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Fisioterapia e

Reabilitação em
Medicina Veterinária

Eletroacupuntura e
Eletropuntura como Recursos
Fisioterapêuticos utilizados na
Medicina Veterinária

Docentes:
FMV/ULHT Professora Ângela Martins
Professor Vinicius R. Cuña de Souza
Fisioterapia e Reabilitação em Medicina Veterinária
Fisioterapia e Reabilitação em Medicina Veterinária

Eletricidade Médica ou Eletroterapia

“Tratamento ou avaliação usando uma das


várias modalidades, incluindo estímulo
elétrico, ultrassom, métodos de
aquecimento e resfriamento, radiação
eletromagnética como infravermelho e
terapias de luz incluindo LASER e
ultravioleta”.

Robertson, 2009
Fisioterapia e Reabilitação em Medicina Veterinária

História da Eletricidade Médica


2.750 a.C.: Egito - Bagre do Nilo (Malapterurus electricus,
Gmelin, 1789).
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História da Eletricidade Médica


43 a.C: Scribonius Largus (c. 1 - c. 50), médico do
imperador Romano Claudius, descreveu com detalhes o uso
do peixe elétrico para tratar gota e dores de cabeça.
Gregory Tsoucalas et al., The “torp

to
p
la
a
a

u
re
m
p
st

Figure 1. Torpedo fish as it is depicted in Hunter’s work, 1782


1
A gota é uma condição dolorosa que afeta a articulação.
2
Peixe torpedo (Torpedo sinuspersici, Olfers, 1831),
3
conforme descrito no trabalho de Hunter, 1782.
4
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História da Eletricidade Médica


“Para qualquer tipo de gota,
um torpedo preto vivo
deve, quando a dor
começar, ser colocado sob
os pés. O paciente deve
ficar com as costas
molhadas pelo mar e deve
permanecer assim até que o
pé, perna até o joelho
fiquem dormentes. Isso
elimina a dor e evita que
ela aconteça se ainda não
tiver surgido. Assim,
Anteros foi curado”.
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História da Eletricidade Médica


1764: Hiraga Gennai (1728 – 1780), farmacologista do
Japão, relatou o uso da eletroestimulação com acupuntura
por meio de magnetizadores estáticos.

Hiraga Gennai. Elekiter (réplica).


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História da Eletricidade Médica


1781: Luigi Galvani (1737 - 1798) - investigação do efeito
da eletricidade sobre a contração muscular – Corrente
Galvânica.

Elétrodos tocam um sapo, e as pernas


Luigi Galvani. se contraem na posição elevação.
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História da Eletricidade Médica


1803: Experimentos de “ressuscitação” (espetáculos
públicos) de Giovanni Aldini (1762 - 1834) - sobrinho de
Luigi Galvani - em que corpos mortos se movimentavam
sob efeito dos impulsos elétricos.
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História da Eletricidade Médica


1825: Jean-Baptiste Sarlandière (1787 - 1838), médico
francês reconhecido como introdutor da eletroacupuntura
na Europa. Ele relatou sucesso ao tratar gota, disfunções
reumáticas e respiratórias com eletroestimulação em
agulhas.
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História da Eletricidade Médica


1746: Garrafa de Leiden: espécie primitiva de capacitor,
dispositivo capaz de armazenar energia elétrica - Pieter
van Musschenbroek (1692 – 1761).
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História da Eletricidade Médica


1861: Guillaume Benjamin Amand Duchenne (1806 -
1875), médico neurologista francês, estudos os efeitos da
eletricidade no ser humano e considerado o “pai
da eletroterapia”.
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História da Eletricidade Médica


1934: Tang She-Cheng, médico chinês que escreveu um
tratado sobre eletroacupuntura (como uma modalidade de
MTC) denominado “The Technique and Principles of
Electroacupuncture and the Study of Electroacupuncture”.

