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Genocídio no Ruanda

Trabalho sobre os direitos humanos

Alunos(a):
Ana Clara Cordeiro nº3;
Marcos Aragão nº22;
Ana Francisca Pacheco nº4;
Ana Rodrigues nº5
Turma: 12LH2
Índice
Introdução .............................................................................................................................................. 3
Genocídio no Ruanda.......................................................................................................................... 4
Capítulo 1 -Localização do país e região onde o conflito aconteceu ........................... 4
Capítulo 2-Os principais acontecimentos .............................................................................. 5
Capítulo 4 - As consequências do conflito aos níveis económico, social,
demográfico e político ................................................................................................................... 8
Conclusão ............................................................................................................................................. 12
Webgrafia ............................................................................................................................................. 14
Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito da apresentação de um dos conflitos mais


sangrentos do século xx , o genocídio no Ruanda.
Neste trabalho, iremos abordar as diversas questões económicas, políticas, sociais e
demográficas que impactaram a geopolítica mundial após o conflito ocorrido na região
e expor todos os acontecimentos que estão na base desse genocídio.
Genocídio no Ruanda
Capítulo 1 -Localização do país e região onde o conflito aconteceu

O Ruanda está localizado no continente africano, é um país da África Oriental, que faz
fronteira com o Uganda, Burundi, Tanzânia e a República Democrática do Congo. Não
tem acesso ao mar devido à sua localização geográfica. A região na qual o conflito
ocorreu é a região em volta de Kigali, no centro do país e a cidade mais populosa, com
859 332 mil habitantes. É um país conhecido por estar localizado numa região
acidentada, com muitas montanhas e vales. Por esse motivo, é conhecido como o país
das mil colinas.

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Capítulo 2-Os principais acontecimentos

As raízes das hostilidades e conflitos em Ruanda aludem ao período colonial, era uma
região que estava sob a administração alemã desde 1894 e, subsequentemente, sob a
administração belga. Antes de serem colonizados, eram maioritariamente agricultores
e criadores de gado. A agricultura exercia grande influência sobre o país. Os que
possuíam mais cabeças de gado eram chamados de Tutsis e os que tinham menos
eram chamados de Hutus. Desde esse período, a rivalidade existente entre esses dois
povos acentuou-se e tornou-se uma rivalidade não só económica, mas racial devido às
características europeias aparentes nos Tutsis. A rivalidade acentuou-se com a
chegada dos belgas, já que estes introduziram nos Tutsis ideologias racistas e de
marginalização dos Hutus.

Parte do conflito é devido ao facto de, em África, as fronteiras não respeitarem as


diferenças étnicas, agravando conflitos territoriais. Em 1933, os belgas oficializaram as
categorias de tutsis e hutus, onde cada cidadão teria um cartão de identificação
pessoal, com a sua definição étnica: Tutsi ou Hutu, entre outros pequenos grupos.
A violência foi desencadeada pela morte do presidente do país, um Hutu, quando o
avião em que viajava foi abatido no dia 6 de abril de 1994. “Genocídio” é a definição
adequada por conta de não se ter tratado de eventos isolados ou de confrontos
esporádicos, mas de uma campanha política preparada e sistemática, que se destinou
a eliminar toda a população Tutsi, de forma geral e indiscriminada.

De acordo com a jornalista britânica Linda Melvern, que teve acesso a documentos
oficiais, “o genocídio foi algo arquitetado, e não apenas “uma série de incidentes”. No
início da carnificina, a tropa ruandesa era composta por 30.000 homens, organizados
por todo o país com representantes em cada vizinhança. Alguns membros da tropa
podiam adquirir fuzis de assalto AK-4 tão somente preenchendo um formulário de
demanda e pagando pelo produto. Outras armas, tais como granadas, nem sequer
requeriam esse trâmite e foram generosamente distribuídas.
Apurou-se que o genocídio foi financiado, pelo menos parcialmente, com o dinheiro
apropriado de programas internacionais de ajuda, o que ainda leva a muitas
controvérsias no contexto geral do conflito. As armas vinham principalmente do
governo Hutu do país, que as havia adquirido de nações ocidentais.
Estima-se que foram gastos 134 milhões de dólares na preparação do genocídio no
Ruanda — uma das nações mais pobres da terra —sendo que 4,6 milhões de dólares
foram gastos somente em facões, enxadas, machados, lâminas e martelos. Estima-se
que tal despesa permitiu a distribuição de um novo facão a cada três homens hutus.

