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Aula 07

Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRTs - Todos os cargos


Professores: Arthur Lima, Equipe Arthur Lima

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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO PARA TRIBUNAIS
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Prof. Arthur Lima Aula 07

AULA 07: LÓGICA DE PROPOSIÇÕES (CONTINUAÇÃO)

SUMÁRIO PÁGINA
1. Teoria 01
2. Resolução de questões 24
3. Lista das questões apresentadas na aula 69
4. Gabarito 86

Olá!
Nesta aula vamos avançar e finalizar o estudo da lógica proposicional.
Espero que você esteja conseguindo assimilar os conceitos e resolver os exercícios
com razoável facilidade e, principalmente, rapidez.

Tenha uma boa aula e, em caso de dúvidas, não hesite em me procurar.

1. TEORIA
1.1 ARGUMENTAÇÃO
Veja o exemplo abaixo:
a: Todo nordestino é loiro
b: José é nordestino
Conclusão: Logo, José é loiro.

Temos premissas (a e b) e uma conclusão que deve derivar daquelas


premissas. Isso é um argumento: um conjunto de premissas e conclusão a elas
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associada.

Dizemos que um argumento é válido se, aceitando que as premissas são


verdadeiras, a conclusão é NECESSARIAMENTE verdadeira. Veja que não nos
interessa aqui questionar a realidade das premissas. Todos nós sabemos que dizer
que “todo nordestino é loiro” é uma inverdade. Mas o que importa é que, se
assumirmos que todos os nordestinos são loiros, e também assumirmos que José é
nordestino, logicamente a conclusão “José é loiro” é verdadeira, e por isso este
argumento é VÁLIDO.

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Uma outra forma de fazer esta análise é pensar o seguinte: se este
argumento fosse INVÁLIDO, seria possível tornar a conclusão falsa e,
simultaneamente, todas as premissas verdadeiras. Vamos “forçar” a conclusão a ser
falsa, assumindo que José NÃO é loiro. Feito isso, vamos tentar “forçar” ambas as
premissas a serem verdadeiras. Começando pela primeira, devemos aceitar que
“todo nordestino é loiro”. Mas veja que, se aceitarmos isso, a segunda premissa
(“josé é nordestino”) seria automaticamente falsa, pois assumimos que José não é
loiro, e por isso ele não pode ser nordestino. Repare que não conseguimos tornar a
conclusão F e ambas as premissas V simultaneamente, ou seja, não conseguimos
forçar o argumento a ser inválido, o que o torna um argumento VÁLIDO.

Agora veja este argumento:


a: Todo nordestino é loiro
b: José é loiro
Conclusão: Logo, José é nordestino.

Vamos usar o segundo método que citei, tornando a conclusão falsa e em


seguida tentando tornar as premissas verdadeiras. Para que a conclusão seja falsa,
é preciso que José NÃO seja nordestino. Com isso em mãos, vamos tentar tornar as
premissas V. Para a primeira premissa ser verdade, devemos assumir que todos os
nordestinos realmente são loiros. E nada impede que a segunda premissa seja
verdade, e José seja loiro. Ou seja, é possível que a conclusão seja F e as duas
premissas sejam V, simultaneamente, o que torna este argumento INVÁLIDO.
Analisando pelo primeiro método, bastaria você verificar que se todo
nordestino é loiro, o fato de José ser loiro não implica que ele necessariamente seja
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nordesitno (é possível que outras pessoas sejam loiras também). Assim, a


conclusão não decorre logicamente das premissas, o que faz deste um argumento
INVÁLIDO.

Em resumo, os dois métodos de análise da validade de argumentos são:

1 – assumir que todas as premissas são V e verificar se a conclusão é


obrigatoriamente V (neste caso, o argumento é válido; caso contrário, é inválido);

2 – assumir que a conclusão é F e tentar tornar todas as premissas V (se


conseguirmos, o argumento é inválido; caso contrário, é válido)

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Vamos praticar um pouco nas questões abaixo.

1. IADES – CFA – 2010)Considere os argumentos a seguir.


Argumento I: Se nevar então vai congelar. Não está nevando. Logo, não vai
congelar.
Argumento II: Se nevar então vai congelar. Não está congelando. Logo, não vai
nevar.
Assim, é correto concluir que:
a) ambos são falácias
b) ambos são tautologias
c) o argumento I é uma falácia e o argumento II é uma tautologia
d) o argumento I é uma tautologia e o argumento II é uma falácia
RESOLUÇÃO:
Vamos analisar cada argumento:

Argumento I:
P1  Se nevar então vai congelar.
P2  Não está nevando.
Conclusão  Logo, não vai congelar.

Vamos imaginar que a conclusão é F. Portanto, vai congelar. Agora vamos


tentar tornar as premissas Verdadeiras (forçando o argumento a ser inválido). Em
P2 vemos que “não está nevando”. Assim, a primeira parte de P1(“nevar”) é F, de
modo que P1 é V também.
Foi possível ter a conclusão F quando ambas as premissas eram V. Ou seja,
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esse argumento é inválido (falácia).

Argumento II:
P1  Se nevar então vai congelar.
P2  Não está congelando.
Conclusão  Logo, não vai nevar.
Assumindo que a conclusão é F, vemos que vai nevar. Agora vamos tentar
forçar as premissas a serem verdadeiras. Para P2 ser verdadeira, é preciso que não
esteja congelando. Porém com isso a condicional de P1 fica VF, pois “nevar” é V
e “vai congelar” é F.

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Ou seja, NÃO foi possível tornar as duas premissas V quando a conclusão
era F. Isso mostra que este argumento é válido (ou uma tautologia).
Resposta: C

2. FCC – ICMS/SP – 2006) Considere os argumentos abaixo:

Indicando-se os argumentos legítimos por L e os ilegítimos por I, obtêm-se, na


ordem dada,
a) L, L, I, L
b) L, L, L, L
c) L, I, L, I
d) I, L, I, L
e) I, I, I, I
RESOLUÇÃO:
Veja a análise de cada argumento, forçando as premissas a serem V e
verificando se a conclusão é necessariamente V (tornando o argumento válido /
legítimo) ou se ela pode ser F (tornando o argumento inválido / ilegítimo):

I. Na primeira premissa (“a”), vemos que “a” precisa ser V. Na segunda (ab), como
“a” é V, então “b” precisa ser V para a premissa ser V. Logo, podemos concluir que
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“b” é V. Argumento válido/legítimo.

II. Na primeira premissa vemos que “~a” é V, logo “a” é F. Na segunda, como “a” é
F, “b” pode ser V ou F que a premissa continua verdadeira. Não podemos concluir
que ~b é V ou F. Argumento inválido/ilegítimo.

III. Na primeira premissa vemos que “~b” é V, logo “b” é F. Na segunda, como “b” é
F, então “a” precisa ser F para que a premissa seja verdadeira. Portanto, podemos
concluir que “~a” é V. Argumento válido/legítimo.

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IV. Na primeira premissa vemos que “b” é V. Na segunda, como “b” é V, “a” pode
ser V ou F e a premissa continua verdadeira. Não podemos concluir o valor lógico
de “a”. Argumento inválido/ilegítimo.
Resposta: C

Chamamos de silogismo o argumento formado por exatamente 2 premissas e


1 conclusão, como:
P1: todo nordestino é loiro (premissa maior – mais geral);
P2: José é nordestino (premissa menor – mais específica)
Conclusão: Logo, José é loiro.

Sofisma ou falácia é um raciocínio errado com aparência de verdadeiro.


Consiste em chegar a uma conclusão inválida a partir de premissas válidas, ou
mesmo a partir de premissas contraditórias entre si. Por exemplo:
Premissa 1: A maioria dos políticos é corrupta.
Premissa 2: João é político.
Conclusão: Logo, João é corrupto.

Veja que o erro aqui foi a generalização. Uma coisa é dizer que a maioria dos
políticos é corrupta, outra é dizer que todos os políticos são corruptos. Não é
possível concluir que João é corrupto, já que ele pode fazer parte da minoria, isto é,
do grupo dos políticos que não são corruptos.
Observe esta outra falácia:

Premissa 1: Se faz sol no domingo, então vou à praia.


Premissa 2: Fui à praia no último domingo.32656364884

Conclusão: Logo, fez sol no último domingo.

A primeira premissa é do tipo condicional, sendo formada por uma condição


(se faz sol...) e um resultado (então vou à praia). Com base nela, podemos assumir
que se a condição ocorre (isto é, se efetivamente faz sol), o resultado
obrigatoriamente tem de acontecer. Mas não podemos assumir o contrário, isto é,
que caso o resultado ocorra (ir à praia), a condição ocorreu. Isto é, eu posso ter ido
à praia mesmo que não tenha feito sol no último domingo.

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Quando tratamos sobre argumentos, os dois principais tipos de questões são:
1- as que apresentam um argumento e questionam a sua validade;
2- as que apresentam as premissas de um argumento e pedem as conclusões.

Já tratamos acima sobre o primeiro tipo, e agora vamos nos debruçar sobre o
segundo. Quando são apresentadas as premissas de um argumento e solicitadas as
conclusões, você precisa lembrar que para obter as conclusões, é preciso assumir
que TODAS as premissas são VERDADEIRAS.

Além disso, você precisa identificar diante de qual caso você se encontra
(cada um possui um método de resolução):

- caso 1: alguma das premissas é uma proposição simples.


- caso 2: todas as premissas são proposições compostas, mas as alternativas de
resposta (conclusões) são proposições simples.
- caso 3: todas as premissas e alternativas de resposta (conclusões) são
proposições compostas.

Vejamos como enfrentar cada uma dessas situações diretamente em cima de


exercícios. A questão abaixo enquadra-se no “caso 1”, pois uma das premissas
fornecidas é uma proposição simples. Neste caso, basta começar a análise a partir
da proposição simples, assumindo-a como verdadeira, e então seguir analisando as
demais premissas.

3. ESAF – PECFAZ – 2013) Considere verdadeiras as premissas a seguir:


– se Ana é professora, então Paulo é médico;
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– ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante;


– Marta não é estudante.
Sabendo-se que os três itens listados acima são as únicas premissas do argumento,
pode-se concluir que:
a) Ana é professora.
b) Ana não é professora e Paulo é médico.
c) Ana não é professora ou Paulo é médico.
d) Marta não é estudante e Ana é Professora.
e) Ana é professora ou Paulo é médico.

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RESOLUÇÃO:
Note que temos 3 premissas, sendo que a última é uma proposição simples:
P1: se Ana é professora, então Paulo é médico;
P2: ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante;
P3: Marta não é estudante.
Começamos a análise pela proposição simples P3. Como ela é verdadeira
(devemos assumir que todas as premissas são V para chegar na conclusão),
sabemos que Marta não é estudante. Em P2 temos uma disjunção exclusiva. Como
ao analisar P3 vimos que “Marta é estudante” é Falso, então Paulo não é médico
precisa ser V. Por fim em P1 vemos que “Paulo é médico” é F, de modo que “Ana é
professora” precisa ser F também, de modo que Ana não é professora.
Portanto, as conclusões estão sublinhadas acima. Analisando as opções de
resposta:
a) Ana é professora (F)  falso
b) Ana não é professora (V) e Paulo é médico (F)  falso
c) Ana não é professora (V) ou Paulo é médico (F)  verdadeiro
d) Marta não é estudante (V) e Ana é Professora (F)  falso
e) Ana é professora (F) ou Paulo é médico (F)  falso
Resposta: C

A próxima questão se enquadra no caso 2, onde todas as premissas são


proposições compostas, mas as alternativas de resposta (conclusões) contém
proposições simples. Neste caso é preciso usar um artifício, “chutando” o valor
lógico de alguma das proposições simples que integram as premissas. Entenda
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como fazer isso a partir da análise desta questão.

4. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2012) Se Ana é pianista, então Beatriz é


violinista. Se Ana é violinista, então Beatriz é pianista. Se Ana é pianista, Denise é
violinista. Se Ana é violinista, então Denise é pianista. Se Beatriz é violinista, então
Denise é pianista. Sabendo-se que nenhuma delas toca mais de um instrumento,
então Ana, Beatriz e Denise tocam, respectivamente:
a) piano, piano, piano.
b) violino, piano, piano.
c) violino, piano, violino.

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d) violino, violino, piano.
e) piano, piano, violino.
RESOLUÇÃO:
Temos as seguintes proposições compostas como premissas:
P1: Se Ana é pianista, então Beatriz é violinista.
P2: Se Ana é violinista, então Beatriz é pianista.
P3: Se Ana é pianista, Denise é violinista.
P4: Se Ana é violinista, então Denise é pianista.
P5: Se Beatriz é violinista, então Denise é pianista.
Veja que todas as premissas são proposições compostas. Veja ainda que
todas as opções de resposta são proposições simples. Quando temos “piano, piano,
piano”, por exemplo, você deve ler “Ana toca piano, Beatriz toca piano, Denise toca
piano”. Repare que esta é uma enumeração de proposições simples, e não uma
única proposição composta, pois não temos os conectivos (“e”, “ou” etc.).
Neste caso o método de resolução consiste em “chutar” o valor lógico de
alguma das proposições simples e, a partir daí, verificar o valor lógico das demais –
sempre lembrando que todas as premissas devem ser verdadeiras.
Chutando que Ana é pianista, em P1 vemos que Beatriz é violinista, caso
contrário essa premissa não seria verdadeira. Veja que P2 fica verdadeira, pois
“Ana é violinista” é F. Em P3 vemos que Denise é violinista, caso contrário essa
premissa não seria verdadeira. Veja que P4 fica verdadeira, pois “Ana é violinista” é
F. Porém P5 fica falsa, pois “Beatriz é violinista” é V e “Denise é pianista” é F. Veja
que, com nosso chute inicial (Ana é pianista), não foi possível tornar todas as
premissas verdadeiras simultaneamente. Onde está o erro? No nosso chute!
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Portanto, precisamos reiniciar a resolução, fazendo outra tentativa.


Agora vamos assumir agora que Ana é violinista. Em P2 vemos que Beatriz é
pianista, e em P4 vemos que Denise é pianista. Nessas condições, P1 e P3 já estão
verdadeiras (pois “Ana é pianista” é F), e P5 também (pois “Beatriz é violinista” é F).
Conseguimos tornar todas as premissas verdadeiras, logo Ana, Beatriz e Denise
tocam, respectivamente:
- violino, piano e piano.
Resposta: B

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Vamos seguir adiante vendo o nosso “caso 3”. Neste tipo de questão são
fornecidas premissas e solicitadas as conclusões do argumento, mas tanto as
premissas como as opções de resposta (conclusões) são proposições compostas.
Este é o caso mais complexo, e também o mais raro em provas.
Aqui é necessário recorrer a uma solução um pouco diferente, sobre a qual
trataremos agora, com base no exercício abaixo:

5. ESAF – ANEEL – 2004) Se não leio, não compreendo. Se jogo, não leio. Se não
desisto, compreendo. Se é feriado, não desisto. Então,
a) se jogo, não é feriado.
b) se não jogo, é feriado.
c) se é feriado, não leio.
d) se não é feriado, leio.
e) se é feriado, jogo.
RESOLUÇÃO:
Nesta questão todas as premissas são proposições compostas
(condicionais). E todas as alternativas de resposta (conclusões) também são
condicionais. Aqui é “perigoso” resolver utilizando o método de chutar o valor lógico
de uma proposição simples (você pode até chegar ao resultado certo, por
coincidência, em algumas questões).
Para resolver, devemos lembrar do conceito de conclusão, que pode ser
resumido assim:
“Conclusão de um argumento é uma frase que nunca é F quando todas as
premissas são V.”
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O que nos resta é analisar as alternativas uma a uma, aplicando o conceito


de Conclusão visto acima. Repare que todas as alternativas são condicionais pq,
que só são falsas quando p é V e q é F. Portanto, o que vamos fazer é:
- tentar "forçar" a ocorrência de p Verdadeira e q Falsa em cada alternativa
(com isto, estamos forçando a conclusão a ser F)
- a seguir, vamos verificar se é possível completar todas as premissas,
tornando-as Verdadeiras.
- Se for possível tornar todas as premissas V quando a conclusão é F,
podemos descartar a alternativa, pois não se trata de uma conclusão válida.
Vamos lá?

