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Botucatu
2004
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
CÂMPUS DE BOTUCATU
Botucatu
2004
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AGRADECIMENTOS
Aos meus pais pelo apoio e dificuldades que tiveram para me formar.
Aos cães que nos serviram e puderam contribuir desta forma para
aumentar meus conhecimentos.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 6
2. REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 8
2.1 CINOMOSE ................................................................................................. 8
2.1.1 Transmissão e sintomas .......................................................................... 8
2.1.2 Diagnóstico .............................................................................................. 12
2.1.3 Tratamento .............................................................................................. 13
2.1.4 Prevenção ................................................................................................ 14
3. ACUPUNTURA ................................................................................................. 15
3.1 CONDUTA TERAPEUTICA DA CINOMOSE ATRAVES DA
ACUPUNTURA ................................................................................................. 15
3.1.1 Convulsões / rigidez do pescoço / temperatura elevada / opstótono /
tremor dos membros / tontura / coma ................................................................... 17
3.1.2 Inconsciência repentina / convulsões / desvio dos olhos e boca /
Hemiplegia / afasia ou dislalia / tontura .............................................................. 18
3.1.3 Parestesia dos membros / tique / tremor na cabeça e nos membros ........ 18
3.1.4 Insônia ..................................................................................................... 19
3.1.5 Fezes (diarréia) ........................................................................................ 19
3.1.6 Vertigens ................................................................................................. 20
3.1.7 Órgãos dos sentidos ................................................................................ 20
3.1.8 Corpo ...................................................................................................... 21
3.1.9 Dor ........................................................................................................... 21
3.1.10 Tosse e dispnéia ....................................................................................... 21
3.1.11 Náuseas e vômitos, soluço e regurgitação ............................................... 24
3.1.12 Avaliação da marcha ................................................................................ 25
3.1.13 Observação dos olhos .............................................................................. 25
4. TRATAMENTO DA CINOMOSE ATRAVES DA ACUPUNTURA .............. 26
5. ESTUDO E EXPLICAÇÃO DOS PONTOS ...................................................... 28
5.1 VB 20........................................................................................................ 28
5.2 VB 30 ........................................................................................................ 29
5.3 VB 34 ........................................................................................................ 30
5.4 VB 39 ........................................................................................................ 30
5.5 F 2 ............................................................................................................. 31
5.6 R 3 ............................................................................................................. 31
5.7 B 60 ........................................................................................................... 32
5.8 TA 5........................................................................................................... 32
5.9 BAI HUI ................................................................................................... 33
5.10 VG 16 ........................................................................................................ 33
5.11 B 10 ........................................................................................................... 34
5.12 B 18 ........................................................................................................... 34
5.13 B 23 ........................................................................................................... 35
5.14 IG 4 ............................................................................................................ 36
4
5.15 IG 11 ....................................................................................................... 36
6. CONCLUSÃO .................................................................................................... 37
7. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 38
5
Introdução
6
metodologia científica padronizada, tem demonstrado que a acupuntura é uma
técnica eficiente para tratamento de várias doenças e sintomas, como cinomose
e constipação (LUNA et all, 2003).
Enfermidades ortopédicas como artrite, bursite, displasias, hérnia de disco
intervertebral, tendinites, etc. são tratadas com sucesso pela Medicina
Tradicional Chinesa, em pequenos e grandes animais, tendo como objetivo a
eliminação da dor e a cura.
Emergências como convulsão, coma, choque, apnéia , reações alérgicas,
hemorragias, distúrbios cardio-respiratórios, etc. também podem ser revertidas
pela acupuntura.
Dessa forma, a Medicina Tradicional Chinesa chega na Veterinária como
mais uma opção para os proprietários de animais de estimação e reprodução ,
principalmente no tratamento de enfermidades crônicas, visando a solução de
problemas que muitas vezes não são solucionados pela medicina ocidental.
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Revisão de Literatura
CINOMOSE
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todas as cepas virulentas do vírus da cinomose é o efeito imunossupressivo em
cães.
A imunossupressão é decorrente da multiplicação viral em tecido linfóide,
durante o período de incubação, e é importante fator na determinação das
conseqüências da infecção. Os sintomas típicos de cinomose geralmente
ocorrem apenas nos cães que estão imunossuprimidos. Os cães que reagiram
contra o vírus desenvolvem imunidade e apresentam a infecção inaparente, sem
que sejam desenvolvidos os sintomas de cinomose aguda, exceto pela
ocorrência de encefalite em uma pequena porcentagem de cães. Infecções
bacterianas secundárias são freqüentemente responsáveis por muitos dos
sintomas clínicos associados à cinomose e contribuem para o aumento da
mortalidade. Alem das infecções secundárias, toxoplasmose, coccidiose, enterite
viral e infecções micoplasmicas são favorecidas pelos efeitos imunossupressivos
da infecção pelo vírus da cinomose.