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=1040

Segundo a jornalista, o primeiro-ministro de Ruanda Jean Kambanda revelou que o


genocídio foi discutido abertamente em reuniões de gabinete, e uma ministra teria
dito que ela era “pessoalmente a favor de conseguir livrar-se de todo os tutsis... sem
os Tutsis todos os problemas de Ruanda desapareceriam”, o que expressa as
motivações de tal genocídio. No dia seguinte à queda do avião do presidente hutu, o
genocídio começou. Sem apresentar provas, as lideranças hutus acusaram os tutsis
pelo assassinato do presidente e intimaram a população a iniciar a matança. Horas
depois, as milícias hutus já avançavam contra vilarejos e cidades por todo o país,
matando todos os tutsis que viam pela frente. Foram estabelecidos postos de controlo
nas ruas e pessoas identificadas como membros da minoria tutsi eram rapidamente
executadas.
O genocídio só teve fim quando a Frente Patriótica Ruandesa (FPR) derrotou o governo
e se instalou definitivamente no poder. Até aos dias atuais, o massacre ainda marca
um profundo legado em Ruanda. O país continua a enfrentar problemas étnicos e
religiosos, ao mesmo tempo que sofre com dificuldades económicas e corrupção,
gerando extrema pobreza entre a população e aumentando as desigualdades sociais e
económicas. Muitos hutus ajudaram os tutsis a escapar das perseguições. Um caso
notório foi o do gerente do Hotel Mille Collines, em Kigali, que foi responsável pela
salvação de 1268 tutsis e hutus, abrigando-os no hotel. Paul Rusesabagina ficou
mundialmente conhecido ao ser retratado no filme Hotel Ruanda. Rusesabagina, hoje
residente na Bélgica, afirma que, se não forem tomadas posturas duras contra o
tribalismo em Ruanda, o genocídio poderá voltar a ocorrer, agora pelas mãos dos
tutsis, “governantes” do país desde o fim do massacre. Os dois grupos apresentaram
características extremistas, a diferença é que um deles acabou por radicalizar as suas
decisões, o que gerou o genocídio.

Capítulo 3 - Resolução e situação atual do conflito

Após o massacre, no mesmo ano, a 8 de novembro de 1994, através da resolução 955


do Conselho de Segurança da ONU, foi criado o Tribunal Penal Internacional para
Ruanda (TPIR) para julgar os principais responsáveis pelo genocídio, o que também
gerou muita revolta. A Corte Penal Internacional é competente para julgar somente os
crimes cometidos após a sua criação, em 1 de julho de 2002. Não é, portanto,
competente para julgar os crimes cometidos no Ruanda, durante o genocídio, por isso
não se efetivou. O primeiro-ministro do governo interino ruandês, Jean Kambanda, foi
julgado culpado e condenado por genocídio pelo TPIR. 75% dos membros do governo
interino foram presos. Vários ministros desse governo foram considerados culpados de
participação no genocídio ou estão em fase de julgamento. Dois outros foram
libertados. Em 2011, alguns antigos chefes militares foram considerados culpados de
genocídio. Até hoje o país tem cicatrizes que o marcam no âmbito social e económico.
Capítulo 4 - As consequências do conflito aos níveis económico, social,
demográfico e político

Após o genocídio, o país estava irreconhecível, e as consequências eram evidentes: as


infraestruturas básicas estavam destruídas, as escolas em ruínas, os hospitais cheios
de cadáveres e corpos agonizando nos corredores, faltava água, eletricidade e as
retretes estavam cheias de corpos mutilados. Mesmo as classes sociais mais abastadas
sofriam com a falta de recursos e com a baixa qualidade dos serviços públicos, que
agora estavam totalmente vandalizados e destruídos. Os sobreviventes deambulavam,
como fantasmas, pelas ruínas das suas casas, em busca de corpos, de comida, de água,
de ajuda. A economia do país entrou em bancarrota e toda a riqueza nacional foi
esvaziada com os custos de uma guerra que já não valia a pena lutar.

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O massacre sistemático no país contra os tutsis causou um deslocamento maciço da


população para os campos de refugiados situados nas áreas de fronteira, em especial
com o Zaire (hoje República Democrática do Congo) e Uganda. Em agosto de 1995,
tropas do Zaire tentaram forçar o retorno desses refugiados para Ruanda. Catorze mil
pessoas foram então devolvidas ao Ruanda, enquanto outras 150.000 se refugiaram
nas montanhas. Isso gerou uma grande crise social no país, que era visto como um
verdadeiro campo de guerra pelos países exteriores ao conflito. Mais de 500 000
pessoas foram massacradas entre 7 de abril e 15 de julho de 1994 (algumas fontes
dizem que até 1 milhão de pessoas teriam sido mortas). Quase todas as mulheres
foram violadas. Muitos dos 5 000 meninos nascidos dessas violações foram
assassinados. Calcula-se que 800 mil pessoas tenham sido mortas no genocídio de
Ruanda.