1947: Dr. Roger de La Fuye


(1890-1961), acupunturista francês
responsável pelo primeiro uso
intencional de eletroacupuntura.
Escreveu " L'acupuntura chinoise
sans mystère traité d'acupuntura"
- "acupuntura chinesa sem
mistério".
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História da Eletricidade Médica


1976: “Acupuncture &
Electro-Therapeutics
Research”, objetivo da
revista - "tornar a
acupuntura e a
eletroterapêutica um
ramo da medicina
universalmente
aceitável”;

Eletroacupuntura:
trabalhos vêm relatando a
eficácia clínica da
eletroacupuntura como
recurso analgésico.
Acupuntura
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É uma técnica milenar de origem chinesa que consiste na


inserção de agulhas no corpo em locais especificamente
definidos para fins terapêuticos. Recomendado pela OMS
em 1979, tem sido utilizada em diversos países e tomada
como forma de tratamento.
Imamura, 2001; Xie, 2011; Wei-liang & Ching-Liang, 2013; Wang & Bao, 2013.

Clínicas na China
usam
eletroacupuntura
que acreditam
melhorar os
efeitos do
tratamento.
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técnica milenar da Medicina Tradicional


O que é Chinesa (MTC) → inserção de agulhas no
acupuntura? corpo, em locais especificamente
definidos para fins terapêuticos.

Acupunctura é uma das


práticas da MTC mais
antigas no tratamento de
diversas enfermidades
como acidente vascular
cerebral, Alzheimer e
dores crónicas.

Chavez et al., 2017


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o Acupuntura clássica
chinesa:
ü agulhas filiformes,
moxabustão, ventosa e
sangrias;
o Acupuntura
tradicional vs.
eletroacupuntura:

ü conhecimento milenar
☯‍ + estímulos elétricos
⚡ em agulhas nos
pontos de acupuntura
(acupontos) →
eletroacupuntura.
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Agulhas para
eletroacupuntura (MTC):
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Vantagem da Eletroacupuntura:

maior do efeito analgésico,


através por opióides
endógenos, que são
liberados mediante
es4mulos específicos,
principalmente nas dores
músculo-esquelé;cas, pós-
operatórias e oncológicas.
Eletroacupuntura nos acupontos E36
(-) e E41 (+).

Regras da eletroacupuntura, eletropuntura e


aparelhos electroestimuladores.
Imamura, 2001; Xie, 2011
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Indicações da Eletroacupuntura:
ü Sempre que a acupuntura tenha sido indicada;
ü Em alguns casos onde falha o tratamento de rotina com a
acupuntura tradicional, situação na qual bons resultados
terapêuticos têm sido alcançados;
ü Nas alterações do aparelho locomotor, como lesões
osteoarticulares, musculares e tendinosas e principais
lesões com indicação de tratamento eletroterápico na
fisioterapia;
ü Como substituição da manipulação manual das agulhas,
tornando-se mais tolerável para o paciente, por utilizar
diferentes correntes elétricas;
ü Em praticamente todo o tipo de dor, desde que tenha o
correto diagnóstico diferencial;
ü Na indução do trabalho de parto e no tratamento estético.
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Contraindicações da Eletroacupuntura:
Ø Portadores de marca-passo;

Ø Gestantes;

Ø Portadores de próteses metálicas (no segmento do corpo a


ser estimulado);

Ø Diabéticos (com perda de sensibilidade periférica);

Ø Enfermidades com perda de sensibilidade periférica;


Ø Pacientes com dificuldades cognitivas e/ou perda de
consciência, que não conseguem entender/responder aos
comandos verbais do acupunturista;
Ø Portadores de epilepsia em atividade (que fazem uso de
medicação para convulsão).
Fisioterapia e Reabilitação em Medicina Veterinária

Eletricidade & Alívio da Dor


Dois mecanismos principais:

1º - inibição segmentar dos sinais de


dor no cérebro no corno dorsal da
medula espinhal;

