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Art. 1o Ficam estabelecidas Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança
Pública, na forma do Anexo I desta Portaria.
1. O uso da força pelos agentes de segurança pública deverá se pautar nos documentos
internacionais de proteção aos direitos humanos e deverá considerar, primordialmente:
2. O uso da força por agentes de segurança pública deverá obedecer aos princípios da
legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência.
3. Os agentes de segurança pública não deverão disparar armas de fogo contra pessoas,
exceto em casos de legítima defesa própria ou de terceiro contra perigo iminente de
morte ou lesão grave.
4. Não é legítimo o uso de armas de fogo contra pessoa em fuga que esteja desarmada
ou que, mesmo na posse de algum tipo de arma, não represente risco imediato de morte
ou de lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros.
5. Não é legítimo o uso de armas de fogo contra veículo que desrespeite bloqueio
policial em via pública, a não ser que o ato represente um risco imediato de morte ou
lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros.
10. Quando o uso da força causar lesão ou morte de pessoa(s), o agente de segurança
pública envolvido deverá realizar as seguintes ações:
11. Quando o uso da força causar lesão ou morte de pessoa(s), o órgão de segurança
pública deverá realizar as seguintes ações:
15. A seleção de instrutores para ministrarem aula em qualquer assunto que englobe o
uso da força deverá levar em conta análise rigorosa de seu currículo formal e tempo de
serviço, áreas de atuação, experiências anteriores em atividades fim, registros
funcionais, formação em direitos humanos e nivelamento em ensino. Os instrutores
deverão ser submetidos à aferição de conhecimentos teóricos e práticos e sua atuação
deve ser avaliada.
16. Deverão ser elaborados procedimentos de habilitação para o uso de cada tipo de
arma de fogo e instrumento de menor potencial ofensivo que incluam avaliação técnica,
psicológica, física e treinamento específico, com previsão de revisão periódica mínima.
17. Nenhum agente de segurança pública deverá portar armas de fogo ou instrumento de
menor potencial ofensivo para o qual não esteja devidamente habilitado e sempre que
um novo tipo de arma ou instrumento de menor potencial ofensivo for introduzido na
instituição deverá ser estabelecido um módulo de treinamento específico com vistas à
habilitação do agente.
18. A renovação da habilitação para uso de armas de fogo em serviço deve ser feita com
periodicidade mínima de 1 (um) ano.
19. Deverá ser estimulado e priorizado, sempre que possível, o uso de técnicas e
instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública, de acordo
com a especificidade da função operacional e sem se restringir às unidades
especializadas.
20. Deverão ser incluídos nos currículos dos cursos de formação e programas de
educação continuada conteúdos sobre técnicas e instrumentos de menor potencial
ofensivo.
22. O uso de técnicas de menor potencial ofensivo deve ser constantemente avaliado.
ANEXO II
GLOSSÁRIO
Força: Intervenção coercitiva imposta à pessoa ou grupo de pessoas por parte do agente
de segurança pública com a finalidade de preservar a ordem pública e a lei.
Nível do Uso da Força: Intensidade da força escolhida pelo agente de segurança pública
em resposta a uma ameaça real ou potencial.
Princípio da Conveniência: A força não poderá ser empregada quando, em função do
contexto, possa ocasionar danos de maior relevância do que os objetivos legais
pretendidos.