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OSTEOLOGIA GERAL

Profª. Drª. Érika Branco


DEFINIÇÃO
 Definição: É a ciência que estuda os ossos.

É um tipo de tecido conjuntivo especializado, formado por


alguns tipos celulares e uma matriz extracelular com
capacidade de mineralização.

 Os ossos unem-se uns aos outros para formar o


esqueleto. Essa união é dada pelas articulações e
músculos formando o aparelho locomotor.
FUNÇÕES DOS OSSOS E ESQUELETO

 SUPORTE - ALAVANCA
 PROTEÇÃO

 ÓRGÃO HEMATOPOIÉTICO

 PNEUMATIZAÇÃO

 EQUILÍBRIO METABÓLICO
EMBRIOGÊNESE
EMBRIOGÊNESE
EMBRIOGÊNESE
CONCEITO

 ESQUELETO arcabouço,
armação, união dos ossos +
cartilagens

 OSSO é um tecido conjuntivo


especializado, formado por células
incluídas em uma substância
gelatinosa que se torna
mineralizada.
TIPOS DE ESQUELETOS

ENDOSQUELETO
EXOSQUELETO
DIVISÕES DO ESQUELETO

 Esqueleto axial
 Esqueleto apendicular

 Esqueleto visceral
TIPOS DE CRÂNIOS
OSSO PENIANO
OSSO CARDÍACO

 Considerável tamanho
 Cervidae e Bovidae

 Outros ruminantes
 Nódulos cartilaginosos que
ossificam
OUTROS

 Argaund e Boissezon, 1938


 Osso intercarotídeo

 Maskar, 1957
 Osso do diafragma – camelídeos
 Osso esofágico – camelos e dromedários
NÚMERO DE OSSOS NO ESQUELETO

 Espécies
 Variação individual

 Idade

 Critérios – sesamóides, ossos viscerais, ossículos da


orelha média,etc.
COMPOSIÇÃO DO ESQUELETO DOS MAMÍFEROS
DOMÉSTICOS

 Membros torácicos: escápula, úmero, rádio-ulna,


carpianos (em torno de 7 dependendo da espécie),
metacarpianos, falanges (proximais, médias e
distais) além dos ossos sesamóides (variam em nº
dependendo da espécie).
COMPOSIÇÃO DO ESQUELETO DOS MAMÍFEROS
DOMÉSTICOS

 Membros pélvicos: coxal, fêmur, patela, tíbia,


fíbula, tarsianos ( em torno de 4 dependendo da
espécie), metatarsianos, falanges (proximais,
médias e distais) além dos ossos sesamóides
(variam em nº dependendo da espécie).
COMPOSIÇÃO DO ESQUELETO DOS
MAMÍFEROS DOMÉSTICOS

 Vértebras: divididas em grupos de


acordo com sua localização (cervicais
– sempre em número de 7 sendo que
as duas primeiras em qualquer
espécie são chamadas de atlas e
axis, torácicas, lombares, sacrais e
coccígenas)
COMPOSIÇÃO DO ESQUELETO DOS
MAMÍFEROS DOMÉSTICOS

 Costelas: articuladas com as vértebras


torácicas, sua quantidade está
diretamente relacionada com as mesmas.
CARNÍVOROS
C7 T12-13 L7 S3 Ca 20-23
SUÍNOS
C7 T14-15 L7 S4 Ca20-23
RUMINANTES
C7 T13 L6 S5 Ca18-20
EQUINOS
C7 T18 L6 S5 Sa15-21
AVES C8-23
Sinsacro 10-23
ESTERNO
CRÂNIO
OSSO HIÓIDE

Gregorin 2006
CONSTITUIÇÃO HISTOLÓGICA

Sistema de lamelas

Matriz extra celular


MINERALIZAÇÃO DA MATRIZ

 Inorgânica 50% do peso da


matriz óssea
 Íons cálcio e fósforo em maior
quantidade
 Cristais de hidroxiapatita
 Associação dos cristais com o
colágeno
CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO

 Osso compacto –
espessura máxima no
terço médio da diáfise

 Osso esponjoso –
lâminas e trabéculas
nas epífises e superfície
interna da diáfise
Osso compacto
REVESTIMENTO DO OSSO
ENVOLTÓRIO ÓSSEO - ENDÓSTEO

 Camada de células osteogênicas


 Reveste a superfície interna das cavidades ósseas:

 Endósteo trabecular - osso esponjoso


 Endósteo osteônico - canais de Havers e
Volkman
 Endósteo cortical – reveste canal medular

Banks (1992)
pericôndrio (); fibras de Sharpey (); traves ósseas (); osteoplasto () e endósteo ().
OSSO ESPONJOSO E MEDULA ÓSSEA
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FORMA