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a) Se jogo, não é feriado
Devemos forçar esta conclusão a ser F, dizendo que “jogo” é V e “não é
feriado” é F (e, portanto, “é feriado” é V).
Com isso, podemos ver na premissa “Se jogo, não leio” que “não leio” precisa
ser V também, pois “jogo” é V.
Da mesma forma, na premissa “Se não leio, não compreendo” vemos que
“não compreendo” precisa ser V. E com isso “compreendo” é F.
Portanto, na premissa “Se não desisto, compreendo”, a proposição “não
desisto” também deve ser F.
Por fim, em “Se é feriado, não desisto”, já definimos que “é feriado” é V, e
que “não desisto” é F. Isto torna esta premissa Falsa! Isto nos mostra que é
impossível tornar todas as premissas V quando a conclusão é F. Isto é, quando as
premissas forem V, necessariamente a conclusão será V. Assim, podemos dizer
que esta é, de fato, uma conclusão válida para o argumento.
Este é o gabarito. Vejamos as demais alternativas, em nome da didática.

b) Se não jogo, é feriado


Devemos assumir que "não jogo" é V e “é feriado” é F, para que esta
conclusão tenha valor Falso (“jogo” é F e “não é feriado” é V).
Em “Se jogo, não leio”, como “jogo” é F, “não leio” pode ser V ou F e ainda
assim esta premissa é Verdadeira. Da mesma forma, em “Se é feriado, não desisto”,
sendo “é feriado” F, então “não desisto” pode ser V ou F e ainda assim esta
premissa é Verdadeira.
Em “Se não leio, não compreendo”, basta que “não leio” seja F e a frase já
pode ser dada como Verdadeira, independente do valor de “não compreendo”. Da
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mesma forma, em “Se não desisto, compreendo”, basta que “não desisto” seja F e a
frase já é Verdadeira.
Veja que é possível tornar todas as premissas V, e, ao mesmo tempo, a
conclusão F.
Portanto, esta não é uma conclusão válida, devendo ser descartada.

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c) Se é feriado, não leio
Assumindo que “é feriado” é V e que “não leio” é F (“leio” é V), para que a
conclusão seja falsa, vejamos se é possível tornar todas as premissas Verdadeiras.
Em “Se é feriado, não desisto”, vemos que “não desisto” precisa ser V (pois
“é feriado” é V).
Em “Se jogo, não leio”, vemos que “jogo” precisa ser F (pois “não leio” é F).
Em “Se não desisto, compreendo”, como “não desisto” é V, então
“compreendo” precisa ser V.
Em “Se não leio, não compreendo”, vemos que esta premissa já é V pois
“não leio” é F.
Portanto, é possível ter todas as premissas V e a conclusão F,
simultaneamente. Demonstramos que esta conclusão é inválida.

d)Se não é feriado, leio


Rapidamente: “não é feriado” é V e “leio” é F (“não leio” é V).
Em “Se é feriado, não desisto” já temos uma premissa V, pois “é feriado” é F.
Em “Se não leio, não compreendo”, vemos que “não compreendo” precisa ser
V (“compreendo” é F).
Em “Se não desisto, compreendo”, vemos que “não desisto” deve ser F.
Em “Se jogo, não leio”, como “não leio” é V, a frase já é Verdadeira.
Conseguimos tornar todas as premissas V e a conclusão F, sendo esta
conclusão inválida.

e) Se é feriado, jogo
“É feriado” é V; “jogo” é F (“não jogo” é V).
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“Se jogo, não leio” já é V, pois “jogo” é F. “Não leio” pode ser V ou F.
“Se é feriado, não desisto”  “não desisto” precisa ser V.
“Se não desisto, compreendo”  “compreendo” precisa ser V.
“Se não leio, não compreendo”  “não leio” deve ser F, pois “não
compreendo” é F.
Novamente foi possível ter todas as premissas V e a conclusão F. Conclusão
inválida.
Resposta: A

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Certifique-se que você entendeu este método de resolução, baseado no
conceito de “Conclusão”, resolvendo a questão a seguir ANTES de ler os meus
comentários!

6. FCC – TCE-PR – 2011) Considere que as seguintes premissas são verdadeiras:

I. Se um homem é prudente, então ele é competente.


II. Se um homem não é prudente, então ele é ignorante.
III. Se um homem é ignorante, então ele não tem esperanças.
IV. Se um homem é competente, então ele não é violento.

Para que se obtenha um argumento válido, é correto concluir que se um homem:


(A) não é violento, então ele é prudente.
(B) não é competente, então ele é violento.
(C) é violento, então ele não tem esperanças.
(D) não é prudente, então ele é violento.
(E) não é violento, então ele não é competente.
RESOLUÇÃO:
Estamos novamente diante de um caso onde temos várias proposições
compostas como premissas, e várias conclusões também formadas por proposições
compostas. Assim, devemos testar cada alternativa de resposta, verificando se
temos ou não uma conclusão válida.
Temos, resumidamente, o seguinte conjunto de premissas:
I. prudente  competente
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II. não prudente  ignorante


III. ignorante  não esperança
IV. competente  não violento

Uma condicional só é falsa quando a condição (p) é V e o resultado (q) é F.


Ao analisar cada alternativa, vamos assumir que p é V e que q é F, e verificar se há
a possibilidade de tornar todas as premissas Verdadeiras. Se isso ocorrer, estamos
diante de uma conclusão inválida, certo?

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a) não violento  prudente
Assumindo que “não violento” é V e “prudente” é F (“não prudente” é V),
temos:
I. prudente  competente: já é V, pois “prudente” é F.
IV. competente  não violento: já é V, pois “não violento” é V.
II. não prudente  ignorante: “ignorante” deve ser V, pois “não prudente” é V.
III. ignorante  não esperança: “não esperança” deve ser V, pois “ignorante” é V.
Foi possível tornar as 4 premissas V, enquanto a conclusão era F. Assim, a
conclusão é inválida.

b) não competente  violento


“Não competente” é V e “violento” é F. Assim:
I. prudente  competente: “prudente” deve ser F, pois “competente” é F.
II. não prudente  ignorante: “ignorante” deve ser V, pois “não prudente” é V.
III. ignorante  não esperança: “não esperança” deve ser V, pois “ignorante” é V.
IV. competente  não violento: já é V, pois “competente” é F.
Foi possível tornar as 4 premissas V, enquanto a conclusão era F. Assim, a
conclusão é inválida.

c) violento  não esperança


Sendo “violento” V e “não esperança” F:
III. ignorante  não esperança: “ignorante” deve ser F, pois “não esperança” é F.
IV. competente  não violento: “competente” deve ser F, pois “não violento” é F.
I. prudente  competente: “prudente” deve ser F, pois “competente” é F.
II. não prudente  ignorante: já definimos que “não prudente” é V, e “ignorante” é F.
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Isto deixa esta premissa Falsa.


Não conseguimos tornar todas as premissas V quando a conclusão era F.
Portanto, essa conclusão é sempre V quando as premissas são V, o que torna esta
conclusão válida.

d) não prudente  violento


“Não prudente” é V e “violento” é F. Logo:
I. prudente  competente: já é V, pois “prudente” é F.
II. não prudente  ignorante: “ignorante” é V, pois “não prudente” é V.

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III. ignorante  não esperança: “não esperança” é V, pois “ignorante” é V.
IV. competente  não violento: já é V, pois “não violento” é V.
Foi possível tornar as 4 premissas V, enquanto a conclusão era F. Assim, a
conclusão é inválida.

e) não violento  não competente


“Não violento” é V e “não competente” é F. Assim:
I. prudente  competente: já é V, pois “competente” é V.
IV. competente  não violento: “não violento” é V, pois “competente” é V.
II. não prudente  ignorante: se, por exemplo, “não prudente” for F, esta sentença
já é V (veja que a sentença I não impede que “não prudente” seja F).
III. ignorante  não esperança: se “ignorante” for F, esta sentença já é V (a
sentença II não impede que “ignorante” seja F).
Foi possível tornar as 4 premissas V, enquanto a conclusão era F. Assim, a
conclusão é inválida.
Resposta: C

Antes de avançarmos, trabalhe mais uma questão sobre a VALIDADE de


argumentos lógicos:

7. FUNDATEC – IRGA – 2013) Considere os seguintes argumentos, assinalando V,


se válidos, ou NV, se não válidos.
( ) Se o cão é um mamífero, então laranjas não são minerais.
Ora, laranjas são minerais, logo, o cão não é um mamífero.
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( ) Quando chove, João não vai à escola.


Hoje não choveu, portanto, hoje João foi à escola.
( ) Quando estou de férias, viajo.
Não estou viajando agora, portanto, não estou de férias.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) V – V – V
b) V – V – NV
c) V – NV – V
d) NV – V – V
e) NV – NV – NV

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RESOLUÇÃO:
Vejamos cada argumento:
P1: Se o cão é um mamífero, então laranjas não são minerais.
P2: Ora, laranjas são minerais
Conclusão: Logo, o cão não é um mamífero.
Para verificar a validade deste argumento, podemos assumir que as
premissas são verdadeiras e, com isso, observar se a conclusão necessariamente
será verdadeira.
P2 é uma proposição simples, que nos diz que “laranjas são minerais”.
Portanto, em P1 vemos que “laranjas não são minerais” é F, de modo que “cão é um
mamífero” precisa ser F para que esta premissa seja verdadeira. Com isso, vemos
que o cão não é um mamífero, de modo que a conclusão é necessariamente
verdadeira (isto é, ela decorre das premissas). Portanto, este argumento é VÁLIDO.

P1: Quando chove, João não vai à escola.


P2: Hoje não choveu
Conclusão: Portanto, hoje João foi à escola.
Em P2 vemos que “hoje não choveu”. Em P1, sabemos que “chove” é F, de
modo que P1 é uma condicional verdadeira, independente do valor lógico de “João
não vai à escola”. Isto é, esta segunda parte pode ser V ou F, de modo que a
conclusão (João foi à escola) pode ser V ou F. Em outras palavras, a conclusão não
decorre necessariamente das premissas, de modo que o argumento é INVÁLIDO.

P1: Quando estou de férias, viajo.


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P2: Não estou viajando agora


Conclusão: Portanto, não estou de férias.
Em P2 vemos que “não estou viajando”. Voltando em P1, vemos que “viajo” é
F, de modo que “estou de férias” precisa ser F. Assim, é verdadeiro que não estou
de férias, isto é, esta conclusão decorre das premissas, tornando o argumento
VÁLIDO.

Ficamos com V – NV – V.
Resposta: C

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1.2 DIAGRAMAS LÓGICOS
Para falarmos sobre diagramas lógicos, precisamos começar revisando
alguns tópicos introdutórios sobre Teoria dos Conjuntos.
Um conjunto é um agrupamento de indivíduos ou elementos que possuem
uma característica em comum. Em uma escola, podemos criar, por exemplo, o
conjunto dos alunos que só tem notas acima de 9. Ou o conjunto dos alunos que
possuem pai e mãe vivos. E o conjunto dos que moram com os avós. Note que um
mesmo aluno pode participar dos três conjuntos, isto é, ele pode tirar apenas notas
acima de 9, possuir o pai e a mãe vivos, e morar com os avós. Da mesma forma,
alguns alunos podem fazer parte de apenas 2 desses conjuntos, outros podem
pertencer a apenas 1 deles, e, por fim, podem haver alunos que não integram
nenhum dos conjuntos. Um aluno que tire algumas notas abaixo de 9, tenha apenas
a mãe e não more com os avós não faria parte de nenhum desses conjuntos.
Costumamos representar um conjunto assim:

No interior deste círculo encontram-se todos os elementos que compõem o


conjunto A. Já na parte exterior do círculo estão os elementos que não fazem parte
de A. Portanto, no gráfico acima podemos dizer que o elemento “a” pertence ao
conjunto A. 32656364884

Quando temos 2 conjuntos (chamemos de A e B), devemos representá-los,


em regra, da seguinte maneira:

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Observe que o elemento “a” está numa região que faz parte apenas do
conjunto A. Portanto, trata-se de um elemento do conjunto A que não é elemento do
conjunto B. Já o elemento “b” faz parte apenas do conjunto B.
O elemento “c” é comum aos conjuntos A e B. Isto é, ele faz parte da
intersecção entre os conjuntos A e B. Já o elemento “d” não faz parte de nenhum
dos dois conjuntos, fazendo parte do complemento dos conjuntos A e B
(complemento é a diferença entre um conjunto e o conjunto Universo, isto é, todo o
universo de elementos possíveis).
Apesar de representarmos os conjuntos A e B entrelaçados, como vimos
acima, não temos certeza de que existe algum elemento na intersecção entre eles.
Só saberemos isso ao longo dos exercícios. Em alguns casos vamos descobrir que
não há nenhum elemento nessa intersecção, isto é, os conjuntos A e B são
disjuntos. Assim, serão representados da seguinte maneira:

Os diagramas lógicos são ferramentas muito importantes para a resolução de


algumas questões de lógica proposicional. Trata-se da aplicação de alguns
fundamentos de Teoria do Conjuntos que vimos acima.

Podemos utilizar diagramas lógicos (conjuntos) na resolução de questões


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que envolvam proposições categóricas. As proposições que recebem esse nome


são as seguintes:
- Todo A é B
- Nenhum A é B
- Algum A é B
- Algum A não é B
Vejamos como interpretá-las, extraindo a informação que nos auxiliará a
resolver os exercícios.

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- Todo A é B: você pode interpretar essa proposição como “todos os elementos do
conjunto A são também elementos do conjunto B”, isto é, o conjunto A está contido
no conjunto B.
Graficamente, temos o seguinte:

Note que, de fato, A  B .

- Nenhum A é B: nenhum elemento de A é também elemento de B, isto é, os dois


conjuntos são totalmente distintos (disjuntos), não possuindo intersecção. Veja isso
a seguir:

- Algum A é B: esta afirmação nos permite concluir que algum (ou alguns) elemento
de A é também elemento de B, ou seja, existe uma intersecção entre os 2
32656364884

conjuntos:

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- Algum A não é B: esta afirmação permite concluir que existem elementos de A que
não são elementos de B, ou seja, que não estão na intersecção entre os dois
conjuntos. Exemplificando, podem existir os elementos “a” ou “b” no diagrama
abaixo:

Em exercícios de Diagramas Lógicos, o mais importante é conseguir


reconhecer, no enunciado, quais são os conjuntos de interesse. Uma questão que
diga, por exemplo, que “todos os gatos são pretos” e que “algum cão não é preto”,
possui 3 conjuntos que nos interessam: Gatos, Cães e Animais Pretos.
Para começar a resolver a questão, você deve desenhar (ou imaginar) os 3
conjuntos:
cães gatos

Animais pretos

Note que, propositalmente, desenhei uma intersecção entre os conjuntos.


Ainda não sabemos se, de fato, existem elementos nessas intersecções. A primeira
afirmação (“todos os gatos são pretos”) deixa claro que todos os elementos do
32656364884

conjunto dos Gatos são também elementos do conjunto dos Animais Pretos, ou
seja, Gatos  Animais Pretos. Corrigindo essa informação no desenho, temos:
cães

gatos

Animais pretos

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Já a segunda afirmação (“algum cão não é preto”) nos indica que existem
elementos no conjunto dos cães que não fazem parte do conjunto dos animais
pretos, isto é, existem elementos na região “1” marcada no gráfico abaixo. Coloquei
números nas outras regiões do gráfico para interpretarmos o que cada uma delas
significa:
cães

1 6

2 3 4
gatos
5

Animais pretos

- região 2: é a intersecção entre Cães e Animais Pretos. Ali estariam os cães que
são pretos (se houverem, pois nada foi afirmado a esse respeito).
- região 3: é a intersecção entre cães, gatos e animais pretos. Ali estariam os cães
que são gatos e que são pretos (por mais absurdo que isso possa parecer).
- região 4: ali estariam os gatos que são pretos, mas não são cães
- região 5: ali estariam os animais pretos que não são gatos e nem são cães
- região 6: ali estariam os animais que não são pretos e não são cães nem gatos (ou
seja, todo o restante).

