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LEVANTAR A PRÓXIMA GERAÇÃO NA VIDA DA IGREJA

Mensagem Um
A Preciosidade das Crianças e Jovens para o
Futuro da Restauração do Senhor
Leitura Bíblica: Ap 22:12, 20; Lc 18:16-17; 2Tm 3:15; 1:5; 2:2; 1Tm 6:19
I. Todos nós precisamos conhecer a era em que estamos, qual é a presente revelação atual de
Deus, onde devemos estar, o que devemos fazer, e em que fluir devemos entrar; o tempo
se abrevia, e o dia da segunda vinda do Senhor está se aproximando — Rm 13:11-12; Ap
22:12, 20; cf. Mt 24:37-39; 2Tm 3:1-3.
II. Não podemos continuar trabalhando como no passado; no passado negligenciamos a obra
com as crianças e jovens, e consideramos grandemente uma obra geral—Lc 18:16-17:
A. “Seus olhos devem ser abertos. Não se ocupem tanto exteriormente. Vocês devem
trabalhar nos jovens, os estudantes do Ensino Fundamental I, e os do Ensino
Fundamental II. Vocês também devem trabalhar nas crianças até que a cada semana haja
pelo menos dez mil crianças sendo ensinadas por nós. Os que têm seis ou sete anos
agora serão estudantes do Ensino Fundamental II em dez anos. Se vocês estiverem
dispostos a fazer isso, vocês poderão definitivamente prosperar”—The Ultimate
Significance of the Golden Lampstands, p. 55.
B. Nenhuma família desprezará seus filhos; como prioridade uma família cuida de suas
crianças, cria, e as ensina; assim, devemos servir as muitas crianças na família de Deus
— 2Tm 3:15; 1:5.
C. Todas as igrejas devem ter um serviço de crianças; se trabalharmos com essas crianças,
todas elas serão jovens irmãos e irmãs após seis ou sete anos.
D. Os cooperadores devem levar a igreja a receber um encargo pelo serviço de crianças; a
igreja deve concentrar seus esforços neste serviço.
III. Devemos deixar Deus abrir nossos olhos para vermos a preciosidade dos jovens e sua
importância nas mãos de Deus—cf. Dn 1:2, 4; 2Tm 2:2; 1Tm 4:12:
A. Em qualquer coisa que uma pessoa faça, a coisa mais importante é ter um coração — 2
Co 6:11; Cl 3:23:
1. Se você quiser fazer este serviço, você deve gostar dos jovens, cuidar deles, e estar
preocupado com seus afazeres; este pode ser considerado o “capital” mínimo
requerido para o serviço de jovens — Mt 19:14.
2. Se você não tem interesse algum pelos jovens e não tem um coração para eles,
trabalhar no serviço de jovens apenas devido à hesitação é inútil —vers. 13.
3. Alguns irmãos e irmãs estão fazendo isso por ser sua preferência; mas aqui temos de
dizer que trabalhar no serviço de jovens com tal coração não tem suficiente peso— 1
Rs 4:29.
B. Quando vemos a importância e valor de um certo assunto, então espontaneamente
temos um coração por ele—2Tm 2:2; cf. 1Ts 3:8.
IV. O futuro da igreja depende dos jovens—2Tm 2:2; cf. Dt 1:38:
A. Se lermos a Bíblia cuidadosamente, descobriremos um fato: não é fácil encontrar um
caso mostrando que Deus chamou uma pessoa idosa para fazer algo novo ou algo de
grande conseqüência — 1 Sm 3:1, 4; Dn 1:4, 8; Mt 4:18-20:

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1. Podemos dizer que praticamente toda pessoa usada por Deus para iniciar algo novo
ou escolhida por Deus para mudar a era foi um jovem — Dt 1:38-39.
2. Quase toda obra para a qual jovens foram chamados por Deus, foi uma obra que
mudou a era; para levar a cabo essas obras de grandes conseqüências, Deus sempre
chamou homens jovens — 1Sm 3:1, 4.
B. Para utilidade na mão do Senhor, para o espalhar do reino do Senhor, e para a
propagação da obra do Senhor, a responsabilidade indubitavelmente recai sobre os
ombros dos jovens — cf At 2:14-41.
C. Se o Senhor tardar Sua vinda por cinco, dez, quinze, ou vinte anos e Ele quiser cumprir
algo, o encargo terá que ser confiado aos jovens — Mt 24:14; 28:19-20; 2Tm 2:2; 4:5:
1. Não obstante, as condições hoje, tais como “o verdor da colheita”, a desolação da
igreja, e a falta de vencedores, nos dizem que o Senhor não pode voltar tão breve—
1Tm 4:1-5; 2Tm 3:1-13.
2. Portanto, vendo tal situação, cremos que ainda há um tempo considerável no qual o
Senhor quer cumprir algo sobre a terra — 2Pe 3:9.
3. Daqui a vinte anos os que serão úteis ao Senhor são os que hoje estão com vinte anos
ou menos —2Tm 3:14-15, 17:
a. Deve haver um grupo de jovens que são salvos para receber ajuda espiritual
adequada hoje, a fim de que possam ganhar a experiência para serem usados
pelo Senhor no futuro — 2:2.
b. Se não houver jovens ganhos pelo Senhor hoje, após nossa partida não haverá
ninguém que nos suceda; então haverá uma lacuna— cf. Dt 1:37-38.
4. Se houver irmãos e irmãs jovens levantados pelo Senhor, e se formos preservados
para lhes dar uma direção totalmente positiva em vez de limitações errôneas, então
não há necessidade de esperar até que o Senhor nos leve; hoje mesmo eles podem se
tornar úteis nas mãos do Senhor — 2Tm 3:10; 1Co 16:10.
D. O futuro da obra e a utilidade no futuro, sem dúvida, estão com os jovens; do ponto de
vista do futuro da obra, devemos colocar nossa ênfase sobre os mais jovens—cf. Dt. 1:38.

