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NOV 1996 NBR 13742


Procedimentos de segurança para
transportadores contínuos -
ABNT-Associação
Brasileira de
Transportadores de correia
Nor mas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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Rio Janeiro - -RJ
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Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA

Procedimento
Origem: Projeto 04:010.02-010/1995
CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
CE-04:010.02 - Comissão de Estudo de Transportadores Contínuos
NBR 13742 - Continuous mechanical handling equipment - Belt conveyors -
Safety code - Procedure
Copyright © 1996, Descriptors: Continuous conveyors. Safety
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Válida a partir de 30.12.1996
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Transportador contínuo. Segurança 6 páginas
Todos os direitos reservados

1 Objetivo áreas. Embora proteções adequadas devam estar ins-


taladas, ocasionalmente, por falhas variadas, estes locais
Esta Norma fixa os procedimentos de segurança para podem não estar protegidos.
transportadores de correia (TC), a serem observados
pelos usuários destes equipamentos, de forma a se garan- 4.2.1 Pontos de encontro correia-tambor
tirem condições seguras de operação e manutenção.

2 Documento complementar Nestes locais, devido às forças existentes internamente


na correia, acidentes fatais podem ocorrer, caso não
Na aplicação desta Norma é necessário consultar: sejam tomados os necessários cuidados. Nas Figuras 1,
2 e 3 são mostrados alguns destes pontos perigosos.
NBR 6177 - Transportadores contínuos - Transpor-
tadores de correia - Terminologia 4.2.2 Pontos de encontro correia-rolete

3 Definições
Normalmente não é necessária a proteção dos pontos de
Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão definidos encontro correia-rolete. Entretanto, em alguns casos
na NBR 6177. específicos, devido às forças que puxam a correia contra
o rolete, deve-se estudar a necessidade de se proteger
4 Condições gerais ou não estes pontos. Na Figura 4 é mostrado um caso
típico que pode necessitar de proteção.
4.1 Condição básica de segurança
4.2.3 Pontos de cisalhamento
Transportadores de correia são equipamentos de alta
confiabilidade, desde que respeitadas algumas condições
mínimas. Para garantir o seu desempenho sem danos à Existem locais em um TC nos quais, embora não haja
sua vida útil ou riscos operacionais, devem-se respeitar risco de acidente fatal, existe risco muito grande para as
as condições básicas do projeto, principalmente a sua mãos, que podem ficar presas e sofrer lesões. Se a dis-
capacidade (tonelagem por hora). tância entre a correia e o obstáculo for pequena (inferior
a 50 mm), as mãos podem ficar presas. Uma distância
4.2 Pontos perigosos entre 70 mm e 120 mm, que pode prender um braço,
deve ser evitada. Nos transportadores de alta velocidade
Alguns pontos são potencialmente perigosos nos TC’s e (superior a 3,5 m/s) estas situações são ainda mais gra-
todo cuidado deve ser tomado quando próximo destas ves. Nas Figuras 5 e 6 são mostrados alguns exemplos.
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Figura 1 - Tambores no esticamento

Figura 2 - TC com acionamento duplo Figura 3 - TC reversível

Figura 4 - Curva convexa

Figura 5 - Proximidade rolo e estruturas


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4.3.9A lubrificação com o transportador em operação


somente deve ser executada em pontos protegidos e
onde não haja necessidade de retirada de guardas de
proteção.

4.3.10 Deve-seidentificar de forma bem visível um local


adequado para emenda e reparos da correia.

4.4 Cores de segurança

4.4.1Tambores, rolos e suportes dos rolos devem ser


Figura 6 - Guia lateral pintados nas seguintes cores:

4.2.4 Outros pontos a) tambores: alaranjado Munsell 2.5 YR 6/14;

São também potencialmente perigosos os pontos b) rolos: alaranjado Munsell 2.5 YR 6/14;
mostrados nas Figuras 7 a 12.
c) rolos de balança: amarelo Munsell 5 Y 8/12;
4.3 Recomendações de segurança
d) suportes dos rolos: azul Munsell 2.5 PB 4/10.
4.3.1 Somente pessoal treinado e qualificado deve ser
autorizado a operar ou manter transportadores de correia. 4.4.2 Corrimãos e obstáculos, devido ao pé-direito insu-
Estas pessoas devem ter sólidos conhecimentos sobre o ficiente, devem ser também pintados na cor amarela, se-
funcionamento e operação do equipamento, suas limi- gurança indicada para os tambores e rolos. Os obstáculos
tações e dispositivos de segurança. devem ser sinalizados conforme 4.6. Para indicar o mo-
vimento da correia, estas devem estar marcadas nas bor-
4.3.2 Ao desenergizar um transportador de correia, das na cor alaranjada, em retângulos de 50 mm de largura
devem-se manter as chaves elétricas devidamente eti- mínima, a cada 5 m.
quetadas e bloqueadas, para garantir que pessoas não
autorizadas não coloquem novamente o equipamento 4.5 Poluição ambiental
em operação. Se for um TC de máquina de pátio (empi-
lhadeira, retomadora 4.5.1 A geração de pó devido a
desenergizada, pois oouseu
outra), esta também
movimento deve ser
pode provocar o transportadores de correia
pode ser muito grande. A perda deste material traz não
movimento do transportador. somente graves prejuízos ambientais, como também
grandes perdas econômicas. Um ambiente sujo é também
4.3.3 Um transportador de correia não deve receber ma- sujeito mais facilmente a acidentes. Devem ser mantidos
nutenção em locais não protegidos, quando em operação. em boas condições:
Porém, quando assim necessário, somente pessoas
experientes e treinadas, com conhecimento dos perigos a) coberturas de transportadores;
a que estão sujeitas, devem executá-la. A área em manu-
tenção deve ser devidamente cercada e/ou sinalizada. b) chutes, calhas, moegas e silos;
Esta é uma operação de extremo risco.
c) guias laterais;
4.3.4 Em caso de manutenção com o equipamento em
operação em locais não protegidos, uma segunda pessoa
d) raspadores;
habilitada deve vigiar a pessoa trabalhando, para em
caso de emergência acionar rapidamente um dispositivo
de segurança capaz de parar imediatamente o TC. e) sistemas de despoeiramento e outros sistemas
controladores de poluição.
4.3.5 Um transportador de correia que tenha parado por
4.5.2 As placas de desgaste devem ser trocadas antes
causacuidadosa
após de algumainspeção.
emergência só deve
O sistema departir novamente
partida deve ser que os chutes, guias, etc. furem. As chapas de fechamento
bloqueado enquanto a inspeção é realizada. das guias e as lâminas de borracha devem ser mantidas
ajustadas. As cortinas de fechamento dos chutes e guias
4.3.6 Áreas de carregamento ou descarregamento de também devem ser mantidas em boas condições.
material, quando abertas, devem ser devidamente sina-
lizadas, para evitar lesões em pessoal. 4.6 Sinais visuais

4.3.7 Aoatravessar de um lado para o outro de um trans- 4.6.1 Placas ou sinais visuais devem ser utilizados em
portador de correia, devem ser utilizadas sempre as locais perigosos. Quando possível e conveniente, as áreas
passarelas. Se estas não existirem, devem ser instaladas. perigosas devem ser delimitadas com faixas pintadas no
piso. Os sinais visuais devem ser mantidos limpos e em
4.3.8Um transportador de correia não foi feito para o bom estado.
transporte de pessoas. Não se deve andar em cima do
equipamento, pois graves acidentes podem ocorrer se o 4.6.2 Placas
indicativas de pé-direito insuficiente (mínimo
transportador entrar ou estiver em operação. 2100 mm) devem ser colocadas onde necessário.
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Figura 7 - Esticamento

Figura 8 - Passagens de pessoal

Figura 9 - Componentes girantes do acionamento

Figura 10 - Chute semi-aberto Figura 11 - Limpadores

Figura 12 - Raspadores
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4.6.3 Todos os painéis locais de controle devem ser 5 Condições específicas


marcados com o número do transportador de correia con-
trolado. 5.1 Dispositivos de segurança elétricos e mecânicos

4.6.4 Asjanelas de inspeção de chutes que não devem Para garantir a segurança do pessoal e do equipamento,
ser abertas quando o transportador estiver em funcio- os dispositivos de segurança devem ser rigorosamente
namento devem ser indicadas de forma adequada. mantidos em bom estado. Testes regulares devem ser
realizados para avaliar as suas condições. Não se deve
4.6.5 Placas devem ser utilizadas convenientemente retirar ou contornar (“baipassar”) uma chave sem ter cer-
localizadas, contendo recomendações tais como: teza de sua função e conseqüências desta modificação.
a) SÓ TRABALHE NO TRANSPORTADOR QUANDO 5.1.1 Chaves de emergência
ESTIVER DESENERGIZADO;
As chaves de emergência devem ser instaladas junto ao
b) PARA ATRAVE SSAR DE UM LADO PARA O acionamento e em ambos os lados do TC, exceto quando
OUTRO DO TRANSPORTADOR, UTILIZE AS o acesso for de um só lado, a uma distância entre duas
PASSARELAS; chaves adjacentes não superior a 50 m. Os cabos de pu-
xamento devem estar em bom estado, correndo facilmente
c) ANDAR EM CIMA DO TRANSPORTADOR , e tensionados por molas, sendo seu comprimento máximo
NUNCA!; igual a 25 m.
d) CUIDADO! ALTURA INSUFICIENTE. 5.1.2 Chaves de desalinhamento da correia

4.6.6 Deve-se identificar o transportador nos pontos de As chaves de desalinhamento devem estar instaladas de
chegada de escadas, passadiços e outros, nos tal forma a impedir que a correia ultrapasse limites laterais
contrapesos, nos retornos, nos acionamentos e a cada preestabelecidos. De um modo geral, não devem permitir
100 m ao longo do TC. que a correia, ao desalinhar, venha a tocar em estruturas.
4.7 Iluminação
5.1.3 Chaves de velocidade

Principalmente os locais potencialmente perigosos devem Devem garantir que o transportador não ultrapassará
ser bem iluminados. As luminárias devem ser mantidas limites previamente definidos. Devem evitar que o trans-
limpas e as lâmpadas queimadas devem ser trocadas. portador atinja velocidades abaixo ou acima do valor de
4.8 Limpeza
projeto.