No primeiro dia de infecção ocorre multiplicação em células monoclonais
de linfonódos bronquiais e tonsilas. Entre o segundo e terceiro dia ocorre
multiplicação no timo, baço, medula óssea e linfónodo retrofaringeo. Entre o
quinto e sexto dia, a multiplicação ocorre na lâmina própria do estômago e
intestino, linfónodo mesentérico e células de Kuppfer. Entre o sétimo e oitavo dia
ocorre a viremia, com presença de vírus nas células sanguíneas (monócitos e
macrófagos). Entre o nono e décimo quarto dia há produção de anticorpos e
disseminação do vírus para os tecidos epiteliais. Nesta fase, 50% dos cães tem
títulos neutralizantes menores que 1:1000, e a doença se dissemina com
manifestações multissistêmicas severas. Febre, perda de peso, anorexia, vômito,
diarréia, dispnéia e distúrbios neurológicos, ocorrendo o óbito entre o vigésimo e
trigésimo dia da infecção.
Nos outros cães, que possuem anticorpos superiores a 1:1000, o antígeno
viral desaparece do tecido linfóide e não há disseminação para o tecido epitelial.
A maioria não apresenta manifestações clínicas, mas 7% tem quadro
neurológico, sem passar por problemas digestivos e respiratórios. O antígeno
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viral vai para o cérebro (síndrome do Sistema Nervoso Central) e coxim plantar
(hiperqueratose digital).
O período de incubação para o surgimento dos sintomas clínicos da
cinomose aguda é, geralmente, de 14 a 18 dias. Após a exposição e infecção pelo
vírus da cinomose, ocorrem febre transitória, não muito elevada, entre o quarto e
sétimo dias, sem sintomas evidentes da moléstia. A temperatura retorna ao
normal após 7 a 14 dias, após o que há uma segunda elevação na temperatura
corporal, acompanhada de conjuntivite e rinite. Tosse, dispnéia, alteração dos
ruídos pulmonares, diarréia, vômitos, anorexia, desidratação e perda de sangue
com debilitação são comumente observados em cães com cinomose aguda.
Corrimento óculonasais mucopurulentos e pneumonia freqüentemente resultam
de infecções bacterianas secundárias. Bordetella bronchiseptica é comumente
encontrada em cães com cinomose (Ettinger, 1992). Uveíte , cegueira repentina,
por lesão no nervo óptico, e degeneração retiniana podem ser observados.
Erupção cutânea, progredindo para pústulas, pode ocorrer, especialmente no
abdômen, mas os cães se recuperam destas lesões com freqüência .
Hiperqueratose digital também pode estar presente.
A disseminação para o Sistema Nervoso Central (SNC) depende do grau
de resposta imune. O inicio da sintomatologia nervosa ocorre entre uma a três
semanas após recuperação da doença sistêmica. É impossível prever qual
animal irá apresentar quadro neurológico. Diagnóstico precoce em animais
jovens diminui a probabilidade de ocorrência de sintomas nervosos.
Os sinais neurológicos variam de acordo com a área do SNC afetada.
Hiperestesia e rigidez cervical indicam inflamação das meninges; convulsão,
sinais cerebelares e vestibulares, paraparesia e tetraparesia estão associados
com ataxia sensitiva e mioclonias; convulsões do tipo “mascar chiclete“
relacionam-se com poliencefalomalácea dos lobos temporais. A idade do animal,
sua imunocompetência e as propriedades imunossupressoras do vírus, definem
o tipo de lesão e o curso da infecção no SNC, classificando-se em encefalite
aguda, encefalite não supurativa e encefalite crônica.
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Os sintomas da encefalite aguda podem surgir com uma série de
manifestações . Mioclonismo , ataques de mascar borracha, ataxia,
incoordenação, locomoção em círculos, hiperestesia, rigidez muscular,
vocalização similar a do estado de dor, respostas de temor e cegueira são mais
comumente observados na cinomose.
Na encefalite não supurativa, alguns sintomas neurológicos podem ocorrer,
semanas ou meses após a recuperação de infecções inaparentes, ou depois da
recuperação de uma cinomose aguda. Ocorre uma desmielinização internodal
primária, principalmente em neonatos, animais mais velhos e em fases tardias da
doença. Cães que desenvolvem sintomas neurológicos tardios , geralmente
apresentam imunidade ao vírus.
O vírus da cinomose é considerado como a causa mais comum de
convulsões em cães com menos de seis meses de idade. A desmielinização é
um achado compatível na encefalite aguda e subaguda, além de alterações
neuronais, gliose, necrose tecidual, edema e infiltração de macrófagos. Os cães
que sobrevivem podem apresentar deficiências neurológicas permanentes,
envolvendo espasmos flexores e disfunções visuais e olfatórias.
