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Livro Eletronico Rosane Porto PDF
Livro Eletronico Rosane Porto PDF
Conselho Editorial
Marli Marlene M. da Costa (Unisc) Luiz Otávio Pimentel (UFSC)
André Viana Custódio (Unisc) Orides Mezzaroba (UFSC)
Salete Oro Boff (UNISC/IESA/IMED) Sandra Negro (UBA/Argentina)
Carlos Lunelli (UCS) Nuria Bellosso Martín (Burgos/Espanha)
Clovis Gorczevski (Unisc) Denise Fincato (PUC/RS)
Fabiana Marion Spengler (Unisc) Wilson Engelmann (Unisinos)
Liton Lanes Pilau (Univalli) Neuro José Zambam (IMED)
Danielle Annoni (UFSC)
JUSTIÇA RESTAURATIVA
&
GÊNERO
Por uma humanização
que desarticule a violência
Curitiba
2014
PREFÁCIO
PREMISSAS INTRODUTÓRIAS..................................................................... 7
Capítulo 1
O PODER FEMININO NA LÓGICA DO OUTRO
GENERALIZADO E DE AFETO NO ÂMBITO PÚBLICO ........................ 17
1.1 Esboços da genealogia de dominação do discurso
masculino nas histórias do feminino ........................................... 19
1.2 A corrida maluca da Penélope Charmosa: a cultura
feminina das aparências no ideário de consumo em
desvelar-se, revelar-se, descobrir-se ........................................... 25
1.3 Dormindo com o inimigo: o poder simbólico
masculino e o flagelo da violência doméstica ........................... 34
Capítulo 2
TRANSVERSALIDADE DE GÊNERO NAS POLÍTICAS
PÚBLICAS DADA A RUPTURA PELA VIOLÊNCIA DA
ASSIMETRIA NAS RELAÇÕES ENTRE HOMENS E MULHERES ...... 51
2.1 Os direitos humanos e fundamentais da mulher na
ordem internacional............................................................................ 52
2.2 Transversalidade nas políticas públicas de gênero ............... 75
2.3 A dimensão de gênero, ponto cego das políticas
públicas?................................................................................................... 82
Capítulo 3
O SENTIDO MULTIDIMENSIONAL DE ABORDAGEM DA
JUSTIÇA RESTAURATIVA “PARA E ALÉM DOS GÊNEROS”.............. 93
3.1 Aportes teóricos sobre justiça restaurativa:
considerações essenciais................................................................... 95
3.2 Implementando na matriz curricular a disciplina
restaurativa nas escolas em face à prevenção da
violência de gênero e a humanização do outro dotado
de gêneros: “ser um homem masculino e feminino não
perde o seu lado masculino…” ...................................................... 106
3.3 O uso das práticas restaurativas para construir
relacionamentos saudáveis: o círculo
masculino/feminino ......................................................................... 121
33 DEL PRIORE, Mary. Conversas e histórias de mulher. São Paulo: Planeta, 2013.
p. 176.
34 Idem, p. 177.
29
Justiça Restaurativa & Gênero
ticas e reflexos sociais das épocas”38. E, nos dias atuais, ainda que
se busque uma aceitação dos diversos modos de viver, o que se
percebe é, na verdade, a reprodução de determinados padrões
que são implicados às mulheres. E esses padrões referem-se, de
acordo com Araújo39, principalmente “à maneira de se compor-
tar, de se vestir, insinuando, inclusive, a forma que o corpo fe-
minino deve ter. A propagação destes padrões desejados/suge-
ridos pelos grupos, atualmente, é realizado, muitas vezes, pela
publicidade”, que se apresenta como canal extremamente efi-
caz, atingindo diversos grupos sociais – suscitando, em muitos
eventos, mudanças de comportamentos.
