Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Calculo Vetorial - Secoes 16.1-9 Calculo PDF
Calculo Vetorial - Secoes 16.1-9 Calculo PDF
1-9
Maio 2011
Campos vetoriais
Seja D um subconjunto do R2 . Um campo vetorial em R2 é uma função ~F que
associa a cada ponto (x, y) em D um vetor bidimensional ~F(x, y).
Campos vetoriais
Como ~F(x, y) é um vetor bidimensional, podemos escrevê-lo em termos de
suas funções componentes P e Q, da seguinte forma:
Exemplo 1
Um campo vetorial em R2 é definido por ~F(x, y) = −y~i + x~j. Faça um esboço
de ~F .
Solução
Inicialmanete marcamos ~F nos vetores unitários~i e~j. Em seguida, seja
~r = hx, yi o vetor posição em relação a origem do plano cartesiano. Note que:
p
k~F(x, y)k = x2 + y2 = k~rk.
Note ainda que:
Ver figura
Exemplo 2
Esboce o campo vetorial em R3 dado por ~F(x, y, z) = z~k.
Exemplo 2
Esboce o campo vetorial em R3 dado por ~F(x, y, z) = z~k.
Solução
Note que k~F(x, y, z)k = ±z. Se z > 0 o vetor ~F(x, y, z) aponta na direção de z
crescente, e se z < 0 na direção inversa. Para z = 0, isto é, no plano xy
~F(x, y, z) é o vetor nulo.
Campos Vetoriais
Se f (x, y, z) é um campo escalar, podemos obter um campo vetorial a partir do
gradiente aplicado a f :
Exemplo 3
Determine o campo vetorial gradiente de f (x, y) = x2 + y2 , e esboce o campo.
Exemplo 3
Determine o campo vetorial gradiente de f (x, y) = x2 + y2 , e esboce o campo.
Solução
Note que ∇f (x, y) é dado por:
Ver figura
Exemplo 4
Determine a função potencial para cada um dos seguintes campos vetoriais
conservativos.
(a) ~F(x, y) = 2x~i + 2y~j,
Solução
Note que fx (x, y) = 2x e fy (x, y) = 2y. Integrando a primeira equação em
relação a x temos:
Z
f (x, y) = 2xdx + g(y) = x2 + g(y).
Exemplo 4 continuação
2y
(b) ~F(x, y, z) = h x2 +y2x2 +z2 , x2 +y2 +z2 , x2 +y2z2 +z2 i.
2y
Note que fx = x2 +y2x2 +z2 , fy = x2 +y2 +z2 e fz = 2z
x2 +y2 +z2
. Integrando a
primeira equação em relação a x temos:
2x
Z
f (x, y, z) = dx + g(y, z) = ln (x2 + y2 + z2 ) + g(y, z).
x 2 + y2 + z2
Derivando a relação acima em relação a y temos que:
2y ∂g(y, z) 2y
+ = 2 =⇒ g(y, z) = h(z).
x 2 + y2 + z2 ∂y x + y2 + z2
Assim ficamos com f (x, y, z) = ln (x2 + y2 + z2 ) + h(z). Derivando essa
equação em relação a z temos:
Exemplo 4 continuação
Derivando essa equação em relação a z temos:
2z 2z
+ h0 (z) = =⇒ h(z) = c.
x 2 + y2 + z2 x2 + y2 + z2
2y
Logo a função potencial para ~F(x, y, z) = h x2 +y2x2 +z2 , x2 +y2 +z2 , x2 +y2z2 +z2 i é:
f (x, y, z) = ln (x2 + y2 + z2 ) + c.
Exemplo 5
Calcule C (2 + x2 y)ds, onde C é a metade superior do cícurlo unitário
R
x2 + y2 = 1.
Ver figura
Exemplo 5
Calcule C (2 + x2 y)ds, onde C é a metade superior do cícurlo unitário
R
x2 + y2 = 1.
Solução
A parametrização do semicírculo é:
x = cos(t), y = sin(t) com 0 ≤ t ≤ π.
O elemento de arco ds fica: q
ds = cos2 (t) + sin2 (t)dt = dt.
Assim:
Z Z π
2
(2 + x y)ds = [2 + cos2 (t) sin(t)]dt
C 0
3 π
cos (t) 2
= 2π − = 2π + .
3 0 3
Exemplo 6
Calcule C 2xds, onde C é formada pelo arco C1 da parábola y = x2 de (0, 0) a
R
s
Z b 2 2 2
dx dy dz
Z
f (x, y, z)ds = f (x(t), y(t), z(t)) + + dt,
C a dt dt dt
ou em notação vetorial:
Z Z b
f (x, y, z)ds = f (~r(t))k~r0 (t)kdt.
C a
Exemplo 7
R
Calcule C y sin(z)ds, onde C é a hélice circular dada pelas equações
x = cos(t), y = sin(t), z = t e 0 ≤ t ≤ 2π.
Ver figura
Exemplo 7
R
Calcule C y sin(z)ds, onde C é a hélice circular dada pelas equações
x = cos(t), y = sin(t), z = t e 0 ≤ t ≤ 2π.
Solução
O elemento de comprimento arco é dado por:
q √
ds = sin2 (t) + cos2 (t) + 1dt = 2dt.
Assim:
√
√ sin(2t) 2π √
Z 2π
2
Z
2
y sin(z)ds = sin (t) 2dt = t− = π 2.
C 0 2 2 0
Exemplo 8
Determine o trabalho feito pelo campo de força ~F(x, y, z) = x2~i − xy~j ao se
mover uma partícula ao longo de um quarto de círculo ~r(t) = cos(t)~i + sin(t)~j,
0 ≤ t ≤ π/2.
