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Manual Ecoturismo Comunitaria PDF
Manual Ecoturismo Comunitaria PDF
Instituto BioAtlântica
Sumário
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Caiçaras
Entende-se por caiçaras as comunida- A pesca artesanal caiçara é conside- brevivência e pela contribuição histó- sobretudo pela construção de residên-
des tradicionais localizadas nas regi rada uma atividade extrativista, reali- rica que essas populações têm dado cias de veraneio ao longo do litoral,
ões costeiras dos estados do Paraná, zada tanto no mar quanto em estuá- à conservação da biodiversidade, por que pressionam os territórios caiçaras.
São Paulo e sul do Rio de Janeiro, cuja rios e manguezais. Peixes, crustáceos meio do conhecimento sobre a fau-
forma de vida é baseada na agricultu- e moluscos capturados pelos caiçaras na e a flora e de suas tradições de Além disso, o turismo desordenado,
ra familiar, na pesca de pequena esca- servem tanto para o consumo familiar manejo dos recursos naturais. que tranforma os moradores tradicio-
la, no extrativismo e no artesanato. Os quanto à comercialização. nais em prestadores de serviço, e a
caiçaras são fruto da miscigenação Essas comunidades encontram-se pesca predatória, que reduz os esto-
de indígenas, colonizadores europeus As comunidades caiçaras passaram ameaçadas por uma série de proces- ques pesqueiros, são grandes amea-
e afrodescendentes. a atrair a atenção em virtude das sos e fatores. Uma das ameaças é o ças à cultura caiçara.
ameaças cada vez maiores à sua so- avanço da especulação imobiliária,
Lembre-se que:
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E o turista, quem é?
Um Turista é aquele que se viaja de • querer subir montanhas ou mergulhar • fazer parte de um grupo da mesma
onde mora por mais de 24 horas e O turista ou visitante não é sem- para ver os peixes no fundo de mar; idade e de mesmos interesses ou
faz pernoite. pre o mesmo – muda sempre ! de um grupo bem variado;
• ter dinheiro e esperar muito luxo ou
Quem viaja por menos de 24 horas, sem estar com a grana curta e só bus- • gostar de aprender coisas novas ou
dormir no local visitado, é “excursionista”. Por exemplo, a pessoa que viaja pode: car o básico; esperar encontrar coisas conhecidas;
Tanto o turista quanto o excursionista • ser um adulto, um jovem, uma • já ter viajado muito ou estar fazen- • achar importante receber muitas infor-
são viajantes. criança ou idoso; do a primeira viagem; mações ou achar que já sabe tudo.
• um pouco de sorte.
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O que o turismo pode trazer de negativo para a
sua comunidade?
É importante prestar atenção nos pontos abaixo para que eles não ocorram
na sua comunidade. Para se prevenir, é preciso estar organizado!
Para poder atrair turistas para sua comunidade, é importante saber um pouco
mais sobre eles.
Se você consegue ver o seu lugar com os olhos de turista, é mais fácil ver o que
eles vão gostar e o que ainda precisa melhorar.
Enquanto no Brasil as férias de verão são de dezembro até fevereiro, muitos estran-
geiros têm as férias de verão entre junho e agosto.
Pessoas sem filhos têm a opção de viajar quando é mais conveniente em termos
de preço ou clima.
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Quais são as preocupações do turista?
O que devemos e podemos fazer para tranquilizá-lo?
• quais são as atividades que ele • se tem luz elétrica e qual é a voltagem;
pode fazer no local;
• se há maneiras de ele falar com as
• como é o transporte no local (vai ter pessoas em sua cidade de origem
de caminhar? de andar de barco?); (se tem telefone, internet, etc.);
• quer ouvir histórias dos mais velhos, • ser recebido com simpatia e hospi-
mitos e lendas das comunidades; talidade;
O turista quer saber se: • o que vai ter pra fazer – as ativida-
des e os atrativos do local;
• o local é perigoso ou sujo, senão
ele se desinteressa; • os preços são caros ou justos (que
é o preço que ‘vale a pena’), ou vai
• é difícil chegar à comunidade – se para um outro local melhor.
for, pode desistir da viagem;
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O que é sustentabilidade e por que é importante?
