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Azevedo Neves
História Trágico-Marítima
Autores
Funções
(objeLvos)
Inicialmente
Século XVIII
4. Ataque corsário • Relato da parcial destruição da nau por obra de navios inimigos
(corsários franceses)
Atores
Individuais ColeLvos
Marinheiros portugueses
Jorge de Albuquerque Coelho
• ACtude guerreira perante
• Chefe militar de uma condições adversas
capitania • Falta de preparação e de
• Carácter nobre e ilustre recursos para a guerra
• Abnegado, esforçado e
perseverante Corsários franceses
• Numerosos e bem preparados
para o confronto
Análise de um pequeno excerto
p.315-316
Jorge de Albuquerque Coelho –
nomeado chefe militar da capitania:
• Aventurou-se;
• Esforçou-se;
• Arriscou a vida;
• Cumpriu os seus deveres.
[...] Protagonista
desta
narraCva
p.318-319]
Excesso de carga
Ambição,
ganância,
vontade de
enriquecer
depressa
Falta de
condições
das naus
Carácter do
protagonista:
solidariedade,
abnegação,
liderança.
Ataque dos
franceses e
incapacidade
de defesa eficaz
A nau resisCu 3 dias e foi apenas pela traição que a nau portuguesa teve que se render.
Análise de um pequeno excerto Qual é o TEMA
do excerto?
p.324-325
Às dez, escureceu por completo; parecia noite. O negro mar, em
redor, todo se cobria de espumas brancas; o estrondo era tanto, – do mar • “escureceu por
e do vento, – que uns aos outros se não ouviam. completo”
Nisto, levanta-se de lá uma vaga alQssima, toda negra por baixo, • “negro mar”
coroada de espumas; e, dando na proa com um borbotão do vento, galga • “espumas
sobre ela, a submerge, e arrasa. Estrondeando e parCndo, leva o mastro brancas”
do traquete com a sua verga e enxárcia; leva a cevadeira, o castelo de • “estrondo”
proa, as âncoras; esClhaça a ponte, o batel, o beque, arrebatando • “vento”
pessoas, manCmentos, pipas. Tudo se quebra e lá vai no escuro. A nau, • “vaga al=ssima,
até o mastro grande, fica rasa e submersa, e mais de meia hora debaixo toda negra por
de água. baixo, coroada
Os sobreviventes, que se arrastavam pávidos, confluem a um padre de espumas”
que se acha a bordo e atropela as rezas e as confissões. • “borbotão do
Um relâmpago risca, ilumina a treva: veem-se todos de joelhos, com vento”
as mãos no ar, a pedir misericórdia e a clamar por Deus. • “Estrondeando
Jorge de Albuquerque, como de costume, falava aos outros para lhes e par0ndo”
dar coragem. Confiassem em Deus, – e ao mesmo tempo fossem dando à • “relâmpago”
bomba, esgotando a água que invadira o convés.
Tema da
TEMPESTADE
Quais são as
ideias principais
do texto?
Às dez, escureceu por completo; parecia noite. O negro mar, em
redor, todo se cobria de espumas brancas; o estrondo era tanto, – do mar
e do vento, – que uns aos outros se não ouviam.
Nisto, levanta-se de lá uma vaga alQssima, toda negra por baixo, 1.ª ideia
coroada de espumas; e, dando na proa com um borbotão do vento, galga Tempestade e danos
sobre ela, a submerge, e arrasa. Estrondeando e parCndo, leva o mastro por ela provocados
do traquete com a sua verga e enxárcia; leva a cevadeira, o castelo de
proa, as âncoras; esClhaça a ponte, o batel, o beque, arrebatando
pessoas, manCmentos, pipas. Tudo se quebra e lá vai no escuro. A nau,
2.ª ideia
até o mastro grande, fica rasa e submersa, e mais de meia hora debaixo
Reação dos
de água.
marinheiros
Os sobreviventes, que se arrastavam pávidos, confluem a um padre
(desespero, confissão
que se acha a bordo e atropela as rezas e as confissões.
pública de pecados)
Um relâmpago risca, ilumina a treva: veem-se todos de joelhos, com
vs.
as mãos no ar, a pedir misericórdia e a clamar por Deus.