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LEVAR A PRÓXIMA GERAÇÃO NA VIDA DA IGREJA

Mensagem Dois
A Importância do Serviço de Crianças na Igreja

Leitura Bíblica: Dt 6:7-9; Pv 22:6; 2Tm 3:15; At 2:38-39; 16:31; 1:14; Rm 12:12
I. No passado não focamos o serviço de crianças; entretanto, se a educação das crianças não
for desenvolvida, será difícil ter uma sociedade saudável—cf. Dt 6:7-9; 11:18-20; Pv 22:6;
Ef 6:4; 2Tm 3:15.
II. No início, a reunião de crianças era principalmente para cuidar dos santos que
traziam seus filhos à reunião; era simplesmente um serviço de cuidado com as crianças;
gradualmente, a questão de preparar mestres veio, e nós preparamos material:
A. De nossa experiência, sentimos que o serviço de crianças é muito importante; o
serviço de crianças não deve ser simplesmente um “pajear” para os santos poderem vir
às reuniões.
B. Contudo, o serviço de crianças tem outra função, isto é, cultivar e alimentar nossa
próxima geração; isso é digno de nosso exame e consideração cuidadosos.
III. Há muitos anos atrás nós não sabíamos que as crianças poderiam ser um grande
potencial para o evangelho; nós enfatizamos a pregação do evangelho mas
negligenciamos o fato das crianças também poderem ser fruto do evangelho — At 2:38-39;
Mt 28:19-20:
A. Quando as crianças são salvas, elas se tornam nossos irmãos e irmãs jovens; após se
graduarem no ensino fundamental I, elas se tornam sementes do evangelho no ensino
fundamental II—cf. Mt 13:3; Jo 12:24:
1. Quando trabalhamos nos que estão em fase de estudar, eles se tornam nossos
ajudantes internos e trazem seus colegas a nós; desse modo, é fácil trabalhar nos do
ensino fundamental II.
2. Os irmãos e irmãs jovens no ensino fundamental II podem ser comparados a
pequenas sementes; eles estão esperando para brotar ao responder ao nosso
chamado e trazer seus colegas para salvação.
B. Quando eles entram no ensino médio, novamente se tornam sementes do evangelho;
durante seus três anos de ensino médio, podemos levar três vezes mais pessoas à
salvação.
C. Quando esses santos jovens terminam o ensino médio e entram na faculdade, eles são
sementes do evangelho em sua faculdade; dessa maneira o número de pessoas salvas é
continuamente multiplicado.
D. Suponha que essas crianças comecem a ser cultivadas nas reuniões de crianças aos
seis anos e são salvas, e continuam a ser cultivadas pelos quatro anos do ensino
fundamental II, três anos do ensino médio, e quatro anos de faculdade; ao todo, elas
receberão um total de dezesseis anos de educação e cultivo espiritual.
IV. O serviço de crianças tem uma função adicional, que é ganhar as famílias das
crianças—At 16:31; cf. Ex 12:3-4; Gn 7:1:
A. As crianças gostam de fazer amigos; é particularmente fácil para crianças entre seis e
doze anos fazerem amigos, e elas ouvem seus amigos:
1. Por isso é fácil uma criança liderar outra criança; quando as crianças cantam hinos
juntas, o evangelho está operando e se espalha de uma criança para outra.

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2. Nosso propósito, entretanto, não está focado apenas nas crianças, mas até mais,
por meio das crianças, queremos alcançar seus pais e irmãos.
B. Disto podemos ver a importância do serviço de crianças; o serviço de crianças está
fortemente relacionado com o crescimento da igreja.
V. Não há uma maneira definida de cuidar do serviço de crianças; não deve haver
apenas um aspecto para o serviço de crianças:
A. Deve haver muitos locais para o serviço de crianças, reuniões podem ocorrer em
horários diferentes, e podemos usar diferentes métodos para conduzir as reuniões de
crianças; também deve haver muitas metas, e o material de ensino deve abranger muitos
aspectos.
1. Ter muitos locais — as reuniões delas devem ter muitos locais; cada santo pode
abrir sua casa e ter uma reunião de crianças em sua casa.
2. Ter material — consideramos utilizar material gravado, os quais algumas
localidades utilizam; queremos produzir um vídeo que mostre as crianças de vários
países usando suas vestes tradicionais e cantando os hinos.
3. Ter muitos propósitos — também podemos contatar os pais das crianças e pregar
o evangelho a eles e seus parentes; este é o princípio do nosso serviço de evangelho;
quanto mais pessoas contatarmos, melhor.
4. Ter muitas maneiras — As famílias com crianças podem tomar a iniciativa de
abrir suas casas e pedir que as crianças convidem outras crianças na vizinhança; as
crianças podem assistir aos vídeos de crianças, cantarem hinos infantis, ou ouvir
uma história; esta é a maneira de ter uma reunião de crianças uma vez por semana.
5. Ter diferentes horários — é melhor ter diferentes horários de reuniões para as
reuniões de crianças; a agenda deve ser flexível; precisamos usar o tempo que as
crianças estão fora da escola para ter as reuniões de crianças.
B. A maneira de levar a cabo o serviço de crianças depende dos irmãos que conduzem o
serviço de crianças:
1. Não devemos fazer arranjos especiais para obter mestres para as reuniões de
crianças nos locais de reuniões; antes, devemos achar um número de irmãos e irmãs
jovens que se reúnem regularmente para serem mestres; esse tipo de serviço não
requer muita mão-de-obra.
2. Precisamos preparar material para a reunião de crianças; não devemos ter
reuniões de crianças sem preparação:
a. Os irmãos que conduzem o serviço de crianças precisam escrever e compilar
material; mas os santos podem decidir a melhor maneira de utilizá-lo.
b. Se alguns santos forem designados para preparar o material de ensino, os
santos não precisarão laborar demais; podemos apenas dar alguns princípios
relacionados ao serviço de crianças; cabe aos santos cumpri-los.
3. As reuniões de crianças devem ser em muitos locais, em horários diferentes, e usar
métodos diferentes; esperamos que todos os santos orem a esse respeito e não
tomem isso levianamente; isso requer a cooperação de todos — At 1:14; Cl 4:2; Rm
12:12.

