “Nem todos os abacaxis são bananas.”

9. ESAF – MINISTÉRIO DA FAZENDA – 2012) Em uma cidade as


seguintes premissas são verdadeiras:
Nenhum professor é rico. Alguns políticos são ricos.
Então, pode-se afirmar que:
a) Nenhum professor é político.
b) Alguns professores são políticos.
c) Alguns políticos são professores.
d) Alguns políticos não são professores.
e) Nenhum político é professor.

10. ANPAD – 2016) Há argumentos válidos em que alguma de suas


premissas é falsa e sua conclusão também é falsa. Há argumentos em
que há premissas falsas, mas a conclusão é verdadeira. Considere que um
argumento é correto quando ele for válido e suas premissas forem
verdadeiras. Qual dos argumentos apresentados a seguir é correto?

(A) Todo número que é múltiplo de 6 é, também, múltiplo de 2.


Todo número que é múltiplo de 6 é, também, múltiplo de 3.
Logo, todo número que é múltiplo de 2 ou de 3 é, também, múltiplo
de 6.

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(B) Todos os animais que habitam o polo norte são cobertos por pelos
brancos.
O urso polar habita o polo norte.
Logo, o urso polar é coberto por pelo branco.

(C) Tiradentes foi um dos descobridores do Brasil.


Todos os descobridores do Brasil foram enforcados.
Logo, Tiradentes foi enforcado.

(D) Todo animal quadrúpede se apoia sobre quatro pés ou patas.


O leão e um animal quadrúpede que possui patas, mas não pés.
Logo, o leão se apoia sobre quatro patas.

(E) Há casos em p que é um número primo e p + 4 também é primo.


11 é um número primo.
Logo, 11 + 4 é um número primo.

11. ANPAD – 2016) No estoque de uma casa de roupas são guardadas


apenas camisas e calças. Sobre esse estoque, foram feitas as seguintes
afirmações:
I. Nesse estoque não há camisas.
II. Nesse estoque há uma única peça de roupa, que é uma calça.
III. Nesse estoque há uma única peça de roupa, que é uma camisa.
IV. Nesse estoque há apenas duas peças de roupas, ambas camisas.
V. Nesse estoque há apenas três peças de roupas, todas camisas.
Se apenas duas dessas cinco afirmações dadas acima são verdadeiras,
que peças de roupa há no estoque e em que quantidade?
(A) Uma calça
(B) Uma camisa
(C) Duas camisas
(D) Três camisas
(E) Não há peça alguma.

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12. ANPAD – 2016) Considere as seguintes afirmações:


Afirmação 1: A afirmação 2 é falsa.
Afirmação 2: A afirmação 3 é verdadeira.
Afirmação 3: A afirmação 4 é falsa.
Afirmação 4: A afirmação 5 é verdadeira.
Afirmação 5: A afirmação 6 é falsa.
Afirmação 6: A afirmação 1 é falsa.

À luz da compatibilidade dos valores lógicos de cada uma das seis


afirmações acima, tem-se, obrigatoriamente, que
A) há apenas 1 afirmação verdadeira.
B) há apenas 2 afirmações verdadeiras.
C) há apenas 3 afirmações verdadeiras.
D) há apenas 4 afirmações verdadeiras.
E) todas as afirmações são verdadeiras.

13. ANPAD – 2015) Acerca de um grupo de pessoas, foi feita a seguinte


afirmação:
"Todas as pessoas do grupo sabem inglês ou francês, mas não sabem
alemão."
Para que uma argumentação qualifique tal afirmação como falsa, é
necessário e suficiente que ela aponte
a) a existência de algum membro do grupo que saiba inglês e francês, ou
não saiba alemão.
b) a existência de algum membro do grupo que não saiba inglês, nem
francês, mas saiba alemão.
c) a existência de algum membro do grupo que não saiba inglês, nem
francês, ou que saiba alemão.
d) que todos os membros do grupo não sabem inglês, nem francês, mas
sabem alemão.

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e) que todos os membros do grupo não sabem inglês, nem francês, ou
sabem alemão.