A forma de encefalite crônica por cinomose é conhecida como encefalite
multifocal. É uma moléstia lentamente progressiva, que pode ter curso clinico de
mais de um ano, geralmente ocorrendo em cães com 4 a 8 anos de idade
imunocompetentes que sobreviveram à infecção aguda. Os sintomas são :
incoordenação, fraqueza nos membros pélvicos, ameaça de deficiência uni ou
bilateral, inclinação da cabeça, nistagmo, paralisia facial e tremores da cabeça
sem mioclonismo. Os cães afetados podem, ocasionalmente, cair e a
perturbação pode progredir para uma eventual paralisia, mas mantêm-se
mentalmente alertas. Convulsões generalizadas e alterações da personalidade
não são aspectos desta moléstia.
Outra forma de encefalite crônica por cinomose é conhecida como
“encefalite dos cães idosos” . É um distúrbio progressivo de rara ocorrência,
detectado geralmente em cães com mais de seis anos de idade. O sintoma
clínico inicial é a deficiência visual. À medida que progride, os cães afetados
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tornam-se mentalmente deprimidos, evoluem para uma movimentação
compulsiva em círculos ou para a compressão de cabeça e manifestam
alterações de personalidade, um estado de mudez e não reconhecem seus
donos, nem respondem aos estímulos normais em seu ambiente.
Diagnóstico
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Geralmente o teste de anticorpos fluorescentes é realizado com base em
células epiteliais coletadas da conjuntiva ou de outras membranas mucosas.
Pode também ser realizado com base em esfregaços de sangue ou em células
do tampão linfocitário do hematócrito, visto que o vírus infecta linfócitos e
trombócitos. O sucesso do teste baseia-se na detecção do antígeno anti-virus da
cinomose, apenas no interior de células epiteliais intactas. O êxito do teste é
satisfatório durante os poucos primeiros dias de sintomas agudos da cinomose.
O teste geralmente é negativo em outras situações porque os cães com estes
distúrbios geralmente possuem anticorpos neutralizadores que eliminararm o
vírus, ou que bloqueiam a reação dos anticorpos fluorescentes.
Outro teste, o isolamento viral, pode ser realizado através da inoculação de
tecidos ou secreções, que supõe-se ter o agente, em furões. O vírus mata os
furões entre 10 e 14 dias.
Tratamento
13
SID, via oral). Os corticóides são indicados nos casos em que os
sinais neurológicos estão presentes há mais de 24 ou 48 horas.
- Vitamina C e o éter dietilico tem sido considerado como benéficos
no tratamento da cinomose, mas há carência de estudos sobre isto.
- Acupuntura, atualmente vem sendo utilizada com sucesso no
tratamento da cinomose .
Prevenção
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ACUPUNTURA
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caracterizados por movimentos ou pela ausência destes, portanto o tremor e as
convulsões ou paralisias (como no Acidente Vascular Cerebral)(Maciocia, 1996).
Podemos citar alguns pontos empíricos que tratam vento interno: B18,
VB20, F2, F3, VG20.
Levando-se em consideração os Oito Princípios, a identificação da doença
na acupuntura é baseada nas categorias de Interior / Exterior, Frio / Calor,
Excesso / Deficiência e Yin / Yang. Assim sendo, analisando os sintomas da
Cinomose, podemos descreve-la , segundo a M.T.C., como segue.
O calor relaciona-se com o movimento fogo e pode ser dividido em dois
tipos de acordo com a intensidade dos sintomas. Calor ou fogo moderado se
ampliam ao calor que invade pequenas regiões da pele , sem causar sintomas
sistêmicos. Calor ou fogo intensos costumam acometer o corpo de forma mais
grave e gerar sintomas sistêmicos. O calor consome o Yin gerando um
predomínio de Yang, sendo o mais Yang dos fatores, por isto, tende a ascender e
dilatar-se. A ascensão faz com que os sintomas predominem na parte superior (e
anterior) do corpo, concentrando-se geralmente no aquecedor superior. O calor
afeta o Yang do coração por serem os dois relacionados ao movimento fogo. O
coração alberga a mente, por isto, as doenças de calor podem evoluir com
sintomas relativos a SHEN (Wen, 1985; Auteroche e Navailh, 1986; Gomes, et al.,
1993; Bastos, 1993).
Com relação à localização da patologia e à profundidade da doença,
podemos distinguir a cinomose como uma síndrome interna ou profunda.
A desarmonia é definida como interior quando os sistemas internos são
afetados, podendo ou não originar-se de um fator patogênico exterior, mas uma
vez que a patologia é localizada no interior, é definida como um padrão interno,
sendo tratada como tal (Maciocia, 1996). O Padrão interior , afeta os sistemas
internos e os ossos,e os sintomas variam de acordo com o Zang Fu afetado.