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Mensagem Três

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Ser Modelos para Nutrir as Crianças e os Jovens

Leitura Bíblica: 1Ts 1:5-8; 2:1-20; 2Ts 3:7, 9; 1Pe 5:2-3


I. Para que os novos crentes vivam uma vida santa para a vida da igreja, há a necessidade do
aspecto da nutrição—1Ts 2:7-12; Ef 5:29, nota de rodapé 1:
A. Paulo compara os apóstolos tanto com uma mãe que amamenta quanto com um pai que
exorta; eles consideravam os crentes como filhos sob seu cuidado; como os pais cuidam
de seus filhos, suprindo seu crescimento, assim os apóstolos cuidavam dos novos
crentes—1Ts 2:6b-7, 11.
B. Primeira Tessalonicenses é uma palavra para iniciantes, para novos crentes; os que estão
trabalhando com os jovens ou com novos crentes podem receber deste livro tanto uma
direção quanto um esboço para seguir—1:3 e nota de rodapé 2.
II. Paulo nutriu os novos crentes principalmente por meio de lhes apresentar um modelo de
vida, um padrão de um viver adequado; este modelo era, na verdade, o próprio Paulo—
vers. 5; 2:10; 2Ts 3:7-9:
A. Os apóstolos não apenas pregavam o evangelho, mas também o viviam; seu ministrar
do evangelho era não apenas por meio de palavras, mas também por meio de uma vida
que exibia o poder de Deus, uma vida no Espírito Santo e na certeza de fé—1Ts 1:5.
B. O apóstolo Paulo enfatizou repetidamente o ingresso dos apóstolos para com os crentes;
isso mostra que a maneira de viver deles desempenhava um grande papel na infusão do
evangelho nos novos convertidos—vers. 5, 9; 2:1:
1. Os apóstolos estavam lutando e falando o evangelho aos tessalonicenses no poder de
Deus—vers. 2.
2. Os apóstolos estavam livres de engano, imundícia e astúcia—vers. 3.
3. Os apóstolos foram primeiro testados e aprovados por Deus, e então foram
encarregados por Deus com o evangelho; assim, seu falar, sua pregação do
evangelho, não era de si mesmos para agradar homens, mas de Deus para agradá-
Lo—vers. 4; Sl 139:23-24.
4. Os apóstolos nunca foram achados com falar de bajulação nem de pretexto para
ganância—1Ts 2:5.
5. Os apóstolos não buscavam a glória dos homens—1Ts 2:6a:
a. Buscar a glória dos homens é uma verdadeira tentação para todo obreiro cristão;
muitos têm sido devorados e estragados por essa questão—cf. 1Sm 15:12.
b. Lúcifer se tornou o adversário de Deus, Satanás, porque buscava glória; qualquer
um que busca glória dos homens é um seguidor de Satanás—Ez 28:13-7; Is 14:12-
15; Mt 4:8-10.
c. Quanto seremos usados pelo Senhor e quanto tempo nossa utilidade durará
depende se buscamos a glória dos homens—cf. Jo 7:17-18; 5:39-44; 12:43; 2Co 4:5.
6. Os apóstolos não se baseavam em sua autoridade ou dignidade como apóstolos de
Cristo—1Ts 2:6b.
7. Os apóstolos estimavam os crentes, sofriam dores de parto por eles como mães que
amamentam e cuidavam deles como de seus próprios filhos—vv. 7-8, cf. v. 17; Gl
4:19; Is 49:14-15; 66:12-13.
8. OS apóstolos não apenas infundiram o evangelho de Deus nos tessalonicenses; eles
também infundiram suas próprias almas—1 Ts 2:8; 2Co 12:15.

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9. Os apóstolos consideravam a si mesmos como pais que exortam os crentes a andar
de maneira digna de Deus, a ter um andar que os capacitaria a entrar no reino de
Deus e os introduziria na glória de Deus—1 Ts 2:11-12.
III. Fazer a obra de nutrir, apascentar as pessoas, cuidar e supri-las, é lhes dar um modelo
adequado; Paulo alimentou seus filhos espirituais com seu próprio viver Cristo—vers. 1-
12; cf. 2 Co 1:23—2:14; 1 Co 9:22; At 20:28:
A. Os pais são padrões, modelos, para seus filhos; o que quer que os pais sejam, seus filhos
serão também; imitar está relacionado com crescimento; os filhos crescem imitando seus
pais—cf. 2 Ts 3:9; Hb 13:7.
B. Dar aos novos crentes e jovens muitos ensinamentos não é uma maneira adequada de
cuidar deles; a maneira adequada de nutri-los é lhes mostrar um modelo; por meio de
lhes mostrar um modelo, você os rega, supre, nutre e cuida—2 Co 3:6; 1Co 8:1b; 1 Ts 2:8.
C. A fonte, a origem, da pregação dos apóstolos era Deus e não eles mesmos; sempre que
pregamos ou ensinamos, devemos impressionar os outros com o fato de que o que
estamos dizendo não é a palavra do homem, mas é verdadeiramente a palavra de
Deus—vers. 13; Hb 4:12.
D. A igreja em Tessalônica imitava as igrejas na Judéia—1 Ts 2:14:
1. Relatos a respeito das igrejas na Judéia chegaram aos crentes em Tessalônica; eles
devem ter ouvido a respeito das igrejas e dos santos e esses relatos nutriram o
crescimento dos crentes tessalonicenses—v. 14.
2. Nada pode nutrir uma igreja ou um santo tanto quanto uma história verdadeira
sobre outros santos ou igrejas—cf. At 27:21, nota de rodapé 1; Rm 16:13.
E. A palavra inoculadora também era parte da nutrição de Paulo aos santos; até mesmo
inoculação está incluída na nutrição; Paulo inoculou os crentes contra a eventual ida dos
judaizantes—1Ts 2:15.
F. Paulo comparou sua partida deles com uma privação, uma perda que eles sofreram por
se separar deles e que o levou a sentir saudade deles; essa palavra implica que os
apóstolos consideravam os novos convertidos preciosos e queridos para eles—vers. 15-
17.
IV. Os que trabalham com o Senhor em nutrir os crentes para andarem de modo digno de
Deus receberão uma recompensa; essa recompensa serão os crentes que nutrimos
tornando-se nossa cura, glória e gozo—1 Ts 2:19-20; 1Pe 5:3-4:
A. Pelo fato dos apóstolos despenderem tal cuidado com os novos crentes, os apóstolos,
por fim, receberão uma recompensa do Senhor—1 Ts 2:19-20.
B. Primeira Tessalonicenses 2:20 indica que, uma vez que os apóstolos foram mães que
nutriram e pais que exortaram dos crentes, estes, como seus filhos, eram sua glória e
gozo; sem os crentes, os apóstolos não tinha esperança, glória ou coroação—vers. 19-20.
C. “Quando o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imperecível coroa de glória”—
1Pe 5:4; cf. Mt 24:45-47.