14. ANPAD – 2015) Considere falsa a seguinte afirmação: "Júlio e César


têm mais de 18 anos ou César é mais alto que Júlio." Se Júlio tem 20
anos, então:
a) César tem mais de 18 anos e é mais baixo que Júlio.
b) César tem, no máximo, 18 anos e é mais baixo que Júlio.
c) César tem, no máximo, 18 anos e a mesma altura de Júlio.
d) César tem 18 anos ou mais e, no máximo, a mesma altura de Júlio.
e) César tem, no máximo, 18 anos e, no máximo, a mesma altura de
Júlio.

15. ANPAD – 2015) Adriano é um sujeito que sempre cumpre as suas


promessas. No dia 1º de janeiro, ele fez a seguinte promessa: "Este ano,
não viajarei no Carnaval ou viajarei na Semana Santa." Conclui-se que,
neste ano:
a) Se Adriano viajar no Carnaval, então ele deverá viajar na Semana
Santa.
b) Se Adriano não viajar no Carnaval, então ele deverá viajar na Semana
Santa.
c) Se Adriano não viajar no Carnaval, então ele não deverá viajar na
Semana
Santa.
d) Se Adriano viajar na Semana Santa, então ele necessariamente terá
viajado no Carnaval.
e) Se Adriano viajar na Semana Santa, então ele necessariamente não
terá viajado no Carnaval.

16. ANPAD – 2015) Se não é verdade que todo matemático gosta de


música e literatura, então:
a) Existe matemático que não gosta de música ou não gosta de literatura.

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b) Existe um matemático que não gosta de música nem de literatura.
c) Todo matemático que não gosta de música necessariamente gosta de
literatura.
d) Se alguém gosta de música ou literatura, então não é matemático.
e) Se alguém não gosta de música ou não gosta de literatura, então não é
matemático.

17. ANPAD – 2014) Considere a seguinte afirmação:


Na minha empresa, cada setor possui um gerente e todos os gerentes
têm idades maiores que 45 anos.
A negação da afirmação apresentada é logicamente equivalente à
afirmação:
a) Na minha empresa, há pelo menos um setor que não possui gerente ou
todos os setores possuem gerentes com idades inferiores a 45 anos.
b) Na minha empresa, há pelo menos um setor que não possui gerente ou
há algum gerente com idade igual ou inferior a 45 anos.
c) Na minha empresa, ou todos os setores não possuem gerentes, ou
todos possuem algum gerente com idade igual ou inferior a 45 anos.
d) Na minha empresa, há pelo menos um setor que não possui gerente
algum com idade inferior a 45 anos.
e) Na minha empresa, todos os setores possuem gerentes e as idades de
todos eles são menores que 45 anos.

18. ANPAD – 2014) Considere as seguintes premissas:


I. Há pessoas que, se não estiverem em recesso de feriado ou não
estiverem de férias, então não viajam.
II. Todas as pessoas que estão de férias estão empregadas.
III. Todas as pessoas que não estão descansando não estão em recesso
de feriado.
A partir das premissas apresentadas, conclui-se logicamente:
a) Há pessoas que, se viajam, então estão empregadas e estão
descansando.

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b) Há pessoas que, se viajam, então não estão empregadas ou não estão
descansando.
c) Há pessoas que, se estão empregadas e estão descansando, então
viajam.
d) Todas as pessoas que viajam estão empregadas e estão descansando.
e) Todas as pessoas que viajam estão empregadas ou estão descansando.

19. ANPAD – 2014) Se eu jogo videogame, então fico com dor de


cabeça.
Se eu não jogo videogame, então é porque não é final de semana.
Talvez eu vá à praia no próximo final de semana.
Portanto, no próximo final de semana, eu
a) jogarei videogame e irei à praia.
b) talvez vá à praia com dor de cabeça.
c) não jogarei videogame ou irei à praia.
d) talvez não jogue videogame, mas irei à praia.
e) não terei dor de cabeça se eu não for à praia.

