Você está na página 1de 3

LITERATURA – QUADRO CRONOLÓGICO

Prof.ª Érica Renata – Aluno:__________________________

Cronologia e características dos movimentos literários


Estilo Portugal Brasil Características

1189/1198 Cantigas de Amor: sofrimento, idealização, eu lírico


A Ribeirinha masculino, ambiente da Corte, dama inacessível, caráter
Paio Soares de Taveirós análítico-descursivo.
Trovadorismo

Gêneros: cantigas (poesia), Cantigas de Amigo: eu lírico feminino, confessional,


novelas de cavalaria, nobiliários, - ambiente popular, paixão incorrespondida, realista,
hagiografias. narrativo-descritiva.
Cantigas de Escárnio e Maldizer: críticas indiretas ou
diretas de pessoas ou fatos de uma época. Rica fonte de
documentação.

1418 Teatro: em poesia, versa sobre assuntos profanos ou


Humanismo

Fernão Lopes, guarda-mor da religiosos; carpintaria teatral rudimentar; ausência de


Torre do Tombo. regras; sem unidade de ação, tempo e espaço.
Gêneros: historiografia, teatro - Aspectos críticos de uma sociedade em transição.
popular, prosa doutrinária.
Gil Vicente (teatro)

1527 1500 (Quinhentismo) Valorização do homem (antropocentrismo); paganismo


Sá de Miranda 1º Documento escrito em terras (maravilhoso pagão); superioridade do homem sobre a
Quinhentismo
Classicismo

Introdução da medida nova. brasileiras: Carta a D. Manuel. natureza; objetividade; racionalismo; universalidade; saber
Gêneros: poesia lírica, épica, Gêneros: poesia lírica e épica, concreto em detrimento do abstrato; retomada dos valores
teatro e crônicas. teatro e crônicas. greco-romanos; rigor métrico, rímico e estrófico: equilíbrio e
Camões (poesia) Pero Vaz de Caminha harmonia.
José de Anchieta

1580 1601 Arte dos contrastes: antinomia homem - céu, homem -


Morte de Camões Bento Teixeira: publicação de terra; visualização e plasticidade; fugacidade; não-
Portugal sob o domínio espanhol. Prosopopéia racionalismo; unidade e abertura (perspectivas múltiplas
Gêneros: oratória sacra, política e Pe. Antônio Vieira (oratória) para o observador); luta entre o profano e o sagrado. Culto
social; Gregório de Matos (poesia) a elementos evanescentes (água/vento). Sentido de
poesia religiosa, satírica e lírico- transitoriedade da vida; carpe diem (aproveitar o momento);
amorosa. valorização do presente, movimento ligado ao espírito da
Barroco

Pe. Antônio Vieira Contra - Reforma; jogos de metáforas; riqueza de imagens;


(oratória) gosto pelo pormenor; malabarismo verbal – uso de
hipérbato, hipérbole, metáforas e antíteses.

1756 1768 Arte do equilíbrio e harmonia; busca do racional, do


Fundação da Arcádia Lusitana. Cláudio Manuel da Costa: verdadeiro e da natureza; retorno às concepções de beleza
Gênero: poesia Obras Poéticas do Renascimento; poesia objetiva e descritiva; áureas
Bocage (poesia) Cláudio Manuel da Costa, mediocritas: o objetivo arcádico de uma vida serena e
Arcadismo

Tomás Antônio Gonzaga (poesia bucólica; pastoralismo; valorização da mitologia; técnica da


lírica e épica) simplicidade. Literatura linear e regrada: inutilia truncat
Basílio da Gama e Santa Rita (cortar o inútil).
Durão (poesia épica)

1825 1836 1ª Geração: nacionalismo, ufanismo, natureza, religião,


Almeida Garrett Gonçalves de Magalhães indianismo/medievalismo.
Publicação do poema Camões Publicação de Suspiros Poéticos 2ª Geração: mal do século, evasão, solidão, profundo
Gêneros: prosa (romance e e Saudades pessimismo, anseio da morte.
novela) Poesia: Gonçalves Dias, Álvares 3ª Geração: condoreirismo, liberdade, oratória de
poesia e teatro. de Azevedo, Casimiro de Abreu, reivindicação, transição para o Parnasianismo, literatura
Castro Alves. social e engajada.
Prosa: (urbanos) Alencar, Geral: imaginação, fantasia, sonho, idealização,
Romantismo

Joaquim Manuel de Macedo, sonoridade, simplicidade, subjetivismo, sintaxe emotiva,


Manuel Antônio de Almeida; liberdade criadora.
(regionalistas) Alencar, Bernardo
Guimarães, Taunay; (indianista-
histórico) Alencar