Essa utópica beleza do corpo feminino é um dos produtos
mais oferecidos pela publicidade, e com grande sucesso. Con-
tudo, esse corpo costumeiramente vem revestido de uma série
de exigências que transcendem a estética e a moda, beirando
aquilo que é avaliado como o ideal das mulheres, inclusive
mostrando explicitamente modificações culturais das socieda-
des. Portanto, “percebe-se que o corpo feminino, muito mais
que o masculino, tem evidenciado as transformações pelas
quais as sociedades têm se deparado”40. Desse modo, há intensa
presença de anúncios publicitários que utilizam a imagem de
corpos simplesmente como enfeites para a venda de produtos,
não existindo relação alguma entre o objeto anunciado e o corpo
exibido. Assim, ao atribuir à mulher a preocupação com o mo-
delo exteriorizado, ou seja, essas mulheres que somente figu-
ram como padrões de beleza em comercias, enfatizam os pra-
zeres de ser bela e demonstram a necessidade de se obter pro-
dutos que possam também corrigir algo que não foi concebido
pela natureza. Uma vez que a beleza deixa de ser um dom dos
deuses para algo que depende exclusivamente de cada mulher,
ou seja, a beleza estaria ligada estritamente com a busca cons-
tante por essa beleza. Portanto, segundo Santanna41, o embele-
zamento representa mais do que somente acabar com a feiura,
ele também reflete a promessa de poder encontrar-se com ela
mesma, visto que “resistir à compra de cosméticos, às aulas de
ginástica, aos regimes, às cirurgias, entre outros, significa, sobre-
tudo, resistir a proporcionar para si mesma um prazer suple-
mentar”. A partir disso, na publicidade, há todo um estudo no
sentido de tentar retomar aqueles estereótipos tidos como os
mais populares. Contudo, essa busca incansável por padrões de
beleza levam as mulheres, de certa forma, a se afastarem da
realidade social em que estão inseridas. Para isso, a mídia
bombardeia quase todo o tempo fórmulas para se lograr os
padrões de beleza, os estereótipos perfeitos, e são inúmeras as
pessoas que tentam dia e noite alcançá-los, mas são poucas as
que obtêm sucesso.
Nesse ínterim, faz-se mister refletir sobre o que o mercado
tem oferecido e vendido às mulheres enquanto ideal de beleza,
saúde e jovialidade. Também no âmbito do trabalho, as exigên-
cias são cada vez maiores associando beleza, jovialidade e com-
petência. A Penélope Charmosa, criada por William Hanna e Jo-
seph Barbera nos anos 70, do desenho animado Corrida Malu-
ca, ilustra bem o outro lado da questão nodal da corrida aos
bisturis: é a necessidade de manter-se e consolidar-se no mer-
cado de trabalho. A personagem é apresentada como uma bo-
nequinha rica herdeira. Não se abala com nada! Usa as armas
da sedução e da fragilidade e nunca deixa de pedir ajuda quan-
do precisa. Porém, quando se vê sozinha e em apuros, ela se
49 STREY, Marlene Neves. Violência e Gênero: um casamento que tem tudo para
dar certo. In: GROSSI; Patrícia Krieger; WERBA, Graziela C. Violências e Gêne-
ro: coisas que a gente não gostaria de saber. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001. p.
47.
50 GUIMARÃES, Issac Sabbá; MOREIRA, Rômulo de Andrade. A Lei Maria da
Penha: aspectos criminológicos, de política criminal e do procedimento penal.
Salvador: Juspodivm, 2009. p. 11.
51 ALMEIDA, Suely Souza de. Essa violência mal-dita. In: ALMEIDA, Suely Souza
de. Violência de Gênero e Políticas Públicas. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007. p. 23.
52 Idem, p. 23.
53 Idem, p. 25.
36
Rosane Teresinha Carvalho Porto & Marli Marlene Moraes da Costa
65 DIAS, Felipe da Veiga; COSTA, Marli Marlene Moraes da. Sistema Punitivo e
Gênero. Uma abordagem alternativa a partir dos direitos humanos. Rio de Ja-
neiro: Lumen Juris, 2013.
40
Rosane Teresinha Carvalho Porto & Marli Marlene Moraes da Costa
67 STREY, Marlene Neves. Violência e Gênero: um casamento que tem tudo para
dar certo. In: GROSSI; Patrícia Krieger; WERBA, Graziela C. Violências e Gêne-
ro: coisas que a gente não gostaria de saber. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001.
p. 59.
68 ALMEIDA, Suely Souza de. Essa violência mal-dita. In: ALMEIDA, Suely Souza
de. Violência de Gênero e Políticas Públicas. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007. p. 26.
69 TELES, Maria Amélia de Almeida; TELES, Mônica de Melo. O que é violência
contra a mulher. São Paulo: Brasiliense, 2003. (Coleção Primeiros Passos),
p. 18.
42
Rosane Teresinha Carvalho Porto & Marli Marlene Moraes da Costa
81 PINKER, Steven. Os anjos bons da nossa natureza: Por que a violência diminuiu.
Tradução de Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.
22.
82 Idem, p. 23.
48
Rosane Teresinha Carvalho Porto & Marli Marlene Moraes da Costa
83 PINKER, Steven. Os anjos bons da nossa natureza: Por que a violência diminuiu.
Tradução de Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.
23.
