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27/02/2019 Bolívia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Bolívia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Bolívia (pronúncia em português europeu: [buˈlivjɐ]; pronúncia em
português brasileiro: [boˈliviɐ]; em castelhano: Bolivia, Estado Plurinacional da Bolívia
pronunciado: [boˈliβja]; em quíchua: Buliwya; em aimará: Wuliwya; Estado Plurinacional de Bolivia[1]
em guarani: Volívia), oficialmente Estado Plurinacional da (espanhol)
Bolívia[8][9] (em castelhano: Estado Plurinacional de Bolivia; em Buliwya Mama Ilaqta (quíchua)
quíchua: Buliwya Mamallaqta; em aimará: Wuliwya Suyu; em Wuliwya Suyu (aimará)
guarani: Tetã Volívia), é um país encravado no centro-oeste da Tetã Volívia (guarani)
América do Sul. Faz fronteira com o Brasil ao norte e leste,
Paraguai e Argentina ao sul, e Chile e Peru ao oeste.

Antes da colonização europeia, a região andina boliviana fazia


parte do império Inca — o maior império da era pré-colombiana. O
império Espanhol invadiu e conquistou essa região no século XVI.
Bandeira Brasão de armas
Durante a maior parte do período colonial espanhol, este território
era chamado Alto Peru ou Charcas e encontrava-se sob a Lema: La union es la fuerza!
administração do Vice-Reino do Peru, que abrangia a maioria das "A união é a força!"
colônias espanholas sul-americanas. Após declarar independência
em 1809, dezesseis anos de guerras se seguiram antes do Hino nacional: Bolivianos, el hado propicio
estabelecimento da república, instituída por Simón Bolívar, em 6 "Bolivianos, o futuro propício"

de agosto de 1825. Desde então, o país tem passado por períodos


Gentílico: boliviano(a)
de instabilidade política, ditaduras e problemas econômicos.

A Bolívia é uma república democrática, dividida em nove


departamentos. Geograficamente, possui duas regiões distintas, o
altiplano a oeste e as planícies do leste, cuja parte norte pertence à
bacia Amazônica e a parte sul à Bacia do Rio da Prata, da qual faz
parte o Chaco boliviano. É um país em desenvolvimento, com um
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) médio e uma taxa de
pobreza que atinge cerca de 60% da população. Dentre suas
principais atividades econômicas, destacam-se a agricultura,
silvicultura, pesca, mineração, e bens de produção como tecidos,
vestimentas, metais refinados e petróleo refinado. A Bolívia é
muito rica em minerais, especialmente em estanho.

A população boliviana, estimada em 10 milhões de habitantes, é


multiétnica, possuindo ameríndios, mestiços, europeus, asiáticos e
africanos. A principal língua falada é o espanhol, embora o aimará
e o quíchua também sejam comuns. Além delas, outras 34 línguas Capital Sucre (constitucional)
indígenas são oficiais. O grande número de diferentes culturas na La Paz (sede do
Bolívia contribuiu para uma grande diversidade em áreas como a governo)
arte, culinária, literatura e música.
Cidade mais populosa Santa Cruz de la Sierra

Língua oficial
Índice Espanhol[2]
Quíchua
Etimologia
Aimará
História
Era pré-colombiana e colonização Guarani
Independência e outras 33 línguas
Conflitos limítrofes [3]

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Perdas territoriais
Revolução de 1952
Governo República
Governos militares presidencialista Unitária
Governos democráticos - Presidente Evo Morales
Geografia - Vice-presidente Álvaro García Linera
Relevo
Clima e biodiversidade Independência da Espanha
Hidrografia - Declarada 6 de agosto de 1825
Demografia
Maiores cidades Área
Composição étnica - Total 1.098.581 km² (28.º)
Idiomas
- Água (%) 1,29
Religião
Política
Fronteira Argentina, Chile e
Relações internacionais Paraguai (S)
Brasil (E)
Subdivisões
Peru (W)
Economia
Infraestrutura População
Transportes
- Estimativa para 2016 10 969 049 [4] hab. (84.º)
Educação
Energia - Densidade 9,13 hab./km² (210.º)
Telecomunicações e mídia
PIB (base PPC) Estimativa de 2014
Cultura
Feriados - Total US$ 69,979 bilhões*[5]

Ver também - Per capita US$ 6 222[5]


Notas
PIB (nominal) Estimativa de 2014
Referências
- Total US$ 34,083 bilhões*[5]
Ligações externas
- Per capita US$ 3 030[5]

IDH (2017) 0,693 (118.º) – médio[6]


Etimologia
O estado boliviano foi fundado sob o nome de República Bolívar Gini (2010) 53[7]
em homenagem a seu libertador, Simón Bolívar. Posteriormente,
Moeda Boliviano (BOB)
foi modificada a proposta do deputado de Potosí, presbítero
Manuel Martín Cruz, que argumentou com a seguinte frase: "Se de Fuso horário UTC −4
Rômulo, Roma; de Bolívar, Bolívia".[10] A nova república adotou Hora atual: 00:03
oficialmente o nome de Bolívia em 3 de outubro de 1825.[10] Do
- Verão (DST) UTC −4
mesmo modo, a Assembleia Deliberante nomeou o libertador
Bolívar como primeiro presidente da república, o qual a chamou de Org. internacionais ONU (OMC), Mercosul,
filha predileta. Após a designação do país com seu nome, Bolívar OEA, ALADI, OTCA,
fez a seguinte declaração: UNASUL, CI-A, UL

“ Meu desespero aumenta ao contemplar


a imensidão de vosso prêmio, porque
depois de haver esgotado os talentos, as
” Cód. ISO

Cód. Internet
BOL

.bo
virtudes, o gênio mesmo do maior dos
heróis, todavia seria eu indigno de Cód. telef. +591
merecer o nome que haveis querido dar,
o meu! Falarei eu de gratidão, quando Website www.bolivia.gob.bo (htt
ela jamais conseguirá expressar nem governamental p://www.bolivia.gob.bo)
suavemente o que experimento por
vossa bondade que, como a de Deus,
passa todos os limites! Sim: somente
Deus tinha o poder para chamar essa
terra Bolívia… Que quer dizer Bolívia?
Um amor desenfreado de liberdade, que
ao receber vosso arroubo, não vejo nada
que fosse igual a seu valor. Sem

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encontrar em vossa embriaguez uma


demonstração adequada à veemência de
seus sentimentos, arrancou vosso nome,
e deu o meu a todas vossas gerações.
Este, que é sem precedentes na história
dos séculos, o é ainda mais na dos
desprendimentos sublimes. Tal
característica mostrará aos tempos que
estão no pensamento do Eterno, o que
anseia a posse de vossos direitos, que é
a posse de exercer as virtudes políticas,
de adquirir os talentos luminosos, e o
gozo de serem homens. Este traço,
repito, provará que vós éreis dignos a
obter a grande benção do Céu — a
Soberania do Povo — única autoridade
legítima das Nações.[10]

História

Era pré-colombiana e colonização


O território boliviano é habitado há mais de 12.000 anos. No local, foram formadas várias
culturas, principalmente nos Andes, destacando-se, especialmente, a cultura Tiwanaku e os
reinos aymaras posteriores à expansão Wari. Estes reinos foram, por sua vez, anexados ao
império Inca no século XIII.

A cultura Tiwanaku se desenvolveu em torno do centro cerimonial homônimo próximo ao


lago Titicaca. A sua fundação ocorreu provavelmente antes do ano 300. Posteriormente, a
cultura inca estabeleceu um vasto império no século XV, pouco antes da chegada dos
Porta do Sol, nas ruínas de um espanhóis. Durante esse século, a Bolívia esteve ocupada por vários grupos de língua
antigo povoamento da cultura
aimará (collas, pacajes, lupacas, omasuyos), destacando-se os collas, que dominaram um
Tiwanaku
vasto território e que lutaram com os falantes de língua quíchuas de Cusco pelo controle da
região. Os collas foram derrotados pelo inca Pachacuti, que se apoderou de quase todo o
planalto boliviano. A Bolívia constituiu, durante quase um século, uma das quatro grandes divisões do Tahuantinsuyo (império inca)
sob o nome de Collasuyo. Estas antigas civilizações deixaram grandes monumentos arquitetônicos e, atualmente, as línguas aimará e
quíchua são muito difundidas no país.

