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032 de Julho de 2018

TADEL – Pib Comodoro.

Marcas de uma igreja saudável


João 17
Para pensar.
O capítulo 17 do Evangelho de João relata o momento mais marcante do relacionamento de Jesus com
os seus discípulos, a grande oração do Senhor Jesus por eles, marcando o fim de seu ministério terreno.
O capítulo 17 de João começa com as palavras: “Depois de assim falar” (v.1) referindo-se a tudo o que
está contido nos capítulos 14, 15 e 16. Esses capítulos relatam um rico tempo de Jesus com Seus apóstolos,
onde Jesus fez profundas e ricas promessas a eles. Então, Jesus segue imediatamente com esta oração.
Esta é a única oração de Jesus que nós temos realmente as palavras. Quando Ele começou Seu
ministério público, logo após seu batismo, “cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo 1
Espírito ao deserto e quarenta dias foi tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma”
(Lc.4.1-2). Foram quarenta dias de jejum e comunhão com o Pai.
Antes de escolher os doze apóstolos “subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus” (Lc.
6.12).
Certa vez “tomou consigo a Pedro, a João e a Tiago, e subiu ao monte a orar. E, estando ele orando,
transfigurou-se a aparência do seu rosto, e a sua roupa ficou branca e mui resplandecente” (Lc.9.28-29).
Foi uma vida diária com este nível de comunhão com o Pai. Mas não há nenhum registro de tal oração
como esta em João 17. As demais orações, exceto apenas algumas palavras breves, não foram escritas para nós.
E assim esta oração tem um significado monumental, pois foi integralmente escrita para nós.
Jesus estava falando com o Pai sobre três assuntos: Versículos 1-5 sobre Si mesmo, versículos 6 a 19
sobre os Seus apóstolos e os versículos 20-26 em relação a todos os que viriam a crer nele. É uma oração
abrangente.

Ao orar pelos seus discípulos Jesus estava orando pela igreja, é o conteúdo de sua oração pode ser
resumido em uma ideia vitalidade. Jesus estava dando a sua vida para a vida de Deus fluísse através da vida dos
seus discípulos. Pois, um dos desejos do coração de Deus é que a sua igreja manifeste da sua vida aqui na terra.
Agora é interessante observar as marcas apontadas por Cristo para a vitalidade da sua Igreja aqui na
terra. Essas marcas são:
Primeira marca
Uma igreja de autoridade espiritual.
“Pois lhe deste autoridade sobre toda a humanidade para que conceda a vida eterna a todos os que
lhe deste”. v.2

Autoridade é precisamente o poder de Deus. O Pai transfere essa autoridade de Deus a Jesus e Jesus aos
seus discípulos. Por isso, a sua promessa: “Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras
que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai”. Jo.14.12
A palavra autoridade aqui significa subjetivamente privilégio, força, capacidade, competência,
liberdade. E objetivamente domínio, controle, influência delegada. Refere-se a “poder concedido”, “poder
delegado”, “operar em uma jurisdição sob designação”. A ideia é de algo que não tem origem em nós, mas um
privilégio que nós recebemos. Algo de que somos investidos e revestidos.
Autoridade significa o direito de agir, habilidade, privilégio, capacidade, autoridade delegada. Essa
liberdade de agir abrange dois aspectos físico e espiritual. No aspecto físico diz respeito à permissão delegada
de reger (conduzir/dirigir), governar (administrar), ir à diante, comandar (liderar), ter autoridade sobre
jurisdição determinada. E no aspecto espiritual diz respeito o direito de usar “dunamis” – poder.
Jesus deu a seus seguidores autoridade para pregar, ensinar, curar e libertar (Mt.28.15), e essa autoridade
nunca foi rescindida. É o empoderamento (autorização) delegado por Jesus através do Espirito Santo, para
operar em uma jurisdição designada, refere-se à autoridade de Deus dada aos seus santos - autorizando-os a agir
na medida em que eles são guiados pela fé (sua Palavra revelada).