Solução
Note primeiramente que ~F(~r(t)) = hcos2 (t), − cos(t) sin(t)i, e que
~r0 (t) = h− sin(t), cos(t)i. Assim:
Z b π/2
2 2
Z π/2
~F · d~r = 2 3
−2 cos (t) sin(t)dt = cos (t) =− .
a 0 3 0 3
Exemplo 9
R
Calcule C ydx + zdy + xdz, onde C consiste no segmento de reta C1 que une
(2, 0, 0) a (3, 4, 5) seguido pelo segmento de reta vertical C2 de (3, 4, 5) a
(3, 4, 0).
Solução
O campo vetorial a ser integrado é ~F(~r(t)) = hy, z, xi. O caminho C1 é dado
por ~r(t) = h2 + t, 4t, 5ti com 0 ≤ t ≤ 1. De forma que ~F(~r(t)) = h4t, 5t, 2 + ti e
~r0 (t) = h1, 4, 5i. Logo:
Z b Z 1 Z 1
~F · d~r = [1(4t) + 4(5t) + 5(2 + t)]dt = (10 + 29t)dt
a 0 0
29t2 1 49
= 10t + = .
2 0 2
Exemplo 9 continuação
O caminho C2 é dado por ~r(t) = h3, 4, 5 − 5ti com 0 ≤ t ≤ 1. De forma que
~F(~r(t)) = h4, 5 − 5t, 3i e~r0 (t) = h0, 0, −5i. Logo:
Z b Z 1 Z 1
~F · d~r = [0(4t) + 0(5 − 5t) + 3(−5)]dt = −15 dt = −15.
a 0 0
R
Assim a integral C ydx + zdy + xdz vale:
Z Z Z
~F · d~r = ~F · d~r + ~F · d~r = 24.5 − 15 = 9.5 .
C C1 C2
Teorema 1
Seja C uma curva lisa dada pela função vetorial ~r(t), a ≤ t ≤ b. Seja f uma
função diferenciável de duas ou três variáveis cujo vetor gradiente ∇f é
contínuo em C. Então
Z
∇f · d~r = f (~r(b)) − f (~r(a)).
C
Exemplo 10
Determine o trabalho realizado pelo campo vetorial
~F(x, y, z) = h 2 2x2 2 , 2 2y2 2 , 2 2z2 2 i, ao mover uma partícula de massa m
x +y +z x +y +z x +y +z
do ponto (1, 0, 0) para o ponto (1, 1, 1) ao longo de uma curva lisa por partes
C.
Solução
Já vimos que o campo vetorial acima é conservativo, com função potencial
dada por f (x, y, z) = ln (x2 + y2 + z2 ) + c. Dessa forma:
Z Z
W= ~F · d~r = ∇f · d~r = f (1, 1, 1) − f (1, 0, 0) = ln (3).
C C
ExemploR 11
Calcule C y2 dx + xdy, onde
(a) C = C1 é o segmento de reta de (−5, −3) a (0, 2),
(b) C = C2 é o arco x = 4 − y2 de (−5, −3) a (0, 2).
Solução
O caminho C1 tem a seguite parametrização x = 5t − 5, y = 5t − 3 com
0 ≤ t ≤ 1. Z 1
dx dy
Z
y2 dx + xdy = (5t − 3)2 + (5t − 5) dt
C1 0 dt dt
Z 1
= [5(5t − 3)2 + 5(5t − 5)]dt
0
Z 1
5
=5 (25t2 − 25t + 4)dt = − .
0 6
ExemploR 11 continuação
Calcule C y2 dx + xdy, onde
(a) C = C1 é o segmento de reta de (−5, −3) a (0, 2),
(b) C = C2 é o arco x = 4 − y2 de (−5, −3) a (0, 2).
Solução
O caminho C2 tem a seguite parametrização
Z 2
y = t, x = 4− t2 com −3 ≤ t ≤ 2.
dx dy
Z
y2 dx + xdy = t2 + (4 − t2 ) dt
C2 −3 dt dt
Z 2
= [−2t3 + (4 − t2 )]dt
−3
Z 2
245
= (−2t3 − t2 + 4)dt = − .
−3 6
onde C1 e C2 são dois caminhos distintos com mesmos pontos incial e final.
Mas segue do teorema anterior que
Z Z
∇f · d~r = ∇f · d~r.
C1 C2
Uma curva é dita fechada se seu ponto inicial coincide com o final, i.e.,
~r(a) =~r(b). O teorema a seguir nos fornece uma condição sob a qual a
integral de linha de um campo vetorial é independente do caminho de
integração.
Teorema 2
~F · d~r é independente do caminho, em uma região, D se e somente se
R
HC
~
C F · d~r = 0 para todo caminho C fechado em D.
Exemplo 12
Mostre que a integral de linha do campo vetorial ~F = h2x, 2yi independe do
caminho de integração.
Exemplo 12
Mostre que a integral de linha do campo vetorial ~F = h2x, 2yi independe do
caminho de integração.
Solução
Vamos calcular a integral de linha do campo acima sobre uma curva fechada
C qualquer. Para isso, note que ~F = ∇f , com f (x, y) = x2 + y2 + c. Assim
d
I I I
~F · d~r = ∇f · d~r = f (~r(t))dt = 0.
C C C dt
independente do caminho.
∂P ∂Q
= .
∂y ∂x
Exemplo 13
Determine se o campo vetorial ~F(x, y) = (x − y)~i + (x − 2)~j é ou não
conservativo.
Exemplo 13
Determine se o campo vetorial ~F(x, y) = (x − y)~i + (x − 2)~j é ou não
conservativo.
Solução
Note que P(x, y) = x − y e que Q(x, y) = x − 2, de forma que:
∂P ∂Q
= −1 = 1.