Apreciando-se o carácter relativo a intensidade da enfermidade, que
permite avaliar, sob o ponto de vista funcional, se existe uma hiperfunção ou
exagero orgânico (excesso) ou se a característica aponta uma hipofunção ou
falta (deficiência), verifica-se ser ela de excesso (Gomes, et al. 1993), que é o
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desequilíbrio que ocorre quando existe uma hiperreação aos fatores exteriores,
com sinais de luta entre a energia de defesa e o fator patogênico . Finalmente, em
relação aos padrões Yin / Yang, dentro da teoria dos oito princípios , sabendo-se
que Yin e Yang são uma generalização dos outros seis princípios , uma vez que
Interior, Deficiência e Frio são de natureza Yin; e Exterior, Excesso e Calor são
de natureza Yang (Maciocia, 1996), analisando os aspectos referentes à
cinomose, esta enfermidade demonstra ser Yang, através da analise referente á
natureza intrínseca desta doença, já que estabelece compatibilidade com dois dos
três fatores de avaliação: excesso e calor (Cole, 1996) . Como são três fatores
para cada doença, se dois ou três deles forem Yin, então a doença é Yin; se dois
ou três forem Yang, então a doença é Yang . A natureza intrínseca de uma
doença é sua essência . Determinado qual é a essência da doença é possível
estabelecer uma estratégia de tratamento e um prognóstico (Gomes, et al., 1993).
Para estabelecer qual é a natureza intrínseca de um desequilíbrio qualquer basta
analisar os seus três aspectos básicos: localização, manifestação e intensidade.
Eles são polares, e cada um dos pólos dos três aspectos identifica-se com a idéia
de Yin e Yang (Wen, 1985; Auteroche e Navailh, 1986: Gomes, et al., 1993;
Bastos, 1993). A seguir relataremos alguns sintomas clínicos observados em
pacientes com cinomose , sejam eles sistêmicos e/ou neurológicos, analisados de
acordo com a metodologia empregada pela M.T.C., sob a ótica da acupuntura.
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tendões, o que causa rigidez do pescoço e o opstótono. Nos casos mais severos,
o Calor e o Vento extremos podem obscurecer a Mente e causar coma. Como
tratamento, os princípios são : Eliminar o Calor, dispersar o Fígado e dominar o
vento. (Maciocia, 1996).
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Insônia
A insônia relaciona-se com o equilíbrio do Yin e do Yang no corpo. Quando
existe predomínio de Yang (absoluto ou relativo), o paciente tem dificuldade de
dormir. A mente, albergada no coração, está envolvida no processo também, pois
o sono é o repouso da mente (Wen, 1985; Auteroche e Navailh, 1986; Gomes et
al, 1993; Bastos, 1993).
A qualidade e a quantidade do sono dependem do curso no estado da
Mente. A Mente é enraizada no Coração, especialmente no Sangue e no Yin do
Coração. Se o Coração for saudável e o Sangue abundante, a Mente é
devidamente enraizada e o sono será profundo. Se o Coração for deficiente ou
agitado por fatores patogênicos como o Fogo, a Mente não é devidamente
enraizada e o sono será afetado.
Como sempre, na M.T.C., há um relacionamento entre o corpo e a Mente.
Por um lado , a Deficiência de Sangue ou o fator patogênico, como o Fogo, pode
afetar a Mente; por outro lado, estresse emocional afetando a Mente pode causar
uma desarmonia dos órgãos internos. De fato, qualquer desarmonia dos órgãos
internos, seja proveniente de Deficiência ou de Excesso, afeta o Sangue e a
Essência. Uma vez que o Qi são a raiz da mente, a mente não terá resistência,
resultando em insônia. Princípio de tratamento: Drenar o Fogo, acalmar a mente e
assentar a Alma Etérea. (Maciocia, 1996)
Fezes (diarréia)
Diarréia aquosa com muitas evacuações diárias e muco nas fezes significa
invasão do estômago e intestinos por umidade. Se o muco é branco é Umidade
Frio; se o muco é amarelo e/ou existe sangue é Umidade Calor (Wen, 1985;
Auteroche e Navailh, 1986; Gomes et al, 1993; bastos, 1993).
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Vertigens
Segundo a M.T.C., as vertigens tem duas fisiopatologias básicas: ora
causadas por vento (interno ou externo), que perturba os orifícios superiores
(órgãos dos sentidos); ora são caudadas por deficiência de Qi e/ou sangue, que
não ascendem à cabeça para nutrir os órgãos dos sentidos (Wen, 1985;
Auteroche e navailh, 1986; Gomes et al, 1993; Bastos, 1993).