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LEVANTAR A PRÓXIMA GERAÇÃO NA VIDA DA IGREJA

Mensagem Quatro
O Serviço de Crianças é Edificá-las em
sua Humanidade para serem Seres Humanos Adequados

Leitura Bíblica: 1Tm 3:7; Mt 19:19; Pv 22:6; 2Tm 3:15; Ef 6:1-2, 4; Rm 9:21, 23; 13:1
2Tm 2:20-21; Gl 3:24; 1Tm 3:15; 1 Co 3:2
VI. Hoje, muitos jovens foram danificados com respeito a seu caráter; é por isso que temos o
serviço de crianças para as crianças; nós precisamos edificar o caráter delas — 1Tm 3:7; At
6:3; Pv 28:20a:
A. As crianças devem ser edificadas como seres humanos adequados; isso é uma questão
de caráter, isto é, comportamento e hábito—Mt 5:16.
B. Desde sua infância, elas devem aprender a honrar seus pais, amar seus irmãos e irmãs, e
respeitar os outros—19:19.
C. Não precisamos dar aos pequenos muito conhecimento da Bíblia; devemos antes edificá-
los com ética e moralidade adequadas que constituirão um caráter adequado—Pv 22:6.
VII. Caráter tem muito a ver com a obra do Senhor; considere as pessoas que Deus usou na
Bíblia; elas foram usadas por Deus porque possuíam um caráter que era adequado para
Seu uso—Rm 12:1; Fp 2:17; 2Tm 2:21; 4:11:
A. Uma vez que Abraão, Moisés, e Paulo, tinham todos um excelente caráter, Deus os usou
grandemente; o destino de nossa utilidade para o Senhor depende do nosso caráter—At
15:40; Lc 24:27; Mt 1:2:
B. Caráter é um assunto sério; a medida de graça que recebemos do Senhor e o grau ao
qual a função da graça é manifesta são determinados pelo tipo de caráter que temos—Ef
4:7; 1Pe 4:10.
VIII. Edificar uma humanidade adequada é a maneira de preparar as crianças a fim de serem o
melhor material para receber a graça de Deus—Rm 9:21, 23; 2Tm 2:20-21; 1Pe 2:5; Mt 16:18:
A. É melhor ajudar as crianças a crescerem em sua humanidade por meio de ajudá-las a
conhecer o que é um ser humano adequado; como honrar seus pais, e como ser uma
criança adequada — Ef 6:1; Cl 1:10; Pv 22:6.
B. Visto que nossas famílias são parte da raça caída, nós pais devemos exercer a ordenação
de Deus para restringir nossos filhos por meio dos ensinamentos éticos, regras e
disciplina.
C. Para um viver humano adequado em sua casa, você deve ensinar seus filhos a se
comportarem adequadamente por meio de honrarem seus pais, cuidarem de seus irmãos
e irmãs, respeitarem seus vizinhos, e não roubarem — Pv 22:6; Ef 6:4.
D. Porquanto as crianças são muito jovens para se portarem segundo Cristo, elas devem ser
ensinadas a se comportarem de acordo com a cultura; as crianças são preservadas pela
cultura enquanto estão crescendo—Rm 13:1; Gl 3:23.
E. Ao cuidar de seus filhos, os pais cristãos precisam pregar a lei para eles; não devemos
primeiro pregar graça às crianças; se lhes dermos regras segundo a lei, a lei as guardará
em custódia para Cristo—2Tm 3:15; Rm 13:1; Gl 3:24.
IX. A fim de compilar material para os mestres, precisamos de um número de irmãos que
conheça a verdade e também sejam hábeis para escrever—1Tm 3:15; 2:4; Tt 1:1:

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A. Devemos dar aos de cinco e seis anos uma coisa, e aos de sete e oito anos uma coisa
diferente; precisamos de alguns irmãos e irmãs que entendam este princípio para
preparar as lições—1Jo 2:12-13.
B. Isso requer o serviço cuidadoso dos irmãos que compilam o material de ensino para que
as crianças não recebam conhecimento prematuro — 1Tm 1:4; Mc 4:8, 11:
1. A questão mais importante é edificar a humanidade e caráter das crianças; isso
é negligenciado por muitos pais hoje.
2. Há a necessidade de alguns irmãos e irmãs gastarem tempo para preparar lições e
instruções para usá-las — Rm 12:7; cf. 2Tm 2:22; 1 Jo 2:27.
3. Não devemos preparar lições impressas regulares para serem lidas em cada aula;
talvez meia página de pontos, ilustrações, e instruções seja adequado; deve ser fácil
preparar lições dessa forma.
X. Quando muitos de nós éramos jovens, recebemos muito ensinamento que apenas nos
danificou; muitas histórias nos foram dadas, mas não nos foram dados os versículos
adequados de maneira prática — 1 Co 3:2; Tt 3:9; 1Co 8:2-3:
A. Após ouvir todos os ensinamentos e histórias da Bíblia, os jovens se tornam
“escorregadios” de modo que nada penetra neles; não devemos estragar os jovens dessa
maneira.
B. Os que nunca ouviram as histórias antes são facilmente inspirados por elas; é por isso
que devemos reter certas histórias e simplesmente ajudar as crianças a conhecerem as
coisas da humanidade e de Deus de uma maneira prática — Fp 4:9.
C. Então, quando elas forem salvas e começarem a participar das reuniões da igreja, o
que elas ouvirem, lhes será novo.
D. Mas devemos ter cuidado com duas coisas: primeiro, há a possibilidade de
conhecimento espiritual prematuro; segundo, desperdiçar verdades bíblicas de maneira
muito barata:
1. Alguns mestres são muito espirituais; eles falam às crianças ensinamentos que são
muito elevados e muito espirituais; isso dá às crianças ensinamento espiritual
prematuro — 1 Co 3:2.
2. Outros mestres lidam com as coisas espirituais muito levianamente a fim de tentar
fazer as crianças entenderem; seu falar não faz jus ao peso espiritual de seu assunto;
isso desperdiça a verdade de maneira barata — Jo 5:39; 1Tm 6:19.

