Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Alunos(a):
Ana Clara Cordeiro nº3;
Marcos Aragão nº22;
Ana Francisca Pacheco nº4;
Ana Rodrigues nº5
Turma: 12LH2
Índice
Introdução .............................................................................................................................................. 3
Genocídio no Ruanda.......................................................................................................................... 4
Capítulo 1 -Localização do país e região onde o conflito aconteceu ........................... 4
Capítulo 2-Os principais acontecimentos .............................................................................. 5
Capítulo 4 - As consequências do conflito aos níveis económico, social,
demográfico e político ................................................................................................................... 8
Conclusão ............................................................................................................................................. 12
Webgrafia ............................................................................................................................................. 14
Introdução
O Ruanda está localizado no continente africano, é um país da África Oriental, que faz
fronteira com o Uganda, Burundi, Tanzânia e a República Democrática do Congo. Não
tem acesso ao mar devido à sua localização geográfica. A região na qual o conflito
ocorreu é a região em volta de Kigali, no centro do país e a cidade mais populosa, com
859 332 mil habitantes. É um país conhecido por estar localizado numa região
acidentada, com muitas montanhas e vales. Por esse motivo, é conhecido como o país
das mil colinas.
https://www.joaoleitao.com/viagens/wp-content/uploads/2018/06/AFRICA-MAPA-MUNDO.jpg
http://s2.glbimg.com/g8CpJgPdU1CWOLrpNjHIK4SW8dc=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/
2014/04/04/ruanda-mapa.jpg
Capítulo 2-Os principais acontecimentos
As raízes das hostilidades e conflitos em Ruanda aludem ao período colonial, era uma
região que estava sob a administração alemã desde 1894 e, subsequentemente, sob a
administração belga. Antes de serem colonizados, eram maioritariamente agricultores
e criadores de gado. A agricultura exercia grande influência sobre o país. Os que
possuíam mais cabeças de gado eram chamados de Tutsis e os que tinham menos
eram chamados de Hutus. Desde esse período, a rivalidade existente entre esses dois
povos acentuou-se e tornou-se uma rivalidade não só económica, mas racial devido às
características europeias aparentes nos Tutsis. A rivalidade acentuou-se com a
chegada dos belgas, já que estes introduziram nos Tutsis ideologias racistas e de
marginalização dos Hutus.
De acordo com a jornalista britânica Linda Melvern, que teve acesso a documentos
oficiais, “o genocídio foi algo arquitetado, e não apenas “uma série de incidentes”. No
início da carnificina, a tropa ruandesa era composta por 30.000 homens, organizados
por todo o país com representantes em cada vizinhança. Alguns membros da tropa
podiam adquirir fuzis de assalto AK-4 tão somente preenchendo um formulário de
demanda e pagando pelo produto. Outras armas, tais como granadas, nem sequer
requeriam esse trâmite e foram generosamente distribuídas.
Apurou-se que o genocídio foi financiado, pelo menos parcialmente, com o dinheiro
apropriado de programas internacionais de ajuda, o que ainda leva a muitas
controvérsias no contexto geral do conflito. As armas vinham principalmente do
governo Hutu do país, que as havia adquirido de nações ocidentais.
Estima-se que foram gastos 134 milhões de dólares na preparação do genocídio no
Ruanda — uma das nações mais pobres da terra —sendo que 4,6 milhões de dólares
foram gastos somente em facões, enxadas, machados, lâminas e martelos. Estima-se
que tal despesa permitiu a distribuição de um novo facão a cada três homens hutus.
