Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apostila - Eletromag - Com Resoulção PDF
Apostila - Eletromag - Com Resoulção PDF
CAPÍTULO 01
ANÁLISE VETORIAL
1.1) Um vetor B é dado por: B = a x + 2a y + 3a z . Determine um vetor A de módulo igual
a 3 e componente x unitária de modo que A e B sejam perpendiculares entre si.
Resolução:
B = a + 2a + 3a
x y z
Dados: A = xa x + ya y + za z (01)
A ⊥ B A = 3 x =1
A = 3 ⇒ 12 + y2 + z2 = 3 (02)
A ⊥ B ⇒ A • B = 0 ⇒ 1 + 2y + 3z = 0 (03)
− 3z − 1
De (03): y = (04)
2
7
1a raiz z1 = (05)
13
2a raiz: z 2 = −1 (06)
– Página 1.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL
1.2) Transforme
cada um dos seguintes vetores para coordenadas cilíndricas no ponto dado:
a) A = 5a x em P (ρ = 4, φ = 120o , z = 2);
b) B = 6a y em Q (x = 4, y = 3, z = -1);
c) C = 4a x − 2a y − 4a z em R (x = 2, y = 3, z = 5).
Resolução:
a) A = Aρ a ρ + Aφ aφ + Az a z onde:
A = A • a = 5a • a = 5 cos φ = 5 cos 120 ⇒ A = −2,5
ρ x
ρ
ρ ρ
A φ = A • a φ = 5a x • a φ = −5 sen φ = −5 sen 120 ⇒ A φ = −4,33
A = A • a = 5a • a ⇒ A = 0
z z x z z
∴ A = −2,5a ρ − 4,33a φ
mas:
3
Bρ = B • aρ = 6ay • aρ = 6 senφ = 6 ⋅ ⇒ Bρ = 3,6
5
4
B = B ρ a ρ + Bφ a φ + B z a z onde: Bφ = B • aφ = 6ay • aφ = 6 cosφ = 6 ⋅ ⇒ Bφ = 4,8
5
B
z = B • az = 6a y • a z ⇒ Bz = 0
∴ B = 3,6a ρ + 4,8a φ
ρ = x 2 + y 2 = 13
3
R ( ρ ;φ ; z ) = y sen φ = 13 ⇒ R ρ = 13 ;φ = 56,31°; z = 5
( )
φ = arctg ⇒ φ = 56,31° ⇒
x cos φ = 2
13
mas:
C = C ρ a ρ + Cφ a φ + C z a z onde:
– Página 1.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
C A P ÍT U L O 0 1 – ANÁLISE VETORIAL
2 3
Cρ = C ⋅ a ρ = (4ax − 2ay − 4az ) ⋅ a ρ = 4 cosφ − 2 senφ = 4 ⋅ − 2⋅ ⇒ Cρ = 0,555
13 13
3 2
Cφ = C ⋅ aφ = (4ax − 2ay − 4az ) ⋅ aφ = −4 senφ − 2 cosφ = −4 ⋅ − 2⋅ ⇒ Cφ = −4,438
13 13
C = C ⋅ a = (4a − 2a − 4a ) ⋅ a ⇒ C = −4
z x y z z
z z
∴ C = 0,555a ρ − 4,438a φ − 4a z
Resolução:
a)
Dados:
V = 4a ρ + 3a φ + 5a z em P (ρ = 20, φ = 120o , z = 10).
Sabe-se que V = VN + VT e que VN = ( V • a ρ )a ρ .
Portanto: VN = [(4aρ + 3aφ + 5az ) • a ρ ]aρ ⇒ VN = 4aρ
b)
Dados:
V = 4a ρ + 3a φ + 5a z em P (ρ = 20, φ = 120o , z = 10).
Sabe-se que V = VN + VT e que VN = ( V • a φ )a φ .
Cálculo de VN :
VN = (V • a φ )a φ
VN = [(4a ρ + 3a φ + 5a z ) • a φ ]a φ ⇒ VN = 3a φ
– Página 1.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
C A P ÍT U L O 0 1 – ANÁLISE VETORIAL
Cálculo de VT :
VT = V − VN = (4a ρ + 3a φ + 5a z ) − 3a φ ⇒ VT = 4a ρ + 5a z
c) Dados: R = 6a ρ + 8a φ .
R 6a ρ + 8a φ
VR = ( V • a R )a R , onde a R = = ⇒ a R = 0,6a ρ + 0,8a φ
R 36 + 64
∴ VR = [(4a ρ + 3a φ + 5a z ) • (0,6a ρ + 0,8a φ )](0,6a ρ + 0,8a φ ) ⇒ VR = 2,88a ρ + 3,84a φ
d) Seja A = Aρ a ρ + Aφ a φ + Az a z o vetor procurado.
(01)
Aφ = 0, pois A é tangente ao plano φ = 120°
Pelas condições apresentadas, temos: A • V = 0, poisA ⊥V (02)
A = 1, pois A é um versor (03)
De (01), conclui-se que A = Aρ a ρ + Az a z (04)
A ρ = ∓ 0,781 (09)
– Página 1.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
C A P ÍT U L O 0 1 – ANÁLISE VETORIAL
1.4) Se a1 é um vetor unitário dirigido da origem ao ponto (-2,1,2), determinar:
a) um vetor unitário a 2 paralelo ao plano x = 0 e perpendicular a a1 ;
b) um vetor unitário a 3 perpendicular a a1 e a 2 .
Resolução:
Cálculo de a1 :
A1 − 2a x + a y + 2a z 2 1 2
a1 = = ⇒ a1 = − a x + a y + a z
A1 ( −2) 2 + 12 + 2 2 3 3 3
a) Seja a 2 = a2 a x + a2 a y + a2 a z o vetor procurado.
x y z
a 2x = 0, pois a 2 é paralelo ao plano x = 0 (01)
Pelas condições apresentadas, temos: a 2 • a1 = 0, pois a 2 ⊥a1 (02)
a = 1, pois a é um versor
2 2 (03)
De (05), a 2 = −2 a 2 (07)
y z
5
4 a 22 + a 22 = 1 ⇒ a 2 = ± (08)
z z z 5
– Página 1.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
C A P ÍT U L O 0 1 – ANÁLISE VETORIAL
2 5
a2 = ∓ (09)
y 5
5
a2 = ±
5
(
− 2a y + a z )
b) Seja a 3 = a3 a x + a3 a y + a3 a z o vetor procurado.
x y z
Pelas condições apresentadas, temos:
a 3 = a1 × a 2 , pois a 3 ⊥ ao plano formado por a1 e a 2 (01)
a 3 = 1, pois a 3 é um versor (02)
5
Logo: a 3 = ±
15
(
5a x + 2a y + 4a z )
1.5) Determinar:
a) qual é a componente escalar do vetor E = − ya x − xa y no ponto P (3, -2, 6 ) que está
apontada para o ponto Q (4, 0, 1 );
b) qual é a equação (escalar) da linha no plano z = 0 que é perpendicular ao vetor
A = 3a x − 4a y e passa através do ponto P (1, 5, 0 )?
Resolução:
a)
Definições:
E P é o vetor dado E no ponto P ⇒ E P = − ya x − xa y ⇒ E P = 2a x − 3a y
PQ é um vetor dirigido do ponto P para o ponto Q.
E P é a componente escalar de E P na direção de E PQ .
Q
a PQ . é o vetor unitário de PQ
– Página 1.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
C A P ÍT U L O 0 1 – ANÁLISE VETORIAL
PQ a x + 2a y − 5a z a x + 2a y − 5a z
Cálculo de a PQ : a PQ = = ⇒ a PQ =
PQ 1 + 4 + 25 30
Cálculo de E P :
Q
a x + 2a y − 5a z
⇒ EP = − 4
E P = E P • a PQ ⇒ E P = (2a x − 3a y ) •
Q Q 30 Q 30
b)
Seja v = ( x − 1)a x + ( y − 5)a y o vetor dirigido de P para Q (vetor na direção da linha).
Mas v ⊥ A ⇒ A • v = 0
∴ (3ax − 4ay ) • [(x − 1)ax + (y − 5)ay ] = 0 ⇒ 3(x − 1) − 4(y − 5) = 0 ⇒ 3x - 4y + 17 = 0
Assim, 3x-4y+17=0 é a equação da linha no plano z = 0 que é perpendicular ao vetor A e
passa pelo ponto P
Resolução:
P ( ρ = 4; φ = 10°; z = 1)
a) Dados:
Q ( ρ = 7; φ = 75°; z = 4 )
– Página 1.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
C A P ÍT U L O 0 1 – ANÁLISE VETORIAL
Cálculo do vetor OQ :
OQ x = ρ cos φ = 7 cos 75° ⇒ OQ x = 1,812
OQ = OQx a x + OQ y a y + OQz a z ,onde: OQ y = ρ sen φ = 7 sen 75° ⇒ OQ y = 6,761
OQz = z ⇒ OQz = 4
∴ OQ = 1,812a x + 6,761a y + 4a z
mas: PQ = OQ − OP = PQ x a x + PQ y a y + PQz a z , onde:
PQ x = OQ x − OPx ⇒ PQ x = −2,13
PQ y = OQ y − OPy ⇒ PQ y = 6,07 ⇒ PQ = −2,13a x + 6,07a y + 3a z
PQ z = OQ z − OPz ⇒ OQ z = 3
M (x = 5; y = 1; z = 2 )
b) Dados:
Q ( ρ = 7; φ = 75°; z = 4 )
Resolução:
No ponto P, temos:
ρ = x2 + y2 = 5
y y x
φ = arctg = −53,13° ; senφ = = −0,8 ; cosφ = = 0,6 (01)
x ρ ρ
θ = arctg ρ = 135° ; senθ = x2 + y2 z
= −0,7071 ; cosθ = = −0,7071
z 2 2 2 2 2 2
x +y +z x +y +z
a) W = Wx a x + Wy a y + Wz a z
∴ W = (1 − 3)a x + (2 − (−4))a y + (3 − (−5))a z ⇒ W = −2a x + 6a y + 8az
b) W = Wρ a ρ + Wφ a φ + Wz a z
Cálculo das componentes, em coordenadas cilíndricas, do vetor W :
Wρ = W • aρ = (−2ax + 6ay + 8az ) • aρ = −2 cosφ + 6 senφ = −2(0,6) + 6(−0,8) ⇒ Wρ = −6
Wφ = W • aφ = (−2ax + 6ay + 8az ) • aφ = 2 senφ + 6 cosφ = 2(−0,8) + 6(0,6) ⇒ Wφ = 2
Wz = W • az = (−2ax + 6ay + 8az ) • az ⇒ Wz = 8
∴ W = −6a ρ + 2a φ + 8a z
c) W = Wr a r + Wθ aθ + Wφ a φ (01)
Cálculo das componentes, em coordenadas esféricas, do vetor W :
Wr = W • ar = (−2ax + 6ay + 8az ) • ar ⇒ Wr = −2 senθ cosφ + 6 senθ senφ + 8 cosθ (02)
Wθ = W • aθ = (−2ax + 6ay + 8az ) • aθ ⇒ Wθ = −2 cosθ cosφ + 6 cosθ senφ − 8 senθ (03)
(04)
W
φ = W • aφ = (−2ax + 6ay + 8az ) • aφ ⇒ Wφ = 2 senφ + 6 cosφ
– Página 1.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
C A P ÍT U L O 0 1 – ANÁLISE VETORIAL
1.8) Um campo vetorial é definido no ponto P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ) como sendo:
G = 3a r + 4aθ + 5a φ . Determinar:
a) a componente vetorial de G normal a superfície r = 10;
b) a componente vetorial de G tangente ao cone θ = 150o;
c) a componente vetorial de G na direção do vetor R = 6a r + 8a φ ;
d) um vetor unitário perpendicular a G e tangente ao plano φ = 60o;
Resolução:
a) Dados:
G = 3a r + 4aθ + 5a φ em P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ).
Sabe-se que G = G N + G T e que G N = (G • a r )a r .
Portanto:
G N = [(3a r + 4aθ + 5a φ ) • a r ]a r ⇒ G N = 3a r
b)
Dados:
G = 3a r + 4aθ + 5a φ em P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ).
Sabe-se que G = G N + G T e que G N = (G ⋅ aθ )aθ .
Cálculo de G N :
G N = (G • aθ )aθ = [(3a r + 4aθ + 5a φ ) • aθ ]aθ ⇒ G N = 4aθ
– Página 1.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
C A P ÍT U L O 0 1 – ANÁLISE VETORIAL
Cálculo de G T :
G T = G − G N = (3a r + 4aθ + 5a φ ) − 4aθ ⇒ G T = 3a r + 5a φ
c) Dados: R = 6a r + 8a φ
R 6a r + 8a φ
G R = (G • a R )a R , onde a R = = ⇒ a R = 0,6a r + 0,8a φ
R 36 + 64
∴ G R = [(3a r + 4aθ + 5a φ ) • (0,6a r + 0,8a φ )](0,6a r + 0,8a φ ) ⇒ G R = 3,48a r + 4,64a φ
d)
Dados:
G = 3a r + 4aθ + 5a φ em P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ).
Seja S = Sr a r + Sθ aθ + Sφ a φ o vetor procurado.
Sφ = 0, pois S é tangente ao plano φ = 60° (01)
Pelas condições apresentadas, temos: S ⋅ G = 0, pois S⊥G (02)
(03)
S = 1, pois S é um versor
De (01), conclui-se que S = Sr a r + Sθ aθ (04)
4
De (05): Sr = − Sθ (07)
3
Substituindo (07) em (06), temos:
16 2 3
Sθ + Sθ2 = 1 ⇒ Sθ = ± (08)
9 5
Substituindo (08) em (07), temos:
4
Sr = ∓ (09)
5
Substituindo (08) e (09) em (04), temos:
4 3
S = ± a r − aθ
5 5
– Página 1.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
CAPÍTULO 02
2.1) Um fio de 2 m está carregado uniformemente com 2 µC. A uma distância de 2 m de sua
extremidade, no seu prolongamento, está uma carga pontual de 2 µC. Obter o ponto no
espaço onde o campo elétrico seja nulo.
Resolução:
Definições:
P (2+d; 0; 0) é o ponto onde o campo elétrico resultante é nulo.
E1 é o campo elétrico gerado em P pela carga Q.
E 2 é o campo elétrico gerado em P pelo fio.
E2 =
ρ L dL
∫ 4πε (2 − x + d) 2 x
a ,onde:
ρL =
∆Q
∆L
=
2 µC
2m
⇒ ρL = 1 C
m
[ ] (02)
o
dL = dx
2
ρ L dx
De (01), conclui-se que E 2 = ∫ ax (03)
2
x = 0 4πε o ( 2 − x + d)
u = 2 − x + d
Substituição de variáveis na integral: (04)
du = −dx
Substituindo (04) em (03), temos:
2 2
ρ du ρ u −1 ρ 1
E2 = L ∫ ax ⇒ E2 = L ax ⇒ E2 = − L
a x
4πε o 2 4πε o − 1 4πε o 2 − x + d x = 0
x =0 u
ρ 1 1
∴ E2 = − L − (05)
4πε o d 2 + d
– Página 2.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
Para o campo elétrico ser nulo em P, é necessário que E1 + E 2 = 0 . (06)
2 ⋅ 10 − 6 1 ⋅ 10 − 6 1 1 2 1 1
− d − 2 + d = 0 ⇒ − + =0
4πε o (2 − d) 2 4πε o ( 2 − d) 2 d 2 + d
2
4d + 2d 2 − 8 + 8d − 2d 2 − 4d + 4d 2 − d 3 + 4d − 4d 2 + d 3 = 0 ⇒ d = [m]
3
2.2) Uma linha de carga com ρL = 50 ηC/m está localizada ao longo da reta x = 2, y = 5, no
vácuo.
a) Determinar E em P (1, 3, -4 );
b) Se a superfície x = 4 contém uma distribuição superficial de carga uniforme com
ρS = 18 ηC/m2, determinar em que ponto do plano z = 0 o campo elétrico é nulo.
Resolução:
a)
– Página 2.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
b)
Para E T ser nulo no ponto Q (x, y, 0 ), este deve estar localizado entre o plano e a linha.
ρ = ( x − 2) 2 + ( y − 5) 2
ρ = ( x − 2)a x + ( y − 5)a y ;
(03)
( x − 2)a x + ( y − 5)a y
a =
ρ
( x − 2) 2 + ( y − 5) 2
– Página 2.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
50 ⋅ 10 − 9 (x − 2) a x + ( y − 5) a y 18 ⋅ 10 − 9
⋅ − ax = 0
10 − 9 (x − 2) 2 + ( y − 5) 2 10 − 9
2π ⋅ (x − 2) 2 + (y − 5) 2 2⋅
36π 36π
900(x − 2) 900( y − 5)
− 324π a x + ay = 0
(x − 2) 2 + (y − 5) 2 (x − 2) 2 + (y − 5) 2
900(y − 5)
=0⇒ y=5
2 2
(x − 2) + (y − 5)
∴
900(x − 2) 900
− 324π = 0 ⇒ = 324π ⇒ x = 2,88
2 2 x − 2
(x − 2) + (y − 5)
2.3) Oito cargas pontuais de 1 µC cada uma estão localizadas nos vértices de um cubo de 1 m
de lado, no espaço livre. Encontrar E no centro:
a) do cubo;
b) de uma face do cubo;
c) de uma aresta do cubo;
– Página 2.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
Resolução:
a) Como as cargas são todas iguais e simétricas, elas produzem campos iguais e em oposição.
Logo, o campo elétrico em P é nulo.
b) E K = E GK + E CK + E BK + E FK + E AK + E EK + E HK + E DK , onde:
E K é o campo gerado em K pelas carga em G, C, B, F, A, E, H e D;
E GK é o campo gerado em K pela carga em G;
E CK é o campo gerado em K pela carga em C;
E BK é o campo gerado em K pela carga em B;
E FK é o campo gerado em K pela carga em F;
E AK é o campo gerado em K pela carga em A;
E EK é o campo gerado em K pela carga em E;
E HK é o campo gerado em K pela carga em H;
E DK é o campo gerado em K pela carga em D;
Por simetria:
E GK + E CK + E BK + E FK = 0 , o que torna E K = E AK + E EK + E HK + E DK . (01)
Cálculo de E AK :
R AK é o vetor dirigido da carga em A ao ponto K ;
Q
E Ak = aR , onde: R AK = R AK ;
4πε o R 2AK AK
a R é um versor de R AK .
AK
– Página 2.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
R AK
R AK = 0,5a x + a y + 0,5a z ; R AK = 1,5 ; aR =
AK R AK
Q
∴ E Ak = R AK (02)
32
4πε o R AK
Cálculo de E EK :
R EK é o vetor dirigido da carga em E ao ponto K ;
Q
E Ek = a R , onde: R EK = R AK = R EK = R AK ;
4πε o R 2EK EK
a R é um versor de R EK .
EK
R EK
R EK = −0,5a x + a y + 0,5a z ; R EK = R AK = 1,5 ; aR =
EK R AK
Q
∴ E Ek = R EK (03)
32
4πε o R AK
Cálculo de E HK :
R HK é o vetor dirigido da carga em H ao ponto K ;
Q
E Hk = aR , onde: R HK = R AK = R HK = R AK ;
4πε o R 2HK HK
a R é um versor de R HK .
HK
R HK
R HK = −0,5a x + a y − 0,5a z ; R HK = R AK = 1,5 ; aR =
HK R AK
Q
∴ E Hk = R HK (04)
32
4πε o R AK
Cálculo de E DK :
R DK é o vetor dirigido da carga em D ao ponto K ;
Q
E Dk = aR , onde: R DK = R AK = R DK = R AK ;
4πε o R 2DK DK
a R é um versor de R DK .