O primeiro europeu a chegar ao atual território da Bolívia foi Diego de Almagro em 1535,
depois de partir de Cusco a fim de conquistar o Chile.[11] Com a morte de Almagro,
Francisco Pizarro enviou seu irmão Gonzalo Pizarro para colonizar a província de Collao
(Collasuyo). Pedro de Anzúriz fundou Chuquisaca (atual Sucre) em 1538, Potosí surgiu em
1546, La Paz em 1548 e Cochabamba em 1574.

A fundação espanhola se caracterizou por apresentar uma base mineiro-agrícola. A cidade


de Potosí, a mais populosa da América em 1574 (120.000 habitantes), se converteu em um
Missão jesuítica de Chiquitos, no
departamento de Santa Cruz grande centro mineiro pela exploração das minas de prata do cerro Rico e, em 1611, era a
maior produtora de prata do mundo. O rei Carlos I havia outorgado a esta cidade o título de
vila imperial depois de sua fundação.

Durante mais de duzentos anos, o território da atual Bolívia constituiu a Real Audiência de Charcas, um dos centros mais prósperos e
densamente povoados dos vice-reinados espanhóis. Potosí começou o seu declínio nas últimas décadas do século XVIII, ao levar a
mineração da prata a um estado de estagnação, como consequência do esgotamento das veias mais ricas, das antiquadas técnicas de
extração e do desvio do comércio para outros países. Em 1776, a Real Audiência de Charcas, que até então fazia parte do Vice-Reino do
Peru, foi incorporada ao Vice-Reino do Rio da Prata.

Independência

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As sublevações de Chuquisaca e La Paz foram o ponto de partida das guerras de independência. O país
se declarou independente em 6 de agosto de 1825 com o nome de República de Bolívar, que foi alterado
para República de Bolivia.

Em 1826, o libertador Simón Bolívar outorgou ao país a primeira constituição, que foi aprovada pelo
congresso de Chuquisaca. Antonio José de Sucre, grande marechal de Ayacucho, foi eleito presidente
da república da Bolívia.

“ O General Sucre é o Pai de Ayacucho: é o redentor dos filhos do Sol; é


o que quebrou as correntes com que envolveu Pizarro o império dos
Incas. A posteridade representará a Sucre com um pé no Pichincha e o
outro no Potosí, levando em suas mãos o berço de Manco-Capac e
contemplando as correntes do Peru quebradas por sua espada. ” Simón Bolívar, o
Desde o início de sua existência como nação independente, a Bolívia viveu quase em um estado crônico
libertador do país
de revoluções e guerras civis e, durante os cinquenta anos seguintes, os intervalos de estabilidade
política foram breves e infrequentes. Em 1837, a Bolívia se uniu ao estado Norte-peruano e ao estado
Sul-peruano para formar um novo estado, a confederação Peru-boliviana, que desapareceu dois anos depois, em 1839, pela oposição e
declaração de guerra da confederação Argentina, do Chile e de um exército de restauradores peruanos. Em 1839, a batalha de Yungay
definiu a dissolução da confederação Peru-boliviana.

Conflitos limítrofes
Os conflitos limítrofes da Bolívia começaram desde muito cedo. O primeiro de grande
importância (que inclusive chegou a ser uma ameaça para a independência) foi a invasão
pelo Peru realizada em 1828, com Agustín Gamarra à frente. Houve batalhas e o exército
peruano ocupou a maior parte do oeste boliviano. A guerra terminou com a assinatura do
tratado de Piquiza e a retirada peruana do solo boliviano.

Depois desse conflito, chegou ao poder na Bolívia o marechal de Zepita, Andrés de Santa
Cruz, que foi capaz de organizar, modernizar e instruir em táticas napoleônicas o exército
Morte do presidente Agustín boliviano. A eficácia da reforma no exército foi vista na invasão feita no Peru ante o pedido
Gamarra em Ingavi de ajuda de Luis José de Orbegoso y Moncada. A Bolívia saiu vitoriosa na invasão e fuzilou
Felipe Santiago Salaverry, criando de fato a confederação Peru-boliviana.

Em 1836, iniciou-se a confederação dos estados Norte-peruano, Sul-peruano e Bolívia, mas, por interesses econômicos do Chile, de
parte de peruanos contrários e por interesses territoriais da confederação Argentina (questão de Tarija), foi produzida uma guerra em
duas partes de 1837 a 1839. Na primeira, a confederação saiu vitoriosa, produzindo o tratado de Paucarpata, mas, na segunda, se
produziu a batalha de Yungay e a confederação foi dissolvida.

Pela parte argentina, a Bolívia, com o general alemão Otto Philipp Braun, comandante da frente boliviana, concentrou suas tropas em
Tupiza e, em fins de agosto de 1837, ingressou na província de Jujuy. Os soldados confederados tiveram várias vitórias, chegando a
ocupar setores fronteiriços das províncias de Jujuy e Salta. Ante a uma série de contra-ataques argentinos, estes invadiram o território
boliviano. Os argentinos foram derrotados na batalha de Montenegro, mais conhecida na Argentina por batalha da Costa de
Coyambuyo. Em 22 de agosto de 1838, Heredia ordenou a retirada e, depois de Yungay, as forças bolivianas evacuaram os setores
fronteiriços que mantinham ocupados.

Depois da confederação Peru-boliviana, na Bolívia e no Peru se produziu um período de anarquia entre partidários e críticos da união
dos dois países e por interesses políticos. No Peru, Gamarra foi o presidente, mas teve que controlar os possíveis usurpadores do
poder. Na Bolívia, sucederam-se golpes de líderes. Gamarra tentou aproveitar-se disto para invadir a Bolívia e anexá-la, mas os
bolivianos decidiram unir-se a um inimigo comum e deram os poderes do estado a José Ballivián.

Gamarra invadiu a Bolívia, ocupou várias zonas do departamento de La Paz mas foi derrotado ao morrer na batalha de Ingavi. Depois
da batalha, os bolivianos invadiram o Peru, mas firmaram o tratado de Puno e se retiraram.

Perdas territoriais
Em 1866 e 1874, foram firmados tratados para resolver o litígio com o Chile sobre o deserto de Atacama, rico em depósitos de nitratos
de sódio e de cobre. Nesses tratados, adotou-se como linha limítrofe entre Chile e Bolívia o paralelo 24º de latitude sul. Foram
outorgados ao Chile diversos direitos alfandegários e concessões de exploração mineral a empresários chilenos no Atacama boliviano.

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Estas últimas disposições originaram o litígio entre os dois países, já que o estado boliviano
não respeitou os acordos alfandegários, incrementando o imposto à extração de salitre às
companhias salitreiras de capital chileno-britânico. Em 1879, o Chile ocupou o porto
boliviano de Antofagasta, iniciando a chamada guerra do Pacífico, na qual a Bolívia e seu
aliado Peru foram derrotados pelo Chile. Ao ser despojada de sua única possessão litoral, a
Bolívia deixou de ter saída para o mar. O litoral boliviano abarcava, aproximadamente,
158.000 km² e, além de Antofagasta, contava com os portos maiores de Mejillones, Cobija e
Tocopilla. Em 1904, foi ratificado um tratado de paz e amizade que reconheceu o domínio
perpétuo do território em litígio por parte do Chile, enquanto garantiu à Bolívia o livre
acesso ao mar.

