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Caderno II Material Escalas Musicais Uma Visão Geral PDF
Caderno II Material Escalas Musicais Uma Visão Geral PDF
Nessa aula vamos entender o que é escala musical, qual a sua aplicação dentro do
processo de composição e improvisação e quais as regras que determinam a sua
formação e shapes. Nessa primeira parte veremos a escala cromática, pentatônica
maior, pentatônica m7, a escala maior e a sua relativa menor e os modos gregos.
Escala Musical – mesmo que o conceito seja vago ou que alguém seja leigo no
assunto musical existe uma escala que nos soa familiar, a qual conhecemos as notas,
a representação do comum. Essa escala é a de Dó maior, ou seja, Dó Ré Mi Fá Sol La
Si Dó.
Origem das notas musicais – vamos primeiro entender o que é som, onde as notas
musicais se enquadram dentro da categoria e de que forma foram definidas.
Som – quando um objeto vibra ele faz com que o ar em torno dele vibre também. Essa
vibração vai passando de molécula em molécula transitando pelo ambiente até atingir o
nosso aparelho auditivo. Esse por sua vez vibra e é esse estímulo que é entendido pelo
nosso cérebro como som. Outros meios também podem ser usados para a propagação
do som como o líquido ou o sólido.
A velocidade dessa vibração determina se o som será grave, médio ou agudo. Observe
o quadro abaixo:
Subgrave -> Grave -> Médio Grave -> Médio -> Médio Agudo -> Agudo
Material Distribuído nas Aulas de música no Espírito Santo - ES 1
Nota Musical – é fácil perceber a diferença entre um ruído e uma nota musical. O ruído
é formado por um número gigantesco de frequências sonoras em conflito, é uma
manifestação instável, em desequilíbrio, como uma explosão, um trovão ou mesmo a
derrapagem de um carro.
Uma nota musical é um som definido onde a sua frequência é periódica, produz uma
nota definida e controlada dentro do espectro e pode ser manipulada pelo executor.
Normalmente a qualidade de seu timbre foi determinada ao longo dos anos de acordo
com as estéticas culturais e históricas. Costuma soar agradável e equilibrada para o
ouvido.
Foi Pitágoras na Grécia Antiga, ou pelo menos foi quem ganhou o credito.
Os gregos acreditavam que a música tinha forte influência na moral e conduta humana
e que ela tinha o “poder” de controlar a razão, manipular o sentimento e caráter
(Doutrina do Ethos). Por isso era controlada pelo estado e apenas aqueles que
trabalhavam para a vontade do estado poderiam estudar e fazer música.
Corda solta – a que chamamos hoje em dia de Dó (claro, usavam outras notas como
ponto de partida, mas temos a nota Dó como a referência inicial, por isso foi escolhida
para o exemplo).
Quinta Justa – a quinta nota a partir do Dó, ou seja, Dó Ré Mi Fá Sol, a nota Sol.
Nota:
Ciclo das Quintas – usou-se essa mesma lógica de afinidade a partir da nota Sol, e
assim foram determinadas todas as notas usadas dentro do nosso sistema ocidental.
As 5 primeiras notas do ciclo formam uma das primeiras escalas musicais utilizadas
dentro da cultura ocidental, a pentatônica (5 notas) que chamamos hoje de Penta m7.
O que é uma escala musical? É um conjunto de notas que obedece uma regra,
uma condição, onde a distância entre as notas é determinada pela “Fórmula da
Escala”.
Vimos anteriormente que o cliclo das quintas de Pitágoras formou a escala pentatônica
maior ou m7, a maior (diatônica) e a escala cromática. Vamos observar cada uma
separadamente:
Para descobrir as notas que fazem parte de uma determinada escala cromática basta
obedecer a fórmula, por exemplo:
Escala-Pentatonica-de-C-Maior
Para descobrir as notas que fazem parte de uma determinada escala pentatônica maior
basta obedecer a fórmula, por exemplo:
Finalmente ao andar mais 1 ½ tom chegamos novamente na nota Ré. Então a escala
pentatônica maior de Ré tem as notas D E F# A B.
Podemos usar qualquer tônica (primeira nota) como ponto de partida e daí basta
aplicar a fórmula da escala. Observe na tabela abaixo todas as pentatônicas maiores
possíveis:
Pentatônica de Dó maior (Dó Ré Mi Sol Lá) mudando para a relativa Am7 (sempre a
sexta nota é a relativa):
Escala-Pentatonica-de-Am7
Finalmente ao andar mais 1 tom chegamos novamente na nota Si. Então a escala
pentatônica m7 de Si tem as notas B D E F# A.
Podemos usar qualquer tônica (primeira nota) como ponto de partida e daí basta
aplicar a fórmula da escala. Observe na tabela abaixo todas as pentatônicas m7
possíveis:
Escala Maior (Diatônica) – possui 7 notas, são as quintas em sequência do ciclo das
quintas de Pitágoras. Observe o exemplo abaixo:
Escala-de-Do-Maior-Diatonica
Para descobrir as notas que fazem parte das outras escalas maiores basta seguir a
fórmula:
Finalmente ao andar mais ½ tom chegamos novamente na nota Ré. Então a escala
maior de Ré tem as notas D E F# G A B C#.