Ossos longos
Ossos curtos
Ossos planos
Ossos irregulares
Ossos pneumáticos
Epífise proximal

Diáfise

Linha metafisária

Epífise distal
FATORES DE REMODELAÇÃO ÓSSEA

 Vasos afastam-se dos osteócitos


 Microfraturas por constante tensão

 Tensão biomecânica – reposicionamento

 Dieta – nutricional

 Imobilização

 Reparação

 Endócrino e quimioterápicos
PARATORMÔNIO
 Eleva Ca
 Aumenta excreção de fósforo

 Aumenta taxa de remodelação óssea

 Aumenta osteólise osteocítica

 Facilita metabolismo da 1,25-diidroxivitamina D3

 Aumenta a absorção de Ca e P no intestino

Banks (1992)
CALCITONINA

Reduz Ca e P plasmático
Inibe reabsorção osteoclástica e
ostolíse osteocítica
Inibe absorção intestinal
Estimula atividade osteoblástica

Banks (1992)
1,24 DIIDROXIVITAMINA D3

Aumenta atividade osteoclástica e a


osteólise ostecítica
Inibem paratireóides
Facilita deposição do Ca no osso

Banks (1992)
OSTEOPOROSE

Redução da massa esquelética por


aumento na atividade osteoclástica
com remodelação alterada
Estrógenos – menopausa
Glicocorticóide – síndrome de
Cushing

Banks (1992)
OSTEOGÊNESE

Ossificação intramembranosa,
mesenquimal ou dérmica

Ossificação intracartilagínea ou
endocondral
OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA
 Centro de ossificação primário no mesênquima
embrionário
 Vários grupos surgem juntos e fundem-se

 parietal, frontal, occipital, temporal, maxilares e


mandíbula
 Duas tábuas de osso compacto com osso esponjoso no
centro - Díploe
Células mesenquimais

Osteoblastos sintetizam matriz

Osteócitos presos na matriz

Formação de traves ósseas

Invasão de vasos e células


mesenquimais(medula óssea)
OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL
 substituição de um modelo de cartilagem hialina pré-
formada
 Não ocorre transformação de um tecido pelo outro
 A mineralização da matriz é fator desencadeante para
invasão vascular
 Centro de ossificação primário na diáfise e secundários
nas epífises
Condrócitos hipertrofia - lacunas – matriz
Proteoglicanas permitem deposição do cálcio

Invasão vascular – células osteogênicas chegam


Osteoblasto - matriz óssea sobre a cartilagem ossificada – base
para osso primário

Osteoclastos reorganizam tecido


CRESCIMENTO ÓSSEO

 Formação de tecido novo e reabsorção parcial do tecido formado


 Centros de ossificação que se fundem

 As cartilagem epifisárias não crescem no mesmo ritmo em toda


superfície - ângulos
CRESCIMENTO ÓSSEO

 Ossos do crânio
 vários centros – atavismo, mamíferos reduziram o número de ossos
 ossos chatos – díploe
 Um único centro de ossificação
 ossos cárpicas, társicos, lacrimais, nasais e zigomáticos, conchas
nasais e ossículos da orelha média.
OSSOS LONGOS

 Centro de ossificação primário na diáfise


 crescimento longitudinal

 Centros de ossificação secundários nas epífises


 crescimento radial e não simultâneo
CRESCIMENTO DE OSSOS LONGOS
 Epífise
 crescimento radial da cartilagem

 Diáfise
 Alongamento - discos epifisário
 espessura - periósteo,
 reabsorção da superfície interna – aumentando canal
medular
CARTILAGEM DE CONJUGAÇÃO

 Zona de repouso – hialina sem modificação


 Zona de cartilagem seriada – colunas paralelas
 Zonade cartilagem hipertrófica – condrócitos
volumosos, tabiques reduzidos
 Zonade cartilagem calcificada – mineralização
da matriz cartilagínea
 Zona de ossificação – tecido ósseo
VASCULARIZAÇÃO DOS OSSOS

 OSSOS CURTOS – rede periostal


 OSSOS CHATOS – dupla fonte
 OSSOS LONGOS
 rede periostal
 a. nutrícia
 Vasos epifisários
VASOS EPIFISÁRIOS
A. NUTRÍCIA

REDE PERIOSTAL
VASOS E NERVOS

Drenagem venosa – semelhante a


irrigação arterial
Vasos linfáticos – presentes no
periósteo
Inervação – fibras presentes nos
canais ósseos e cavidade medular,
possivelmente vasoativas.

Banks (1992)
Obrigada!!!

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