Vejamos duas questões para fixarmos o uso de diagramas lógicos:

8. FUNDATEC – CREA/PR – 2010) Dadas as premissas: “Todos os abacaxis são


bananas.” e “Algumas laranjas não são bananas.” A conclusão que torna o
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argumento válido é:
A) “Existem laranjas que não são abacaxis.”
B) “Nenhum abacaxi é banana.”
C) “Existe laranja que é banana.”
D) “Todas as laranjas são bananas.”
E) “Nem todos os abacaxis são bananas.”
RESOLUÇÃO:
Sendo os conjuntos dos abacaxis, das bananas e das laranjas, temos:

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- Todos os abacaxis são bananas (todos os elementos do conjunto “abacaxis” são
também elementos do conjunto “bananas”):

- Algumas laranjas não são bananas (alguns elementos do conjunto “laranjas” não
fazem parte do conjunto “bananas”):

Veja que marquei com um “x” a região onde sabemos que existem laranjas
(pois foi dito que algumas laranjas não são bananas). Analisando as alternativas de
conclusão:
A) “Existem laranjas que não são abacaxis.”
CORRETO. As laranjas da região “x” certamente não são abacaxis.
B) “Nenhum abacaxi é banana.”
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ERRADO. Sabemos que TODOS os abacaxis são bananas.


C) “Existe laranja que é banana.”
ERRADO. Sabemos que existe laranja que NÃO é banana, mas não temos
elementos para afirmar que alguma laranja faz parte do conjunto das bananas.
D) “Todas as laranjas são bananas.”
ERRADO. Sabemos que algumas laranjas NÃO são bananas.
E) “Nem todos os abacaxis são bananas.”
ERRADO. Sabemos que todos os abacaxis são bananas.
Resposta: A

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9. ESAF – MINISTÉRIO DA FAZENDA – 2012) Em uma cidade as seguintes
premissas são verdadeiras:
Nenhum professor é rico. Alguns políticos são ricos.
Então, pode-se afirmar que:
a) Nenhum professor é político.
b) Alguns professores são políticos.
c) Alguns políticos são professores.
d) Alguns políticos não são professores.
e) Nenhum político é professor.
RESOLUÇÃO:
Vamos utilizar os conjuntos dos “professores”, dos “políticos” e dos “ricos”.
Temos, a princípio,

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Como nenhum professor é rico, esses dois conjuntos não tem intersecção
(região em comum). E como alguns políticos são ricos, esses dois conjuntos tem
intersecção. Corrigindo nosso diagrama, ficamos com a figura abaixo:

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Analisando as opções de resposta:
a) Nenhum professor é político.  ERRADO. Pode haver elementos na intersecção
entre esses dois conjuntos.

b) Alguns professores são políticos.  ERRADO. Embora possa haver elementos


nessa intersecção, não podemos garantir que eles de fato existem. Pode ser que
nenhum professor seja político.

c) Alguns políticos são professores.  ERRADO, pelos mesmos motivos do item


anterior.

d) Alguns políticos não são professores.  CORRETO. Os políticos que também


fazem parte do conjunto dos ricos certamente NÃO são professores.

e) Nenhum político é professor.  ERRADO, pelos mesmos motivos da alternativa


A.
Resposta: D

Vamos à nossa bateria de exercícios?

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2. RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS
10. FCC – TRT/22ª – 2010) Considere um argumento composto pelas seguintes
premissas:
- se a inflação não é controlada, então não há projetos de desenvolvimento
- se a inflação é controlada, então o povo vive melhor
- o povo não vive melhor
Considerando que todas as três premissas são verdadeiras, então, uma conclusão
que tornaria o argumento válido é:
a) a inflação é controlada
b) não há projetos de desenvolvimento
c) a inflação é controlada ou há projetos de desenvolvimento
d) o povo vive melhor e a inflação não é controlada
e) se a inflação não é controlada e não há projetos de desenvolvimento, então o
povo vive melhor.
RESOLUÇÃO:
Temos as seguintes premissas no enunciado, sendo que a última é uma
proposição simples:

P1: se a inflação não é controlada, então não há projetos de desenvolvimento


P2: se a inflação é controlada, então o povo vive melhor
P3: o povo não vive melhor

Veja que as 2 primeiras premissas são proposições compostas, enquanto a


3ª é uma proposição simples. Para obtermos a conclusão, devemos considerar que
todas as premissas são verdadeiras. Nestes casos, é melhor partirmos da
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proposição simples (3ª premissa), cuja análise é sempre mais fácil:


- o povo não vive melhor  para esta premissa ser V, é preciso que de fato o povo
não viva melhor.
Visto isso, podemos analisar a 2ª premissa, que também trata do mesmo
assunto:
- se a inflação é controlada, então o povo vive melhor  já vimos que “o povo não
vive melhor” precisa ser V, de modo que “o povo vive melhor” é F. Assim, para que
esta 2ª premissa seja Verdadeira, é preciso que “a inflação é controlada” seja F

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também, pois FF é uma condicional com valor lógico V (veja a tabela-verdade da
condicional).
Agora podemos avaliar a 1ª premissa:
- se a inflação não é controlada, então não há projetos de desenvolvimento  vimos
que “a inflação é controlada” é F, portanto “a inflação não é controlada” é V. Desta
forma, “não há projetos de desenvolvimento” precisa ser V também, para que esta
1ª premissa seja Verdadeira.
Assim, vimos que:

- o povo não vive melhor (mas isso por si só não é uma conclusão, e sim uma
premissa, pois está no enunciado!)

- a inflação não é controlada

- não há projetos de desenvolvimento.

Analisando as possibilidades de resposta, vemos que a letra B reproduz esta


última frase.

Resposta: B.

11. FCC – TRT/8ª – 2010) Se Ana diz a verdade, Beto também fala a verdade, caso
contrário Beto pode dizer a verdade ou mentir. Se Cléo mentir, David dirá a verdade,
caso contrário ele mentirá. Beto e Cléo dizem ambos a verdade, ou ambos mentem.
Ana, Beto, Cléo e David responderam, nessa ordem, se há ou não um cachorro em
uma sala. Se há um cachorro nessa sala, uma possibilidade de resposta de Ana,
Beto, Cleo e David, nessa ordem, é:
(adote S: há cachorro na sala 32656364884

N: não há cachorro na sala)


a) N, N, S, N
b) N, S, N, N
c) S, N, S, N
d) S, S, S, N
e) N, N, S, S
RESOLUÇÃO:
Veja que o exercício nos dá as seguintes premissas:
- Se Ana diz a verdade, Beto também fala a verdade

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- Se Ana mente, Beto pode dizer a verdade ou mentir
- Se Cléo mentir, David dirá a verdade
- Se Cléo falar a verdade, David mentirá
- Beto e Cléo ambos dizem a verdade, ou Beto e Cléo mentem
- Há um cachorro na sala
Devemos assumir que todas as premissas são verdadeiras (pois só assim
chegamos à conclusão). Veja que temos 5 proposições compostas e 1 proposição
simples, a última.
A proposição simples é verdadeira se seu conteúdo for verdadeiro, portanto,
sabemos que há um cachorro na sala. Uma forma de resolver essa questão é
assumir que a primeira parte da primeira proposição (“Ana diz a verdade”) é
Verdadeira, e analisar o restante. Caso não encontremos nenhuma falha na lógica,
então a premissa que assumimos está correta. Caso contrário, devemos voltar e
assumir que “Ana diz a verdade” é Falso, e novamente analisar o restante. Veja:
Assumindo que “Ana diz a verdade” é Verdadeiro, temos que a segunda
parte desta expressão (“Beto também fala a verdade”) também é Verdadeira.
Veja a penúltima proposição (“Beto e Cléo ambos dizem a verdade, ou Beto e
Cléo mentem”). A vírgula antes do “ou” faz com que este seja um caso de “ou
exclusivo”, e não uma simples Disjunção. Sabemos que, nas proposições do tipo
p  q , só um dos lados da afirmação pode ser verdadeiro: Ou Beto e Cléo ambos
dizem a verdade, ou Beto e Cléo mentem. Como sabemos que Beto diz a verdade,
fica claro que este deve ser o lado verdadeiro da proposição. Assim, Cléo também
diz a verdade.
Por fim, veja a quarta expressão (“Se Cléo falar a verdade, David mentirá”).
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Esta é mais uma expressão do tipo pq, e já sabemos que p é V (Cléo diz a
verdade). Portanto, a consequência q também precisa ser V para que pq seja V.
Isto é, David mentirá (isso torna q Verdadeira).
Com isso, assumimos que Ana diz a verdade (S), e concluímos que Beto diz
a verdade (S), Cléo diz a verdade (S) e David mente (N). Veja que, a partir da
hipótese que assumimos, foi possível tornar todas as proposições compostas
verdadeiras. Se não tivesse sido possível, trocaríamos a hipótese para “Ana mente”,
e analisaríamos novamente as demais alternativas.
Resposta: D.

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12. FCC – TRT/8ª – 2010) Se Alceu tira férias, então Brenda fica trabalhando. Se
Brenda fica trabalhando, então Clóvis chega mais tarde ao trabalho. Se Clóvis
chega mais tarde ao trabalho, então Dalva falta ao trabalho. Sabendo-se que Dalva
não faltou ao trabalho, é correto concluir que:
a) Alceu não tira férias e Clóvis chega mais tarde ao trabalho
b) Brenda não fica trabalhando e Clóvis chega mais tarde ao trabalho
c) Clóvis não chega mais tarde ao trabalho e Alceu não tira férias
d) Brenda fica trabalhando e Clóvis chega mais tarde ao trabalho
e) Alceu tira férias e Brenda fica trabalhando.

RESOLUÇÃO:
Temos no enunciado uma série de proposições compostas do tipo “se p,
então q”, isto é, pq. Além disso, temos uma proposição simples “p: Dalva não
faltou ao trabalho”.
Para obter a conclusão, devemos assumir que todas as premissas são
verdadeiras.
Como sabemos que Dalva não faltou ao trabalho, podemos analisar a
proposição “Se Clóvis chega mais tarde ao trabalho, então Dalva falta ao trabalho”.
Veja que a segunda parte desta proposição é Falsa (q é F). Para que a proposição
inteira seja Verdadeira, é preciso que p também seja F, isto é, “Clóvis chega mais
tarde ao trabalho” é uma premissa Falsa. Logicamente, Clóvis não chega mais tarde
ao trabalho.
Sabendo esta última informação, podemos verificar que, na expressão “Se
Brenda fica trabalhando, então Clóvis chega mais tarde ao trabalho”, a segunda
parte é Falsa (q é F), portanto a primeira precisa ser Falsa também para que pq
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seja Verdadeira. Assim, Brenda não fica trabalhando.


Por fim, vemos que na expressão “Se Alceu tira férias, então Brenda fica
trabalhando” a segunda parte é Falsa, o que obriga a primeira a ser Falsa também.
Isto é, Alceu não tira férias.
Analisando as alternativas de resposta, vemos que a letra C está correta.
Resposta: C.

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13. FCC – TRT/1ª – 2011) Admita que todo A é B, algum B é C, e algum C não é A.
Caio, Ana e Léo fizeram as seguintes afirmações:

Caio se houver C que é A, então ele não será B.


Ana se B for A, então não será C.
Léo pode haver A que seja B e C.

Está inequivocamente correto APENAS o que é afirmado por


a) Caio.
b) Ana.
c) Léo.
d) Caio e Ana.
e) Caio e Léo.

RESOLUÇÃO:

O exercício menciona 3 conjuntos: A, B e C. Ao dizer que “todo A é B”, ele


quer dizer que todo elemento do conjunto A é também elemento do conjunto B. Isto
significa que o conjunto A está dentro, isto é, está contido no conjunto B. Veja o
desenho abaixo:

32656364884

Percebeu que temos 2 conjuntos, A e B, de forma que B é constituído por


todos os elementos de A e pode ter mais alguns elementos que não fazem parte de
A? É isto que a expressão “todo A é B” nos diz. Vejamos a próxima.

Ao dizer que “algum B é C”, o exercício quer dizer que “alguns elementos de
B fazem também parte do conjunto C”. Isto é, existe uma intersecção entre estes
dois conjuntos. Veja o diagrama abaixo:

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B
C

Note que a área hachurada é comum aos conjuntos B e C. Isto é, naquela


área estão localizados os elementos de B que também fazem parte de C. Não
temos certeza se algum elemento de A também faz parte de C, apesar de eu já ter
desenhado uma intersecção entre os conjuntos A e C.

A terceira informação diz que “algum C não é A”. Isto é, “alguns elementos do
conjunto C não fazem parte do conjunto A”. De fato, se você olhar novamente a
última figura desenhada, verá que existe uma intersecção entre A e C, onde estão
os elementos comuns aos dois conjuntos, e existem alguns elementos do conjunto
C fora deste espaço, isto é, são elementos que fazem parte de C e não fazem parte
de A. Temos, portanto, nosso diagrama completo. Podemos, com isso, analisar as
afirmações feitas por Caio, Ana e Léo.

Caio se houver C que é A, então ele não será B.


Caio disse que se houver um elemento de C que também seja de A (isto é,
um elemento na intersecção entre C e A, então ele não fará parte do conjunto B.
Esta afirmação é falsa, pois como todo o conjunto A está dentro do B, a intersecção
entre C e A também estará dentro de B. Veja isto na figura abaixo:
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B
C

Ana se B for A, então não será C.

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Ana disse que, se um elemento de B for também elemento de A, então não
será elemento de C. Isto não é verdade, pois o exercício não afirmou que não
existem elementos de C que também sejam elementos de A. Veja a bolinha azul na
figura:

B
C
A

Este ponto destacado atende a primeira parte da afirmação de Ana (pois é


um elemento de B que também é de A). Entretanto, este ponto pode também fazer
parte do conjunto C, uma vez que o exercício não afirmou que não há intersecção
entre A e C, isto é, que “nenhum C é A”. Portanto, não podemos afirmar que Ana
está correta.
Léo pode haver A que seja B e C.
Leo afirma que pode haver um elemento do conjunto A que também seja do
conjunto B e do conjunto C, isto é, pode haver um elemento na intersecção entre A,
B e C. A afirmação de Leo pode ser visualizada em nosso diagrama anterior, que
repito abaixo. Veja a bolinha azul:

32656364884

Ela representa um elemento de A que também faz parte de B (afinal, todos os


elementos de A fazem parte de B) e pode também ser um elemento de C, uma vez
que talvez C tenha elementos em comum com A (afinal, o exercício não afirmou o
contrário). Portanto, é possível que algum elemento de A seja também de B e de C
ao mesmo tempo (mas não podemos afirmar isso com certeza absoluta). Leo está
correto, pois disse “pode haver A que seja B e C”, e não “há A que é B e C”.
Portanto, Leo foi o único que fez uma afirmação verdadeira.
Resposta: C.

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14. FCC – TRT/8ª – 2010) Em certo planeta, todos os Aleves são Bleves, todos os
Cleves são Bleves, todos os Dleves são Aleves, e todos os Cleves são Dleves.
Sobre os habitantes desse planeta, é correto afirmar que:
a) Todos os Dleves são Bleves e são Cleves.
b) Todos os Bleves são Cleves e são Dleves.
c) Todos os Aleves são Cleves e são Dleves.
d) Todos os Cleves são Aleves e são Bleves.
e) Todos os Aleves são Dleves e alguns Aleves podem não ser Cleves.
RESOLUÇÃO:

As letras A, B, C e D vão simbolizar os Aleves, Bleves, Cleves e Dleves


respectivamente. Vejamos as informações fornecidas pelo enunciado:

- todos os A são B:

Portanto, o conjunto B está contido no conjunto A. Veja isto no esquema


abaixo, e note que podem existir elementos em B que não estão em A:

- Todos os C são B.

Ou seja, todos os elementos de C são também de B, estando o conjunto C


dentro do conjunto B. Veja isso no desenho abaixo. Note que desenhei C de forma
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que ele tivesse uma intersecção com A, mas ainda não temos certeza se essa
intersecção realmente existe.