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Lição Cinco
Edificar um Serviço Prevalecente

de Crianças na Igreja

Leitura Bíblica: Sl 127:3; Hb 11:7; 2Tm 3:15; Ef 4:7-16; Jo 15:2a,6;


Rm 16:1, 12-13; 1Tm 4:12; Jz 5:15-16; Dn 11:32; 1 Co 12:14-22
I. Temos a expectativa de que o serviço de crianças entre nós seja muito prevalecente;
portanto, precisamos ter uma percepção e preparação adequadas para este serviço — Gn
1:28; Sl 127:3:
A. Quando falamos do serviço de crianças, estamos nos referindo às crianças que não se
graduaram no ensino fundamental, mas que têm mais que cinco anos; estas são o alvo
do nosso serviço de crianças.
B. Os santos podem abrir suas casas para as reuniões de crianças; precisamos que muitos
irmãos e irmãs abram suas casas; que belo será este serviço e quão propagada será a
obra do Senhor —At 2:46; 6:7a.
II. Os irmãos responsáveis e os cooperadores em todo lugar devem ver a importância do
serviço de crianças na família de Deus; essa deve ser uma grande questão para nós — Hb
11:7; Sl 127:3; Gn 33:5b; Dn 1:3-4; Mt 24:45; 25:16; Rm 9:23; 2Tm 3:15; 1Tm 3:4-5; At 16:31-32;
Ef 4:12-16; 1Tm 4:12:
A. Nenhuma família desprezará seus filhos; como prioridade, uma família cuida de suas
crianças, cria e as ensina; assim, devemos servir as muitas crianças na família de Deus—
Sl 127:3; Ef 6:4; Mt 19:13-14.
B. Os cooperadores não precisam estar envolvidos pessoalmente em fazer o serviço de
crianças; eles podem reunir com as irmãs que lideram numa localidade e confiar o
encargo pelo serviço de crianças a elas, e podem encorajá-las—Fp 1:1c; Rm 16:1, 12-13.
C. Os presbíteros devem conduzir a igreja a receber o encargo do serviço de crianças; a
igreja deve concentrar seus esforços nesse serviço — 1Tm 2:1-4; Gl 1:4; 1 Ts 2:7-11;
Rm 10:17; At 16:31-32.
D. Todas as igrejas devem ter um serviço de crianças; se trabalharmos com essas crianças,
todas elas serão irmãos e irmãs jovens após seis ou sete anos—Ef 4:12-16; Zc 4:10;
cf. Mt 25:16.
E. Não podemos continuar a trabalhar como se estivéssemos no passado; devemos mudar
nossa maneira de servir; no passado negligenciamos o serviço com as crianças.
III. Ao levar a cabo este serviço, primeiro, um número de irmãs deve se levantar para
conduzir o serviço de crianças; os presbíteros também devem indicar algumas irmãs para
assumirem esta responsabilidade — Rm 16:1, 6, 12-13; Mc 15:41:
A. Um número de irmãs mais velhas deve receber este encargo, mais de noventa por cento
do serviço de crianças requer a participação das irmãs; de outra forma, não há como o
serviço de crianças prosperar —1Tm 5:2a; cf. Cl 4:17.
B. As irmãs em cada igreja devem ser persistentes para promover o encargo pelas crianças
— cf. Lc 18:1-8; 1 Sm 1:11:

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1. Por um lado, elas não devem dar paz aos irmãos, e por outro lado, elas devem
aprender não a assumir a liderança mas serem cheias de paciência, sabendo quando
agir e quando esperar—1Co 11:3; Jo 7:6; cf. Mt 15:21-28.
2. As irmãs devem ser persistentes para desenvolver o serviço de crianças na igreja;
além disso, de acordo com a direção do Senhor, elas devem ter comunhão com
outras irmãs que estão servindo—1Co 15:10a; 1Jo 1:3, 7; 1Co 12:21-22.
C. As irmãs também devem levar as crianças à reunião; toda semana as irmãs devem
considerar como levar as crianças à reunião.
D. Devemos usar as irmãs jovens para conduzir as reuniões de crianças; a igreja deve
treinar os mestres a fim de que as irmãs jovens aprendam a ensinar e conduzir as
crianças — 2Tm 2:2.
E. Muitas das irmãs amam o Senhor, mas elas precisam encontrar o caminho para
fazer algo pelo Senhor; se produzirmos os pequenos como frutos, o Senhor os
acrescentará à nossa conta—Mt 25:14-30; 2Pe 1:8; 1Ts 2:19:
1. Apenas a eternidade revelará o resultado disso; talvez de um grupo de crianças
que estamos cuidando, algumas se tornarão apóstolos—cf. 2Tm 3:15; 1:2; 1Co
4:17.
2. Portanto, eu encorajo as irmãs a fazerem essa boa obra; todas as donas de casa
podem levar crianças às reuniões, e as irmãs mais jovens podem ser treinadas a
cooperarem com elas para produzirem esses pequenos como fruto.
IV. Nós também precisamos da ajuda dos jovens no serviço de crianças; este assunto deve ser
desenvolvido—1Tm 4:12:
A. Há um grande número de crianças em toda localidade; tão logo comecemos o
serviço de crianças, os jovens começarão a funcionar; eles podem todos participar
servindo as crianças:
1. Eu também pedi aos irmãos para aperfeiçoarem os irmãos e irmãs do ensino
fundamental 2 e ensino médio, a fim de cooperarem ensinando as crianças.
2. Com respeito ao serviço de crianças, mesmo os estudantes do ensino fundamental 2
e ensino médio podem ensinar nas reuniões de crianças; a obra de crianças será
levado adiante pelos de tempo integral porque eles prepararão materiais de ensino e
farão a programação.
B. Os jovens precisam se dar para este serviço, e isso dará a todos uma oportunidade
de pôr em prática falar.
V. Os santos mais velhos podem usar suas casas; após as crianças chegarem da escola em
casa, os santos mais velhos podem abrir suas casas e preparar alguns salgadinhos para
recebê-las:
A. Eles podem cantar com as crianças, lhes contar histórias, e levá-las a conhecer Deus.
B. Ganhar as pessoas dessa maneira é muito seguro, porque elas são ensinadas por nós e
recebem o evangelho de nós desde sua infância; assim, elas devem ser muito sólidas.
C. Eu espero que a partir de agora os santos mais velhos tomem o encargo e a liderança de
fazer isso em suas casas; o efeito será muito promissor no longo prazo.
VI. Quando toda a igreja é mobilizada desta maneira, todos os irmãos e irmãs terão a
oportunidade de servir; alguns podem abrir suas casas, outros podem levar crianças às
reuniões, e ainda outros podem ensinar as crianças; quando todos os santos se esforçarem
em unanimidade pelo desejo do coração do Senhor, o benefício será imensurável —Jz
5:15-16; Dn 11:32; 1Co 12:14-22; Ef 4:7-16:

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A. Devemos agir imediatamente; todas as igrejas devem encorajar os santos nesta
questão, e devemos orar por esta questão—Jz5:15-16; Dn 11:32; 1Tm 2:1.
B. Todos os santos querem que seus filhos recebam ajuda espiritual; mesmo santos
inativos querem que seus filhos recebam orientação espiritual. (Ibid., p. 325)

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LEVANTAR A PRÓXIMA GERAÇÃO NA VIDA DA IGREJA

Mensagem Seis
Como Conduzir os Jovens (1)

Ter interesse pelos Jovens, Contatá-los e Enfatizar

o Aspecto Prático, Não Doutrinas

Leitura Bíblica: Lc 9:55; Mt 18:10; Lc 15:20, 4; 24:15, 28-29


I. Se quisermos ajudar os jovens, devemos ter interesse por eles:
A. Não olhe primeiro seus defeitos; se o fizer, não poderá ajudá-los—Lc 9:55; Mt 18:10:
1. Alguns têm um apreço especial pelos jovens que consideram bons, mas franzem a
boca e balançam a cabeça quando vêem os que consideram não serem bons; isso é
errado.
2. Frequentes vezes Deus nos provará que nossa avaliação daqueles que pensamos não
serem bons é incorreta; antes, os que você considera não serem bons podem ser
grandemente usados por Deus.
B. A despeito dos jovens sejam bons ou ruins, precisamos tratar todos da mesma maneira,
e precisamos gostar deles e nos preocupar com eles:
1. Jogue um jogo com eles, e converse com eles sobre o Senhor Jesus quando o jogo
acabar; isso é aptidão genuína.
2. Contudo, se você não puder conversar com eles sobre o Senhor Jesus depois de jogar
bola porque eles foram embora, então sua espiritualidade é falsa.
C. Se quisermos ajudar os jovens, precisamos estar interessados neles; não fique
preocupado com seus erros e jamais os condene —cf. Lc 24:13-35.
D. Devemos dar aos jovens o sentimento de que somos seus bons amigos, que
simpatizamos com eles, e que estamos interessados neles e em seus afazeres.
E. Todos nós precisamos ter o coração amoroso e perdoador de Deus Pai e o espírito
apascentador e buscador do Salvador Cristo—15:20, 4; 2Tm 1:7:
1. Não classifique as pessoas, porque ninguém pode dizer o que elas se tornarão.
2. O espírito que Deus nos deu é um espírito de amor —v. 7.
3. A igreja não é uma delegacia de polícia para prender as pessoas, ou uma corte
marcial para condenar as pessoas, mas uma casa amorosa, um hospital e uma escola.
II. Aprender a contatar os jovens; ajudar os irmãos e irmãs jovens depende não de nossa
habilidade de lhes dar mensagens, mas de nossos contatos regulares, frequentes com eles:
A. Lembre de não falar a respeito de coisas espirituais no contato inicial com eles:
1. Ao contatar os irmãos e irmãs jovens, não comece perguntando “Quantos capítulos
da Bíblia você leu hoje? Você orou?”
2. Tais perguntas não devem ser apresentadas até que você tenha tido muitos
contatos com eles, talvez após oito ou dez vezes.
B. Lembre de não falar a respeito de coisas espirituais no contato inicial com eles:
1. Se o fizer prematuramente, será fácil causar uma reação negativa; se você atrapalhar
tudo, ele pode não receber o Senhor por toda a sua vida.
2. Não incite o sentimento negativo dele, falando-lhe da primeira vez sobre a leitura da
Bíblia ou oração.

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3. Você deve esperar até ter mais contato com ele e até que ele sinta que gosta de você e
que você também gosta dele.
4. Uma vez que você tenha tocado seu sentimento e ganho sua confiança, então pode
começar a conversar sobre coisas espirituais.
III. Enfatizar o aspectos práticos ao invés de enfatizar doutrinas; quando ajudar os jovens, dê-
lhes algo prático:
A. Não devemos colocar muita ênfase em doutrinas, não apenas quando temos contato
pessoal com eles, mas também quando estamos pregando o evangelho ou dando
mensagens para eles:
1. Se lhes dermos apenas algumas doutrinas e eles vierem apenas para ouvir, não
haverá muito efeito.
2. Quanto mais falamos doutrinas, mais os jovens se tornam mortos, frios, e desviados.
B. Porquanto os jovens têm muitos problemas práticos, precisamos perceber seus
sentimentos começando por esses problemas:
1. Precisamos gastar algum tempo para estudar os problemas dos jovens no seu viver
prático, incluindo tanto os problemas de antes quanto de depois de sua salvação.
2. Com base em nossos estudos, quando pregamos o evangelho ou falamos uma
palavra de edificação para eles, o que falamos é prático e está relacionado a questões
práticas que tocamos em suas vidas.

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LEVANTAR A PRÓXIMA GERAÇÃO NA VIDA DA IGREJA

Mensagem Sete
Como Conduzir os Jovens (2)

Ter Fé Positiva nos Jovens, Adaptar-nos a Eles e Contatá-los de uma Maneira Pessoal