Pib Comodoro/MT
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A autoridade espiritual abrange dois aspectos: funcional e em geral. No aspecto funcional significa a
permissão para governar, ou seja, o poder de comandar e ser obedecido. É o direito de exercer a autoridade.
Indica o poder para agir que alguém recebe em virtude da posição que detém. A possibilidade ou liberdade
irrestrita de ação. Direito de agir. Ter plenos poderes de autoridade.
Já no aspecto geral é autorização para usar o poder o qual fomos investidos por Jesus e revestidos pelo
Espírito Santo, ou seja, a capacidade para realizar algo espiritual.
Segunda marca
Uma igreja de conhecimento espiritual
“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele
que tu enviaste”. v.3
2
O Conhecer que Jesus se refere aqui não está vinculado à razão, mas, sim a experiência
relacional. Conhecer significa um apreender essencial mediante uma entrega viva e um relacionamento vivo. O
Deus santo e verdadeiro jamais pode ser objeto de nosso conhecimento intelectual, de nossa investigação
científica. Deus, porém, nos concede o encontro com ele naquele, a quem enviou, Jesus Cristo.
Por isso, a oração de Jesus não denota adição, juntando duas grandezas distintas. Não reconhecemos
primeiro a Deus e em segundo lugar a Jesus Cristo, mas em Jesus encontramos o único Deus verdadeiro.
Jesus não veio inaugurar uma religião, ele veio nos revelar o pai: "Eu revelei teu nome àqueles que do
mundo me deste...”. v.6 NVI
Na Bíblia, o "nome" refere-se à "natureza", pois muitas vezes os nomes são dados para revelar algo
especial sobre a natureza da pessoa que recebe a designação. A declaração: "manifestei o teu nome" significa
"revelei a natureza de Deus".
Um dos ministérios do Filho era revelar o Pai (Jo.1.18). O termo grego traduzido por "manifestar"
significa "desdobrar, conduzir, mostrar o caminho". Jesus não revelou o Pai instantaneamente, em um esplendor
de glória, pois seus discípulos não poderiam ter suportado tal experiência. Aos poucos, por meio de suas
palavras e atos, ele lhes revelou a natureza de Deus, à medida que se mostraram capazes de assimilá-la
(Jo.16.12). Jesus veio nos trazer um conhecimento espiritual sobre Deus e sobre nós.
Os crentes não sabem que são em Cristo Jesus. Não conhecem a Deus e nem o seu poder. Não há como
crescermos como igreja de maneira saudável sem conhecermos a Deus e a nós mesmos no mundo espiritual. E
sabe como recebemos conhecimento de Deus e de nós mesmos? Através de relacionamento com Deus.
E nos relacionamos com Deus através da intimidade da oração e meditação na palavra dele. Era isso que
Jesus queria deixar gravado no coração dos seus discípulos. Ele sabia que tudo o que ele havia dito no último
dia com seus discípulos, todas as verdades e todas as promessas que fez, apenas aconteceria no poder e na
vontade do Pai, e assim ele ora por isto.
Nós podemos fazer tudo o que pudermos para o Reino de Deus: Promover, ministrar, pregar, instruir,
aconselhar e evangelizar. Mas no final de tudo isso, nada realmente acontece a menos o que Deus quer e se
move a fazer. E assim todos nós somos chamados à oração. A oração deve ser a base de tudo que nos movemos
a fazer.
Calvino escreveu: “A verdade não tem poder a menos que a eficácia seja dada a ela a partir dos Céus”.
Jesus expôs esta verdade muitas vezes. É por isso que a base de tudo deve ser a oração e a Palavra. Assim Jesus
clama ao Pai para cumprir tudo o que prometeu. A oração é a base de tudo: “Levantando seus olhos ao céu,
disse: Pai…” (v.1), uma postura comum de oração, Ele identifica a Deus como Pai, tal como nos versículos 5,
versículo 21 e versículo 24.
A vida eterna não é apenas uma duração de vida, mas também um tipo de vida. É uma vida. Uma vida
definida como conhecer a Deus, conhecê-Lo no sentido mais pleno, conhecê-Lo por único Deus verdadeiro,
através de Jesus Cristo, a quem Ele enviou. Uma vida de intimidade com o Criador.
O maior milagre que podemos experimentar é a comunhão pessoal com o Deus vivo, tanto no tempo
presente como na eternidade. Todos aqueles que conhecem e amam a Jesus Cristo, tem sido dado o direito, pela
fé, de acesso imediato ao trono de Deus.
Agora algo que deve nos chamar atenção neste texto é o fundamento sobre qual o nosso relacionamento
com Deus está fundamentado, ou seja, qual é a sua base. Esse é outro conhecimento espiritual que não podemos