B
C
A

- Todos os D são A.

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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
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Portanto, o conjunto D está contido no conjunto A. Veja isso na figura abaixo.
Novamente, desenhei D numa posição onde ele tivesse intersecção com C, apesar
de ainda não termos certeza disso:

C D
A

-Todo C é D.
Já sabíamos que A estava dentro de B, e que D estava dentro de A. Agora
vemos que C está dentro de D, pois todos os elementos de C são também de D.
Devemos fazer esta alteração no desenho acima, chegando à seguinte
configuração:

C D
A

Analisando as possibilidades de resposta, vemos que todo C é A e é B, isto


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é, “todos os Cleves são Aleves e são Bleves” (letra D).


Resposta: D.

15. FCC – TJ/PE – 2007) Todas as estrelas são dotadas de luz própria. Nenhum
planeta brilha com luz própria. Logo,
a) todos os planetas são estrelas.
b) nenhum planeta é estrela.
c) todas as estrelas são planetas.
d) todos os planetas são planetas.

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e) todas as estrelas são estrelas.
RESOLUÇÃO:
Podemos montar o conjunto dos astros com luz própria. Nele estará contido o
conjunto das estrelas, pois todas elas tem luz própria. Já os planetas não farão
parte deste conjunto, pois nenhum deles tem luz própria:

Vamos analisar as alternativas dadas:


a) todos os planetas são estrelas.
Falso. Os planetas estão na região 3, enquanto as estrelas estão na região 1.
b) nenhum planeta é estrela.
Verdadeiro. Nenhum elemento da região 3 estará na região 1 também, pois
não há intersecção entre elas.
c) todas as estrelas são planetas.
Falso, pelo mesmo raciocínio da letra A.
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d) todos os planetas são planetas.


Falso. Por mais óbvio que pareça, nada foi dito a este respeito.
e) todas as estrelas são estrelas.
Falso. Idem ao anterior.
Resposta: B

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16. FCC – MPE/AP – 2009) O esquema de diagramas mostra situação
socioeconômica de cinco homens em um levantamento feito na comunidade em que
vivem. As situações levantadas foram: estar ou não empregado; estar ou não
endividado; possuir ou não um veículo próprio; possuir ou não casa própria.
Situar-se dentro de determinado diagrama significa apresentar a situação indicada.

Analisando o diagrama, é correto afirmar que:


(A) A possui casa própria, está empregado e endividado, mas não possui veículo
próprio.
(B) B possui veículo próprio, está empregado, mas não possui casa própria nem
está endividado.
(C) C está endividado e empregado, não possui casa própria nem veículo próprio.
(D) D possui casa própria, está endividado e empregado, mas não possui veículo
próprio.
(E) E não está empregado nem endividado, possui veículo próprio, mas não possui
casa própria.
RESOLUÇÃO:
Vamos analisar cada alternativa:
(A) A possui casa própria, está empregado e endividado, mas não possui veículo
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próprio.
Falso. A não faz parte do conjunto “Possuir casa própria”.

(B) B possui veículo próprio, está empregado, mas não possui casa própria nem
está endividado.
Falso. B faz parte do conjunto “Estar endividado”.

(C) C está endividado e empregado, não possui casa própria nem veículo próprio.
Falso. C não faz parte do conjunto “Estar empregado”, e faz parte do
conjunto “Possuir veículo próprio”.

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(D) D possui casa própria, está endividado e empregado, mas não possui veículo
próprio.
Falso. D não faz parte do conjunto “Estar empregado”.

(E) E não está empregado nem endividado, possui veículo próprio, mas não possui
casa própria.
Verdadeiro. E não faz parte dos conjuntos “Estar empregado”, “Estar
endividado” e “Possuir casa própria”, porém faz parte do conjunto “Possuir veículo
próprio”.
Resposta: E.

17. FCC – TRT 6ª – 2006) As afirmações seguintes são resultados de uma pesquisa
feita entre os funcionários de certa empresa.
− Todo indivíduo que fuma tem bronquite.
− Todo indivíduo que tem bronquite costuma faltar ao trabalho.
Relativamente a esses resultados, é correto concluir que
(A) existem funcionários fumantes que não faltam ao trabalho.
(B) todo funcionário que tem bronquite é fumante.
(C)) todo funcionário fumante costuma faltar ao trabalho.
(D) é possível que exista algum funcionário que tenha bronquite e não falte
habitualmente ao trabalho.
(E) é possível que exista algum funcionário que seja fumante e não tenha bronquite.
RESOLUÇÃO:
Vamos representar em diagramas lógicos as informações dadas:
− Todo indivíduo que fuma tem bronquite.
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Tem

fumante

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− Todo indivíduo que tem bronquite costuma faltar ao trabalho.

Portanto, todo fumante costuma faltar ao trabalho.


Resposta: C.

18. FCC – TRF 3ª – 2007) Se todos os jaguadartes são momorrengos e todos os


momorrengos são cronópios então pode-se concluir que:
(A) É possível existir um jaguadarte que não seja momorrengo.
(B) É possível existir um momorrengo que não seja jaguadarte.
(C) Todos os momorrengos são jaguadartes.
(D) É possível existir um jaguadarte que não seja cronópio.
(E) Todos os cronópios são jaguadartes.
RESOLUÇÃO:
Podemos considerar as seguintes proposições categóricas:
- Todos os jaguadartes são momorrengos
- Todos os momorrengos são cronópios
Com isso, é possível montar o seguinte diagrama:
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Observe que, se existir um momorrengo que se encontre na região 1,
marcada no diagrama acima, ele não é jaguadarte. Letra B.
Resposta: B.

19. FCC – PGE/BA – 2013) A oposição é a espécie de inferência imediata pela qual
é possível concluir uma proposição por meio de outra proposição dada, com a
observância do princípio de não contradição. Neste sentido, que poderá inferir-se da
verdade, falsidade ou indeterminação das proposições referidas na sequência
abaixo se supusermos que a primeira é verdadeira?
E se supusermos que a primeira é falsa?
1ª Todos os comediantes que fazem sucesso são engraçados.
2ª Nenhum comediante que faz sucesso é engraçado.
3ª Alguns comediantes que fazem sucesso são engraçados.
4ª Alguns comediantes que fazem sucesso não são engraçados.
(A) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é falsa e a 4ª é verdadeira. Se a 1ª é
falsa, a 2ª é verdadeira, a 3ª e a 4ª são indeterminadas (tanto podem ser
verdadeiras quanto falsas).
(B) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é falsa e a 4ª é verdadeira. Se a 1ª é
falsa, a 2ª é verdadeira, a 3ª e a 4ª são verdadeiras.
(C) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é verdadeira, a 3ª é verdadeira e a 4ª é falsa. Se a 1ª
é falsa, a 2ª é falsa, a 3ª e a 4ª são falsas.
(D) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é verdadeira e a 4ª é falsa. Se a 1ª é
falsa, a 2ª é falsa, a 3ª e a 4ª são indeterminadas (tanto podem ser verdadeiras
quanto falsas).
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(E) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é verdadeira e a 4ª é falsa. Se a 1ª é


falsa, a 2ª e a 3ª são indeterminadas (tanto podem ser verdadeiras quanto falsas) e
a 4ª é verdadeira.
RESOLUÇÃO:
Para avaliar a frase “todos os comediantes que fazem sucesso são
engraçados”, podemos começar pensando no grupo dos comediantes, o grupo das
pessoas de sucesso, e o grupo dos engraçados. A intersecção entre os
comediantes e as pessoas que fazem sucesso é formada pelos comediantes que
fazem sucesso. E essa intersecção está toda inserida no conjunto dos engraçados.
Temos algo mais ou menos assim:

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Veja que na região 1 do gráfico estão os comediantes que fazem sucesso, e


toda essa região está dentro do conjunto dos engraçados, respeitando a frase.
Assim, se supusermos que a primeira frase é verdadeira, então:

2ª Nenhum comediante que faz sucesso é engraçado.  falso, pois as pessoas da


região 1 são comediantes, fazem sucesso e são engraçadas.
3ª Alguns comediantes que fazem sucesso são engraçados.  verdadeiro, pois se
é verdade que TODOS comediantes que fazem sucesso são engraçados, também é
verdade que ALGUNS comediantes que fazem sucesso são engraçados.
4ª Alguns comediantes que fazem sucesso não são engraçados.  falso, pois
todos os comediantes que fazem sucesso estão na região 1, e essa região está toda
inserida no conjunto dos engraçados.

Se supusermos que a primeira frase é falsa, então a sua negação é


verdadeira, ou seja: Algum comediante que faz sucesso NÃO é engraçado. Para
isso devemos alterar nosso diagrama, evidenciando que parte da região 1
(comediantes que fazem sucesso) está fora do conjunto dos engraçados (observe a
região 2): 32656364884

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Com isso, vamos analisar as demais afirmações:
2ª Nenhum comediante que faz sucesso é engraçado.  agora não sabemos se a
região 1 (comediantes que fazem sucesso e são engraçados) está vazia ou não.
Essa frase tem valor lógico indeterminado.
3ª Alguns comediantes que fazem sucesso são engraçados.  pelo mesmo motivo
do item anterior, agora não podemos dizer se essa frase é V ou F. Indeterminado.
4ª Alguns comediantes que fazem sucesso não são engraçados.  verdadeiro.
Veja que essa é a negação de “Todos os comediantes que fazem sucesso são
engraçados”. Como assumimos que a primeira era F, então esta aqui precisa ser V.
De fato, basta observar a região 2 do diagrama.

Temos, portanto, a alternativa E:


(E) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é verdadeira e a 4ª é falsa. Se a 1ª é
falsa, a 2ª e a 3ª são indeterminadas (tanto podem ser verdadeiras quanto falsas) e
a 4ª é verdadeira.
Resposta: E

20. FCC – PGE/BA – 2013) Em uma feira, todas as barracas que vendem batata
vendem tomate, mas nenhuma barraca que vende tomate vende espinafre. Todas
as barracas que vendem cenoura vendem quiabo, e algumas que vendem quiabo,
vendem espinafre.Como nenhuma barraca que vende quiabo vende tomate, e como
nenhuma barraca que vende cenoura vende espinafre,então,
(A) todas as barracas que vendem quiabo vendem cenoura.
(B) pelo menos uma barraca que vende batata vende espinafre.
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(C) todas as barracas que vendem quiabo vendem batata.


(D) pelo menos uma barraca que vende cenoura vende tomate.
(E) nenhuma barraca que vende cenoura vende batata.
RESOLUÇÃO:
Podemos montar o seguinte diagrama, considerando os seguintes conjuntos
de barracas: batata, tomate, espinafre, cenoura, quiabo. Assim:

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- todas as barracas que vendem batata vendem tomate, mas nenhuma barraca que
vende tomate vende espinafre:

- todas as barracas que vendem cenoura vendem quiabo, e algumas que vendem
quiabo, vendem espinafre, e nenhuma barraca que vende cenoura vende espinafre:

- nenhuma barraca que vende quiabo vende tomate. Com isso, temos o diagrama
final:
tomate quiabo
espinafre
batata cenoura
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Com isso podemos analisar as alternativas:

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(A) todas as barracas que vendem quiabo vendem cenoura.  FALSO. Todas que
vendem cenoura vendem quiabo, não o contrário.
(B) pelo menos uma barraca que vende batata vende espinafre.  FALSO. Não há
intersecção entre batata e espinafre.
(C) todas as barracas que vendem quiabo vendem batata.  FALSO. Não há
intersecção entre quiabo e batata.
(D) pelo menos uma barraca que vende cenoura vende tomate.  FALSO. Não há
intersecção entre cenoura e tomate.
(E) nenhuma barraca que vende cenoura vende batata.  VERDADEIRO. De fato
não há intersecção entre cenoura e batata.
Resposta: E

21. FCC – PGE/BA – 2013) Há uma forma de raciocínio dedutivo chamado


silogismo. Nesta espécie de raciocínio, será formalmente válido o argumento cuja
conclusão é consequência que necessariamente deriva das premissas. Neste
sentido, corresponde a um silogismo válido:
(A) Premissa 1: Todo maceronte gosta de comer fubá.
Premissa 2: As selenitas gostam de fubá.
Conclusão: As selenitas são macerontes.
(B) Premissa 1: Todo maceronte gosta de comer fubá.
Premissa 2: Todo maceronte tem asas.
Conclusão: Todos que têm asas gostam de comer fubá.
(C) Premissa 1: Nenhum X é Y.
Premissa 2: Algum X é Z
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Conclusão: Algum Z não é Y.


(D) Premissa 1: Todo X é Y.
Premissa 2: Algum Z é Y.
Conclusão: Algum Z é X.
(E) Premissa 1: Capitu é mortal.
Premissa 2: Nenhuma mulher é imortal.
Conclusão: Capitu é mulher.
RESOLUÇÃO:

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Façamos uma análise rápida das alternativas. Vamos assumir que as
premissas são verdadeiras, e verificar se a conclusão deriva das premissas. Se
preferir, tente desenhar os diagramas lógicos.
(A) Premissa 1: Todo maceronte gosta de comer fubá.
Premissa 2: As selenitas gostam de fubá.
Conclusão: As selenitas são macerontes.
O fato de tanto os macerontes como as selenitas gostarem de fubá não
implica que as selenitas sejam macerontes, ou vice-versa. Argumento inválido.

(B) Premissa 1: Todo maceronte gosta de comer fubá.


Premissa 2: Todo maceronte tem asas.
Conclusão: Todos que têm asas gostam de comer fubá.
As premissas dizem respeito apenas aos macerontes. Não podemos
generalizar na conclusão dizendo que todos os animais que tem asas gostam de
fubá.

(C) Premissa 1: Nenhum X é Y.


Premissa 2: Algum X é Z
Conclusão: Algum Z não é Y.
Veja o diagrama construído com base nas premissas:

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Veja que, de fato, aquele X que é Z não é Y. Portanto, existe Z que não é Y.

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(D) Premissa 1: Todo X é Y.
Premissa 2: Algum Z é Y.
Conclusão: Algum Z é X.
Temos o seguinte diagrama:

Repare que não podemos afirmar que exista algum elemento na região 1
(intersecção entre X e Z). Portanto, o argumento é inválido.

(E) Premissa 1: Capitu é mortal.


Premissa 2: Nenhuma mulher é imortal.
Conclusão: Capitu é mulher.
Note que Capitu poderia ser um homem mortal, e não necessariamente uma
mulher. Argumento inválido.
Resposta: C

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22. FCC – TJ/PE – 2007) Aquele policial cometeu homicídio. Mas centenas de
outros policiais cometeram homicídios, se aquele policial cometeu. Logo,
a) centenas de outros policiais não cometeram homicídios.
b) aquele policial não cometeu homicídio.
c) aquele policial cometeu homicídio.
d) nenhum policial cometeu homicídio.
e) centenas de outros policiais cometeram homicídios.
RESOLUÇÃO:

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Devemos assumir que as 2 premissas do enunciado são verdadeiras. A
primeira já nos afirma que, de fato, aquele policial cometeu homicídio. E a segunda
é uma condicional, podendo ser reescrita assim: se aquele policial cometeu
homicídio, então centenas de outros policiais cometeram homicídios. Já sabemos
que a primeira parte desta condicional é verdadeira, o que obriga a segunda parte a
ser verdadeira também. Portanto, centenas de outros policiais cometeram
homicídios. Isto é dito na letra E.
Resposta: E.

23. FCC - TRE-PI - 2009) Considere as três informações dadas a seguir, todas
verdadeiras.
− Se o candidato X for eleito prefeito, então Y será nomeado secretário de saúde.
− Se Y for nomeado secretário de saúde, então Z será promovido a diretor do
hospital central.
− Se Z for promovido a diretor do hospital central, então haverá aumento do número
de leitos.

