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O Coração é formado

por duas bombas


distintas:

- o coração direito –
que bombeia sangue
para os pulmões

- o coração esquerdo
– que bombeia sangue
para o tecidos
corporais.
Cada uma destes “corações” são compostos por duas
câmaras:

- Átrio – bomba fraca

- Ventrículo – fornecem a força principal de


bombeamento, e são responsáveis por impulsionar o
sangue para 1) pulmão (ventrículo direito) e 2) outras
regiões corporais.
Fisiologia do Coração
Composto por três tipos principais de músculo

-  Músculo atrial

-  Músculo ventricular (assim como o atrial, muito


parecido com os músculos esqueléticos)

-  Fibras especializadas excitatórias e condutoras.


Fisiologia do Coração – Células musculares
•  M i o c á d i o é u m
s i n c í c i o
(citoplasma de
várias células
unidas, a partir de
c é l u l a s
originalmente
individuais).

•  As células estão
u n i d a s p o r
j u n ç õ e s
Livre passagem de íons entre as
diferentes células. comunicantes
(Gap junctions).
Fisiologia do Coração – Potencial de ação
no músculo cardíaco
•  Potencial de ação em
forma de platô.

•  Efeito causado pela


combinação da
abertura de diferentes
canais:
1)  Canais rápidos de
sódio;
2)  Canais sódio/cálcio
lentos;
3)  Canais de potássio

Como consequência a
contração muscular pode
durar até 15 vezes mais.
Fisiologia do Coração – Potencial de ação
no músculo cardíaco
Fisiologia do Coração – Período refratário
Período refratário Período refratário relativo:
absoluto, refere-se a dependendo do estímulo pode
quase todo o platô ocorrer contrações prematuras.
Acoplamento excitação-contração
Ciclo cardíaco
Ciclo cardíaco: conjunto de eventos que ocorre entre o
início de um batimento cardíaco e o início do próximo.

Cada ciclo é iniciado pela geração espontânea do


potencial de ação no nodo sinusal.

Cada ciclo cardíaco possui uma fase de relaxamento,


chamada de Diástole.

E uma fase de contração chamada de Sístole.


Função dos átrios

•  Sangue flui constantemente, e portanto cerca de 80%


do volume de sangue que enche os ventrículos vem
diretamente do átrios (flui diretamente dos átrios
para os ventrículos).

•  Cerca de somente 20% do sangue é bombeado do


átrio para o ventrículo.
Função dos Ventrículo – enchimento do
ventrículo durante a diástole.

•  Grande quantidade de sangue se acumula nos átrios


durante a sístole ventricular, uma vez que as
válvulas A-V estão fechada (mitral e tricúspide).

•  Portanto, no momento em que termina a sístole


ventricular, a pressão moderadamente alta nos átrio
força as valvas A-V a se abrir, levando um período de
enchimento ventricular rápido.
Função dos Ventrículo – Esvaziamento
ventricular.
Contração isovolumétrica (isométrica)

•  No início da sístole ventricular, aumento de pressão


rapidamente fecha as valvas A-V.

•  O ventrículo permanece em contração por cerca de


0,2 a 0,3 segundas até gerar pressão suficiente para
abrir a valvas semilunares (aórtica e pulmonar),
permitindo que o sangue flua para as artérias aorta e
pulmonar.

O Período que o músculo cardíaco se contrai sem


encurtamento é chamado de Contração isovolumétrica
(isométrica).
Função dos Ventrículo – Esvaziamento
ventricular.
Período de Ejeção

•  Quando a pressão atinge níveis altos dentro do


ventrículo (esquerdo 80 mmHg, e direito 8 mmHg), a
pressão força a abertura das valvas semilunares e o
sangue é lançado adiante.

•  70% do volume sanguíneo é lançado durante os


primeiros 1/3 do período de ejeção, sendo chamado
de Período de ejeção rápido.
•  E o restante nos últimos 2/3, Período de ejeção lento.
Função dos Ventrículo – Esvaziamento
ventricular.
Período de Relaxamento isovolumétrico (isométrico)

-  Com o fim da sístole e início da diástole, a pressão no


ventrículo cai rapidamente.

-  A alta pressão nas artérias distendidas faz com o sangue


tente retornar aos ventrículos, levando ao fechamento da
valvas semilunares.

-  Por um período de tempo o músculo continua a relaxar


sem alterar o tamanho – Período de relaxamento
isovolumétrico.

-  Com a queda de pressão as valvas A-V se abrem,


permitindo a entrada de sangue vindo do átrio, enquanto
a ventrículo continua a se relaxa.
Volume diastólico final, Volume sistólico final e débito
sistólico.

Volume diastólico final – volume de sangue presente nos


ventrículos durante a diástole. Cerca de 110 a 120 mL por
ventrículo.

Débito sistólico - volume de sangue que é injetado nas


artérias, deixando os ventrículos. Cerca de 70mL.

Volume sistólico final – volume de sangue restante em cada


ventrículo. Cerca de 40 a 50 mL.
Debito Cardíaco

É a intensidade com que o coração bombeia


sangue.

Em adulto deitado é cerca de 5 litros/min.


Em adulto andando é cerca de 7 litros/min.
Em exercícios pode chegar até 20 a 25 litros/
min
Regulação do bombeamento cardíaco

Mecanismo intrínseco- Mecanismo de Frank-


Starling

•  Volume de sangue que retorna ao coração através das


veias, é chamado de retorno venoso. Cada sistema pode
regular o fluxo sanguíneo.

•  Portanto, se mais sangue chegar ao coração, levará a


distenção do coração, que responderá aumentando a
força de contração e a quantidade de sangue bombeado.
A este processo se dá o nome de Mecanismo de Frank-
Starling.
Regulação do bombeamento cardíaco
Controle por inervação Simpática e Parassimpática
Controle por inervação Simpática e Parassimpática
•  Coração sempre mantem algum
grau de estimulação simpática.

•  O a u m e n t o d a e s t i m u l a ç ã o
simpática pode elevar
rapidamente a frequência
cardíaca para o dobro da normal.

•  A inibição simpática pode reduzir


em até 30% a frequência cardíaca.

•  A estimulação parassimpática
(vagal) pode levar a parada de
batimento cardíaco por um
período curto de tempo, mas o
coração “escapa” e volta a bater
entre 20 a 40 vezes por minuto.
Sistema excitatório e condutor
especializado do coração
•  Nodo sinusal •  Feixe A-V – conduz
(sinoatrial).- onde são os impulsos do átrio
gerados os potenciais de para ventrículo
ação espontâneo
rítmicos.

•  Vias internodais –
conduzem os •  Ramos direito e
impulsos do nodo esquerdo das fibras
sinusal para o de Purkinje –
nodo transmite os
atrioventricular impulsos por todas
(A-V) as partes dos
ventrículos.

•  Nodo A-V – local onde os impulsos vindo dos átrios


são retardados antes de chegar aos ventrículos
Nodo sinusal (sinoatrial)
O miocárdio apresenta 3 tipos de Canais Iônicos
1.  Canais Rápidos de Na+
2.  Canais Lentos Na+ - Ca 2+
3.  Canais de K+

Mecanismos de autoexcitação:
-  Constantemente ocorre vazamento de
íons sódio através da membrana,
lentamente elevando o potencial de
membrana.
-  Ao atingir o valor de -40 mV (limiar)
canais de Calcio/sódio são atividados e
iniciam o potencial de ação.
-  Após tempo estabelecido, canais de
potássio começam a se abrir levando a
repolarização, com consequente
hiperpolarização.
-  A hiperpolarização é corrigida pelo
vazamento de íons sódio, o mesmo
mecanismo de despolarização inicial.
Vias internodais

Transmissão de impulso cardíaco


pelos átrios
* O PA originado no nodo S-
A se propaga para as fibras
musculares atriais.

* Vias Internodais

Anterior

Média

Posterior
Nodo A-V

Sistema condutor or ganizado


retardo da condução do impulso
dos átrios para os ventrículos.
*  O impulso cardíaco não
pode se propagar dos
átrios para os ventrículos
rapidamente!
Os átrios se contraem e
esvaziam seu conteúdo
nos ventrículos antes da
contração ventricular.
*  Responsáveis pelo retardo:
nodo A-V e suas fibras
condutoras adjacentes.
Nodo A-V

Transmissão unidirecional do feixe


A-V.

*  Incapacidade do PA ser
c o n d u z i d o
retrogradamente
(Ventrículo Átrio).
*  Barreira Fibrosa: isolante
para evitar a passagem do
impulso retrógrado.
Sistema de Purkinje

Transmissão rápida do impulso cardíaco

* Conduzem PA em velocidade
muito maior que a velocidade de
alguma fibras do nodo A-V.

* Há permeabilidade muito alta


das junções comunicantes entre
as células que constituem as
fibras Purkinje.

Os íons são facilmente


transmitidos de uma célula à
próxima, aumentando a
velocidade de transmissão.

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