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Analise Do Documentario Carne e Osso PDF
Analise Do Documentario Carne e Osso PDF
FORTALEZA
2015
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1 INTRODUÇÃO
2 ANÁLISE
É esse aspecto que é visto na produção dos frigoríficos, quando a rotatividade das
máquinas é acelerada e quando vemos uma grande quantidade de trabalhadores divididos
entre os mais diversos serviços, desde retirar os ossos das aves ate a separação de peças de
carne para a embalação, sempre visando uma maior quantidade do produto final e buscando
vantagem para o dono do capital.
Sabe-se que um dos setores que mais movimentam a economia brasileira é o setor
agropecuário, consequentemente é um dos que mais exportam e que mais empregam mão de
obra. No Brasil temos uma grande população e infelizmente uma boa parte com baixa
escolaridade o que nos leva a um excesso de oferta de mão de obra para trabalhos que exigem
mais força de trabalho. Na visão do teórico William Petty essa população numerosa traria
varias vantagens escalares, pois ele previa “rendimentos crescentes” com essa população
crescente, pois ao invés de produzirem individualmente em diversas terras e comércios eles
poderiam realizar juntos esse trabalho e assim ter um melhor uso da terra/espaço e que ainda
os mesmos governantes que cuidam de uma pequena parcela de produção não teriam
dificuldade em manter a produção em grande numero, embora depois ele diga que os
rendimentos decresceriam em função da situação locacional da terra. Vemos no
documentário que cerca de 750 mil pessoas são empregadas nos setores de abate aviário,
suíno e bovino, ou seja, uma economia de escala, divididos e organizados por um pequeno
conjunto de administradores que conseguem manter e estabelecer novas metas de produção.
Enquanto para Ricardo que adotou a ideia de Malthus sobre a população, a qual
dizia que o crescimento ilimitado das populações e o estoque de recursos naturais levariam o
ser humano a multiplicar se ate que atingisse o limite da sua capacidade de sustentação, esse
processo de expansão demográfica e populacional levaria as pessoas a utilizarem as terras
menos férteis pela necessidade de alimento e isso aumentaria mais do que proporcionalmente
o trabalho dedicado à produção de alimentos, o que levaria ao aumento dos preços dos
mesmos no mercado. Em uma parte do vídeo vemos que existem momentos econômicos
principalmente para a exportação em que tem se que duplicar, triplicar a quantidade de carne
e produtos derivados da pecuária para abastecer uma determinada região e que os
trabalhadores dessa indústria tem que cumprir essa meta para que consigam permanecer no
trabalho ainda que vivendo no nível de subsistência, e nos mercados encontramos alimentos
de necessidade básicas a preços que demonstram que a suposição de Ricardo diante da alta
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demanda por alimentos elevaria os preços estava certa. Não sabe se ao certo se foi à
disposição de recursos naturais ou financeiros que levaram a esse crescimento populacional,
mas o fato de que já utilizamos terras menos férteis e que cada vez é necessário mais
alimentos e que o preço desses se elevam diante disso esta correto.
Ricardo também diz que salários e lucros variam sempre inversamente, ou seja,
para que se tenha mais lucro é necessária uma diminuição nos salários e que o mesmo,
dependeria do tempo necessário para que o trabalhador, em tempo de trabalho, produzisse a
sua subsistência. No documentário uma das funcionarias revela que já trabalhou mais do que
às oito horas determinadas pelo contrato para terminar as metas estabelecidas pelo seu
superior e que não recebeu nenhum acréscimo em seu salário que ela disse ser R$500,00
(quinhentos reais), por lei é previsto um salário que por nome já é mínimo, na época da
gravação do documentário esse salário mínimo era em torno de R$545,00 (quinhentos e
quarenta e cinco reais), ou seja, esses trabalhadores viviam abaixo do nível de subsistência
mesmo com a produção em alta. O nível de subsistência não era respeitado e nem justo visto
que seu tempo trabalho era maior do que o necessário para produzir sua subsistência.
do Estado e assim sendo, temos os impostos, tributos e até mesmo a proteção à produção
interna, sendo assim, muito difícil concretizar a visão de Ricardo a cerca do comércio exterior
aqui no Brasil.
O Estado deve intervir pelo fato de que para as indústrias é muito mais vantajoso
pagar a multa pelas más condições de trabalho do que replanejar a sua organização, sua
produção e investir em boas condições de trabalho, portanto a intervenção estatal é viável para
que os produtores não tenham essa escolha.
Concordamos com Petty quando ele cita as causas que tornam a tributação
incômoda: “Primeiro, quando o soberano tributa demasiadamente; segundo, quando os
lançamentos são impostos desigualmente; [...] quarto, dado aos favoritos”. Porque os
trabalhadores também pagam impostos, também esperam que de alguma forma alguém os
represente e que essa representação seja para todos não somente aos favoritos.
Malthus também fala sobre como deve ser a intervenção do Estado para tentar
garantir a prosperidade do Estado e à felicidade dos indivíduos, ele diz que essa intervenção
deve se dar de forma equilibrada e inteligente para agradar a todos.
É visto também que durante os anos que a indústria de frigoríficos se instalou no
bairro e o tempo que foi gravado o documentário, não se mudou quase nada em relação à vida
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Conclui-se que é muito difícil ver a na pratica a teoria aplicada tal qual foi criada,
mais ainda se vista pelos olhos do trabalhador que é uma peça no jogo do capitalismo.
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REFERÊNCIAS
CAMPOS, R. Apresentação. In: PETTY, W. Obras Econômicas. São Paulo: Abril Cultural,
1983.
SMITH, A. A Riqueza das Nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. São Paulo:
Abril Cultural, 1983.
MILL ,J, S. Capítulos sobre o socialismo. São Paulo: Editora F. Perseu Abramo, 2001.