A B

Diferentes tipos de receptores sensoriais somestésicos (A); Geradores de reflexos


e padrões centrais. Reflexo de abstinência (B) . O'Sullivan e Schmitz (2004).
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“Portão da Dor” de Patrick Wall and Ronald Melzack


(1965):
Quando sinal algum chega, o
neurônio inibitório impede
que o neurônio de projeção
envie sinais para o cérebro
(portão está fechado);

A entrada somatossensorial normal ocorre


quando há + estimulação de fibra larga (ou
apenas estimulação de fibra larga). Neurônio
inibitório e o neurônio de projeção são
estimulados, mas o neurônio inibitório impede
que o neurônio de projeção envie sinais ao
cérebro (portão está fechado).

Nocicepção (ou algesia - recepção da dor) ocorre


quando há mais estimulação de fibra fina ou
apenas desta fibra. Isso inativa o neurônio
inibitório, e o neurônio de projeção envia sinais
ao cérebro, informando-o da dor (portão está
aberto).
Fisioterapia e Reabilitação em Medicina Veterinária

Eletricidade & Alívio da Dor


Dois mecanismos principais:

2º - ativação da via inibidora


descendente com liberação
acurada de opióides endógenos
e outros compostos
neuroquímicos (serotonina,
noradrenalina, ácido gama
aminobutírico - GABA,
acetilcolina e adenosina).

Modulação neuroendócrina da pressão arterial por


acupuntura (GABA, ácido γ-aminobutírico; 5HT, 5-
hidroxitriptamina ou serotonina; NO: óxido nítrico;
IML: coluna intermediolateral da medula espinhal).
Zhou, 2017.
A transmissão de informação nociceptiva podem ser alteradas em diferentes partes
nervoso. Na Figura 1 é resumida o caminho de Fisioterapia
condução do estı́mulo
e Reabilitação em Medicinadoloroso,
Veterinária e

Eletricidade & Alívio da Dor


bloqueio analgésico em diversos nı́veis, tal como: analgésicos (nı́vel I), estimulação elét
transcutânea (TENS) (nı́vel II), acupuntura (nı́veis II, IV e V) e placebo (nı́vel III).

Vias de condução e
bloqueio do estımulo
doloroso. Nível I =
analgésicos que bloqueiam
prostaglandinas. Nível II =
acupunctura e TENS. Nível
III = placebo, excitação.
Nível IV = acupunctura.
Nível V= acupunctura
(CEN, condução de estímulo
nervoso; TENS, estimulação
elétrica nervosa
transcutânea).
Figura 1. Vias de condução e bloqueio do estı́mulo doloroso. Nı́vel I = analgésicos que bloqu
Fisioterapia e Reabilitação em Medicina Veterinária

Eletricidade & Alívio da Dor

Representação esquemática
Representação das viasdas
esquemática de vias
analgesia por eletroacupuntura,
de analgesia a nı́vel do SNC,
por eletroacupuntura (EA),e os p
s endógenos
no âmbitoliberados.
do SNC,EA=Eletroacupuntura, END=Endorfina,
e os principais opióides ENC=Encefalina,
endógenos liberados (END, DIN=Dino
Endorfina, ENC, Encefalina; DIN, Dinorfina).
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Parâmetros do aparelho de eletroacupuntura:

ü Potência;

ü Frequência (hertz, Hz);

ü Tipo do estímulo (continuo; burst e densa dispersa);

ü Largura de pulso (milissegundos, ms);


ü Formato de onda (relação entre amplitude/tempo);
ü Polaridade (positivo/negativo);

ü Intensidade (microampère, μA);

ü Tempo total (minutos). Cameron, 2003


Fisioterapia e Reabilitação em Medicina Veterinária

Parâmetros do aparelho de eletroacupuntura:


Potência relacionada a intensidade:

Ø Eletroacupuntura: Ø Eletropuntura: aparelhos 40


aparelhos de 10 mA a 50 mA transcutâneos -
para uso de agulhas; utilização de elétrodos;

Ø Estímulos: ü 0,5 a 1 mA → limiar de sensibilidade;