Sustentabilidade no turismo quer dizer fazer bem para a economia (dinhei-
ro, renda) da comunidade, tomando cuidado para que a natureza seja preserva-
da e que as pessoas fiquem felizes.
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Destino ou pólo turístico Produto turístico Componentes:
Destino ou pólo turístico é a região onde Matérias-primas: • Infra-estrutura – pousadas, hotéis, • Atividades – caminhadas, mergu-
ocorre o turismo e que tem uma imagem pontes ou trapiches, mirantes; lho, cavalgada, passeio de barco;
definida pela paisagem ou pela cultura • Atrativos culturais – música, dança,
das comunidades que ali vivem. culinária, etc. ; • Equipamentos – barcos, carros, • Serviços – alimentação, guiagem,
vans, animais de montaria, etc.; hospedagem, transporte, lavanderia.
• Atrativos naturais – animais, flores-
tas, cachoeiras, praias, etc.
Serviço
Transportes
Atrativo
áreas protegidas
Infra-estrutura
pousada
estrada Equipamentos
acampamento torre de obsevação
Atrativo
fauna
Atividades Atrativo flora
trilha e caminhada pesca
Agência
de viagens
Internet
Pousada
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Turismo e comunidades
tradicionais
Como se relacionar bem
com visitantes
Saiba que:
• as boas atitudes comunitárias para Como informar aos visitantes de que Por exemplo: • orientar visitantes sobre como
com os turistas ajudam a aumen- forma se comportar. devem se vestir, tanto pelo tipo
tar o número de turistas que se in- • sobre a permissão de tirar fotos na de passeio como por respeito
teressará em visitar a comunidade, A comunidade deve fazer uma men- comunidade; a costumes locais;
sobretudo pelas experiências boas sagem de boas-vindas aos turistas,
que tiveram no passeio. definindo algumas “Regras de Con- • deve-se estabelecer um horário Um cartaz ou placa de boas-vindas,
vivência” para que os visitantes não para não fazer barulho; colocado no local de chegada dos
tenham dúvidas de como devem se visitantes, com um mapa simples do
comportar na visita. • qual o comportamento aceito e local ou da região, com as regras de
razoável com relação a bebidas convivência mais importantes, funcio-
alcoólicas; na bem e dá bons resultados.
10 dicas importantes
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6.Verificar o tempo pra fazer 8.Organizar as atividades na ordem
Importante cada atividade que elas serão feitas. Atenção
Verificar quanto tempo levam as ativi- Verificar se as atividades estão rela-
Em geral, é necessário 1 guia dades e como chegar ao lugar a ser cionadas umas às outras, como se faz Guias de turismo são pessoas que
para cada 10 turistas! Quando visitado (a pé, de barco, de van etc.). para sair de um lugar para o outro, o fizeram, o curso e foram credencia-
o número de turistas aumen- tempo de duração etc. Isto se chama das pelo Ministério do Turismo.
tar, também deve aumentar o 7.Estabelecer um preço justo. roteiro turistico.
número de guias. Caso a ati- O preço justo é o que o turista Neste manual, chamamos de “guia
vidade guiada tenha alguma aceita pagar e que paga o esforço 9.Fazer as contas dos custos e local”, da comunidade, apenas para
dificuldade (trilhas longas, por da comunidade. despesas do passeio que fique mais fácil de entender.
exemplo), crianças, adolescen- As pessoas da comunidade devem re- Somar os custos para o passeio: pa-
tes, idosos, etc., é importante ceber valores proporcionais, de acor- gamento das pessoas, custo com ma- Os guias locais, dependendo do
ter mais guias. Cada caso deve do com o seu tempo de trabalho e teriais e alimentos, aluguel de barco lugar, são chamados de “condu-
ser avaliado individualmente. das despesas que terão para realizar (combustível para o barco, telefone, tores” ou “monitores”, às vezes
as atividades - por exemplo: combus- comissão da agência para comercia- de “mateiros”.
tível, alimentos etc. lização, impostos, etc. Saiba que al-
4.Decidam quem deve ser respon- guns valores são cobrados por grupo
sável por cada produto, pelas ati- e outros são cobrados por pessoa.
vidades e serviços. Por exemplo: o serviço do guia é cobra-
Para o produto ser bom, é necessá- do por grupo (diária do guia), mesmo
rio que alguém seja responsável por que haja mais ou menos pessoas. Importante
sua operação e zele pela qualidade. Uma refeição é cobrada por pessoa:
Se o produto é difícil de fazer ou são o número de pessoas vai alterar o va- Comunidades não devem de-
muitos visitantes, pode ser que precise lor pago pelo grupo pela refeição. pender só do turismo.
de mais responsáveis.
