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Ciclo PDCA
Introdução
A melhoria de desempenho de produtos e processos pode ser obtida a
partir de duas abordagens, complementares, porém diferentes: melhoria
contínua e melhoria radical
•A melhoria contínua é referida como kaizen, que é uma abordagem
evolucionária, e que se preocupa com os processos de correção
•A melhoria radical é uma abordagem revolucionária, e que se preocupa
com a total reinvenção dos processos
Melhoria contínua: Melhoria radical:
mudança contínua mudança radical
Processo existente pouca mudança redesenho
Melhoria esperada modesta substancial
Benefícios pretendidos longo prazo curto prazo
Mudança orientada por funcionários alta administração
Esforço/tempo da alta administração pequeno substancial
Risco do negócio pequeno alto
Gasto de capital pequeno substancial
Uso de tecnologia da informação pequeno significativo
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Ciclo PDCA
Essa iteratividade típica da melhoria contínua torna o processo sistemático
O método mais genérico de processo de melhoria contínua é o ciclo
PDCA, cujas quatro etapas são: planejamento (Plan); execução (Do);
verificação (Check); e ação corretiva (Act)
A P
Definir as
metas
Atuar
corretivamente
Definir os
métodos
Educar e
Verificar os treinar
resultados
da tarefa Executar
executada a tarefa
C D
Referência utilizada
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GESTÃO DE OPERAÇÕES II
MASP = QC-Story
Uma versão mais detalhada do método PDCA é o Método de Análise e
Solução de Problemas (MASP), também conhecido como Quality Control
Story (QC-Story), e cujas fases são:
•Plan:
1) Identificação do problema: procura-se identificar os problemas mais críticos e,
portanto, mais prioritários
2) Observação: faz-se a caracterização completa do problema para aumentar a chance
de se identificarem as causas do problema
3) Análise: busca-se levantar as causas raízes ou fundamentais do problema em
questão
4) Concepção do plano de ação: elabora-se e detalha-se um plano de ação para a
eliminação ou minimização dos efeitos indesejáveis das causas fundamentais
identificadas
•Do:
5) Ação (“bloqueamento” das causas): implanta-se o plano de ação, ou seja,
bloqueia-se as causas fundamentais do problema
Gestão de operações II (GO II)Logística – Log apres
– Ciclo PDCA, MASP e Ferramentas da qualidade
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MASP = QC-Story
Uma versão mais detalhada do método PDCA é o Método de Análise e
Solução de Problemas (MASP), também conhecido como Quality Control
Story (QC-Story), e cujas fases são:
•Check:
6) Verificação: avalia-se os resultados para verificar se a ação foi eficaz na
eliminação ou minimização do problema
Caso o resultado não tenha sido satisfatório, o processo é reiniciado pela observação
(fase 2) e análise do problema (fase 3)
Caso o resultado tenha sido satisfatório segue-se para a próxima etapa
•Act:
7) Padronização: introduz-se as ações implantadas na rotina de operação do processo
ou atividade, de forma a prevenir o reaparecimento do problema
8) Conclusão: finaliza-se o processo com o registro de todas as ações empreendidas e
resultados obtidos, para posterior recuperação de informações e histórico
MASP = QC-Story
Método de Análise e Solução de Problemas (MASP), também conhecido
como Quality Control Story (QC-Story)
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Referência utilizada
GESTÃO DE OPERAÇÕES II
Ferramentas da qualidade
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Introdução
Para auxiliar o desenvolvimento do processo de melhoria contínua de
produtos e processos foram criadas as “sete ferramentas da qualidade” –
estratificação, análise de Pareto, diagrama de causa e efeito, diagrama de
correlação/dispersão, histograma, gráficos de controle e folha de verificação
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Sete ferramentas da qualidade
1ª Estratificação: divisão de um grupo em diversos subgrupos com base em
características distintivas ou de estratificação
•Exemplos de fatores de estratificação:
oTurno de produção: os efeitos são diferentes quando são considerados diferentes
turnos de produção?
oLocal: os efeitos são diferentes nas diferentes linhas de produção da indústria ou nas
diferentes regiões do país onde o produto é comercializado?
oMatéria prima: são obtidos diferentes resultados dependendo do fornecedor da matéria
prima utilizada?
oOperador: diferentes operadores estão associados a resultados distintos?