Territórios perdidos pela Bolívia por A Bolívia manteve, também, uma guerra com o Brasil pelo território do Acre que concluiu
guerras ou diplomacia, segundo a com a cessão de 191.000 km² a este país em troca de uma indenização econômica e uma
historiografia boliviana
pequena compensação territorial. Além desses, teve conflitos territoriais por questão de
limites com a Argentina, o Peru e o Paraguai.

A solução pacífica do litígio com a Argentina foi atingida em 1925. Em 1930, Peru e Bolívia nomearam uma comissão conjunta para
delimitar a fronteira e solucionar o litígio sobre a península de Copacabana.

O problema fronteiriço boliviano-paraguaio se centrou sobre o Chaco boreal, uma zona de terras baixas situada ao norte do rio
Pilcomayo e a oeste do rio Paraguai, que se estende pela disputada fronteira de Bolívia. Os dois países reclamavam o território em sua
totalidade. Em julho de 1932, eclodiu a guerra do Chaco, conflito não declarado que durou três anos e no qual morreram 50 000
bolivianos e 35 000 paraguaios. Em julho de 1938, foi firmado o tratado de paz, segundo o qual o Paraguai ficava com 75% da região
do Grande Chaco. Foi o maior conflito bélico da história boliviana: em três anos de contínuas lutas e perdas, a Bolívia sofreu um
contínuo retrocesso que, finalmente, concluiu-se em Villamontes, onde os fortes cordilheiranos ajudaram o exército da Bolívia a deter
o avanço paraguaio.

Desde a fundação da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1945, a Bolívia solicitou à Assembleia Geral para que considerasse sua
petição de recuperar una saída livre e soberana para o oceano Pacífico. Também apresentou o assunto na Organização dos Estados
Americanos (OEA). Em 1953, o Chile concedeu à Bolívia um porto livre em Arica, garantindo a esta direitos alfandegários especiais e
instalações de armazenamento.

Revolução de 1952
Durante as eleições presidenciais de maio de 1951, o líder exilado do Movimento Nacionalista
Revolucionário (MNR), Víctor Paz Estenssoro, alcançou quase a metade dos votos expressos. No
entanto, na ausência de um vencedor claro, o congresso devia eleger o presidente entre o três
candidatos mais votados. Com a finalidade de impedir a eleição de Paz Estenssoro, o presidente
Mamerto Urriolagoitia renunciou e entregou o governo a uma junta militar que nomeou como seu
chefe o general Hugo Ballivián; em abril de 1952, foi derrubado pelo MNR.

Paz Estenssoro regressou do exílio para assumir a presidência. Sob sua orientação, o governo lançou
um amplo programa de reformas econômicas, decretou a nacionalização das minas e o monopólio
da exportação de estanho. No decurso de 1954, foi realizada a reforma agrária (parcelamento de
terras para distribuir entre os indígenas), incentivou a prospecção de poços petrolíferos por
empresas estrangeiras, instituiu o voto universal e realizou uma reforma educacional.
Víctor Paz Estenssoro em
No final da década de 1950 e início da década de 1960, a economia boliviana sofreu com a queda dos
1955
preços do estanho no mercado mundial e com altos índices de inflação. As minas de estanho não
eram rentáveis e os esforços do governo para reduzir o número de trabalhadores empregados e
restringir os salários encontrou forte resistência dos sindicatos. A constituição boliviana, que não contemplava a reeleição, impediu
que Paz Estenssoro se candidatasse às eleições de 1956, mas seu vice-presidente Hernán Siles Zuazo, filho de Hernando Siles, as
venceu como candidato do MNR.

Siles continuou com a política iniciada pelo governo de Paz Estenssoro, que voltou a ser eleito em 1960. Paz solicitou a redação de uma
nova Constituição, que aumentaria a autoridade econômica do governo e permitiria a reeleição. Em 1964, foi reeleito, nomeando como
vice-presidente o general René Barrientos, chefe da Força Aérea e candidato de direita. Muitos dos antigos colaboradores de Paz o

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abandonaram, denunciando que o MNR havia esquecido sua política revolucionária. O governo de Paz Estenssoro foi derrubado um
mês depois de sua reeleição em consequência do levante protagonizado pelos mineiros e estudantes. Tomou o poder uma junta militar
encabeçada por René Barrientos.

Governos militares
O governo militar realizou uma política de reformas econômicas conservadoras, como a reabertura
da indústria de minas de estanho ao investimento privado estrangeiro. Em julho de 1966, René
Barrientos foi eleito presidente já como civil. No entanto, se viu forçado a depender dos militares
para lidar com os movimentos guerrilheiros que haviam começado a atuar nas regiões
montanhosas.

Em outubro de 1967, o exército boliviano anunciou ter derrotado os rebeldes num local próximo à
aldeia de Vallegrande. Havia sido capturado no campo de batalha Ernesto Che Guevara, sendo
pouco depois executado. Barrientos morreu em um estranho acidente de helicóptero em abril de
1969. Sucederam-se no poder uma série de governos de curta duração, a maioria militares, e em
agosto de 1971 o governo do general Juan José Torres foi derrubado por um golpe de Estado
Selo postal paraguaio encabeçado pelo coronel Hugo Banzer.
homenageia Hugo Banzer,
65º e 79º presidente da O regime de Banzer passou rapidamente de uma posição relativamente moderada a uma de maior
Bolívia repressão: aboliu o movimento trabalhista, suspendeu todos os direitos civis e enviou tropas aos
centros de mineração. Em 1978, Banzer renunciou e uma junta militar tomou o poder.

No início da década de 1980, o forte crescimento econômico da década anterior — que havia sido sustentado pelos altos preços do
estanho no mercado mundial — levou o país à crise. A queda do preço do mineral e a má administração dos regimes militares haviam
deixado a Bolívia com uma imensa dívida, uma situação hiperinflacionária e um declínio das receitas por exportações. A exportação
ilegal de cocaína foi o principal recurso de divisas, até que os Estados Unidos pressionaram o governo da Bolívia para que tomasse
medidas eficazes contra o tráfico desta droga.

Em 1980, o general Luis García Meza e seu vice Luis Arce Gómez com apoio ativo da ditadura militar argentina e a ação de um
comando terrorista denominado Novios de la Muerte[12][13] e organizados pelo criminoso nazista Klaus Barbie, deram um golpe de
estado para evitar a eleição de Hernán Siles Suazo como presidente democrático.[13] Em 1982, ele foi afastado da última junta militar
que governava o país para reinstaurar a democracia.

Governos democráticos
Hernán Siles Zuazo chegou ao governo em 10 de outubro de 1982 apoiado na Unidade Democrática
e Popular (UDP), aliança que havia formado no fim da década de 1970 entre seu Movimento de
Esquerda Revolucionária (MIR), o Movimento Nacionalista Revolucionário de Esquerda (MNR) e o
Partido Comunista da Bolívia (PCB). Seu governo durou até 1985. Foi seguido pelo governo de
Víctor Paz Estenssoro (1985-1989) do MNR.

Em 1989, assumiu Jaime Paz Zamora, do MIR, com apoio da Ação Democrática Nacionalista(ADN).
Gonzalo Sánchez de Lozada, do MNR, assumiu de 1993-1997 e posteriormente Hugo Banzer Suárez
(1997-2001), recebendo o apoio do ex-presidente Jaime Paz Zamora, que desta maneira devolvia o
favor por respaldar com seus deputados da ADN a governabilidade do país durante seu mandato.
Banzer morreu antes de terminar seu mandato, sendo substituído por seu vice-presidente Jorge
Quiroga Ramírez (2001-2002).
Gonzalo Sánchez de
Gonzalo Sánchez de Lozada (2002-2003) iniciou um segundo mandato, abreviado por uma revolta Lozada
popular, e foi sucedido por seu vice-presidente Carlos Mesa (2003-2005). Este também foi
derrubado pelos motins, assumindo Eduardo Rodríguez Veltzé (2005-2006), como interino. Na
eleição presidencial realizada em 18 de dezembro de 2005, Juan Evo Morales Ayma (do partido Movimento para o Socialismo, com o
acrônimo em espanhol MAS, significando "mais") foi eleito com 53,7% dos votos, com mandato até 2010.