Causas das vertigens:
- Deficiência de Qi ou Sangue – Os sinais manifestam-se como
tonteiras leves;
- Acometimento por vento – Os sinais manifestam-se como
vertigens intensas, rotatórias, súbitas, com náuseas e vômitos
.(Gomes et al, 1993)
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Corpo
Os parâmetros analisáveis são os seguintes:
- dores generalizadas
- perda de sensibilidade corporal ou parestesias
Relação entre as alterações da sensibilidade com suas causas:
- Parestesias ou hipoestesias – causada por obstrução do fluxo de
Qi nos canais por Vento, trauma, estagnação de Qi do Fígado ou
Fleuma Umidade;
- Anestesia – causada por obstrução completa do fluxo de Qi por
Vento, trauma, lesão de essência ou acúmulo de de Fleuma ou
Umidade;
- Parestesias em extremidades – causada por deficiência do fluxo de
Qi por estagnação do Qi do Fígado, deficiência de Qi, ou obstrução
por Umidade;
- Prurido – causada por invasão de Vento ou deficiência de Sangue
no Fígado, gerando Vento de deficiência, secura ou Vento Calor no
exterior. (Gomes, et al., 1993).
Dor
Relação existente entre os tipos de dor com suas causas
- Dor crônica – doença interna causada por deficiência ou
estagnação;
- Dor aguda – doença externa causada por excesso ou doença
interna com excesso e Calor;
- Dor que piora com a pressão – Síndrome de excesso;
- Dor que melhora com a pressão – Síndrome de deficiência.
(Gomes, et al., 1993).
Tosse e dispnéia
A tosse é a inversão do fluxo de Qi normal dos pulmões. O fluxo de Qi é
para baixo, para possibilitar a captura do Qi do ar. Na tosse, o Qi do pulmão
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direciona-se para cima, e isto é chamado de inversão do fluxo de Qi do pulmão. A
tosse ocorre quando algum fator interfere na descida do Qi do ar. (Wen, 1985;
Auteroche e Navailh, 1986; Gomes et al, 1993; Bastos, 1993).
O Vento externo é a principal causa de tosses exteriores. O Vento penetra
na pele e na porção do Qi de defesa que é controlada pelos Pulmões,
prejudicando portanto a descida do Qi do Pulmão e causando tosse . O Vento
combina-se com a outros fatores patogênicos externos e os mais prováveis de
causar tosse são: Vento-Frio, Vento-Calor e Vento-Secura.
- O Vento-Frio invade a pele e a porção do Qi de Defesa,
prejudicando a descida do Qi do Pulmão e causando
conseqüentemente , tosse. Como tratamento deveremos aliviar o
Exterior, restabelecer a difusão e a descida do Qi do Pulmão,
expelir o Vento, dispersar o Frio (promovendo a transpiração) e
cessar a tosse. Pontos: P-7 , B-12, B-13, IG-4, R-7, P-6. Sedar e
aplicar ventosa nos pontos B-12 e B-13.
- O Vento-Calor entra pelo nariz e pela boca e afeta a garganta.
Causa tosse pela invasão do meridiano do Pulmão na garganta,
impedindo a descida do Qi do Pulmão. Tosse do tipo mais seco
que a do Vento-Frio. Como tratamento, aliviar o Exterior, expelir o
Vento, clarear o Calor, restabelecer a descida do Qi do Pulmão e
cessar a tosse. Pontos: Idem anterior mais IG-11, P-11, VG-14.
Ex. Medicina Ocidental : Traqueíte.
- O Vento-Secura, também invade o meridiano do Pulmão na
garganta, causando tosse muito seca e coceiras. Além de
prejudicar a descida do Qi do Pulmão, o Vento-Secura também
seca completamente os fluidos do Pulmão, resultando em tosse
mais persistente que aquela causada por Vento-Frio ou Vento-
Calor. Principio de tratamento: aliviar o exterior, restabelecer a
descida do Qi do Pulmão, promover fluidos e cessar a tosse..
Pontos : P-7, P-9, VC-12, R6, BP-6. Tonificar estes pontos , exceto
P-7 que devera ser sedado (Maciocia, 1996).
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Como Padrão Interior, a Tosse aguda poderá ser proveniente dos
seguintes fatores patogênicos:
- Calor no Pulmão. Se o paciente sentir aversão ao calor, sentindo-
se geralmente quente, com muita sede e inquietação, isto indica
padrão interior de Calor, isto é, o fator patogênico está no Interior e
transformou-se em Calor. A presença de tosse, dispnéia, certa dor
no tórax e possivelmente queimação nas asas do nariz, indica a
localização de Calor nos Pulmões. O principio de tratamento seria
Clarear o Calor do Pulmão, restabelecer a descida do Qi do
Pulmão e cessar a tosse. Pontos: P-5, P-1, VG-4, P-6 e IG-11.
Usar método de sedação.
