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Curso on-line de Arquivologia para Técnico Administrativo do MPU

Teoria e Exercícios – Aula 03


Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff

Introdução ........................................................................................ 01
Tipologias documentais e suportes físicos: microfilmagem; automação;
preservação, conservação e restauração de documentos .......................... 02
Simulado ........................................................................................... 17
Resolução das questões do simulado ..................................................... 22
Lista de questões resolvidas na aula ..................................................... 35
Bibliografia ........................................................................................ 38

Introdução

Prezado Aluno,

Chegamos à última aula do curso de Arquivologia para Técnico Administrativo


do MPU.

Hoje iremos tratar do assunto tipologias documentais e suportes físicos:


microfilmagem; automação; preservação, conservação e restauração de
documentos.

Além disso, disponibilizamos ao final da aula um simulado que compreende


toda a matéria vista em nossas aulas.

Não esqueça que as questões discutidas durante a aula estão no final do


arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os
comentários.

E, por último, participe do Fórum de dúvidas!

Chega de papo e mãos à obra...

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Tipologias documentais e suportes físicos: microfilmagem;


automação; preservação, conservação e restauração de documentos.

Já vimos que o arquivo pode ser formado por documentos de qualquer


gênero (=a configuração que assume um documento, dependendo do sistema
de signos utilizados na comunicação de seu conteúdo).

Ou seja, o documento pode ser textual, iconográfico, sonoro, audiovisual,


informático etc.

O arquivo também é composto de documentos que podem ser confeccionados


por diversos tipos de material, sobre os quais as informações são registradas
(=suporte).

São exemplos disso: papel, filme, disco ótico, disco magnético etc. Sendo que
nesta aula daremos especial atenção a um tipo específico de suporte, o
microfilme.

Para que você não confunda os gêneros de documentos. Vamos ajudá-lo a


recordar os mais importantes:

• escritos ou textuais: textos manuscritos, datilografados ou impressos;

• cartográficos: representações geográficas, arquitetônicas ou de


engenharia (mapas, plantas, perfis etc.);

• iconográficos: suporte sintético, em papel emulsionado, como


fotografias, diapositivos, desenhos etc.;

• filmográficos: películas cinematográficas e fitas magnéticas de


imagens, com ou sem sonorização, contendo imagens em movimento;

• sonoros: registros fonográficos (discos e fitas magnéticas);

• micrográficos: documentos resultantes de microrreprodução de


imagens (microfilme, microficha, rolo etc.); e

• informáticos: tratados e armazenados em sistemas computacionais


(disquete, CD-ROM, DVD-ROM, HD etc.).

Muitas vezes, dentro do ciclo de vida de um documento, o suporte pode ser


alterado devido a questões funcionais, administrativas ou legais. Por exemplo,

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podemos querer microfilmar certos documentos para economizar espaço ou


garantir a preservação de originais passíveis de destruição.

Nesse sentido, é preciso observar que a adoção de recursos tecnológicos para


alteração do suporte da informação requer a observância de determinados
critérios:

1. questões legais concernentes à alteração do suporte, observando-


se as garantias jurídicas, a normalização dos procedimentos, as
especificações e os padrões de qualidade estabelecidos pela legislação
brasileira e por organismos internacionais;

2. capacidade de recuperação das informações antes e depois de


processar a alteração do suporte;

3. custo da operação;

4. definição da melhor técnica, de forma a assegurar a qualidade da


reprodução, a durabilidade do novo suporte e o acesso à
informação;

5. existência de depósitos e equipamentos de segurança que venham a


garantir a preservação do novo suporte.

Ou seja, organizados e avaliados os documentos, deve-se proceder ao estudo


da viabilidade econômica, de acordo com a disponibilidade de pessoal, espaço
e recursos financeiros do órgão, além do cálculo dos equipamentos, materiais e
acessórios necessários.

Deve-se, ainda, verificar as instalações dos arquivos de segurança, bem como


as condições de tratamento técnico, armazenamento e acesso às informações.

Somente a partir desses procedimentos, recomenda-se propor as eventuais


alterações de suporte documental.

Vamos ver algumas questões sobre esse assunto:

01. (CESPE – TRE/AL - Técnico Judiciário/Administrativo – 2009) -


Além dos documentos textuais, os arquivos ocupam-se do gerenciamento e
arquivamento de documentos pertencentes ao gênero iconográfico,
filmográfico e sonoro.

Resolução:
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O arquivo pode ser formado por documentos de qualquer gênero. Ou seja, o


documento pode ser textual, iconográfico, sonoro, audiovisual, informático,
etc.

Portanto, o item está correto.

02. (CESPE – TRE/MA - Técnico Judiciário/Administrativa -2009 –


Adaptada) Os filmes cinematográficos e as fitas de vídeo fazem parte do
gênero documental conhecido como iconográfico.

Resolução:

Como visto, filmes cinematográficos e as fitas de vídeo fazem parte do gênero


filmográfico, e não do iconográfico.

Portanto, o item está errado.

03. (CESPE – TRE/GO - Técnico Judiciário /Administrativa – 2009 -


Adaptada) - Qualquer proposta de alteração de suporte das informações
arquivísticas deve levar em consideração as questões legais, garantias
jurídicas, normalização de procedimentos, padrões de qualidade estabelecidos
pela legislação brasileira. É necessário considerar, ainda, as peculiaridades de
cada órgão, além de realizar estudos de viabilidade econômica.

Resolução:

Vimos que a alteração do suporte da informação requer a observância de


determinados critérios: questões legais concernentes à alteração do suporte;
capacidade de recuperação das informações antes e depois de processar a
alteração do suporte; custo da operação; definição da melhor técnica, de
forma a assegurar a qualidade da reprodução, a durabilidade do novo suporte
e o acesso à informação; e a existência de depósitos e equipamentos de
segurança que venham a garantir a preservação do novo suporte.

Portanto, o item está correto.

04. (Cespe – Policia Federal – Escrivão – 2009) - Ofícios, memorandos,


cartas, telegramas e e-mails são tipologias documentais.

Resolução:

Os itens trazidos no enunciado dizem respeito à espécie documental.

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O tipo documental é a divisão de espécie documental que reúne documentos


por suas características comuns no que diz respeito à fórmula diplomática,
natureza de conteúdo ou técnica do registro, exemplos de tipos documentais:
cartas precatórias, cartas régias, cartas-patentes, decretos sem número,
decretos-leis, decretos legislativos. Portanto, item errado.

Vamos tratar, agora, de um tipo especial de suporte: o microfilme.

A microfilmagem é uma técnica que permite criar uma cópia do documento em


formato micrográfico (microfilme ou microficha).

A primeira e mais importante razão para justificar o uso da microfilmagem é a


economia de espaço. O microfilme é uma imagem reduzida de uma forma
maior; é, portanto, o tamanho extraordinariamente reduzido da imagem de
um documento qualquer.