As combinações que possuem na sua formação notas com dobrado sustenido (x) ou
dobrado bemól (bb) normalmente não são utilizadas. Ao invés nomeia-se usando a
escala enarmônica (aquela com as mesmas notas com nome diferente). Por exemplo,
a escala de Si# maior possui as mesmas notas da escala de Dó maior, mas os nomes
são diferentes:
Exemplo:
A sua relativa menor fica 4 ½ acima da tônica, ou seja, nota Dó + 4 ½ = nota Lá, ou…
A sua relativa menor fica 1 ½ abaixo da tônica, ou seja, nota Dó – 1 ½ = nota Lá, ou…
A sua relativa menor é a sexta nota da escala maior, ou seja, nota Dó, Ré, Mi, Fá, Sol,
Lá.
Então a escala relativa menor de Dó maior será Lá menor, com as mesmas notas.
Escala-de-La-Menor-Natural
Dó menor natural – C D Eb F G Ab Bb C
C menor harmônica – C D Eb F G Ab B C
Escala-de-La-Menor-Harmônica
Exemplo:
Dó maior – C D E F G A B C
Dó menor melódica – C D Eb F G A B C
Pode também ser vista como a escala menor natural com a alteração ½ tom acima da
sexta e sétima notas.
Dó menor natural – C D Eb F G Ab Bb C
Dó menor melódica – C D Eb F G A B C
Escala-de-La-Menor-Melodica
Porém quando está escala menor melódica for reproduzida com os mesmos acidentes
na forma ascendente e descendente, ela recebe o nome particular de escala
bachiana.
Exemplo:
Dó maior – C D E F G A B C
Dó menor melódica – C D Eb F G A B C
Pode também ser vista como a escala menor natural com a alteração ½ tom acima da
sexta e sétima notas.
Dó menor natural – C D Eb F G Ab Bb C
Escala-de-La-Menor-Bachiana
Repare que a nova escala, ainda não pertence ao modo maior, por existir um semitom
entre os graus VI e VII (mi e fá), ao invés de estar entre os graus VII e VIII (fá e sol).
Para corrigir isso e transformá-la numa escala do modo maior, vamos elevar o grau VII
em meio tom inserindo um sustenido, transformando a nota fá (F) em um fá# (F#).
Assim o semitom que havia entre os graus VI e VII passa a existir no lugar devido, ou
seja, ente os graus VII e VIII. Confira na figura abaixo.
A partir daí, repetimos o processo e obtemos a escala maior com dois sustenidos, e
assim sucessivamente até completar as setes escalas maiores com sustenidos.
Repare que a nova escala, ainda não pertence ao modo maior, por existir um semitom
entre os graus IV e V (si e dó), ao invés de estar entre os graus III e IV (lá e si). Para
corrigir isso e transformá-la numa escala do modo maior, vamos abaixar o grau IV em
meio tom inserindo um bemol, transformando a nota si (B) em um sib (Bb).
Assim o semitom que havia entre os graus IV e V passa a existir no lugar devido, ou
seja, entre os graus III e IV.
A partir daí, repetimos o processo e obtemos a escala maior com dois bemóis, e, assim
sucessivamente até completar as setes escalas maiores com bemóis.
Em uma definição bem simples, modo menor natural, ou simplesmente modo menor, é
aquele em que as escalas possuem os semitons entre os graus II e III e entre os graus
V e VI, tendo um tom entre as demais notas da escala, conforme pode ser visto na
figura abaixo.
Para que isso seja verdade, temos que tomar como premissa que todas as escalas do
modo maior possuam um relativa no modo menor.
Para obtermos então, uma escala menor, devemos partir das 15 escalas maiores vistas
anteriormente e seguindo aquela seqüência obter as escalas menores.
Vamos colocar um pouco mais de molho nesse tempêro. Se notarmos bem, a escala
menor tem como sua relativa maior a escala que tem como tônica a nota de grau III da
escala menor. Veja a comparação na figura abaixo.
1. Toda escala maior possui uma relativa menor e vice-versa". Por exemplo: a
escala de Dó maior tem como sua relativa menor a escala de Lá menor. A
escala de Lá menor, por sua vez, tem como sua relativa maior a escala de Dó
maior.
2. Notamos também que, para conseguirmos a escala relativa maior de qualquer
escala menor basta que façamos do grau III a tônica e teremos a relativa maior
de nossa escala menor.
Isso tudo é simplesmente para que você tenha consciência dessa relação, pois na
prática elas são independentes
Então, para formarmos cada uma delas vamos seguir ver as regras de formação das
escalas menores:
Na verdade é simples, mas como são conceitos totalmente novos, precisamos nos ater
muito nos detalhes, pois são eles que fazem toda a diferença.
Vejamos no exemplo abaixo o que dissemos nas três regras acima, para entendermos
melhor.
Para que o modo menor servisse à harmonia com o mesmo status do modo maior, foi
incluído um semitom entre os graus VII e VIII também. Para isso, foi necessário que o
grau VII da escala menor natural, fosse elevado em um semitom e por causa dessa
origem, a nova escala menor recebeu o nome de menor harmônica.