DK
R DK
R DK = 0,5a x + a y − 0,5a z ; R DK = R AK = 1,5 ; aR =
DK R AK
Q
∴ E Dk = R DK (05)
32
4πε o R AK
– Página 2.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
Q
Ek = ( R AK + R EK + R HK + R DK ) (06)
32
4πε o R AK
Mas:
RAK + REK + RHK + RDK = (0,5ax + ay + 0,5az ) + (−0,5ax + ay + 0,5az) + (−0,5ax + ay − 0,5az ) + (0,5ax + ay − 0,5az )
∴RAK + REK + RHK + RDK = 4ay
(07)
4Q 4 ⋅ 10 − 9
Ek = a y ⇒ Ek = ay
32 32
4πε o R AK 4πε o 1,5
E k = 19,57 a y ⇒ E k = 19,57 [V m]
c) E M = E EM + E FM + E AM + E BM + E HM + E GM + E CM + E DM , onde:
E M é o campo gerado em M pelas cargas em E, F, A, B, H, G, C e D;
E EM é o campo gerado em M pela carga em E;
E FM é o campo gerado em M pela carga em F;
E AM é o campo gerado em M pela carga em A;
E BM é o campo gerado em M pela carga em B;
E HM é o campo gerado em M pela carga em H;
E GM é o campo gerado em M pela carga em G;
E CM é o campo gerado em M pela carga em C;
E DM é o campo gerado em M pela carga em D;
Por simetria:
E EM + E FM = 0
Portanto: E M = E AM + E BM + E HM + E GM + E CM + E DM (01)
Cálculo de E AM :
R AM é o vetor dirigido da carga em A ao ponto M ;
Q
E AM = aR , onde: R AM = R AM ;
4πε o R 2AM AM
a R é um versor de R AM .
AM
– Página 2.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
R AM
R AM = a x + 0,5a y + 0a z ; R AM = 1,25 ; aR =
AM R AM
Q
∴ E AM = R AM (02)
32
4πε o R AM
Cálculo de E BM :
R BM é o vetor dirigido da carga em B ao ponto M;
Q
E BM = aR , onde: R BM = R AM = R BM = R AM ;
4πε o R 2BM BM
a R é um versor de R BM .
BM
R BM
R BM = a x − 0,5a y + 0a z ; R BM = R AM = 1,25 ; aR =
BM R AM
Q
∴ E BM = R BM (03)
32
4πε o R AM
Cálculo de E HM :
R HM é o vetor dirigido da carga em H ao ponto M ;
Q
E HM = aR , onde: R HM = R AM = R HM = R AM ;
4πε o R 2HM HM
a R é um versor de R HM .
HM
R HM
R HM = 0a x + 0,5a y − a z ; R HM = R AM = 1,25 ; aR =
HM R AM
Q
∴ E HM = R HM (04)
32
4πε o R AM
Cálculo de E GM :
R GM é o vetor dirigido da carga em G ao ponto M ;
Q
E GM = aR , onde: R GM = R AM = R GM = R AM ;
2 GM
4πε o R G M
a R é um versor de R GM .
GM
R GM
R GM = 0a x − 0,5a y − a z ; R GM = R AM = 1,25 ; aR =
GM R AM
Q
∴ E GM = R GM (05)
32
4πε o R AM
– Página 2.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
Cálculo de E DM :
R DM é o vetor dirigido da carga em D ao ponto M ;
Q
E DM = aR , onde: R DM = R DM ;
4πε o R 2DM DM
a R é um versor de R DM .
DM
R DM
R DM = a x + 0,5a y − a z ; R DM = 2,25 ; aR =
DM R DM
Q
∴ E DM = R DM (06)
32
4πε o R DM
Cálculo de E CM :
R CM é o vetor dirigido da carga em C ao ponto M ;
Q
E CM = aR , onde: R CM = R DM = R CM = R DM ;
2 CM
4πε o R C M
a R é um versor de R CM .
CM
R CM
R CM = a x − 0,5a y − a z ; R CM = R DM = 2,25 ; aR =
CM R DM
Q
∴ E CGM = R CM (07)
32
4πε o R DM
Q R AM + R BM + R HM + R GM R DM + R CM
EM = + (08)
4πε o 32 32
R AM R DM
Mas:
R AM + R BM + R HM + R GM = (a x + 0,5a y ) + (a x − 0,5a y ) + (0,5a y − a z ) + (0,5a y − a z )
∴ R AM + R BM + R HM + R GM = 2a x − 2a z (09)
e
R DM + R CM = (a x + 0,5a y − a z ) + (a x − 0,5a y − a z )
(10)
∴ R DM + R CM = 2a x − 2a z
1 ⋅ 10 − 9 2a x − 2a z
2a x − 2a z
EM = +
32
4πε o 1,25 2,25 3 2
E M = 18,21a x − 18,21a z ⇒ E M = 25,76 [V m]
– Página 2.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
2.4) Uma distribuição linear uniforme de cargas no eixo z é definida como sendo ρL = 10π
ηC/m para z ≥ 0 e ρL = 0 para z < 0. Determinar qual deverá ser a densidade superficial
de cargas no plano infinito z = 0 de modo que o campo elétrico resultante no ponto P ( 0,
3, 0 ) tenha direção normal ao eixo z. Determinar também o campo elétrico resultante.
ρL 3dz ρL zdz
EL =
4πε o ∫ (9 + z 2 )3 2 a y −
4πε o ∫ (9 + z 2 )3 2 a z
ρL 3dz (02)
E y = 4πε ∫ 2 32
ay
o (9 + z )
∴
ρL zdz
E z = − 4πε ∫ 2 32
az
(03)
o (9 + z )
– Página 2.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
Para que o campo elétrico resultante no ponto P ( 0, 3, 0 ) tenha direção normal ao eixo z, a
condição de E P = E z deve ser satisfeita.
z = 3tgθ
Substituição de variáveis na integral: (06)
dz = 3 sec 2 θdθ
5 ⋅ 10 − 9
ρS = [− cos θ ]θ90=°0 ⇒ ρ S = 5 C
η m 2
3 3
Cálculo do campo elétrico resultante ( E TOTAL ):
Como o campo elétrico resultante no ponto P ( 0, 3, 0 ) apresenta somente uma componente
na direção de a y , conclui-se que E TOTAL = E y (07)
z = 3tgθ
Substituição de variáveis na integral: (09)
dz = 3 sec 2 θdθ
5 ⋅ 10 − 9
E TOTAL =
6ε o
[sen θ ]θ90=°0 a y ⇒ E TOTAL = 94,12 V m [ ]
– Página 2.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
2.5) Dado o campo vetorial D = x 2 a x + ( y + z )a y + xya z [C/m2]. Determinar o fluxo de D
através da superfície triangular no plano xz, delimitada pelo eixo x, pelo eixo z, e pela
reta x + z = 1 .
D = x 2 a x + ( y + z )a y + xya z
Dados: ;
dS = dxdza y
Resolução:
2
Φ = ∫ • dS ⇒ Φ =
D ∫ (x a x + (y + z ) a y + xy a z ) • dxdz a y
S S
1 1− x 1 1− x 1 1− x
z2
Φ = ∫ ∫ (y + z)dzdx ⇒ Φ = ∫ ∫ zdzdx ⇒ Φ = ∫ dx
2
x =0 z=0 ( y = 0) x =0 z=0 x =0 z=0
1 1
(1 − x) 2 1 − 2x + x 2
Φ = ∫ 2
dx ⇒ Φ = ∫ 2
dx
x =0 x =0
1
1 2 x3 1 1 1
Φ = x − x + ⇒ Φ = 1 − 1 + ⇒ Φ = [C]
2 3 2 3 6
x =0
2.6) Dado o campo E = 15x 2 y a x + 5 y 3 a y , encontrar, no plano xy:
Resolução:
Ex = 15x 2 y
2 3
E = Ex a x + Ey a y = 15x y a x + 5 y a y ⇒
3
E y = 5 y
a) Dados: P ( 2, 3, -4 )
dy Ex dy 5y 3 dy y2 dy dx
= ⇒ = ⇒ = ⇒ 3 =
2 2 2
dx Ey dx 15x y dx 3x y x2
dy dx 1 1
3∫ (01)
y2
= ∫ x2 ⇒ 3 − = − + c
y x
– Página 2.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
1 1 1
3− = − + c ⇒ c = - (02)
3 2 2
3 1 1
- = − −
y x 2
-6 x + 2 y + xy = 0 ou 6 x-2 y − xy = 0
b) E P é o vetor E definido no ponto P ( 2, 3, - 4 ).
∴ E P = (15 . 2 2. 3) a x + (5 . 33 ) a y ⇒ E P = 180 a x + 135 a y
EP 180 a x + 135 a y
aE = ⇒ aE =
EP 180 2 + 135 2
180 a x + 135 a y
aE = ⇒ a E = 0,8 a x + 0,6 a y
225
a N • a E = 0, pois a N ⊥ a E ; (01)
c) Seja a N = m a x + n a y de modo que :
a N = 1, pois a N é um versor. (02)
1
(-0,75 n) 2 + n 2 = 1 ⇒ n 2 = ⇒ n 2 = 0,64, ⇒ n = ± 0,8 (05)
2
1 + (0,75)
– Página 2.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
2.7) Um cilindro de raio a e altura 2a possui as bases com cargas simétricas de densidade
ρS constante. Calcular o campo elétrico no seu eixo, a meia distância entre as bases.
Resolução:
Sabe-se que E R = E1 + E 2 = ERρ a ρ + ERφ a φ + ERz a z onde, E R é o campo resultante,
E1 é o campo gerado no ponto em questão devido à distribuição da base do cilindro (1) e E 2 é o
campo gerado no ponto em questão devido à distribuição do topo do cilindro (2).
Devido à simetria das distribuições, E R não apresenta componentes nas direções de
a ρ e de a φ ( ERρ = ERφ = 0 ). Deste modo, as componentes de E1 e de E 2 na direção de a z
definem a direção e a magnitude de E R .Assim, E R = 2E1 = 2E 2 . (01)
z z
Cálculo de E1 :
dS = ρ dρ dφ ;
ρ S dS R é o vetor dirigido do elemento diferencial de área
dE1 = a R , onde para (02)
o ponto ( 0, 0, a );
4πε o R 2 R = R;
a R é um unitário de R.
ρ2 + a2
R = − ρa ρ + aa z ; R= (03)
∴
− ρa ρ + aa z
a R =
ρ2 + a2
– Página 2.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
2π a
ρ S ρdρdφ
E1 = ∫ ∫ (− ρa ρ + aa z )
2
φ = 0 ρ = 0 4πε o ( ρ + a 2 )3 2
(04)
E1ρ = 0 ( Por Simetria )
∴
2π a
a ρ S ρ dρ dφ
E1z = ∫ ∫ az
2 2 32
φ = 0 ρ = 0 4πε o ( ρ + a )
(05)
Cálculo de E R :
2π a
2a ρ S ρ
ER =
4πε o ∫ dφ ∫ 2 2 32
dρ a z
φ =0 ρ =0 (ρ + a )
(06)
ρ = a tgθ
Substituição de variáveis na integral: 2
dρ = a sec θ dθ
ρ = 0 ⇒ θ = 0°
ρ = a ⇒ θ = π (07)
4
π 4
2a ρ S a tgθ a sec 2θ dθ
ER = ⋅ 2π ∫ az
4πε o 3 3
θ =0 a sec θ
π 4 3 π 4
ρS a tgθ sec 2θ dθ ρS
ER =
εo ∫ 3 3
a sec θ
az ⇒ ER =
εo ∫ sen θ dθ a z
θ =0 θ =0
ρS ρS
[- cosθ ]θπ =40 a z ⇒ E R =
ER = [(-cos45°) - (-cos0°)] a z
εo εo
ρS 1
∴ ER = 1- az [V m]
ε o 2
– Página 2.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
2.8) Uma carga Q (Q > 0) está localizada na origem do sistema de coordenadas. Determinar
em que ponto na linha definida por x = 1 e z = 3 está E y no seu máximo.
Resolução:
Cálculo do campo elétrico para a carga pontual:
R é o vetor dirigido da origem para o ponto (1, y, 3 )
Q
E= aR , onde R = R
4πε o R 2 (01)
a é um unitário de R
R
R = 10 + y 2
R = a x + ya y + 3a z ;
∴ (02)
ax + ya y + 3a z
a R =
10 + y 2
Q
E x = ⋅ax
4πε o (10 + y 2 ) 3 2
yQ (03)
∴ E y = ⋅ay
4πε o (10 + y 2 ) 3 2
3Q
E z = ⋅az
4πε o (10 + y 2 ) 3 2
Q y
De (03), conclui-se que E y = E y = ⋅
4πε o (10 + y 2 ) 3 2
– Página 2.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
Cálculo de E y :
máx
∂E y (10 + y 2 ) 3 2 − 3 2 (10 + y 2 )1 2 . 2 y .y
Q
=0⇒ ⋅ =0
∂y 4πε o (10 + y 2 ) 3
(10 + y 2 )3 2
(10 + y 2 )3 2 = 3.(10 + y 2 )1 2 .y 2 ⇒ = 3y 2
2 12
(10 + y )
10 + y 2 = 3y 2 ⇒ y = ± 5
Logo, E y
max
ocorre nos pontos 1, ( ) (
5, 3 e 1, - 5, 3 . )
– Página 2.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
CAPÍTULO 03
3.1) Dentro da região cilíndrica ρ ≤ 4 m, a densidade de fluxo elétrico é dada como sendo
D = 5 ρ 3 a ρ C/m2.
1 ∂ ( ρ D ρ ) 1 ∂ Dφ ∂ Dz 1 ∂ (ρ D ρ )
ρv = ∇ • D = ⋅ + ⋅ + ⇒ ρv = ⋅
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z ρ ∂ρ
1 ∂ (5 ρ 4 ) 1
ρv = ⋅ ⇒ ρ v = ⋅ 20 ρ 3 ⇒ ρ v = 20 ρ 2
ρ ∂ρ ρ
Para ρ = 3m ⇒ ρ v = 180 C 3
m
Sabe - se que D = 5 ρ 3 a ρ . Logo, em ρ = 3m, D = 135a ρ C 2
b)
m
2,5 2π
3
∴Ψ = ∫ ∫ (5 ρ a ρ ) • ( ρ dφ dz a ρ )
z = −2,5 φ = 0
2,5 2π
4 4
[C]
Ψ = ∫ ∫ 5 ρ dφ dz ⇒ Ψ = 5 . 3 . 2π .5 ⇒ Ψ = 4050π
z = −2,5 φ = 0
( ρ = 3m)
– Página 3.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
20
3.2) Dado o campo D =
2
(
m
)
− sen 2 φ a ρ + sen 2φ a φ C 2 , encontrar a carga total que se
ρ
encontra dentro da região, 1 < ρ < 2, 0 < φ < π / 2, 0 < z < 1.
Resolução:
20
D = (
)
− sen 2 φ a ρ + sen 2φ a φ = Dρ a ρ + Dφ a φ
ρ2
Dados:
20 sen 2 φ 20 sen 2φ
∴ Dρ = − e Dφ =
2
ρ ρ2
Q interna = ∫ D • dS = ∫ ∇ • Ddv
(01)
S vol
Cálculo de ∇ • D :
1 ∂ ( ρ Dρ ) 1 ∂ Dφ ∂ Dz
∇•D = ⋅ + ⋅ +
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z
1 ∂ 20 sen 2 φ 1 ∂ 20 sen 2φ
∇•D = ⋅ ⋅ − + ⋅ ⋅
ρ ∂ρ ρ ρ ∂φ ρ 2
20 sen 2 φ 1 1 20
∇•D = − ⋅ − + ⋅ ⋅ 2 cos 2φ
ρ ρ2 ρ ρ2
20 sen 2 φ 40 cos 2φ
∇•D = +
ρ3 ρ3
20 1 cos 2φ
∇•D = − + 2 cos 2φ
3 2 2
ρ
10 30 cos 2φ 10 (02)
∇•D = + ⇒∇•D = (1 + 3 cos 2φ )
3 3 3
ρ ρ ρ
– Página 3.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
2 π
10 3 sen 2φ 2
Q interna = − ⋅ φ + ⋅ [z ]1
2 z =0
ρ ρ =1 φ = 0
10 π 5π
Q interna = − + 10 ⋅ + 1 ⇒ Q interna = [C]
2 2 2
20 φ
3.3) Dado o campo D = sen θ sen aθ C 2 , na região, 3 < r < 4 , 0 < θ < π / 4 ,
r 4 m
0 < φ < 2 π , determinar a carga total contida no interior desta região, por dois modos
diferentes
Resolução:
20 φ 20 φ
Dados: D = sen θ sen aθ = Dθ aθ ⇒ Dθ = sen θ sen
r 4 r 4
S vol
vol
Cálculo de ∇ • D :
2 ∂D φ
1 ∂ (r D r ) 1 ∂ (Dθ sen θ ) 1
∇•D= + +
r2 ∂r r sen θ ∂θ r sen θ ∂φ
– Página 3.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
1 ∂ 20 φ
⋅ sen2 θ sen
∇•D= ⋅
r senθ ∂θ r 4
1 20 φ
⋅ sen ⋅ (2 senθ cos θ )
∇•D= ⋅
r senθ r 4
40 φ
∇•D= ⋅ cos θ ⋅ sen
r2 4
Cálculo de Q interna :
π
4 4 2π
40 φ
Q interna = ∫ ∫ ∫ ⋅ cos θ ⋅ sen r 2 sen θ drdθ dφ
2 4
r = 3 θ = 0 φ =1 r
π
4 4 2π
φ
Q interna = 40 ∫ dr ⋅ ∫ sen θ cos θ dθ ⋅ ∫ sen dφ
4
r =3 θ =0 φ =0
π
4 2π
4 φ
Q interna = 20 ⋅ [r ] r =3 ⋅ ∫ 2 sen θ cos θ dθ ⋅ ∫ sen dφ
θ =0 φ =0 4
π
4 2π
φ
Q interna = 20 ⋅ ∫ sen 2θ dθ ⋅ ∫ sen dφ
4
θ =0 φ =0
π 2π
1 φ
Q interna = 20 ⋅ − ⋅ [cos 2θ ]θ =4 0 ⋅ − 4 cos
2 4 φ = 0
π π
Q interna = −10 ⋅ cos − cos 0° ⋅ (− 4 )cos − cos 0°
2 2
Q interna = 40 [C]
2o modo: Q interna = ∫ D • dS
Q interna = ∫ D • dS = ∫ • dS + ∫ • dS + ∫ • dS
D D D (01)
S Lateral Topo Base
dS = r sen θ drdφ a
θ
Para a Lateral (θ = π 4 ) (02)
2 φ
∴ D • dS = 20 sen θ ⋅ sen 4 drdφ
– Página 3.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
dS = r 2 sen θ dθ dφ ar
Para o Topo (r = 4) (03)
D • dS = 0
dS = r 2 sen θ dθ dφ ar
Para a Base ( r = 3) (04)
D • dS = 0
2π 4
φ
Q interna = ∫ ∫ 20 sen 2 θ ⋅ sen drdφ
φ =0 r =3 4
(θ =π 4)
4 2π
φ
Q interna = 10 ∫ dr ⋅ ∫ sen dφ
4
r =3 φ =1
2π
φ
Q interna = 10 ⋅ [r ]4r = 3 ⋅ − 4 cos
4 φ = 0
π
Q interna = 10 ⋅ − 4 cos + 4 cos 0° ⇒ Q interna = 40 [C]
2
3.4) Uma casca esférica não condutora, de raio interno a e raio externo b, uniformemente
carregada com uma densidade volumétrica ρ v . Determine o campo elétrico em função
do raio r.
Resolução:
∫ • dS = Q interna = ∫ ρ v dv
Pela Lei de Gauss: D
S vol
– Página 3.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
D = D a r
r
∫ • dS = Q interna = ∫ ρ v dv , onde
D
S vol dS = dS a r = r 2 sen θ dθ dφ a r
Área da esfera Volume da casca esférica
2π 2π 2π 2π r
2 2
∴ ∫ ∫ D r ⋅ r sen θ dθ dφ = ∫ ∫ ∫ ρvr sen θ dr dθ dφ
φ =0 θ =0 φ =0 θ =0 r =a
4π ρ (r 3 − a 3 ) ρ (r 3 − a 3 )
D r ⋅ 4π r 2 = ρ v ⋅ ⋅ (r 3 − a 3 ) ⇒ D r = v ⋅ ⇒ D2 = v ⋅ ar
3 3 r2 3 r2
Mas D = ε E e ε = ε o .