•É importante registrar todos os fatores que sofrem alterações durante o
período de coleta dos dados, por exemplo, em que dias da semana e em que
horários os dados foram coletados, quais máquinas estavam em operação e quais foram
os operários e os lotes de matérias primas envolvidos
•É importante que os dados sejam coletados durante um período de tempo
de forma que se possam estratificar os dados também em função do tempo
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– Ciclo PDCA, MASP e Ferramentas da qualidade
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Sete ferramentas da qualidade
2ª Análise de Pareto: por meio de um gráfico de barras é apresentada uma
classificação em ordem decrescente de importância de problemas e causas, que
produzem os maiores efeitos, a fim de atacar esses problemas e causas inicialmente
•Coletar os dados no local. Ex.: defeito A ocorreu 55 vezes, defeito B 75 vezes, defeito C
30 vezes
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Sete ferramentas da qualidade
2ª Análise de Pareto: por meio de um gráfico de barras é apresentada uma
classificação em ordem decrescente de importância de problemas e causas, que
produzem os maiores efeitos, a fim de atacar esses problemas e causas inicialmente
•Exemplo: Suponha que se queira adotar ações para o melhoramento da qualidade dos
itens comprados
Fornecedor Quantidade de Fornecedor Quantidade Participação Participação
defeituosos de defeituosos individual (%) acumulada (%)
A 1 O 58 37,91 37,91
B 3 D 39 25,49 63,40
C 2 G 18 11,76 75,16
D 39 K 12 7,84 83,01
E 3 M 6 3,92 86,93
F 4 F 4 2,61 89,54
G 18 B 3 1,96 91,50
H 1 E 3 1,96 93,46
I 2 L 2 1,31 94,77
J 1 C 2 1,31 96,08
K 12 I 2 1,31 97,39
L 2 A 1 0,65 98,04
M 6 J 1 0,65 98,69
N 1 H 1 0,65 99,35
O 58 N 1 0,65 100,00
Total 153 Total 153
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– Ciclo PDCA, MASP e Ferramentas da qualidade
25,49
11,76
7,84
3,92
2,61 1,96 1,96
1,31 1,31 1,31 0,65 0,65 0,65 0,65
O D G K M F B E L C I A J H N
Fornecedor
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Sete ferramentas da qualidade
2ª Análise de Pareto
•Exercício: Use a análise de Pareto para examinar os seguintes dados coletados na linha
de montagem de um placa de circuito impresso e prepare o gráfico
Excesso de adesivo 64
Defeito Número de
Ocorrências
Componente errado 217
Componentes não-aderentes 146
Excesso de adesivo 64
Transistores mal posicionados 600
Dimensões de placas erradas 143
Furos de montagem mal 14
posicionados
Problemas de circuito no teste 92
final
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Sete ferramentas da qualidade
3ª Diagrama de causa e efeito
•Foi desenvolvido para representar as relações existentes entre um efeito
desejável ou indesejável do resultado de um processo e todas as possíveis
causas desse efeito
•Assim, atua como um guia para a identificação da causa fundamental desse
problema e para a determinação das medidas corretivas que deverão ser
adotadas
•A estrutura do diagrama de causa e efeito lembra o esqueleto de um peixe,
por isso é conhecido também como diagrama de espinha de peixe
•Uma terceira denominação para esse diagrama é diagrama de Ishikawa, em
homenagem ao professor Kaoru Ishikawa, que elaborou o diagrama de
causa e efeito para explicar a alguns engenheiros de uma indústria japonesa
como os vários fatores de um processo estavam inter-relacionados
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Sete ferramentas da qualidade
3ª Diagrama de causa e efeito: representa as relações existentes entre um efeito
desejável ou indesejável do resultado de um processo e todas as possíveis causas desse
efeito
oA equipe deve repetidamente formular e responder a pergunta: Que tipo de
variabilidade (nas causas) poderia afetar a característica da qualidade de
interesse ou resultar no efeito considerado?
oEm seguida, para cada causa identificada, deve-se responder a
pergunta: Por que isso acontece? A resposta a essa pergunta levará a
possíveis causas que se ramificam a partir da causa anterior.
oO objetivo desse procedimento é tentar identificar as causas
fundamentais para a ocorrência de problemas
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Sete ferramentas da qualidade
3ª Diagrama de causa e efeito: representa as relações existentes entre um efeito
desejável ou indesejável do resultado de um processo e todas as possíveis causas desse
efeito
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Sete ferramentas da qualidade
4ª Diagrama de correlação/dispersão: gráfico utilizado para a visualização do
tipo de relacionamento existente entre duas variáveis
•Para a construção de um diagrama de correlação/dispersão, devem ser
coletados pelo menos 30 pares de observações (x, y) das variáveis cujo tipo
de relacionamento será estudado
•A variável registrada no eixo horizontal (x) deve ser aquela que, por algum
motivo, é considerada preditora da outra variável, a qual será plotada no
eixo vertical (y).