∂y ∂x
Logo o campo não é conservativo.
Uma cuva é dita simples se ela não se autointercepta. E uma região é dita
simplesmente conexa se a mesma é conexa e não contem buracos, ou seja,
qualquer curva simples fechada em D contorna pontos que estão somente em
D.
Teorema 5
Seja ~F(x, y) = P(x, y)~i + Q(x, y)~j um campo vetorial sobre uma região D
aberta e simplesmente conexa. Suponha que P e Q tenham derivadas parciais
de primeira ordem contínuas e que
∂P ∂Q
= ,
∂y ∂x
em D. Então ~F é conservativo.
Exemplo 14
Determine se o campo vetorial ~F(x, y) = (3 + 2xy)~i + (x2 − 3y2 )~j é ou não
conservativo.
Exemplo 14
Determine se o campo vetorial ~F(x, y) = (3 + 2xy)~i + (x2 − 3y2 )~j é ou não
conservativo.
Solução
Note que P(x, y) = 3 + 2xy e que Q(x, y) = x2 − 3y2 , de forma que:
∂P ∂Q
= 2x = .
∂y ∂x
Como o domínio de ~F é o plano R2 que é aberto e simplesmente conexo,
então o campo é conservativo.
Exemplo 15
−y
Determine se o campo vetorial ~F(x, y) = x2 +y2~i + x2 +y
x ~
2 j, (x, y) 6= (0, 0) é ou
não conservativo.
Exemplo 15
−y
Determine se o campo vetorial ~F(x, y) = x2 +y2~i + x2 +y
x ~
2 j, (x, y) 6= (0, 0) é ou
não conservativo.
Solução
Note que
∂P −x2 + y2 ∂Q
= 2 = .
∂y x + y2 ∂x
O resultado acima sugere que ~F é conservativo.
Exemplo 15 continuação
Mas se este for o caso, a integral de linha de ~F ao longo de qualquer curva
fechada C deve ser zero. Assim seja C o círculo unitário percorrido no sentido
anti-horário, com parametrização dada por x = cos(t), y = sin(t) e 0 ≤ t ≤ 2π.
Neste caso
I Z 2π
~F · d~r = [sin2 (t) + cos2 (t)]dt = 2π.
C 0
Como a integral acima é diferente de zero, o campo não é conservativo. Note
que apesar das derivadas parciais ∂P ∂Q ~
∂y e ∂x serem iguais, o domínio de F não é
uma região simplesmente conexa, de forma que o teorema anterior não se
aplica.
∂P ∂Q
= ,
∂y ∂x
∂P ∂R
= ,
∂z ∂x
∂Q ∂R
= .
∂z ∂y
Exemplo 16
Determine se o campo vetorial ~F(x, y, z) = (yz)~i + (xz)~j + (xy + 2z)~k, é ou não
conservativo.
Solução
Note que ~F está definido em todo o R3 , conjunto aberto e simplesmente
conexo. Note também que
∂P ∂Q
=z= ,
∂y ∂x
∂P ∂R
=y= ,
∂z ∂x
∂Q ∂R
=x= .
∂z ∂y
Logo o campo acima é conservativo.
Exemplo 17
Calcule c x4 dx + xydy, onde C é a curva triangular constituida pelos
H
segmentos de reta (0, 0) a (1, 0), de (1, 0) a (0, 1) e de (0, 1) a (0, 0).
Ver figura
Exemplo 17
Calcule c x4 dx + xydy, onde C é a curva triangular constituida pelos
H
segmentos de reta (0, 0) a (1, 0), de (1, 0) a (0, 1) e de (0, 1) a (0, 0).
Solução
Note que o caminho é fechado, simples e com orientação positiva. Como as
funções P(x, y) = x4 e Q(x, y) = xy têm derivadas contínuas na região
triangular acima, podemos utilizar o teorema de Green.
I ZZ ZZ
∂Q ∂P
x4 dx + xydy = − dA = ydA
C D ∂x ∂y D
Z 1 Z 1−x Z 1 1
1 2 1 3 1
= ydydx = (1 − x) dx = − (1 − x) = .
0 0 2 0 6 0 6
Exemplo 18
p
Calcule C (3y − esin(x) )dx + (7x + y4 + 1)dy, onde C é o círculo x2 + y2 = 9.
H
Exemplo 18
p
Calcule C (3y − esin(x) )dx + (7x + y4 + 1)dy, onde C é o círculo x2 + y2 = 9.
H
Solução
Utilizando o teorema de Green e convertendo a integral dupla para
coordenadas polares temos
I p
(3y − esin(x) )dx + (7x +
y4 + 1)dy =
C
ZZ
∂ p
4
∂ sin(x)
(7x + y + 1) − (3y − e ) dA =
D ∂x ∂y
Z 2π Z 3 Z 2π Z 3
(7 − 3)rdrdθ = 4 dθ rdr = 36π.
0 0 0 0
1
I I I
A= xdy = − ydx = xdy − ydx.
C C 2 C
Exemplo 19
2 y2
Determine a área delimitada pela elipse ax2 + b2 = 1.
Exemplo 19
2 y2
Determine a área delimitada pela elipse ax2 + b2 = 1.
Solução
Podemos parametrizar a elipse através das seguintes equações x = a cos(t),
y = b sin(t) com 0 ≤ t ≤ 2π.
Z 2π
1 1
I
A= xdy − ydx = [a cos(t)b cos(t) + b sin(t)a sin(t)]dt
2 C 2 0
ab 2π
Z
= dt = πab.