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A França, tradicional aliada dos Hutus, foi posteriormente acusada de ter tido
conhecimento dos planos genocidas das elites Hutus e de não ter tomado nenhuma
ação. As organizações de defesa dos direitos humanos denunciaram igualmente a
hipocrisia e a insensibilidade da comunidade internacional, por se tratar de uma região
remota, longe dos centros do poder mundiais. Isso levantou muitas discussões a nível
mundial, pelo facto de ser um genocídio e ser pouco noticiado na época, assim como
teve escassa atenção e envolvimento por parte das grandes organizações que se
diziam ser humanitárias. Como já citado antes, o genocídio do Ruanda teve um
impacto profundo na economia e no equilíbrio político de toda aquela região, e cujas
feridas continuam, em boa parte, ainda por sarar na atualidade. É neste contexto que
a FPR, única entidade a fazer cumprir a Convenção para a Prevenção e Repressão do
Crime de Genocídio, constitui o Governo de Transição da União Nacional que obedece,
pelo menos do ponto de vista formal, aos Acordos de Arusha.

Apesar de a sua intervenção ocorrer num contexto de guerra civil, a verdade é que se
tratou da única força a combater de facto o regime genocida, o que lhe iria garantir um
enorme crédito moral.
O líder da FPR Paul Kagame tornou-se, na sequência da tomada de posse do novo
governo, vice-presidente, ministro da Defesa e chefe das Forças Armadas. Através do
controlo destas posições, e na qualidade de líder da FPR, o carismático Kagame
assumia, na prática, o comando do país. O novo governo da União Nacional tinha três
objetivos principais: a reconciliação nacional, a justiça e a redução da pobreza. O
grande princípio orientador da política de reconciliação nacional era acabar com o
divisionismo: no Ruanda, já não existiam hutus, tutsis ou twas, apenas ruandeses. Em
nome da construção de um «novo Ruanda» as referências públicas aos grupos étnicos
são proibidas, e o termo «raça» é banido dos discursos oficiais.

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Capítulo 5- Organizações que ajudaram durante e depois do conflito

O genocídio do Ruanda causou enorme indignação na opinião pública mundial, não


apenas pelo horror causado pelos massacres, mas também pela passividade e
indiferença das potências mundiais, o que ocasionou muitos protestos e
manifestações à volta do mundo, questionando a real motivação das grandes
organizações internacionais, como a grande oposição à Organização das Nações
Unidas. A ONU colocou um pequeno contingente militar no país, nos meses que
antecederam os massacres, mas foi completamente impotente e fracassou no objetivo
de proteger as populações. Houve alertas e denúncias de que estava em marcha uma
catástrofe humanitária no país, mas nada foi feito, e as vítimas não foram sequer
ouvidas.
Como dito por Teresa Nogueira Pinto no Ruanda: “entre a segurança e a liberdade”,
para alcançar o objetivo da reconciliação nacional, o novo governo iria criar e aprovar
uma série de leis destinadas a acabar com o divisionismo e combater a «ideologia do
genocídio», que seriam muitas vezes utilizadas para afastar e neutralizar qualquer
oposição indesejada, considerada «divisionista». Em nome da União Nacional, eram
restringidas as liberdades políticas e civis dos ruandeses. Em 2011, segundo a Freedom
House, o Ruanda é ainda um país «não livre», uma classificação reforçada pelos meses
que antecederam as eleições de Agosto de 2010, durante os quais ocorreu uma série
de episódios de violência, intimidação, detenções e restrições à liberdade de imprensa.
Nesse período, três candidatos de partidos da oposição foram impedidos de se registar
para as eleições; dois jornais independentes foram retirados de circulação e cerca de
trinta jornais e estações de rádio foram suspensos pelo Alto Conselho para a
Comunicação Social. O Governo colocou uma série de obstáculos formais à presença
de elementos de organizações não governamentais.