ü 1 a 10 mA → pinica;
ü 10 a 50 mA → dor;
ü 50 a 250 mA → fibrilação ventricular;
ü > 250 mA → queimaduras e paradas
cardíacas.
a natureza elétrica corporal, partindo de estudos anteriores de Niboyet e Méry que elaboraram o
primeiro detector elétrico de pontos cutâneos (Bastos & Pereira, 1993).
FisioterapiaHoje tem-se
e Reabilitação conhecimento
em Medicina Veterinária

de que a capacidade de aparelhos para detectar os chamados acupontos, tem estreita relação com as
Equipamentos para Eletroacupuntura
modificações da impedância da pele. A milenar e tradicional acupuntura, com mais de 2400 anos de
História, cedeu aos poucos à tecnologia moderna. Encontrou-se no respaldo cientı́fico das últimas
décadas uma justificativa relevante para o uso da eletricidade somada aos efeitos já tão consistentes.
Neste capı́tulo propõe-se uma classificação dos equipamentos de eletroacupuntura de acordo com
seuTabela com
propósito a classificação
terapêutico dos equipamentos
e tipos de eletrodos, conforme a Tabela para
1. eletroacupuntura
(Silvério-Lopes, 2013):
Tabela 1. Classificação dos equipamentos para eletro-acupuntura.
Finalidade Formato do eletrodo Estı́mulo Técnica
Estimulação agulhas de acupuntura invasivo eletroacupuntura
Estimulação canetas não invasivo eletropuntura
Estimulação placas não invasivo eletropuntura
Diagnóstico energético cachimbo não invasivo eletrodiagnóstico
(de Voll, Ryodoraku)
Localização de acupontos caneta não invasivo Localização de acupontos

A crescente expansão da utilização da acupuntura no Brasil e sua adoção como especialidade de


diversas profissões de saúde, somados à tecnologia fizeram com que se voltasse a atenção aos recursos
que substituı́ssem as agulhas, como a laserpuntura e eletropuntura e/ou que potencializassem seus
efeitos analgésicos, agregando-se a eletricidade.
Ocorre, porém, que o crescente interesse na comercialização e uso de eletroestimuladores em
acupuntura não fez crescer na mesma proporção a qualidade dos mesmos. Os estudos de Silvério-
Lopes et al. (2006), baseando-se nas normas técnicas existentes para eletroestimuladores, avaliaram a
conformidade dos estimuladores para acupuntura comercializados no Brasil. Dos aparelhos avaliados
neste estudo, somente um encontrou-se 100% em conformidade técnica baseadas nas normativas
Aparelhos: Elektroakupunktur nach Voll &
vigentes na época. Constatou-se, também, que há carência de manuais de operação e distorções,
Acupuntura
em especial nas frequências estimulatórias Ryodoraku.
informadas pelo fabricante (que deveriam conter) quando
confrontadas com recursos do osciloscópio nos ensaios realizados.
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Eletroestimuladores para Acupuntura:


3 opções de ajustes quanto à modulação da morfologia
do estímulo elétrico:
ü Tipo contínua ü Tipo pacote ou ü Tipo densa-
(ou burst: dispersa:
intermitente): recomendada para mobilização de
uso em pontos efeito de sedação linfa - outra
de acupuntura e analgesia, em denominação
com objetivos especial pelo comercial de
de tonificação, tempo de estímulo “bomba
bem como em seguido de um linfática” - uso
alguns tempo de repouso em alguns
programas de (deve ser de protocolos
acupuntura aproximadamente estéticos com
estética; 3 a 4 segundos); retenção
hídrica.
pele.outro
por A densidade de corrente pordesua vez é um fator importante na determinação dascontato
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Barra
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duas na
erida situações,
pele, quando envolvendo comparada os eletrodos
com a dispersãotipo placa e tipo elétricas
de cargas agulha. dos Observe
eletrodos a de s
e cargas elétricas
resentado pela Figura na 6a. Figura 6b, em especial logo abaixo da ponta da agulha
do comparada com a dispersão de cargas elétricas dos eletrodos de superfı́cie,
ura 6a.