2 0
Exemplo 20
Calcule C y2 dx + 3xydy, onde C é a fronteira da região semianular D contida
H
Exemplo 20
Calcule C y2 dx + 3xydy, onde C é a fronteira da região semianular D contida
H
Solução
Utilizando o teorema de Green e convertendo a integral dupla para
coordenadas polares teremos
I ZZ
∂ ∂
y3 dx + 3xydy = (3xy) − (y2 ) dA =
C D ∂x ∂y
ZZ Z πZ 2
= ydA = r2 sin(θ)drdθ
D 0 1
Z 2
π 14
Z
= sin(θ)dθ r2 dr = .
0 1 3
Exemplo 21
Calcule C y3 dx − x3 dy, onde C é composta de dois círculos de raios 1 e 2
H
Exemplo 21
Calcule C y3 dx − x3 dy, onde C é composta de dois círculos de raios 1 e 2
H
Solução
Note que a região D é a região contida entre as circunferências de raios 1 e 2
assim
I ZZ ZZ
3 3 ∂Q ∂P
y dx − x dy = − dA = −3 (x2 + y2 )dA
C D ∂x ∂y D
Z 2π Z 2 2π 4 2
r 45π
= −3 r3 drdθ = −3 θ =− .
0 1 0 4 1 2
Rotacional
Se pensarmos em ∇ como um vetor de componentes ∂/∂x, ∂/∂y e ∂/∂z,
podemos também considerar o produto vetorial formal de ∇ pelo campo
vetorial ~F , como se segue:
~i ~j ~k
∇ × ~F = ∂x
∂ ∂ ∂
∂y ∂z
P Q R
∂R ∂Q ~ ∂P ∂R ~ ∂Q ∂P ~
= − i+ − j+ − k
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
= rot ~F.
Exemplo 22
Se ~F(x, y, z) = xz~i + xyz~j − y2~k, determine o rotacional de ~F .
Exemplo 22
Se ~F(x, y, z) = xz~i + xyz~j − y2~k, determine o rotacional de ~F .
Solução
Utilizando a definição temos que
~i ~j
~k
∇ × ~F = ∂x
∂ ∂ ∂
∂y ∂z
xz xyz −y2
Teorema 1
Se f é um campo escalar que tem derivadas parciais contínuas de segunda
ordem então,
rot (∇f ) = ~0.
Exemplo 23
Mostre que o campo vetorial ~F(x, y, z) = xz~i + xyz~j − y2~k não é conservativo.
Exemplo 23
Mostre que o campo vetorial ~F(x, y, z) = xz~i + xyz~j − y2~k não é conservativo.
Solução
Suponha que ~F seja conservativo. Então devemos ter que rot ~F = ~0. Mas
como vimos no exemplo anterior
∇ × ~F = −y(2 + x)~i + x~j + yz~k.
Logo ~F não pode ser conservativo.
Teorema 2
Se ~F for um campo vetorial definido sobre todo o R3 (domínio aberto e
simplesmente conexo) cujas componentes tenham derivadas parciais de
segunda ordem contínuas e rot ~F = ~0, então ~F será um campo vetorial
conservativo.
Exemplo 24
Mostre que o campo vetorial ~F(x, y, z) = y2 z3~i + 2xyz3~j + 3xy2 z2~k é
conservativo e determine sua função potencial.
Exemplo 24
Mostre que o campo vetorial ~F(x, y, z) = y2 z3~i + 2xyz3~j + 3xy2 z2~k é
conservativo e determine sua função potencial.
Solução
Note que
~i
~j ~k
∇ × ~F = ∂x
∂ ∂ ∂
2 3 ∂y ∂z
y z 2xyz3 3xy2 z2
= (6xyz2 − 6xyz2 )~i − (3y2 z2 − 3y2 z2 )~j + (2yz3 − 2yz3 )~k = ~0.
Exemplo 24 continuação
Para determinar a função potencial basta integral (parcialmente) uma das
funções componetes e utilizar as demais para determinar as constantes de
integração. Assim Z
fx = y2 z3 =⇒ f (x, y, z) = y2 z3 dx = xy2 z3 + g(y, z).
Como fy = 2xyz3 obtemos que g(y, z) = h(z). Note ainda que fz = 3xy2 z2 ,
assim h(z) = c. Logo a função potencial é dada por
f (x, y, z) = xy2 z3 + c.
Um campo vetorial ~F com rotacional nulo é chamado de irrotacional.
Divergente
Se ~F = P~i + Q~j + R~k é um campo vetorial em ~R3 e existem ∂P/∂x, ∂Q/∂y e
∂R/∂z, então o divergente de ~F é o campo escalar dado por
∂P ∂Q ∂R
div ~F = ∇ · ~F = + + .
∂x ∂y ∂z
Novamente se pensarmos em ∇ como um vetor de componentes ∂/∂x, ∂/∂y e
∂/∂z, podemos reescrever o divergente como se segue:
∂ ∂ ∂
div ~F = ∇ · ~F = h , , i · hP, Q, Ri.
∂x ∂y ∂z
Exemplo 25
Se ~F(x, y, z) = xz~i + xyz~j − y2~k, encontre div ~F .
Exemplo 25
Se ~F(x, y, z) = xz~i + xyz~j − y2~k, encontre div ~F .
Solução
Pela definição temos que
Exemplo 26
Mostre que o divergente do rotacional de um campo vetorial é igual ao vetor
nulo.
Exemplo 26
Mostre que o divergente do rotacional de um campo vetorial é igual ao vetor
nulo.
Solução
Seja ~F = P~i + Q~j + R~k um campo vetorial, cujas funções componentes
apresentam derivadas de segunda ordem contínuas. Assim
~G = rot ~F = ∂R ∂Q ~ ∂P ∂R ~ ∂Q ∂P ~
− i+ − j+ − k.