ρ v (r 3 − a 3 )
Portanto: E 2 = ⋅ ar
3ε o 2
r
D = D a r
r
∫ D • dS = Q interna = ∫ ρ v dv , onde
2π 2π 2π 2π b
2 2
∴ ∫ ∫ Dr ⋅ r sen θ dθ dφ = ∫ ∫ ∫ ρvr sen θ dr dθ dφ
φ =0 θ =0 φ =0 θ =0 r =a
4π ρ (b 3 − a 3 ) ρ (b 3 − a 3 )
D r ⋅ 4π r 2 = ρ v ⋅ ⋅ (b 3 − a 3 ) ⇒ D r = v ⋅ ⇒ D3 = v ⋅ ar
3 3 r2 3 r2
Mas D = ε E e ε = ε o .
ρ v (b 3 − a 3 )
Portanto: E 3 = ⋅ ar
3ε o r2
– Página 3.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
3.5) Ao longo do eixo z existe uma distribuição linear uniforme de carga com ρ L = 4π C m ,[ ]
e no plano z = 1 m existe uma distribuição superficial uniforme de carga com
ρ S = 20 C 2 . Determinar o fluxo total saindo da superfície esférica de raio 2 m,
m
centrada na origem
-2
Resolução:
Cálculo de Q Linha :
2
Q Linha = ∫ ρ L dL ⇒ Q Linha = ∫ 4π dz
L z = −2
Cálculo de Q Plano :
2π 3
Q Plano = ∫ ρ SdS ⇒ Q Plano = ∫ ∫ 20ρ dρ dφ
S φ =0 ρ =0
3
2π
ρ2
Q Plano = 20 ⋅ [φ ] ⋅ ⇒ Q Plano = 60π [C] (03)
φ =0
2 ρ = 0
– Página 3.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
3.6) Se uma carga Q está na origem de um sistema de coordenadas esféricas, calcule o fluxo
elétrico ψ que cruza parte de uma superfície esférica, centrada na origem e descrita por
α <φ < β .
Resolução:
1o modo: Lei de Gauss: Ψ = ∫ D • ⋅dS = Q interna = ∫ ρ v dv
S vol
Q
D = a
2 r
4π r
Ψ = ∫ D • dS, onde
S dS = r 2 sen θ dθ dφ a r
β π
Q 2
Ψ = ∫ ∫
2
(
⋅ r sen θ dθ dφ
)
φ =α θ = 0 4πr
β π
Q
Ψ =
4π
⋅ ∫ dφ ∫ sen θ dθ
φ =α θ =0
Q
Ψ = ⋅ [φ ]φβ =α ⋅ [− cos θ ]θπ = 0
4π
Q Q
Ψ = ⋅ [β − α ] ⋅ [− cos π + cos 0°] ⇒ Ψ = ⋅ (β − α ) [C]
4π 2π
2o modo:
Ψ
esf = Q
Considerando a esfera de raio r na sua totalidade: (01)
Área da esfera = S esf = 4πr 2
β π
2
Área da casca = S casca = ∫ dS casca = ∫ ∫r sen θ dθ dφ
Scasca φ =α θ = 0
β π
2
sen θ dθ ⇒ S casca = [φ ]φ = α ⋅ r 2 [− cos θ ]θπ = 0
β
S casca = ∫ dφ ⋅ ∫r
φ =α θ =0
∴ S casca = 2r 2 (β − α ) (02)
– Página 3.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
S
Através de uma regra de três, encontramos: Ψcasca = Ψesf ⋅ casca . (03)
S esf
Substituindo (02) e (03) em (01),temos:
2r 2 (β − α ) Q
Ψcasca = Q ⋅ ⇒ Ψcasca = ⋅ (β − α )
2 2π
4πr
φ
3.7) Dado o campo D = 20 cos ρ a φ C 2 , na região, 1 < ρ < 2 , 0 < φ < π / 2 ,
2 m
0 < z < 3 , determinar a carga total contida no interior da região.
Resolução:
φ
20 cos
2
D = 20 cos ρ a φ = Dφ a φ ⇒ Dφ =
φ
Dados: 2 ρ
dv = ρdρdφdz
De acordo com a Lei de Gauss e com o Teorema da Divergência:
Q interna = ∫ D • dS = ∫ ∇ • Ddv
S vol
vol
Cálculo de ∇ • D :
1 ∂ ( ρ Dρ ) 1 ∂ Dφ ∂ Dz
∇•D = ⋅ + ⋅ +
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z
φ
20 cos
1 ∂ 2
∇•D = ⋅ ⋅
ρ ∂φ ρ
φ
10 sen
1 20 φ 1 2
∇ • D = − ⋅ − sen ⋅ ⇒ ∇ • D = −
ρ ρ 2 2 ρ2
– Página 3.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
Cálculo de Q interna :
π
3 2 2
10 φ
Q interna = ∫ ∫ ∫ ρ2 − ⋅ sen ρ dρ dφ dz
2
z = 0 φ = 0 ρ =1
π
2 2 3
dρ
φ
Q interna = −10 ∫ ⋅ ∫ sen ⋅ ∫ dz
ρ =1
ρ
φ =0 2 z=0
π
2 φ 2
Q interna = −10.[ln ρ ]ρ =1.− 2 cos .[z]3z = 0
2 φ = 0
π
Q interna = −10(ln 2 − ln 1) ⋅ − 2 cos + 2 cos(0°) ⋅ 3 ⇒ Q interna = −12,183 [C]
4
2o modo: Q interna = ∫ D • dS
Q interna = ∫ D • dS = ∫ D • dS + ∫ D • dS + ∫ D • dS + ∫ D • dS + ∫ D • dS + ∫ D • dS
dS = − ρdφdz a ρ
Para o Fundo (05)
D • dS = 0
dS = ρdρdφ a
z
Para o Topo (06)
D • dS = 0
dS = − ρdρdφ a
z
Para a Base (07)
D • dS = 0
– Página 3.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
3.8) Uma carga pontual de 6µ [C] está localizada na origem do sistema de coordenadas, uma
[ ]
densidade linear uniforme de carga de 180η C m está distribuída ao longo do eixo x, e
uma densidade superficial uniforme de carga de 25η C m 2 está distribuída sobre o [ ]
plano z = 0.
a) Determinar D em A (0,0,4);
b) Determinar D em B (1,2,4);
a)
Q = 6 µ [C]
ρ L = 180η C
m [ ]
Dados:
C
ρ S = 25η m 2
A = (0,0,4 )
A densidade de fluxo total D produzida no ponto A será a soma das densidades de fluxo
produzidas pela carga Q, pela distribuição linear ρL e pela distribuição superficial ρS.
Cálculo de D Q :
R é o vetor dirigido da carga Q para o ponto A
Q
DQ = a R , onde R = R
4πR 2 a é um unitário de R
R
– Página 3.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
R = 4a z
; R=4
∴
a R = a z
6 × 10 −6 3 µC
∴ DQ = a z ⇒ DQ = az
4π ⋅ 4 2 32 π
m 2
Cálculo de D L :
ρ é o vetor dirigido da linha de cargas para o ponto A
ρL (02)
DL = a ρ , onde ρ = ρ
2πρ a ρ é um unitário de ρ
ρ = 4a z ; ρ = 4
∴
a ρ = a z
180 × 10 − 9 45 ηC
∴ DL = az ⇒ DL = az (03)
2π ⋅ 4 2π m 2
Cálculo de D P :
ρ
D P = S a N , onde a N é o vetor normal ao plano na direcão do ponto A ⇒ a N = a z
2
25 × 10 − 9 25 ηC (04)
∴ DP = az ⇒ DP = az
2 2 2
m
3µ 45η 25η
a z ⇒ D = 0,0495 µC 2
D = DQ + D L + D P ⇒ D = az + az +
32π 2π 2 m
b)
Q = 6 µ [C]
ρ L = 180η C
m [ ]
Dados:
C
ρ S = 25η m 2
B = (1,2,4 )
A densidade de fluxo total D produzida no ponto B será a soma das densidades de fluxo
produzidas pela carga Q, carga Q, pela distribuição linear ρL e pela distribuição superficial ρS.
– Página 3.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
Cálculo de D Q :
R é o vetor dirigido da carga Q para o ponto B
Q
DQ = a R , onde R = R
4πR 2 a é um unitário de R
R
R = a + 2a + 4a ; R = 21
x y z
∴
a x + 2a y + 4a z
a R =
21
6 × 10 − 6 a x + 2a y + 4a z
DQ =
4π ⋅ 21 21
∴ D Q = 4,96a x + 9,92a y + 19,84a z ηC 2 (02)
m
Cálculo de D L :
ρ é o vetor dirigido da linha de cargas,
ponto (1,0,0) para o ponto B
ρ
D L = L a ρ , onde ρ = ρ
2πρ
a é um unitário de ρ
ρ
ρ = 2a + 4a ; ρ = 20
y z
∴
2a y + 4a z
a ρ =
20
180 ⋅ 10 − 9 2a y + 4a z
⋅ ⇒ D L = 2,86a y + 5,73a z ηC (03)
∴ DL = m 2
2π ⋅ 20 20
Cálculo de D P :
ρ
DP = S a N , onde a N é o vetor normal ao plano na direcão do ponto B ⇒ a N = a z
2
25 ⋅ 10− 9 25 ηC (04)
∴ DP = a z ⇒ DP = az
2 2 m 2
Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos:
25
( ) (
D = D Q + D L + D P ⇒ D = 4,96a x + 9,92a y + 19,84a z + 2,86a y + 5,73a z + az )
2
∴ D = 4,96a x + 12,78a y + 38,07a z ηC 2
m
– Página 3.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA
c)
Cálculo de Q L :
QL = ∫ ρ L dL, onde dL = dx
L
4 (02)
∴ QL = ∫ ρ L dx ⇒ Q L = ρ L ⋅ [x ]4x = −4 ⇒ Q L = 8 ρ L ⇒ Q L = 1440 [ηC]
x = −4
Cálculo de Q P :
QP = ∫ ρ S dS, onde dS = ρ dρ dφ
S
2π 4 4
ρ2
∴ Q S = ∫ ∫ ρ S ⋅ ρ dρ dφ ⇒ Q S = ρ S ⋅ ⋅ [φ ]φ2π= 0
φ =0 ρ =0 2 ρ = 0
– Página 3.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL
CAPÍTULO 04
ENERGIA E POTENCIAL
[ ]
4.1) A densidade de fluxo elétrico é dada por: D = 10a ρ + 3ρ a φ − 2zρ a z C m 2 . Encontre o
fluxo elétrico total efluente do volume cilíndrico limitado por um cilindro de 2 m de raio
e 4 m de altura, cujo eixo é o eixo z e cuja base se encontra no plano z = 1 m.
Resolução:
D = 10a ρ + 3 ρ a φ − 2zρ a z
Dados: (01)
dv = ρ dρ dφ dz
Ψ = ∫ D • dS = ∫ ∇ • Ddv
(02)
S vol
Cálculo de ∇ • D :
1 ∂ ( ρ Dρ ) 1 ∂ Dφ ∂ Dz
∇•D = ⋅
+ ⋅ +
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z
1 ∂ 1 ∂ ∂ 10
(03)
∇•D = ⋅ (10 ρ ) + ⋅ (3ρ ) + ⋅ (− 2zρ ) ⇒ ∇ • D = − 2 ρ
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z ρ
5 2π 2 2 2π 5
10
( )
Ψ = ∫ ∫ ∫ − 2 ρ ρ dρ dφ dz ⇒ Ψ = ∫ 10 − 2 ρ 2 dρ ⋅ ∫ dφ ⋅ ∫ dz
ρ
z =1 φ = 0 ρ = 0 ρ =0 φ =0 z =1
2
2ρ 3 16 352π
Ψ = 10 ρ − .[φ ]φ2π= 0 .[z ]5z =1 ⇒ Ψ = 10 − ⋅ 8π ⇒ Ψ = [C]
3 3 3
ρ =0
– Página 4.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL
∂V ∂V ∂ ∂V
Cálculo de : = (100 + 50r + 150r sen θ sen φ) ⇒ = 50 + 150 sen θ sen φ (02)
∂r ∂r ∂r ∂r
∂V ∂V ∂
Cálculo de : = (100 + 50r + 150r sen θ sen φ) ⇒ ∂V = 150r cos θ sen φ (03)
∂θ ∂θ ∂θ ∂θ
∂V ∂V ∂
Cálculo de : = (100 + 50r + 150r sen θ sen φ) ⇒ ∂V = 150r sen θ cos φ (04)
∂φ ∂φ ∂φ ∂φ
[
E = − (50 + 150 sen θ sen φ )a r + (150r cos θ sen φ )a θ + (150r sen θ cos φ )a φ ]
(05)
π π π
E = − 50 + 150 sen sen 0° a r + 150 ⋅1 cos sen 0° a θ + 150 ⋅1 sen cos 0° a φ
2 2 2
[
]
E = − (50 + 0 )a r + (150 ⋅ 0)a θ + (150 ⋅1)a φ ⇒ E = −50a r − 150a φ
[V m]
b) De acordo com a Lei de Gauss:
Cálculo de D • dS :
(
D • dS = (− 50ε o − 150ε o sen θ sen φ a r ) • r 2 sen θ dθ dφ a r
)
D • dS = −ε o (50 + 150 sen θ sen φ)r 2 sen θdθ dφ
(02)
2π π 2π π
Q interna = − 5ε o r . ∫ ∫ sen θ dθ dφ + 3 ⋅ ∫ ∫ sen 2 θ sen φ dθ dφ
2
– Página 4.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL
π
Q interna = −50ε o ⋅ [− cos θ]θπ=0 ⋅ [φ]φ2=π0 + 3 ⋅ [− cos φ]φ2=π0 ⋅ ∫ sen 2 θ dθ
θ= 0
π
Q interna = −50ε o ⋅ [(− cos π ) + cos 0°] ⋅ 2π + 3 ⋅ [(− cos 2π) + cos 0°] ⋅ ∫ sen 2 θ dθ
θ=0
π
Q interna = −100πε o ⋅ [1 + 1] + 3 ⋅ [0 + 0] ⋅ ∫ sen 2 θ dθ
θ=0
4.3) Uma carga pontual de 16 ηC está localizada em Q (2, 3, 5) no espaço livre, e uma linha
de cargas uniforme de 5 η C/m está localizada na interseção dos planos x = 2 e y = 4. Se o
potencial na origem é 100 V, encontrar V em P (4,1,3).
Resolução:
Cálculo de VP 0 :
carga
Q 1 1
VP 0 = VPQ − V0Q = ⋅ − ,
carga
4πε o rPQ r0Q
(03)
r é a distância do ponto P ao ponto Q.
onde rPQ é a distancia do ponto 0 ao ponto Q.
0Q
Cálculo de r PQ : r PQ = 2 2 + 2 2 + 2 2 ⇒ rPQ = 12 (04)
– Página 4.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL
Q 1 1
VP 0 = ⋅ −
carga 4πε o 12 38
16η 16η (06)
VP 0 = − ⇒ VP0 = 18,21 [V ]
carga 13,85πε o 24,65πε o carga
Cálculo de VP0 :
linha
P E é o campo elétrico gerado pela
= − ∫ E ⋅ dL, onde distribuicão linear de cargas ρ L .
VP 0
linha dL = dρ a ρ .
0
P P
ρL ρL
VP 0 = −∫
a ρ ⋅ dρ aρ ⇒ VP0 = −∫ dρ
linha 2πε o ρ carga 2πε o ρ
0 0
ρ
ρL dρ
VP 0 = − ∫ , onde ρ 0 é a distância da linha de cargas ao ponto 0. (07)
linha 2πε o ρ ρ é a distância da linha de cargas ao ponto P.
ρ=ρ
0
Cálculo de ρ 0 : ρ 0 = 2 2 + 4 2 + 0 2 ⇒ ρ 0 = 20 (08)
Cálculo de ρ : ρ = 2 2 + 3 2 + 0 2 ⇒ ρ = 13 (09)
13
ρ dρ ρ
VP 0 = − L ∫ ⇒ VP 0 = − L ⋅ [ln ρ ] 13
linha 2πε o ρ linha 2πε o ρ = 20
ρ = 20
ρL 20 5η 20
VP 0 = − ⋅ ln ⇒ VP 0 = − ⋅ ln
linha 2πε o 13 linha 2πε 13
o
20
VP 0 = 90 ln ⇒ VP0 = 19,39 [V ] (10)
linha 13 linha
Substituindo ( 06 ) e ( 10 ) em ( 02 ), temos:
– Página 4.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL
4.4) Dado o campo potencial expresso por V = 100 e −50 x sen 50 y [volts], no espaço livre.
a) Mostrar que ∇ • D = 0 ;
b) Mostrar que y = 0 representa uma superfície equipotencial;
c) Mostrar que E é perpendicular à superfície y = 0;
d) Encontrar a carga total no plano y = 0, 0 < x < ∞, 0 < z < 1. Assumir que y < 0 é o
interior do condutor;
e) Encontrar a energia armazenada no cubo 0 < x < 1, 0 < y < 1 e 0 < z < 1.
Resolução:
D = ε o E (01)
a) Sabe-se que: e
(02)
E = − ∇ V
Cálculo do ∇V :
∂V ∂V ∂V
∇V = ax + ay + az
∂x ∂y ∂z
∇V =
∂
∂x
(
100e − 50 x sen 50 y )a + ∂∂y (100e
x
− 50 x
)
sen 50 y a y +
∂
∂z
( )
100e − 50 x sen 50 y a z
(
∇V = − 5000e − 50 x sen 50 y )a + (5000e
x
− 50 x
)
cos 50 y a y
(03)
( ) (
E = − − 5000e −50 x sen 50 y a x + 5000e −50 x cos 50 y a y
)
( ) (
∴ E = 5000e − 50 x sen 50 y a x − 5000e − 50 x cos 50 y a y
) (04)
[( ) (
D = ε o 5000e − 50 x sen 50 y a x − 5000e − 50 x cos 50 y a y
) ]
Cálculo do ∇ • D :
∂ Dx ∂ Dy ∂ Dz
∇•D = + +
∂x ∂y ∂z
∇•D =
∂
∂x
(
ε o ⋅ 5000e − 50 x sen 50 y +
∂
∂y
) (
ε o ⋅ 5000e − 50 x cos 50 y )
( )
∇ • D = ε o ⋅ 5000sen 50 y ⋅ − 50e − 50 x − ε o ⋅ 5000e − 50 x ⋅ (− 50 sen 50 y )
∴∇ • D = 0
– Página 4.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL
( )
E = 5000e −50 x sen 50 y a x − 5000e −50 x cos 50 y a y
( )
(
Para os pontos ( x, 0, z ) da superfície y = 0, E = − 5000e −50 x a y , o que prova que E é
)
perpendicular à superfície y = 0.
1 2
∫ ε o E dv, onde E = E
e) W= (01)
2
vol
Cálculo de E:
1
W=
2
(
∫ ε o 5000e
− 50 x
)2 dv
vol
1 1 1
W = 12,5 ⋅ 10 6 ε o ∫ ∫ ∫e
−100 x
dxdydz
z=0 y=0 x =0
1
e −100 x
W = 12,5 ⋅ 10 ε o ⋅ − 6
⋅ [y]1y = 0 ⋅ [z ]1z = 0
100
x =0
[ ]
W = 12,5 ⋅ 10 4 ε o ⋅ − e −100 + 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⇒ W = 125000ε o [J]
– Página 4.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL
Resolução:
Por Definição:
a) Dados: V = 0 no infinito.
Q
VP∞ = VP = , onde rP é a distancia da carga Q ao ponto P (01)
4πε o rP
Q 6η
VP = ⇒ VP = ⇒ VP = 90 [V ]
4πε o 0,6 2,4πε o
b) Dados: V = 0 em A (1,0,0).