Sabendo que Z não foi promovido a diretor do hospital central, é correto concluir
que:
(A) o candidato X pode ou não ter sido eleito prefeito.
(B) Y pode ou não ter sido nomeado secretário de saúde.
(C) o número de leitos do hospital central pode ou não ter aumentado.
(D) o candidato X certamente foi eleito prefeito.
(E) o número de leitos do hospital central certamente não aumentou.
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RESOLUÇÃO:
Podemos resumir o argumento do enunciado da seguinte forma:
Premissa 1: X eleito Y secretário
Premissa 2: Y secretário Z diretor
Premissa 3: Z diretor aumento leitos
Premissa 4: Z não diretor
Munidos da informação da proposição simples (premissa 4), vamos analisar
as demais:
Premissa 2: Y secretário Z diretor

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Como a segunda parte é falsa (Z não é diretor), a primeira também é falsa: Y
não é secretário.
Premissa 1: X eleito Y secretário
Novamente a segunda parte é falsa, obrigando a primeira a também ser: X
não é eleito.
Premissa 3: Z diretor aumento leitos
A primeira parte é falsa. Neste caso, nada podemos concluir quanto à
segunda parte, pois ela pode ser V ou F e, ainda assim, a condicional será
verdadeira. Assim, nada sabemos sobre o aumento do número de leitos (letra C).
Resposta: C.

24. FCC - TRT/18ª - 2008) Certo dia, ao observar as atividades de seus


subordinados, o chefe de uma seção de uma unidade do Tribunal Regional do
Trabalho fez as seguintes declarações:
– Se Xerxes não protocolar o recebimento dos equipamentos, então Yule digitará
alguns textos.
– Se Xerxes protocolar o recebimento dos equipamentos, então Zenóbia não fará a
manutenção dos sistemas informatizados.
– Zenóbia fará a manutenção dos sistemas informatizados.
Considerando que as três declarações são verdadeiras, é correto concluir que
(A) Yule deverá digitar alguns textos.
(B) Yule não digitará alguns textos ou Zenóbia não fará a manutenção dos sistemas
informatizados.
(C) Xerxes não protocolará os documentos e Yule não digitará alguns textos.
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(D) Zenóbia deverá fazer a manutenção dos sistemas informatizados e Xerxes


deverá protocolar o recebimento de documentos.
(E) Xerxes deverá protocolar o recebimento dos equipamentos.
RESOLUÇÃO:
Temos o seguinte argumento:
Premissa 1: X não protocolar Y digitar
Premissa 2: X protocolar Z não faz manutenção
Premissa 3: Z faz manutenção

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Com a proposição simples (premissa 3) em mente, vemos que “Z não faz
manutenção” (premissa 2) é F. Portanto, “X protocolar” é F, o que torna “X não
protocolar” V.
Como “X não protocolar” (premissa 1) é V, então “Y digitar” precisa ser V.
Assim:
- X não protocola
- Y digita (letra A, gabarito)
Resposta: A

25. FCC – TRF/3ª – 2014) Diante, apenas, das premissas “Nenhum piloto é
médico”, “Nenhum poeta é médico” e “Todos os astronautas são pilotos”, então é
correto afirmar que
(A) algum poeta é astronauta e algum piloto não é médico.
(B) algum astronauta é médico.
(C) todo poeta é astronauta.
(D) nenhum astronauta é médico.
(E) algum poeta não é astronauta.
RESOLUÇÃO:
Temos os conjuntos dos pilotos, dos médicos, dos poetas e dos astronautas.
Com as informações dadas podemos montar o seguinte diagrama:
- “Nenhum piloto é médico”:

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- “Nenhum poeta é médico” (mas pode haver algum poeta que é piloto):

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- “Todos os astronautas são pilotos”:

Olhando esse diagrama final, podemos avaliar as alternativas de resposta:


(A) algum poeta é astronauta e algum piloto não é médico.  ERRADO. Não temos
certeza de que há intersecção entre Poetas e Astronautas, embora possa haver.

(B) algum astronauta é médico.  ERRADO. Todos os astronautas são pilotos, e


nenhum piloto é médico, portanto nenhum astronauta é médico.

(C) todo poeta é astronauta.  ERRADO. Não podemos afirmar que o conjunto dos
poetas está contido no interior do conjunto dos astronautas.

(D) nenhum astronauta é médico.  CORRETO, como vimos no item B.

(E) algum poeta não é astronauta.  ERRADO. Assim como não podemos afirmar o
item C (que todo poeta é astronauta), também não temos elementos suficientes
para afirmar o contrário (que algum poeta não é astronauta).
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Resposta: D

26. FCC – TRF/3ª – 2014) Diante, apenas, das premissas “Existem juízes”, “Todos
os juízes fizeram Direito” e “Alguns economistas são juízes”, é correto afirmar que
(A) ser juiz é condição para ser economista.
(B) alguns economistas que fizeram Direito não são juízes.
(C) todos aqueles que fizeram Direito são juízes.
(D) todos aqueles que não são economistas também não são juízes.
(E) ao menos um economista fez Direito.

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RESOLUÇÃO:
Considerando os conjuntos dos juízes, das pessoas que fizeram direito, e dos
economistas, as premissas podem ser representadas assim:

Avaliando as opções de resposta:


(A) ser juiz é condição para ser economista.  ERRADO. Veja que é possível estar
no conjunto dos economistas sem necessariamente estar também no conjunto dos
juízes.

(B) alguns economistas que fizeram Direito não são juízes.  ERRADO. Não temos
elementos para afirmar que existem (e nem que não existem) economistas na
região que faz intersecção apenas com o conjunto do Direito (sem intersecção com
o conjunto dos juízes).

(C) todos aqueles que fizeram Direito são juízes.  ERRADO. Sabemos que todos
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juízes fizeram direito, mas não podemos afirmar que todos os que fizeram direito
são juízes.

(D) todos aqueles que não são economistas também não são juízes.  ERRADO. É
possível existirem juízes que fizeram apenas direito, e não fizeram economia.

(E) ao menos um economista fez Direito.  CORRETO. Como foi afirmado que
“Alguns economistas são juízes”, esses economistas que são juízes também
fizeram Direito (pois todos os juízes fazem parte do conjunto do Direito).
Resposta: E

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27. FCC – TRT/19ª – 2014) Se o diretor está no escritório, então Rodrigo não joga
no computador e Tomás não ouve rádio. Se Tomás não ouve rádio, então Gabriela
pensa que Tomás não veio. Se Gabriela pensa que Tomás não veio, então ela fica
mal humorada. Gabriela não está mal humorada. A partir dessas informações, é
possível concluir, corretamente, que
(A) o diretor não está no escritório e Tomás não ouve rádio.
(B) Gabriela pensa que Tomás não veio e Tomás não ouve rádio.
(C) o diretor está no escritório e Tomás ouve rádio.
(D) Tomás não ouve rádio e Gabriela não pensa que Tomás não veio.
(E) o diretor não está no escritório e Gabriela não pensa que Tomás não veio.
RESOLUÇÃO:
Temos as seguintes premissas:
P1 = Se o diretor está no escritório, então Rodrigo não joga no computador e Tomás
não ouve rádio.
P2 = Se Tomás não ouve rádio, então Gabriela pensa que Tomás não veio.
P3 = Se Gabriela pensa que Tomás não veio, então ela fica mal humorada.
P4 = Gabriela não está mal humorada.

Para obter a conclusão, devemos considerar que todas as premissas são V.


Começamos pela P4, que é uma proposição simples. Vemos que Gabriela
efetivamente não está mal humorada.
Em P3, vemos que “ela fica mal humorada” é F, de modo que “Gabriela
pensa que Tomás não veio” tem que ser F. Ou seja, Gabriela não pensa que Tomás
não veio.
Em P2, “Gabriela pensa que Tomás não veio” é F, de modo que “Tomás não
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ouve rádio” deve ser F também. Portanto, Tomás ouve rádio.


Em P1, como “Tomás não ouve rádio” é F, a conjunção “Rodrigo não joga no
computador e Tomás não ouve rádio” é F, o que obriga “o diretor está no escritório”
a ser F também. Assim, o diretor não está no escritório.
Observando as conclusões que sublinhei, você pode marcar a alternativa E.
Resposta: E

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28. FCC – TRT/19ª – 2014) Considere verdadeiras as afirmações:
I. Se Ana for nomeada para um novo cargo, então Marina permanecerá em seu
posto.
II. Marina não permanecerá em seu posto ou Juliana será promovida.
III. Se Juliana for promovida então Beatriz fará o concurso.
IV. Beatriz não fez o concurso.
A partir dessas informações, pode-se concluir corretamente que
(A) Beatriz foi nomeada para um novo cargo.
(B) Marina permanecerá em seu posto.
(C) Beatriz não será promovida.
(D) Ana não foi nomeada para um novo cargo.
(E) Juliana foi promovida.
RESOLUÇÃO:
A premissa IV é uma proposição simples, motivo pelo qual começamos a
análise por ela. Assim, Beatriz não fez o concurso. Com isso, vamos forçar as
demais premissas a terem o valor lógico Verdadeiro.
Na premissa III, vemos que “Beatriz fará o concurso” é F, de modo que
“Juliana for promovida” deve ser F. Assim, Juliana não foi promovida.
Na premissa II, sabemos que “Juliana será promovida” é F, de modo que
“Marina não permanecerá em seu posto” precisa ser V. Assim, Marina não
permanecerá em seu posto.
Na premissa I, sabemos que “Marina permanecerá em seu posto” é F, de
modo que “Ana for nomeada” precisa ser F. Assim, Ana não foi nomeada.
As conclusões sublinhadas permitem marcar a alternativa D.
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Resposta: D

29. FCC – TRT/16ª – 2014) Se nenhum XILACO é COLIXA, então


(A) todo XILACO é COLIXA.
(B) é verdadeiro que algum XILACO é COLIXA.
(C) alguns COLIXA são XILACO.
(D) é falso que algum XILACO é COLIXA.
(E) todo COLIXA é XILACO.
RESOLUÇÃO:

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Sabendo que nenhum membro do conjunto XILACO é membro do conjunto
COLIXA, podemos rapidamente eliminar as alternativas A, B, C e E:
(A) todo XILACO é COLIXA.
(B) é verdadeiro que algum XILACO é COLIXA.
(C) alguns COLIXA são XILACO.
(E) todo COLIXA é XILACO.
Todas essas afirmações são falsas, pois não há membros em comum entre
esses dois conjuntos. A alternativa D está correta:
(D) é falso que algum XILACO é COLIXA.
Resposta: D

30. FCC – TRT/2ª – 2014) Considere as três afirmações a seguir, todas verdadeiras,
feitas em janeiro de 2013.
I. Se o projeto X for aprovado até maio de 2013, então um químico e um biólogo
serão contratados em junho do mesmo ano.
II. Se um biólogo for contratado, então um novo congelador será adquirido.
III. Se for adquirido um novo congelador ou uma nova geladeira, então o chefe
comprará sorvete para todos.
Até julho de 2013, nenhum biólogo havia sido contratado. Apenas com estas
informações, pode-se concluir que, necessariamente, que
(A) o projeto X não foi aprovado até maio de 2013.
(B) nenhum químico foi contratado.
(C) não foi adquirido um novo congelador.
(D) não foi adquirida uma nova geladeira.
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(E) o chefe não comprou sorvete para todos.


RESOLUÇÃO:
Se nenhum biólogo foi contratado, a proposição “um biólogo será contratado
em junho” é Falsa. Deste modo, na premissa I, podemos dizer que a conjunção “um
químico e um biólogo serão contratados em junho do mesmo ano” é
necessariamente Falsa. Para que essa premissa I tenha valor lógico Verdadeiro,
como manda o enunciado, faz-se necessário que a condição “Se o projeto X for
aprovado até maio de 2013” seja também Falsa, ficando FF, que é uma
condicional verdadeira.

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Portanto, é preciso que o projeto X não tenha sido aprovado até maio de
2013, como vemos na alternativa A.
Resposta: A

31. FCC – TJAP – 2014) Em um país, todos os habitantes são filiados a um partido
político, sendo que um mesmo habitante não pode ser filiado a dois partidos
diferentes. Sabe-se ainda que todo habitante filiado ao partido X é engenheiro e que
cada habitante tem uma única profissão. Paulo é um engenheiro e Carla é uma
médica, ambos habitantes desse país. Apenas com essas informações, é correto
concluir que, necessariamente,
(A) Paulo é filiado ao partido X.
(B) Carla não é filiada ao partido X.
(C) Carla é filiada ao partido X.
(D) Paulo não é filiado ao partido X.
(E) Paulo e Carla são filiados a partidos diferentes.
RESOLUÇÃO:
Sabemos que todo filiado do partido X é engenheiro, mas isto NÃO significa
que todos os engenheiros são do partido X. Assim, sabendo que Paulo é
engenheiro, não podemos afirmar que ele é do partido X (ou que não é deste
partido).
Por outro lado, sabendo que Carla é médica, fica claro que ela NÃO é do
partido X (pois se ela fosse, seria engenheira). Assim, só podemos afirmar o que
temos na alternativa B.
Resposta: B
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32. FCC – TJAP – 2014) Alguns repórteres também são cronistas, mas não todos.
Alguns cronistas são romancistas, mas não todos. Qualquer romancista é também:
ou repórter ou cronista, mas não ambos. Supondo verdadeiras as afirmações, é
possível concluir corretamente que
(A) há romancista que não seja repórter e também não seja cronista.
(B) os cronistas que são repórteres também são romancistas.
(C) não há repórter que seja cronista.
(D) não há cronista que seja romancista e repórter.
(E) há repórter que seja romancista e cronista.

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RESOLUÇÃO:
Imagine os conjuntos dos cronistas, dos romancistas e dos repórteres. Com
base nas frases dadas, sabemos que há intersecção entre repórteres e cronistas, e
entre cronistas e romancistas. Sabemos ainda que o conjunto dos romancistas está
contido entre os conjuntos dos repórteres e dos cronistas. Isto é:

Note que coloquei alguns números para designar regiões específicas do


diagrama, de modo a facilitar a explicação seguinte. Vamos analisar as alternativas
de resposta:
(A) há romancista que não seja repórter e também não seja cronista.
ERRADO. Os romancistas estão contidos na união entre os conjuntos dos
repórteres e cronistas.
(B) os cronistas que são repórteres também são romancistas.
ERRADO. Podemos ter cronistas que sejam repórteres e não sejam
romancistas, como vemos na posição 1 no diagrama (por exemplo).
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(C) não há repórter que seja cronista.


ERRADO. Foi dito que alguns repórteres são cronistas.
(D) não há cronista que seja romancista e repórter.
CORRETO. Não podemos ter ninguém na região 2 do diagrama, onde
estariam os romancistas que seriam repórteres E cronistas ao mesmo tempo. Isto
porque o enunciado nos apresentou uma disjunção EXCLUSIVA:
“Qualquer romancista é também: ou repórter ou cronista, mas não ambos”
Assim, podemos ter intersecção entre romancista e repórter, e entre
romancista e cronista, mas não entre os 3 conjuntos.

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(E) há repórter que seja romancista e cronista.
ERRADO, pois como vimos no item anterior, não temos ninguém na região 2
do diagrama.
Resposta: D

33. FCC – TJAP – 2014 – adaptada) As frases I e II são verdadeiras. A frase III é
falsa.
I. Jogo tênis ou pratico caminhada.
II. Se pratico caminhada, então não sou preguiçoso.
III. Não sou preguiçoso ou estou cansado.
A partir dessas informações, é possível concluir corretamente que
(A) jogo tênis e estou cansado.
(B) pratico caminhada e sou preguiçoso.
(C) estou cansado e não pratico caminhada.
(D) estou cansado ou jogo tênis.
(E) pratico caminhada ou estou cansado.
RESOLUÇÃO:
Para a frase III ser falsa, é preciso que “não sou preguiçoso” e “estou
cansado” sejam ambas F, ou seja, é preciso ser verdade que:
- SOU preguiçoso
- NÃO estou cansado
Com isso em mãos, podemos voltar na afirmação II. Como “não sou
preguiçoso” é F, é preciso que “pratico caminhada” seja F também, ou seja:
- NÃO pratico caminhada
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Voltando na afirmação I, como “pratico caminhada” é F, é preciso que ser


verdade que:
- jogo tênis
Avaliando as alternativas:
(A) jogo tênis e estou cansado.
(B) pratico caminhada e sou preguiçoso.
(C) estou cansado e não pratico caminhada.
(D) estou cansado ou jogo tênis.
(E) pratico caminhada ou estou cansado.