- Mucosidade – Calor no Pulmão. As tosses interiores podem ser do
tipo Deficiência ou Excesso e o principal fator patogênico no tipo
Excesso é a Mucosidade ou o Fogo. Tosse rouca com
expectoração profusa, amarela e pegajosa, febre , inquietação,
sede, sensação de calor e opressão no tórax, são as
manifestações observadas. O Vento-Calor gera Mucosidade com
facilidade, uma vez que rapidamente seca por completo os fluidos,
que se condensam na forma de Mucosidade. O principio de
tratamento seria, Clarear o Pulmão, eliminar a Mucosidade,
restabelecer a descida do Qi do Pulmão e cessar a tosse. Pontos:
Sedar P-5, P-1, VC-12, VC-9, E-40, BP-6, P-6, VG-4, IG-11, TA-6 e
BP-15. Tonificar VC-12.
Ex. Medicina Ocidental : Bronquite Aguda, Bronquite Crônica,
Pneumonia.
- Mucosidade – Fluida nos Pulmões. Tosse com produção de som
baixo e acompanhada de expectoração de escarro branco, aquoso
e diluído, sensação de frio, sensação de opressão no tórax ,
cansaço, pouco apetite e pouca disposição. Tratamento, drenar a
Umidade, eliminar a Mucosidade, dispersar o Frio, tonificar o
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Baço/Pâncreas e os Rins e cessar a tosse . Pontos: Sedar P-5,
VC-9, E-40, BP-6, B-13, B-22. Tonificar E-36, VC-12, B-20, VG-4,
B-23. (Maciocia, 1996).
Ex. Medicina Ocidental : Bronquite Crônica.
- Fogo do Fígado Insultando os Pulmões. Sintomas não observados
em casos de cinomose.
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- Plenitude, anorexia, tosse com muito muco – Acúmulo de Fleuma
no aquecedor médio;
- Diarréia, dor abdominal, febre – Penetração de Frio Umidade ou
Calor Umidade;
- Vertigens, tinitus, cefaléia – Obstrução de Qi por Vento. (Gomes, et
al.,1993).
Avaliação da marcha
Relação existente entre distúrbios da marcha com suas causas:
- Marcha com pequenos passos – Deficiência da essência do Rim;
- Marcha arrastando os pés – Acúmulo de fleuma e/ou umidade;
- Marcha escarvante – Síndrome WEI ou agressão de Vento aos
canais e colaterais;
- Marcha hesitante – Vento obstruindo os orifícios superiores ou
deficiência da ascensão do Qi;
- Marcha lenta, difícil – Deficiência do Qi do Rim e/ou Baço, severa
deficiência de Qi e Sangue;
- Marcha claudicante, com um membro fraco – Síndrome Wei;
- Marcha descoodenada – Vento de deficiência por má nutrição dos
tendões ou deficiência da essência dos Rins. (Gomes, et al.,1993).
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- Edema de Pálpebras – acúmulo de água patogênica no alto do
corpo;
- Edema de pálpebra inferior – deficiência do Qi do Rim;
- Olhos encovados – deficiência de Qi do sangue, deficiência de
líquidos, deficiência de essência do Rim e do Fígado;
- Exoftalmia – acumulo de Fleuma Calor no estomago; acumulo de
Fleuma no aquecedor superior;
- Pterígio – Vento Calor afetando os olhos;
- Conjuntivas amareladas – Icterícia por Calor umidade no
aquecedor médio;
- Anisocoria – Vento ascendendo e obstruindo os canais;
- Midríase paralítica – deficiência grave de essência do Fígado e
Rim;
- Estrabismo – Ascensão do Vento do Fígado;
- Ptose Palpebral – Deficiência do Yang do Fígado e/ou Coração;
- Retração Palpebral – Calor por deficiência do Yin do Rim com
excesso relativo do Yang do Fígado e/ou Coração;
- Opacificação da córnea ou cristalino – deficiência da essência do
Fígado ou trauma lesando o olho. (Gomes, et al., 1993).
26
levantado corretamente. Portanto , a Síndrome Atrófica consiste em um quadro
caracterizado por fraqueza dos quatro membros, gerando atrofia progressiva,
estado flácido dos músculos e tendões, incapacidade de andar corretamente e
eventualmente paralisia. (Maciocia, 1996).
Uma doença Quente é proveniente de invasão Vento-Calor quando o fator
patológico for particularmente virulento e infeccioso (Maciocia, 1996), como é o
caso da cinomose canina. Embora toda doença Quente seja proveniente de
Vento-Calor, nem toda invasão de Vento-Calor se constitui em uma doença
Quente. Tal doença é proveniente de um fator patogênico infeccioso que penetra
através do nariz e da boca, e é particularmente forte. (Maciocia, 1996).
Desta forma, o animal com cinomose , poderá apresentar-se ao
ambulatório veterinário com inúmeros sintomas diferentes e conseqüentemente o
tratamento através da acupuntura poderá ser o mais variado possível.