Antes de sua posse oficial em La Paz, Morales tomou posse em um ritual aimará simbólico no sítio arqueológico de Tiwanaku perante
uma multidão de milhares de pessoas e representantes de movimentos de esquerda de toda a América Latina. Desde a conquista
espanhola no início do século XVI, esta região da América do Sul, com uma maioria da população nativa, tem sido governado

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principalmente por descendentes de europeus, com esparsos períodos de governantes


mestiços. Morales, um aimará, afirmou que os 500 anos de colonialismo terminaram e
que a era da autonomia já começou.

Em 1 de maio de 2006, Morales anunciou a sua intenção de renacionalização dos


hidrocarbonetos bolivianos ativos. Embora afirmando que a iniciativa não seria uma
expropriação, Morales enviou tropas para ocupar 56 instalações de gás
simultaneamente. Tropas também foram enviadas para duas refinarias de
propriedade da Petrobras na Bolívia, que fornecem mais de 90% de capacidade de
Evo Morales, atual presidente da Bolívia refino da Bolívia. Um prazo de 180 dias foi anunciado para que todas as empresas
estrangeiras de energia fossem obrigados a assinar novos contratos que dão a Bolívia
participação majoritária e até 82% das receitas (o último para os maiores campos de gás natural). Todas essas empresas assinaram
contratos. Relatórios do governo boliviano e das empresas envolvidas são contraditórios quanto aos planos de investimentos futuros.
De longe, o maior cliente de hidrocarbonetos boliviano foi o Brasil, que importa dois terços do gás natural da Bolívia através de
gasodutos operados pela Petrobras. Uma vez que o gás só pode ser exportado da Bolívia através de grandes (e caros) gasodutos da
Petrobras, o governo boliviano e a empresa estão fortemente ligados. A Petrobras anunciou planos de produzir gás natural para
substituir o agora fornecido pela Bolívia até 2011.

Geografia
Juntamente com o vizinho Paraguai, a Bolívia é um dos
dois únicos países das Américas que não possuem saída
para o mar. O ocidente da Bolívia está situado na
cordilheira dos Andes, com o pico mais elevado, o
Nevado Sajama, a chegar aos 6542 metros. O centro do
país é formado por um planalto, o Altiplano, onde vive a
maioria dos bolivianos. O leste do país é constituído por
terras baixas e coberto pela floresta úmida da
Amazônia. O lago Titicaca situa-se na fronteira entre a Nevado Sajama, o ponto mais Salar de Uyuni, o maior deserto de
alto do país, com 6.542 metros sal do mundo.
Bolívia e o Peru, o maior lago sul-americano por volume
de altitude
de água.[14] No sudoeste do país, no departamento de
Potosi, encontra-se o Salar de Uyuni, o maior deserto de
sal do mundo.[15]

A região Oriente, a norte e leste, compreende três quintos do território boliviano, é formada por baixas planícies de muitos rios e
grandes pântanos. No extremo sul, localiza-se o Chaco boliviano, pantanoso na estação chuvosa e semi-desértico nos meses de seca. A
nordeste da bacia do Titicaca, visualizam-se montanhas extremamente altas de 3 000 a 6 500 metros. As montanhas de mais altitude
caem em ângulos praticamente retos até se transformarem em planícies.[16]

Os Andes atingem a Bolívia e se dividem em duas grandes cadeias, a Oriental e a Ocidental. Nota-se que a cordilheira Ocidental é
formada por vulcões inativos ou extintos, e suas rochas são formadas de lava vulcânica petrificada. A altitude máxima é de 3.700 m,
com 800 km de comprimento e 130 km de largura. A cordilheira Oriental é composta de diversos tipos de rochas e areia.[17]

Relevo
O sudoeste do país, onde a região Andina é predominante, apresenta alguns dos picos mais altos das Américas, como o Nevado Sajama
- ponto mais alto no território boliviano - com 6.542 metros acima do nível do mar, e o Illimani, com 6.462 metros. É nesta parte do
país que se localiza o lago Titicaca, o mais alto navegável do mundo, com uma área de 8.100 km² e compartilhado com o Peru. o Salar
de Uyuni, que é o maior depósito de sais e reservatório de lítio no mundo, também é encontrado no altiplano.[17]

Entre o sudoeste e o leste, está a região intermediária entre o altiplano e as planícies orientais. Nesta parte do país os vales e
montanhas são menos predominantes, apesar de alguns locais chegarem ao nível de 2.500 metros acima do nível do mar. Caracteriza-
se por sua atividade agrícola e seu clima temperado a quente. Esta região inclui os vales bolivianos, Los Yungas e a região dos Chacos.
Por outro lado, o norte e o nordeste boliviano possuem um relevo preponderantemente formado por planícies e planaltos baixos,
cobertos por extensas selvas ricas em flora e fauna, estando a uma altitude inferior a 400 metros. Rios extensivos e a maior
biodiversidade do país são encontradas nestas duas regiões, que estende-se dos limites com os Andes ao rio Paraguai.[16]

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Clima e biodiversidade
O clima boliviano varia drasticamente de uma ecorregião
para outra, desde um clima tropical nos llanos orientais até
um clima polar nos Andes ocidentais. Os verões são
quentes, úmidos no leste e secos no oeste, com chuvas que
frequentemente modificam as temperaturas, umidade,
ventos, pressão atmosférica e evaporação, resultando em
climas muito diferentes nas regiões do país. Quando o
Vista das cores do altiplano Fotografia aérea da Amazônia fenômeno climatológico El Niño ocorre, provoca grandes
boliviano. boliviana. alterações climáticas.[18][19] Os invernos são muito frios no
oeste e neva nas montanhas, enquanto que nas regiões
ocidentais o vento é mais comum. O outono é seco nas regiões não tropicais do país.[20]

A Bolívia tem uma enorme variedade de organismos e ecossistemas e é considerado um país megadiverso.[21] O país possui mais de
2.900 espécies de animais, incluindo 398 mamíferos, mais de 1.400 aves (70% das aves conhecidas no mundo estão na Bolívia, sendo o
sexto país mais diversificado em termos de espécies de aves),[22] 204 anfíbios, 277 répteis e 635 tipos de peixes de água doce. Além
disso, existem mais de três mil tipos de borboletas e mais do que 60 de animais domésticos. A Bolívia ganhou atenção mundial com
sua "Lei dos Direitos da Mãe Terra", uma lei única que atribui à natureza os mesmos direitos dados aos seres
humanos.[20][23][24][25][26]

Há mais de 20.000 espécies de plantas com sementes, das quais 1.200 são espécies de samambaias, 1.500 são espécies de hepáticas ou
musgo e pelo menos 800 são espécies de fungos. Além disso, são conhecidas mais de 3.000 espécies de plantas medicinais, de modo
que a Bolívia seja considerada como um dos locais de origem de espécies de pimenta como locoto, malagueta (ou tabasco), além do
amendoim, feijão, mandioca e várias variedades de palmeiras. Por outro lado, mais de 4.000 variedades de batatas são produzidas em
suas terras em uma ampla gama de cores, formas e tamanhos.[27]

Hidrografia
São três as bacias hidrográficas encontradas no território boliviano: Amazônica, da Prata e a endorreica boliviano-peruana. A bacia
Amazônica, também conhecida como bacia do Norte, é a que abrange a maior parte do território do país, com 724.000 km²,
estendendo-se por 66% de sua área. Os rios desta bacia geralmente têm fluxos abundantes e sinuosos, razão pela qual há muitas lagoas
e lagos, como a lagoa Murillo. O principal afluente nesta é o rio Mamoré com um comprimento de 2.000 km, que corre em direção ao
norte até a confluência com o rio Beni, de 1.113 km de extensão, o segundo em importância fluvial do país. De leste a oeste, a bacia
Amazônica é constituída por outros rios importantes como o Madre de Deus, Orthon, Abunã, Yata e o Iténez (no Brasil, o rio Iténez
recebe o nome de Guaporé), com este último sendo utilizado na demarcação de parte da fronteira com o Brasil. Por outro lado, os lagos
e lagoas mais importantes são Rogaguado e o Rogagua. A precipitação média anual nesta parte do território é de 1.814 milímetros ao
ano.[28]