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ignorar. Veja o que Jesus diz no verso 4: “Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para
fazer”. NVI
Nosso relacionamento com Deus não depende de nosso próprio caráter ou conduta. Mas, da obra de
Cristo na cruz por nós. Pare e pense um pouco: Se o Salvador, limitado num corpo humano, foi capaz de
guardar os seus enquanto estava aqui na Terra, acaso não poderia guardá-los agora que se encontra glorificado
no céu? O Filho e o Pai, com o Espírito Santo, certamente são capazes de guardar e de proteger o povo de
Deus!
Além disso, o povo de Deus é a dádiva do Pai para seu Filho. Acaso o Pai daria ao Filho um presente
que não fosse duradouro? Os discípulos haviam pertencido ao Pai pela criação e pela aliança (pois eram
judeus), mas agora pertenciam ao Filho. Somos extremamente preciosos a seus olhos! Ele cuida de nós e, neste
exato momento, está orando por nós! Sempre que nos sentirmos abandonados pelo Senhor ou que
pensarmos que seu amor está distante, podemos ler Romanos 8.28-39 e nos regozijar! 3

Terceira marca
Uma igreja de propriedade divina.
“Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus, e tu me deste; e
guardaram a tua palavra...”.v.6
“Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me tens dado, porque são teus”. v.9

Podemos na prática, sermos igrejas de Jesus sem Jesus! Ap.3.14-22

Quarta marca
Uma igreja de provisão sobrenatural.
“Agora eles sabem que tudo o que me deste vem de ti. Pois eu lhes transmiti as palavras que me
deste, e eles as aceitaram. Eles reconheceram de fato que vim de ti e creram que me enviaste....”.v.7-8 NVI
“Tudo o que tenho é teu, e tudo o que tens é meu. E eu tenho sido glorificado por meio deles”.
v.10 NVI
Quem anda com Cristo experimenta provisões sobrenaturais. As promessas da Palavra de Deus são –
Ajuda em nossas fraquezas: “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não
sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos
inexprimíveis”. Rm.8.26.
Temos a intercessão fiel pelo Espírito de Deus que habita em nós, com palavras que não podem ser
proferidas. E Suas orações são sempre respondidas porque Ele sempre ora a vontade de Deus.
E há mais. Além de tudo isso, Jesus Cristo, sentado à direita do Pai, a Bíblia diz que Ele vive sempre
intercedendo por nós: “Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à
direita de Deus, e também intercede por nós”. Rm.8.34.
“Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para
interceder por eles”. Hb.7.25.
Nosso bendito Salvador está constantemente e incessantemente orando por nós, sempre de acordo com a
vontade e o propósito de Deus e sempre com a resposta adequada do próprio Deus. Que promessa!
Satanás nos acusa diante do Pai, mas Jesus é aquele que intercede por nós e destrói o poder do acusador:
“Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador
de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”. Ap.12.10.
Foi sua morte e ressurreição que nos deu a vida. É a sua intercessão que sustenta a vida, muitas vezes
em resposta às acusações de Satanás. Ele é quem sustenta a nossa salvação, nos justifica e nos dá a vida eterna
Tt.3.7.

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Acho que às vezes, como crentes, temos a tendência de pensar que a maior obra de Cristo foi feita no
passado e agora ele pode descansar um pouco. Não é assim. Ele vive sempre com um envolvimento constante
por nossas vidas e uma intercessão incessante em nome de cada filho de Deus.
Deus proveu os recursos divinos para que possamos glorificá-lo e ser fiéis. Temos sua Palavra (Jo.17.7-
8), e ela nos revela tudo o que possuímos em Jesus Cristo. A palavra dá fé e segurança. Temos o Filho de Deus
intercedendo por nós (Hb.4.14-16). Uma vez que o Pai sempre responde às orações do Filho (Jo.11.41- 42), este
ministério intercessor ajuda a nos manter seguros e protegidos.
Os discípulos tinham dependido do Mestre amado em tudo. Mas Jesus estava indo embora. Os
discípulos tiveram a sensação de que ficariam dependendo de suas próprias forças. Era uma realidade
surpreendente e assustadora para eles, mesmo que Jesus tivesse lhes prometido que enviaria o Consolador, o
Espírito Santo, e todas as promessas contidas nos capítulos 13 a 16 de João.
Cristo tinha sido o guia deles por três anos. Jesus podia ser visto, seguido, ouvido, tocado e 4
questionado. Ele estava sempre presente. Ele era um amigo suficiente. Ele os tinha acolhido em suas
fraquezas. Ele os havia protegido do mal. Ele os amou com amor sobrenatural. E eles tinham experimentado a
sua força e a Sua mansidão. Eles experimentaram o fato de que Ele tinha uma palavra para cada ocasião e uma
resposta para todos os problemas. O pensamento de perdê-lo era paralisante.
Quinta marca
Uma igreja que vive pela fé
“porque eu lhes dei as palavras que tu me deste, e eles as receberam, e verdadeiramente
conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste”. v.8