Podemos resumir as vantagens do microfilme nos seguintes pontos:

• economia de espaço;
• acesso fácil e rápido;
• segurança e garantia da confidencialidade das informações; e
• durabilidade.

A regulamentação desse processo reprográfico está na Lei no 5.433/68 e no


Decreto no 1.799/96.

Aconselhamos que leia esses dois normativos – somados, não chegam


a cinco páginas. O CESPE tira a maioria das questões de
microfilmagem diretamente dessas normas.

A própria legislação trás a definição de microfilme e do processo de


microfilmagem:

O art. 1º da Lei no 5.433/68 fala que:

“É autorizada, em todo o território nacional, a microfilmagem de documentos


particulares e oficiais arquivados, estes de órgãos federais, estaduais e
municipais.”

Já o art. 1º do Decreto no 1.799/96 traz que:

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“A microfilmagem, em todo território nacional, autorizada pela Lei n° 5.433, de


8 de maio de 1968, abrange os documentos oficiais ou públicos, de qualquer
espécie e em qualquer suporte, produzidos e recebidos pelos órgãos dos
Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, inclusive da Administração indireta
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e os documentos
particulares ou privados, de pessoas físicas ou jurídicas.”

O mesmo decreto define no art. 2º que:

“Entende-se por microfilme, para fins deste Decreto, o resultado do processo


de reprodução em filme, de documentos, dados e imagens, por meios
fotográficos ou eletrônicos, em diferentes graus de redução.”

Outra disposição importante diz respeito à possibilidade ou não da eliminação


do documento depois de microfilmado, veja o que dizem os arts. 11 e 13 do
Decreto no 1.799/96:

“Art. 11. Os documentos, em tramitação ou em estudo, poderão, a critério da


autoridade competente, ser microfilmados, não sendo permitida a sua
eliminação até a definição de sua destinação final.”

(...)

“Art. 13. Os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda permanente,


não poderão ser eliminados após a microfilmagem, devendo ser recolhidos ao
arquivo público de sua esfera de atuação ou preservados pelo próprio órgão
detentor.”

Ou seja, mesmo os documentos microfilmados devem obedecer aos critérios


estabelecidos de eliminação e guarda permanente. A microfilmagem não
autoriza por si só a eliminação do documento.

Outro ponto importante diz respeito aos efeitos legais do documento


microfilmado, veja o que diz o art. 1º, § 1º, da Lei no 5.433/68:

“Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as certidões, os traslados e
as cópias fotográficas obtidas diretamente dos filmes produzirão os mesmos
efeitos legais dos documentos originais em juízo ou fora dele.” (grifo nosso)

Ou seja, os documentos microfilmados produzem os mesmos efeitos dos


originais.

Vamos ver algumas questões sobre esse assunto:


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05. (CESPE – ANVISA – Técnico Administrativo – 2007) - Microfilmagem


é a produção de imagens fotográficas de um documento em formato altamente
reduzido.

Resolução:

A microfilmagem é a produção de imagens fotográficas de um documento em


formato altamente reduzido. É exatamente isso.

Portanto, o item está correto.

06. (CESPE – ANVISA -Técnico Administrativo – 2007) - Uma das


vantagens da microfilmagem é a característica de poder prescindir da
organização arquivística de documentos e do estabelecimento de um programa
de avaliação e seleção do acervo documental.

Resolução:

Essa questão está completamente errada.

As vantagens da microfilmagem são a redução sensível de espaço; o acesso


fácil e rápido; a segurança e a garantia da confidencialidade das informações;
e a durabilidade.

Não faz sentido falar que documentos microfilmados podem prescindir da


organização arquivística e do estabelecimento de um programa de avaliação e
seleção do acervo documental, pelo simples fato de serem parte do arquivo.

Ou seja, independente do gênero ou do suporte documental, todos os


documentos que compõem o arquivo devem ser organizados de acordo com as
técnicas arquivísticas e submetidos às atividades inerentes a gestão do
arquivo, como classificação, arquivamento, avaliação e destinação.

Portanto, cuidado, microfilme é um documento do arquivo e deve ser tratado


como tal.

7. (CESPE – TRE/MA - Técnico Judiciário/Administrativa -2009 –


Adaptada) - O microfilme ainda não tem reconhecimento legal no Brasil.

Resolução:

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Vimos que o microfilme é reconhecido legalmente no Brasil, pela Lei


no 5.433/68 e pelo Decreto no 1.799/96.

Portanto, o item está errado.

08. (CESPE – SEPLAG/DFTRANS - Analista de Transportes


Urbanos/Arquivista - 2008) - Os documentos em tramitação ou em estudo
podem, a critério da autoridade competente, ser microfilmados, não sendo
permitida a sua eliminação até a definição de sua destinação final.

Resolução:

Vimos que a microfilmagem por si só não autoriza a eliminação do documento


original.

Portanto, o item está correto.

09. (CESPE – TRE/GO - Técnico Judiciário /Administrativa – 2009 -


Adaptada) - Apesar de ser um processo de reprodução de documentos
tradicionalmente muito utilizado, a microfilmagem não deve ser realizada
quando houver intenção de eliminar os originais, pois tal processo não pode,
em circunstância alguma, ter validade em juízo.

Resolução:

A questão está errada, pois afirma que a microfilmagem não tem validade em
juízo, vimos que a microfilmagem produz os mesmos efeitos legais do
documento original.

10. (CESPE – TRE/GO - Técnico Judiciário /Administrativa – 2009 -


Adaptada) - A atual legislação somente autoriza a eliminação de documentos
permanentes após sua reprodução por meio dos processos de microfilmagem
ou digitalização, desde que garantida a autenticidade da cópia.

Resolução:

Como visto, os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda


permanente, não poderão ser eliminados após a microfilmagem, devendo ser
recolhidos ao arquivo público de sua esfera de atuação ou preservados pelo
próprio órgão detentor.

Portanto, o item está errado.

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11. (CESPE – Defensoria Pública da União – Agente Administrativo –


2010 - Adaptada) O procedimento de microfilmagem é indicado apenas para
os processos que estejam em péssimo estado de conservação.

Resolução:

A lógica da microfilmagem é justamente trazer segurança e garantia da


confidencialidade e durabilidade das informações, ou seja, se antecipar à
deterioração do documento.

Assim, espera-se que a microfilmagem seja feita antes do documento estar


deteriorado e não depois.

Logo o item está errado.

Preservação e conservação documental

Como vimos nas aulas passadas, o arquivo permanente, além da guarda, deve
se preocupar também com a preservação dos documentos da instituição, de
forma a garantir que os valores secundários (histórico e cultural, probatório e
informativo), inerentes a essa idade do arquivo, não sejam perdidos.

A preservação de documentos envolve três atividades: conservação,


armazenamento e restauração.

• O principal objetivo da conservação é estender a vida útil dos


documentos, procurando mantê-los o mais próximo possível do estado
físico em que foram criados.

• O armazenamento é a guarda ou acondicionamento de documentos em


depósitos.