Leitura Bíblica: 1Co 13:7; Mt 19:26; 2Co 5:7; 1Co 9:19-23; 1Ts 2:11;
2Jo 12; 3Jo 14
IV. Precisamos ter fé positiva em cada jovem – 1Co 13:7; Mt 19:26; 2Co 5:7
A. Ter fé positiva significa que, com os bons, você crê que eles se tornarão melhores, e com os
que não parecem ser bons, você crê que eles se tornarão bons.
B. Somos todos descendentes de Adão, uma raça caída; mesmo os filhos de pessoas
piedosas são caídos; você não pode julgar o futuro de uma pessoa jovem baseado na
situação dela hoje:
1. Não podemos dizer que é correto estar caído, mas, por favor, lembre-se que todos
aqueles que realmente conhecem a salvação foram, um dia, pessoas caídas.
2. Se uma pessoa foi preservada desde seu nascimento e nunca viveu de uma maneira
caída, ela não pode ter uma experiência profunda da salvação de Deus.
C. Quer seja boa ou ruim a condição de um jovem, isso não é confiável; todos aqueles que
têm alguma experiência na obra com jovens não confiarão na condição dos jovens, mas
crerão plenamente que um dia Deus os ganhará:
1. Hoje, você pode considerar certo moço muito mau, mas um dia ele pode se tornar
muito bom, ao contrário de sua perspectiva.
2. Da mesma maneira, hoje você pode pensar que certo moço é muito bom, mas algum
dia ele poderá se tornar muito mau.
D. Isso irá nos livrar de procurar trabalhar somente com jovens que consideramos bons, e
deixar de lado os que consideramos ruins; nem mesmo creia em sua condição boa ou
ruim; creia somente na obra de Deus:
1. Na verdade, algumas vezes é difícil para aqueles que são consistentemente bons
terem percepção espiritual, e seu crescimento é frequentemente lento.
2. Se você gastar tempo com aqueles que são aparentemente maus, para redirecioná-
los, o entendimento espiritual deles irá se abrir imediatamente após terem uma
mudança.
3. Isso nos mostra que aqueles de nós que fazem a obra dentre os jovens não devem
confiar em sua situação presente.
4. Não importa quão ruim alguém possa ser, ainda cremos que a obra de Deus pode
mudá-lo; porque temos tal fé positiva, atentamos para cada um dos jovens.
V. Aqueles que têm um desejo de servir no serviço de jovens precisam aprender como se
encaixar e se adaptar aos jovens—1Co 9:19-23:
A. Não peça que eles se adaptem a você; você precisa se adaptar a eles a tal ponto de ser
como cola:
1. Nós que servimos no serviço de jovens devemos ser como cola, de modo que não
importa se uma pessoa jovem é macia ou dura ou se é tridimensional ou plana, ou
uma superfície com bolhas e buracos; nós ainda precisamos colar nela.
2. Temos que estar junto com os jovens e nos acomodar a eles; devemos introduzir os
jovens não pelo nosso zelo, mas pelo nossa brandura — aprenda a ser grudento como
cola.

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B. Parece muito difícil servir no serviço de jovens porque os jovens são muito ocupados
para se preocuparem em buscar o Senhor; se eles estão ocupados tentando entrar numa
escola melhor, então trabalhamos neles estando junto com eles em sua preparação para
esta questão:
1. Se estivermos fazendo uma obra verdadeira, então mesmo que uma pessoa jovem voe
para o céu, nós a seguiremos até lá para nos adaptar a ela.
2. Os jovens serem muito ocupados não é um problema; a verdadeira questão é seu
interesse; se estiverem interessados em algo, não importa quão ocupados sejam, eles
terão tempo para aquilo.
C. Quando for às pessoas, não as contate de acordo com sua tradição, passado, ou
disposição; confie no Senhor, e você será capaz de entrar em na condição e situação
delas.
D. Aprenda a se acomodar ao seu caráter, idade, disposição, maneira de fazer as coisas e
contate as pessoas de acordo com a situação e condição delas, e não de acordo com sua
disposição ou tradição.
E. Pela Bíblia, podemos perceber que para o benefício de outros, devemos aprender a nos
acomodar a seu caráter, sua idade, sua disposição, e até mesmo às suas maneiras de
fazer certas coisas.
VI. Dar atenção ao contato pessoal; o poder e efeito de fazer uma obra pessoal com os jovens
é muitas vezes maior do que as reuniões:
A. A ênfase de uma obra genuína com os jovens é o contato individual —1Ts 2:11;
2Jo 12; 3Jo 14:
1. Reuniões grandes não têm muito efeito nos jovens; quando você os reúne,
geralmente tudo o que você pode fazer é dar uma mensagem e no máximo uma
pequena obra de reavivamento.
2. Parece que a maneira pessoal de contatar é fragmentária e consome muito tempo;
aparentemente, esta maneira é menos efetiva do que ter grandes reuniões onde você
pode falar a centenas de pessoas de uma só vez.
3. Se tudo o que você tem são reuniões, o serviço de jovens terminará com algo que está
apenas na superfície, como areia solta sem fundamento; isso não será capaz de
produzir pessoas sólidas.
B. Nós falamos muito, pregamos muito, e ensinamos muito com muito pouca visita; a
maioria das pessoas é ganha pelo contato face a face, e a maioria das pessoas é mantida e
edificada por tal contato pessoal.
C. Na questão do contato pessoal, habilidades são necessárias; se você praticar isto
seriamente, gradualmente você ganhará experiência e discernimento:
1. Você saberá qual dentre tantos jovens deve ser contatado e ganho primeiro; após um
ser ganho, ele irá até outros da mesma maneira.
2. Mesmo que não haja reuniões grandes, muitos ainda podem ser salvos e levantados
para amar o Senhor, e não importa o que você fale, eles o receberão; então as reuniões
serão cem por cento efetivas, e você será capaz de ganhar jovens sólidos.
D. Quando você tem contato pessoal com os jovens, por um lado, você precisa ter um contato
amplo com eles, tratando todos igualmente; por outro lado, você precisa ter contato
específico:
1. Dentre tantos irmãos e irmãs jovens, você precisa sentir e ver quais, uma vez ganhos,
terão impacto sobre os outros.

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2. Então você deve se empenhar neles primeiro e os ajudar a amar e buscar o Senhor;
uma vez que eles estejam erguidos, eles influenciarão os outros irmãos e irmãs jovens.
E. “Irmãos, digo novamente, o Senhor tem uma grande necessidade com os jovens. Esta
geração precisa que muitos jovens se levantem de uma maneira forte para receberem a
salvação do Senhor e serem conduzidos pelo Senhor a fim de se tornarem vasos úteis em
Suas mãos.” (How to Lead the Young People, p. 37)