Figura 6. Distribuição deFigura 6. Distribuição


corrente de eletrodos.
elétrica sob os corrente elétrica sob os eletrodos.
(A) eletrodo tipo placa(A)
(B)eletrodo
eletrodotipo placa
tipo (B)
agulha

Electroestimulador Hwato Distribuição de corrente


ribuição de corrente elétrica sob os eletrodos. (A) eletrodo tipo placa (B) eletrodo tipo agulha.
Figura 6. Distribuição de corrente elétrica sob os eletrodos. (A) eletrodo tipo placa (B) eletrodo tipo agulha.
c) Quanto à frequência estimulatória: . elétrica sob os elétrodos: (A)
SDZ – III. c) Quanto à frequência estimulatória: .
requência Filshie & .White (2002), o próprioelétrodo
estimulatória:
Segundo ato de perfurar tipo placa
o tecido com(B)agulha (acus-punctu
c) Quanto
provoca umaà frequência
resposta Segundoestimulatória:
corporal Filshie &o .White
em frequências na ordem
(2002), de 2ato
o próprio a de
3Hz. O estı́mulo
perfurar mecâa
o tecido com
hie & sobre
Whitea(2002), o próprio
agulha, no ato
esposta corporal em frequências
ato
provoca
de
uma
na
perfurar
de “girá-la”
ordem
elétrodo
tecido
diversas corporal
resposta vezescom agulha
por minuto,tipofoi,agulha.
(acus-punctura)
de 2 a 3Hz. emO frequências
por
na muito
ordem tempo,
estı́mulo mecânico de 2 aadotado
3Hz.
Segundo Filshie & sobre
White
no ato de “girá-la” diversas a(2002),
vezes agulha,o no
próprio
por minuto,
ato
atofoi,
de demuito
perfurar
“girá-la”
por
o tecido
diversas com
tempo, vezes poragulha
adotado
(acus-punctura)
minuto,
em foi, por muit
provoca uma resposta corporal em frequências na ordem de 2 a 3Hz. O estı́mulo mecânico
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Polaridade da Corrente Elétrica Polarizada

Polo negativo (cor preta) x polo positivo (cor


vermelha):

ü Agulha ligada
ü Agulha ligada ao
ao cátodo (-)
ânodo (+) → há́
→ existe uma e- → e- → e-
uma introdução
retirada de
de íones/iões.
íones/iões;
Há trabalhos envolvendo,
que defendem a eficácia
em especial, de diferentes.
frequências frequências maisque
Os dados baixas,
mais se como
repetemtambém
ou coincidem os quenas defendem
as mais altas.pesquisas
(Taguchi & Taguchi,
são a liberação 2007; Silva
de -endorfinas (em 2Hz) ete al., 2011; (em
de dinorfinas Silvério-Lopes,
100Hz). Constatou-se 2008;queMehret
as et al.,
faixas de frequência escolhidas nas pesquisas com animais flutuam entre
2010; Silvério-Lopes, 2011). Cada um dos opióides-endógenos tem seus antagonistas e efeitos muito 2 e 100Hz (Silvério-Lopes
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Frequência:
& Nohama, 2008), resumida na Tabela 2.
especı́ficos, sendo liberados, no caso da eletroacupuntura, mediante estı́mulos igualmente especı́ficos,
envolvendo, em especial,Tabela frequências diferentes.
2. Liberação de Osdadados
opióides em função frequênciaque mais empregada.
estimulatória se repetem ou coincidem nas
pesquisas são aFrequência
liberação de -endorfinas (em 2Hz) e de dinorfinas
Opióides liberados (em 100Hz). Constatou-se que as
faixas de frequência (Hz)escolhidas nasP pesquisas
Substância Encefalina com animais
-Endorfina flutuam
Dinorfina entre CCK8
Endomorfina 2 e 100Hz Orfamina (Silvério-Lopes
Liberação de
& Nohama, 2008),100 opióides em
resumida na Tabela 2. função da frequência X estimatória
X X empregada
X
(Silvério-Lopes &60
15
Nohama, 2008).
X
X
X
X
X
X
Tabela 2. Liberação de opióides em função da frequência estimulatória empregada.
10 X
Frequência 4 X
Opióides liberados X
2 X X X
(Hz) Substância P Encefalina -Endorfina Dinorfina Endomorfina CCK8 Orfamina
100 Almeida & Duarte (2007), compararam frequências de 5Hz, X30Hz e 100Hz, X concluindo queX100Hz X
60 é mais eficaz para analgesia, X X
enquanto que Cheng et al. X
(2012) defende 60Hz. Alguns autores como
15 X
Han (2003) e Zhang et al. (2005)) sugerem X
associar de maneiraXalternada o uso de frequências baixas
(2 Hz) e de frequências altas (100 Hz), numa mesma sessão, conforme ilustrado na Figura 7. Segundo
10 X tal procedimento provoca a liberação dos principais opióides endógenos (encefalina e
estes autores,
4 X
dinorfina), potencializando os efeitos analgésicos pela eletroacupuntura. AsXpesquisas realizadas
2 em animais, trabalham comXtécnica de rádio-imunoensaio,
X histoquı́mica X com princı́pios de
e/ou
bioquı́mica aplicados ao estudo desses opióides através de seus antagonistas ou receptores.