20. ANPAD – 2014) Considera a seguinte afirmação:


"Em cada mês do ano passado, sempre houve um dia em que visitei meu
pai ou minha mãe."
A afirmação acima será falsa se, e somente se, for verdadeira a afirmação
a) "Em cada mês do ano passado, sempre houve um dia em que não
visitei meu pai ou minha mãe."
b) "Em cada mês do ano passado, sempre houve um dia em que não
visitei meu pai e tampouco minha mãe."
c) "Houve um mês do ano passado durante o qual houve um dia em que
não visitei meu pai ou minha mãe."
d) "Houve um mês no ano passado durante o qual não visitei meu pai e
tampouco minha mãe em dia algum."

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e) "Houve um mês do ano passado durante o qual não visitei meu pai ou
minha mãe em dia algum."

21. ANPAD – 2014) Sônia quer ir à festa. Se Mara estiver estudando,


então Jane está passeando. Se Jane estiver passeando, então Lia está
passeando. Se Lia estiver passeando, então não haverá festa. Sabe-se
que a festa está ocorrendo ou Sônia não irá à festa. Ora, Mara está
estudando; logo,
a) Lia e Jane estão passeando.
b) a festa está sendo organizada.
c) Jane está passeando, mas Lia não.
d) Lia está passeando, mas Jane não.
e) Sônia não irá à festa e Mara não está estudando.

22. ANPAD – 2014) Considere as seguintes proposições:


I. Algumas frutas são cadeiras. Todas as cadeiras são vermelhas. Logo,
algumas frutas são vermelhas.
II. Se o pássaro é verde, então ele não voa. O pássaro voa. Logo, ele não
é verde.
III. Todos os animais são quadrúpedes. Nenhuma mesa é animal. Logo,
nenhum quadrúpede é uma mesa.
Os valores lógicos (V, se verdadeiro; F, se falso) das proposições são,
respectivamente,
a) F V F.
b) F V V.
c) V V V.
d) V F V.
e) V V F.

23. ANPAD – 2014) Em uma garagem há três carros, um vermelho, um


verde e um azul. Um deles pertence a Jorge, outro a Carlos e o outro a
Luís. Sabe-se que, das seguintes afirmações, apenas uma é falsa.

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I. O carro de Jorge é verde.
II. O carro de Carlos não é azul.
III. O carro de Luís não é azul.
IV. O carro de Luís não é verde e o de Carlos é azul.
As cores dos carros de Carlos, Jorge e Luís são, respectivamente,
a) vermelha, azul e verde.
b) vermelha, verde e azul.
c) verde, azul e vermelha.
d) azul, vermelha e verde.
e) azul, verde e vermelha.

24. ANPAD – 2015) Adão é mais magro que Bárbara. Dalton é menos
magro que Célia. Adão é menos magro que Célia. Logo,
a) Adão é mais magro que Dalton.
b) Bárbara é mais magra que Adão.
c) Célia é mais magra que Bárbara.
d) Célia é menos magra que Dalton.
e) Bárbara é mais magra que Dalton.

25. ANPAD – 2015) Alda ganhou uma blusa, uma calça e um vestido.
Sabe-se que cada peça de roupa é feita de apenas um dentre os tecidos:
jeans, malha ou sarja. Sabe-se também:
I. a blusa é de jeans ou o vestido é de jeans;
II. a calça é de sarja ou o vestido é de sarja;
III. a blusa é de malha ou a calça é de sarja;
IV. o vestido é de malha ou a calça é de malha.
Logo, os tecidos da blusa, da calça e do vestido são, respectivamente,
a) jeans, sarja e malha.
b) malha, sarja e jeans.
c) jeans, malha e sarja.
d) malha, jeans e sarja.
e) sarja, malha e jeans.

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26. ANPAD – 2016) Seja v(x) o valor lógico da proposição x.


Sabendo que V(p q) = V e v(p^q) = F, é correto afirmar:
(A) v(q) = V
(B) v(~p) = V
(C) v(p v q) = F
(D) v(p v q) = V
(E) v(q p) = F

27. ANPAD – 2016) Dada uma proposição lógica P, definimos a função


 0, se P é falsa
valor lógico de P por: [ P ] = 
1, se P é verdadeira
Considere três proposições lógicas A, B e C que satisfazem as seguintes
regras:
i) B C
ii) ~(A v C)
Quantos são os valores possíveis da expressão [A] + 2[B] + 4[C]?
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

28. ANPAD – 2016) Considere a seguinte proposição P.


P: Se n é um número primo, par e maior que 2, então ele é um número
ímpar.
Analise as afirmações sobre a proposição acima:
I. P é uma proposição equivalente à proposição “se n é par, então não é
primo ou é ímpar, ou n ≤ 2”.
II. P é uma proposição falsa, pois um número inteiro não pode ser
simultaneamente, par e ímpar.