Sexta marca
Uma igreja que tem alegria
“Mas agora vou para ti; e isto falo no mundo, para que eles tenham a minha alegria completa em si
mesmos”. v.13
Jesus veio para nos dar da sua alegria, e essa alegria interior nos dá forças para vencer (Ne.8.10).
Costumamos pensar em Jesus Cristo como um "homem de dores" Is.53.3, o que de fato ele foi; mas também
foi uma pessoa de profunda e constante alegria.
João 17.13 é o cerne dessa oração, e seu tema é a alegria! Jesus já havia se referido a sua alegria (Jo
15.11) e explicado que a alegria é decorrente de transformação, não de substituição (Jo.16.20-22). A alegria
também vem das orações respondidas (Jo.16.23-24). Aqui, deixa claro que a Palavra também dá alegria.
O cristão não encontra alegria no mundo, mas sim na Palavra. Como João Batista, devemos nos
regozijar grandemente ao ouvir a voz do Noivo (Jo.3.29). Não dá para imaginar Jesus andando pela Terra com
rosto triste e ar de melancolia.
Jesus foi um homem alegre e revelou essa alegria a outros. Sua alegria não era a leviandade passageira
do mundo pecaminoso, mas sim o gozo permanente do Pai e da Palavra. Não dependia de circunstâncias
exteriores, mas dos recursos espirituais interiores que o mundo não era capaz de ver.
É esse tipo de alegria que deseja ver em nossa vida, e só podemos obtê-la pela sua Palavra. O profeta
Jeremias declara: "As tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração". Jr.15.16.
O salmista diz: "Mais me regozijo com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as
riquezas... Alegro- me nas tuas promessas, como quem acha grandes despojos". Sl.119.162.
A meta de Jesus é que tenhamos alegria e alegria completa (v. 13). Esta alegria, diz ele, vem de dEle
mesmo, de sua presença conosco, do seu dom a nós (Jo 15.11). Não se trata apenas da alegria de ter uma
oração respondida; trata-se da alegria de ter conhecido o amor de Deus e poder desfrutar da certeza da sua
companhia.
A alegria completa é aquela que nos transporta para a dimensão da eternidade, permitindo-nos antecipar
aquela vida plena, que só será possível no céu.
Sétima marca

Pib Comodoro/MT
032 de Julho de 2018
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Uma igreja que vive em santidade


“Eles não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a
verdade”. v.16-17