84 Idem, p. 23.
85 Idem, p. 23.
86 Idem, p. 26.
49
Justiça Restaurativa & Gênero
96 HERBERT, Sérgio Pedro. Cidadania. In: STRECK, Danilo R.; REDIN, Euclides;
ZITKOSKI, Jaime José (Orgs.). Dicionário Paulo Freire. 2. ed., rev. amp. Belo
Horizonte: Autêntica, 2010. p. 67-68.
97 FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 27. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1999. p. 52.
98 CARVALHO, Lisandra Arantes. O movimento feminista no Brasil, suas con-
quistas e desafios. O empoderamento da mulher como instrumento de inter-
venção social. In: SLAKMON, Catherine; MACHADO, Maíra Rocha; BOTTINI,
56
Rosane Teresinha Carvalho Porto & Marli Marlene Moraes da Costa
105 BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo. Fatos e Mitos. Traduzido por Sérgio
Milliet. São Paulo: Círculo do Livro, 1986. v. 1, p. 161.
106 CARVALHO, Lisandra Arantes. O movimento feminista no Brasil, suas con-
quistas e desafios. O empoderamento da mulher como instrumento de inter-
venção social. In: SLAKMON, Catherine; MACHADO, Maíra Rocha; BOTTINI,
Pierpaolo Cruz (Orgs.). Novas direções na governança da justiça e da seguran-
ça. Brasília-DF: Ministério da Justiça, 2006.
107 BENHABIB, Seyla. O Outro Generalizado e o Outro Concreto. A controvérsia
Kohlberg-Gilligan e a Teoria Feminista. In: BENHABIB, Seyla; CORNELL, Dru-
cilla (Coords.). Feminismo Como Crítica da Modernidade. Tradução de Natha-
nael da Costa Caixeiro. São Paulo: Rosa dos Tempos, 1987. p. 106.
59
Justiça Restaurativa & Gênero
108 BANDEIRA, Lourdes; MELLO, Hiledete Pereira de. Memórias das Lutas Femi-
nistas no Brasil. In: BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Políticas
para as Mulheres. Tempos e Memórias do Feminismo no Brasil. Brasília: SPM,
2010. p. 8.
109 PIOVESAN, Flávia. Temas de direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 2010. p.
270.
60
Rosane Teresinha Carvalho Porto & Marli Marlene Moraes da Costa
110 PIOVESAN, Flávia. Temas de direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 2010. p.
270.
111 Idem, p. 271.
112 CARVALHO, Lisandra Arantes. O movimento feminista no Brasil, suas con-
quistas e desafios. O empoderamento da mulher como instrumento de inter-
venção social. In: SLAKMON, Catherine; MACHADO, Maíra Rocha; BOTTINI,
Pierpaolo Cruz (Orgs.). Novas direções na governança da justiça e da seguran-
ça. Brasília-DF: Ministério da Justiça, 2006. p. 204-205.
113 PIOVESAN, Flávia. Temas de direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 2010. p.
264.
61
Justiça Restaurativa & Gênero
114 PIOVESAN, Flávia. Temas de direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 2010. p.
265-266.
115 Idem, p. 267.
62
Rosane Teresinha Carvalho Porto & Marli Marlene Moraes da Costa
148 SCHMIDT, João Pedro. Para entender as políticas públicas: aspectos conceitu-
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Tomo 8.
76
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153 MONTEIRO, A.; LEAL, G. B. Mulher da luta e dos direitos. Brasília: Instituto
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79
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160 Idem.
81
Justiça Restaurativa & Gênero
género y ciudadanía en los países del Cono Sur. Montevideo: Cinterfor, 2001. p.
311.
173 INGLEHART, Ronald; WEZEL, Christian. Modernização, mudança cultural e
democracia: a sequência do desenvolvimento humano. Tradução de Hilda
Maria Lemos Pantoja Coelho. São Paulo: Francis, 2009.
88
Rosane Teresinha Carvalho Porto & Marli Marlene Moraes da Costa
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186 SICA, Leonardo. Justiça Restaurativa e Mediação Penal: o novo modelo de
Justiça Criminal e de Gestão do Crime. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
p. 10.
187 SANDEL, Michel J. O que é fazer a coisa certa. Tradução de Heloisa Matias e
Maria Alice Máximo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012. p. 28.
97
Justiça Restaurativa & Gênero
192 SENNERT, Richard. Juntos. Tradução de Clóvis Marques. Rio de Janeiro: Re-
cord, 2012. p. 15.