Logicamente há pontos que quase sempre estarão presentes e outros que
raramente irão ser utilizados. O tratamento também poderá ser realizado com
agulhas de metal nos acupontos por onde passam os meridianos comprometidos
ou através de implante de fio de ouro nos acupontos selecionados. No caso de
implantes, a realização de algumas seções de acupuntura antes deste
procedimento é aconselhado, para ter-se certeza de que estamos tratando os
pontos corretos através da melhora do quadro clinico do animal.
Desta forma , foram selecionados vários pontos que pode ser utilizados em
um animal com quadro clássico de cinomose onde já existe um comprometimento
neurológico :
- VB 20 - VG 3 -BAI HUI
- VB 30 - VG 16 - IG 4
- VB 34 - B 10
- VB 39 - B 18
- F2 - ID3 – B62
- R 3 – B 60 - B 23
- TA 5 - IG 11
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Em uma tese de mestrado realizada na Universidade Federal Rural de
Pernambuco, por Cole, E.F., 1996, 52 cães acometidos de paralisia de membros
posteriores e conseqüente paralisia de membros posteriores, causados por
cinomose, foram divididos aleatoriamente em três grupos, após a realização de
uma avaliação neurológica completa. Dezessete cães foram tratados
convencionalmente de acordo com a medicina ocidental, incluindo antibióticos,
complexos vitamínicos e corticosteróides, quando necessário. Dezoito cães foram
tratados com acupuntura com agulhas de aço inox n* 04 (0,23X30) , por dez
minutos cada sessão e sem nenhuma estimulação elétrica, nos seguintes
acupontos: B 10, B 12, B 23, VB 20, VB 30, VB 34 e E 36. E dezessete cães não
receberam nenhum tratamento. O tratamento com acupuntura foi realizado
semanalmente durante quatro semanas, ao final do qual um novo exame
neurológico foi realizado e através de escore, comparado ao exame inicial, para
analise estatística do efeito dos tratamentos nos diferentes grupos. Considerou-se
cura quando os animais eram capazes de andar novamente e ter uma vida
normal, sem se observar seqüelas, tais como incontinência fecal ou urinaria e
outras. A cura foi observada em nove cães tratados com acupuntura, em apenas
um dos cães tratados convencionalmente e em nenhum cão não tratado. Todos
cães tratados com acupuntura sobreviveram, enquanto que três cães tratados
convencionalmente e cinco não tratados, apresentaram óbito neste período de
avaliação, demonstrando que o tratamento com acupuntura em pontos pré-
estabelecidos, apresentou bom resultados para o tratamento de distúrbios
neurológicos produzidos pela cinomose em cães.
(www.abravet.com.br/piblicacoes/publicacoes.htm).
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Função energética : Dispersa Vento, Vento-Frio ou o Vento-Calor para tratar
resfriados ou gripes, é capaz de acalmar o Vento-Interno para tratar vertigem,
ataques apopléticos e hemiplegia. Pode ser usado para fortalecer o cérebro para
tratar memória fraca e falta de concentração, é capaz de eliminar o Fogo e o Yang
do Fígado para tratar da hipertensão , hipertireoidismo, raiva e hiperatividade
estressante.(Ross, 2003). Elimina Vento interno e externo. Ativa sangue.
Exterioriza energia perversa. Relaxa músculos e tendões, facilita fluxo de Qi,
dispersa Vento do Fígado e clareia Fogo do Fígado e a mente (Lade, 1996).
Indicação : É específico para problemas oculares, dos ouvidos e dos seios da
face; para dor e rigidez do ombro e do pescoço, para dores musculares
generalizadas e para dores de cabeça occipitais. (Ross, 2003). Doenças febris,
apoplexia, tetania muscular, hipertireoidismo, hipertensão devido ao excesso de
Yang, dor generalizada no corpo, frio, urticária, erisipela devido ao Vento-Calor,
hemiplegia, insônia, vertigens devido ao excesso de Yang do Fígado, dor
occipital, sensação de peso na cabeça, dor no pescoço e ombro, tétano,
neurastenia devido ao excesso de Yang no Fígado, neuralgia do trigêmio, e dor
nas costas. (Lade, 1996)
VB 30 (Huán tiào)
Ponto de cruzamento com o canal da Bexiga (Ross, 2003)
Localização: À meio caminho, entre o Trocanter maior do Fêmur e à
Tuberosidade Isquiática.
Função energética: Fortalece a porção baixa das costas, beneficia o quadril,
dispersa Vento e Calor, clareia a mente, fortalece e relaxa os tendões , e
transforma Umidade. (Lade, 1996). O principal efeito do VB 30 é mover a
Estagnação do Qi e do Sangue nos canais da Vesícula Biliar e da Bexiga e em
segundo lugar, remover o Vento Exterior, Frio e Umidade e drenar Umidade Calor
e tonificar o Qi do Sangue (Ross, 2003).