Observe o que Jesus diz: “Não são do mundo, como eu do mundo não sou”. v.16. Há uma bela
identificação. Jesus é santo e separado e por isso seus discípulos também são. Agora veja como esses discípulos
são santificados: “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade”.v.17. Ele não diz: “Tua Palavra
contém verdade”, mas, “A Tua Palavra é a Verdade.”
Davi disse: “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti”. Sl.119.11. A
Palavra nos lava e nos guarda do pecado.
Olha ainda o que Jesus diz: “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao 5
mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na
verdade” v.19.
Em outras palavras: “Se eu não morrer, eles nunca poderão ser santificados pela Palavra, pela verdade.
Voluntariamente vou morrer na cruz para que eles possam ser separados para o Senhor, através da verdade”.
Se há uma coisa que define Deus é que Ele é santo. E essa é a realidade mais marcante a respeito de
Cristo. Ele é santo, imaculado e separado. É o mesmo tipo de unidade que Deus deseja ver em sua igreja. Isso é
o que Cristo está orando. Ele está orando para que nós sejamos um em mente, um só coração, uma só vontade,
um só propósito, um na verdade, mas em última análise, para que possamos ser um em santidade.
O argumento convincente de que há um Salvador que liberta o homem do pecado e dá uma vida santa, é
um povo santo manifestando esta vida. Você diz: “Oh, Jesus veio e Ele me salvou do meu pecado”. E algumas
pessoas que vêem você diz: “Eu não vejo isto. Eu olho para você, e o vejo no pecado”.
O Cristianismo é verdadeiro se há pessoas santas para evidenciar o poder de Deus sobre o pecado. Você
não pode viver uma vida santa, pura, virtuosa e piedosa, a menos que Deus viva em você. E é por isso que no
verso 23 Ele coloca desta forma. “Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que
o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim”.
A única maneira que o mundo pode conhecer o amor transformador de Deus em Cristo é através da
nossa santidade. A glória de Cristo é a santidade dos seus discípulos. Ao longo da história, muitos têm
entendido esta santificação ou consagração como afastamento do mundo. No entanto, não é isto o que Jesus
quer.
Antes, ser santo é viver de um modo que permita ser usado por Deus. É ver-se como enviado por Jesus
para continuar sua obra neste mundo. Não somos DO mundo, mas somos enviados AO mundo. Estas duas
proposições não podem ser confundidas.
Jesus insiste que sejamos santificados na verdade, que é a própria Palavra de Deus (v. 17b). Tornou-se
lugar-comum dizer que a leitura da Bíblia provoca o verdadeiro despertamento espiritual. No entanto, é preciso
insistir-se nisto, também negativamente: só existe despertamento quando a Bíblia é aberta, lida, explicada e
vivida. Fazer isto pode ser perigoso, quando somos confrontados.
Oitava marca
Uma igreja que tem missões como estilo de vida.
“Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviarei ao mundo”. v.18
A Igreja não é o Ponto de Chegada e sim de Partida! Jesus não orou para que os crentes fossem
removidos do mundo hostil. Por quê?
Porque seus discípulos seriam os instrumentos através dos quais sua glória brilharia sobre os homens.
Jesus nunca orou para que Seus discípulos pudessem encontrar uma fuga, um lugar isolado tal como um
mosteiro.
Há momentos em que precisamos nos retirar para um local de meditação e oração, momentos de se estar
a sós com Deus, mas isso não é um fim em si, mas um meio para nos fortalecer e exercer um testemunho com
poder. Jesus não nos oferece uma paz fácil, Ele nos oferece guerra triunfante. Nunca devemos ter o desejo de
abandonar o mundo, mas sempre o desejo de ganhar aqueles que o Pai chamou em seu propósito eterno.

Pib Comodoro/MT
032 de Julho de 2018
TADEL – Pib Comodoro.
Paulo disse que era um servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, pela fé dos eleitos de Deus e o pleno
conhecimento da verdade que é segundo a piedade (Tt.1.1). Ele sofreu tudo a fim de levar o evangelho para
aqueles que queriam ouvir e crer.
E assim, Jesus não ora para nos tirar do mundo. Nós estamos aqui para o cumprimento de seu propósito.
De fato, Deus nos reconciliou com ele por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação. Pôs em nós a
palavra da reconciliação, de sorte que somos embaixadores da parte de Cristo (2Co.5.18-20).
No Céu daremos o perfeito louvor e adoração, teremos uma comunhão perfeita com Deus e as mais
puras e perfeitas intenções. Tudo será perfeitamente alcançado lá no céu, exceto uma coisa, a proclamação do
evangelho aos pecadores. Para isto estamos aqui neste mundo. Então Ele não ora para sairmos do mundo, mas
para cumprirmos a missão confiada a nós: “Ganhar almas e cuidar bem delas”.
Agora o que me chama a atenção é o como cumpriremos essa missão: “Assim como me enviaste
6
ao mundo, eu os enviei ao mundo”. v.18 NVI
Sabe o que isso significa? Que os discípulos não cumpririam a missão sozinhos. Jesus estava indo
para o Pai celestial, mas seus discípulos não ficariam desamparados. Ele enviaria o Espírito Santo. E assim
como o Espírito Santo foi com Jesus, seriam com eles. Aleluia! Eles estavam prestes a enfrentar o mundo sem a
presença corporal de Cristo, Jesus estava indo para a cruz e, em seguida, para o trono do Pai. Mas Jesus lhes
havia prometido nos capítulo 14, 15 e 16 de João que eles não estariam sozinhos, o Espírito Santo viria. E agora
Ele ora ao Pai para que isso aconteça. Ele sabia que Deus cumpre o que promete.
Uma preocupação de Jesus era a continuação de seu ministério na terra. Por isso orou para Deus
enviasse também seus discípulos como ele foi enviado pelo Pai. Naqueles dias a presença de Deus no mundo
estava marcada pela pessoa de Jesus, mas quando voltasse para os céus, seus discípulos continuariam sua obra
através do Espírito Santo.
Um dos maiores motivos de oração da Igreja, que certamente é o clamor de todo pastor ou líder
espiritual é por pessoas para ajudar na obra de Deus.
Nona marca
Uma igreja que vive a unidade.
“para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam
um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste”. v.21
Jesus pede que os cristãos nos mantenhamos unidos com Ele e uns com os outros (vv. 22, 23). Ele
conhecia a capacidade humana de se dividir. De fato, temos nos esquecido do conselho do pastor Stanley Jones:
"Converse sobre o que você crê, e você terá a desunião. Converse sobre Quem você crê, e você terá a união". O
penhor da unidade é nossa fé em Jesus Cristo.
No entanto, tanto no cristianismo em geral, quando em nossa igreja em particular, temos nos esquecidos
desta meta, para a qual ainda somos convidados por Jesus.