A bacia do rio da Prata tem uma extensão de 229.500 km², cobrindo 21% do território. Os afluentes geralmente são menos abundantes
do que os da Amazônica, composto principalmente pelos rios Paraguai, Pilcomayo e Bermejo. As lagoas mais importantes são a
Uberaba e Mandioré, localizadas na região do Pantanal boliviano. A precipitação média anual na bacia do rio da Prata é de 854
milímetros ao ano. Pouco menor que esta última, a bacia endorreica boliviana-peruana - também chamada de bacia lacustre ou central
- é encontrada no centro-norte do país, especialmente na fronteira com o Peru. Com 145.081 km², alcançando 13% do território. Conta
com um grande número de rios, lagos, lagoas e nascentes que não correm em direção ao oceano, porque são cercados pela cordilheira
dos Andes que delimita a região. O rio mais importante é o Desaguadero, que nasce no Lago Titicaca, o mais alto do mundo, a 3.810
metros acima do nível do mar. Nesta bacia há grandes lagos salgados como o Salar de Uyuni, que é o deserto de sal e o maior depósito
de lítio do mundo e o Salar de Coipasa. A precipitação média anual nesta parte do território é de 421 milímetros por ano.[28]

Na fronteira com o Chile, no Altiplano andino, encontra-se o rio Silala, que é motivo de disputa territorial entre os governos da Bolívia
e Chile.[29]

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Lago Titicaca, nos Andes, próximo a fronteira com o Peru. É o maior lago da América do Sul por volume de água.[14][30]

Demografia
De acordo com os dois últimos censos realizados pelo Instituto Nacional de Estatística
(INE) da Bolívia, a população aumentou de 8 274 325 (dos quais 4 123 850 homens e
4 150 475 mulheres) em 2001 para 10 027 254 em 2012.[31]

Nos últimos cinquenta anos, a população boliviana triplicou, atingindo uma taxa de
crescimento populacional de 2,25% ao ano. O crescimento da população nos períodos
intercensitários (1950-1976 e 1976-1992) foi de aproximadamente 2,05%, enquanto que
entre o último período, 1992-2001, atingiu 2,74 % ao ano. A Bolívia tem uma população
jovem. Segundo o censo de 2011, 59% da população tem entre 15 e 59 anos de idade e 39%
tem menos de 15 anos de idade. Quase 60% da população do país tem menos de 25 anos de
idade.

Aproximadamente 62% dos bolivianos vivem em áreas urbanas, enquanto os restantes 38% Densidade populacional dos
em áreas rurais. A maior parte da população (70%) está concentrada nos departamentos de departamentos da Bolívia em 2012

La Paz, Santa Cruz e Cochabamba, no chamado "eixo central" e na região dos Llanos. Na
região andina do Altiplano, os departamentos de La Paz e Oruro mantêm o maior percentual populaacional; na região do vale, o maior
percentual é dos departamentos de Cochabamba e Chuquisaca, enquanto na região dos Llanos, por Santa Cruz e Beni. A nível nacional,
a densidade populacional é de 8,49, com variações marcantes entre 0,8 (Departamento de Pando) e 26,2 (Departamento de
Cochabamba).

Segundo a Organização Internacional para as Migrações, aproximadamente 1,6 milhão de bolivianos emigraram para o exterior em
busca de melhores condições de vida.[32] Os países de migração tradicional têm sido a Argentina, Brasil, Chile e os Estados Unidos. No
entanto, na década de 1990, boa parte da migração boliviana se direcionou para a Espanha, onde estima-se que residam 230 mil
emigrantes bolivianos.[33]

Maiores cidades

Composição étnica
A composição étnica da Bolívia é muito variada. O maior dos grupos nativos são quíchuas (2,5 milhões), aimarás (2 milhões),
chiquitanos (180 mil) e guaranis (125 mil). A população ameríndia compõe 55% da população; os restantes 30% são mestiços (entre
ameríndios e brancos) e cerca de 15% são brancos.[34]

Os nativos podem ser andinos, como os aimarás e os quíchuas (que formaram o antigo
Império Inca), que se concentram principalmente nos departamentos ocidentais de La Paz,
Potosí, Oruro, Cochabamba e Chuquisaca. Há também uma importante população de etnia
oriental, composto pelos guaranis e moxos, entre outros, e que habitam os departamentos
de Santa Cruz, Beni, Tarija e Pando. Os povos indígenas compõe cerca de 60% da
população do país. Os mestiços são distribuídos em todo o país e compunham a 26% da
população boliviana. A maioria das pessoas assume sua identidade mestiça e, ao mesmo
tempo, identificam-se com uma ou mais culturas nativas.
Mulheres no centro de La Paz

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Os brancos estão geralmente concentrados nas maiores cidades, como La Paz, Santa Cruz de la Sierra e Cochabamba, mas também em
algumas cidades menores, como Tarija. No Departamento de Santa Cruz existe uma importante colônia (com 70 mil habitantes) de
menonitas de língua alemã.[35] Os brancos representam 15% da população boliviana total. Há um pequeno número de cidadãos
europeus da Alemanha, França, Itália e Portugal, bem como provenientes estrangeiros de outros países da América, como Argentina,
Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Estados Unidos, Paraguai, Peru, México e Venezuela, entre outros. Há também importantes
colônias de peruanos em La Paz, El Alto e Santa Cruz de la Sierra. Asiáticos são principalmente descendentes de japoneses (14 mil),
chineses (4.600), coreanos e libaneses.

Bolivianos negros, descendentes de escravos africanos que chegaram nos tempos do Império Espanhol, habitam o departamento de La
Paz, e localizados principalmente nas províncias de Nor Yungas e Sud Yungas. A escravidão foi abolida na Bolívia em 1831.[36]

Idiomas
A Bolívia tem grande diversidade linguística, como resultado de seu multiculturalismo. A
Constituição da Bolívia reconhece 37 línguas oficiais, além do espanhol. Assim, é o segundo Estado
com o maior número de idiomas oficiais no mundo,só perdendo para a Índia,que tem 46. Estas
incluem as línguas das nações indígenas nativas, como quíchua, aimará e guarani.[37]

O espanhol é a língua oficial mais falada no país, de acordo com o censo de 2001, uma vez que é
falado por 88,4% da população como primeira língua ou segunda língua, em algumas populações
indígenas. Todos os documentos legais e oficiais emitidos pelo Estado, incluindo a constituição, as
principais instituições públicas e privadas, a mídia e as atividades comerciais são feitas em
espanhol.[38]
Distribuição geográfica dos
As principais línguas indígenas são: quíchua (28% da população no censo de 2001), aimará (18%), idiomas nativos do país
guarani (1%) e outros (4% ), incluindo o idioma moxo, no departamento de Beni.

O inglês e e o português também são falados por pequenas percentagens da população, este último principalmente nas áreas próximas
com a fronteira com o Brasil.

Religião
A Bolívia é um Estado secular e garante a liberdade de religião. A Constituição estabelece que: "O
Estado respeita e garante a liberdade de religião e de crenças espirituais, em concordância com sua
visão de mundo. O Estado é independente da religião."[39]

De acordo com o censo de 2001 realizado pelo Instituto Nacional de Estatística da Bolívia, 78% da
população boliviana seguia o catolicismo romano, enquanto 19% o protestantismo e outros 3% têm
diferentes crenças cristãs.[40] O protestantismo, juntamente com as crenças tradicionais
indígenas[41][42] estão se expandindo rapidamente.[43]

A maior parte da população indígena segue religiões diferentes marcados pelo sincretismo com o
catolicismo romano ou complementa-as com a sua própria visão de mundo e tradições antigas. O
culto à Pachamama[44] ou "Mãe Terra" , bem como a adoração à Virgem de Copacabana, Virgem de
Urkupiña e Virgem de Socavon, são notáveis. Há também comunidades aimarás importantes perto Igreja católica no centro
do Lago Titicaca que têm uma forte devoção a Santiago Maior.[45] Outras divindades cultuadas na histórico de Sucre
Bolívia incluem Ekeko, o deus aimará da abundância e prosperidade, cujo dia é comemorado todo
24 de janeiro. E Tupã, um deus do povo guarani.