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III. A hipótese da proposição nunca é satisfeita.
É correto o que se afirma em:
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

29. ANPAD – 2014) Considere verdadeira a seguinte premissa:


"Em uma universidade, todos os professores que trabalham no campus
externo recebem uma bolsa de auxílio."
Portanto, um funcionário dessa universidade que trabalha no campus
externo
a) não recebe a bolsa de auxílio, se não for professor.
b) poderá não ter a bolsa de auxílio, se for professor.
c) recebe a bolsa de auxílio ou não é professor.
d) será professor, se receber a bolsa de auxílio.
e) é professor ou não recebe a bolsa de auxílio.

30. ANPAD – 2016) Sejam P um conjunto finito formado por duas ou


mais potências distintas de 2 e S a soma dos elementos de P. Nesse
contexto, a fórmula  P,  x  P x > S - x corresponde à sentença:

(A) Existe um conjunto finito de duas ou mais potências distintas de 2 tal


que existe uma dentre essas potências que é maior que soma de todas as
outras.
(B) Existe um conjunto finito de duas ou mais potências distintas de 2 tal
que qualquer uma dentre essas potências é maior que a soma de todas as
outras.
(C) Dado um conjunto finito de duas ou mais potências distintas de 2,
existe uma dentre essas potências que é maior que a soma de todas as
outras, qualquer que seja esse conjunto.

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(D) Dado um conjunto finito de duas ou mais potências distintas de 2,
qualquer uma dentre essas potências é maior que a soma de todas as
outras, independentemente de qual seja esse conjunto.
(E) Dado um conjunto finito de duas ou mais potências distintas de 2,
existe uma dentre essas potências que é maior que a soma de todas as
potências, qualquer que seja esse conjunto.

31. ANPAD – 2016) A afirmação a seguir, na forma (p v q)  r, é


verdadeira.
“Se tudo que punge o peito no rosto se estampa ou tudo que devora o
coração no rosto se estampa, então não existe alguém cuja ventura única
consista em parecer aos outros venturosa”.
Entretanto, sabe-se que há pessoas cuja ventura única consiste em
parecer aos outros venturosa.
Portanto, necessariamente,
A) tudo que punge o peito no rosto não se estampa ou tudo que devora o
coração no rosto não se estampa.
B) tudo que punge o peito no rosto não se estampa e tudo que devora o
coração no rosto não se estampa.
C) alguma coisa que punge o peito no rosto se estampa e alguma coisa
que devora o coração no rosto se estampa.
D) alguma coisa que punge o peito no rosto se estampa ou alguma coisa
que devora o coração no rosto se estampa.
E) alguma coisa que punge o peito no rosto não se estampa e alguma
coisa que devora o coração no rosto não se estampa.

32. FJG – PREF. RIO DE JANEIRO/RJ – 2003) Considere as seguintes


afirmações:
Quem apoia Ivo, vota em Joaquim.
Álvaro votará apenas em quem for amigo de Henrique.
Para quaisquer x e y, x será amigo de y se e somente se y for amigo de
x.

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Nenhum amigo de Clóvis é amigo de Joaquim.
Henrique é amigo de Clóvis.
Admitindo-se que as cinco afirmações acima sejam verdadeiras, é correto
concluir que:
a) Álvaro votará em Joaquim e Henrique não é amigo de Joaquim
b) Álvaro apoiará Ivo e não votará em Joaquim
c) Henrique é amigo de Joaquim
d) Álvaro não apoiará Ivo

33. FJG – PREF. RIO DE JANEIRO/RJ – 2003) Na empresa


multinacional B&B, todos os funcionários falam inglês ou francês. A partir
desta informação, é correto concluir que:
a) algum funcionário da B&B fala inglês
b) algum funcionário da B&B fala francês
c) todo funcionário da B&B que não fala francês fala inglês
d) todos os funcionários da B&B falam inglês ou todos os funcionários da
B&B falam francês