10.Verificar se as atividades Turismo não deve ser uma
5.Verificar se precisa de investimen- são sustentáveis solução mágica e única de
to ou esforço conjunto para fazer Veja se as atividades são sustentá- alternativa econômica.
um produto virar realidade. veis, ou seja, se não prejudicam a
Ao desenvolver uma atividade ou natureza nem mudam as tradições As comunidades devem manter
um produto turístico, os responsá- e costumes da comunidade, e se as suas atividades tradicionais, que
veis devem saber calcular os cus- pessoas envolvidas no turismo estão são atrativos turísticos.
tos e saber quantas pessoas são ganhando dinheiro.
necessárias para que seja possível
realizar o passeio.
usto
coisas mais importantes. cal seja bonito, porém, difícil chegar
ç o j
Pre
ou com poucas informações disponí-
Para chegar ao veis, pouca gente vai querer visitar.
seu destino, deve
ser fácil para Consciências ambiental & cultural Qualidade: se o local tem condições
o turista “subir” de receber turistas, a concorrência pas-
na pirâmide. sa a ser pela qualidade da experiência
e do lugar que o turista procura.
Bem-estar básico (segurança, higiene, e conforto mínimo) Ninguém vai pagar mais por um pro-
duto turístico que não tem qualidade,
mesmo que seja vendido com ‘etiqueta’
de “base comunitária” ou “sustentável”.
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Cadeia produtiva do turismo
Como o dinheiro que se ganha com o turismo circula na comunidade
Aluguel de embarcações
Passeios / guia
Pesca
Artesanato / comércio
Gasolina
para barcos
Restaurantes / refeições
Mercado / comércio
Visitante
Agricultura
Pousadas / hospedagem
Dicas para vender os produtos turísti- Como eles ficam sabendo ? O importante é saber que, para “ven- • Ter espaço na internet, que pode
cos de sua comunidade der o peixe” do turismo, precisa-se ser, por exemplo, de uma agência
Os turistas independentes ficam sa- saber bastante sobre seu lugar. de viagem ou associação;
Não adianta ter um bom produto turísti- bendo sobre lugares diferentes falan-
co, com preço justo, se o mercado não do com os amigos ou parentes, pes- Se a experiência for boa, o turista • Ter um centro receptivo simples, da
sabe que o produto existe. quisando na internet, lendo revistas ou contará para os amigos e parentes. comunidade, que pode ser na sede
guias de viagem etc. da associação de moradores;
É preciso saber divulgar !!! Para divulgar, é necessário:
As agências especializadas podem • Identificar e se comunicar com ope-
Para turismo de base comunitária contatar comunidades pesquisando • Saber sobre sua comunidade e re- radoras e agências de qualidade;
existem duas formas principais do novos passeios e roteiros, mas tam- gião e contar de forma interessante
turista chegar : bém ajuda a promover ir visitá-los e para o visitante; • Lembrar que os visitantes satisfeitos
falar de seu local e região, seus atra- são os que melhor vão divulgar sua
• O turista “independente”, que tivos, passeios e produtos. • Elaborar material promocional simples comunidade e passeios.
vem por conta própria, usando trans- e honesto, sem enganar ninguém;
porte público ou particular;
• O turista “organizado”,
que vem em grupo, trazido por
uma agência de turismo que tem
roteiros especiais.