1
1865 1881 Realismo: preocupação com a verdade exata, observação e
Questão Coimbrã: Antero de Machado de Assis análise, personagens tipificadas, preferência pelas
Quental contra Castilho (Novos x Publicação de Memórias camadas altas da sociedade. Objetividade. Descrições
Velhos) Póstumas de Brás Cubas/ pormenorizadas. Linguagem correta, no entanto é mais
Gêneros: prosa (romance, conto, Realismo próxima da natural, maior interesse pela caracterização que
crônica), poesia, crítica. Aluísio de Azevedo pela ação – tese documental.
Realismo/ Parnasianismo/

Prosa: Eça de Queirós Publicação de O Mulato/ Naturalismo: visão determinista do homem (animal, presa
Naturalismo de forças fatais e superiores – meio, herança genética,
Década de 80 fisiologia, momento). Tendência para análise dos deslizes
Definição do ideário parnasiano. de personalidade. Deturpações psíquicas e físicas.
Poesia: Antero de Quental, Prosa: Machado de Assis, Preferência pela classe operária. Patologia social: miséria,
Naturalismo

Cesário Verde, Guerra Junqueiro. Aluísio Azevedo, Raul Pompéia adultério, criminalidade, etc – tese experimental.
Poesia: Olavo Bilac, Alberto de Parnasianismo: arte pela arte, objetividade, poesia
Oliveira, Raimundo Correia, descritiva, versos impassíveis, exatidão e economia de
Vicente de Carvalho. imagens e metáforas, poesia técnica e formal, retomada de
valores clássicos, apego à mitologia greco-romana.

1890 1893 Simbolismo: reação contra o positivismo, o Naturalismo e o


Eugênio de Castro Cruz e Sousa Parnasianismo; individualismo, subjetivismo psicológico,
Simbolismo

Publicação de Oaristos Publicação de Missal (prosa atitude irracional e mística, respeito pela música, atitude
Gêneros: poema e prosa. poética) e Broquéis (poesia). irracional e mística, respeito pela música, cor, luz; procura
Poesia: Camilo Pessanha Poesia: Cruz e Sousa e das possibilidades do léxico.
Alphonsus de Guimaraens,
Pedro Kilkerry, Emiliano Perneta.

1902 Pré-Modernismo: tendência das primeiras décadas do


Pré-Modernismo

Publicação de Os Sertões, de século XX, sentido mais crítico, fixando diferentes facetas
Euclides da Cunha; Canaã, de da realidade social, política ou alterações na paisagem e
.- Graça Aranha. cor local.
Prosa: Monteiro Lobato,
Euclides da Cunha, Lima
Barreto, Graça Aranha.
Poesia: Augusto dos Anjos;

]
Gráfico Explicativo
TROVADORISMO
1198 - 1418

Linha
DIONÍSICA

Linha CLASSICISMO
APOLÍNEA Grego e romano
HUMANISMO
1418 - 1527

deus grego do vinho e da emoção. As escolas literárias


Podemos entender facilmente as escolas literárias do
que se encontram nesta linha dionisíaca têm como
Brasil por meio deste gráfico.
características a emoção, o lirismo, o subjetivismo. Ao
contrário, a linha apolínea (derivada do nome Apolo,
As escolas literárias, também conhecidas como deus da razão) representa o equilíbrio, a lucidez, o
movimentos literários, são como as ondas do mar, objetivismo.
feitas de altos e baixos. Os ápices destes movimentos
se alteram por duas diferentes linhas de pensamento e Há uma grande diferença entre literatura NO Brasil e
estilo. A linha dionisíaca deriva do nome Dionísio, literatura DO Brasil. Acontece que toda a produção
2
literária feita no Brasil, desde a carta de Caminha até o
Barroco, não se pode afirmar que seja literatura
nacional, legitimamente brasileira. Pois ainda
estávamos sob domínio de Portugal, o pensamento era
de uma literatura colonial que ainda não tinha desfeito
o cordão umbilical com a metrópole. Só então com o
Romantismo que a literatura tupiniquim floresce. E,
coincidentemente, era a estação de nossa independência
política, econômica e cultural.

Analisando o gráfico, percebe-se ainda que a partir do


Modernismo acontece um desequilíbrio nessa
frequência uniforme. A razão e a emoção se abraçam.
A poesia e os poetas encontram a real liberdade de
criação. Não existirá desde então, uma escola vigente
ou regente de tendências. É o encontro do velho com o
novo. Sem fórmulas, leis ou teoremas de como se fazer
versos. Apenas poetizar.

(Extraído de www.akio.com.br)

Você também pode gostar