Almeida & Duarte (2007), compararam frequências de 5Hz, 30Hz e 100Hz, concluindo que 100Hz
é mais eficaz para analgesia, enquanto que Cheng et al. (2012) defende 60Hz. Alguns autores como
Han (2003) e Zhang et al. (2005)) sugerem associar de maneira alternada o uso de frequências baixas
(2 Hz) e de frequências altas (100 Hz), numa mesma sessão, conforme ilustrado na Figura 7. Segundo
estes autores, tal procedimento provoca a liberação dos principais opióides endógenos (encefalina e
dinorfina), potencializando os efeitos analgésicos pela eletroacupuntura. As pesquisas realizadas
em animais, trabalham com técnica de rádio-imunoensaio, histoquı́mica e/ou com princı́pios de
bioquı́mica aplicados ao estudo desses opióides através de seus antagonistas ou receptores.
Figura 7. Uso sequenciado e alternado de frequências de 2 e 100Hz, liberando respectivamente encefalina e
dinorfina. Fonte: adaptado de Han (2003).
Uso sequenciado e alternado de frequências de 2 e 100Hz, liberando
respetivamente encefalina
Pesquisas e mais
em humanos são dinorfina. Fonte:
raras, em especial as queadaptado de
fazem avaliações Han (2003).
comparativas entre
frequências estimulatórias. Acredita-se ser decorrente da dificuldade metodológica de padronização
Fisioterapia e Reabilitação em Medicina Veterinária

Intensidade de Corrente:
ü quanto o paciente suporta de
corrente elétrica passando
por uma superfície do corpo;

ü Ampére (A) é a medida de


intensidade e em
eletroacupuntura é o
microampère (μA -1 milésimo
de Ampére);

ü E um tipo de parâmetro físico


que requer um ajuste
individual para cada paciente.
Fisioterapia e Reabilitação em Medicina Veterinária

Indicações da Eletroacupuntura nas


Analgesias
v Dores musculo-esqueléticas irradiadas;

v Dores musculo-esqueléticas localizadas.

v Dores de pós-operatórias;

v Dores oncológicas;
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Eletroacupuntura Veterinária

Introduction to Traditional Chinese Veterinary Medicine in Pediatric Exotic


Animal Practice- Xie, H.; Eckermann-Ross, C. Vet Clin Exot Anim 15 (2012)
311–329 (http://dx.doi.org/10.1016/j.cvex.2012.03.003).
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