• Já, a restauração tem por objetivo revitalizar a concepção original, ou


seja, a legibilidade do documento.

A preservação dos documentos se dá por meio de adequado controle ambiental


e tratamento físico ou químico, desta forma, procura-se prevenir a
deterioração dos documentos.

Chamamos de controle ambiental o conjunto de procedimentos para criação


e manutenção de ambiente de armazenamento propício à preservação,
compreendendo controle de temperatura, da umidade relativa, da qualidade do
ar, da luminosidade, bem como prevenção de infestação biológica,
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procedimentos de manutenção, segurança e proteção contra fogo e danos por


água.

Há uma série de tratamentos e técnicas que podem ser utilizadas na


conservação dos documentos.

A doutrina da Marilena Leite Paes (que o CESPE adora) cita quatro principais
operações de conservação: desinfestação, limpeza, alisamento, restauração
ou reparo.

• Desinfestação: Processo de destruição ou inibição da atividade de


insetos.

• Higienização ou limpeza: Retirada, por meio de técnicas apropriadas,


de poeira e outros resíduos.

• Alisamento: consiste em colocar os documentos em bandejas de aço


inoxidável e expô-los à ação do ar com forte percentagem de umidade,
durante uma hora e, em seguida, passá-los a ferro, folha por folha.

• Restauração ou reparo: Conjunto de procedimentos específicos para


recuperação e reforço de documentos deteriorados e danificados.

Atenção: apesar de alguns autores considerarem restauração como


atividade distinta da conservação, o CESPE segue a doutrinadora
Marilena Leite Paes, que considera essa atividade como parte da
conservação de documentos.

Podemos citar ainda outras técnicas:

• Climatização: Processo de adequar, por meio de equipamentos, a


temperatura e a umidade relativa do ar a parâmetros favoráveis à
preservação dos documentos.

• Desacidificação: Processo pelo qual o valor do pH do papel é elevado a


um mínimo de 7, com vistas à sua preservação.

• Encapsulação: Processo de preservação no qual o documento é


protegido entre folhas de poliéster transparente, cujas bordas são
seladas.

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• Fumigação: Exposição de documentos a vapores químicos, geralmente


em câmaras especiais, a vácuo ou não, para destruição de insetos,
fungos e outros microorganismos.

A conservação está diretamente relacionada ao local de guarda dos


documentos e às variáveis climáticas aos quais estão submetidos.

Não é importante para você entrar em detalhes técnicos de como conservar


documentos. Contudo, tenha em mente alguns pontos importantes, que, na
realidade, são bem intuitivos.

• Luminosidade: deve-se procurar usar luz artificial (com parcimônia),


enquanto que a luz do dia deve ser evitada, pois acelera o
desaparecimento da tinta e enfraquece o papel.

• Umidade: ar muito seco enfraquece o papel e ambientes muito úmidos


causam o aparecimento de mofo, o ideal é uma umidade intermediária
(45%-60%).

• Temperatura: não deve sofrer muitas oscilações – ambientes muito


quentes podem destruir a fibra do papel.

Ou seja, o ideal sempre é o meio termo: nem muito frio, nem muito quente;
nem muito seco, nem muito úmido. A única exceção é a luminosidade, que
sempre deve ser pouca.

Agora, vamos ver algumas questões sobre esse assunto:

12. (CESPE – TRE/MA - Técnico Judiciário/Administrativa -2009 –


Adaptada) - A preservação é a função arquivística que permite a agilização do
acesso aos documentos.

Resolução:

A preservação não é a função arquivística que permite a agilização do acesso


aos documentos, é o conjunto de atividades de conservação, armazenamento
e restauração que permitem preservar os documentos do arquivo permanente.

Portanto, o item está errado.

13. (CESPE – TRE/GO - Técnico Judiciário /Administrativa – 2009 -


Adaptada) - Denomina-se conservação o conjunto de atividades que visam à
preservação dos documentos, isto é, ações realizadas com o objetivo de
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desacelerar os processos de degradação por meio de controle ambiental e de


tratamentos específicos, como higienização, acondicionamento, reparos e
outros.

Resolução:

Como vimos, a conservação promove a preservação dos documentos. Ou seja,


por meio de adequado controle ambiental e tratamento físico ou químico,
procura-se prevenir a deterioração dos documentos.

A conservação se dá pelo controle ambiental, que representa o conjunto de


procedimentos para criação e manutenção de ambiente de armazenamento
propício à preservação, e compreende o controle de temperatura, da umidade
relativa, da qualidade do ar, da luminosidade, bem como prevenção de
infestação biológica, procedimentos de manutenção, segurança e proteção
contra fogo e danos por água.

Portanto, a questão está correta.

14. (CESPE – TRE/MG - Técnico Judiciário – Administrativa – 2009 –


Adaptada) As principais operações de conservação dos documentos são:
desinfestação, limpeza, alisamento e restauração.

Resolução:

Podemos resolver essa questão, facilmente, com o que acabamos de ver.

Falemos que, para o CESPE, as quatro principais operações de


conservação são desinfestação, limpeza, alisamento, restauração ou
reparo.

Portanto, o item está correto.

15. (CESPE – TRE/MA - Técnico Judiciário/Administrativa -2009 –


Adaptada) - A conservação compreende os cuidados prestados aos
documentos e não se refere ao local de guarda.

Resolução:

Depois do que vimos, essa questão ficou fácil...

A conservação está diretamente relacionada ao local de guarda, devido aos


fatores que influenciam diretamente a vida dos documentos, como
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luminosidade, umidade, temperatura, pragas (insetos e microorganismos),


poluição etc.

Ou seja, a localização do arquivo é fundamental para sua preservação.

Portanto, o item está errado.

16. (CESPE – TRE/MG - Técnico Judiciário – Administrativa – 2009 –


Adaptada) - A umidade mais alta e a baixa temperatura são condições ideais
para a preservação dos documentos arquivísticos em papel.

Resolução:

Vimos que a umidade alta e temperatura baixa não são condições ideais para a
preservação dos documentos arquivísticos em papel.

Portanto, o item está errado.

17. (Cespe – Policia Federal – Escrivão – 2009) - A luz solar, o ar seco, a


elevada umidade, o mofo, as grandes variações de temperatura e a poeira são,
a médio e longo prazos, prejudiciais à conservação dos documentos.

Resolução:

Lembrando que, quanto à conservação dos documentos:

• Luminosidade: deve-se procurar usar luz artificial (com parcimônia),


enquanto que a luz do dia deve ser evitada, pois acelera o
desaparecimento da tinta e enfraquece o papel.

• Umidade: ar muito seco enfraquece o papel e ambientes muito úmidos


causam o aparecimento de mofo, o ideal é uma umidade intermediária
(45%-60%).

• Temperatura: não deve sofrer muitas oscilações – ambientes muito


quentes podem destruir a fibra do papel.

Portanto, item está correto.

18. (CESPE – TRE/MA - Técnico Judiciário/Administrativa -2009 –


Adaptada) - A desinfestação e o alisamento são técnicas de restauração de
documentos.