34. FJG – PREF. RIO DE JANEIRO/RJ – 2003) Considere que S seja a


sentença:
CADA ELEMENTO DE U É MAIOR QUE PELO MENOS UM ELEMENTO DE U.
O conjunto universo U, sobre o qual a sentença S acima é verdadeira, é:
a) U = { x/ x é nº inteiro} - { x/ x é nº natural}
b) U = { x/ x é nº natural} { x/ x é nº inteiro}
c) U = { x/ x é nº natural} { x/ x é nº inteiro e x > 3}
d) U = { x/ x é nº inteiro e x < 3} - { x/ x é nº inteiro e x < 0}

35. FJG – TCM/RJ – 2003) Numa fábrica todos os empregados recebem


vale-transporte ou vale-refeição. A partir desta informação, é correto
concluir que:
a) todos os empregados recebem vale-transporte ou todos os
empregados recebem vale-refeição

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b) todo emprego que não recebe vale-transporte recebe vale-refeição
c) algum empregado recebe vale-transporte e não recebe vale-refeição
d) algum empregado recebe vale-transporte e vale-refeição

36. FJG – TCM/RJ – 2003) Numa determinada fábrica, um conjunto de


máquinas foi submetido a uma inspeção para verificar se apresentavam
algum defeito. No laudo de tal avaliação constava a seguinte afirmação:
Nem todas as máquinas apresentaram defeito em todos os testes.
A alternativa que apresenta uma sentença equivalente a essa afirmação
é:
a) Pelo menos uma máquina não apresentou defeito em pelo menos um
teste.
b) Pelo menos uma máquina apresentou defeito em pelo menos um teste.
c) Pelo menos uma máquina não apresentou defeito em todos os testes.
d) Pelo menos uma máquina apresentou defeito em todos os testes.

37. FGV – TJ/AM – 2013 ) Considere como verdadeiras as afirmativas a


seguir.
V. Se Carlos mentiu, então João é culpado.
VI. Se João é culpado, então Carlos não mentiu.
VII. Se Carlos não mentiu, então Pedro não é culpado.
VIII. Se Pedro não é culpado, então João não é culpado.
Com base nas afirmativas acima, é correto concluir que
a) Carlos mentiu, João é culpado, Pedro não é culpado.
b) Carlos mentiu, João não é culpado, Pedro não é culpado.
c) Carlos mentiu, João é culpado, Pedro é culpado.
d) Carlos não mentiu, João não é culpado, Pedro não é culpado.
e) Carlos não mentiu, João é culpado, Pedro é culpado.

38. FGV – SUDENE/PE – 2013 ) Sabe se que


I. se Mauro não é baiano então Jair é cearense.
II. se Jair não é cearense então Angélica é pernambucana.

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III. Mauro não é baiano ou Angélica não é pernambucana.
É necessariamente verdade que
(A) Mauro não é baiano.
(B) Angélica não é pernambucana.
(C) Jair não é cearense.
(D) Angélica é pernambucana.
(E) Jair é cearense.

39. FGV – TJ/AM – 2013 ) Considere como verdadeiras as sentenças


a seguir.
I. Alguns matemáticos são professores.
II. Nenhum físico é matemático.
Então, é necessariamente verdade que
(A) algum professor é físico.
(B) nenhum professor é físico.
(C) algum físico é professor.
(D) algum professor não é físico.
(E) nenhum físico é professor.

40. FGV – TJ/AM – 2013 ) Considere como verdadeiras as sentenças


a seguir.
I. Se André não é americano, então Bruno é francês.
II. Se André é americano então Carlos não é inglês.
III. Se Bruno não é francês então Carlos é inglês.
Logo, tem se obrigatoriamente que
(A) Bruno é francês.
(B) André é americano.
(C) Bruno não é francês.
(D) Carlos é inglês.
(E) André não é americano.