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Veja que somente D é uma proposição verdadeira, pois trata-se de uma
disjunção onde uma das proposições simples é V (“jogo tênis”).
Resposta: D

34. CESPE – MPE/RR – 2008) Uma proposição simples é uma frase afirmativa,
constituída esquematicamente por um sujeito e um predicado, que pode ter um dos
dois valores: falso — F —, ou verdadeiro — V —, excluindo-se qualquer outro.
Novas proposições podem ser formadas a partir de proposições simples e dos
chamados conectivos: “e”, simbolizado por ^; “ou”, simbolizado por v; “se ... então”,
simbolizado por ; e “se e somente se”, simbolizado por  . Também é usado
o modificador “não”, simbolizado por ¬. As proposições são representadas por letras
do alfabeto: A, B, C etc. São as seguintes as valorações para algumas proposições
compostas:

Há expressões que não podem ser valoradas como V nem como F, como, por
exemplo: “Ele é contador”, “x + 3 = 8”. Essas expressões são denominadas
“proposições abertas”. Elas tornam-se proposições, que poderão ser julgadas como
V ou F, depois de atribuídos determinados valores ao sujeito, ou variável. O
conjunto de valores que tornam a proposição aberta uma proposição valorada como
V é denominado “conjunto verdade”. 32656364884

Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem, a respeito de


estruturas lógicas e lógica de argumentação.
( ) Considere a seguinte proposição.
A: Para todo evento probabilístico X, a probabilidade P(X) é tal que 0  P( X )  1
Nesse caso, o conjunto verdade da proposição ¬A tem infinitos elementos.

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( ) Considere como V as seguintes proposições.
A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.
B: Sílvia vai ao teatro.
Nesse caso, ¬(AB) é a proposição C: “Se Jorge não briga com sua namorada
Sílvia, então Sílvia não vai ao teatro”.

( ) Considere as seguintes proposições.


A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.
B: Sílvia vai ao teatro.
Nesse caso, independentemente das valorações V ou F para A e B, a expressão
¬(AvB) correspondente à proposição C: “Jorge não briga com sua namorada Sílvia e
Sílvia não vai ao teatro”.

( ) Se A e B são proposições, então ¬(AB) tem as mesmas valorações que


[(¬A)(¬B)]^[(¬B)(¬A)].

RESOLUÇÃO:
( ) Considere a seguinte proposição.
A: Para todo evento probabilístico X, a probabilidade P(X) é tal que 0  P( X )  1
Nesse caso, o conjunto verdade da proposição ¬A tem infinitos elementos.
A proposição ¬A seria: Para algum evento probabilístico X, a probabilidade
P(X) é tal que P(X) < 0 ou P(X) > 1. Como sabemos que é impossível um evento ter
probabilidade negativa ou superior a 1, então para nenhum valor de X a expressão
¬A é verdadeira. Isto é, o conjunto-verdade (conjunto de valores de X que tornam a
proposição verdadeira) da proposição ¬A é vazio. Item ERRADO.
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( ) Considere como V as seguintes proposições.


A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.
B: Sílvia vai ao teatro.
Nesse caso, ¬(AB) é a proposição C: “Se Jorge não briga com sua namorada
Sílvia, então Sílvia não vai ao teatro”.
A proposição AB seria: Se Jorge briga com sua namorada Sílvia, então
Sílvia vai ao teatro.
A negação de uma condicional AB, isto é, ¬(AB), seria A e ¬B: Jorge
briga com sua namorada Sílvia e Sílvia não vai ao teatro. Item ERRADO.

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( ) Considere as seguintes proposições.
A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.
B: Sílvia vai ao teatro.
Nesse caso, independentemente das valorações V ou F para A e B, a expressão
¬(AvB) correspondente à proposição C: “Jorge não briga com sua namorada Sílvia e
Sílvia não vai ao teatro”.
A disjunção AvB seria: Jorge briga com sua namorada Sílvia OU Sílvia vai ao
teatro.
A negação dessa disjunção, isto é, ¬(AvB), seria ¬A e ¬B: Jorge não briga
com sua namorada Sílvia E Sílvia não vai ao teatro. Item CERTO.

( ) Se A e B são proposições, então ¬(A  B) tem as mesmas valorações que


[(¬A)(¬B)]^[(¬B)(¬A)].
Veja que ¬(A  B) é a negação de uma bicondicional (dupla implicação). Nós
vimos que essa negação pode ser feita com um “ou exclusivo”: Ou A, ou B; que
também pode ser representado por A  B. Esta proposição é verdadeira apenas
quando A é V e B é F, ou A é F e B é V.
Vamos imaginar que A é V e B é F. Com isso, A  B será verdadeiro. Para
esses mesmos valores lógicos de A e B, vamos analisar a expressão
[(¬A)(¬B)]^[(¬B)(¬A)].
Observando que ¬A é F e ¬B é V, temos: [ F  V ] ^ [ V  F]. Sabemos que
F  V é uma condicional verdadeira, porém V  F é uma condicional falsa. Com
isso, a conjunção (^) torna-se falsa.
Como vemos, para os mesmos valores lógicos de A e B, as expressões A  B
e [(¬A)(¬B)]^[(¬B)(¬A)] tem valores diferentes. Item ERRADO.
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Obs.: ao invés de analisar um caso único, como fizemos aqui, você poderia
escrever a tabela-verdade de cada uma dessas proposições. Tente montar essa
tabela da esquerda para a direita:
A B AB ¬A ¬B [(¬A)(¬B)] [(¬B)(¬A)] [(¬A)(¬B)]^[(¬B)(¬A)]
V V F F F V V V
V F V F V V F F
F V V V F F V F
F F F V V V V V

Resposta: E E C E

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35. CESPE – TSE – 2006) Assinale a opção que apresenta um argumento válido:
a) Quando chove, as árvores ficam verdinhas. As árvores estão verdinhas, logo
choveu.
b) Se estudo, obtenho boas notas. Se me alimento bem, me sinto disposto. Ontem
estudei e não me senti disposto, logo obterei boas notas mas não me alimentei bem.
c) Se ontem choveu e estamos em junho, então hoje fará frio. Ontem choveu e hoje
fez frio. Logo estamos em junho.
d) Choveu ontem ou segunda-feira é feriado. Como não choveu ontem, logo
segunda-feira não será feriado.
RESOLUÇÃO:

Um argumento é válido quando, ao considerarmos as suas premissas


verdadeiras, a conclusão é verdadeira. Vamos analisar cada alternativa, buscando
verificar se existe alguma forma de ter as premissas verdadeiras e a conclusão
falsa, o que tornaria o argumento inválido:

a) Quando chove, as árvores ficam verdinhas. As árvores estão verdinhas, logo


choveu.
Temos a seguinte premissa: pq. E, a seguir, a conclusão: qp. Veja que,
se p for Falsa e q for Verdadeira, a primeira estrutura é verdadeira (pq), porém a
segunda (qp) é Falsa. Assim, encontramos uma forma da premissa ser verdadeira
e a conclusão falsa. Portanto, esse argumento não é válido.

b) Se estudo, obtenho boas notas. Se me alimento bem, me sinto disposto. Ontem


estudei e não me senti disposto, logo obterei boas notas mas não me alimentei bem.
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A primeira frase é pq. A segunda é rs, que podemos substituir pela


proposição equivalente ~s~r. Portanto, (p e ~s)  (q e ~r) é uma conclusão
válida.

c) Se ontem choveu e estamos em junho, então hoje fará frio. Ontem choveu e hoje
fez frio. Logo estamos em junho.
Temos a premissa (p e q)  r. Observe que se p for V e q for F, r pode ser V
ou F para tornar essa premissa verdadeira. Imaginemos que r é V.

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A seguir temos a conclusão: (p e r)  q. Porém assumimos p Verdadeiro, r
Verdadeiro e q Falso. Isto torna essa conclusão falsa. Portanto, não temos um
argumento válido.

d) Choveu ontem ou segunda-feira é feriado. Como não choveu ontem, logo


segunda-feira não será feriado.
Na premissa temos: p ou q. E, na conclusão: ~p~q. Observe que se p for F
e q for V, a premissa é atendida (isto é, é verdadeira). Entretanto, ~p seria V e ~q
seria F, e com isso a conclusão ~p~q não seria atendida (pois seria falsa). Assim,
esse argumento é inválido.

Resposta: B.

36. CESPE – TRT/10 – 2013) Considere as seguintes definições de conjuntos, feitas


a partir de um conjunto de empresas, E, não vazio.
X = conjunto das empresas de E tais que “se a empresa não entrega o que promete,
algum de seus clientes estará insatisfeito”;
A = conjunto das empresas de E tais que “a empresa não entrega o que promete”;
B = conjunto das empresas de E tais que “algum cliente da empresa está
insatisfeito”.
Tendo como referência esses conjuntos, julgue os itens seguintes.
( ) Se A  B, então X = E.
( ) A negação da proposição “A empresa não entrega o que promete” é “A empresa
entrega o que não promete”.
( ) Se X = E, então todas as empresas de E não entregam o que prometem.
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( ) Se X = E, então A  B.
RESOLUÇÃO:

Resumindo as definições dos conjuntos, temos:


E = todas empresas.
X = não entrega  algum cliente insatisfeito
A = não entrega
B = algum cliente insatisfeito

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( ) Se A  B, então X = E.
Se A está contido em B, então todas as empresas que não entregam tem
algum cliente insatisfeito. Isso faz com que essas empresas pertençam também ao
conjunto X. As empresas que entregam o que prometem também pertencem a X,
pois elas atendem à condicional:
não entrega  algum cliente insatisfeito

Note que elas atendem a esta condicional porque, para as empresas que
entregam, a primeira parte desta frase é F (“não entrega”), o que torna a condicional
sempre verdadeira.
Assim, X contém todas as empresas, tanto as que entregam quanto as que
não entregam. Item CORRETO.

( ) A negação da proposição “A empresa não entrega o que promete” é “A empresa


entrega o que não promete”.
ERRADO. A negação é “A empresa entrega o que promete”.

( ) Se X = E, então todas as empresas de E não entregam o que prometem.


ERRADO. Como já disse no primeiro item, uma empresa que entregue o que
promete também atende a condicional :
não entrega  algum cliente insatisfeito

( ) Se X = E, então A  B.
Se todas as empresas fazem parte do grupo X, então elas obedecem à regra:
32656364884

não entrega  algum cliente insatisfeito

Como as empresas de A não entregam, então elas deixam algum cliente


insatisfeito e, por isso, devem também pertencer a B. Portanto, é certo dizer que
todos os elementos de A são também elementos de B, isto é, A  B. Item
CORRETO.
Resposta: C E E C

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37. CESGRANRIO – TJ/RO – 2008) O silogismo é uma forma de raciocínio
dedutivo. Na sua forma padronizada, é constituído por três proposições: as duas
primeiras denominam-se premissas e a terceira, conclusão.
As premissas são juízos que precedem a conclusão. Em um silogismo, a conclusão
é conseqüência necessária das premissas.
São dados 3 conjuntos formados por 2 premissas verdadeiras e 1 conclusão não
necessariamente verdadeira.

São silogismos:
a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e III, somente.
e) II e III, somente.
RESOLUÇÃO:
Vamos avaliar cada conjunto:
32656364884

O fato de todo brasileiro gostar de basquete não significa que toda pessoa
que gosta de basquete é brasileira. Assim, não podemos concluir que Júlio é
brasileiro. NÃO TEMOS um silogismo.

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Se somente alguns brasileiros gostam de vôlei, não podemos ter certeza de
que Paulo se enquadra nesse grupo de brasileiros. Assim, não dá para concluir que
ele gosta de vôlei. NÃO TEMOS um silogismo.

Como não há exceção (pois todo brasileiro gosta de atletismo), basta


sabermos que Marcos é brasileiro para afirmar, com certeza, que ele gosta de
atletismo. Aqui TEMOS um silogismo.
Resposta: C

38. IDECAN – AGU – 2014 – adaptada) Os candidatos que estão se preparando


para a realização de provas de concursos públicos costumam chamar a disciplina
de Direito Tributário de DT, a de Raciocínio Lógico de RL e a de Contabilidade de
Contaba. Dessa forma, se pela manhã, ao iniciar o dia de estudo, afirma-se que "Se
não estudo DT, então não estudo Português. Estudo RL, ou estudo Contaba. Estudo
Português ou não estudo RL. Hoje resolvi não estudar Contaba.", então , é correto
afirmar que
a) estudo RL e estudo DT.
b) estudo RL e não estudo DT.
c) estudo DT e não estudo Português.
d) não estudo DT e estudo Português.
e) não estudo Contaba e não estudo DT.
RESOLUÇÃO: 32656364884

Temos as premissas:
P1 : ~DT  ~Português (Se não estudo DT, então não estudo Português)
P2: ou RL ou Contaba (Estudo RL, ou estudo Contaba)
P3: Português ou ~RL (Estudo Português ou não estudo RL)
P4: ~Contaba (Hoje resolvi não estudar Contaba)

Repare que P4 é uma proposição simples, motivo pelo qual começamos por
ela. Note ainda que P2 é uma disjunção exclusiva (“ou” precedido de vírgula),
enquanto P3 é uma disjunção simples (“ou”).

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Para chegar na conclusão devemos assumir que todas as premissas são
verdadeiras. Assim, ~Contaba é V, de modo que Contaba é F. Em P2 vemos que,
como Contaba é F, RL precisa ser V. Em P3 vemos que ~RL é F, de modo que
Português precisa ser V. Em P1 vemos que ~Português é F, de modo que ~DT
precisa ser F também, ou seja, DT é V.
Considerando as conclusões sublinhadas acima, podemos marcar a
alternativa A:
estudo RL e estudo DT
Resposta: A

39. IDECAN – AGU – 2014) Se é verdade que “alguns candidatos são estudiosos” e
que “nenhum aventureiro é estudioso”, então, também é necessariamente verdade
que
a) algum candidato é aventureiro.
b) algum aventureiro é candidato.
c) nenhum aventureiro é candidato.
d) nenhum candidato é aventureiro.
e) algum candidato não é aventureiro.
RESOLUÇÃO:
Imagine que temos os conjuntos dos “candidatos”, dos “estudiosos” e dos
“aventureiros”. Vejamos o que cada uma das afirmações do enunciado nos diz:
- alguns candidatos são estudiosos
Esta frase permite concluir que existem elementos em comum entre os
conjuntos dos “candidatos” e dos “estudiosos”, isto é, existem elementos na região
32656364884

marcada com um X no diagrama abaixo:

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- nenhum aventureiro é estudioso
Esta frase permite concluir que não existem elementos em comum entre os
conjuntos dos “aventureiros” e dos “estudiosos”. Entretanto, repare que ainda assim
pode haver elementos em comum entre os conjuntos dos “aventureiros” e dos
“candidatos”, motivo pelo qual desenhamos esses dois conjuntos entrelaçados
abaixo:

Vale frisar que NÃO sabemos se existem ou não elementos na região Y, isto
é, na intersecção entre os conjuntos dos aventureiros e dos candidatos. Vejamos as
alternativas de resposta desta questão:
a) algum candidato é aventureiro.
ERRADO, pois não sabemos se existem elementos na região Y (podem
existir, mas não temos certeza disso).

b) algum aventureiro é candidato.


ERRADO, pelo mesmo motivo da alternativa anterior (veja que esta
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alternativa trata dos mesmos dois conjuntos).

c) nenhum aventureiro é candidato.


ERRADO, pois da mesma forma que não podemos afirmar que EXISTEM
elementos na região Y, não podemos afirmar também que NÃO EXISTEM
elementos nesta região.

d) nenhum candidato é aventureiro.


ERRADO, pelo mesmo motivo da alternativa anterior (veja que esta
alternativa trata dos mesmos dois conjuntos).