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Resolução:

Vimos que desinfestação, limpeza, alisamento e restauração são


técnicas de conservação de documentos.

Portanto, o item está errado.

Restauração de documentos

Esse é um assunto não muito cobrado, contudo, vamos dar uma passada
rápida em alguns dos vários métodos existentes para restaurar documentos.

O método ideal é aquele que aumenta a resistência do papel ao


envelhecimento natural e às agressões externas do meio ambiente – mofo,
pragas, gases, manuseio – sem que advenha prejuízo quanto à legibilidade e
flexibilidade, e sem que aumento o volume e o peso.

Vamos uma breve descrição dos principais métodos de restauração (não se


preocupe em gravar os detalhes de cada um, mas apenas quais são os
métodos de restauração):

• Silking

Esse método utiliza tecido de grande durabilidade, mas devido ao uso de


adesivo à base de amido, afeta suas qualidades permanentes. Tanto a
legibilidade quanto a flexibilidade, a reprodução e o exame pelos
raios ultravioletas e infravermelhos são pouco prejudicados. É, no
entanto, um processo de difícil execução e cuja matéria-prima é de alto
custo.

• Banho de gelatina

Consiste em mergulhar o documento em banho de gelatina ou cola, o


que aumenta a sua resistência, não prejudica a visibilidade e
flexibilidade e proporciona a passagem dos raios ultravioletas e
infravermelhos. Os documentos, porém, tratados por este processo, que
é manual, tornam-se suscetíveis ao ataque de insetos e fungos,
além de exigir habilidade do executor.

• Tecido

Processo de reparação em que são usadas folhas de tecido muito fino,


aplicadas com pasta de amido. A durabilidade do papel é aumentada
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consideravelmente, mas o emprego do amido propicia o ataque de


insetos e fungos, impede o exame pelos raios ultravioletas e
infravermelhos, além de reduzir a legibilidade e flexibilidade.

• Laminação

Processo em que se envolve o documento, nas duas faces, com uma


folha de papel de seda e outra de acetato de celulose, prensado sob
pressão e temperatura elevada.
A durabilidade e as qualidades permanentes do papel são asseguradas
sem a perda da legibilidade e da flexibilidade, tornando-o imune à
ação de fungos e pragas. Qualquer mancha resultante do uso pode ser
removida com água e sabão.

O volume do documento é reduzido, mas o peso duplica. A


aplicação, por ser mecanizada, é rápida e a matéria-prima, de fácil
obtenção. O material empregado na restauração não impede a
passagem dos raios ultravioletas e infravermelhos. Assim, as
características da laminação são as que mais se aproximam do
método Ideal.

• Laminação manual

Utiliza a matéria-prima básica da laminação mecanizada, embora não


empregue calor nem pressão, que são substituídos pela acetona. Esta,
ao entrar em contato com o acetato, transforma-o em camada
semiplástica que, ao secar, adere ao documento, juntamente com o
papel de seda.

A laminação manual, também chamada de laminação com solvente,


oferece grande vantagem àqueles que não dispõem de recursos
para instalar equipamentos mecanizados.

• Encapsulação

Utiliza basicamente películas de poliéster e fita adesiva de duplo


revestimento. O documento é colocado entre duas lâminas de poliéster
fixadas nas margens externas por fita adesiva nas duas faces; entre o
documento e a fita deve haver um espaço de 3mm, deixando o
documento solto dentro das duas lâminas.

A encapsulação é considerada um dos mais modernos processos de


restauração de documentos.
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Por último, vamos ver algumas questões sobre restauração:

19. (CESPE – TRE/MA - Técnico Judiciário/Administrativa -2009 –


Adaptada) - O silking é um método de desinfestação que combate os insetos
e apresenta maior eficiência que a fumigação.

Resolução:

Não precisamos saber muitos detalhes sobre os processos de restauração, mas


somente quais são os tipos (é isso que você deve gravar). Assim, aprendemos
que o silking não é um método de desinfestação que combate os insetos, é um
método de restauração.

Portanto o item está errado.

20. (CESPE – Defensoria Pública da União – Arquivista – 2010 -


Adaptada) - São considerados agentes de degradação dos documentos, entre
outros: fatores ambientais, como temperatura e umidade; e fatores físicos,
como insetos e roedores. Quando há um programa de restauração implantado
no arquivo, eliminam-se totalmente as causas do processo de deterioração.

Resolução:

Podemos classificar os agentes de degradação como:

• FÍSICOS – luminosidade, temperatura, umidade etc.

• QUÍMICOS - acidez do papel, poluição atmosférica, tintas etc.

• BIOLÓGICOS – insetos, fungos, roedores etc.

• AMBIENTAIS – ventilação, poeira etc.

Portanto, temperatura e umidade são fatores físicos e não ambientais, e


insetos e roedores são fatores biológicos e não físicos.

Além disso, a restauração não visa preservar os documentos, muito menos


garante totalmente que cessam as causas de deterioração. A restauração
objetiva recuperar os documentos.

Logo, o item está errado.

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Simulado

Bom, agora que você já aprendeu todos os conceitos que tratamos ao longo do
curso, nossa sugestão é que tente resolver essas 30 questões sem pesquisar o
restante do material.

Tudo bem?

Depois, veja seu resultado, confira com a resolução proposta nas páginas
posteriores e, finalmente, visualize que tópicos da matéria precisam ser
revisitados com mais calma.

Vamos lá!

01 (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) O acervo arquivístico acumulado pelas empresas públicas e pelas
sociedades de economia mista é considerado, de acordo com a legislação,
arquivo público.

02. (Cespe – Ministério da Integração – Assistente Técnico-


Administrativo – 2009) - Os arquivos correntes são constituídos de
documentos com pouca frequência de uso que, pelo valor informativo que
apresentam, são mantidos próximos de quem os recebe ou os produz.

03. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) O armazenamento dos documentos dos arquivos correntes deve,
pelas características dessa fase, ser centralizado em um único lugar no órgão
público ou empresa privada.

04. (CESPE – SEPLAG/DFTRANS - Analista de Transportes


Urbanos/Arquivista - 2008) - Guarda temporária é sinônimo de arquivo
intermediário.

05. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) Os arquivos intermediários são formados por documentos
semiativos, que não precisam ser mantidos próximos aos usuários diretos.

06. (Cespe – Policia Federal – Escrivão – 2009) - O documento de


arquivo somente adquire sentido se relacionado ao meio que o produziu, e o
seu conjunto tem de retratar a estrutura e as funções do órgão que acumulou
esse documento.

07. (CESPE – SECAD/TO – Papiloscopista – 2008) - Manuscritos


colecionados por uma instituição podem ser considerados arquivos.
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08. (CESPE – SECAD/TO – Papiloscopista – 2008) - A principal finalidade


dos arquivos é servir à administração, constituindo-se, com o decorrer do
tempo, em base para o conhecimento da história.