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
Calculando o divergente do campo ~G temos que
div ~G = div rot ~F
∂ ∂R ∂Q ∂ ∂P ∂R ∂ ∂Q ∂P
= − + − + − .
∂x ∂y ∂z ∂y ∂z ∂x ∂z ∂x ∂y
Exemplo 26 continuação
Laplaciano
Ainda podemos definir outro campo escalar ao aplicarmos o operador ∇ a um
campo gradiente ∇f . O resultado é o seguinte campo escalar
∂2 f ∂2 f ∂2 f
div(∇f ) = ∇ · (∇f ) = + + .
∂x2 ∂y2 ∂z2
Essa expressão aperecer com tanta frequencia de forma que vamos abreviá-la
como ∇2 f . Ao operador ∇2 chamamos de laplaciano. E se ~F = P~i + Q~j + R~k é
um campo vetorial, podemos também aplicar ∇2 a ~F como
Exemplo 27
Aplique o operador laplaciano aos seguintes campos:
(a) f (x, y, z) = exyz ,
(b) ~F(x, y, z) = hex , exy , exyz i.
Solução
Note que ∇f = hyzexyz , xzexyz , xyexyz i, de forma que
Exemplo 27 continuação
No exemplo (b) note que P = ex , Q = exy e R = exyz . Assim
∇2 P = ∇2 ex = ex
∇2 Q = ∇2 exy = (x2 + y2 )exy
∇2 R = ∇2 exyz = [(yz)2 + (xz)2 + (xy)2 ]exyz .
Superfícies parametrizadas
Uma superfície parametrizada é uma função vetorial ~r(u, v) de dois
parâmetros u e v, que pode ser expressa da seguinte forma
Exemplo 28
Identifique e esboce a superfície com equação vetorial
~r(u, v) = 2 cos(u)~i + v~j + 2 sin(u)~k.
Exemplo 29
Determine a função vetorial que representa um plano que passa pelo ponto P0
com vetor posição ~r0 e que contenha dois vetores não paralelos ~a e ~b.
Solução
−−→
Seja P um ponto do plano em questão, então o vetor P0 P pode ser escrito
−−→
como uma combinação dos vetores ~a e ~b, isto é, P0 P = u~a + v~b. Mas o vetor
−→ −−→ −−→
OP = OP0 + P0 P, ou seja,~r =~r0 + u~a + v~b. Assim~r(u, v) =~r0 + u~a + v~b.
Exemplo 30
Determine uma representação paramétrica para uma esfera de raio a centrada
na origem.
Exemplo 30
Determine uma representação paramétrica para uma esfera de raio a centrada
na origem.
Solução
Devemos parametrizar x2 + y2 + z2 = a2 . Para tanto basta tomarmos
x = a sin(φ) cos(θ), y = a sin(φ) sin(θ) e z = a cos(φ). Assim a equação
vetorial resultante é
Exemplo 31
Determine uma função vetorial que represente o paraboloide elíptico
z = x2 + 2y2 .
Exemplo 31
Determine uma função vetorial que represente o paraboloide elíptico
z = x2 + 2y2 .
Solução
Neste caso podemos utilizar o fato de que z = f (x, y) e considerar a seguinte
parametrização x = x, y = y e z = x2 + 2y2 , de forma que
Planos tangentes
Seja ~r(u, v) uma superfícies parametrizada. Seja ainda (u0 , v0 ) um ponto do
domínio de ~r. Note que as funções ~r(u, v0 ) e ~r(u0 , v) representam curvas
sobre S, chamadas de curvas coordenadas.
Planos tangentes
Os vetores tangentes às curvas coordenadas ~r(u, v0 ) e ~r(u0 , v) são dados por
~ru e~rv , respectivamente, isto é, tomando-se as derivadas parciais de~r(u, v)
em relação a u e v. Assim o plano tangente à S em P0 = (x0 , y0 , z0 ), que
contem os vetores ~ru e ~rv , tem vetor normal dado por
~N(P0 ) =~ru ×~rv =~ru (x0 , y0 , z0 ) ×~rv (x0 , y0 , z0 ).
Ou ainda
~i
~j ~k
~N(x0 , y0 , z0 ) = ∂x ∂y ∂z .
∂u ∂u ∂u
∂x ∂y ∂z
∂v ∂v ∂v
Exemplo 32
Determine a equação do plano tangente à superfície com equações
paramétricas x = u2 , y = v2 e z = u + 2v no ponto (1, 1, 3).
Exemplo 32
Determine a equação do plano tangente à superfície com equações
paramétricas x = u2 , y = v2 e z = u + 2v no ponto (1, 1, 3).
Solução
O vetor normal ao plano é dado por
~i
~j ~k ~i ~j ~k
~N(x(u, v), y(u, v), z(u, v)) = ∂x 1 = −2v~i − 4u~j + 4uv~k.
∂y
∂z =
∂u ∂u ∂u 2u 0
∂x ∂y ∂z 0 v 2
∂v ∂v ∂v
Área de superfície
Seja (u0 , v0 ) um ponto do domínio D de ~r(u, v). Os pontos (u0 , v0 ),
(u0 + ∆u, v0 ), (u0 , v0 + ∆v) e (u0 + ∆u, v0 + ∆v) definem um retângulo no plano
uv com área ∆u∆v. A parametrização~r(u, v) transforma esse retângulo
aproximadamente em um paralelogramo de área
∆S ≈ k~ru ×~rv k∆u∆v.
Definição
Dada uma superfície lisa S com parametrização ~r(u, v), a área de S é dada por
ZZ ZZ
A(S) = dS = k~ru ×~rv kdudv,
S D
Exemplo 33
Determine a área da esfera de raio a.