O que mais choca na questão do massacre ruandês não é somente o massacre em si,
mas a reação internacional em relação a ele, e o esquecimento deste pequeno país por
parte das grandes organizações, que pouco atuaram para pôr um fim definitivo ao
conflito. Por mais que as pequenas organizações oferecessem pequenas ajudas ao
longo do conflito e depois dele, a negligência internacional choca e apresenta uma
faceta da ONU que há muito já não era vista: a defesa dos interesses financeiros e
políticos, algo que influenciou para a tardia resolução do conflito. É complexo fazer
referências às organizações que ajudaram durante e após o conflito, pois mesmo com
pequenas ajudas e apoios humanitários, o massacre ocorreu, e mesmo após o
massacre, o país continuou num atenuado período de crise. Muitos tentaram ajudar
com o que podiam, mas a verdade é que os objetivos por trás do massacre revelavam
um conflito de interesses políticos e económicos muito maior que qualquer conflito
armado.

Na verdade, os objetivos do massacre teriam por trás as ameaças da história ruandesa


e do genocídio: a tradição de um Estado forte, apoiado no poder das armas; a «cultura
de impunidade»; o elevado número de vítimas e agressores no genocídio; o papel
protagonista assumido pelas elites políticas, militares e culturais na sua organização, e
aquele que é talvez o maior desafio para a liderança ruandesa – o imperativo de
«acomodar» uma maioria hutu e uma minoria tutsi, sempre ameaçado por uma
política em que amigo e inimigo se definem a partir das categorias étnicas, o conflito
sempre esteve assentado num problema étnico, em racismo, discriminação,
preconceito, tudo isso levou aos incidentes ocorridos em 1994, e levam a incidentes
semelhantes a ocorrer nos dias atuais.

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Conclusão

Em conclusão, este trabalho foi muito importante devido ao conteúdo abordado no


mesmo. O genocídio no Ruanda foi, sem dúvida, um episódio marcante para os povos
africanos devido à dimensão que essa guerra civil tomou, deixando mais de 800 mil
pessoas mortas. Várias famílias foram separadas devido à divisão dos povos de Kigali
(hutus, tutsis e outros povos) gerando uma rivalidade entre eles que apenas veio
trazer prejuízos para esse pequeno país de África. A principal causa do início dessa
guerra civil deveu-se à discriminação, separação dos povos e interesse financeiro por
parte dos Belgas, que logo transmitiram as suas ideologias para alguns dos povos da
região de Kigali que, em termos de aparência física, tinham características semelhantes
aos europeus, o que causou assim conflitos entre os nativos, surgindo um preconceito
racial entre os povos da região.
Neste trabalho, procurou-se mostrar que o preconceito racial e os conflitos étnicos
ainda são fatores muito graves e recentes, ocasionando muitas vezes catástrofes
sociais, como a eliminação de um certo povo ou de uma certa etnia, que são
inferiorizadas por serem mais “fracas” ou menos “inteligentes”, marginalizando as
minorias. Argumentos como estes violam os diretos humanos básicos, as pessoas
devem ter liberdade de exprimir a sua opinião em termos políticos, económicos e
sociais. O povo deve ter o direito de ir e vir e ter livre escolha. Esta guerra civil mostrou
que os direitos humanos foram violados por parte dos Belgas devido a interesses
políticos e económicos. Aproveitaram-se de pessoas pouco informadas para transmitir
ideologias de cunho racista e, assim, tirar proveito dos recursos naturais da área,
manipulando o povo e fazendo a população conspirar contra si mesma, implantando
sentimentos de separação, medo, ódio, angústia e sofrimento naquele povo. O mais
chocante é observar a reação global desse conflito, que pouco foi resolvido e as
tensões na área por mais apaziguadas que possam estar, não desapareceram. Ver as
ações ineficazes de grandes organizações internacionais como a ONU, revela apenas a
impotência e o crescimento de um sentimento de desconfiança por parte do povo, que
não foi apoiado quando mais precisava.
Desastres naturais e catástrofes causadas pelo homem ocorrem todos os dias em
todos os continentes, porém o mundo vira as costas a situações como esta porque o
Ruanda não faz parte de um grupo seleto de países que “importam” no sentido
geopolítico mundial.
Webgrafia

http://ensina.rtp.pt/artigo/o-genocidio-no-ruanda/
http://www.scielo.mec.pt/pdf/ri/n32/n32a04.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Genocídio_em_Ruanda
Imagens:
https://img.ibxk.com.br/2018/11/26/26185008292350.jpg?w=1040
https://img.ibxk.com.br/2018/11/24/24155531342007.jpg?w=1040
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9b/Rwanda-
demography.png/600px-Rwanda-demography.png
https://apuntesdedemografia.files.wordpress.com/2014/06/86c3f-
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