09. (Cespe – Policia Federal – Escrivão – 2009) - O princípio de respeito


aos fundos é fundamental para a ordenação dos acervos arquivísticos de
terceira idade, o que torna evidente que a estrutura e o funcionamento da
administração são os elementos que guiam o arranjo dos documentos.

10. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) As funções de criação, avaliação, aquisição, classificação,
descrição, difusão e preservação se fundamentam no princípio arquivístico da
proveniência.

11. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) Os objetivos de produção dos arquivos estão relacionados às
questões administrativas, funcionais e legais.

12. (Cespe – Policia Federal – Escrivão – 2009) - Documentos


iconográficos são aqueles em formatos e dimensões variáveis, com
representações geográficas, arquitetônicas ou de engenharia.

13. (CESPE – MMA - Agente Administrativo – 2009) - A gestão de


documentos é aplicada originalmente na idade permanente.

14. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) A gestão de documentos é um dos elementos da gestão da
informação em um órgão público ou empresa privada e se distingue dos outros
estoques informacionais pela natureza e pelas características do documento de
arquivo.

15. (CESPE – MMA - Agente Administrativo – 2009) - Na gestão de


documentos, a fase de produção refere-se à elaboração de documentos
resultantes de atividades de um órgão ou setor e contribui para que sejam
criados apenas documentos essenciais à administração e evitadas a duplicação
e a emissão de vias desnecessárias.

16. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) A passagem pelo arquivo intermediário indica que o documento vai
ter como destinação final a eliminação.

17. (CESPE – MMA - Agente Administrativo – 2009) A inclusão de dados


sobre o documento em uma base de dados é conhecida como registro de
documentos e faz parte das atividades de protocolo, vinculadas aos arquivos
correntes.

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18. (CESPE – Defensoria Pública da União – Agente Administrativo –


2010 - Adaptada) As rotinas do setor de protocolo incluem atividades de
classificação, registro, avaliação e empréstimo de documentos.

19. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) – O curso do documento desde a sua produção ou recepção até o
cumprimento de sua função é conhecido como distribuição.

20. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) - A principal função da avaliação é a eliminação de documentos.

21. (Cespe – Policia Federal – Escrivão – 2009) - O acesso aos


documentos recolhidos ao arquivo permanente, por natureza, é restrito, e
esses documentos podem ser consultados apenas com autorização da
instituição que os acumulou.

22. (CESPE – SECAD/TO – Papiloscopista – 2008) - Os prazos de


prescrição e decadência de direitos, que podem ser verificados na legislação
em vigor, são elementos importantes para o trabalho de avaliação de
documentos.

23. (CESPE – TRE/GO - Técnico Judiciário /Administrativa – 2009 -


Adaptada) Os processos de passagem de documentos do arquivo corrente
para o intermediário e deste para o permanente são denominados,
respectivamente, arquivamento e acondicionamento.

24. (CESPE – Defensoria Pública da União – Agente Administrativo –


2010 - Adaptada) Os documentos na fase intermediária, ou segunda idade
dos arquivos são recebidos por transferência dos arquivos correntes.

25. (CESPE – SEPLAG/DFTRANS - Analista de Transportes


Urbanos/Arquivista - 2008) - Os documentos de guarda temporária devem
ser mantidos por cinco anos.

26. (CESPE – ANVISA -Técnico Administrativo – 2007) - Arranjo,


descrição, publicação, preservação, avaliação, criação e referência são
atividades desenvolvidas nos arquivos permanentes.
27. (CESPE – Defensoria Pública da União – Agente Administrativo –
2010 - Adaptada) Considere que os documentos de um determinado setor da
DPU estejam organizados com base na procedência ou local. Nessa situação, o
método de arquivamento adotado denomina-se onomástico.

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28. (CESPE – TRE/MG - Técnico Judiciário – Administrativa – 2009 –


Adaptada) - De acordo com as regras de alfabetação, está correta a seguinte
apresentação de ordenação de pastas de funcionários de um órgão:
D’Almeida, Paulo
D’Andrade, Roberto
D’Carmo, Anísio

29. (Cespe – Policia Federal – Escrivão – 2009) - A microfilmagem é


grande aliada da redução de espaço ocupado pelos documentos arquivísticos
em papel, bem como da preservação dos documentos originais. Entretanto, no
caso dos documentos considerados de valor permanente, a microfilmagem não
permite a eliminação dos documentos originais.

30. (CESPE – Defensoria Pública da União – Agente Administrativo –


2010 - Adaptada) Acondicionamento é a sequência de operações intelectuais
e físicas que corresponde à guarda ordenada de documentos.

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GABARITO:

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C E E C C C E C C C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C E E C C E E E E E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E C E C E E E E C E

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Resolução de questões do simulado

01 (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) O acervo arquivístico acumulado pelas empresas públicas e pelas
sociedades de economia mista é considerado, de acordo com a legislação,
arquivo público.

Resolução:

O arquivo acumulado pela administração indireta, incluindo empresas estatais,


é considerado arquivo público, logo a questão está correta.

02. (Cespe – Ministério da Integração – Assistente Técnico-


Administrativo – 2009) - Os arquivos correntes são constituídos de
documentos com pouca frequência de uso que, pelo valor informativo que
apresentam, são mantidos próximos de quem os recebe ou os produz.

Resolução:

Guarde bem: Os arquivos correntes são constituídos de documentos em curso


ou consultados frequentemente, ao contrário do que afirma o enunciado.
Portanto, item errado.

03. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) O armazenamento dos documentos dos arquivos correntes deve,
pelas características dessa fase, ser centralizado em um único lugar no órgão
público ou empresa privada.

Resolução:

Apesar de os arquivos correntes poderem ser centralizados, essa não é


necessariamente a regra.

Lembre que nessa fase os documentos são frequentemente acessados e


portanto, a descentralização pode ser utilizada para dar maior agilidade à
gestão dos documentos.

Finalmente, não esqueça que, em suas fases, intermediária e permanente, os


arquivos devem ser centralizados, embora possam existir depósitos de
documentos fisicamente separados.

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Idade do Valor Frequência de


Localização
arquivo predominante uso
Próximo aos
Corrente Primário Alta
escritórios
Distante dos
Intermediário Primário Média
escritórios
Distante dos
Permanente Secundário Baixa
escritórios

O item está, portanto, errado.

04. (CESPE – SEPLAG/DFTRANS - Analista de Transportes


Urbanos/Arquivista - 2008) - Guarda temporária é sinônimo de arquivo
intermediário.

Resolução:

Exatamente. A permanência dos documentos no arquivo intermediário é


transitória, portanto, temporária. Lembre-se, por isso, o arquivo intermediário
é também chamado de “limbo” ou “purgatório”.

Os documentos são mantidos no arquivo intermediário, onde aguardam a


sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.

05. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) Os arquivos intermediários são formados por documentos
semiativos, que não precisam ser mantidos próximos aos usuários diretos.