Exemplo 33
Determine a área da esfera de raio a.
Solução
A parametrização da esfera é
~r(u, v) = a sin(φ) cos(θ)~i + a sin(φ) sin(θ)~j + a cos(φ)~k. de forma que
~i
~j ~k ~i ~j ~k
∂x ∂y ∂z
~rφ ×~rθ = ∂φ ∂φ ∂φ = a cos(φ) cos(θ)
a cos(φ) sin(θ) −a sin(φ)
∂x
∂y ∂z −a cos(φ) sin(θ) a sin(φ) cos(θ) 0
∂θ ∂θ ∂θ
= a sin (φ) cos(θ)~i + a2 sin2 (φ) sin(θ)~j + a2 sin(φ) cos(φ)~k.
2 2
Exemplo 33 continuação
Logo a área é dada por
ZZ Z 2π Z π
2
A(S) = a sin(φ)dφdθ = a2 sin(φ)dφdθ
D 0 0
2π π
= a2 θ − cos(φ) = 4πa2 .
0 0
Exemplo 34
Determine a área lateral do cilindro x2 + y2 = a2 e altura h.
Exemplo 34
Determine a área lateral do cilindro x2 + y2 = a2 e altura h.
Solução
O cilindro pode ser parametrizado da seguinte forma
~r(θ, z) = a cos(θ)~i + a sin(θ)~j + z~k, com θ ∈ [0, 2π] e z ∈ [0, h] de forma que
~i
~j ~k ~i ~j ~k
∂y
~rθ ×~rz = ∂θ
∂x ∂z −a sin(θ) a cos(θ) 0
∂θ ∂θ =
∂x
∂z ∂y ∂z 0 0 1
∂z ∂z
= a cos(θ)~i + a sin(θ)~j.
Exemplo 34 continuação
Logo a área é dada por
ZZ Z 2π Z h
A(S) = adzdθ = a dzdθ = 2πah.
D 0 0
Exemplo 35
Determine a área de uma superfície dada por z = f (x, y).
Exemplo 35
Determine a área de uma superfície dada por z = f (x, y).
Solução
A parametrização neste caso é ~r(x, y) = x~i + y~i + f (x, y)~k, de forma que
~i
~j ~k ~i ~j ~k
∂x ∂y ∂z
~rx ×~ry = ∂x ∂x ∂x = 1 0 fx
∂x
∂y ∂y ∂z 0 1 fy
∂y ∂y
s
ZZ q ZZ 2 2
∂f ∂f
A(S) = 1 + (fx )2 + (fy )2 dxdy = 1+ + dxdy.
D D ∂x ∂y
Note que a expressão acima é geral, isto é, dada uma superfície S do tipo
z = f (x, y), podemos aplicar a equação acima para determinar sua área.
Exemplo 36
Determine a área da parte do paraboloide z = x2 + y2 que está abaixo do
plano z = 9.
Exemplo 36
Determine a área da parte do paraboloide z = x2 + y2 que está abaixo do
plano z = 9.
Solução
Podemos utilizar o resultado do exemplo anterior, de forma que
s
ZZ 2 2 ZZ q
∂f ∂f
A(S) = 1+ + dxdy = 1 + 4(x2 + y2 )dxdy
D ∂x ∂y D
π √
Z 2π Z 3 p Z 37
2π
= 1 + 4r2 rdrdθ = u1/2 du = (37 37 − 1).
0 0 8 1 6
Definição
Seja f (x, y, z) um campo escalar definido em uma superfície parametrizada S,
definimos a integral de superfície de f sobre S como a seguinte integral
ZZ ZZ
f (x, y, z)dS = f (~r(u, v))k~ru ×~rv kdudv.
S D
Exemplo 37
2 dS,
RR
Calcule a integral de superfície Sx onde S é a esfera unitária
x2 + y2 + z2 = 1.
Exemplo 37
2 dS,
RR
Calcule a integral de superfície Sx onde S é a esfera unitária
x2 + y2 + z2 = 1.
Solução
Já vimos que o elemente dá área superficial para uma esfera de raio a é
dS = a2 sin(φ)dφdθ. Assim a integral é dada por
ZZ ZZ
x2 dS = sin2 (φ) cos2 (θ)[sin(φ)]dφdθ
S D
Z 2π Z π
= sin3 (φ) cos2 (θ)dφdθ
0 0
Z 2π
1 4π
Z π
2
=− [1 − cos (φ)]d[cos(φ)] [1 + cos(2θ)]dθ = .
0 2 0 3
Exemplo 38
Calcule S ydS, onde S é a superfície z = x + y2 , 0 ≤ x ≤ 1 e 0 ≤ y ≤ 2.
RR
Exemplo 38
Calcule S ydS, onde S é a superfície z = x + y2 , 0 ≤ x ≤ 1 e 0 ≤ y ≤ 2.
RR
Solução
Neste caso podemos utilizar a parametrização natural e reescrever a integral
de superfície como
s
ZZ ZZ 2 2
∂f ∂f
f (x, y, z)dS = f (x, y, g(x, y)) 1 + + dxdy,
S D ∂x ∂y
onde z = g(x, y) é a equação da superfície.
Exemplo 38 continuação
Assim temos que
ZZ ZZ p Z 1Z 2 p
ydS = y 2 + 2y2 dxdy = y 2 + 2y2 dydx
S D 0 0
Z 1 Z 2 p Z 18
1 1 1 3
= dx y 2 + 4y2 dy = u 2 du = [u 2 ]18
2
0 0 4 2 6
√
1 √ √ 13 2
= [18 18 − 2 2] = .
6 3
ZZ ZZ ZZ ZZ
f (x, y, z)dS = f (x, y, z)dS + f (x, y, z)dS + · · · + f (x, y, z)dS.