Na figura acima podemos notar no alto a escala de lá menor natural e abaixo a escala
de lá menor harmônica, com o VII grau aumentado em um semitom. Note também que
entre os graus VI e VII passou a existir um tom e meio (difícil de reproduzir), e entre o
VII e VIII um semitom. No próximo artigo esse detalhe fará a diferença.
As escalas menores harmônicas são formadas elevando-se o grau VII da escala menor
natural em um semitom.
Mas se até agora está tudo tranqüilo, repare que estamos tratando sempre as escalas
de forma ascendente, pois descendente, não havia alteração. Como toda regra tem
uma exceção, a escala menor melódica, quando descendente, se transforma em
escala menor natural, como podemos verificar na figura abaixo.
Num caso particular, quando uma escala menor melódica for reproduzida com os
mesmos acidentes na forma ascendente e descendente, ela recebe o nome particular
de escala bachiana, por ter sido muito utilizada por Bach. Villa Lobos as usou, e no
Jazz também pode ser encontrada. Nada com que se preocupar! Apenas uma
peculiaridade. Conhecimento, cultura.
REGRA GERAL
Lembre-se que partimos sempre do modo maior e a partir dele obtemos as escalas
relativas do modo menor ou natural, que a partir dela obtemos as escalas do modo
menor harmônico, da qual derivamos as escalas do modo menor melódico e de
onde tiramos as escalas denominadas bachianas, que são simplesmente uma
variação das escalas do modo menor melódico.
ESCALAS HOMÔNIMAS
Como o próprio nome diz, as escalas homônimas são as que têm o mesmo nome, pois
têm a mesma tônica. Porem pertence a modos diferentes.
Existem historiadores que preferem ainda nomeá-los como "modos gregorianos", por
terem sido organizados, também, pelo papa Gregório I, quando este se preocupou em
organizar a música na liturgia de sua época.
No final da Idade Média a maioria dos músicos foi dando notória preferência aos modos
jônio e eólio que posteriormente ficaram populares como Escala maior e Escala menor.
Os demais modos ficaram restritos a poucos casos, mas ainda são observados em
diversos gêneros musicais. O sétimo modo, o lócrio foi criado pelos teóricos da música
para completar o ciclo, mas é de raríssima utilização e pouca aplicabilidade prática.
De fato, o modo lócrio existe como padrão intervalar, mas não como modo
efetivamente, visto que a ausência da quinta justa impede que haja sensação de
repouso na tríade sobre a nota fundamental. Por outro lado, tanto a música erudita
quanto a música popular do século XX (marcadamente o jazz) acolheram o uso da
quarta aumentada (ou quinta diminuta), pois a tensão proporcionada pela dissonância
pode ser aproveitada com finalidades expressivas.
Fundamentação
Modo Jônico
Escala-de-C-Jonico
E finalmente a nota Mi + ½ tom retorna para a nota Fá. Então a escala de F Jônico tem
as notas: F G A Bb C D E.
Exemplo: D Dórico-> D E F G A B C D
Modo Dórico
Escala-de-D-Dorico
E finalmente a nota Ré + 1 tom retorna para a nota Mi. Então a escala de E Dórico tem
as notas: E F# G A B C# D.
Exemplo: E Frígio-> E F G A B C D E
Modo Frigio
Escala-de-E-Frigio
Exemplo: F Lídio-> F G A B C D E F
Modo Lídio
Escala-de-F-Lidio.
Exemplo: G Mixolídio-> G A B C D E F G
Modo Mixolídio
Escala-de-G-Mixolidio
Modo Eólio
Escala-de-A-Aeolio
Exemplo: B Lócrio-> B C D E F G A B
Modo Lócrio
Escala-de-B-Locrio
Classificação atual
Modos maiores
• Jônio
• Lídio
• Mixolídio
Modos Menores
• Dórico
• Frígio
• Eólio
• Lócrio (este podendo ser também classificado como semi-diminuto)
Todos os modos vistos até aqui foram apresentados na forma autêntica. Por isso
também podem ser denominados como Modos autênticos.
MODO PLAGAL
A forma plagal de um modo inicia quatro graus abaixo da tônica de cada modo
autêntico, mas sua tônica é a mesma da forma autêntica.
A escala hexafônica é uma maneira de organização melódica, formada por seis notas
musicais, que não possui um formato absoluto de distribuição intervalar. Sua forma
mais comum é a escala de tons inteiros, formada somente por intervalos de um tom
entre as notas.
A escala de tons inteiros forma-se, estabelecendo uma tônica e, sobre esta, mais
cinco notas, respeitando o intervalo de um tom entre elas. Seu campo harmônico e
formado somentes por acordes aumentados Ex C+,D+,E+,F#+,G#+eA#+.
Co (C Eb Gb Bbb) + Do (D F Ab B) = C D Eb F Gb Ab Bbb B C
Pode ser visto também como a soma do acorde diminuto com suas aproximações
cromáticas.
Co (C Eb Gb Bbb)
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