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e) algum candidato não é aventureiro.
CORRETO. Repare que os candidatos que estão na região X (aqueles que
são candidatos e estudiosos ao mesmo tempo) não podem fazer parte do conjunto
dos aventureiros, pois sabemos que nenhum aventureiro é estudioso. Portanto,
esses candidatos da região X certamente NÃO são aventureiros. Este é nosso
gabarito.
Resposta: E

40. FGV – TJ/AM – 2013) Considere como verdadeiras as sentenças a seguir.


I. Alguns matemáticos são professores.
II. Nenhum físico é matemático.
Então, é necessariamente verdade que
(A) algum professor é físico.
(B) nenhum professor é físico.
(C) algum físico é professor.
(D) algum professor não é físico.
(E) nenhum físico é professor.
RESOLUÇÃO:
Se nenhum físico é matemático, o conjunto dos Físicos não tem intersecção
com o dos Matemáticos. Se alguns matemáticos são professores, então há
intersecção entre o conjunto dos Matemáticos e o conjunto dos Professores. Pode
haver também intersecção entre os Professores e os Físicos, embora não tenhamos
certeza disso com as informações dadas.
Analisando as alternativas:
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(A) algum professor é físico.  não podemos afirmar que há intersecção entre os
Professores e os Físicos.
(B) nenhum professor é físico.  também não podemos afirmar que NÃO HÁ
intersecção entre os Professores e os Físicos.
(C) algum físico é professor.  idem ao raciocínio do item A.
(D) algum professor não é físico.  os professores que são matemáticos
certamente NÃO são físicos, pois nenhum físico é matemático. Assim, alguns
professores (os matemáticos) não são físicos. Esse é o gabarito.
(E) nenhum físico é professor.  idem ao raciocínio do item B.
Resposta: D

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41. FGV – TJ/AM – 2013) Se não é verdade que “Todos assistentes judiciários de
determinado fórum são formados em advocacia”, então é necessariamente verdade
que
(A) nenhum assistente judiciário desse fórum é formado em advocacia.
(B) todos assistentes judiciários desse fórum não são formados em advocacia.
(C) ninguém formado em advocacia é assistente judiciário desse fórum.
(D) alguém formado em advocacia é assistente judiciário desse fórum.
(E) algum assistente judiciário desse fórum não é formado em advocacia.
RESOLUÇÃO:
Para provarmos que quem disse a frase “Todos assistentes judiciários de
determinado fórum são formados em advocacia” mentiu, basta encontrarmos algum
assistente judiciário que NÃO é formado em advocacia. Assim, podemos dizer que:
“Algum assistente judiciário NÃO é formado em advocacia”
Resposta: E

42. FGV – TJ/AM – 2013) Considere como verdadeiras as sentenças a seguir.


I. Se André não é americano, então Bruno é francês.
II. Se André é americano então Carlos não é inglês.
III. Se Bruno não é francês então Carlos é inglês.
Logo, tem se obrigatoriamente que
(A) Bruno é francês.
(B) André é americano.
(C) Bruno não é francês.
(D) Carlos é inglês. 32656364884

(E) André não é americano.


RESOLUÇÃO:
Podemos usar o método do “chute”. Assumindo que “André não é
americano”:
- a frase I mostra que “Bruno é francês”;
- as frases II e III já estão verdadeiras;
- não podemos concluir nada sobre Carlos ser ou não inglês.

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Já se assumirmos que “André é americano”:
- a frase I já está verdadeira;
- a frase II mostra que Carlos não é inglês;
- na frase III é preciso que “Bruno não é francês” seja F, pois “Carlos é inglês” é F.

Veja que, de qualquer forma, “Bruno é francês” é verdadeiro.


Resposta: A

43. FGV – DPE/MT – 2015) Considere verdadeiras as afirmações a seguir.


 Existem advogados que são poetas.
 Todos os poetas escrevem bem.
Com base nas afirmações, é correto concluir que
(A) se um advogado não escreve bem então não é poeta.
(B) todos os advogados escrevem bem.
(C) quem não é advogado não é poeta.
(D) quem escreve bem é poeta.
(E) quem não é poeta não escreve bem.
RESOLUÇÃO:
Com as informações fornecidas no enunciado podemos montar o diagrama
lógico abaixo:

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Repare que as pessoas na interseção entre os conjuntos dos advogados e
dos poetas estão também dentro do conjunto das pessoas que escrevem bem.
Assim, os advogados que são poetas necessariamente escreve bem. Caso um
advogado não escreva bem, ele certamente não pode ser um poeta.
Resposta: A
***************************

Fim de aula. Até o nosso próximo encontro!

Abraço,

Prof. Arthur Lima (www.facebook.com/ProfessorArthurLima)

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3. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA
1. IADES – CFA – 2010)Considere os argumentos a seguir.
Argumento I: Se nevar então vai congelar. Não está nevando. Logo, não vai
congelar.
Argumento II: Se nevar então vai congelar. Não está congelando. Logo, não vai
nevar.
Assim, é correto concluir que:
a) ambos são falácias
b) ambos são tautologias
c) o argumento I é uma falácia e o argumento II é uma tautologia
d) o argumento I é uma tautologia e o argumento II é uma falácia

2. FCC – ICMS/SP – 2006) Considere os argumentos abaixo:

Indicando-se os argumentos legítimos por L e os ilegítimos por I, obtêm-se, na


ordem dada,
a) L, L, I, L
b) L, L, L, L
c) L, I, L, I
d) I, L, I, L 32656364884

e) I, I, I, I

3. ESAF – PECFAZ – 2013) Considere verdadeiras as premissas a seguir:


– se Ana é professora, então Paulo é médico;
– ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante;
– Marta não é estudante.
Sabendo-se que os três itens listados acima são as únicas premissas do argumento,
pode-se concluir que:
a) Ana é professora.
b) Ana não é professora e Paulo é médico.

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c) Ana não é professora ou Paulo é médico.
d) Marta não é estudante e Ana é Professora.
e) Ana é professora ou Paulo é médico.

4. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2012) Se Ana é pianista, então Beatriz é


violinista. Se Ana é violinista, então Beatriz é pianista. Se Ana é pianista, Denise é
violinista. Se Ana é violinista, então Denise é pianista. Se Beatriz é violinista, então
Denise é pianista. Sabendo-se que nenhuma delas toca mais de um instrumento,
então Ana, Beatriz e Denise tocam, respectivamente:
a) piano, piano, piano.
b) violino, piano, piano.
c) violino, piano, violino.
d) violino, violino, piano.
e) piano, piano, violino.

5. ESAF – ANEEL – 2004) Se não leio, não compreendo. Se jogo, não leio. Se não
desisto, compreendo. Se é feriado, não desisto. Então,
a) se jogo, não é feriado.
b) se não jogo, é feriado.
c) se é feriado, não leio.
d) se não é feriado, leio.
e) se é feriado, jogo.

6. FCC – TCE-PR – 2011) Considere que as seguintes premissas são verdadeiras:


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I. Se um homem é prudente, então ele é competente.


II. Se um homem não é prudente, então ele é ignorante.
III. Se um homem é ignorante, então ele não tem esperanças.
IV. Se um homem é competente, então ele não é violento.
Para que se obtenha um argumento válido, é correto concluir que se um homem:
(A) não é violento, então ele é prudente.
(B) não é competente, então ele é violento.
(C) é violento, então ele não tem esperanças.
(D) não é prudente, então ele é violento.
(E) não é violento, então ele não é competente.

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7. FUNDATEC – IRGA – 2013) Considere os seguintes argumentos, assinalando V,
se válidos, ou NV, se não válidos.
( ) Se o cão é um mamífero, então laranjas não são minerais.
Ora, laranjas são minerais, logo, o cão não é um mamífero.
( ) Quando chove, João não vai à escola.
Hoje não choveu, portanto, hoje João foi à escola.
( ) Quando estou de férias, viajo.
Não estou viajando agora, portanto, não estou de férias.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) V – V – V
b) V – V – NV
c) V – NV – V
d) NV – V – V
e) NV – NV – NV

8. FUNDATEC – CREA/PR – 2010) Dadas as premissas: “Todos os abacaxis são


bananas.” e “Algumas laranjas não são bananas.” A conclusão que torna o
argumento válido é:
A) “Existem laranjas que não são abacaxis.”
B) “Nenhum abacaxi é banana.”
C) “Existe laranja que é banana.”
D) “Todas as laranjas são bananas.”
E) “Nem todos os abacaxis são bananas.”

9. ESAF – MINISTÉRIO DA FAZENDA – 2012) Em uma cidade as seguintes


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premissas são verdadeiras:


Nenhum professor é rico. Alguns políticos são ricos.
Então, pode-se afirmar que:
a) Nenhum professor é político.
b) Alguns professores são políticos.
c) Alguns políticos são professores.
d) Alguns políticos não são professores.
e) Nenhum político é professor.

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10. FCC – TRT/22ª – 2010) Considere um argumento composto pelas seguintes
premissas:
- se a inflação não é controlada, então não há projetos de desenvolvimento
- se a inflação é controlada, então o povo vive melhor
- o povo não vive melhor

Considerando que todas as três premissas são verdadeiras, então, uma conclusão
que tornaria o argumento válido é:
a) a inflação é controlada
b) não há projetos de desenvolvimento
c) a inflação é controlada ou há projetos de desenvolvimento
d) o povo vive melhor e a inflação não é controlada
e) se a inflação não é controlada e não há projetos de desenvolvimento, então o
povo vive melhor.

11. FCC – TRT/8ª – 2010) Se Ana diz a verdade, Beto também fala a verdade, caso
contrário Beto pode dizer a verdade ou mentir. Se Cléo mentir, David dirá a verdade,
caso contrário ele mentirá. Beto e Cléo dizem ambos a verdade, ou ambos mentem.
Ana, Beto, Cléo e David responderam, nessa ordem, se há ou não um cachorro em
uma sala. Se há um cachorro nessa sala, uma possibilidade de resposta de Ana,
Beto, Cleo e David, nessa ordem, é:
(adote S: há cachorro na sala
N: não há cachorro na sala)
a) N, N, S, N
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b) N, S, N, N
c) S, N, S, N
d) S, S, S, N
e) N, N, S, S

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12. FCC – TRT/8ª – 2010) Se Alceu tira férias, então Brenda fica trabalhando. Se
Brenda fica trabalhando, então Clóvis chega mais tarde ao trabalho. Se Clóvis
chega mais tarde ao trabalho, então Dalva falta ao trabalho. Sabendo-se que Dalva
não faltou ao trabalho, é correto concluir que:
a) Alceu não tira férias e Clóvis chega mais tarde ao trabalho
b) Brenda não fica trabalhando e Clóvis chega mais tarde ao trabalho
c) Clóvis não chega mais tarde ao trabalho e Alceu não tira férias
d) Brenda fica trabalhando e Clóvis chega mais tarde ao trabalho
e) Alceu tira férias e Brenda fica trabalhando.

13. FCC – TRT/1ª – 2011) Admita que todo A é B, algum B é C, e algum C não é A.
Caio, Ana e Léo fizeram as seguintes afirmações:

Caio se houver C que é A, então ele não será B.


Ana se B for A, então não será C.
Léo pode haver A que seja B e C.

Está inequivocamente correto APENAS o que é afirmado por


a) Caio.
b) Ana.
c) Léo.
d) Caio e Ana.
e) Caio e Léo.

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14. FCC – TRT/8ª – 2010) Em certo planeta, todos os Aleves são Bleves, todos os
Cleves são Bleves, todos os Dleves são Aleves, e todos os Cleves são Dleves.
Sobre os habitantes desse planeta, é correto afirmar que:
a) Todos os Dleves são Bleves e são Cleves.
b) Todos os Bleves são Cleves e são Dleves.
c) Todos os Aleves são Cleves e são Dleves.
d) Todos os Cleves são Aleves e são Bleves.
e) Todos os Aleves são Dleves e alguns Aleves podem não ser Cleves.

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15. FCC – TJ/PE – 2007) Todas as estrelas são dotadas de luz própria. Nenhum
planeta brilha com luz própria. Logo,
a) todos os planetas são estrelas.
b) nenhum planeta é estrela.
c) todas as estrelas são planetas.
d) todos os planetas são planetas.
e) todas as estrelas são estrelas.

16. FCC – MPE/AP – 2009) O esquema de diagramas mostra situação


socioeconômica de cinco homens em um levantamento feito na comunidade em que
vivem. As situações levantadas foram: estar ou não empregado; estar ou não
endividado; possuir ou não um veículo próprio; possuir ou não casa própria.
Situar-se dentro de determinado diagrama significa apresentar a situação indicada.

Analisando o diagrama, é correto afirmar que:


(A) A possui casa própria, está empregado e endividado, mas não possui veículo
próprio. 32656364884

(B) B possui veículo próprio, está empregado, mas não possui casa própria nem
está endividado.
(C) C está endividado e empregado, não possui casa própria nem veículo próprio.
(D) D possui casa própria, está endividado e empregado, mas não possui veículo
próprio.
(E) E não está empregado nem endividado, possui veículo próprio, mas não possui
casa própria.

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17. FCC – TRT 6ª – 2006) As afirmações seguintes são resultados de uma pesquisa
feita entre os funcionários de certa empresa.
− Todo indivíduo que fuma tem bronquite.
− Todo indivíduo que tem bronquite costuma faltar ao trabalho.
Relativamente a esses resultados, é correto concluir que
(A) existem funcionários fumantes que não faltam ao trabalho.
(B) todo funcionário que tem bronquite é fumante.
(C)) todo funcionário fumante costuma faltar ao trabalho.
(D) é possível que exista algum funcionário que tenha bronquite e não falte
habitualmente ao trabalho.
(E) é possível que exista algum funcionário que seja fumante e não tenha bronquite.

18. FCC – TRF 3ª – 2007) Se todos os jaguadartes são momorrengos e todos os


momorrengos são cronópios então pode-se concluir que:
(A) É possível existir um jaguadarte que não seja momorrengo.
(B) É possível existir um momorrengo que não seja jaguadarte.
(C) Todos os momorrengos são jaguadartes.
(D) É possível existir um jaguadarte que não seja cronópio.
(E) Todos os cronópios são jaguadartes.

19. FCC – PGE/BA – 2013) A oposição é a espécie de inferência imediata pela qual
é possível concluir uma proposição por meio de outra proposição dada, com a
observância do princípio de não contradição. Neste sentido, que poderá inferir-se da
verdade, falsidade ou indeterminação das proposições referidas na sequência
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abaixo se supusermos que a primeira é verdadeira?


E se supusermos que a primeira é falsa?
1ª Todos os comediantes que fazem sucesso são engraçados.
2ª Nenhum comediante que faz sucesso é engraçado.
3ª Alguns comediantes que fazem sucesso são engraçados.
4ª Alguns comediantes que fazem sucesso não são engraçados.
(A) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é falsa e a 4ª é verdadeira. Se a 1ª é
falsa, a 2ª é verdadeira, a 3ª e a 4ª são indeterminadas (tanto podem ser
verdadeiras quanto falsas).

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(B) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é falsa e a 4ª é verdadeira. Se a 1ª é
falsa, a 2ª é verdadeira, a 3ª e a 4ª são verdadeiras.
(C) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é verdadeira, a 3ª é verdadeira e a 4ª é falsa. Se a 1ª
é falsa, a 2ª é falsa, a 3ª e a 4ª são falsas.
(D) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é verdadeira e a 4ª é falsa. Se a 1ª é
falsa, a 2ª é falsa, a 3ª e a 4ª são indeterminadas (tanto podem ser verdadeiras
quanto falsas).
(E) Se a 1ª é verdadeira, a 2ª é falsa, a 3ª é verdadeira e a 4ª é falsa. Se a 1ª é
falsa, a 2ª e a 3ª são indeterminadas (tanto podem ser verdadeiras quanto falsas) e
a 4ª é verdadeira.