Cerca de 3% da população do país se identifica como agnóstico ou ateu.[46]

Política
A constituição da Bolívia de 1967, revista em 1994, prevê um sistema equilibrado entre os poderes executivo, legislativo e judiciário. O
tradicionalmente forte executivo, no entanto, tende a deixar na sombra o Congresso, cujo papel está em geral limitado a debater e
aprovar legislação originária do executivo. O judiciário, composto pelo Supremo Tribunal e por tribunais departamentais e inferiores, é
há muito corroído por corrupção e ineficiência. Através de revisões na constituição, feitas em 1994, e de leis subsequentes, o governo
iniciou reformas potencialmente profundas, nos sistema e processos judiciários.

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Os nove departamentos da Bolívia receberam maior autonomia pela lei de Descentralização


Administrativa de 1995, embora os principais dirigentes departamentais continuem a ser
nomeados pelo governo central. As cidades e vilas bolivianas são governadas pelos
presidentes de câmara e por conselhos diretamente eleitos.

Em 5 de dezembro de 2004, foram realizadas


eleições dos membros dos conselhos
municipais, com mandato de 5 anos. A Lei de
Participação Popular, de Abril de 1994, que
Palacio Quemado, em La Paz, sede distribui uma porção significativa das receitas
do Poder Executivo do país. nacionais entre as autarquias, para seu uso
discricionário, permitiu que comunidades
anteriormente negligenciadas obtivessem grandes melhoramentos nas suas infra-
estruturas e serviços. Apesar desse sistema, a Bolívia apresenta problemas de ordem
Vista da Assembleia Legislativa
socioeconômica muito intensos, agravados pela pobreza da maior parte do país.
Plurinacional da Bolívia, em La Paz,
sede do Poder Legislativo nacional.
A Bolívia é oficialmente um Estado unitário democrático organizado segundo a separação
de poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e Eleitoral) e de maneira descentralizada e
presidencialista. O Estado se rege segundo a Constitução Política da Bolívia[47] aprovada
em 7 de fevereiro do ano de 2009, que entrou em vigor neste mesmo ano.

O poder executivo é encabeçado pelo presidente da república. Este cargo é exercido por Evo
Morales Ayma, membro do partido Movimiento al Socialismo. O executivo é,
tradicionalmente, o poder mais forte na política boliviana, tendendo a deixar em segundo
plano a participação do congresso, cuja atividade se limita a debater e a aprovar as
iniciativas legislativas do presidente. O presidente da Bolívia, eleito a cada cinco anos, é
Palácio da Corte Suprema de
chefe de estado e de governo e nomeia o gabinete de ministros.
Justiça, em Sucre, a sede do Poder
Judiciário na Bolívia.
O Poder Legislativo constituído por duas câmaras, é presidido pelo vice-presidente do
governo, atualmente Álvaro García Linera. A Câmara de Senadores tem 27 membros, três
representantes de cada departamento, dois deles do partido que recebe a maioria de votos e o terceiro do partido que ficou em segundo
lugar. Os senadores são eleitos de listas partidárias para um período de cinco anos. A idade mínima para candidatar-se a tais cargos é
de 35 anos. A Câmara de Deputados tem 130 membros: 68 deputados são eleitos por votação direta para representar um distrito
eleitoral e os outros 62 são eleitos por representação proporcional por meio de listas de cada partido em distrito único de todo o país.
Os deputados também tem um mandato de cinco anos e devem ter no mínimo 25 anos completos no dia da eleição.

Os membros da Corte Suprema da Bolívia são eleitos para um mandato de dez anos pelo Congresso Nacional.

Relações internacionais
A história da política exterior boliviana é marcada por conflitos com países vizinhos, como o Chile, Peru e Paraguai. A Bolívia chegou a
perder territórios para estes três países através de guerras, como a Guerra do Pacífico (século XIX) e a Guerra do Chaco. A Bolívia
também perdeu territórios para o Brasil, que incluiu enfrentamentos militares sem que ocorresse uma guerra formal. Atualmente a
Bolívia ainda mantém disputas fronteiriças e reivindicações territoriais com Chile e Peru. Estas reivindicações territoriais mantém
algum grau de tensão política permanente com estes dois países vizinhos.

A política exterior atual reflete uma marcada tendência a metas tais como o desenvolvimento social, a luta contra a pobreza, a
modernização institucional, a captação de cooperação externa e investimentos estrangeiros e o combate ao narcotráfico.

No campo da integração comercial, o país busca desempenhar um rol especial nos esforços para a conformação de um espaço
integrado entre a Comunidade Andina e o Mercosul. Na área da integração energética, o país aspira converter-se no centro de
distribuição e integração energética na América do Sul. Por último, na área da integração física, executam-se ações que se orientam ao
desempenho de um papel significativo na união dos oceanos Pacífico e Atlântico, mediante a planificação dos corredores de
exportação.

É país membro das Nações Unidas e de alguns de seus organismos especializados e programas afins, como a OEA, a Comunidade
Andina de Nações, Intelsat, o Movimento de Países Não Alinhados, a União Interparlamentar Internacional, a Associação Latino-
Americana de Integração (ALADI), a Organização Mundial do Comércio, o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca, o Grupo
do Rio, o Pacto Amazônico e da UNASUL.

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Como resultado da Cúpula das Américas realizada em 1994, a Bolívia foi sede de uma
conferência cúpula hemisférica para o desenvolvimento sustentável em dezembro de 1996.

A política exterior da Bolivia tem um forte viés político-diplomático regional e um


importante componente econômico-comercial, já que teve uma participação mais ativa na
Organização dos Estados Americanos (OEA), o Grupo do Rio, tem uma histórica relação
com a CAN e vem se tornando mais importante sua relação com o Mercosul, havendo
firmado com este um acordo de associação em 1996. A Bolívia promove suas políticas de
Evo Morales durante a Cúpula da desenvolvimento sustentável e em prol da habilitação do povo indígena.
União de Nações Sul-Americanas
(UNASUL) em 2006 A Bolívia pertence à Comunidade Andina de Nações (CAN), uma organização regional
econômica e política com entidade jurídica internacional criada pelo Acordo de Cartagena
em 26 de maio de 1969. Tem sede em Lima, Peru. A debilitação da CAN, principalmente
pela saída da maior economia do bloco, a Venezuela (em 2006) e ao fortalecimento do processo de aproximação comercial com o
Mercosul, especialmente com o Brasil, somado ao aumento da influência política venezuelana e brasileira sobre o atual governo da
Bolívia, existe uma forte intenção do governo em integrar-se definitivamente ao Mercosul.[48]

Subdivisões
A Bolívia se subdivide em nove departamentos, 112 províncias, 327 municípios e 1.384 cantões, os quais obtiveram maior autonomia
com a Lei da Descentralização Administrativa de 1995[nota 1].

Os governadores de cada departamento (chamados prefeitos) são eleitos democraticamente porém com regras diferentes das eleições
nacionais e municipais. A variação consiste em que o candidato mais votado, seja por maioria simples ou absoluta, será eleito
automaticamente prefeito. Alguns acreditam que, apesar das mudanças operadas, o processo de descentralização boliviano é
incompleto, já que a Assembleia Constituinte é quem deixará claro os poderes e limitações dos prefeitos eleitos pela primeira vez pelo
voto direto.