S S1 S2 Sn
Exemplo 39
RR
Calcule S zdS, onde S é a superfície cujo lado S1 é dado pelo cilindro
x2 + y2 = 1, cujo fundo S2 é o círculo x2 + y2 ≤ 1 no plano z = 0, e cujo topo S3
é a parte do plano z = 1 + x que está acima de S2 .
Exemplo 39
RR
Calcule S zdS, onde S é a superfície cujo lado S1 é dado pelo cilindro
x2 + y2 = 1, cujo fundo S2 é o círculo x2 + y2 ≤ 1 no plano z = 0, e cujo topo S3
é a parte do plano z = 1 + x que está acima de S2 .
Solução
A superfície desejada tem a seguinte forma
Exemplo 39 continuação
Sobre a superfície S2 onde x2 + y2 ≤ 1 temos que
RR RR
S2 zdS = S2 0dS = 0.
Sobre a S3 temos
ZZ ZZ √ √ Z 2π Z 1
zdS = (1 + x) 2dydx = 2 [1 + r cos(θ)]rdrdθ
S3 D 0 0
√ Z 2π √ θ sin(θ) 2π √
1 1
= 2 + cos(θ) dθ = 2 + = 2π.
0 2 3 2 3 0
Exemplo 39 continuação
Já vimos que o elemento de área lateral para um cilindro de raio a é
dS = adθdz, assim
ZZ ZZ Z 2π Z 1+cos(θ)
zdS = zdθdz = zdzdθ
S1 D 0 0
1 2π
Z
= [1 + 2 cos(θ) + cos2 (θ)]dθ
2 0
sin(2θ) 2π
1 1
= θ + sin(θ) + θ + = 2π.
2 2 2 0
3π √
ZZ ZZ ZZ ZZ
zdS = zdS + zdS + zdS = + 2π.
S S1 S2 S3 2
dm = ρ~V ·~ndS.
Podemos definir a quantidade ~F = ρ~V como um campo vetorial. Assim o fluxo
de massa através da superfície S é dado por
ZZ ZZ
m= ρ~V ·~ndS = ~F ·~ndS.
S S
Podemos utilizar o exemplo acima para definir o fluxo de um campo vetorial
através de uma superfície S.
Definição
Se ~F for um campo vetorial contínuo definido sobre uma superfície orientada S
com vetor unitário ~n, então a integral de superfície (fluxo) de ~F sobre S é
ZZ ZZ
Fluxo de ~F = ~F ·~ndS = ~F · d~S.
S S
Exemplo 40
Determine o fluxo do campo vetorial ~F(x, y, z) = z~i + y~j + x~k através da esfera
unitária x2 + y2 + z2 = 1.
Exemplo 40
Determine o fluxo do campo vetorial ~F(x, y, z) = z~i + y~j + x~k através da esfera
unitária x2 + y2 + z2 = 1.
Solução
Dada a parametrização ~r(φ, θ) = sin(φ) cos(θ)~i + sin(φ) sin(θ)~j + cos(φ)~k,
temos que ~rφ ×~rθ = sin2 (φ) cos(θ)~i + sin2 (φ) sin(θ)~j + sin(φ) cos(φ)~k. Note
ainda que
~F(~r(φ, θ)) = cos(φ)~i + sin(φ) sin(θ)~j + sin(φ) cos(θ)~k.
De forma que
~F · (~rφ ×~rθ ) = sin2 (φ) cos(φ) cos(θ) + sin3 (φ) sin2 (θ) + sin2 (φ) cos(φ) cos(θ)
= 2 sin2 (φ) cos(φ) cos(θ) + sin3 (φ) sin2 (θ).
Exemplo 40 continuação
Assim o fluxo é dado por
ZZ Z 2π Z π
~F · (~rφ ×~rθ )dφdθ = [2 sin2 (φ) cos(φ) cos(θ) + sin3 (φ) sin2 (θ)]dφdθ
D 0 0
Z 2π Z π
= sin3 (φ) sin2 (θ)dφdθ
0 0
Z 2π Z π
2
= sin (θ)dθ sin3 (φ)dφ
0 0
4π
= .
3
Exemplo 41
Determine o fluxo do campo vetorial ~F(x, y, z) = P~i + Q~j + R~k através de uma
superfície dada por z = g(x, y).
Exemplo 41
Determine o fluxo do campo vetorial ~F(x, y, z) = P~i + Q~j + R~k através de uma
superfície dada por z = g(x, y).
Solução
Note que ~rx ×~ry = −gx~i − gy~j +~k, de forma que
Exemplo 42
Calcule S ~F · d~S, onde ~F(x, y, z) = y~i + x~j + z~k e S é a fronteira da região
RR
Solução
A superfície (fechada) tem a seguinte forma:
Exemplo 42 continuação
Sobre a superfície S2 o vetor ~n = −~k, de forma que ~F · (−~k) = −z. Mas sobre
o plano xy temos que z = 0, assim S2 ~F · d~S = 0. Sobre S1 temos que
RR
ZZ ZZ ZZ
~F · d~S = ∂g ∂g
−P − Q + R dxdy = [1 − x2 − y2 + 4xy]dxdy
S1 D ∂x ∂y D
Z 2π Z 1
= [1 − r2 + 4r2 cos(θ) sin(θ)]rdrdθ
0 0
Z 2π
π π
= π− + cos(θ) sin(θ)dθ = .
2 0 2
~ ~ = ~ ~ ~ ~ = π.
RR RR RR
Assim S F · dS S1 F · d S + S2 F · d S 2
Exemplo 43
Determine o fluxo do campo vetorial ~F(x, y, z) = z~i + y~j + x~k através da esfera
unitária x2 + y2 + z2 = 1.