20. FCC – PGE/BA – 2013) Em uma feira, todas as barracas que vendem batata
vendem tomate, mas nenhuma barraca que vende tomate vende espinafre. Todas
as barracas que vendem cenoura vendem quiabo, e algumas que vendem quiabo,
vendem espinafre.Como nenhuma barraca que vende quiabo vende tomate, e como
nenhuma barraca que vende cenoura vende espinafre,então,
(A) todas as barracas que vendem quiabo vendem cenoura.
(B) pelo menos uma barraca que vende batata vende espinafre.
(C) todas as barracas que vendem quiabo vendem batata.
(D) pelo menos uma barraca que vende cenoura vende tomate.
(E) nenhuma barraca que vende cenoura vende batata.

21. FCC – PGE/BA – 2013) Há uma forma de raciocínio dedutivo chamado


silogismo. Nesta espécie de raciocínio, será formalmente válido o argumento cuja
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conclusão é consequência que necessariamente deriva das premissas. Neste


sentido, corresponde a um silogismo válido:
(A) Premissa 1: Todo maceronte gosta de comer fubá.
Premissa 2: As selenitas gostam de fubá.
Conclusão: As selenitas são macerontes.
(B) Premissa 1: Todo maceronte gosta de comer fubá.
Premissa 2: Todo maceronte tem asas.
Conclusão: Todos que têm asas gostam de comer fubá.
(C) Premissa 1: Nenhum X é Y.
Premissa 2: Algum X é Z

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Conclusão: Algum Z não é Y.
(D) Premissa 1: Todo X é Y.
Premissa 2: Algum Z é Y.
Conclusão: Algum Z é X.
(E) Premissa 1: Capitu é mortal.
Premissa 2: Nenhuma mulher é imortal.
Conclusão: Capitu é mulher.

22. FCC – TJ/PE – 2007) Aquele policial cometeu homicídio. Mas centenas de
outros policiais cometeram homicídios, se aquele policial cometeu. Logo,
a) centenas de outros policiais não cometeram homicídios.
b) aquele policial não cometeu homicídio.
c) aquele policial cometeu homicídio.
d) nenhum policial cometeu homicídio.
e) centenas de outros policiais cometeram homicídios.

23. FCC - TRE-PI - 2009) Considere as três informações dadas a seguir, todas
verdadeiras.
− Se o candidato X for eleito prefeito, então Y será nomeado secretário de saúde.
− Se Y for nomeado secretário de saúde, então Z será promovido a diretor do
hospital central.
− Se Z for promovido a diretor do hospital central, então haverá aumento do número
de leitos.
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Sabendo que Z não foi promovido a diretor do hospital central, é correto concluir
que:
(A) o candidato X pode ou não ter sido eleito prefeito.
(B) Y pode ou não ter sido nomeado secretário de saúde.
(C) o número de leitos do hospital central pode ou não ter aumentado.
(D) o candidato X certamente foi eleito prefeito.
(E) o número de leitos do hospital central certamente não aumentou.

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24. FCC - TRT/18ª - 2008) Certo dia, ao observar as atividades de seus
subordinados, o chefe de uma seção de uma unidade do Tribunal Regional do
Trabalho fez as seguintes declarações:
– Se Xerxes não protocolar o recebimento dos equipamentos, então Yule digitará
alguns textos.
– Se Xerxes protocolar o recebimento dos equipamentos, então Zenóbia não fará a
manutenção dos sistemas informatizados.
– Zenóbia fará a manutenção dos sistemas informatizados.
Considerando que as três declarações são verdadeiras, é correto concluir que
(A) Yule deverá digitar alguns textos.
(B) Yule não digitará alguns textos ou Zenóbia não fará a manutenção dos sistemas
informatizados.
(C) Xerxes não protocolará os documentos e Yule não digitará alguns textos.
(D) Zenóbia deverá fazer a manutenção dos sistemas informatizados e Xerxes
deverá protocolar o recebimento de documentos.
(E) Xerxes deverá protocolar o recebimento dos equipamentos.

25. FCC – TRF/3ª – 2014) Diante, apenas, das premissas “Nenhum piloto é
médico”, “Nenhum poeta é médico” e “Todos os astronautas são pilotos”, então é
correto afirmar que
(A) algum poeta é astronauta e algum piloto não é médico.
(B) algum astronauta é médico.
(C) todo poeta é astronauta.
(D) nenhum astronauta é médico.
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(E) algum poeta não é astronauta.

26. FCC – TRF/3ª – 2014) Diante, apenas, das premissas “Existem juízes”, “Todos
os juízes fizeram Direito” e “Alguns economistas são juízes”, é correto afirmar que
(A) ser juiz é condição para ser economista.
(B) alguns economistas que fizeram Direito não são juízes.
(C) todos aqueles que fizeram Direito são juízes.
(D) todos aqueles que não são economistas também não são juízes.
(E) ao menos um economista fez Direito.

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27. FCC – TRT/19ª – 2014) Se o diretor está no escritório, então Rodrigo não joga
no computador e Tomás não ouve rádio. Se Tomás não ouve rádio, então Gabriela
pensa que Tomás não veio. Se Gabriela pensa que Tomás não veio, então ela fica
mal humorada. Gabriela não está mal humorada. A partir dessas informações, é
possível concluir, corretamente, que
(A) o diretor não está no escritório e Tomás não ouve rádio.
(B) Gabriela pensa que Tomás não veio e Tomás não ouve rádio.
(C) o diretor está no escritório e Tomás ouve rádio.
(D) Tomás não ouve rádio e Gabriela não pensa que Tomás não veio.
(E) o diretor não está no escritório e Gabriela não pensa que Tomás não veio.

28. FCC – TRT/19ª – 2014) Considere verdadeiras as afirmações:


I. Se Ana for nomeada para um novo cargo, então Marina permanecerá em seu
posto.
II. Marina não permanecerá em seu posto ou Juliana será promovida.
III. Se Juliana for promovida então Beatriz fará o concurso.
IV. Beatriz não fez o concurso.
A partir dessas informações, pode-se concluir corretamente que
(A) Beatriz foi nomeada para um novo cargo.
(B) Marina permanecerá em seu posto.
(C) Beatriz não será promovida.
(D) Ana não foi nomeada para um novo cargo.
(E) Juliana foi promovida.

29. FCC – TRT/16ª – 2014) Se nenhum XILACO é COLIXA, então


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(A) todo XILACO é COLIXA.


(B) é verdadeiro que algum XILACO é COLIXA.
(C) alguns COLIXA são XILACO.
(D) é falso que algum XILACO é COLIXA.
(E) todo COLIXA é XILACO.

30. FCC – TRT/2ª – 2014) Considere as três afirmações a seguir, todas verdadeiras,
feitas em janeiro de 2013.

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I. Se o projeto X for aprovado até maio de 2013, então um químico e um biólogo
serão contratados em junho do mesmo ano.
II. Se um biólogo for contratado, então um novo congelador será adquirido.
III. Se for adquirido um novo congelador ou uma nova geladeira, então o chefe
comprará sorvete para todos.
Até julho de 2013, nenhum biólogo havia sido contratado. Apenas com estas
informações, pode-se concluir que, necessariamente, que
(A) o projeto X não foi aprovado até maio de 2013.
(B) nenhum químico foi contratado.
(C) não foi adquirido um novo congelador.
(D) não foi adquirida uma nova geladeira.
(E) o chefe não comprou sorvete para todos.

31. FCC – TJAP – 2014) Em um país, todos os habitantes são filiados a um partido
político, sendo que um mesmo habitante não pode ser filiado a dois partidos
diferentes. Sabe-se ainda que todo habitante filiado ao partido X é engenheiro e que
cada habitante tem uma única profissão. Paulo é um engenheiro e Carla é uma
médica, ambos habitantes desse país. Apenas com essas informações, é correto
concluir que, necessariamente,
(A) Paulo é filiado ao partido X.
(B) Carla não é filiada ao partido X.
(C) Carla é filiada ao partido X.
(D) Paulo não é filiado ao partido X.
(E) Paulo e Carla são filiados a partidos diferentes.
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32. FCC – TJAP – 2014) Alguns repórteres também são cronistas, mas não todos.
Alguns cronistas são romancistas, mas não todos. Qualquer romancista é também:
ou repórter ou cronista, mas não ambos. Supondo verdadeiras as afirmações, é
possível concluir corretamente que
(A) há romancista que não seja repórter e também não seja cronista.
(B) os cronistas que são repórteres também são romancistas.
(C) não há repórter que seja cronista.
(D) não há cronista que seja romancista e repórter.
(E) há repórter que seja romancista e cronista.

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33. FCC – TJAP – 2014 – adaptada) As frases I e II são verdadeiras. A frase III é
falsa.
I. Jogo tênis ou pratico caminhada.
II. Se pratico caminhada, então não sou preguiçoso.
III. Não sou preguiçoso ou estou cansado.
A partir dessas informações, é possível concluir corretamente que
(A) jogo tênis e estou cansado.
(B) pratico caminhada e sou preguiçoso.
(C) estou cansado e não pratico caminhada.
(D) estou cansado ou jogo tênis.
(E) pratico caminhada ou estou cansado.

34. CESPE – MPE/RR – 2008) Uma proposição simples é uma frase afirmativa,
constituída esquematicamente por um sujeito e um predicado, que pode ter um dos
dois valores: falso — F —, ou verdadeiro — V —, excluindo-se qualquer outro.
Novas proposições podem ser formadas a partir de proposições simples e dos
chamados conectivos: “e”, simbolizado por ^; “ou”, simbolizado por v; “se ... então”,
simbolizado por ; e “se e somente se”, simbolizado por  . Também é usado
o modificador “não”, simbolizado por ¬. As proposições são representadas por letras
do alfabeto: A, B, C etc. São as seguintes as valorações para algumas proposições
compostas:

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Há expressões que não podem ser valoradas como V nem como F, como, por
exemplo: “Ele é contador”, “x + 3 = 8”. Essas expressões são denominadas
“proposições abertas”. Elas tornam-se proposições, que poderão ser julgadas como
V ou F, depois de atribuídos determinados valores ao sujeito, ou variável. O
conjunto de valores que tornam a proposição aberta uma proposição valorada como
V é denominado “conjunto verdade”.

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Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem, a respeito de
estruturas lógicas e lógica de argumentação.
( ) Considere a seguinte proposição.
A: Para todo evento probabilístico X, a probabilidade P(X) é tal que 0  P( X )  1
Nesse caso, o conjunto verdade da proposição ¬A tem infinitos elementos.

( ) Considere como V as seguintes proposições.


A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.
B: Sílvia vai ao teatro.
Nesse caso, ¬(AB) é a proposição C: “Se Jorge não briga com sua namorada
Sílvia, então Sílvia não vai ao teatro”.

( ) Considere as seguintes proposições.


A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.
B: Sílvia vai ao teatro.
Nesse caso, independentemente das valorações V ou F para A e B, a expressão
¬(AvB) correspondente à proposição C: “Jorge não briga com sua namorada Sílvia e
Sílvia não vai ao teatro”.

( ) Se A e B são proposições, então ¬(AB) tem as mesmas valorações que


[(¬A)(¬B)]^[(¬B)(¬A)].

35. CESPE – TSE – 2006) Assinale a opção que apresenta um argumento válido:
a) Quando chove, as árvores ficam verdinhas. As árvores estão verdinhas, logo
choveu. 32656364884

b) Se estudo, obtenho boas notas. Se me alimento bem, me sinto disposto. Ontem


estudei e não me senti disposto, logo obterei boas notas mas não me alimentei bem.
c) Se ontem choveu e estamos em junho, então hoje fará frio. Ontem choveu e hoje
fez frio. Logo estamos em junho.
d) Choveu ontem ou segunda-feira é feriado. Como não choveu ontem, logo
segunda-feira não será feriado.

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36. CESPE – TRT/10 – 2013) Considere as seguintes definições de conjuntos, feitas
a partir de um conjunto de empresas, E, não vazio.
X = conjunto das empresas de E tais que “se a empresa não entrega o que promete,
algum de seus clientes estará insatisfeito”;
A = conjunto das empresas de E tais que “a empresa não entrega o que promete”;
B = conjunto das empresas de E tais que “algum cliente da empresa está
insatisfeito”.
Tendo como referência esses conjuntos, julgue os itens seguintes.
( ) Se A  B, então X = E.
( ) A negação da proposição “A empresa não entrega o que promete” é “A empresa
entrega o que não promete”.
( ) Se X = E, então todas as empresas de E não entregam o que prometem.
( ) Se X = E, então A  B.

37. CESGRANRIO – TJ/RO – 2008) O silogismo é uma forma de raciocínio


dedutivo. Na sua forma padronizada, é constituído por três proposições: as duas
primeiras denominam-se premissas e a terceira, conclusão.
As premissas são juízos que precedem a conclusão. Em um silogismo, a conclusão
é conseqüência necessária das premissas.
São dados 3 conjuntos formados por 2 premissas verdadeiras e 1 conclusão não
necessariamente verdadeira.

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São silogismos:
a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.

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d) I e III, somente.
e) II e III, somente.

38. IDECAN – AGU – 2014 – adaptada) Os candidatos que estão se preparando


para a realização de provas de concursos públicos costumam chamar a disciplina
de Direito Tributário de DT, a de Raciocínio Lógico de RL e a de Contabilidade de
Contaba. Dessa forma, se pela manhã, ao iniciar o dia de estudo, afirma-se que "Se
não estudo DT, então não estudo Português. Estudo RL, ou estudo Contaba. Estudo
Português ou não estudo RL. Hoje resolvi não estudar Contaba.", então , é correto
afirmar que
a) estudo RL e estudo DT.
b) estudo RL e não estudo DT.
c) estudo DT e não estudo Português.
d) não estudo DT e estudo Português.
e) não estudo Contaba e não estudo DT.

39. IDECAN – AGU – 2014) Se é verdade que “alguns candidatos são estudiosos” e
que “nenhum aventureiro é estudioso”, então, também é necessariamente verdade
que
a) algum candidato é aventureiro.
b) algum aventureiro é candidato.
c) nenhum aventureiro é candidato.
d) nenhum candidato é aventureiro.
e) algum candidato não é aventureiro.

40. FGV – TJ/AM – 2013) Considere como verdadeiras as sentenças a seguir.


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I. Alguns matemáticos são professores.


II. Nenhum físico é matemático.
Então, é necessariamente verdade que
(A) algum professor é físico.
(B) nenhum professor é físico.
(C) algum físico é professor.
(D) algum professor não é físico.
(E) nenhum físico é professor.

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41. FGV – TJ/AM – 2013) Se não é verdade que “Todos assistentes judiciários de
determinado fórum são formados em advocacia”, então é necessariamente verdade
que
(A) nenhum assistente judiciário desse fórum é formado em advocacia.
(B) todos assistentes judiciários desse fórum não são formados em advocacia.
(C) ninguém formado em advocacia é assistente judiciário desse fórum.
(D) alguém formado em advocacia é assistente judiciário desse fórum.
(E) algum assistente judiciário desse fórum não é formado em advocacia.

42. FGV – TJ/AM – 2013) Considere como verdadeiras as sentenças a seguir.


I. Se André não é americano, então Bruno é francês.
II. Se André é americano então Carlos não é inglês.
III. Se Bruno não é francês então Carlos é inglês.
Logo, tem se obrigatoriamente que
(A) Bruno é francês.
(B) André é americano.
(C) Bruno não é francês.
(D) Carlos é inglês.
(E) André não é americano.

43. FGV – DPE/MT – 2015) Considere verdadeiras as afirmações a seguir.


 Existem advogados que são poetas.
 Todos os poetas escrevem bem.
Com base nas afirmações, é correto concluir que
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(A) se um advogado não escreve bem então não é poeta.


(B) todos os advogados escrevem bem.
(C) quem não é advogado não é poeta.
(D) quem escreve bem é poeta.
(E) quem não é poeta não escreve bem.

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4. GABARITO
1 C 2 C 3 C 4 B 5 A 6 C 7 C
8 A 9 D 10 B 11 D 12 C 13 C 14 D
15 B 16 E 17 C 18 B 19 E 20 E 21 C
22 E 23 C 24 A 25 D 26 E 27 E 28 D
29 D 30 A 31 B 32 D 33 D 34 EECE 35 B
36 CEEC 37 C 38 A 39 E 40 D 41 E 42 A
43 A 44 45 46 47 48 49

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