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Cristina Basto
2020
Reflexões do Poeta
A fragilidade humana – Est. 105-106 (Canto I)
• Nos últimos quatro versos da estância 106, o «céu sereno», que pode
representar os deuses ou o destino, é uma ameaça ao ser humano.
2.ª parte (do v. 5 da est. 105 até ao v. 4 da est. 106) → o Poeta parte da
situação do falso piloto para uma reflexão sobre os perigos e ameaças
constantes a que o Homem está sujeito.
3.ª parte (est. 106, vv. 5-8) → o Poeta questiona-se sobre se é possível ao
Homem encontrar na Terra um refúgio onde esteja seguro.
Reflexões do Poeta
A fragilidade humana – Est. 105-106 (Canto I)
Recursos Expressivos
«O recardo que trazem é de amigos,
Metáfora
Mas debaxo o veneno vem coberto»
Recursos Expressivos
«Que, aonde a gente põe sua esperança,
Tenha a vida tão pouca segurança!» Hipérbole
Hipérbole
• É que em Portugal não se cultivam o verso e a rima («Porque quem não sabe
arte, não na estima», est. 97, v. 8).
Reflexões do Poeta
Desprezo que os Portugueses têm pelas artes – Est. 92-100 (Canto V)
Est. 92
• Na estância 92, Camões exprime uma verdade geral (vv. 7-8): quem pratica
grandes obras sente-se feliz ao vê-las cantadas e com vontade de ir mais longe.
• Acrescenta, ainda, que o louvor das obras alheias incentiva o Homem a tentar
igualá-las, levando, assim, a novos feitos grandiosos.
Est. 92
«As envejas da ilustre e alheia história» (v. 5)
A inveja deve ser aqui entendida num sentido muito positivo: ela origina a vontade
de igualar ou superar o que os outros alcançaram. Deste modo, a referência à
inveja contribui para reforçar a ideia disseminada em Os Lusíadas de que os
Portugueses devem fazer o possível para superarem os antepassados.
Reflexões do Poeta
Desprezo que os Portugueses têm pelas artes – Est. 92-100 (Canto V)
Est. 93-96
• Na estância 94, Camões afirma que o imperador Otaviano César Augusto teve
um papel fundamental na divulgação da glória de Roma, ao cobrir Virgílio de
honras.
• O Poeta lembra esse facto, avisando Portugal, implicitamente, para que no País
os poderosos sigam o mesmo caminho de Augusto relativamente aos poetas.
Reflexões do Poeta
Desprezo que os Portugueses têm pelas artes – Est. 92-100 (Canto V)
Est. 93-96
• Camões elogia os portugueses, referindo que entre eles há heróis ilustres como
os existentes noutras civilizações («Cipiões, / César, Alexandros, e dá Augustos»,
est. 95, vv. 1-2). Porém, aos portugueses não se lhes concede o dom de
saberem apreciar as Artes, o que os transforma em gente insensível e dura
(«Cuja falta os faz duros e robustos», est. 95, v. 4).
Reflexões do Poeta
Desprezo que os Portugueses têm pelas artes – Est. 92-100 (Canto V)
Est. 93-96
• Para Camões, ser grande, é sê-lo na coragem, mas também no cultivo das letras
e das artes; o ideal de herói consistirá em saber aliar a «espada» à «pena»
(«Mas, nῡa mão a pena e noutra a lança», est. 96, v. 3).
Reflexões do Poeta
Desprezo que os Portugueses têm pelas artes – Est. 92-100 (Canto V)
Est. 97
• Fecho da argumentação anterior introduzida pelo conector «Enfim».
• Desta forma, os portugueses são criticados por não saberem valorizar as Artes,
ao contrário de outros povos, cujos heróis souberam aliar as armas e as Letras
(«não houve forte Capitão / Que não fosse também douto e ciente», vv. 1-2).
Reflexões do Poeta
Desprezo que os Portugueses têm pelas artes – Est. 92-100 (Canto V)
Est. 97
Est. 97
• Ao contrário dos heróis da Antiguidade, os guerreiros e navegadores
portugueses não dão qualquer valor ao conhecimento. O Poeta acusa os
Portugueses de serem o único povo com guerreiros incultos, de não dar
importância à cultura e à poesia.
Est. 97
• Camões conclui que entre os portugueses não existem, nem existirão, grandes
poetas e, embora haja matéria épica, esta não será cantada porque a arte não é
valorizada nem estimulada («Porque quem não sabe arte, não na estima», v.8,
est. 97).
Reflexões do Poeta
Desprezo que os Portugueses têm pelas artes – Est. 92-100 (Canto V)
Est. 98
Est. 99-100
• A família de Vasco da Gama é criticada por não valorizar nem recompensar o
Poeta, apesar de ele, com a sua epopeia, imortalizar o nome do navegador.