Os municípios são governados por prefeitos e conselhos eleitos diretamente pelo povo. Os municípios ocupam o terceiro-nível de
subdivisões administrativas e abaixo deles, a Bolívia é dividida em cantões (cantones) que correspondem ao quarto-nível.

Divisão política
Superfície Densidade
Departamento População Capital
(km²) (*)
República da
10.027.644 1.098.581 9,1 Sucre
Bolívia
Beni 430.049 213.564 1,9 Trinidad
Chuquisaca 631.062 51.524 11,9 Sucre
Cochabamba 1.786.040 55.631 22,7 Cochabamba
La Paz 2.756.989 133.985 19,9 La Paz
Oruro 444.093 53.558 8,2 Oruro
Pando 75.335 63.827 1,1 Cobija
Potosí 780.392 118.218 6,5 Potosí

Santa Cruz Santa Cruz de la


2.626.697 370.621 7,1
Sierra
Tarija 496.988 37.623 12,5 Tarija
(*)= Todos os dados de população são projeções do Instituto Nacional de Estadística de Bolivia (INE) para 2008 [2] (http://www.ine.gov.bo/cgi-bi
n/piwdie1xx.exe/TIPO?Grupo=0304&D2=6&D3=). A densidade departamental está calculada com a projeção da população de 2006.
Outras cidades importantes são (por departamento): La Paz: El Alto 827.000, Cochabamba: Quillacollo 90.000 Sacaba 127.000, Tarija: Yacuiba 90.000,
Santa Cruz: Montero 90.000, Beni:
Riberalta 78.000.

Economia
Em 2012 estimou-se um produto interno bruto (PIB) da Bolívia de 27,4 bilhões de dólares e de 56,14 bilhões de dólares em paridade do
poder de compra (PPC). O crescimento econômico do país foi estimada em cerca de 5,2% e a inflação em cerca de 6,9 %. A Bolívia foi
classificada como "reprimida" pelo Índice de Liberdade Econômica de 2010.[49] Apesar de uma série de contratempos, em sua maioria

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políticos, entre 2006 e 2009 o governo de Evo Morales estimulou o crescimento mais elevado dos
últimos 30 anos, que foi acompanhado por uma diminuição moderada na desigualdade de renda.[50]
Com um orçamento excedente de 1,7% do PIB em 2012, o governo mantém excedentes desde o início
da administração Morales, refletindo uma gestão econômica prudente.

Um duro golpe para a economia boliviana veio com uma queda drástica no preço do estanho durante o
início dos anos 1980, o que impactou uma das principais fontes de renda do país e uma das suas
principais indústrias de mineração.[51] Desde 1985, o governo boliviano tem implementado um
programa de longo alcance de estabilização macroeconômica e de reformas estruturais destinadas a
manter a estabilidade dos preços, criando condições para um crescimento sustentado e um alívio na
escassez. A grande reforma dos serviços aduaneiros tem melhorado significativamente a transparência
nesta área. Reformas legislativas paralelas têm feito políticas liberais para o mercado local,
Sede do Banco Central especialmente nos setores de hidrocarbonetos e telecomunicações, o que tem incentivado o
da Bolívia, em La Paz.
investimento privado.[52]

A Bolívia tem a segunda maior reserva de gás natural na América do Sul.[53] O governo tem um contrato de venda de longo prazo para
vender gás natural para o Brasil até 2019 e realizou um referendo obrigatório em 2005 sobre a Lei de Hidrocarbonetos.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos estima que a Bolívia tenha 5,4 milhões de
toneladas cúbicas de lítio, que representam entre 50 e 70% das reservas mundiais. No
entanto, a mineração desse recurso implicaria em perturbar os desertos de sal do país
(como o Salar de Uyuni), uma importante característica natural que impulsiona o turismo
na região. O governo não quer destruir essa paisagem natural única para atender a
crescente demanda mundial de lítio.[54] Por outro lado, uma forma de extração sustentável
do mineral é tentada pelo governo. Este projeto é realizado pela empresa pública "Recursos
Evaporíticos", subsidiária da Corporación Minera de Bolivia (COMIBOL).
Plantação de arroz próxima a
O governo da Bolívia dependia fortemente da ajuda externa para financiar projetos de Caranavi
desenvolvimento e para sustentar a máquina público. Como resultado, no final de 2002, o
governo devia 4,5 bilhões de dólares para seus credores estrangeiros, sendo 1,6 bilhão de
dólares deste valor devido a outros governos e a maior parte do saldo devedor de bancos
multilaterais de desenvolvimento. A maioria dos pagamentos a outros governos foram
remarcadas em várias ocasiões desde 1987, através do mecanismo do Clube de Paris. Os
credores externos estão dispostos a fazer isso, porque o governo boliviano conseguiu em
Minas em Potosí
geral atingir as metas monetárias e fiscais estabelecidas pelos programas do Fundo
Monetário Internacional (FMI) desde 1987, apesar de crises econômicas terem minado
normalmente os bons índices econômicos do país. Em 2013, no entanto, a ajuda externa se tornou apenas uma fração do orçamento do
governo, graças à arrecadação de impostos, principalmente pelas rentáveis exportações de gás natural para o Brasil e Argentina.

A renda do turismo tem se tornado cada vez mais importante, sendo que a indústria turística da Bolívia tem apresentado crescimento
gradualmente desde cerca de 1990.

Infraestrutura

Transportes
O território da Bolívia está comunicado por vários meios de transporte.

O país possui quatro aeroportos internacionais: Aeroporto Internacional Viru Viru, em Santa Cruz de la Sierra, Aeroporto
Internacional Jorge Wilstermann, em Cochabamba, Aeroporto Internacional de El Alto, em La Paz e o Aeroporto Internacional Juan
Mendoza, em Oruro.[55] Existem ainda, outros 855 terminais aéreos pequenos e aeródromos com pistas pavimentadas ou de terra,
situados em distintas localidades do país.[56] As principais linhas aéreas nacionais são Amaszonas, Ecojet, Boliviana de Aviación
(BOA) e Transporte Aéreo Militar (TAM).

O sistema fluvial com mais de 14 000 quilômetros de rios navegáveis e uma série de portos marítimos situados nos diversos países com
os que tem convênios de navegação, como Peru e Chile no Oceano Pacífico, e Argentina, Brasil e Paraguai com a hidrovia Paraguai-
Paraná com saída ao Oceano Atlântico.

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O sistema terrestre com mais de 49 900 km de rodovias e arredor de 4 600 km


pavimentados formada por várias rotas nacionais, o resto de rodovias é de cascalho ou
terra. Além de contar com um ramal da Rodovia Pan-americana que cruza todo o altiplano
conectando-se assim com os países limítrofes. Conta assim mesmo com um sistema
ferroviário dividido em duas redes: a Rede Oriental com 1 222 km, que se conecta com o
Brasil e a Argentina e a Rede Ocidental com 2 318 km de longitude, que une o país com o
Peru e o Chile.

Rota 4 na no departamento de Educação


Oruro, com o Nevado Sajama ao
A educação na Bolívia, assim como outros aspectos na
fundo
vida dos bolivianos, tem uma divisão entre a área rural e
a urbana. O analfabetismo rural se mantém alto, mesmo
que o resto do país tenha aumentando o índice de alfabetização. Essa diferença é causada
parcialmente pelo fato de que muitas crianças vivendo em áreas rurais são forçadas a contribuir
economicamente para a renda familiar e, assim, torna-se muito mais improvável que frequentem a
escola. Na média, as crianças da área rural frequentam a escola por 4,2 anos[carece de fontes?],
enquanto as crianças da área urbana recebem educação por uma média de 9,4 anos. Uma diferença
de gêneros também existe. O índice de alfabetização do país é de 86,7% é comparavelmente menor
que os outros países da América do Sul.[carece de fontes?]
Símbolo da Universidade
Os problemas da educação da Bolívia não são necessariamente atribuídos à falta de fundos. O país de São Francisco Xavier de
reserva 23% do seu orçamento anual para gastos educacionais, um percentual maior do que a Chuquisaca em Sucre,
fundada em 1624.
maioria dos outros países da América do Sul, apesar de ter um orçamento nacional menor.