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LEVANTAR A PRÓXIMA GERAÇÃO
NA VIDA DA IGREJA

Mensagem Oito
Pastorear os Jovens Segundo o Coração do Senhor

Leitura Bíblica: Jo 21:15-17; At 20:28; 1Pe 5:1-3; Lc 15:4-24, 32; 2Co 7:2-3
I. Em Seu ministério celestial, Cristo está pastoreando pessoas, e precisamos cooperar com Ele
pastoreando as pessoas; sem pastorear, nosso trabalho ao Senhor não pode ser efetivo —
Hb 13:20-21; Jo 21:15-17.
II. Pastorear é ter o cuidado tenro todo-inclusivo pelo rebanho; pastorear refere-se a cuidar de
todas as necessidades da ovelha — vv.15-17; At 20:28.
III. Pedro encarregou os presbíteros de pastorearem o rebanho de Deus segundo Deus; segundo
Deus significa viver Deus —1Pe 5:1-3:
A. Pastorear segundo Deus é pastorear segundo o que Deus é em Seus atributos —
Rm 9:15-16; 11:22, 33; Ef 2:7; 1Co 1:9; 2Co 1:12:
B. Pastorear segundo Deus é pastorear segundo a natureza, desejo, maneira e glória de
Deus, não segundo nossa preferência, interesse, propósito e disposição.
C. Para pastorear segundo Deus, precisamos nos tornar Deus em vida, natureza, expressão
e função — Jo 1:12-13; 3:15; 2Pe 1:14:
1. Precisamos ser a reprodução de Cristo, a expressão de Deus, para que em nosso
pastorear expressemos Deus, não o ego com sua disposição e peculiaridades —
Jo 1:18; Hb 1:3; 2: 10; Rm 8:29.
2. Temos de nos tornar Deus em Sua função de pastorear o rebanho segundo o que Ele
é e segundo Sua meta em Sua economia — Ef 4:16; Ap 21:2.
3. Quando somos um com Deus, tornamo-nos Deus e somos Deus ao pastorearmos
outros.
IV. Precisamos pastorear o rebanho de Deus segundo o coração que ama e perdoa do Pai e
segundo o espírito que busca, encontra e pastoreia do Filho — Lc 15:4-24, 32:
A. Temos de seguir os passos do Deus Triúno processado em Seu buscar e ganhar pessoas
caídas — vv. 4-6, 8-9, 18-24, 32.
B. Nossa tendência natural não é pastorear outros, mas criticá-los e ajustá-los:
1. Sempre que criticamos alguém, perdemos a posição de cuidar dele.
2. Nossa tendência natural é ajustar outros e colocar exigências sobre eles segundo nós
mesmos, não cuidar com carinho e nutrí-los segundo Deus.
C. Temos de ter uma mudança de conceito, sendo disciplinados a ter o conceito divino, o
conceito que é segundo o coração amoroso do Pai e o espírito apascentador do Filho.
D. Nosso pastorear deve ser segundo o amor de Deus para com a raça humana caída; a raça
humana caída está unida com Satanás para ser seu mundo em seu sistema, mas Deus
tem um coração de amor para com essas pessoas — Jo 3:16.
E. Temos de ser pastores, tendo o coração amoroso e perdoador de nosso Deus Pai em Sua
divindade, e o espírito que busca, encontra e pastoreia de nosso Salvador Cristo em Sua
humanidade.

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F. “Se esse tipo de comunhão for recebida por nós, creio que haverá um grande
avivamento na terra, não por poucos gigantes espirituais, mas pelos muitos membros do
Corpo de Cristo sendo pastores que seguem os passos do Deus Triúno processado em
buscar e ganhar pessoas caídas”. (The Vital Groups, p. 40)
V. Precisamos incitar uma atmosfera de modo que recebamos um encargo para restaurar os
santos adormecidos; procurar nossos irmãos e irmãs que não têm se reunido e aqueles
com quem perdemos contato — Gl 6:1; cf. Lc 15:3-6, 8:10:
A. Esses santos são a colheita de nosso labor e trabalho duro passados; eles foram batizados
e são membros da nossa família, mas todos eles desapareceram; portanto, temos de
tomar essa questão seriamente — Mt 18:11-13.
B. Agora é hora de colocar os afazeres de nossa família em ordem e a primeira questão a
que devemos nos dedicar é encontrar esses santos a fim de trazê-los de volta; se
fizermos isso completamente pela graça do Senhor, restauraremos dois terços deles
dentro de dois a três anos:
1. Temos de começar restaurando os irmãos e irmãs que raramente vãos às reuniões,
mas cujo paradeiro é conhecido; isso envolve um trabalho de visitação e restauração.
2. Também precisamos localizar os santos cujo paradeiro é desconhecido; isso consome
muito tempo, e estamos no processo de procurar uma maneira que as igrejas possam
se coordenar umas com as outras para encontrar esses santos.
C. A chave de restaurar esses santos é os irmãos e irmãs que se reúnem regularmente nos
pequenos grupos receberem um encargo; sem encargo, será difícil se mover, mas com
encargo, haverá graça — 1Co 15:10:
1. Os santos que estão vagueando por aí estão espalhados e não estão desfrutando as
riquezas de nossa família; eles são realmente como o filho pródigo que não pôde
encontrar nem alfarrobas para comer — Lc 15:13-16.
2. Mas na casa do Pai, na casa de Deus, que é a igreja, o alimento é farto; portanto,
temos de ser compassivos para com eles e trazê-los para casa a fim desfrutarem as
riquezas da casa do Pai conosco —vv. 20-24.
D. Visitar os santos adormecidos necessita de muita consideração; se não o fizermos
adequadamente, nós os levaremos para mais longe.
E. À medida que buscamos os santos, temos de confiar na obra do Espírito Santo; a obra do
Espírito é semelhante, em Lucas 15, à mulher que acende a lâmpada para buscar a
moeda perdida; o Espírito Santo é capaz de brilhar sobre os santos com a palavra do
Senhor e está desejoso de procurar por eles até os achar — vv. 8-9.
F. Amor é-nos a maneira mais excelente de ser algo e de fazer algo para edificação do
Corpo de Cristo — 2Tm 1:7; 1Co 8:1; 12:31b:
1. Precisamos ter o tipo de amor para ir e dizer aos adormecidos que pensam que a
igreja os condena, que a igreja não condena ninguém; antes, a igreja quer ver todos
os adormecidos voltarem — Pv 10:12b.
2. Porque a igreja é um lar, um hospital e uma escola, temos de ser um com o Senhor
para levantar, curar, restaurar e ensinar outros em amor — 2Co 11:28-29; 12:15; 1Co
9:22; cf. Mt 12:20.

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3. O amor não é ciumento, não se enfurece, não se ressente do mal; tudo cobre, tudo
suporta, jamais acaba e é o maior — 1Co 13:4-8, 13.

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