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Como cuidar do turismo em sua comunidade
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Como saber se estamos no rumo certo
Quando começamos um nova ativi- • a satisfaçao dos turistas – se eles • a divulgação do número de web- • a produção de lixo na comunidade
dade, as coisas podem não acontecer gostaram dos passeios; sites que falam sobre o turismo da e o lixo nos atrativos turisticos (na
como planejamos. comunidade na internet; cachoeira, nas trilhas etc);
• a oferta de produtos e roteiros turísticos;
Por isso, precisamos ficar de olho • o número de pessoas da comuni- • os problemas com esgoto não tra-
para saber se estamos fazendo as • a venda de outros produtos como, por dade envolvidas com turismo; tado em fossas sépticas;
coisas certas. exemplo, o artesanato ou farinha;
• a renda que vem do turismo, quan- • o aumento da criminalidade,
Deve-se ficar atento a: • a divulgação do número de agên- tas pessoas vivem com o dinheiro se ocorrer.
cias que oferecem e vendem o tu- do turismo;
• o número de turistas e quantas noi- rismo da comunidade; Os resultados devem ser discutidos
tes eles passam no local; para ajuste dos planos.
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Anexos Quais as qualidades de um bom condutor ?
Caixa de Ferramentas
1.Se apresenta, se posicionando em 3.Informa a programação do dia: 4.Dá informações sobre o passeio 5.Pergunta se alguém tem
um local visível a todos do grupo; e avisa sobre cuidados espe- alguma dúvida ou comentário a
• diz os locais que serão visitados; ciais: respeito do passeio;
2.Espera que o grupo se acomode e
cumprimenta a todos em tom de • explica a forma e os meios de trans- • “É importante que vocês levem fil- 6.Conta SEMPRE o número de
voz que todos ouçam: porte para se chegar nestes locais; tro solar, repelente de mosquitos, pessoas do grupo e SEMPRE
água, chapéu...”; verifica se todos estão juntos.
Bem-vindos a ... (mencionar o local, • informa os tempos entre um lugar
comunidade, cidade, etc.); e outro e o horário do retorno, • “É importante que vocês saibam
como, por exemplo: “primeiro fa- que onde iremos não tem banheiro,
remos isto, depois seguiremos (a por isso usem o banheiro daqui...”;
pé, de barco...) para tal lugar e isto
durará tanto tempo...”
O que um bom condutor precisa saber para guiar um grupo em uma trilha
Todos os condutores devem conhecer muito bem as trilhas que O bom guia deve levar sempre um
serão percorridas. kit de primeiros socorros para
pequenas emergências, contendo:
E também devem fazer um curso de primeiros socorros.
• esparadrapo, curativo e um rolo
Antes de entrar na trilha, verificar se todos: de gaze;
• Têm condições físicas e emocionais para percorrer a trilha; • própolis ou spray anti-séptico e um
pedaço pequeno de sabão de coco;
• Estão vestidos adequadamente para a atividade (usando sandália, tênis ou
bota de caminhada, roupas confortáveis, chápeu ou boné, etc.); • verificar se alguém é alérgico ou se
usa algum medicamento especial.
• Se trouxeram e passaram filtro solar ou repelente de mosquitos;
• Se há banheiros no caminho.
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Anexos Como conduzir bem um grupo na trilha
Caixa de Ferramentas
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Anexos Como levar um grupo para um passeio de barco
Caixa de Ferramentas
O que um bom condutor deve informar antes de o barco sair para o passeio:
• a duração do passeio, se há paradas no caminho, se há desembarque nestas • informar se a água é limpa ou segura para banho;
paradas, quais são as condições de navegação que o grupo vai encontrar (se
tem ondas, vento, se é água calma etc).; • informar se é possível mergulhar na água, quando isso será feito e se tem correnteza;
• mostrar onde ficam os coletes salva-vidas do barco e, antes de o barco sair, • se certificar se todos que querem nadar ou mergulhar sabem nadar;
mostrar como se veste;
• escolher os melhores locais de parada para mergulhos. Esses locais devem
• apresentar a tripulação: mestre, proeiro etc., dizendo seus nomes e suas ser seguros, ou seja, não deve ter correnteza forte, ondas, pedras, ostras e
funções na embarcação; mariscos, muitos barcos passando e se é fundo;
• se o mar tiver ondas, todos os turistas devem vestir coletes salva-vidas, mes- • ficar atento às pessoas que estejam consumindo bebidas alcoólicas – evite excessos;
mo que digam saber nadar ou que esteja calor. Quando tiver levando crian-
ças, adolescentes e idosos, eles sempre terão que usar coletes salva-vidas, • se alguém beber demais ou ficar embriagado, não permita que nade ou mer-
mesmo que não tenham ondas ou esteja calor; gulho sem salva-vidas.