5.1.4 Chaves-sonda
4.8.1 Não só o equipamento, mas também as áreas ao
seu redor, devem ser limpos regularmente. Deve-se lem-
brar que, entretanto, melhor do que limpar, é evitar sujar. Para evitar o entupimento de chutes, silos e moegas,
devem estar instaladas chaves-sonda. Há casos de gra-
4.8.2 Quaisquer pontos onde haja vazamento excessivo ves acidentes, com queda de grandes estruturas, devido
de material devem ser corrigidos. Os raspadores, lim- ao não funcionamento de chaves sonda.
padores e guias devem ser verificados. Os locais ao redor
5.1.5 Detector de rasgo na correia
dos dispositivos de segurança devem ser mantidos bem
limpos.
O rasgo longitudinal em correias transportadoras pode
4.8.3Se para a execução de alguma limpeza for ne- se propagar facilmente. O não funcionamento de um de-
cessária a retirada de alguma guarda de proteção, esta tector de rasgo pode significar um grande prejuízo.
limpeza só deve ser executada se o equipamento estiver
5.1.6 Chaves limitadoras de curso
parado, desenergizado e bloqueado.
4.9 Treinamento Toda e qualquer chave limitadora de curso deve ser man-

4.9.1Qualquer sistema de segurança estará compro- tida como


sem a sua previsto
atuação,em
masprojeto. Podem sepode
repentinamente passar
ser anos
a di-
metido se o pessoal envolvido com o equipamento não ferença entre a ocorrência de um acidente ou não.
for adequadamente treinado. Treinamentos periódicos
devem ser realizados. 5.1.7 Sirenes

4.9.2 Um programa básico de treinamento deve conter Devem ser audíveis em qualquer ponto ao longo do trans-
informações sobre o funcionamento e operação, disposi- portador, para indicar quando este vai partir. A sirene
tivos de proteção, pontos perigosos, inspeção rotineira, deve começar a tocar alguns segundos antes da partida
etc. O manual do fornecedor do equipamento deve tam- do transportador, e não junto com sua partida.
bém ser utilizado no treinamento.
5.1.8 Freios e contra-recuos
4.9.3 Pessoal envolvido em operações complementares,
como limpeza, também devem receber um treinamento Os freios e os contra-recuos evitam o enchimento dos
obrigatório sobre o funcionamento dos TC’s, pontos peri- chutes, o retorno do material, etc. Especial atenção deve
gosos e dispositivos de segurança. ser dada a estes componentes.
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5.2 Guardas de proteção l) amostradores;

5.2.1 Para se evitar o contato com os pontos perigosos m) qualquer área ou componente onde haja perigo
indicados em 4.2, guardas de proteção devem estar ins- em potencial.
taladas. Quando não previstas em projeto, devem ser fa-
5.2.5 Em transportadores elevados, devem ser instaladas
bricadas e instaladas.
proteções em tela, chapa expandida ou chapa xadrez,
contra a queda de roletes (anteparos de segurança), pois
5.2.2 As guardas de proteção devem ser sempre reco- os roletes de retorno podem se soltar das estruturas e
locadas em seu local srcinal após serem retiradas, devido cair. Chapas lisas não devem ser utilizadas com esta fi-
à manutenção do equipamento ou a qualquer outra razão. nalidade, pois são escorregadias.

5.2.3 As 5.3 Transportadores móveis e tripers


seu local,guardas de proteçãoestiver
se o equipamento nuncaemdevem estar fora do
operação.
5.3.1 As chaves-limite de curso e sobrecurso devem ser
5.2.4 Devem estar sempre protegidos:
verificadas periodicamente.

5.3.2 Os batentes e os pára-choques devem ser mantidos


a) tambores; nos seus lugares. Em caso de danos devido a algum aci-
dente ou outro motivo, devem ser trocados ou reparados.
b) roletes, em alguns casos específicos (ver 4.2);
5.3.3 Sehouver limpa-trilhos, estes devem ser mantidos
ajustados. Devem ser trocados quando necessário.
c) acoplamentos;
5.3.4A área do movimento deve ser delimitada com faixas
d) freios; e sinais, caso não seja possível instalar proteções ade-
quadas. Uma boa prática é delimitar a área com corrimãos
e) volantes; telados entre as suas barras superior e intermediária.

5.3.5Pontos onde houver possibilidade de queda de


f) correias em “V”, correntes e cabos de aço; pessoal devem ser protegidos (aberturas de silos, por
exemplo).
g) ao longo de carros de esticamento;
5.4 Estruturas de acesso
h) roldanas;
O acesso para manutenção deve ser fácil. Todos os pas-
sadiços, passarelas, escadas, plataformas e corrimãos
i) correias transportadoras, quando expostas em devem ser mantidos livres, desimpedidos e em bom es-
áreas de passagem de pessoal; tado. A não existência de acessos adequados pode pro-
vocar atitudes perigosas, colocando em risco a vida das
j) torres de contrapeso; pessoas.

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