https://img.ibxk.com.br/2018/11/24/24155531342007.jpg?w
=1040
https://img.ibxk.com.br/2018/11/26/26185008292350.jpg?w=1040
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9b/Rwanda-demography.png/600px-Rwanda-demography.png
A França, tradicional aliada dos Hutus, foi posteriormente acusada de ter tido
conhecimento dos planos genocidas das elites Hutus e de não ter tomado nenhuma
ação. As organizações de defesa dos direitos humanos denunciaram igualmente a
hipocrisia e a insensibilidade da comunidade internacional, por se tratar de uma região
remota, longe dos centros do poder mundiais. Isso levantou muitas discussões a nível
mundial, pelo facto de ser um genocídio e ser pouco noticiado na época, assim como
teve escassa atenção e envolvimento por parte das grandes organizações que se
diziam ser humanitárias. Como já citado antes, o genocídio do Ruanda teve um
impacto profundo na economia e no equilíbrio político de toda aquela região, e cujas
feridas continuam, em boa parte, ainda por sarar na atualidade. É neste contexto que
a FPR, única entidade a fazer cumprir a Convenção para a Prevenção e Repressão do
Crime de Genocídio, constitui o Governo de Transição da União Nacional que obedece,
pelo menos do ponto de vista formal, aos Acordos de Arusha.
Apesar de a sua intervenção ocorrer num contexto de guerra civil, a verdade é que se
tratou da única força a combater de facto o regime genocida, o que lhe iria garantir um
enorme crédito moral.
O líder da FPR Paul Kagame tornou-se, na sequência da tomada de posse do novo
governo, vice-presidente, ministro da Defesa e chefe das Forças Armadas. Através do
controlo destas posições, e na qualidade de líder da FPR, o carismático Kagame
assumia, na prática, o comando do país. O novo governo da União Nacional tinha três
objetivos principais: a reconciliação nacional, a justiça e a redução da pobreza. O
grande princípio orientador da política de reconciliação nacional era acabar com o
divisionismo: no Ruanda, já não existiam hutus, tutsis ou twas, apenas ruandeses. Em
nome da construção de um «novo Ruanda» as referências públicas aos grupos étnicos
são proibidas, e o termo «raça» é banido dos discursos oficiais.
https://image.slidesharecdn.com/conflito-ruanda-151108155755-lva1-app6891/95/conflito-em-ruanda-massacregenocdio-6-638.jpg?cb=1446998783
O que mais choca na questão do massacre ruandês não é somente o massacre em si,
mas a reação internacional em relação a ele, e o esquecimento deste pequeno país por
parte das grandes organizações, que pouco atuaram para pôr um fim definitivo ao
conflito. Por mais que as pequenas organizações oferecessem pequenas ajudas ao
longo do conflito e depois dele, a negligência internacional choca e apresenta uma
faceta da ONU que há muito já não era vista: a defesa dos interesses financeiros e
políticos, algo que influenciou para a tardia resolução do conflito. É complexo fazer
referências às organizações que ajudaram durante e após o conflito, pois mesmo com
pequenas ajudas e apoios humanitários, o massacre ocorreu, e mesmo após o
massacre, o país continuou num atenuado período de crise. Muitos tentaram ajudar
com o que podiam, mas a verdade é que os objetivos por trás do massacre revelavam
um conflito de interesses políticos e económicos muito maior que qualquer conflito
armado.
https://www.duniverso.com.br/wp-content/uploads/2014/04/20-anos-massacre-atrocidades-
estupros-ruanda.jpg
Conclusão
http://ensina.rtp.pt/artigo/o-genocidio-no-ruanda/
http://www.scielo.mec.pt/pdf/ri/n32/n32a04.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Genocídio_em_Ruanda
Imagens:
https://img.ibxk.com.br/2018/11/26/26185008292350.jpg?w=1040
https://img.ibxk.com.br/2018/11/24/24155531342007.jpg?w=1040
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9b/Rwanda-
demography.png/600px-Rwanda-demography.png
https://apuntesdedemografia.files.wordpress.com/2014/06/86c3f-
rwandamap.jpg?w=320&h=250
https://www.duniverso.com.br/wp-content/uploads/2014/04/20-anos-massacre-
atrocidades-estupros-ruanda.jpg
https://image.slidesharecdn.com/conflito-ruanda-151108155755-lva1-
app6891/95/conflito-em-ruanda-massacregenocdio-6-638.jpg?cb=1446998783