• não colocar as mãos nas bordas da canoa, pois a canoa pode virar. caso sin-
tam algum desequilíbrio na canoa, devem levantar as mãos para cima. como
eles estarão sentados no centro da canoa, a tendência é que, com as mãos
para cima, a canoa se equilibre e não vire;
• deixar bem claro que o turista deve se agarrar na canoa e segurar os remos,
para não perdê-los;
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Anexos Como apresentar uma casa de farinha
Caixa de Ferramentas
• na casa de farinha, você já deve ter deixado arrumado antes de chegar com
o grupo um pouquinho de cada etapa da produção: um pouco de mandioca
descascada para ser lavada e ralada na hora, um pouco de mandioca ralada,
um pouco de mandioca no tipiti, para prensar na hora e um pouco de man-
dioca torrada no forno, para mostrar como mexe e torra;
• junte o grupo na beira da praia e explique quanto tempo será o percurso de f. como é feita a divisão do pescado e o pagamento dos pescadores;
barco até o cerco de pesca;
g. quem trouxe o cerco para a região, quando isso aconteceu;
• dependendo da condição do mar pode ser necessário que todos usem
coletes salva-vidas; h. como é feita a manutenção da rede, de quanto em quanto tempo, qual o
tamanho da malha da rede;
• combine com outros pescadores de fazerem a despesca do cerco na hora da
visita do grupo de turistas; i. se o cerco gera conflito ou disputa na comunidade;
• ao chegar no cerco, o guia deve explicar tudo sobre a pescaria de cerco: j. o que é feito com os peixes que não têm valor comercial ou que estão
em extinção;
a. como funciona o cerco;
l. informe o que significa e quando ocorre o defeso;
b. quantas vezes por dia faz a visita ao cerco;
• ao final, perguntar se alguém tem dúvidas;
c. qual a profundidade do local;
• o barqueiro deve se preocupar em estar bem posicionado para que os turistas
d. quais são as principais espécies de peixe que ocorrem lá; tirem boas fotos da pescaria.
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Anexos Formas de ganhar dinheiro com turismo comunitário
Caixa de Ferramentas
• artesanato;
• pesca artesanal;
• agricultura comunitária;
• eventos e festas.
Quando as pessoas passam algum tempo na sua comunidade, vai bater a fome
e, se tem comida boa para comer, tem negócio! Isto pode variar de um lanche
na praia ou um restaurante caiçara. Mas lembre-se de não fazer grandes inves-
timentos se o fluxo de turista ainda é muito modesto.
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Anexos Formas de ganhar dinheiro com turismo comunitário
Caixa de Ferramentas
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Anexos Como lidar com emergências
Caixa de Ferramentas
Em qualquer atividade turística, deve-se pensar em identificar eventuais riscos e Os telefones de emergência são:
em como evitar acidentes.
• Hospitais ou Postos de Saúde
Mesmo com todos os cuidados, podem acontecer emergências.
• Corpo de Bombeiros e Defesa Civil
Em caso de emergência, deve se estar preparado e saber agir com rapidez e firmeza.
• Capitania dos Portos
Deve-se SEMPRE que possível levar rádio e/ou celular e ter à mão telefones
de emergências. • Secretaria de Meio Ambiente ou Instituto Chico Mendes
É bom fixar estes números também nas paredes de locais frequentados pela
comunidade e turistas.