– Página 4.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL
Q 1 1 6η 6η
VP = ⋅ − ⇒ VP = − ⇒ VP = 90 − 54 ⇒ VP = 36 [V ]
4πε o 0,6 1 2,4πε o 4πε o
Cálculo de VPB:
Q 1 1 6η 6η
VPB = ⋅ − ⇒ VP = − ⇒ VPB = 90 − 36 ⇒ VPB = 54 [V ]
4πε o 0,6 1,5 2,4πε o 6πε o
(05)
Substituindo (05) em (01), temos:
VP = VPB + 20 ⇒ VP = 54 + 20 ⇒ VP = 74 [V]
4.6) Calcular a energia acumulada em um sistema com três cargas pontuais iguais a Q, todas
sobre a mesma reta, separadas entre si por distâncias iguais a d.
Resolução:
1o modo:
Dados: Q1 = Q2 = Q3 = Q
Potencial de uma carga pontual:
Q
V= (01)
4πε o r
1 3
WE = ∑ Q m Vm (02)
2 m =1
– Página 4.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL
De (02), conclui-se que a energia acumulada pelo sistema de três cargas pontuais acima é
dado por:
1
WE = [Q1V1 + Q 2 V2 + Q 3 V3 ] (03)
2
Cálculo do potencial da carga Q1:
Q2 Q3 3 Q
V1 = + ⇒ V1 = ⋅ (04)
4πε o d 4πε o 2d 2 4πε o d
Q 3 Q 2Q 3 Q 5Q 2
WE = ⋅ + + ⋅ ⇒ W E = [J]
2 2 4πε o d 4πε o d 2 4πε o d 8πε o d
2o modo:
Q1 Q2
∴ WE 2 = Q 2 ⋅ ⇒ WE 2 = [J ] (02)
4πε o d 4πε o d
Q1 Q2 Q2 Q2
∴ WE 3 = Q 3 ⋅ + Q3 ⋅ ⇒ WE 3 = + [J ] (03)
4πε o 2d 4πε o d 8πε o d 4πε o d
– Página 4.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL
Q2 Q2 Q2 Q2 1 5Q 2
WE = 0 + + + ⇒ WE = ⋅ 2 + ⇒ WE = [J ]
4πε o d 8πε o d 4πε o d 4πε o d 2 8πε o d
4.7) Uma densidade de carga ρ L1 = 10 2 ηC m estende-se ao longo do eixo z para z > 1 m
z
e uma densidade de carga ρ L 2 = − 10 2 ηC m estende-se ao longo do eixo z para z <
z
-1 m. Determine V em P ( ρ, 0, 0 ), se V = 0 em ρ = ∞.
Resolução:
ρ L dL
Para uma distribuição linear de cargas, V = ∫ 4πε o R . Logo, para o caso acima, teremos:
L
10 ηC
ρL1 = 2 m;
dL = dzz
1 ;
R1 é o vetor dirigidodo elementodi ferencial de comprimento dL1
ao ponto P (ρ; 0; 0). Portanto,R1 = ρ aρ - z az ;
∞
ρL1dL1
−1
ρL2dL2 R1 = R1 = ρ 2 + z2 ;
V= ∫ + ∫ , onde:
4πεoR1 4πεoR 2 10 ηC
z =1 z = −∞ ρL2 = − ;
z2 m
dL
2
= dz;
R é o vetor dirigidodo elementodiferencialde comprimento dL2
2
( )
ao ponto P ρ ; 0; 0 . Portanto,R = ρ a + z a z;
1 ρ
R = R = ρ 2 + z2 ;
2 2
∞ 10 −1 − 10 2
z2 z
Portanto, V = ∫ 2 2
dz + ∫ 2 2
dz (01)
z =1 4πε o ρ + z z = −∞ 4πε o ρ + z
– Página 4.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL
Solução da integral:
dz
∫ 2 2 2
(02)
z ρ +z
z = ρ tgθ
Substituição de variáveis na integral: (03)
dz = ρ sec 2 θ dθ
u = sen θ
Substituição de variáveis na integral: du = cos θ dθ (05)
Substituindo (05) em (04), temos:
1 du 1 1 1 1
∫
ρ 2 u2
= − =
ρ2 u ρ2
−
sen θ
(06)
z
De (03), sen θ = (07)
ρ 2 + z2
ρ 2 + z 2 ρ 2 + z2
1 1
− = − 2 ⋅ (08)
ρ 2 z
ρ z
∞
ρ 2 + z2
−1
ρ 2 + z 2
10
V =− +
4πρ 2 ε o z z
z =1 z = −∞
10
V = [1 − ρ − (ρ + 1)] ⇒ V = 0 [V ]
4πρ 2 ε o
– Página 4.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL
Resolução:
a) Seja a superfície gaussiana esférica de raio a < r < b :
Q
De (02), conclui-se que E = E = (03)
4πε o r 2
De (03), conclui-se que E varia de acordo com 1 2 para a região entre as esferas. Logo, o
r
maior valor que E atinge nesta região ocorre para o menor valor de r.
Assim, para r = 6 cm, temos:
10 − 8
E max = E max =
2
⇒ E max = 25 KV
m
[ ]
4πε o (0,06 )
Q
E = ar.
a
b) Vab = Vo = − ∫ E • dL, onde 4πε o r 2
dL = dr a r
b
a
Q dr ⇒ V = Q 1 − 1
∴ Vo = − ∫ o
2 4πε o a b
b 4πε o r
10 − 8 1 1
Vo = − ⇒ Vo = 937,5 [V]
4πε o 0,06 0,16
– Página 4.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL
Q
D = a
2 r
4 π r
1 1 D2 Q
c) WE = ∫ D • E dv ⇒ WE = ∫ dv, onde D = D =
2
vol
2 ε
vol o 4πr 2
dv = r 2 sen θ dr dθ dφ
2π π
Q2 Q2
b
1 senθ
∴ WE =
2 ∫ 2 4
dv ⇒ WE =
2 ∫ ∫ ∫
32π ε o φ = 0 θ = 0 r = a r 2
dr dθ dφ
vol 16π r ε o
Q2
b
1
WE = − [− cos θ ]θπ = 0 [φ ]φ2π= 0
32π 2 ε o rr=a
Q2 1 1 Q2 1 1
WE = − + ⋅ [− cos π + cos 0 ° ] ⋅ 2π ⇒ W E = − b + a
32π 2 ε o b a 8πε o
10 −16 1 1
WE = − ⇒ WE = 4,69 [µ J ]
8πε o 0,06 0,16
– Página 4.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
CAPÍTULO 05
5.1) Um capacitor de placas paralelas está cheio de ar, possui placas de áreas 4 x 4 cm2,
separadas uma da outra por uma distância de 0,3 cm. Como devem ser usadas 2 cm3 de
parafina ( ε R = 2,25 ) para obter máxima capacitância? Qual é o valor desta máxima
capacitância?
Resolução:
Cálculo de x:
Volume de parafina = 2 = 4 ⋅ 0,3 ⋅ x ⇒ x = 1,667 [cm]
Cálculo de C parafina :
ε = ε o ε R
ε S parafina
C parafina = , onde S parafina = 4 ⋅ x = 6,668 cm 2 = 6,668 ⋅ 10 − 4 [m 2 ]
d d = 0,3 cm = 0,3 ⋅ 10 - 2 [m]
Cálculo de C ar :
ε = ε o
ε S ar
C ar = , onde Sar = (4 − x ) ⋅ 4 ⋅ 10- 4 [m 2 ]
d -2
d = 0,3 cm = 0,3 ⋅ 10 [m]
– Página 5.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
Assumir que a região está preenchida com um material dielétrico cuja condutividade é
σ = 0,02 mho/m (ou σ = 0,02 S/m).
Resolução:
I I
J = ar ⇒ J =
a) ar (01)
S 4π r 2
J I
J =σ E⇒E= ⇒E= ar (02)
σ 2
4πσ r
Cálculo de Vab :
a
Vab = − ∫ E • dL (03)
b
a
I
Vab = − ∫ a r • dr a r
2
b 4πσ r
– Página 5.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
a r =2cm
I dr 2,5 − 1
Vab = −
4πσ ∫ r2
⇒ Vab = −
4π ⋅ 0,02 r r =10cm
r =b
1 1
Vab = 9,95 ⋅ − ⇒ Vab = 9,95 ⋅ [50 − 10] ⇒ Vab = 398 [V]
0,02 0,10
Vab 398
b) R = ⇒R = ⇒ R = 159,2 [Ω]
I 2,5
E=
I
2
ar ⇒ E =
2,5
ar ⇒ E =
9,94
ar [V m]
4πσ r 4π 0,02 r 2 r2
5.3) Uma pequena esfera metálica de raio a, no vácuo, dista d (d >> a) de um plano condutor.
Calcular o campo elétrico a meia distância entre a esfera e o plano condutor.
Resolução:
Cálculo de E :
Q −Q 4Q 4Q
(− a x ) ⇒ E =
E= ax + ax + ax
4πε o d ( 2) 2
( 2)
4πε o 3d
2
4πε o d 2
4πε o 9d 2
Q 1 10Q
E= 1 + a x ⇒ E = ax
πε o d 2 9 9πε o d 2
– Página 5.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
Resolução:
10
J = 2 a r
I = ∫ J • dS , onde
a) π r
S dS = r 2 sen θ dθ dφ a
r
π 2π
10 10
∴I = ∫ 2
⋅ r 2 sen θ dθ ⋅ ∫ dφ ⇒ I = [− cos θ ]π0 ⋅ [φ ]02π
π
θ =0 π r φ =0
10
I = ⋅ 2 ⋅ 2π ⇒ I = 40 [A]
π
J
b)
J =σE⇒E=
⇒E=
10
⋅
1
ar ⇒ E =
1
ar [V m]
σ π r 2 80 8π r 2
a
c) Vab = − ∫ E • dL
b
a
1
Vab = − ∫ a • dr a r
2 r
b 8πr
0,02 0,02
1 dr 1 1
Vab = −
8π ∫ r 2 ⇒ Vab = − 8π ⋅ − r
r = 0,06 r = 0,06
1 1 1 1
Vab = ⋅ − ⇒ Vab = ⋅ [50 − 16,67 ] ⇒ Vab = 1,326 [V]
8π 0,02 0,06 8π
– Página 5.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
5..5) A fronteira entre dois dielétricos de permissividade relativas εR1 = 5 e εR2 = 2 é definida
pela equação do plano 2x + y = 2 . Se, na região do dielétrico 1, a densidade de fluxo
elétrico for dada por D1 = 2a x + 5a y − 3a z , determinar:
a) D n 2 ;
b) D t 2 ;
c) D 2 ;
d) P2 ;
Resolução:
Cálculo de a n :
Cálculo de D n1 :
( )
D n1 = D1 • a n a n
2a x + a y 2a x + a y
( )
D n1 = 2a x + 5a y − 3a z • ⋅
5 5
18a x + 9a y ηC
D n1 =
5 2
m
– Página 5.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
Cálculo de D t1 :
D t1 = D1 − D n1
18a x + 9a y
(
D t1 = 2a x + 5a y − 3a z − )
5
D t1 = −1,6a x + 3,2a y − 3a z ηC 2
m
18a x + 9a y ηC
D n2 = D n1 ⇒ D n2 =
a)
5 2
m
D t1
ε
E t2 = E t1 ⇒ D t2 = ε o ε R2 ⋅ ⇒ D t2 = R2 D t1
b)
ε o ε R1 ε R1
2
D t2 = ⋅ − 1,6a x + 3,2a y − 3a z ⇒ D t2 = −0,64a x + 1,28a y − 1,2a z ηC 2
( )
5 m
D 2 = D n2 + D t2
c)
18a x + 9a y
D 2 = (
+ - 0,64a x + 1,28a y − 1,2a z )
5
D2 1
P2 = D 2 − ε o E 2 ⇒ P2 = D 2 − ε o ⇒ P2 = D 2 1 −
d)
ε o ε R2 ε R2
1
( )
P2 = 2,96a x + 3,08a y − 1,2a z ⋅ 1 −
2
( ηC
∴ P2 = 1,48a x + 1,54a y − 0,6a z
)
m 2
D2 D 22
dWE 1 dWE 1 dWE 1
= D2 • E2 ⇒ = D2 • ⇒
e) = •
d vol 2 d vol 2 ε o ε R2 d vol 2 ε o ε R2
Nota:
Cálculo de θ 1 e θ 2 :
D t1 1,6 2 + 3,2 2 + 32
θ 1 = arctg ⇒ θ 1 = arctg ⇒ θ = 49 ,3°
1
D 2 2
n1 3,6 + 1,8
– Página 5.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
5.6) Duas pequenas esferas metálicas iguais de raio a estão bastante afastadas de uma
distância d e imersas num meio de condutividade σ. Aplica-se a elas uma tensão V.
Calcule a resistência oferecida pelo material entre as duas esferas.
Resolução:
Como d >> a, pode-se considerar as duas esferas como duas cargas pontuais. Deste modo, o campo
Q
elétrico gerado por qualquer uma delas será: E = ar .
4πε o r 2
1o modo:
Cálculo da resistência oferecida pelo material entre as esferas:
V − ∫ E • dL
R= ⇒R= (01)
I ∫ J • dS
S
Cálculo de V:
d d
Q 2Q dr
V = 2⋅ ∫ dr ⇒ V = ⋅ ∫
2 4πε o 2
r = a 4πε o r r=a r
(02)
2Q 1 1 Q
V = ⋅ − + ⇒ V =
4πε o d a 2πε o a
Cálculo de I:
σQ
I = ∫ J • dS ⇒ I = ∫ σ E • dS ⇒ I = ∫ 4πε
2
S S S or
2π π
σQ 1 2 σQ σQ
I=
4πε o ∫ ∫ 2
⋅ r sen θ d θ d φ ⇒ I =
4πε o
⋅ 2 ⋅ 2π ⇒ I =
εo
(03)
φ = 0 θ =0 r
– Página 5.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
Qεo 1
R = ⇒ R =
⋅
2πε o a σ Q 2πσ a
2o modo:
V 2 ⋅ ∫ E • dL
R= ⇒R= (01)
I I
Cálculo de E :
I
J= =σ E
Area
I I I
=σ E⇒E = ⇒E= ar
(02)
4π r 2 4π σ r 2 4π σ r 2
Cálculo de V:
d d
I2I dr
V = 2⋅ ∫ dr ⇒ V = ⋅ ∫
2 4πσ 2
r = a 4πσ r r=a r
2I 1 1 I
V = ⋅ − + ⇒ V = (03)
4πσ d a 2πσ a
1I 1
R = ⇒ R = ⋅
2πσ a I 2πσ a
Resolução:
E1 = E n1 + E t1
Cálculo de E n1 :
(
E n1 = E1 • a N12 a N12 )
− 2a x + 3a y + 6a z − 2a x + 3a y + 6a z
(
E n1 = 100a x + 80a y + 60a z • ) ⋅
7 7
Cálculo de E t1 :
E t1 = E1 − E n1
( ) ( )
E t1 = 100a x + 80a y + 60a z − − 16,327a x + 24,49a y + 48,93a z
∴ E t1 = 116,327a x + 55,51a y + 11,02a z
[V m]
Cálculo dos componentes de E 2 :
E 2 = E n2 + E t2 (01)
Cálculo de E n2 :
D n2 D n1
ε
E n2 = ⇒ E n2 = R1 E n1
=
ε o ε R2 ε o ε R2 ε R2
3
(
E n2 = ⋅ − 16,327a x + 24,49a y + 48,98a z )
2
Cálculo de E t2 :
E t 2 = E t1 = 116,327a x + 55,51a y + 11,02a z
[V m] (03)
( ) (
E 2 = 116,327a x + 55,51a y + 11,02a z + − 24,491a x + 36,735a y + 73,47a z )
∴ E 2 = 91,836a x + 92,245a y + 84,449a z
[V m]
5.8) Dado o campo potencial V = ( 200sen θ cos φ ) / r 2 [V], determinar:
– Página 5.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
∂V 1 ∂V 1 ∂V
E = −∇V = − ar − aθ − aφ
∂r r ∂θ r sen θ ∂φ
200
E= ( [
2 sen 30° cos 30°)a r − (cos 30° cos 30°)aθ + sen 30° a φ
]
r3
200
E=
(
0,866 a r − 0,75 aθ + 0,5 a φ
) (02)
r3
Mas r 2 = 2 sen θ cos φ (item a).Portanto r 2 = 2 sen 30°cos 30° ⇒ r = 0,9306 (03)
200
( )
E= 0,866 a r − 0,75 aθ + 0,5 a φ
3
0,9306
E = 215 a r − 186,1 aθ + 124,1 a φ
[V m]
c) ρS = D N
Cálculo de D N :
D N = ε o (± 310,256 ) ⇒ D N = ρ S = ±2,75 ηC 2
m
– Página 5.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
5.9) Duas cargas pontuais e simétricas de 100 ηC estão localizadas acima de um plano
condutor situado em z = 0, sendo a carga positiva em (ρρ = 1 m, φ = π/2, z = 1 m) e a carga
negativa em (ρρ = 1 m, φ = 3π
π/2, z = 1 m). Determinar:
a) A densidade superficial de carga na origem;
b) A densidade superficial de carga no ponto A(ρ
ρ = 1 m, φ = π/2, z = 0);
Resolução:
Q1 = Q 4 = Q = 100ηC ; Q 2 = Q 3 = −Q = −100ηC
( )
Dados: A = ρ = 1, φ = π 2 , z = 0 ⇒ A = (0,1,0 )
B = ( ρ = 0, φ = 0, z = 1) ⇒ B = (0,0,1)
a) Na origem, o vetor densidade de fluxo elétrico ( D 0 ) é nulo, pois os campos criados pelas
cargas objeto ( D10 e D 20 ) são anulados pelos campos criados pelas cargas imagem ( D 30 e D 40 ).
Logo, ρ S = D 0 = 0
ρ S A = D A , onde D A é o vetor densidade de fluxo elétrico resultante no ponto (01)
b)
Cálculo de D A :
D A = D1A + D 2A + D 3A + D 4A (02)
R
2a a
= − z ; R 1A = 5
Q1 1A y
D1A = a R , onde (03)
4πR 12A 1A 2a y − a z
a R =
1A 5
– Página 5.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
R
2 A = −a z ; R 2 A = 1
Q2
D 2A = a R , onde (04)
4πR 22A 2A a R = −a z
2A
R
2a a
= + z ; R 3A = 5
Q3 3 A y
D 3A = a R , onde (05)
4πR 32A 3A 2a y + a z
a R =
3A 5
R
4A = a z ; R 4A = 1
Q4
D 4A = a R , onde (06)
4πR 24A 4A a R = az
4A
Q 2a y − az − Q 2a y + a z
−Q Q
⋅ (− a z ) +
DA = ⋅ + ⋅ + ⋅ az
20π 5 4π 4 5π 5 4π
Q 2a y − az 2a y + a z
Q −2
⋅ + a z ⇒ D A =
DA = + az − ⋅ + 2 a z
4π 5 5 5 5 4π 5 5
Q −1 Q 5 5 − 1 100η 25 − 5
⋅ a z ⇒ D A = ⋅ a z
DA = ⋅ + 1a z ⇒ D A =
2π 5 5 2π 5 5 2π 25
2
∴ D A = ⋅ 25 − 5 a z ηC 2 ou D A = 14,49 a z ηC 2
( )
π
m m (07)
2
ρSA =
π
( )
⋅ 25 − 5 a z ηC 2 ou
m
ρ S = 14,49 a z ηC 2
m
Cálculo de D B :
c)
D B = D1B + D 2B + D 3B + D 4B (01)
R = a ; R = 1
Q1 1B y 1B
D1B = a R , onde (02)
4πR 12B 1B a R = ay
1A
R
= − a y ; R 2B = 1
Q2 2 B
D 2B = a R , onde (03)
4πR 22B 2B a R = −a y
2B
– Página 5.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
R
a 2a
= + z ; R 3B = 5
Q3 3 B y
D 3B = a R , onde (04)
4πR 32B 3B a y + 2a z
a R =
3B 5
R
= −a y + 2a z ; R 4B = 5
Q4 4 B
D 4B = a R , onde (05)
2 4 B
4πR 4B − a y + 2a z
a R =
4B 5
− Q a y + 2a z − a y + 2a z
Q −Q Q
( )
DB = ⋅ ay + ⋅ − ay + ⋅ + ⋅ az
4π 4π 4 5π 5 4 5π 5
Q a y + 2a z − a y + 2a z Q 2a y
⋅ a y + a y − ⇒ DB = ⋅ 2a y −
DB = +
4π 5 5 5 5
4π 5 5
Q 2a y Q 5 5 − 1
Q 1
DB = ⋅ 2a y − ⇒ DB = a ⇒ D ⋅ a y
⋅ 1 − =
2π 5 5
y B
4π 5 5 2π 5 5
Q 25 − 5 100η 25 − 5
⋅ a y ⇒ D B = ⋅ a y
DB =
2π 25 2π 25
2
D B = ⋅ 25 − 5 a y ηC 2 ou D B = 14,49 a y ηC 2
( )
π m m
5.10) A região entre as placas de metal de um capacitor é preenchida por 4 (quatro) camadas
de dielétricos diferentes, com permissividades 2εεo, 3εεo, 4εεo e 5εεo, onde εo é a
permissividade elétrica do vácuo. Cada camada tem espessura a e área S. Determinar,
para os arranjos de dielétricos em série e em paralelo:
a) As magnitudes do campo elétrico (E) e da densidade de fluxo (D) em cada camada;
b) A diferença de potencial (Vo) entre as placas;
c) A capacitância total (C) resultante;
Nota: Usar apenas os parâmetros dados, adotando as cargas das placas iguais ±Q.
Obs: Para um arranjo série de dielétricos, deve-se considerar que a área das placas que formam o
capacitor é igual a área de cada camada de dielétrico , ou seja, Splaca = Scamada = S; (Arranjo Série)
Para um arranjo paralelo de dielétricos, deve-se considerar que a área das placas que formam
o capacitor foi dividida em quatro, de modo que Splaca = 4Scamada = 4S; (Arranjo Paralelo)
– Página 5.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
Resolução:
Arranjo Série:
Q
D1 S ⇒ E = Q
E1 = ⇒ E1 = 1
ε1 2ε o 2Sε o
Q
D2 S ⇒ E = Q
E2 = ⇒ E2 = 2
ε2 3ε o 3Sε o
Q
D3 S ⇒ E = Q
E3 = ⇒ E3 = 3
ε3 4ε o 4Sε o
Q
D4 S ⇒ E = Q
E4 = ⇒ E4 = 4
ε4 5ε o 5Sε o
b) Vo = V1 + V2 + V3 + V4
d1 = d 2 = d 3 = d 4 = a
Vo = E1d1 + E 2 d 2 + E 3 d 3 + E 4 d 4 , onde (01)
E1, E 2 , E 3 , E 4 foram calculados no item (a)
Q ⋅ a 1 1 1 1
Vo = ⋅ + + +
S ⋅ εo 2 3 4 5
Q ⋅ a 30 + 20 + 15 + 12 77 Q ⋅ a
Vo = ⋅ ⇒ Vo = ⋅
S ⋅ εo 60 60 S ⋅ ε o
– Página 5.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
c) O cálculo da capacitância pode ser feito de duas maneiras. A primeira considera a definição
de capacitância para um capacitor de placas paralelas ( C = Q V ). A segunda considera que a
o
capacitância total (C)do arranjo acima é equivalente à capacitância resultante quando admitimos
que os quatro capacitores formados pelas camadas de dielétricos acima estão colocados em série.
1o modo:
Q Q 60 S ⋅ ε o
C= ⇒C= ⇒ C= ⋅
Vo 77 Q ⋅ a 77 a
⋅
60 S ⋅ ε o
2o modo:
1 1
C= ⇒C=
1 1 1 1 a a a a
+ + + + + +
C1 C 2 C 3 C 4 2ε o S 3ε o S 4ε o S 5ε o S
1 1 60 ε o Sa
C= ⇒C= ⇒ C= ⋅
a 1 1 1 1 a 77 77 a
⋅ + + + ⋅
εoS 2 3 4 5 ε o S 60
Arranjo Paralelo:
Para esta configuração, a solução torna-se mais simples quando iniciada em ordem inversa.
c) C = C1 + C 2 + C 3 + C 4 (01)
ε ⋅S 2ε ⋅ S
C1 = 1 1 ⇒ C1 = o
d1 a
ε 2 ⋅ S2 3ε o ⋅ S
C 2 = ⇒ C2 =
d2 a
onde ε 3 ⋅ S3 4ε o ⋅ S v (02)
C 3 = ⇒ C3 =
d3 a
ε 4 ⋅ S4 5ε o ⋅ S
C 4 = ⇒ C4 =
d4 a
Q Q Q 1 Q⋅a
b) C= ⇒ Vo = ⇒ Vo = ⇒ Vo = ⋅ (03)
Vo C εoS 14 ε o S
14 ⋅
a
– Página 5.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
V
a) Sabe-se que : V = Ed ⇒ E = (04)
d
Vo = V1 = V2 = V3 = V4
Mas (05)
a = d1 = d 2 = d 3 = d 4
Vo 1 Q
Substituindo (05) em (04), tem-se: E = E1 = E 2 = E 3 = E 4 = ⇒ E = ⋅ (06)
a 14 ε o S
Q 2 Q
D1 = ε 1 ⋅ E ⇒ D1 = 2ε o ⋅ ⇒ D1 = ⋅
14ε o S 14 S
Q 3 Q
D 2 = ε 2 ⋅ E ⇒ D 2 = 3ε o ⋅ ⇒ D2 = ⋅
14ε o S 14 S
Q 4 Q
D 3 = ε 3 ⋅ E ⇒ D 3 = 4ε o ⋅ ⇒ D3 = ⋅
14ε o S 14 S
Q 5 Q
D 4 = ε 4 ⋅ E ⇒ D 4 = 5ε o ⋅ ⇒ D4 = ⋅
14ε o S 14 S
Nota: Das equações (02) e (03) , pode-se calcular a forma com que a carga total Q foi distribuída
entre as camadas de dielétricos.
2ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 2
Q1 = C1 Vo ⇒ Q1 = ⋅ ⋅ ⇒ Q1 = ⋅Q
a 14 ε o S 14
3ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 3
Q 2 = C 2 Vo ⇒ Q 2 = ⋅ ⋅ ⇒ Q2 = ⋅Q
a 14 ε o S 14
4ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 4
Q 3 = C 3 Vo ⇒ Q 3 = ⋅ ⋅ ⇒ Q3 = ⋅Q
a 14 ε o S 14
5ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 5
Q 4 = C 4 Vo ⇒ Q 4 = ⋅ ⋅ ⇒ Q4 = ⋅Q
a 14 ε o S 14
Logo, devido às diferentes permissividades, a carga Q não foi igualmente distribuída entre as
camadas. Deve-se ressaltar que a relação Q = Q1 + Q 2 + Q 3 + Q 4 continua verdadeira.
– Página 5.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
Resolução:
a = 3mm ; b = 7 mm
Dados:
ε ηC
R1 = 4 ; ε R 2 = 6 ; ρ S = 10 m 2
∫ • dS = Q interna = ∫ ρ v dv
a) Pela Lei de Gauss: D
S vol
– Página 5.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
2π π 2π π
2 2
∫ D • dS = Q interna ⇒ ∫ ∫ D r r sen θ dθ dφ a r = ∫ ∫ ρS a
sen θ dθ dφ
S φ =0 θ =0 φ =0 θ =0
ρS ⋅ a 2 10 ⋅ 10 − 9 ⋅ (3 ⋅ 10 − 3 ) 2 90 ⋅ 10 −15
Dr = ⇒ Dr = ⇒D= ar
r2 r2 r2
Mas D = ε E e portanto, teremos duas expressões para o campo elétrico entre as duas esferas.
Campo elétrico para 3mm < r < 5mm:
90 ⋅ 10−15
D r2
D
E1 =
⇒ E1 =
⇒ E1 =
a r ⇒ E1 =
2,541
⋅ 10− 3 a r V
[ ]
m
ε1 ε o ε R1 4 ⋅ 8,854 ⋅ 10−12 r2
Campo elétrico para 5mm < r < 7mm:
90 ⋅ 10 −15
r2
D D
E2 =
⇒ E2 =
⇒ E2 =
ar ⇒ E2 =
1,694
⋅ 10 − 3 a r V
[ ]
m
ε2 ε oε R 2 6 ⋅ 8,854 ⋅ 10 −12 r2
a 5mm a
b) Vab = − ∫ E • dL ⇒ Vab = − ∫ E 2 • dr + ∫ E1 • dr
b b 5mm
5mm 1,694 3mm
2,541
Vab = − ∫ −3
⋅ 10 dr + ∫ ⋅ 10 − 3 dr
2 2
7 mm r 5mm r
5 ⋅10− 3 3⋅10− 3
1,694 2,541
Vab = ⋅ 10 − 3 + ⋅ 10 − 3
r 7 ⋅10− 3 r 5 ⋅10− 3
Q
∫ ρ S dS 4πa 2 ρ S
Q
c) C= ⇒ C = interna ⇒ C = S ⇒C=
Vo Vab Vab Vab
4π ⋅ (3 ⋅ 10 − 3 ) 2 ⋅ 10 ⋅ 10 − 9
C= ⇒ C = 2,596 [ηF]
0,4356
– Página 5.18 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
CAPÍTULO 06
Resolução:
a) Sabe -se que E = −∇V (01)
∂V ∂V ∂V
∇V = ax + ay + a z ⇒ ∇V = 16xyz a x + 8x 2 z a y + 8x 2 y a z (02)
∂x ∂y ∂z
E = − 16 xyz a x − 8x 2 z a y − 8x 2 y a z
(03)
E P = 96 a x − 96 a y + 32 a z
[V m]
b) ( ) ( )
ρ v = ∇ • D = ∇ • ε o E = ε o ∇ • E = ε o ∇ • − ∇V ⇒ ρ v = −ε o ∇ 2 V (01)
2 ∂ ∂ ∂ 2
∇ V= (16xyz) + (16xz ) + (16xy ) ⇒ ∇ V = 16 yz + 0 + 0 (02)
∂x ∂y ∂z
2
∇ V = 16 ⋅ ( −1) ⋅ 3 ⇒ ∇ 2 V = −48 (03)
– Página 6.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
ρ v = −8,854 × 10 −12 ⋅ (−48) ⇒ ρ v = 425 pC 3
m
VP = V ⇒ −96 = 8x 2 yz ⇒ x 2 yz + 12 = 0
d) A equação não satisfaz a Equação de Laplace, pois ρ v ≠ 0 (item b), indicando que a região
2
contém cargas livres. Portanto, ∇ V ≠ 0 .
Resolução:
As superfícies equipotenciais para φ constante são planos radiais conforme mostrado na figura
anterior.
2 1 ∂ 2V
Equação de Laplace: ∇ V = 0 ⇒ ∇ 2 V =
= 0 ; ρ ≠ 0 , pois V = f (φ ) .
ρ 2 ∂φ 2
1 ∂ 2V ∂ 2V
∇2V =
=0⇒ =0
ρ 2 ∂φ 2 ∂φ 2
∂V
=A
∂φ
– Página 6.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
Cálculo de E :
1 ∂V 1 ∂ 1350
E = −∇V ⇒ E = − aφ ⇒ E = − φ a φ
ρ ∂φ ρ ∂φ π
− 1350
E=
πρ
aφ [V m]
Cálculo de D :
1350
D = ε E ⇒ D = ε o ε R E ⇒ D = 8,854 × 10 −12 ⋅ 1,65 ⋅ − a φ
πρ
− 6,28 ηC
D= aφ
ρ m 2
6.3) Sendo o potencial V função somente da coordenada cilíndrica ρ (como num cabo
coaxial), determinar:
a) a expressão matemática de, sendo V =V0 em ρ = a e V = 0 em ρ = b (b > a);
b) a expressão da capacitância C, com as mesmas condições do item (a);
c) o valor de VP em P(2,1,3) se V = 50 V em a = 2 m e V = 20 V em b = 3 m.
Resolução:
2 1 ∂ ρ∂V
Segundo a Equação de Laplace: ∇ V = 0 ⇒ ∇ 2 V = = 0 , pois V = f ( ρ ) .
a)
ρ ∂ρ ∂ρ
∂ ρ∂V ρ∂V
= 0 ⇒ = A ⇒ V = A ln ρ + B (01)
∂ρ ∂ρ ∂ρ
Vo
A =
a
ln
Vo = A ln a + B b
Condições de Contorno: ⇒ (02)
0 = A ln b + B − Vo ⋅ ln b
B = a
ln
b
– Página 6.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
b
ln
ρ
V = Vo ⋅
b
ln
a
Q
b) Sabe-se que C = (01)
Vo
Porém, Q = S ⋅ ρ S , onde ρ S = DN ( ρ = a) (02)
Cálculo de E :
b
−
∂V − Vo ρ2 Vo 1
E = −∇V ⇒ E = − aρ ⇒ E = ⋅ aρ ⇒ E = ⋅ aρ
∂ρ b b ρ b
ln ln
a ρ a
Cálculo de DN ( ρ = a) :
ε Vo
∴ ρ S = D N ( ρ = a) = (03)
b
a ln
a
Substituindo (03) em (02), temos:
ε Vo 2π ε LVo
Q= ⋅ 2π aL ⇒ Q = (04)
b b
a ln ln
a a
Substituindo (04) em (01), temos:
2π ε L
C=
b
ln
a
b
ln
ρ
c) V = Vo ⋅ , onde a = 2 m e b = 3 m. (01)
b
ln
a
Cálculo de VO:
Vo = 50 − 20 ⇒ Vo = 30 [V ] (02)
Cálculo de ρ:
ρ = x 2 + y 2 ⇒ ρ = 2 2 + 12 ⇒ ρ = 5 (03)
– Página 6.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
3
ln
5
V = 30 ⋅ ⇒ V = 21,74 [V ] (Para V = 0 em ρ = a)
3
ln
2
50 sen θ
6.4) Dado o potencial V = , r≠0 [V], no espaço livre.
r2
a) Verifique se V satisfaz a equação de Laplace;
b) Encontrar a carga total armazenada dentro da casca esférica (1 < r < 2).
Resolução:
a) Cálculo do Laplaciano (coordenadas esféricas):
2 1 ∂ 2 ∂V 1 ∂ ∂V 1 ∂ 2V
∇ V= r + sen θ +
r 2 ∂r ∂r r 2 sen θ ∂θ ∂θ r 2 sen 2 θ ∂φ 2
2 1 ∂ 2 50 sen θ 1 ∂ 50 1
∇ V= r ⋅ ( −2) + sen θ cos θ + ⋅0
r 2 ∂r r3 r 2 sen θ ∂θ r2 r 2 sen 2 θ
2 1 − 1 1 50
∇ V=− ⋅ 100 sen θ ⋅ + ⋅ cos 2θ
2
r r r sen θ r 2
2 2
2 50 cos 2 θ sen 2 θ 2
⇒ ∇ V = 50 ⋅ sen θ + cos θ
2
∇ V= ⋅ 2 sen θ + −
r 4 sen θ sen θ
r 4 sen θ
2 50
∇ V= ≠0 ⇒ V não satisfaz a Equação de Laplace
r 4 sen θ
b) 1o modo:
2 ρ
Equação de Poisson: ∇ V = − v
εo
− 50ε o C
ρ v = 4 3 (Segundo a Equacão de Poisson)
r sen θ m
Q = ∫ ρ v dv , onde:
vol dv = r 2 sen θ drdθ dφ
2 π 2π
− 50ε o 2 dr
Q= ∫ 4
⋅ r sen θ drdθ dφ ⇒ Q = −50ε o ⋅ ∫ 2
⋅ ∫ dθ ⋅ ∫ dφ
vol r sen θ r =1 r θ =0 φ =0
– Página 6.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
2
− 1 1
Q = −50ε o ⋅ ⋅ π ⋅ 2π ⇒ Q = 100π 2 ε o ⋅ − 1 ⇒ Q = −50π 2 ε o [C]
r
r =1 2
50 sen θ
2o modo: V = [V ]
r2
Cálculo de E :
∂V 1 ∂V 1 ∂V
E = −∇V = − ar − aθ − aφ
∂r r ∂θ r sen θ ∂φ
100 sen θ 50 cos θ
E=
3
ar −
3
aθ [V m]
r r
Cálculo de D :
100ε o sen θ 50ε o cos θ C
D = εo E = ar − aθ (02)
r 3
r 3 m 2
Cálculo de ρ v :
1 ∂ 2 1 1
ρv = ∇ • D = r Dr + ( ∂
()
Dθ sen θ ) +
∂
Dφ ( )
r 2 ∂r r sen θ ∂θ r sen θ ∂φ
1 ∂ 2 1 1 − 50ε o ∂
ρv = ⋅ (100ε o sen θ ) r ⋅ + ⋅ (cos θ sen θ ) + 0
2 3
r ∂r r r sen θ r3 ∂θ
100ε o sen θ − 1 − 50ε o
ρv = 2
⋅ ⋅ +
2 4
⋅ cos 2 θ − sen 2 θ ( )
r r r sen θ
− 100ε o sen θ 50ε o
ρv = − ⋅ (cos 2θ )
r4 r 4 sen θ
− 50ε o cos 2θ ⇒ ρ = − 50ε o C
ρv = ⋅ 2 sen θ + v
(03)
r4 sen θ r 4 sen θ m 3
Cálculo de Q:
− 50ε o
ρ v =
r 4 sen θ
Q = ∫ ρ v dv , onde:
vol dv = r 2 sen θ drdθ dφ
2 π 2π
− 50ε o 2 dr
Q= ∫ 4
⋅ r sen θ drdθ dφ ⇒ Q = −50ε o ⋅ ∫ 2
⋅ ∫ dθ ⋅ ∫ dφ
vol r sen θ r =1 r θ =0 φ =0
2
− 1 1
Q = −50ε o ⋅ ⋅ π ⋅ 2π ⇒ Q = 100π 2 ε o ⋅ − 1
r r =1 2
– Página 6.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
3o modo:
dS = r 2 sen θ dθ dφ a r
Q = ∫ D • dS , onde:
S 100ε o sen θ 50ε o cos θ
D = 3
ar − aθ
r r3
2π π π
100ε o sen θ 2 100ε o 2
Q= ∫ ∫ r 3
⋅ r sen θ dθ dφ ⇒ Q =
r
⋅ 2π ⋅ ∫ sen θ dθ
φ = 0θ = 0 θ =0
π π
100ε o 1 − 1 cos 2θ dθ ⇒ Q = 200πε o θ 1
Q= ⋅ 2π ⋅ ∫ ⋅ − sen 2θ
r 2 2 r 2 4 θ = 0
θ =0
200πε o π 1 100π 2 ε o
Q= ⋅ − sen 2π − 0 − 0 ⇒ Q =
r 2 4 r
Em r = 1 ⇒ Q = 100π 2 ε o [C]
Em r = 2 ⇒ Q = 50π 2 ε o [C]
Para 1 < r < 2 ⇒ Q = 50π 2 ε o − 100π 2 ε o ⇒ Q = −50π 2 ε o [C] ou Q = -4,37 [ηC]
Resolução:
Deve-se calcular uma relação a partir da forma puntual de Lei de Gauss, da definição de D e
da relação do Gradiente. Portanto:
– Página 6.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
(
∇ • ε R ⋅ ∇V = 0 ) (03)
dV 0,3 dV
∇ • ε R ⋅ aρ = 0 ⇒ ∇ • ⋅ aρ = 0
d ρ ρ + 0, 04 d ρ
1 ∂ 0,3 ∂V ∂ 0,3 ρ ∂V
ρ ⋅ ⋅ = 0 ⇒ ⋅ =0
ρ ∂ρ ρ + 0,04 ∂ρ ∂ρ ρ + 0,04 ∂ρ
A (05)
Em ρ = 2 cm ⇒ V = 100 = 0,3 [0,02 + 0,04 ln 0,02] + B
Condições de Contorno:
A (06)
Em ρ = 6 cm ⇒ V = 0 = [0,06 + 0,04 ln 0,06] + B
0,3
A 0,02
100 = − 0,04 + 0,04 ln ⇒ A = −357,4 (07)
0,3 0,06
− 357,4
V= [ρ + 0,04 ln ρ ] − 62,6 ⇒ V = −1191,34 ρ − 47,65 ln ρ − 62,6 [V]
0,3
– Página 6.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
0,04
E = 1191,34 1 + a ρ [V m]
ρ
0,3 0,04
ρS = ε oε R E ( ρ = 0,02 ) ⇒ ρ S = ε o ⋅ ⋅ 1191,34 1 +
( ρ =0,02) 0,02 + 0,04 0,02
6.6) Uma região entre dois cilindros condutores concêntricos com raios a = 2 cm e b = 5 cm
contém uma densidade volumétrica de carga uniforme ρ V = −10 −8 C/m3. Se o campo
elétrico E e o potencial V são ambos nulos no cilindro interno, determinar:
a) A expressão matemática do potencial V na região, partindo da Equação de Poisson;
b) A expressão matemática do potencial V na região, partindo da Lei de Gauss;
c) O valor do potencial V no cilindro externo.