Indicação: A principal indicação é para problemas do quadril e da perna,
especialmente dor ciática, que pode envolver a pressão e a inflamação do nervo
ciático ou dos nervos espinhais que levam a esta dor. Artrite do quadril, atrofia
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dos músculos do quadril e da perna e para hemiplegia (Ross, 2003). Dor na
perna, dor no quadril, dor ciática, paralisia na perna, dor lombar e lombossacra,
hemiplegia, urticária, prurido na pele, reumatismo na perna (Wen, 1985; Bastos,
1993).
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Indicação: Pode ser utilizado para fraqueza e espasmos musculares, debilidade,
rigidez e inflamação das articulações, para a degeneração dos ossos e para
zumbidos nos ouvidos e perda gradual da audição. Para tonificar
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R3 também pode ser usado para ajudar os Rins a manter energia da
respiração na parte inferior do corpo, a regular o metabolismo da água, a controlar
os orifícios inferiores e a tonificar o Jing. (Ross, 2003).
Indicação: Nefrite, Cistite, cio irregular, infertilidade, melancolia, fraqueza nos
membros posteriores, alterações neurológicas.
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urinaria. Problemas locais como contratura , dor e tremor das mãos. ( Lade,
1996).
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B 10 – (Tiãn zhù) – Pilar celestial
Ponto Janela do Céu.
Localização: Na porção lateral do músculo trapézio, próximo ao GV 15, entre C1-
C2 (Lade, 1996). Parte dorsal do pescoço numa depressão da junção atlanto
axial, medial à asa do Atlas.
Função energética: Abre orifícios sensoriais, dispersa Vento, Vento-Frio, Vento-
Calor, reduz febre e clareia Calor. Relaxa tendões e fortalece as costas. (Lade,
1996).
Indicação: Dor de cabeça occipital, occipito-temporal, enxaqueca, dor na testa
(oftálmica); torcicolo, rigidez e dor na nuca, tonteira, vertigem, insonia, turvação
da visão, faringite, dor nas costas e ombros, obstrução nasal, distúrbio do olfato,
rinite (Wen, 1985). Distonia neurovegetativa, nevralgia do trigêmeo (Bastos,
1993).
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B 23 – (Shèn shu) – Buraco do Rim
Ponto de assentamento do Rim.
Ponto mestre : vago-simpatico.
Localização: 1,5 polegada, lateral da borda inferior do processo espinhal da
segunda vértebra lombar. (Lade, 1996).
Função energética: Tonifica Rins (especialmente Qi e Yang), regula aquecedor
inferior, aquece o Yang e Frio, e tonifica a fonte de Qi. Harmoniza via das águas,
produz urina, e resolve Umidade. Beneficia os ouvidos e ilumina os olhos.
Estabiliza Qi dos Rins e fortalece as costas e joelho. Expele cálculos
(especialmente do trato urinário). Fortalece a mente. (Lade, 1996).
Indicação: Nefrite, infecção urogenital, enurese noturna, impotência, lombalgia,
edema, diabete melito, dismenorreia, neurastenia (Wen, 1985). Diabete, nefrite
crônica, prostatite, disfunção urinaria, infecção do trato urinário, incontinência
urinaria, sangue na urina, retenção urinaria. Dininuição da audição,
desorientação, letargia . (Lade, 1996).
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IG 11 – (Qu chí) – Lagoa tortuosa
Ponto Mar, ponto Terra.
Localização: Numa reentrância na extremidade externa da prega de flexão do
cotovelo entre o P 5 e o epicôndilo lateral do cotovelo em 90* .
Função energética: IG 11 é parecido com IG 4 por ser um dos maiores pontos da
acupuntura, com efeitos poderosos e uma enorme variedade de ações. A relação
dos efeitos produzidos por IG 11 lembra a IG 4, mas existem diferenças
importantes: expele o Vento Exterior; remove o Calor; regula o canal do Intetino
Grosso; regula o órgão Intestino Grosso; relaxa a tensão muscular e alivia a dor;
move massa de tecidos; acalma a hiperatividade do Yang do Fígado e remove o
Fogo do Fígado; alivia distúrbios cutâneos (Ross, 2003).
Indicação: Dor local, hemiplegia, constipação, hipertensão, epilepsia, pneumonia,
conjuntivite e baixa de imunidade em geral.
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CONCLUSÕES
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BIBLIOGRAFIA
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JOAQUIM, J. Study of 43 Dogs with Neurological Disease: A Western and Eastern
View of the Neurological Pattern of Diseases. In: International Congress on
Veterinary Acupuncture, 29, 2003, Santos, São Paulo : Brazil, 2003. p.289-
297.
WEN, T.S. Acupuntura clássica chinesa. 10. ed. São Paulo : Cultrix, 1985. 227p
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