Resolução:

Correto. Os arquivos intermediários são aqueles que ainda possuem valor


primário, mas não são utilizados com frequência, não precisando, portanto, ser
mantidos próximos aos usuários.

06. (Cespe – Policia Federal – Escrivão – 2009) - O documento de


arquivo somente adquire sentido se relacionado ao meio que o produziu, e o
seu conjunto tem de retratar a estrutura e as funções do órgão que acumulou
esse documento.

Resolução:

O enunciado está perfeito. O documento de arquivo só tem sentido se


relacionado ao meio que o produziu. Eles atestam e comprovam as atividades
do órgão ou instituição que os produziu e/ou recebeu no decorrer de suas
atividades. Seu conjunto deve retratar a estrutura e as funções do órgão
gerador / acumulador. Portanto, item correto.

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07. (CESPE – SECAD/TO – Papiloscopista – 2008) - Manuscritos


colecionados por uma instituição podem ser considerados arquivos.

Resolução:

Já percebeu onde está o erro?

Ora, não há possibilidade de coleção nos arquivos, pois é fundamental a


relação orgânica entre seus elementos, os documentos de arquivo
surgem obrigatoriamente dentro das funções e atividades de uma
administração.

Uma das características básicas dos arquivos é que o conjunto de documentos


deve ter relação orgânica e origem em decorrência do exercício de atividades
específicas das entidades que os produziram e receberam.

Portanto, não se considera arquivo uma coleção particular, reunida por uma
pessoa ou instituição.

A questão está errada.

08. (CESPE – SECAD/TO – Papiloscopista – 2008) - A principal finalidade


dos arquivos é servir à administração, constituindo-se, com o decorrer do
tempo, em base para o conhecimento da história.

Resolução:

Outra questão que cobra o conhecimento do art. 1º da Lei nº 8.159, de 1991.

Mas, vamos um pouquinho além.

Inicialmente, devemos salientar que o § 3º do art. 8º da Lei nº 8.159, de


1991, dispõe que os conjuntos de documentos públicos de valor histórico,
probatório e informativo devem ser definitivamente preservados.
(arquivos permanentes, lembra-se?)

Vamos recordar também os valores dos documentos:

O valor primário é atribuído ao documento em função do interesse que possa


ter para a entidade produtora, levando-se em conta a sua utilidade para fins
administrativos, legais e fiscais.

Já, o valor secundário é atribuído a um documento em função do interesse


que possa ter para a entidade produtora e outros usuários, tendo em vista a
sua utilidade para fins diferentes daqueles para os quais foi originalmente
produzido.

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Nesse sentido, tendo em vista o valor primário, os arquivos têm como


finalidade principal, apoiar a administração a qual pertencem, promovendo
programas de gestão de documentos, para que estes cumpram com suas
finalidades.

Em um segundo momento, os arquivos têm a finalidade de recolher, preservar


e dar acesso aos documentos que possuam um valor histórico, cultural,
informativo, de prova etc. (valor secundário)

Portanto, a questão está certa.

09. (Cespe – Policia Federal – Escrivão – 2009) - O princípio de respeito


aos fundos é fundamental para a ordenação dos acervos arquivísticos de
terceira idade, o que torna evidente que a estrutura e o funcionamento da
administração são os elementos que guiam o arranjo dos documentos.

Resolução:

Ao se tratar de arquivo permanente (=terceira idade), deve-se sempre levar


em consideração o princípio da proveniência, ou seja, o respeito aos fundos.

O arranjo, por sua vez, consiste na reunião e ordenação adequada dos


documentos no arquivo permanente.

Desta forma, respeitando-se o princípio da proveniência, o arranjo feito deverá


espelhar a estrutura e a administração do órgão que os produziu. Portanto, o
item está certo.

10. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) As funções de criação, avaliação, aquisição, classificação,
descrição, difusão e preservação se fundamentam no princípio arquivístico da
proveniência.

Resolução:

A gestão de documentos dentro de um arquivo deve objetivar a manutenção


da individualidade, do caráter orgânico desse arquivo (=respeito aos fundos).
Ou seja, estamos falando do princípio da proveniência, portanto, o item está
correto.

11. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) Os objetivos de produção dos arquivos estão relacionados às
questões administrativas, funcionais e legais.

Resolução:

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Perfeito. O objetivo primordial da produção dos arquivos está relacionado ao


seu valor primário, ou seja, às questões administrativas, funcionais e legais.

Logo, o item está correto.

12. (Cespe – Policia Federal – Escrivão – 2009) - Documentos


iconográficos são aqueles em formatos e dimensões variáveis, com
representações geográficas, arquitetônicas ou de engenharia.

Resolução:

Documentos iconográficos: suporte sintético, em papel emulsionado, como


fotografias, diapositivos, desenhos etc.; documentos cartográficos:
representações geográficas, arquitetônicas ou de engenharia (mapas, plantas,
perfis etc.). Portanto, item errado.

13. (CESPE – MMA - Agente Administrativo – 2009) - A gestão de


documentos é aplicada originalmente na idade permanente.

Resolução:

A idade permanente corresponde à última fase do ciclo de vida do documento,


portanto, a gestão documental não começa aí, é lógico.

A gestão documental deve envolver todas as fases do ciclo de vida do


documento. Ou seja, “começar do começo” – na fase corrente.

Portanto a assertiva está errada.

14. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) A gestão de documentos é um dos elementos da gestão da
informação em um órgão público ou empresa privada e se distingue dos outros
estoques informacionais pela natureza e pelas características do documento de
arquivo.

Resolução:

Perfeito. Item correto.

A gestão de documentos realmente faz parte da gestão de informações de uma


instituição, guardando as peculiaridades inerentes à arquivologia que
discutimos ao longo do nosso curso.

15. (CESPE – MMA - Agente Administrativo – 2009) - Na gestão de


documentos, a fase de produção refere-se à elaboração de documentos
resultantes de atividades de um órgão ou setor e contribui para que sejam

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criados apenas documentos essenciais à administração e evitadas a duplicação


e a emissão de vias desnecessárias.

Resolução:

Essa questão trata da fase de produção de documentos. Pelo que já


estudamos, fica fácil respondê-la, não?

Veja só...

Vimos que a fase de produção refere-se à elaboração de documentos em


razão das atividades específicas de um órgão ou setor. Além disso,
falamos que uma importante característica dessa fase é a otimização da
criação de documentos, evitando duplicações e a emissões de vias
desnecessárias.

Portanto, o item é correto.

16. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) A passagem pelo arquivo intermediário indica que o documento vai
ter como destinação final a eliminação.

Resolução:

Opa... calma aí...

A passagem pelo arquivo intermediário não indica necessariamente que o


documento vai ser eliminado, pois seu destino pode ser também a guarda no
arquivo permanente.

Logo, questão errada.

17. (CESPE – MMA - Agente Administrativo – 2009) A inclusão de dados


sobre o documento em uma base de dados é conhecida como registro de
documentos e faz parte das atividades de protocolo, vinculadas aos arquivos
correntes.

Resolução:

Temos que checar se as atividades são do tipo RE-CLA-RE-MO. Lembra desse


mnemônico? São as atividades de Recebimento, Classificação, Registro e
Movimentação dos documentos

Nessa questão, temos:


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• Recebimento e Classificação
• Registro e Movimentação
• Conservação e preservação (?)

Conservar e preservar os documentos não fazem parte das atividades de


recebimento, classificação, registro ou movimentação.

Portanto, o item está errado.

18. (CESPE – Defensoria Pública da União – Agente Administrativo –


2010 - Adaptada) As rotinas do setor de protocolo incluem atividades de
classificação, registro, avaliação e empréstimo de documentos.

Resolução:

Mais uma questão sobre as atividades do protocolo...

Lembre do Re-Cla-Re-Mo!

Pois bem, avaliação não faz parte das atividades do protocolo, logo o item está
errado.

19. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) – O curso do documento desde a sua produção ou recepção até o
cumprimento de sua função é conhecido como distribuição.

Resolução:

O curso do documento desde sua produção até o cumprimento da sua função


constitui toda a gestão do documento corrente e não somente a distribuição
que é uma das atividades do protocolo.

Portanto, item incorreto.

20. (CESPE – Defensoria Pública da União - Arquivista – 2010 -


Adaptada) - A principal função da avaliação é a eliminação de documentos.

Resolução:

A avaliação é o processo de analisar o valor e a frequência de uso do


documento, com objetivo de definir sua destinação.

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Essa destinação, como vimos, pode ser a guarda no arquivo permanente ou a


eliminação. Dessa forma, está errado falar que a principal função da avaliação
é a eliminação de documentos.

21. (Cespe – Policia Federal – Escrivão – 2009) - O acesso aos


documentos recolhidos ao arquivo permanente, por natureza, é restrito, e
esses documentos podem ser consultados apenas com autorização da
instituição que os acumulou.

Resolução:

Ora, por natureza, os documentos mantidos nos arquivos permanentes são


providos de valor histórico-cultural, ou seja, servem para consulta. Portanto, o
item está errado.

22. (CESPE – SECAD/TO – Papiloscopista – 2008) - Os prazos de


prescrição e decadência de direitos, que podem ser verificados na legislação
em vigor, são elementos importantes para o trabalho de avaliação de
documentos.

Resolução:

Vimos que a avaliação é o processo de análise de documentos, visando a


estabelecer sua destinação (guarda temporária ou permanente, ou
eliminação), de acordo com os valores primários e secundários que lhes são
atribuídos.

Além disso, também falamos de alguns pontos-chave que devem ser


considerados nesse processo. Um deles refere-se aos prazos de prescrição e
decadência de direitos.

Ora, isso tudo é bem lógico, não?

Temos que levar em contas os prazos prescricionais e decadenciais antes de


eliminar um documento. Pense no seu imposto de renda. Você não tem que
guardar todos os documentos por, pelo menos, cinco anos?

Portanto, o item está certo.

23. (CESPE – TRE/GO - Técnico Judiciário /Administrativa – 2009 -


Adaptada) Os processos de passagem de documentos do arquivo corrente

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para o intermediário e deste para o permanente são denominados,


respectivamente, arquivamento e acondicionamento.

Resolução:

Arquivamento e Acondicionamento? Nada a ver!

Arquivamento, como vimos, é uma das fases da gestão de documentos, que


consiste no conjunto de operações destinadas ao acondicionamento e
ao armazenamento de documentos.

Acondicionamento são as formas de embalagem ou guarda de


documentos visando à sua preservação e acesso.

Sabemos que os processos de passagem de documentos do arquivo


corrente para o intermediário e deste para o permanente são denominados,
respectivamente, transferência e recolhimento.

Portanto, o item está errado.

24. (CESPE – Defensoria Pública da União – Agente Administrativo –


2010 - Adaptada) Os documentos na fase intermediária, ou segunda idade
dos arquivos são recebidos por transferência dos arquivos correntes.

Resolução:

Vamos lembrar da diferença entre transferência e recolhimento.

• Transferência: passagem do arquivo corrente para o intermediário.

• Recolhimento: passagem do arquivo corrente para o permanente.

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Valor Frequência de uso Destino

permanece no arquivo
com valor primário alta
corrente

transferência para o
com valor primário baixa
arquivo intermediário

sem valor primário, mas recolhimento para o


baixa
com valor secundário arquivo permanente

sem valor primário e


- eliminação
secundário

Logo o item está correto.

25. (CESPE – SEPLAG/DFTRANS - Analista de Transportes


Urbanos/Arquivista - 2008) - Os documentos de guarda temporária devem
ser mantidos por cinco anos.

Resolução:

Os prazos de guarda são baseados em estimativas de uso, em que documentos


deverão ser mantidos no arquivo corrente ou no arquivo intermediário, ao fim
dos quais a destinação é efetivada (recolhimento para guarda permanente ou
eliminação).

Esses prazos são definidos nas tabelas de temporalidade e variam de acordo


com o tipo de documento em questão.

Portanto, está errado afirmar genericamente que o prazo de guarda temporária


(arquivo intermediário) é de 5 anos.

Logo, questão errada.

26. (CESPE – ANVISA -Técnico Administrativo – 2007) - Arranjo,


descrição, publicação, preservação, avaliação, criação e referência são
atividades desenvolvidas nos arquivos permanentes.

Resolução:

Lembra do nosso mnemônico com as funções do arquivo permanente? De-Co-


Re-Ar?

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Pois bem... Essa é mais uma questão sobre as atividades desenvolvidas nos
arquivos permanentes.

Vejamos:

• arranjo
• descrição e publicação
• preservação (=conservacão)
• avaliação (?)
• criação (?)
• referência

Avaliação e criação não são atividades do arquivo permanente (não fazem


parte do nosso De-Co-Re-Ar), são fases da gestão de arquivos correntes.

Portanto, o item está errado.

27. (CESPE – Defensoria Pública da União – Agente Administrativo –


2010 - Adaptada) Considere que os documentos de um determinado setor da
DPU estejam organizados com base na procedência ou local. Nessa situação, o
método de arquivamento adotado denomina-se onomástico.

Resolução:

Vimos e revimos que o método de arquivamento que toma como base a


procedência ou o local é denominado geográfico.

Logo, a assertiva está errada.

28. (CESPE – TRE/MG - Técnico Judiciário – Administrativa – 2009 –


Adaptada) - De acordo com as regras de alfabetação, está correta a seguinte
apresentação de ordenação de pastas de funcionários de um órgão:
D’Almeida, Paulo
D’Andrade, Roberto
D’Carmo, Anísio

Resolução:

Lembra da regra 5 de alfabetação?

“Os artigos e preposições, tais como a, o, de, d, do, e, um, uma, não
são considerados.”

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A ordenação deveria ser:

Almeida, Paulo D’
Andrade, Roberto D’
Carmo, Anísio D’

Veja que é a simples aplicação da regra. Portanto, leia e releia essas regras, tá
legal?

O item está errado.

29. (Cespe – Policia Federal – Escrivão – 2009) - A microfilmagem é


grande aliada da redução de espaço ocupado pelos documentos arquivísticos
em papel, bem como da preservação dos documentos originais. Entretanto, no
caso dos documentos considerados de valor permanente, a microfilmagem não
permite a eliminação dos documentos originais.

Resolução:

A primeira e mais importante razão para justificar o uso da microfilmagem é a


economia de espaço.

Ela também possibilita a preservação dos originais. Segundo a legislação


arquivística: os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda
permanente, não poderão ser eliminados após a microfilmagem, devendo ser
recolhidos ao arquivo público de sua esfera de atuação ou preservados pelo
próprio órgão detentor.

Portanto, item correto.

30. (CESPE – Defensoria Pública da União – Arquivista– 2010 -


Adaptada) Acondicionamento é a sequência de operações intelectuais e físicas
que corresponde à guarda ordenada de documentos.

Resolução:

Errado!

Acondicionamento consiste nas formas de embalagem ou guarda de


documentos visando à sua preservação.

Com essa questão terminamos o nosso curso, esperamos que você tenha
gostado.

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Não esqueça estaremos com o Fórum aberto até a semana seguinte à


realização da prova, qualquer dúvida apareça por lá.

Um grande abraço,
Davi e Fernando.

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Lista de Questões Resolvidas na Aula

1. (CESPE – TRE/AL - Técnico Judiciário/Administrativo – 2009) - Além


dos documentos textuais, os arquivos ocupam-se do gerenciamento e
arquivamento de documentos pertencentes ao gênero iconográfico,
filmográfico e sonoro.

2. (CESPE – TRE/MA - Técnico Judiciário/Administrativa -2009 –


Adaptada) Os filmes cinematográficos e as fitas de vídeo fazem parte do
gênero documental conhecido como iconográfico.

3. (CESPE – TRE/GO - Técnico Judiciário /Administrativa – 2009 -


Adaptada) - Qualquer proposta de alteração de suporte das informações
arquivísticas deve levar em consideração as questões legais, garantias
jurídicas, normalização de procedimentos, padrões de qualidade estabelecidos
pela legislação brasileira. É necessário considerar, ainda, as peculiaridades de
cada órgão, além de realizar estudos de viabilidade econômica.

4. (Cespe – Policia Federal – Escrivão – 2009) - Ofícios, memorandos,


cartas, telegramas e e-mails são tipologias documentais.

5. (CESPE – ANVISA – Técnico Administrativo – 2007) - Microfilmagem é


a produção de imagens fotográficas de um documento em formato altamente
reduzido.

6. (CESPE – ANVISA -Técnico Administrativo – 2007) - Uma das


vantagens da microfilmagem é a característica de poder prescindir da
organização arquivística de documentos e do estabelecimento de um programa
de avaliação e seleção do acervo documental.

7. (CESPE – TRE/MA - Técnico Judiciário/Administrativa -2009 –


Adaptada) - O microfilme ainda não tem reconhecimento legal no Brasil.

8. (CESPE – SEPLAG/DFTRANS - Analista de Transportes


Urbanos/Arquivista - 2008) - Os documentos em tramitação ou em estudo
podem, a critério da autoridade competente, ser microfilmados, não sendo
permitida a sua eliminação até a definição de sua destinação final.

9. (CESPE – TRE/GO - Técnico Judiciário /Administrativa – 2009 -


Adaptada) - Apesar de ser um processo de reprodução de documentos
tradicionalmente muito utilizado, a microfilmagem não deve ser realizada

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quando houver intenção de eliminar os originais, pois tal processo não pode,
em circunstância alguma, ter validade em juízo.

10. (CESPE – TRE/GO - Técnico Judiciário /Administrativa – 2009 -


Adaptada) - A atual legislação somente autoriza a eliminação de documentos
permanentes após sua reprodução por meio dos processos de microfilmagem
ou digitalização, desde que garantida a autenticidade da cópia.

11. (CESPE – Defensoria Pública da União – Agente Administrativo –


2010 - Adaptada) O procedimento de microfilmagem é indicado apenas para
os processos que estejam em péssimo estado de conservação.

12. (CESPE – TRE/MA - Técnico Judiciário/Administrativa -2009 –


Adaptada) - A preservação é a função arquivística que permite a agilização do
acesso aos documentos.

13. (CESPE – TRE/GO - Técnico Judiciário /Administrativa – 2009 -


Adaptada) - Denomina-se conservação o conjunto de atividades que visam à
preservação dos documentos, isto é, ações realizadas com o objetivo de
desacelerar os processos de degradação por meio de controle ambiental e de
tratamentos específicos, como higienização, acondicionamento, reparos e
outros.

14. (CESPE – TRE/MG - Técnico Judiciário – Administrativa – 2009 –


Adaptada) As principais operações de conservação dos documentos são:
desinfestação, limpeza, alisamento e restauração.

15. (CESPE – TRE/MA - Técnico Judiciário/Administrativa -2009 –


Adaptada) - A conservação compreende os cuidados prestados aos
documentos e não se refere ao local de guarda.

16. (CESPE – TRE/MG - Técnico Judiciário – Administrativa – 2009 –


Adaptada) - A umidade mais alta e a baixa temperatura são condições ideais
para a preservação dos documentos arquivísticos em papel.

17. (Cespe – Policia Federal – Escrivão – 2009) - A luz solar, o ar seco, a


elevada umidade, o mofo, as grandes variações de temperatura e a poeira são,
a médio e longo prazos, prejudiciais à conservação dos documentos.

18. (CESPE – TRE/MA - Técnico Judiciário/Administrativa -2009 –


Adaptada) - A desinfestação e o alisamento são técnicas de restauração de
documentos.

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19. (CESPE – TRE/MA - Técnico Judiciário/Administrativa -2009 –


Adaptada) - O silking é um método de desinfestação que combate os insetos
e apresenta maior eficiência que a fumigação.

20. (CESPE – Defensoria Pública da União – Arquivista – 2010 -


Adaptada) - São considerados agentes de degradação dos documentos, entre
outros: fatores ambientais, como temperatura e umidade; e fatores físicos,
como insetos e roedores. Quando há um programa de restauração implantado
no arquivo, eliminam-se totalmente as causas do processo de deterioração.

GABARITO:

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C E C E C E E C E E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E E C C E E C E E E

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Bibliografia

BRASIL. Conarq - Conselho Nacional de Arquivos. Dicionário Brasileiro de


Terminologia Arquivística.

BELLOTO, Heloisa Liberalli. Arquivos permanentes: tratamento documental. Rio


de Janeiro: Ed. FGV, 2004.

Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro de 2002.

Decreto nº 1.171/1994 (e suas atualizações).

Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991.

PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2002.

SCHELLENBERG, T.R. Arquivos modernos, princípios e técnicas. Rio de Janeiro,


Ed. FGV, 2005.

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