Reação de Jorge de
Jorge de Albuquerque, como de costume, falava aos outros para lhes
Albuquerque Coelho
dar coragem. Confiassem em Deus, – e ao mesmo tempo fossem dando à
(calma, firmeza
bomba, esgotando a água que invadira o convés.
na liderança)
Que recursos contribuem
para conferir visualismo
à descrição da
tempestade?
Às dez, escureceu por completo; parecia noite. O negro mar, em
redor, todo se cobria de espumas brancas; o estrondo era tanto, – do mar Vocabulário sugesLvo
e do vento, – que uns aos outros se não ouviam. (sensações visuais e
Nisto, levanta-se de lá uma vaga alQssima, toda negra por baixo, audiCvas)
coroada de espumas; e, dando na proa com um borbotão do vento, galga “escureceu por
sobre ela, a submerge, e arrasa. Estrondeando e parCndo, leva o mastro completo”
do traquete com a sua verga e enxárcia; leva a cevadeira, o castelo de
proa, as âncoras; esClhaça a ponte, o batel, o beque, arrebatando “espumas brancas”
pessoas, manCmentos, pipas. Tudo se quebra e lá vai no escuro. A nau, “toda negra”
até o mastro grande, fica rasa e submersa, e mais de meia hora debaixo
de água. Presente histórico
Os sobreviventes, que se arrastavam pávidos, confluem a um padre (valor de
que se acha a bordo e atropela as rezas e as confissões. presenCficação)
Um relâmpago risca, ilumina a treva: veem-se todos de joelhos, com
Gerúndio
as mãos no ar, a pedir misericórdia e a clamar por Deus.
(valor de
Jorge de Albuquerque, como de costume, falava aos outros para lhes
conCnuidade)
dar coragem. Confiassem em Deus, – e ao mesmo tempo fossem dando à
bomba, esgotando a água que invadira o convés. Enumeração
(geralmente
História Trágico-Marí0ma, Narra0vas de Naufrágios da Época das Conquistas
(adapt. António Sérgio), Porto, Porto Editora, 2015 [p. 124]
assindéCca)
Metáfora
Qual é o UNIVERSO
DE REFERÊNCIA
Às dez, escureceu por completo; parecia noite. O negro mar, em representado
redor, todo se cobria de espumas brancas; o estrondo era tanto, – do no excerto?
mar e do vento, – que uns aos outros se não ouviam.
Nisto, levanta-se de lá uma vaga alQssima, toda negra por baixo,
coroada de espumas; e, dando na proa com um borbotão do vento, Viagem de regresso de
galga sobre ela, a submerge, e arrasa. Estrondeando e parCndo, leva o Jorge de Albuquerque
mastro do traquete com a sua verga e enxárcia; leva a cevadeira, o Coelho e restantes
castelo de proa, as âncoras; esClhaça a ponte, o batel, o beque, marinheiros a Portugal,
arrebatando pessoas, manCmentos, pipas. Tudo se quebra e lá vai no por mar, em 1565
escuro. A nau, até o mastro grande, fica rasa e submersa, e mais de meia
hora debaixo de água.
Os sobreviventes, que se arrastavam pávidos, confluem a um padre • Acontecimento
que se acha a bordo e atropela as rezas e as confissões. verídico
Um relâmpago risca, ilumina a treva: veem-se todos de joelhos, com • Relato com carácter
as mãos no ar, a pedir misericórdia e a clamar por Deus. dramáLco, suscekvel
Jorge de Albuquerque, como de costume, falava aos outros para de emocionar a
lhes dar coragem. Confiassem em Deus, – e ao mesmo tempo fossem opinião pública
dando à bomba, esgotando a água que invadira o convés. • Viagem associada
às aventuras e
desventuras dos
Descobrimentos
p.327-329
O carácter do
protagonista:
• Apaziguador;
• Líder.
[…]
Envelhecimento
precoce de Jorge de
Albuquerque devido
à sua história trágica.
Tópicos de análise
Integrado no capítulo V – “As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque
Coelho (1565)”, este texto apresenta as seguintes caracterísCcas:
• os acontecimentos narrados apresentam semelhanças relaCvamente aos
acontecimentos contados noutros relatos de naufrágios (descrição da
tempestade em que a nau se encontra envolvida e dos danos que daí
derivam, apresentação de cenas de desespero e confissões públicas de
pecados);
Tópicos de análise (cont.)
Compilação e adaptação de recursos dos Manuais Outras Expressões e Encontros (Porto Editora) e Mensagens (Texto Editora)