Uma reforma fez algumas mudanças significativas. Iniciada em 1994, a reforma descentralizou os fundos para educação para se
adequar às diversas necessidades locais, melhorar o treinamento de professores e o currículo, formalizar e expandir a educação
bilíngue e modificar o sistema de séries escolares. A resistência da união de professores, entretanto, tem atrasado a implementação de
algumas partes da reforma.

Energia
A eletricidade gerada na Bolívia é proveniente de usinas hidrelétricas (42%) e termoelétricas (58%). O balanço energético de 2008 foi
positivo, com uma geração do Sistema Interligado Nacional (SIN) de 5.372 GWh e um consumo nacional de 5.138 GWh. O potencial
hidrelétrico é de 39.850 MW, que pode ser exportados para países vizinhos.[57]

Em 2015, a Bolívia possuía a terceira maior bacia de gás natural da América do Sul, superada apenas pela Argentina e Venezuela, e a
31ª maior bacia de gás natural do mundo, com um total de 750,400 milhões de metros cúbicos em 2015. Em 2017, o país produziu
20,510 bilhões de metros cúbicos, ficando atrás de Argentina, México e Venezuela em comparação com os países da América
Latina.[58]

A economia boliviana é fortemente dependente da produção do gás natural. Boa parte desta produção é destinada à exportação, com o
Brasil sendo o principal mercado consumidor do gás natural boliviano, desde 1999. Cerca de 50% do gás natural produzido pela Bolívia
é importado para o Brasil, mas essa relação de importação para o mercado brasileiro vem diminuindo nos últimos anos, em parte pelo
início das exportações de gás natural à outras localidades, como o Paraguai e a Europa.[59][60] Em 2013, o país atingiu seu recorde ao
faturar US$ 6,059 bilhões em exportações de gás natural.[61]

Telecomunicações e mídia
O sistema de telecomunicações boliviano cobre a maior parte do território do país. Conforme dados de julho de 2015, há mais de 881
mil linhas de telefonia fixa e cerca de 10,163 milhões de assinantes de telefonia móvel. O número de usuários de internet excede 4,1
milhões, mas a taxa de penetração de serviços de informática é uma das menores da América Latina, uma vez que apenas 45,1% dos
bolivianos possuem acesso à internet.[62]

Em dezembro de 2013, o primeiro satélite espacial da Bolívia, chamado TKSAT-1 "Túpac Katari", com órbita geoestacionária na
posição 87,2° oeste, foi colocado em órbita. Até à data, transmite sinais nacionais e internacionais de televisão e rádio, utilizando o
sistema DTH e a Internet para todo o país, servindo também a outras formas de telecomunicações. A expectativa de vida útil do satélite

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bol%C3%ADvia 14/18
27/02/2019 Bolívia – Wikipédia, a enciclopédia livre

é de 15 anos, tendo sido adquirido da China.[63] O Túpac Katari 1 está equipado com 26 transponders em banda Ku, 2 em banda C e 2
em banda Ka[63][64] para fornecer telefonia, televisão, internet e telemedicina. Sua cobertura é extensa, cobrindo, além da Bolívia, o
Peru, Equador, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Venezuela.[65]

Cultura
A cultura boliviana tem sido fortemente influenciada pelos quíchuas, aimarás, bem como
pelas culturas populares da América Latina como um todo. O desenvolvimento cultural é
dividido em três períodos distintos: pré-colombiano, colonial e republicano. Ruínas
arqueológicas importantes, ornamentos de ouro e prata, monumentos de pedra, cerâmica e
tecelagem permanecem de diversas culturas pré-colombianas importantes. Grandes ruínas
incluem Tiwanaku, Forte de Samaipata, Inkallaqta e Iskanawaya. O país é rico em outros
sítios que são difíceis de alcançar e tem tido pouca exploração arqueológica.[43]

Os espanhóis trouxeram sua própria tradição da arte religiosa que, nas mãos de
A Diablada, uma dança tradicional construtores e artesãos indígenas e mestiços locais, desenvolveram em um estilo rico e
do Carnaval de Oruro e um distintivo da arquitetura, pintura e escultura conhecida como "Barroco Mestiço". O período
Patrimônio Oral e Imaterial da
colonial produziu não apenas as pinturas de Pérez de Holguín, Flores, Bitti e outros, mas
Humanidade desde 2001
também as obras de artesãos qualificados, mas desconhecidos. Um importante corpo de
música religiosa barroca nativa do período colonial foi recuperada e foi realizado
internacionalmente, com grande êxito desde 1994.[43]

Entre os artistas bolivianos de estatura no século XX estão Guzmán de Rojas, Arturo Borda, María Luisa Pacheco, Roberto Mamani
Mamani, Alejandro Mario Yllanes, Alfredo da Silva e Marina Núñez del Prado.

A Bolívia tem um folclore rico. Sua música folclórica regional é distintiva e variada. As danças diabladas no carnaval de Oruro, que
acontece anualmente, é um dos grandes eventos folclóricos da América do Sul e um Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade, como
proclamado pela UNESCO em maio de 2001.[43]

O entretenimento inclui o futebol, que é o esporte mais popular do país, assim como o futebol de mesa, que é jogado nas esquinas por
crianças e adultos.

O Patrimônio Cultural da Bolívia é formado por todos os bens culturais, tangíveis e intangíveis. O Estado boliviano reconhece a
formação pluricultural, multiétnico e pluri-linguística da nação boliviana e tem como uma de suas funções mais importantes preservar
e proteger igualmente a herança cultural de todas as culturas e nações que se desenvolveram e ainda se desenvolvem na Bolívia.[43]

Feriados

Data Nome
1 de janeiro Ano novo
Data móvel "Religiosa" (Semana anterior a Quaresma) Carnaval (2 dias)
19 de março Dia dos pais
23 de março Dia do mar
12 de abril Dia das crianças
Data móvel "Religiosa" (Semana Santa) Sexta-feira santa
1 de maio Dia do trabalho
27 de maio Dia das mães
15 de junho Corpus Christi
6 de agosto Aniversário do país
2 de novembro Dia de Todos-os-Santos
25 de dezembro Natal

Ver também
Aliança Bolivariana para as Américas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bol%C3%ADvia 15/18
27/02/2019 Bolívia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da América


Missões diplomáticas da Bolívia

Notas
1. No marco da Lei da Descentralização Administrativa (Decreto Supremo 24.206 de 29 de dezembro de 1995) modificou-se a
estrutura organizacional do Estado e a distribuição dos ingressos (a distribuição de ingressos é proporcional à população do
departamento), transferindo responsabilidades, obrigações direitos para os poderes executivos departamentais, constituídos pela
prefeitura e pelo conselho departamental. Segundo esta Lei de Descentralização Administrativa, as prefeituras tem autonomia de
gestão administrativa, técnica e financeira, patrimônio próprio e definição indefinida. Seu objetivo geral é promover o
desenvolvimento econômico e social dos departamentos mediante o planejamento regional, a realização de estudos de base, a
formulação de programas e projetos, atuando também em diferentes setores do desenvolvimento regional, e concentrando seus
investimentos nos campos da infraestrutura viária, infraestrutura sóciosanitária, promoção do desenvolvimento agropecuário e
rural, e o fomento da pequena e média indústria.

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Ligações externas
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Bolívia no sítio do departamento de estado dos EUA (http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/35751.htm) (em inglês)
A Country Study: Bolivia (http://lcweb2.loc.gov/frd/cs/botoc.html) (em inglês) Library of Congress.
CIA - The World Factbook. Bolivia. (https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/bl.html) (em inglês)

Bolívia
Bandeira • Brasão • Hino • Cultura • Demografia • Economia • Forças Armadas • Geografia •
História • Portal • Política • Subdivisões • Imagens

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