•A escolha das escalas das variáveis no gráfico deve ser a mais adequada
para permitir fácil visualização do padrão de correlação/dispersão dos
pontos
•Quando da análise do diagrama, deve-se primeiramente verificar se não
existem pontos atípicos (outliers), que são uma observação extrema, que
não é condizente com o restante da massa de dados
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Sete ferramentas da qualidade
4ª Diagrama de correlação/dispersão: gráfico utilizado para a visualização do
tipo de relacionamento existente entre duas variáveis
•Exercício: A tabela a baixo representa o desvio de duas medidas controladas de uma
peça. Verifique se há correlação entre elas
Peça x y
1 0,3 0,5
2 0,4 0,5
3 0,2 0,3
4 0,4 0,6
5 0,3 0,4
6 0,5 0,6
7 0,2 0,2
8 0,6 0,7
9 0,3 0,4
10 0,5 0,5
11 0,4 0,5
12 0,3 0,3
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– Ciclo PDCA, MASP e Ferramentas da qualidade
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barra vertical, cuja área deve 6
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Sete ferramentas da qualidade
5ª Histograma: dispõe as informações de modo que seja possível a visualização da
forma de distribuição de um conjunto de dados e também a percepção da localização do
valor central e da dispersão dos dados em torno deste valor central
•Etapas para a construção de um histograma:
a) Coletar n dados referentes à variável cuja distribuição será analisada. É
aconselhável que n seja superior a 50 para que se possa obter um padrão
representativo da distribuição
b) Escolher o número de intervalos ou classes (k)
Tamanho da amostra (n) Número de intervalos (k)
< 50 5–7
50 – 100 6 – 10
100 – 250 7 – 12
> 250 10 – 20
c) Calcular a amplitude total dos dados, dada por: R = MAX – MIN, em que
MAX e MIN representam respectivamente o maior e o menor valor da
amostra
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Sete ferramentas da qualidade
5ª Histograma: dispõe as informações de modo que seja possível a visualização da
forma de distribuição de um conjunto de dados e também a percepção da localização do
valor central e da dispersão dos dados em torno deste valor central
•Etapas para a construção de um histograma:
g) Construir um gráfico de barras com uma escala no eixo horizontal para
representar os limites dos intervalos e uma escala no eixo vertical para
representar as frequências de ocorrências dentro de cada intervalo
•Exemplo: Utilizar os dados apresentados na tabela a seguir para a construção de um
histograma Dados
9,9 10,1 9,8 10,2 9,9 10,5
9,3 9,9 9,9 9,8 9,8 10,6
10,2 9,7 10,1 10,7 10,3 9,8
9,4 9,8 10,4 9,9 9,5 9,5
10,1 9,9 10 10,7 9,9 9,4
9,6 10 10,2 9,3 9,3 9,6
9,9 9,6 10,1 10,3 10,2 10,3
10,1 9,7 9,8 9,9 9,2 10,2
9,8 9,4 10,1 10,5 9,9
9,8 9,6 10,3 9,8 9,7
9,8 10 10 10,3 9,9
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Sete ferramentas da qualidade
5ª Histograma: dispõe as informações de modo que seja possível a visualização da
forma de distribuição de um conjunto de dados e também a percepção da localização do
valor central e da dispersão dos dados em torno deste valor central
•Exercício: Analise a tabela com os tempos de atendimentos e construa um histograma
Tabela 1 – Tempos de atendimentos
6,66 7,09 6,98 6,63 5,60 4,92 10,85 3,58 5,78 6,54
3,07 6,33 6,25 7,06 6,16 3,54 8,06 6,36 8,95 2,89
8,52 4,75 4,51 7,43 7,33 5,31 3,56 9,99 5,61 4,53
3,32 7,39 5,23 3,50 5,72 4,84 4,94 2,34 6,04 2,14
7,20 7,24 6,66 4,81 8,48 4,31 5,99 10,42 4,49 5,90
0,70 2,83 9,92 9,42 10,67 5,97 6,79 5,69 4,39 7,80
oPara uma amostra de tamanho n = 60, pode-se trabalhar com k = 10 intervalos
oA amplitude da amostra é R = MAX – MIN = 10,85 – 0,70 => R = 10,15
oO comprimento do intervalo é h = R/k = 10,15/10 = 1,015=> h = 1,02
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Sete ferramentas da qualidade
6ª Gráficos de controle: manter o controle de um processo através do
acompanhamento do comportamento de uma ou várias medidas importantes resultantes
desse processo, a fim de que o mesmo opere na sua melhor condição
•Quando o processo não se encontra em controle estatístico, ou seja, quando causas
esporádicas, além das causas crônicas, estão interferindo na estabilidade do processo, a
distribuição dos pontos no gráfico apresentará pontos fora dos limites do gráfico ou
com uma distribuição não aleatória, o que indica que algum problema presente está
causando uma piora da qualidade do resultado do processo
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Referência utilizada
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