Um sério problema que Jesus percebeu foi a fragilidade de seus seguidores. Então orou a Deus pela
unidade dos discípulos. Sabia que se estivessem unidos seriam fortes, mas separados fracassariam no seu
chamado. A vida cristã é uma vida comunitária e não de solidão.
Este motivo de oração ainda é algo urgente para a igreja moderna. Existem milhares de denominações
cristãs e cada uma se vê como única e verdadeira Igreja de Cristo. A consequência disso tem sido um
cristianismo individualizado. As pessoas estão desacreditadas nas igrejas e tanto deixam suas comunidades de
fé como trocam de igreja facilmente ou até ficam sem congregar tornando-se evangélicos nominais.
O diabo sabe como enfraquecer uma igreja, é somente desunir os seus membros que tudo que acontecer
será confuso e o desânimo toma conta de todos. Quando os irmãos estão unidos em um só propósito, tudo se
torna mais leve e dá certo.
Como está sua comunhão com os irmãos? Jesus quer que você esteja em união e nunca separado!

Décima marca
Uma igreja que pratica o amor
Pib Comodoro/MT
032 de Julho de 2018
TADEL – Pib Comodoro.
“Eu os fiz conhecer o teu nome, e continuarei a fazê-lo, a fim de que o amor que tens por mim esteja
neles, e eu neles esteja". v.26 NVI

Na eternidade passada, antes de Deus criar o mundo, Jesus e o Pai estavam juntos. Tinham amor, alegria
e paz perfeitos. O poder, a luz e a glória que tinham eram incomparáveis. Era algo tão maravilhoso que queriam
convidar outros para se juntarem a eles. Por isso, criaram os anjos e a humanidade para que pudessem desfrutar
dessa sublime realidade por toda a eternidade. O Evangelho é o convite de Deus para que façamos parte dessa
comunhão (1Jo.1.3).
O mesmo amor que cada um tem pelo outro é oferecido a nós. O próprio Deus Pai nos ama: “Porque o
próprio Pai vos ama…”. Jo.16.27.
Na verdade, ele nos ama tanto quanto ama a Jesus: “… e os amaste como também amaste a
mim”. Jo.17.23. 7

E Jesus também nos ama do mesmo modo que o Pai o ama: “Como o Pai me amou, também eu
vos amei”. Jo.15.9. A oração de Jesus em João 17 é para que estejamos juntos com eles em amor e que o
pratiquemos em nosso viver diário.
Não pode haver saúde no corpo, não pode haver alegria na comunidade, não pode haver satisfação na
família da fé se ela não estiver no amor de Jesus Cristo. O Senhor disse que nos amássemos, e não que nos
“amassássemos” pregou certa vez ilustre conferencista.

Hora da decisão.

Pib Comodoro/MT

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