193 WACHTEL, Ted; O’CONNELL, Terry; WACHTEL, Ben. Reuniões de Justiça
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vas. International Institute For Restorative Practices, publicado em colabora-
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194 COSTA, Marli Marlene Moraes da. Justiça restaurativa e alienação social. In:
LEAL, Rogério Gesta; REIS, Jorge. Direitos sociais e políticas públicas. Santa
Cruz do Sul: EdUnisc, 2010. Tomo 10. p. 3.180.
99
Justiça Restaurativa & Gênero
198 CUSTÓDIO, André Viana; COSTA, Marli Marlene Moraes da; PORTO, Rosane
Teresinha Carvalho Porto. Justiça restaurativa e políticas públicas: uma análi-
se a partir da teoria da proteção integral. Curitiba: Multideia, 2010. p. 52.
199 Idem, p. 53.
200 PINTO, Renato Sócrates Gomes. Justiça Restaurativa é possível no Brasil? In:
BASTOS, Márcio Thomaz; LOPES, Carlos; RENAULT, Sérgio Rabello Tamm
(Orgs.). Justiça Restaurativa: coletânea de artigos. Brasília: MJ E PNUD, 2005.
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101
Justiça Restaurativa & Gênero
202 PRANIS, Kay. Processos Circulares. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo:
Palas Athena, 2010. p. 92.
105
Justiça Restaurativa & Gênero
203 ZEHR, H.; TOEWS, B. (Eds.). Maneiras de conhecer para uma visão restaurati-
va de mundo. In: Novas direções na governança da justiça e da segurança. Bra-
sília: Ministério da Justiça, 2006. p. 419.
106
Rosane Teresinha Carvalho Porto & Marli Marlene Moraes da Costa
218 FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 19. ed. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1999. p. 44.
219 MATURANA, Humberto R.; VERDEN-ZÖLLER, Gerda. AMAR E BRINCAR: fun-
damentos esquecidos do humano. Tradução de Humberto Mariotti e lia Diskin.
São Paulo: Palas Athena, 2004. p. 9.
220 MATURANA, Humberto. Formação humana e capacitação. Tradução de Jaime
A. Clasen. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 14-15.
221 BAUMAN, Zygmunt. A sociedade individualizada: vidas contadas e histórias
vividas. Tradução de José Gradel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
112
Rosane Teresinha Carvalho Porto & Marli Marlene Moraes da Costa
235 GADOTTI, Moacir. Escola cidadã: uma aula sobre a autonomia da escola. 5. ed.
São Paulo. Cortez, 1999.
236 MACHADO, José Nilson. Ensaios transversais: Cidadania e Educação. São Pau-
lo. Escrituras, 1977. p. 71.
117
Justiça Restaurativa & Gênero
bem explorados pela autora Kay Pranis, que se vale dos rituais
nativos americanos. Por outro lado, os autores optaram apenas
em falar sobre os elementos fundamentais dos círculos, sem
referências específicas associadas aos rituais específicos de
diferentes culturas, muito embora símbolos e rituais específi-
cos possam melhorar a experiência do círculo para as pessoas
envolvidas271. O círculo é um espaço intencional formatado pa-
ra: apoiar os participantes a apresentarem seu “eu verdadeiro”,
fazer com que a interconectividade fique visível, mesmo em
face de diferenças muito importantes; reconhecer e acessar os
dons de cada participante, evocar a sabedoria individual e cole-
tiva, engajar os participantes em todos os aspectos da experi-
ência humana e praticar comportamentos baseados nos valores
quando possa parecer arriscá-lo fazê-lo272. Além disso, traba-
lhar com os círculos restaurativos é uma excelente metodologia
que funciona na lógica da definição de transformação de confli-
tos, que Lederach propõe:
Transformação de conflitos é visualizar e reagir a en-
chentes e vazantes do conflito social como oportunida-
des vivificantes de criar processos de mudanças constru-
tivos, que reduzam a violência e aumentem a justiça nas
interações diretas e nas estruturas sociais, e que respon-
dam aos problemas da vida real dos relacionamentos
humanos273.
276 BRIGATTI, Gustavo. Menos boazinhas, mais complicadas. Zero Hora, segundo
caderno. Porto Alegre, sábado, 18 janeiro de 2014, p. 6-7.
132
Rosane Teresinha Carvalho Porto & Marli Marlene Moraes da Costa
278 BRIGATTI, Gustavo. Menos boazinhas, mais complicadas. Zero Hora, segundo
caderno. Porto Alegre, sábado, 18 de janeiro de 2014, p. 6-7.
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Rosane Teresinha Carvalho Porto & Marli Marlene Moraes da Costa
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