Assumir a permissividade do meio como sendo a do vácuo.
Resolução:
2 1 ∂ ∂V ρ
a) Equação de Poisson: ∇ V = ρ
⋅ = − v
ρ ∂ρ ∂ρ εo
Integrando pela 1a vez:
∂V ρ ρ2 ∂V ρ A
ρ =− v ⋅ +A⇒ = − v ⋅ρ + (01)
∂ρ εo 2 ∂ρ 2ε o ρ
– Página 6.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
∂V ∂V ∂V
Porém, sabe-se que: E = −∇V ⇒ E = − aρ ⇒ E = E = − ⇒ = −E (02)
∂ρ ∂ρ ∂ρ
∂V ρ A
= −E = − v ⋅ ρ + (03)
∂ρ 2ε o ρ
ρv A ρ
0=− ⋅ a + ⇒ A = v ⋅ a2 (05)
2ε o a 2ε o
∂V ρ ρ a2
=− v ⋅ρ+ v ⋅ (06)
∂ρ 2ε o 2ε o ρ
ρv ρ 2 ρv
V=− ⋅ + ⋅ a 2 ln ρ + B (07)
2ε o 2 2ε o
ρv a2 ρv ρ ρ
0=− ⋅ + ⋅ a 2 ln a + B ⇒ B = v ⋅ a 2 − v ⋅ a 2 ln a (09)
2ε o 2 2ε o 4ε o 2ε o
ρv ρ ρ ρ
V =− ⋅ ρ 2 + v ⋅ a 2 ln ρ + v ⋅ a 2 − v ⋅ a 2 ln a
4ε o 2ε o 4ε o 2ε o
ρv ρ ρ
V = ⋅ (a 2 − ρ 2 ) + v ⋅ a 2 ln [V]
4ε o 2ε o a
– Página 6.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
b)
ρ v a 2 C
∴D = ⋅ ρ − aρ m 2
2 ρ
D ρv a 2
E=
εo
⇒E=
2ε o
⋅ρ −
ρ
aρ [V m]
Cálculo de V:
A ρ
ρv a 2
VAB = − ∫ E • dL ⇒ V = − ∫ ⋅ ρ − a • dρ a ρ
2ε o ρ ρ
B ρ =a
ρ
ρ ρ2 ρ ρ 2 a2
V=− v ⋅ − a 2 ln ρ ⇒V=− v ⋅ − a 2 ln ρ − − a 2 ln a
2ε o 2 ρ = a 2ε o 2 2
ρv 2 2 ρva2 ρ
V= ⋅ (a − ρ ) + ⋅ ln [V]
4ε o 2ε o a
– Página 6.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
Resolução:
2 1 ∂ ρ∂V
Equação de Laplace: ∇ V = 0 ⇒ ∇ 2 V = = 0 , pois V = f ( ρ ) .
a)
ρ ∂ρ ∂ρ
∂ ρ∂V ρ∂V
= 0 ⇒ = A ⇒ V = A ln ρ + B (01)
∂ρ ∂ρ ∂ρ
10 = A ln (0,01) + B (03)
– Página 6.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
− 200 − 200
ρ S = ε o E( ρ = 0,03 ) ⇒ ρ S = ε o ⋅ ⇒ ρ S = 8,854 ⋅ 10 −12 ⋅
ρ 0,03
∴ ρ S = −59,027 ηC 2
m
6.8) Um cabo coaxial possui seu condutor interno com cargas uniformemente distribuída de
1ηC/m. Os raios dos condutores interno e externo são a = 1 cm e b = 4 cm,
respectivamente. Entre o condutor interno e o externo são colocadas duas camadas de
material dielétrico possuindo, respectivamente, permissividades relativas εR1 = 2 e εR2, e
espessuras w1 e w2. Determinar εR2, w1 e w2, de modo que a diferença de potencial de cada
camada seja a mesma e a capacitância total do cabo seja de 75 pF/m.
Resolução:
Cálculo da Capacitância:
2 1 ∂ ρ∂V
Equação de Laplace: ∇ V = 0 ⇒ ∇ 2 V = = 0 , pois V = f ( ρ ) .
ρ ∂ρ ∂ρ
∂ ρ∂V ρ∂V
= 0 ⇒ = A ⇒ V = A ln ρ + B (01)
∂ρ ∂ρ ∂ρ
Condições de Contorno:
V = 0 em ρ = b ⇒ 0 = A ln b + B (02)
Seja
V = Vo em ρ = a ⇒ Vo = A ln a + B (03)
1
− Vo b − Vo
E = −∇V ⇒ E = −
∂V
∂ρ
aρ ⇒ E = ⋅
a ρ
aρ ⇒ E =
a
aρ [V m]
ln ρ ⋅ ln
b b b
− ε Vo
D = εE ⇒ D = aρ C 2
a m
ρ ⋅ ln
b
− ε Vo a
ρ S = DN = D ρ = a ⇒ ρ S = > 0, pois a < b ⇒ ln < 0
ρ =a
a b
a ⋅ ln
b
ε Vo C
∴ ρS = m 2
b
a ⋅ ln
a
ε Vo ε Vo
Q= ∫ ρ S dS ⇒ Q = ∫ b
dS ⇒ Q =
b
⋅ 2πaL
S S a ⋅ ln a ⋅ ln
Cil. Interno a a (06)
2πε Vo L
Q= [C]
b
ln
a
Q 2πε L C 2πε
C=
Vo
⇒C=
b
[F] ou
L
=
b
[F m]
ln ln
a a
– Página 6.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
a = 1cm, b = 4cm;
w1 + w2 = b − a = 3cm
εR1 = 2;
Vo
Dados: V1 = V2 = (07)
2
Q = Q = Q
1 2
C
T = 75 pF
L m
De (06), temos:
C1 2πε o ε R1 Q
= = 1 (08)
L a + w1 V1
ln
a
e
C2 2πε o ε R 2 Q
= = 2 (09)
L b V2
ln
a + w1
De (07), temos:
Vo
V1 = V2 = 2
⇒ C1 = C 2 = C
Q
1 = Q 2 = Q
C1 ⋅ C 2 C2 C
CT = ⇒ CT = ⇒ C T = ⇒ C = 2C T (10)
C1 + C 2 2C 2
– Página 6.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE
75 ⋅ ln (1,904)
ε R2 = ⇒ ε R 2 = 1,736
π ⋅ 8,854
– Página 6.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
CAPÍTULO 07
7.1) Calcular B no centro de uma espira quadrada de lado a percorrida por uma corrente I.
Resolução:
H T = 4H AB = 4H BC = 4H CD = 4H DA (01)
Lei de Biot-Savart:
R é o vetor dirigido do elemento diferencial
de corrente dx ao centro da espira;
R
I dL × a R = R;
H=∫ , onde: (02)
4π R 2 a R é um versor de R;
dL é o elemento diferencial de comprimento
que indica a direcão de I.
a a2
R = −x a x + a y ; R = x 2 + ;
2 4
a
− x ax + ay
R 2
aR = = ; (03)
R a 2
x2 +
4
dL = dx a x .
– Página 7.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
a a a
dx a x × − x a x + a y 2 dx a z
2 I 2
H AB = I ∫ ⇒ H AB = ∫ (04)
3 4π 3
2
a 2 x=
−a 2 a 2 2
4π x 2 + 2 x +
4 4
a
a x = − 2 ⇒ θ = −45°
x = 2 tgθ ⇒ a
x = ⇒ θ = 45°
2
a 2 (05)
Substituição de variáveis na integral: dx = sec θ dθ
2
2 2
x 2 + a = a sec 2 θ
4 4
a
45° sec 2θ dθ 45°
Ia 2 I dθ
H AB =
8π ∫ a 3 a z ⇒ H AB =
2π a ∫ secθ
az
θ = −45° sec 3θ θ = −45°
2
45°
I I
H AB = ∫ cos θ dθ a z ⇒ H AB = [sen θ ]θ45=°−45° a z
2π a 2π a
θ = −45°
I I 2 2
H AB = [sen 45° − sen(− 45°)] a z ⇒ H AB = + az
2π a 2π a 2 2
2I
H AB = az (06)
2π a
4 2I 2 2I
H T = 4H AB ⇒ H T = az ⇒ HT = az (07)
2π a πa
Cálculo de B T :
2 2 µo I
BT = µo HT ⇒ BT = az
πa
– Página 7.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
a
I
H 1z H1
2h
P H 1ρ
h Espira 01
R
y
a
dL
I
x
A Espira 01 gera o campo magnético H1 no ponto P (ponto médio), enquanto a Espira 02 gera
o campo magnético H 2 , de mesma magnitude e na mesma direção de H 1 . Portanto, o campo
magnético total gerado em P será:
H P = H1 + H 2 = 2H1 (01)
Cálculo de H 1 :
Lei de Biot-Savart:
R é o vetor dirigido de dL ao ponto médio (P);
I dL × a R R = R ;
H=∫ , onde: a R é um versor de R; (02)
4π R 2 dL é o elemento diferencial de comprimento
que indica a direcão de I.
R
= −a a ρ + h a z ; R = a 2 + h 2 ;
R − a a ρ + h az
aR = = ; (03)
R 2
a +h 2
dL = adφ aφ .
(a dφ a φ ) × (− a a ρ + h a z ) Ia a az + h a ρ
H1 = I ∫ ⇒ H1 = ∫ dφ (04)
3 4π 3
4π (a 2
+h ) 2
2
(a 2
+h ) 2
2
– Página 7.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
A inspeção da figura anterior nos mostra que elementos de corrente diametralmente opostos
produzem componentes radiais de campos que se cancelam. Portanto, H 1 possui somente
componente na direção de a z , reduzindo a equação (04) a:
2π
I a2 dφ I a2
H1 =
4π ∫ 3
a z ⇒ H1 =
3
az (05)
φ = 0 (a 2 + h 2 ) 2 2 (a 2 + h 2 ) 2
I a2
H P = H 1 + H 2 = 2H1 ⇒ H P = az
3
(a 2 + h 2 ) 2
7.3) Uma espira quadrada de lado 2a, centrada na origem, situada no plano z = 0 e lados
paralelos aos eixos x e y, conduz uma corrente I no sentido anti-horário vista do sentido
positivo do eixo z. Determinar o campo magnético H no ponto P(0; 0; a).
Resolução:
H P = 4H AB z = 4H BC z = 4H CD z = 4H DA z (01)
– Página 7.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
Cálculo de H AB :
Lei de Biot-Savart:
R é o vetor dirigido do elemento diferencial
de corrente dL ao ponto P;
I dL × a R R = R;
H=∫ , onde: (02)
2
4π R a R é um versor de R;
dL é o elemento diferencial de comprimento
que indica a direcão de I.
R 2 2
= −a a x − y a y + a a z ; R = y + 2a ;
− a ax − y ay + a az
aR = R = ; (03)
R 2 2
y + 2a
dL = dy a y .
dy a y × (− a a x − y a y + a a z )
H AB = I ∫
3
4π ( y 2 + 2a 2 ) 2
a a
Ia (a x + a z ) Ia dy
H AB =
4π ∫ 2 2
3
dy ⇒ H AB z =
4π ∫ 2 2
3
az (04)
y = − a ( y + 2a ) 2 y = − a ( y + 2a ) 2
y = −a ⇒ θ = θ 1
y = a 2 tgθ ⇒
y = a ⇒ θ = θ 2
(05)
Substituição de variáveis na integral: dy = a 2 sec 2 θ dθ
y
sen θ =
y 2 + 2a 2
Substituindo (05) em (04), temos:
θ =θ θ =θ
Ia 2
a 2 sec 2θ dθ I 2
dθ
H AB z =
8π ∫ a 3 2 sec 3θ
a z ⇒ H AB z =
8π a ∫ secθ
az
θ =θ θ =θ
1 1
θ =θ θ =θ
2
I I 2
H AB z =
8π a ∫ cos θ dθ a z ⇒ H AB z =
8π a
sen θ
az
θ =θ θ =θ
1 1
– Página 7.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
a
I y I a −a
H AB z = ⋅ a z ⇒ H AB z = ⋅ − az
8π a 8π a a 3 a 3
y 2 + 2a 2
y = -a
I 2a I
H AB z = ⋅ a z ⇒ H AB z = az (06)
8π a a 3 4π 3 a
I
H P = 4H AB z ⇒ H P = az
π 3a
Resolução:
∫ H • dL = I enl = ∫ (∇ × H ) • dS ⇒ ∫ H • dL = ∫ (∇ × H ) • dS = I (01)
S RSPQ S Ret.
Cálculo do Rotacional:
∂ Hy ∂ Hx
∇×H = − az
∂x ∂y
[ ]
∇ × H = 3x 2 + y 2 − (− x 2 − 3y 2 ) a z ⇒ ∇ × H = (4 x 2 + 4 y 2 ) a z
(02)
2 1
2
I= ∫ ∫ (4x + 4 y 2 ) a z • dS, onde dS = dxdy a z
y = −2 x = −1
– Página 7.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
2 1 2 1
2 2 2
I= ∫ ∫ (4 x + 4 y ) a z • dxdy a z ⇒ I = ∫ ∫ (4x + 4 y 2 ) dxdy
y = −2 x = −1 y = −2 x = −1
2 1 2
4x 3 2
4 4
I= ∫ + 4y x dy ⇒ I = ∫ + 4 y 2 + + 4 y 2 dy
3 3 3
y = −2 x = −1 y = −2
2 2
8 2 8 8 3 16 64 16 64
I= ∫ 3 + 8y dy ⇒ I = 3 y + 3 y ⇒I= +
3 3
+
3
+
3
y = −2 y = −2
160
∴I = = 53,34 [A]
3
a
b) VmRP = VmRQ + VmQP, onde Vm = − ∫ H • dL (01)
ab
b
Trecho P→Q:
Q
[
VmQP = − ∫ − y (x 2 + y 2 ) a x + x (x 2 + y 2 ) a y • dx a x ]
P
Q 1
2x 3
[ 2
VmQP = − ∫ − y (x + y ) dx ⇒ VmQP =
y = −2
2
3
]− 8x
x = −1
P
2 2 52
VmQP = − − 8 − − 8 ⇒ VmQP = − [A] (02)
3 3 3
Trecho Q→R:
R
[
VmRQ = − ∫ − y (x 2 + y 2 ) a x + x (x 2 + y 2 ) a y • dy a y ]
Q
R 2
y3
[
x 1
]
VmRQ = − ∫ x (x 2 + y 2 ) dy ⇒ VmRQ = − y −
3
y = −2
Q =
8 8 28
VmRQ = −2 − − 2 − ⇒ VmRQ = − [A] (03)
3 3 3
52 28 80
VmRP = − − ⇒ VmRP = − = 26,67 [A]
3 3 3
– Página 7.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
Resolução:
∴ H cil =
20
ρ
K cil a φ [A m] (02)
H a = H sol = K sol a z ⇒ H a = 80 a z [A m]
H a = Ha = 80 A
m
[ ]
– Página 7.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
20
H b = H cil + H sol ⇒ H b = K cil a φ + K sol a z
ρ
20
Hb =
30
⋅ 100 a φ + 80 a z ⇒ H b = 66,67 a φ + 80 a z
[A m]
H b = Hb = 66,67 2 + 80 2 ⇒ H b = 104,14 A
m
[ ]
c) O campo magnético gerado em ρ = 50 mm ( H c ) será proveniente somente da superfície
cilíndrica. Portanto, a equação (02) é suficiente para defini-lo.
20
H c = H cil = K cil a φ
ρ
20
Hc =
50
⋅ 100 a φ ⇒ H c = 40 a φ
[A m]
H c = H c = 40 A
m
[ ]
7.6) Um fio de raio igual a 2a [m] estende-se ao longo do eixo z e é constituído de dois
materiais condutores, sendo:
Condutor 01: condutividade = σ para 0 < ρ <a..
Condutor 02: condutividade = 4σ para a < ρ <2a..
Se o fio conduz uma corrente contínua total de I ampères, calcular:
a) a corrente devido a cada condutor;
b) o campo magnético H para 0 < ρ <3a.
Resolução:
a)
I é a corrente total que percorre os dois condutores;
onde I1 é a corrente que percorre somente o condutor 01;
I 2 é a corrente que percorre somente o condutor 02.
1
R1 = ⇒ R1 =
σ 1S1 σ π a2
2
R2 = ⇒ R2 = ⇒ R2 =
σ 2S 2 4σ π (4a 2 − a 2 ) 12σ π a 2
– Página 7.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
R1
∴ = 12 ⇒ R 1 = 12R 2 ⇒ I 2 = 12I1
R2
I
I1 = 13 [A ]
Logo, I = I1 + 12I1 ⇒ I = 13I1 ⇒
12
I 2 = I [A ]
13
b) Lei Circuital de Ampère: ∫ H • dL = Ienl
I 12 (ρ 2 − a 2 ) I a 2 + 4 I ρ 2 − 4a 2
H⋅ 2π ρ = + I⋅ ⇒H=
13 13 3a 2 26π ρ a 2
I
∴H = (4 ρ 2 − 3a 2 ) A [ m]
26π ρ a 2
I
∫ H • dL = I enl ⇒ H⋅ 2π ρ = I1 + I 2 ⇒ H =
2π ρ
[A m]
7.7) Um cabo coaxial consiste de um fio central fino conduzindo uma corrente I envolvido
por um condutor externo de espessura despresível a uma distância a conduzindo uma
corrente na direção oposta. Metade do espaço entre os condutores é preenchido por um
material magnético de permeabilidade µ e a outra metade com ar. Determinar B , H e
M em todos os pontos do condutor.
Resolução:
Cálculo de B :
∫ H • dL = I enl ⇒ ∫ (H ar )
+ H mat • dL = I enl (01)
– Página 7.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
H ≠ H N ⇒ H ar ≠ H mat
N1 2
Mas (02)
B N = B N ⇒ B ar = B mat = B a φ
1 2
B ar = µ H ar
o
B = µH ⇒ (03)
B mat = µ H mat
B B
I enl = ∫ µ o µ • dL , onde dL = ρ dφ aφ
+
B π 2π
B B B
I= ∫ µo µ
+ • ρ d φ a φ ⇒ I = ∫ µo ρ d φ + ∫ µ ρ dφ
φ =0 φ =π
B ρ Bρ µo µ I
I= ⋅π + ⋅ π ⇒ B = B ar = B mat = aφ
µo µ πρ (µ o + µ )
Cálculo de H :
No ar:
B µI
H ar = ⇒ H ar = aφ
µo πρ (µ o + µ )
No material magnético:
B µo I
H mat = ⇒ H mat = aφ
µ πρ (µ o + µ )
Cálculo de M :
No ar:
B
M ar = − H ar ⇒ M ar = 0
µo
No material magnético:
B µI µo I
M mat = − H mat ⇒ M mat = aφ − aφ
µ µ o πρ + µπρ µ oπρ + µπρ
I (µ − µ o )
M mat = aφ
πρ (µ o + µ )
– Página 7.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
Resolução:
1
a) Campo magnético para um plano infinito: H = K × aN.