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41. CONSULPLAN – PREF. JAÚ/SP – 2012) Num grupo de pessoas,
aquelas que usam óculos são altas e as que usam relógio não. Logo,
pode-se concluir que, nesse grupo,
A) nenhuma pessoa alta usa óculos.
B) alguma pessoa alta usa relógio.
C) alguma pessoa que usa óculos usa relógio.
D) nenhuma pessoa que usa óculos é alta.
E) nenhuma pessoa que usa óculos usa relógio.

42. FCC – TRT/1ª – 2011) Admita que todo A é B, algum B é C, e


algum C não é A. Caio, Ana e Léo fizeram as seguintes afirmações:

Caio se houver C que é A, então ele não será B.


Ana se B for A, então não será C.
Léo pode haver A que seja B e C.

Está inequivocamente correto APENAS o que é afirmado por


a) Caio.
b) Ana.
c) Léo.
d) Caio e Ana.
e) Caio e Léo.

43. FCC – TCE/SP – 2012)


Todos os jogadores são rápidos.
Jorge é rápido.
Jorge é estudante.
Nenhum jogador é estudante.
Supondo as frases verdadeiras pode-se afirmar que
(A) a intersecção entre o conjunto dos jogadores e o conjunto dos rápidos
é vazia.

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(B) a intersecção entre o conjunto dos estudantes e o conjunto dos
jogadores não é vazia.
(C) Jorge pertence ao conjunto dos jogadores e dos rápidos.
(D) Jorge não pertence à intersecção entre os conjuntos dos estudantes e
o conjunto dos rápidos.
(E) Jorge não pertence à intersecção entre os conjuntos dos jogadores e o
conjunto dos rápidos

44. FCC – SEPLAN/PI – 2013) Se é verdade que “nenhum maceronte é


momorrengo” e “algum colemídeo é momorrengo”, então é
necessariamente verdadeiro que
(A) algum maceronte é colemídeo.
(B) algum colemídeo não é maceronte.
(C) algum colemídeo é maceronte.
(D) nenhum colemídeo é maceronte.
(E) nenhum maceronte é colemídeo.

45. FCC – PGE/BA – 2013) A oposição é a espécie de inferência


imediata pela qual é possível concluir uma proposição por meio de outra
proposição dada, com a observância do princípio de não contradição.
Neste sentido, que poderá inferir-se da verdade, falsidade ou
indeterminação das proposições referidas na sequência abaixo se
supusermos que a primeira é verdadeira?
E se supusermos que a primeira é falsa?
1ª Todos os comediantes que fazem sucesso são engraçados.
2ª Nenhum comediante que faz sucesso é engraçado.
3ª Alguns comediantes que fazem sucesso são engraçados.
4ª Alguns comediantes que fazem sucesso não são engraçados.
(A) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é falsa e a 4ª é verdadeira. Se
a 1ª é falsa, a 2ª é verdadeira, a 3ª e a 4ª são indeterminadas (tanto
podem ser verdadeiras quanto falsas).

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(B) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é falsa e a 4ª é verdadeira. Se
a 1ª é falsa, a 2ª é verdadeira, a 3ª e a 4ª são verdadeiras.
(C) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é verdadeira, a 3ª é verdadeira e a 4ª é
falsa. Se a 1ª é falsa, a 2ª é falsa, a 3ª e a 4ª são falsas.
(D) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é verdadeira e a 4ª é falsa. Se
a 1ª é falsa, a 2ª é falsa, a 3ª e a 4ª são indeterminadas (tanto podem
ser verdadeiras quanto falsas).
(E) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é verdadeira e a 4ª é falsa. Se
a 1ª é falsa, a 2ª e a 3ª são indeterminadas (tanto podem ser verdadeiras
quanto falsas) e a 4ª é verdadeira.

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01 C 02 C 03 C 04 B 05 A 06 C 07 C
08 A 09 D 10 D 11 A 12 C 13 C 14 E
15 A 16 A 17 B 18 A 19 B 20 D 21 A
22 E 23 E 24 C 25 A 26 B 27 A 28 C
29 C 30 C 31 E 32 D 33 C 34 A 35 B
36 A 37 D 38 E 39 D 40 A 41 E 42 C
43 E 44 B 45 E

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