Exemplo 43
Determine o fluxo do campo vetorial ~F(x, y, z) = z~i + y~j + x~k através da esfera
unitária x2 + y2 + z2 = 1.
Solução
Como a superfície em questão é fechada, uma esfera unitária, podemos
aplicar o Teorema de Guass. Note que ∇ · ~F = 1. Assim
4π
ZZ ZZZ ZZZ
~F ·~ndS = div ~FdV = dV = V(E) = .
S E E 3
Exemplo 44
2
Calcule S ~F ·~ndS, onde ~F(x, y, z) = xy~i + (y2 + exz )~j + sin(xy)~k e S é a
RR
Exemplo 44
2
Calcule S ~F ·~ndS, onde ~F(x, y, z) = xy~i + (y2 + exz )~j + sin(xy)~k e S é a
RR
Solução
Note que ∇ · ~F = 3y, assim
ZZ ZZZ Z 1 Z 1−x2 Z 2−z
~F · d~S = 3ydV = 3 ydydzdx
S E −1 0 0
2
(2 − z)3 1−x
2
3 1 1−x 3 1
Z Z Z
2
= (2 − z) dzdx = − dx
2 −1 0 2 −1 3 0
−1 1 2 −1 1 6 184
Z Z
= [(x + 1)3 − 8]dx = (x + 3x4 + 3x2 − 7)dx = .
2 −1 2 −1 35
Exemplo 45
Determine o fluxo do campo vetorial ~F(x, y, z) = z~i + x~j + y~k através do cilindro
x2 + y2 = 1, limitado pelos planos z = 0 e z = 1.
Solução
Note que ∇ · ~F = 0, de forma que o fluxo de ~F através do cilindro é dado por
ZZ ZZZ ZZZ
~F ·~ndS = div ~FdV = 0dV = 0.
S E E
Teorema de Stokes
Seja S uma superfície orientada, lisa por partes, cuja fronteira é formada por
uma curva C fechada, simples, lisa por partes, com orientação positiva. Seja ~F
um campo vetorial cujas componentes têm derivadas parciais contínuas em
uma região aberta do R3 que contém S. Então
I ZZ
~F · d~r = rot ~F · d~S.
C S
Note que se ~F = P~i + Q~j, então rot ~F = − ~k, e que d~S =~kdxdy. Assim
∂Q ∂P
∂x ∂y
I ZZ
∂Q ∂P
Pdx + Qdy = − dxdy,
C D ∂x ∂y
que é o teorema de Green.
Exemplo 46
Calcule C ~F · d~r, onde ~F(x, y, z) = −y2~i + x~j + z2~k e C é a curva da
H
Ver figura
Exemplo 46
Calcule C ~F · d~r, onde ~F(x, y, z) = −y2~i + x~j + z2~k e C é a curva da
H
Solução
Note que
~i
~j ~k
∇ × ~F = ∂x ∂y
∂ ∂ ∂ ~
∂z = (1 + 2y)k.
2 2
−y x z
Assim
I ZZ ZZ
~F · d~r = rot ~F · d~S = (1 + 2y)dxdy
C S D
Z 2π Z 1 Z 2π
1 2
= [1 + 2r sin(θ)]rdrdθ = + sin(θ) dθ = π.
0 0 0 2 3
Ver figura
Exemplo 47
Use o teorema de Stokes para calcular S rot ~F · d~S, onde
RR
Solução
A curva fronteira C é obtida pela intersecção de x2 + y2 + z2 √= 4 com
x2 + y2 = 1, isto é, uma circunferência
√ unitária no plano z = 3. Assim temos
~ ~ ~ 0 ~ ~
que ~r(t) =√ √ j + 3k. Logo~r (t) = − sin(t)i + cos(t)j e
cos(t)i + sin(t)
~F(~r(t)) = 3 cos(t)~i + 3 sin(t)~j + cos(t) sin(t)~k. De forma que
ZZ I
rot ~F · d~S = ~F · d~r
S C
Z 2π √ √
= [− 3 cos(t) sin(t) + 3 cos(t) sin(t)]dt = 0.
0
~F(x, y, z) = z2~i + y2~j + x~k e C é o triangulo com vérteces (1, 0, 0), (0, 1, 0) e
(0, 0, 1) no sentido antihorário.
Ver figura
Exemplo 48
Use o teorema de Stokes para calcular C ~F · d~r, onde
H
~F(x, y, z) = z2~i + y2~j + x~k e C é o triangulo com vérteces (1, 0, 0), (0, 1, 0) e
(0, 0, 1) no sentido antihorário.
Solução
Note que o plano que liga os vértices do triangulo é dada por z = 1 − x − y.
Assim
~i
~j ~k
∇ × ~F = ∂x ~
∂ ∂ ∂
2 ∂y ∂z = (2z − 1)j.
z y2 x
Exemplo 48 continuação
Note ainda que ~G = ∇ × ~F = (2z − 1)~j, assim
I ZZ
~F · d~r = rot ~F · d~S
C S
ZZ ZZ
~G · d~S = ∂g ∂g
= −P − Q + R dxdy
S D ∂x ∂y
ZZ Z 1 Z 1−x
= (2z − 1)dxdy = (1 − 2x − 2y)dydx
S 0 0
Z 1 1
= (x2 − x)dx = − .
0 6
Voltar
Voltar
Semicírculo unitário x2 + y2 = 1
Voltar
Voltar
Voltar
Voltar
Caminhos de integração C1 e C2
Voltar
Caminhos de integração C1 e C2
Voltar
Voltar
Curva fronteira
Voltar
Curva fronteira
Voltar
Curva fronteira
Voltar