2
Pela análise da figura acima, nota-se que, em qualquer ponto do espaço, o campo magnético
terá a seguinte forma: H = H 1 + H 2 + H 3 , onde H 1 , H 2 e H 3 são os campos gerados pelas
películas K 1 , K 2 e K 3 respectivamente.
1
Portanto, H = K 1 × a N + K 2 × a N + K 3 × a N (01)
2 1 2 3
Cálculo de H para z > h:
H=
1
2
( )
10 a x × a z − 5 a x × a z − 5 a x × a z ⇒ H = 0
H=
1
2
[ ]
10 a x × a z − 5 a x × (−a z ) − 5 a x × a z ⇒ H = −5 a y [A m]
Cálculo de H para -h < z < 0:
H =
1
2
[ ]
10 a x × (−a z ) − 5 a x × (−a z ) − 5 a x × a z ⇒ H = +5 a y [A m]
– Página 7.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
H =
1
2
[ ]
10 a x × (−a z ) − 5 a x × (−a z ) − 5 a x × (−a z ) ⇒ H = 0
b)
φ = ∫ B • dS ⇒ φ = µo ∫ H S1 • dS1 + µ o ∫ H S 2 • dS 2
S S S
1 2
h 1
φ = µo ∫ ∫ (−5a y ) • dxdz a y ⇒ φ = −5µ o h [Wb]
z =0 x =0
7.9) Um fio infinito foi dobrado e colocado segundo a figura abaixo. Empregando a Lei de
Biot-Savart, calcular o campo magnético resultante H num ponto genérico P situado
sobre o eixo y. Determinar também o valor de H para o valor de y do ponto P igual a:
a) Zero;
b) d;
d
c) ;
2
d) 2d.
Resolução:
O campo magnético resultante em P apresenta uma parcela que é gerada pelo segmento
semi-infinito localizado em y = 0 ( H 1 ), uma parcela que é gerada pelo segmento semi-infinito
localizado em y = d ( H 2 ) e uma parcela que é gerada pelo segmento condutor localizado em x = 0
( H 3 ).
∴ H = H1 + H 2 + H 3 (01)
– Página 7.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
Cálculo de H 1 :
Lei de Biot-Savart:
R 1 é o vetor dirigido do elemento diferencial
de corrente dL ao ponto P;
1
I dL1 × a R 1 R 1 = R 1;
H1 = ∫ , onde: (02)
4π R 12 a R 1é um versor de R 1;
dL1 é o elemento diferencial de comprimento
que indica a direcão de I.
R = −x a + y a ; R = x 2 + y 2 ;
1 x y 1
R x ax + y ay
aR = 1 (03)
= ;
1 R1 2 2
x +y
dL1 = dx a x .
0
dx a x × (x a x + y a y ) I ydx
H1 = I ∫ ⇒ H1 = ⋅ ∫ az (04)
3 4π 3
2 2 2 2
4π ( x +y ) 2 x = −∞ ( x +y ) 2
x = −∞ ⇒ θ = −90°
x = y tgθ ⇒
y = 0 ⇒ θ = 0
Substituição de variáveis na integral:
(05)
dx = y sec 2 θ dθ
0 0
I y 2 sec 2θ dθ I dθ
H1 =
4π ∫ y 3 sec 3θ
a z ⇒ H1 =
4π y ∫ secθ
az
θ = −90° θ = −90°
0
I I
H1 = ∫ cosθ dθ a z ⇒ H1 = [ sen θ ]θ0 = −90° az
4π y 4π y
θ = −90°
I I para (y ≠ 0)
H1 = [ 0 - (- 1)] a z ⇒ H1 = az (06)
4π y 4π y
Cálculo de H 2 :
I
Portanto: H 2 = a z . para (y ≠ d) (07)
4π (y - d )
Cálculo de H 3 :
I I I I
H = az + az + 0 ⇒ H = az + az
4π y 4π (y - d ) 4π y 4π (y - d )
y≠0 y≠d
I
a) Neste caso, H1 = 0 e H = H 2 = (−a z )
4π d
I
b) Neste caso, H 2 = 0 e H = H1 = az
4π d
2I 2I
c) H = H1 + H 2 ⇒ H = az − az ⇒ H = 0
4π d 4π d
I I I 1 3I
d) H = H1 + H 2 ⇒ H = az + az ⇒ H = ⋅ + 1 a z ⇒ H = az
8π d 4π d 4π d 2 8π d
7.10) Calcular B no ponto P(0; 0; 2a) gerado por uma espira circular de raio ρ = a, situada no
plano xy, percorrida por uma corrente I no sentido horário e por um condutor filamentar
passando pelo ponto (2a; 0; 0), conduzindo uma corrente I o sentido + a y .
Resolução:
z
B P = B esp + B cond (01)
B cond
P (0; 0; 2a)
B esp
a
y
I
2a
I
x
– Página 7.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
I dL × a R
Cálculo de B para a espira: Lei de Biot-Savart: H = ∫ 4π R 2
(02)
z
H esp R é o vetor dirigido de dL ao ponto (P);
P
R = R;
onde: a R é um versor de R;
dL é o elemento diferencial de comprimento
que indica a direcão de I.
R
y
a R = −a a ρ + 2a a z ; R = a 5 ;
dL
− a ρ + 2 az
R
I aR = = ; (03)
x R 5
dL = adφ aφ .
Substituindo (03) em (02), temos:
(a dφ a φ ) × (− a ρ + 2 a z ) I
H esp = I ∫ ⇒ H esp = ∫ (−a z + 2 a ρ ) dφ (04)
20π a 2 5 20π a 5
A inspeção da figura nos mostra que elementos de corrente diametralmente opostos produzem
componentes radiais de campos que se cancelam. Portanto, H esp possui somente componente na
direção de a z , reduzindo a equação (04) a:
2π
−I −I
H esp = ∫ dφ
20π a 5 φ = 0
a z ⇒ H esp =
10 a 5
az (05)
− Iµ o
∴ B esp = µ o H esp ⇒ B esp = az (06)
10a 5
µoI
B cond = a φ , onde a φ ⊥ a ρ (07)
2π ρ
ρ = −2a a + 2a a ; ρ = 2a 2 ;
x
z
a = ρ = − a x + az ;
ρ ρ 2
− a x + az (08)
aφ = a y × a ρ ⇒ aφ = a y ×
2
∴ aφ = xa + a z
2
– Página 7.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
− µoI µ I
B P = B esp + B cond = a z + o ⋅ (a x + a z )
10 5 a 8π a
µ o I 10 5 − 8π µ I
a z + 1 a x ⇒ B P = o ⋅ (0,0398 a x − 0,0049 a z )
BP = ⋅
a 80 5π 8π a
7.11) a) Demonstrar, utilizando a lei de Biot Savart, que a expressão para o cálculo de um
campo magnético H em um ponto P qualquer devido a um elemento de corrente de
I
tamanho finito é dada por: H = (sen α1 + sen α 2 ) aφ , onde ρ é a menor
4πρ
distância do ponto P ao elemento de corrente.
b) Encontre a indução magnética B no centro de um hexágono regular de lado a,
conduzindo uma corrente I.
Resolução:
a)
I dL × a R
Lei de Biot-Savart: H = ∫ 4π R 2
,
R é o vetor dirigido do elemento diferencial
de corrente dz ao ponto P;
R
= R;
onde: (01)
a
R é um versor de R ;
dL é o elemento diferencial de comprimento
que indica a direcão de I.
R 2 2
= ρ a ρ − z az ; R = ρ + z ;
R ρ a ρ − z az
aR = (02)
= ;
R 2 2
ρ +z
dL = dz a z .
dz a z × ( ρ a ρ − z a z ) Iρ dz
H = I∫ ⇒H = ∫ aφ (03)
3 4π 3
4π ( ρ 2 + z 2 ) 2 (ρ 2 + z 2 ) 2
– Página 7.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
z = ρ tgα
Substituição de variáveis na integral: (04)
dz = ρ sec 2 α dα
α =α α =α
Iρ 1 ρ sec 2α dα I 1
dα
H =
4π ∫ ρ 3 sec 3α
aφ ⇒ H =
4π ρ ∫ secα
aφ
α = −α α = −α
2 2
α =α α =α
1 I
I 1
H =
4π ρ ∫ cos α dα a φ ⇒ H =
4π ρ
sen α
α = −α
aφ
α = −α 2
2
I
H = [ sen α1 + sen α 2 ] aφ (05)
4π ρ
b)
Cálculo de H AB :
α1 = α 2 = 30°;
I
H AB = [ sen α1 + sen α 2 ] aφ , onde ρ é a menor distância entre o centro (02)
4π ρ e o lado AB do hexágono.
Cálculo de ρ:
a a a 3
tg30° = ⇒ ρ = ⇒ ρ = (03)
2ρ 2 ⋅ tg30° 2
2I I
H AB = [ sen 30° + sen 30°] aφ ⇒ H AB = aφ (04)
4π a 3 2π a 3
– Página 7.18 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
3I 3I
H0 = aφ ⇒ H 0 = aφ
πa 3 πa
Cálculo de B 0 :
µoI 3
B0 = µo H0 ⇒ B0 = aφ
πa
– Página 7.19 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
CAPÍTUO 08
8.1) No circuito magnético abaixo, construído com uma liga de ferro-níquel, calcular a fmm
para que o fluxo no entreferro g seja de 300 [µWb]. Desprezar o espraiamento de fluxo
no entreferro.
Resolução:
φ = 300 [µ Wb ]
1
Analisando o circuito magnético acima, nota-se a existência de simetria entre seus braços
direito e esquerdo. Portanto, ℜ1 = ℜ2 ⇒ φ1 = φ2.
φ 3 = φ1 + φ 2 ⇒ φ 3 = 2φ1
(01)
NI − ℜ 3φ 3 = ℜ1φ1 + ℜ g φ1 ≈ NI − H3 3 = H1 1 + H g g
Cálculo de H1 :
φ φ 300 ⋅ 10 − 6
B1 = B g = 1 = 1 ⇒ B1 = B g = ⇒ B1 = B g = 0,75 [T ]
S1 Sg 4 ⋅ 10 − 4
– Página 8.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
Para B1 = 0,75 [T ] ⇒ H1 = 15 Ae
m
[ ] (02)
Cálculo de H g :
Bg 0,75
Hg =
µo
⇒ Hg =
−7
⇒ H g = 5,97 ⋅ 10 5 [Ae m] (03)
4π ⋅ 10
Cálculo de H3 :
De (01): φ3 = 2φ1 ⇒ φ3 =600 [µ Wb]
φ3 600 ⋅ 10 − 6
B3 = ⇒ B3 = ⇒ B 3 = 1,0 [T ]
S3 6 ⋅ 10 − 4
Para B 3 = 1,0 [T ] ⇒ H3 = 50 Ae
m
[ ] (04)
8.2) Dois circuitos condutores são constituídos por um fio reto bastante longo e uma espira
retangular de dimensões h e d. A espira pertence a um plano que passa pelo fio, sendo os
lados de comprimento h paralelos ao fio e distantes de r e r+d deste. Determinar a
expressão que fornece a indutância mútua entre os dois circuitos.
Resolução:
N 2φ12
M 12 = (01)
I1
Cálculo de φ12:
I1 µ I
H 12 = a φ ⇒ B12 = µ o H 12 ⇒ B12 = o 1 a φ
2πρ 2π ρ
– Página 8.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
r +d
µ o I1
φ12 = ∫ B12 • dS ⇒ φ12 = a φ (
∫ 2π ρ • hdρ aφ )
S ρ =r
µ o I1 h r + d dρ µ I h
φ12 = ⋅ ∫ ⇒ φ12 = o 1 ⋅ [ln ρ ]rρ+=dr
2π ρ 2π
ρ =r
µ o I1 h r +d
φ12 = ⋅ ln (02)
2π r
N 2φ12 N µ I h r + d 1 ⋅ µo h r + d
M12 = ⇒ M12 = 2 o 1 ⋅ ln ⇒ M12 = ⋅ ln
I1 2π I1 r 2π r
µo h r + d
M12 = ⋅ ln
2π r
8.3) Um filamento infinito estende-se sobre o eixo z, no espaço livre, e uma bobina quadrada
de N espiras é colocada na plano y = 0 com vértices em (b; 0; 0), (b+a; 0; 0), (b+a; 0; a) e
(b; 0; a).
Determinar a indutância mútua entre o filamento e a bobina em termos de a, b, N e µo.
Resolução:
N 2φ12
M 12 = (01)
I1
Cálculo de φ12:
I µoI
H = aφ ⇒ B = µ o H ⇒ B = ay
2πρ 2π x
b+a a
µoI
φ12 = ∫ B • dS ⇒ φ12 = ∫ ∫ 2π x • dxdza y
a y ( )
S x =b z =0
µoI b + a a
dxdz µ I
φ12 = ⋅ ∫ ∫ ⇒ φ12 = o ⋅ [ln x ]bx += ab ⋅ [z]za = 0
2π x 2π
x =b z =0
µoI a b +a
φ12 = ⋅ ln (02)
2π b
– Página 8.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
N 2φ12 Nµ o I a b + a Nµ o a b + a
M 12 = ⇒ M 12 = ⋅ ln ⇒ M12 = ⋅ ln
I1 2π I b 2π b
8.4) Dado o circuito magnético da figura abaixo, assumir B = 0,6 [T ] através da seção reta
da perna esquerda e determinar:
a) A queda de potencial magnético no ar ( Vm ar );
b) A queda de potencial magnético no aço-silício ( Vm aco );
c) A corrente que circula em uma bobina com 1250 espiras enroladas em volta da perna
esquerda.
Circuito elétrico análogo
Resolução:
B = 0,6 [T ]
1
Dados: 1 = 10 [cm]; 2 = 15 [cm], g = 0,6 [cm]
[ ]
S1 = 6 cm 2 ; S 2 = 4 cm 2[ ]
Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:
NI = ℜ1φ + 2ℜ 2φ + ℜ g φ
ou (01)
NI = H1 1 + 2 H 2 2 + H g g
Vm aco Vm ar
a) De (01):
Bg φ g
Vm ar = H g g ⇒ Vm ar = g ⇒ Vm ar = ⋅
µo Sg µo
B1 S1 g 0,6 ⋅ 6 ⋅ 10 − 4 ⋅ 0,6 ⋅ 10 − 2
Vm ar = ⋅ ⇒ Vm ar =
Sg µo 4 ⋅ 10 − 4 ⋅ 4π ⋅ 10 − 7
Vm ar = 4297,18 [Ae] (02)
– Página 8.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
b) De (01):
Vm aco = H1 1 + 2 H 2 2 (03)
Cálculo de H1 :
Cálculo de H 2 :
φ B1 S1 0,6 ⋅ 6 ⋅ 10 − 4
B2 = ⇒ B2 = ⇒ B2 = ⇒ B 2 = 0,9 [T ]
S2 S2 4 ⋅ 10 − 4
4355,18
NI = 58 + 4297,18 ⇒ I = ⇒ I = 3,48 [A ]
1250
8.5) Uma espira filamentar quadrada de corrente tem vértices nos pontos (0; 1; 0), (0; 1; 1),
(0; 2; 1) e (0; 2; 0). A corrente é de 10 [A] e flui no sentido horário quando a espira é
vista do eixo +x. Calcule o torque na espira quando esta é submetida :
a) a uma densidade de fluxo magnético B = 5a y ;
b) ao campo produzido por uma corrente filamentar de 10 [A] que flui ao longo do eixo
z no sentido + a z .
Resolução:
a) ( )
dT = I dS × B ⇒ T = I S × B ⇒ T = 10 − a x × 5a y ⇒ T = −50a z
– Página 8.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
Cálculo de B :
I I −I
B= aφ ⇒ B = (− ax ) ⇒ B = ax (02)
2πρ 2πρ 2πρ
Substituindo (02) em (01), temos:
−I
( )
dT = I − dxdya x ×
2πρ
a x ⇒ dT = 0 ⇒ T = 0
8.6) Suponha que o núcleo do material magnético da figura abaixo possui uma
permeabilidade relativa de 5000. O fluxo φ1 do braço esquerdo circula de a para b com
um comprimento médio de 1 m. O comprimento médio do braço direito é igual ao do
braço esquerdo. O braço central possui um comprimento médio de 0,4 m. Adotar a área
da seção reta de cada caminho igual a 0,01 m2 e o fluxo de dispersão desprezível.
Calcular a indutância própria da bobina 01 e a indutância mútua entre as bobinas 01 e
02.
Resolução:
Analisando o circuito magnético acima, nota-se a existência de simetria entre seus braços
direito e esquerdo. Portanto, ℜ1 = ℜ3.
Circuito elétrico análogo:
N1φ1
L1 = (01)
I1
N 2φ12 N φ
M12 = = 2 2 (02)
I1 I1
φ1 = φ 2 + φ 3
(03)
NI = ℜ1φ1 + ℜ 2φ 2 = ℜ1φ1 + ℜ 3φ 3
– Página 8.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
1 1
ℜ1 = ℜ 3 = = 3 ⇒ ℜ1 = ℜ 3 =
µ S1 µ S3 5000 ⋅ 4π ⋅ 10 − 7 ⋅ 0,01
ℜ1 = ℜ 3 = 15915 Ae
Wb
[ ] (04)
Cálculo de ℜ2:
0,4
ℜ2 =
2
µ S2
⇒ ℜ2 =
−7
⇒ ℜ 2 = 6366 Ae
Wb
[ ] (05)
5000 ⋅ 4π ⋅ 10 ⋅ 0,01
φ1 = 9,77 ⋅ 10 − 3 I1 (10)
e
−3
φ 2 = 6,98 ⋅ 10 I1 (11)
N1 ⋅ 9,77 ⋅ 10 − 3 I1
L1 = ⇒ L1 = 200 ⋅ 9,77 ⋅ 10 − 3 ⇒ L1 = 1,95 [H]
I1
e
Substituindo (11) em (02), temos:
N 2 ⋅ 6,98 ⋅ 10 − 3 I1
M12 = ⇒ M12 = 300 ⋅ 6,98 ⋅ 10 − 3 ⇒ M12 = 2,09 [H]
I1
– Página 8.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
8.7) Determinar a densidade de fluxo magnético ( B ) em cada uma das três pernas do
circuito magnético da figura abaixo. Assumir que, dentro do material ferromagnético do
núcleo, B é relacionado diretamente com H , através da expressão B = 200 H .
Resolução:
φ = φ1 + φ 2
3
N 1 I1 − ℜ1φ1 = N 2 I 2 − ℜ 2φ 2 = ℜ 3φ 3 + ℜ g φ 3 (01)
ou
N1I1 − H1 1 = N 2 I 2 − H 2 2 = H3 3 + H g g
Cálculo de ℜ1:
12 ⋅ 10 − 2
ℜ1 =
1
µ S1
⇒ ℜ1 =
−4
⇒ ℜ1 = 1,0 Ae
Wb
[ ] (02)
200 ⋅ 6 ⋅ 10
Cálculo de ℜ2:
10 ⋅ 10 − 2
ℜ2 =
2
⇒ ℜ2 = ⇒ ℜ 2 = 0,625 Ae
Wb
[ ] (03)
µ S2 200 ⋅ 8 ⋅ 10 − 4
– Página 8.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA
Cálculo de ℜ3:
5 ⋅ 10 − 2
ℜ3 =
3
µ S3
⇒ ℜ3 =
−4
⇒ ℜ 3 = 0,25 Ae
Wb
[ ] (04)
200 ⋅ 10 ⋅ 10
Cálculo de ℜg:
g 1 ⋅ 10 − 3
ℜg =
µ Sg
⇒ ℜg =
−7 −4
⇒ ℜ g = 7,957 ⋅ 10 5 [Ae Wb] (05)
4π ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10
φ 3 = −21,54 + 21,54 ⇒ φ 3 = 0
Cálculo de B1 :
φ − 21,54
B1 = 1 ⇒ B1 = ⇒ B1 = −3,59 ⋅ 10 4 [Wb]
S1 − 4
6 ⋅ 10
Cálculo de B 2 :
φ2 21,54
B2 = ⇒ B2 = ⇒ B 2 = 2,69 ⋅ 10 4 [Wb]
S2 −4
8 ⋅ 10
Cálculo de B 3 :
φ3
B3 = ⇒ B3 = 0
S3
– Página 8.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
CAPÍTULO 09
9.1) A figura abaixo mostra uma barra condutora paralela ao eixo y, que completa uma
malha através de contatos deslizantes com os condutores em y = 0 e em y = 0,05 [m].
a) Calcular a tensão induzida quando a barra está parada em x = 0,05 [m] e
B = 0,30 sen 104 t [T ] .
b) Repita o item acima supondo que a barra desloca-se com velocidade
v = 150 a x m .
s
[ ]
Resolução:
∂B
fem = ∫( )
v × B • dL − ∫ ∂t
• dS , onde B = 0,30 sen 10 4 t a z (01)
S
a) Barra parada ⇒ v = 0 ⇒ ∫ ( v × B ) • dL = 0
∂B
∴ fem = − ∫ • dS , onde dS = dxdy a z
∂t
S
0,05 0,05
∂
fem = − ∫ ∫ (0,30 sen 10 4 t) a z • dxdy a z
∂t
y =0 x =0
0,05 0,05
fem = − ∫ ∫ (0,30 ⋅ 10 4 ⋅ cos 10 4 t) dxdy
y =0 x =0
b) fem = ∫ (v × B) • dL − 7,5 ⋅ cos 10 4 t , onde dL = dy a y (02)
Cálculo de v × B :
v × B = vB sen 90°(−a y ) ⇒ v × B = −45 sen 10 4 t a y [T] (03)
– Página 9.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
0,05
4
fem = −45 sen 10 t ⋅ ∫ a y • dy a y − 7,5 ⋅ cos 10 4 t
y=0
9.2) Para o dispositivo mostrado abaixo, são dados: d = 5 [cm], B = 0,25 a z [T] e
v = 20 y a y [m s] . Se y = 4 [cm] em t = 0 [s], determinar as seguintes grandezas no
instante t = 0,06 [s]:
a) a velocidade v ;
b) a posição y da barra;
c) a diferença de potencial V12 medida pelo voltímetro;
d) A corrente I12 entrando pelo terminal 1 do voltímetro se a resistência deste é igual a
200 [KΩ].
Resolução:
Cálculo de v(t) :
dy dy dy
dt
= v = 20 y ⇒
y
= 20dt ⇒ ∫ y
= ∫ 20dt ⇒ 2 y = 20 t + C (01)
2 4 ⋅ 10 − 2 = 20 ⋅ 0 + C ⇒ C = 0,4 (02)
v = 200 ⋅ 0,06 + 4 ⇒ v = 16 [m s]
– Página 9.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
d
fem = −5 ⋅ ∫ ydx ⇒ fem = −5d y
x =0
V12 − 0,2
d) I12 = ⇒ I12 = ⇒ I12 = −1 [µA ]
Rv 200 ⋅ 10 3
9.3) Uma bobina de 50 espiras tem uma área de 20 [cm2] e gira em torno de um eixo situado
em um plano perpendicular a um campo magnético uniforme de 40 [mT].
a) Considerando que a bobina gira a uma velocidade de 360 [rpm], calcular o fluxo
máximo que atravessa a espira e o valor médio da fem induzida nesta bobina;
b) Considerando que a bobina está em repouso e seu plano é perpendicular ao campo,
determinar o valor médio da fem induzida na bobina, quando se retira o campo em
t = 0,004 [s];
c) Considerando que a bobina não se move e que seu plano forma um ângulo de 60o com
a direção do campo de indução, calcular o valor médio da fem induzida na bobina,
supondo que o campo de 40 [mT] se anula em t = 0,004 [s].
Resolução:
a)
Cálculo de φmax:
– Página 9.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
∆φ
fem med = − N ⋅ , onde ∆t é o tempo gasto para o fluxo variar de φmax até zero. (01)
∆t
Cálculo de ∆t:
1
360 ⋅ 60 voltas → 1s
1
⇒ ∆t = [s] (02)
1 volta → ∆t 24
4
(0 − 80 ⋅ 10 − 6 )
fem med = −50 ⋅ ⇒ fem med = 96 [mV]
1
24
∆φ
b) fem med = − N ⋅
∆t
(φ − φ inicial )
fem med = − N ⋅ final
∆t
(0 − φ max )
fem med = − N ⋅
∆t
(0 − 80 ⋅ 10 − 6 )
fem med = −50 ⋅
4 ⋅ 10 − 3
fem med = 1 [V ]
c)
∆φ
fem med = − N ⋅
∆t
(φ final − φ inicial ) (01)
fem med = − N ⋅
∆t
Cálculo de φ inicial :
(0 − 69,282 ⋅ 10 − 6 )
fem med = −50 ⋅ ⇒ fem med = 0,866 [V ]
4 ⋅ 10 − 3
– Página 9.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
Resolução:
∂D
Equação de Maxwell: ∇ × H = J + b (01)
∂t
ρ = 0 ⇒ J = 0;
Para o vácuo, temos: D = ε o E; (02)
B = µ H.
o
∂D 1 ∂E ∂E
∇×H = ⇒ ⋅ ∇ × B = εo ⋅ ⇒ ∇ × B = µ oε o ⋅ (03)
∂t µo ∂t ∂t
Cálculo de ∇ × B :
∂ Bz ∂ By ∂ By ∂ Bx
a x +
∂ Bx ∂ Bz
∇×B = − ∂z − ∂x a y + − a z
∂y ∂z ∂x ∂y
B x = K 1 sen(ω t − K 2 x) ⇒ B x = f (x);
onde: B y = K 1K 2 y cos(ω t − K 2 x) ⇒ B y = f (y);
B z = 0.
∂ By
∴∇× B = a z ⇒ ∇ × B = K 1K 22 y sen(ω t − K 2 x) a z (04)
∂x
Substituindo (04) em (03), temos:
∂E
K 1K 22 y sen(ω t − K 2 x) a z = µ o ε o ⋅
∂t
2
∂ E K1K 2 y
= ⋅ sen(ω t − K 2 x) a z
∂t µ oε o
K1K 22 y t
E= ⋅ ∫ [sen(ω t − K 2 x)dt ] a z
µ oε o
0
− K1K 22 y
E=
µ oε o
⋅ cos(ω t − K 2 x) a z [V m]
– Página 9.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
9.5) Os trilhos da figura abaixo estão separados por uma distância de 24 [cm] e
B = 0,3 cos(120π t) a z [ Wb m] . Sendo y = 0 em t = 0, encontrar a tensão V12 para
t = 2 [ms] , sendo:
a) v = 12 a y [m s] ;
b) v = 12 cos(10πt) a y [m s] .
Resolução:
2 ⋅10− 3
dy
v=
dt
⇒ y = ∫ v dt ⇒ y = ∫ 12dt ⇒ y = 0,024 [m]
t =0
Cálculo da fem:
∂B
fem = ∫( )
v × B • dL − ∫ ∂t
• dS (02)
S
Cálculo de v × B :
v × B = (12a y ) × [0,3 cos(120πt)] a z ⇒ v × B = 3,6 cos(120πt) a x (03)
∂B
Cálculo de :
∂t
∂B ∂
= [0,3 cos (120πt)] a z ⇒ ∂ B = −36π sen(120πt) a z (04)
∂t ∂t ∂t
∴ y = 0,024 [m ]
Cálculo da fem:
∂B
fem = ∫ (v × B) • dL − ∫ ∂ t • dS (02)
S
Cálculo de v × B :
v × B = [12 cos(10πt) a y ] × [0,3 cos(120πt)] a z
v × B = 3,6 cos(10πt) cos(120πt) a x (03)
∂B
Cálculo de :
∂t
∂B ∂ ∂B
= [0,3 cos(120πt)] a z ⇒ = −36π sen(120πt) a z (04)
∂t ∂t ∂t
– Página 9.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
9.6) Na figura abaixo, B é constante com o tempo, mas não é uniforme no espaço. Encontrar
a leitura V12 do voltímetro no instante t = 0,2 [s] se L = 0,4 [m] e:
a) y = 10t [m] e B = y a z [T];
2
b) y = 50t2 [m] e B = y a z [T];
2
c) y = 50t2 [m] e B = 1 (x − y ) a z [T].
2
Resolução:
a) Cálculo de v(t ) :
v (t ) =
dy
dt
a y ⇒ v (t ) =
d
dt
(10t ) a y ⇒ v (t ) = 10a y [m s ]
Cálculo de v × B :
y
v × B = 10a y × a z ⇒ v × B = 5 ya x (03)
2
L
fem = ( )
∫ 5ya x • − dxa x ⇒ fem = ∫ − 5ydx ⇒ fem = −5yL
x =0
∴ fem = −50tL [V] (04)
b) Cálculo de v(t ) :
v (t ) =
dy
dt
a y ⇒ v (t ) =
d
dt
( )
50 t 2 a y ⇒ v (t ) = 100 t a y [m s ]
– Página 9.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
Cálculo de v × B :
y
v × B = 100 t a y × a z ⇒ v × B = 50 ty a x (03)
2
L
fem = ∫ 50tya x ( )
• − dxa x ⇒ fem = ∫ − 50tydx ⇒ fem = −50tyL
x =0
∴ fem = −2500 t 3 L [V ] (04)
c) Cálculo de v(t) :
v (t ) =
dy
dt
a y ⇒ v (t ) =
d
dt
( )
50 t 2 a y ⇒ v (t ) = 100 t a y [m s ]
Cálculo de v × B :
1
v × B = 100 t a y × (x − y ) a z ⇒ v × B = 50 t (x − y ) a x (03)
2
L
fem = ( )
∫ 50t(x − y ) a x • − dxa x ⇒ fem = ∫ − 50t(x − y )dx
x =0
fem = 2500 ⋅ (0,2 )3 ⋅ 0,4 − 25 ⋅ 0,2 ⋅ (0,4 )2 ⇒ fem = 8,0 − 0,8 ⇒ fem = 7,2 [V ] (05)
– Página 9.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
9.7) O circuito mostrado na figura abaixo representa uma bobina de N espiras, resistência
total R ocupando uma área igual a S submetida a um campo de indução magnética B
indicado. Se a magnitude original deste campo (Bo) for reduzida a um quinto num
intervalo de tempo ∆t, determinar:
a) O valor médio da fem induzida no circuito;
b) A direção e sentido da fem induzida (indicar na figura);
c) O valor médio da corrente;
d) A carga total que flui neste intervalo de tempo;
e) A quantidade de energia que foi requerida para mudar a magnitude do campo
magnético.
B inicial = B o
Dados:
Bo
B final =
5
Resolução:
a) 1o modo:
∂ B
fem = N ⋅ ∫ ( )
v × B • dL − N ⋅ ∫
∂t
• dS; v = 0
S
∂ B ∂B dB
fem = − N ⋅ ∫ • dS ⇒ fem = − N ⋅ ∫ ⋅ d S ⇒ fem = − N S⋅
∂t ∂t dt
S S
∆B B − B inicial
fem média = − N S⋅ ⇒ fem média = − N S⋅ final
∆t ∆t
NS B 4N B o S
fem média = − ⋅ o − B o ⇒ fem média =
∆t 5 5∆ t
2o modo:
∆φ
fem med = − N ⋅ , onde φ = BS
∆t
∆B B − B inicial
∴ fem média = − N S⋅ ⇒ fem média = − N S⋅ final
∆t ∆t
NS B 4N B oS
fem média = − ⋅ o − B o ⇒ fem média =
∆t 5 5∆ t
– Página 9.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
b) A fem gerada na bobina deve apresentar uma orientação de modo a reforçar o campo de
indução B . Portanto, conclui-se que esta orientação deve seguir o sentido horário, conforme
indicado na figura.
fem 4N B oS
c) I = ⇒ I =
R 5R ∆ t
d) A carga total que flui no intervalo ∆t pode ser representada por QT = ∆Q.
4N B oS ∆Q
Do item (c), sabemos que I = e que I = .
5R ∆ t ∆t
Portanto:
∆Q 4 N B o S 4N B o S
= ⇒ ∆Q =
∆t 5R ∆ t 5R
4N B o S 4N B o S 15 N 2 B o2 S 2
∆W = fem ⋅ I ⋅ ∆t ⇒ ∆W = ⋅ ⋅ ∆ t ⇒ ∆W =
5∆ t 5R∆ t 25R∆ t
9.8) Uma bobina retangular de 6×12 [cm2] com N = 100 espiras gira em um campo
magnético variável dado por B = 0,6 sen(377 t ) [T ]. A velocidade angular da espira é de
ω = 60 [rps]. Pede-se determinar a tensão induzida na bobina.
Resolução:
[ s ]:
Cálculo de ω em rad
1 rps → 2π rad
s
⇒ ω = 377 rad[ ]s
60 rps → ω
∂ B
( )
fem = N ⋅ ∫ v × B • dL − N ⋅ ∫
∂t
• dS (01)
S
– Página 9.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
A inspeção da figura relativa à visão frontal da bobina revela que os ângulos entre B e v e
entre B e dS são iguais. Desta maneira, podemos designar este ângulo θ como sendo θ = ωt.
( )
Cálculo de v × B • dL :
(v × B ) • dL = vB sen θ ⋅ dL cos 0° ⇒ (v × B ) • dL = ω R B dL sen ω t
(v × B ) • dL = 0,6ω R sen2 (377t )dL (02)
∂ B
Cálculo de • dS :
∂t
∂ B ∂B ∂ B ∂
• dS = dS cos θ ⇒ • dS = [0,6 sen(377 t )]dS cos(ω t )
∂t ∂t ∂t ∂t
∂ B ∂ B
• dS = 0,6 ⋅ 377 cos 2 (377 t )dS ⇒ • dS = 226,2 cos 2 (377 t )dS (03)
∂t ∂t
fem = 100 ⋅ ∫ 0,6ω R sen 2 (377 t )dL − 100 ⋅ ∫ 226,2 cos 2 (377 t )dS
S
0,12
2 2
fem = 60ω R sen (377 t ) ⋅ 2 ⋅ ∫ dL − 22620 S cos (377 t )
0
– Página 9.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
9.9) Um campo magnético uniforme B = 100 [mT] estende-se sobre uma área quadrada de
100 [mm] de lado, como mostra a figura abaixo, com campo nulo do lado de fora do
quadrado. Uma espira retangular de fio de 40 [mm] por 80 [mm], com velocidade
[ ]
v = 100 mm , é movimentada em direção à área de ação do campo (ver figura).
s
Determinar a fem induzida na espira, plotando os resultados em um gráfico de fem x
distância x, para − 20 [mm] ≤ x ≤ 120 [mm] .
Resolução:
fem = ∫ (v × B ) • dL (01)
Cálculo de v × B :
v × B = vB sen 90° − a y ( ) (02)
– Página 9.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
0,4
80
x [mm]
–20 20 40 60 100 120
–0,4
9.10) Uma espira retangular, girando na presença de um campo magnético uniforme B , está
equipada com um comutador de dois segmentos, como na figura, e, por isso, pode
funcionar tanto como um gerador cc como um motor cc.
a) Se a espira girar a F [rps], encontre a tensão média cc gerada (gerador);
b) Se uma corrente I fluir na espira, encontre o torque médio (motor);
c) Se a corrente fluir como indicado na figura, encontrar o sentido de rotação.
Resolução:
∂ B
a) fem = ∫( )
v × B • dL − ∫ ∂t • dS; B = cte
S
∴ fem = ∫( )
v × B • dL (01)
( )
Cálculo de v × B • dL :
(v × B ) • dL
( )
= vB sen θ ⋅ dL cos 0 ° ⇒ v × B • dL = ω R B dL sen ω t (02)
– Página 9.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
∴ fem(t ) = 4π F R B sen ω t
T
2
2
fem média = ⋅ ∫ fem(t )dω t, onde T é o periodo;
T
0
π π
1
∴ fem média =
π
⋅ ∫ 4π F R B sen ω t dω t ⇒ fem média = 4 F R B⋅ ∫ sen ω t dω t
0 0
fem média = 8 F R B
π π
1 2 RI B
∴ Tmédio =
π
⋅ ∫ 2 RI B sen ω t dω t ⇒ Tmédio = π
⋅ ∫ sen ω t dω t
0 0
4 RI B
Tmédio =
π
c)
A Figura1 indica que não existe conjugado quando a espira está na posição vertical. As
Figuras2 e 3 indicam que, em qualquer outra posição existe um conjugado resultante que tende a
girar a espira no sentido horário.
– Página 9.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
9.11) A figura abaixo mostra a região de atuação dos campos elétrico e magnético dados,
respectivamente, por: E = E o a y e B = B o a z , sendo Eo e Bo constantes. Uma pequena carga
teste Q com massa m é colocada em repouso na origem no instante t = 0. Determinar:
a) A equação da velocidade v (x; y; z ) da carga em um instante t qualquer;
b) A equação da posição P(x; y; z ) da carga em um instante t qualquer.
Resolução:
F = QE ; F = Q v × B
E M
a) F E + F M = ma , onde: .
a = d v ; v = v a x + v a y
x y
dt
[ (
QE + v × B ) ] = m ddtv ⇒ Q[Eo a y + (v × B o a z ) ] = m dtd (v x a x + v y a y )
[( )
Q Eo a y + Q v x a x + v y a y × B o a z = m ] d
dt
(
vx ax + vy ay )
d vx d vy
Q E o a y − Q v x B o a y + Q v yB o a x = m ax + m ay
dt dt
d vx d vy
Q v yB o a x + (Q E o − Q v x B o ) a y = m ax + m ay (01)
dt dt
d vx d vx Q Bo
Q v y B o = m ⇒ = vy
dt dt m
d vy d vy Q Eo Q B o
Q E o − Q v x B o = m ⇒ = − vx
dt dt m m
– Página 9.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
d v 1 d vx
x
= α vy ⇒ vy = ⋅ (02)
Q Bo dt α dt
Seja α = ⇒
m d v y Q Eo d vy E
= − α vx ⇒ = α ⋅ o − α vx (03)
dt m dt Bo
d 1 d vx Eo d2 vx E
⋅ = α ⋅ − α vx ⇒ = α 2 ⋅ o − α 2 vx (04)
dt α dt Bo 2 Bo
dt
d vx
= − Aα sen α t + Bα cos α t (06)
dt
d2 vx (07)
= − Aα 2 cos α t + Bα 2 sen α t
dt 2
Eo
− Aα 2 cos α t + Bα 2 sen α t = α 2 ⋅ − α 2 (A cos α t + B sen α t + C )
Bo
Eo
∴C = (08)
Bo
Eo
v x = A cos α t + B sen α t + (09)
Bo
1
vy = ⋅ (− A sen α t + B cos α t ) (10)
α
Condições iniciais para a solução de (09) e (10): vx = vy = 0 em t = 0 (11)
Substituindo (11) em (09) e em (10), temos:
Eo Eo
v x = 0 = A + 0 + B ⇒ A = − B
o o
(12)
v y = 0 = 0 + B ⇒ B = 0
– Página 9.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL
Eo Eo Eo
v x = − B ⋅ cos α t + B ⇒ v x = B ⋅ (1 − cos α t )
o o o
Eo
v y = ⋅ sen α t
Bo
v z = 0
Portanto: v =
Eo
Bo
[
⋅ (1 − cos α t ) a x + sen α t a y ]
dx Eo
b) vx =
dt
⇒ x = ∫ v x dt ⇒ x = ∫ B o ⋅ (1 − cos α t ) dt
E E
∴ x = o t − o sen α t + D (01)
Bo α Bo
dy Eo Eo
vy =
dt
⇒ y = ∫ v y dt ⇒ y = ∫ B o sen α t dt ⇒ y = −
α Bo
cos α t + E (02)
x = 0 = 0 − 0 + D ⇒ D = 0
(04)
Eo Eo
y = 0 = − α B + E ⇒ E = α B
o o
Eo 1
x = ⋅ t − ⋅ sen α t
Bo α
Eo
y = ⋅ (1 − cos α t )
α B o
z = 0
E 1 Eo
Portanto: P(x; y; z ) = x = o ⋅ t − sen α t ; y = ⋅ (1 − cos α t ); z = 0
Bo α α Bo
– Página 9.18 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
Anexo 01 – CURVAS B-H