O guia deve SEMPRE dar atenção ao turista que está mal de saúde -
se preciso, interrompa o passeio.
caixa de
inspeção
fossa
séptica sumidouro
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Anexos Como tratar o lixo
Caixa de Ferramentas
• aproximadamente metade do lixo • cascas de legumes, de verduras, de • sobras de comida: frutas, legumes,
caseiro é orgânico e pode ser co- frutas, cereais, sementes, casca de verduras podres;
locado na composteira; ovo, pão embolorado;
• grama, podas de jardim, ramos de
• cada comunidade deve escolher as • aparas de lápis apontado, saqui- árvores, esterco de aves, serragem.
alternativas que dêem mais certo, nhos de chá, pó de café, guardana-
de acordo com a sua realidade; po rasgado, saco de papel;
Composteira
1 Não-recicláveis 2
(orgânicos) 2 metros
Reserve um recipiente
para depositar
o lixo orgânico
1 metro
40 cm
Monte a composteira em um
canto com sombra, usando
madeira velha ou tijolos 1 metro
4
De 2 em 2 dias, transfira o monte
de lado para arejar. O material deve
esquentar, indicando que a
decomposição está de fato ocor-
rendo. Pode-se adicionar material a
qualquer momento.
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Anexos Algumas palavras e expressões importantes no turismo
Caixa de Ferramentas
5.Estimular o desenvolvimento
social e econômico das
comunidades
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Anexos Informações e exemplos de turismo de base comunitária
Caixa de Ferramentas
As informações descritas a seguir fo- 1.Produto turístico ou atração turística é o modo de vida
ram tiradas da página na Internet: A principal atração turística é o modo de vida da comunidade, ou seja, sua for-
ma de organização, os projetos sociais que faz parte, formas de mobilização
Rede Brasileira de Turismo Solidá- comunitária, tradição cultural e atividades econômicas. (Projeto Bagagem).
rio e Comunitário – Rede Turisol
(www.turisol.wordpress.com/conceitos) 2.Turismo deve ser instrumento para o fortalecimento comunitá-
rio e associativo
A pesquisa que embasa os princípios des- A atividade só é viável quando construída em conjunto sobre base associativa,
critos foi feita junto a seis organizações ou seja, o sucesso individual está condicionado à sustentabilidade do ambiente
de turismo comunitário que já trabalham que o cerca. (Acolhida na Colônia).
com as suas próprias definições.
3.Participação – a Comunidade é proprietária, gestora, empreen-
As organizações são: Associação de dedora dos empreendimentos turísticos
Moradores da Prainha do Canto Ver- Somos conscientes de que o turismo pode representar uma fonte de oportuni-
de, Associação de Agroturismo Acolhi- dades e, ao mesmo tempo, uma ameaça para a coesão social das comunida-
da na Colônia, Associação Projeto Ba- des, da cultura e da natureza. Por isso, propomos a autogestão do turismo, de
gagem, Cooprena Costa Rica, Instituto forma que comunidades assumam o papel que lhes corresponde no planeja-
Terramar e Redturs. mento, operação, supervisão e desenvolvimento. (Redturs).
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Anexos Informações e exemplos de turismo de base comunitária
Caixa de Ferramentas
8.Questão fundiária – o turis- 9.Conservação e sustentabili- 10.Cadeia de valor focada no 11.Organização e normatização
mo auxilia na luta pela posse dade ambiental desenvolvimento das comu- Trabalha-se com regras, normas e
da terra pela comunidade O turismo respeita as normas de nidades – todos os elos da padrões pactuados com os agricul-
Promove a propriedade da terra conservação da região e procura cadeia contribuem tores envolvidos, com sua associa-
por parte dos proprietários locais. gerar o menor impacto possível no Cooperação e parceria entre os di- ção, com o território e com os outros
(Cooprena Costa Rica). A maioria meio ambiente, contribuindo com versos segmentos relacionados ao atores da rede (Acolhida na Colô-
das comunidades que já fazem os projetos de manejo sustentável turismo de base local e deste com nia). Desenvolvimento de princípios
parte da rede no Brasil usam o de recursos naturais, recuperação outras localidades com realidade e critérios para normatizar e regular
turismo comunitário como instru- de áreas degradadas, utilização semelhante e com potencial para os empreendimentos e processos tu-
mento para defesa dos direitos à de energias renováveis, educação a formatação de novos produtos e rísticos atendendo a necessidade da
propriedade da terra. (Prainha do ambiental e destinação de resíduos serviços. (Instituto Terramar). base local. (Instituto Terramar).
Canto Verde). sólidos. (Projeto Bagagem).
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patrocínio: