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Sumário
1. História do Psicodrama.............................................................................................1
2. O que é psicodrama..................................................................................................6
2.1. Significado de psicodrama..................................................................................7
2.2. Psicoterapia e psicodrama.................................................................................7
3. Teoria da técnica.......................................................................................................9
3.1. Matriz de Identidade...........................................................................................9
3.2. Espontaneidade................................................................................................10
3.3. Acting Out..........................................................................................................11
3.4. Papel.................................................................................................................12
3.5. Inciadores..........................................................................................................14
3.6. Tele....................................................................................................................15
3.7. Zona..................................................................................................................16
3.8. Catarse..............................................................................................................17
3.9. O Diretor............................................................................................................17
3.10. Ego auxiliar.....................................................................................................19
4. Técnicas..................................................................................................................22
4.1. Aquecimento.....................................................................................................22
4.2. Dramatização....................................................................................................23
4.3. Técnicas Clássicas...........................................................................................26
4.4. Jogo Dramático.................................................................................................27
4.5. Sociodrama.......................................................................................................27
4.6. Psicodrama com Marionetes............................................................................28
4.7. Psicomúsica......................................................................................................28
4.8. Psicodança........................................................................................................28
4.9. Psicodrama Bipessoal......................................................................................28
4.10. Psicodrama Psicanalítico................................................................................29
Referências bibliográficas...........................................................................................29
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1. HISTÓRIA DO PSICODRAMA
Sua paixão pelo teatro vem da infância. Conta-se que gostava de reunir amigos
para representar. A adolescência em Viena foi a fase mais mística de sua vida.
Segundo seu biógrafo René F. Marineau "Moreno começou a reunir um grupo de
amigos e discípulos à sua volta em 1908. Juntos criaram a 'religião' centrada em
criatividade, encontros e anonimato. Ajudavam pobres e refugiados, deixavam
crescer a barba e dedicavam um bocado de tempo a discutir questões teológicas e
filosóficas". (Marineau, 1992, p. 41). Durante o período em que cursou a escola de
Medicina, editou com um grupo de intelectuais o jornal Daimon ( palavra grega que
pode significar tanto o bom como o mau espírito; é o 'duplo interior' de cada
indivíduo) onde publicou algumas poesias e artigos como 'A divindade como
comediante', onde já fala da inversão de papéis uma das principais técnicas da
futura teoria do psicodrama, utilizando-se de seus conhecimentos do método
socrático de ensinar. No artigo "Convite ao Encontro", publicado em três etapas,
Moreno edita o poema afirmando sua visão de que a pessoa é mais importante do
que sua produção, "Mais importante do que a evolução da criação, é a evolução do
criador" (Marineau, 1992, p. 59) , a dialógica da relação que implica na inversão de
papéis, na percepção intuitiva do outro, e finalmente a idéia de reunião, de encontro,
à semelhança de seu contemporâneo, o filósofo existencialista Martin Buber. Buber
diz que no princípio era a relação Eu-Tu, Moreno afirma que no princípio era a ação
e o grupo. Ou seja, o importante é o fazer contextualizado.
Moreno também fazia um trabalho com crianças nas praças, onde ele
desenvolvia jogos dramáticos, criava histórias e observava a espontaneidade e a
enorme capacidade criativa das crianças, o que ele atribuiu ao fato das crianças
serem mais livres das "conservas culturais". Mais tarde, seu trabalho com um grupo
de prostitutas já mostrava o outro lado da moeda: pessoas que eram segregadas do
resto da sociedade, não por questões religiosas ou étnicas, mas pelo tipo de
ocupação. Moreno não tinha interesse em reformar ou ajudar economicamente
aquelas mulheres. Desenvolveu sim um trabalho de grupo em que ele começou a
formular seus conceitos de psicoterapia de grupo através da ajuda mútua, do
reconhecimento dos direitos como cidadãs, do desenvolvimento de papéis no grupo,
da percepção do indivíduo como agente terapêutico do outro, a mutualidade, as
ações co-conscientes e co-inconscientes, co-responsabilidade, co-criação, a
espontaneidade, a criação como processo contínuo.
Em 1925 Moreno foi para Nova Iorque, onde mais tarde comprou um sanatório
e desenvolveu a metodologia do Psicodrama até a morte em 1974, aos 85 anos de
idade. Foram os anos de crescimento e amadurecimento da teoria e da técnica. Ele
propôs as três etapas da sessão psico, socio ou axiodramática: o aquecimento, a
dramatização e o compartilhar.
Vale ressaltar, que em primeiro lugar, Moreno não tratava a "loucura" enquanto
doença da estrutura da mente, alheia ao sofrimento da pessoa, de sua inserção
familiar e social. Ele costumava dramatizar os delírios e, no contexto do cenário
psicodramático, com o auxílio das técnicas psicodramáticas ajudar o protagonista a
olhar para si mesmo, reconhecer-se a si mesmo e ao outro. Em segundo lugar, vale
reprisar, o espaço cênico é um espaço existencial, multidimensional no qual a ação
dramática se desenvolve no imaginado ou "como se" para dar visibilidade ao que
nos escapa do olhar viciado do cotidiano, a aquilo que "foge ao controle".
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Outra questão é a da liberdade: para Moreno o ser humano está sempre num
movimento de conquistar, construir sua liberdade e o psicodrama apenas o ajuda a
fazer isso, a lidar com as tensões entre as "conservas culturais", ou seja, as
tradições da cultura (mitos, crenças, hábitos de linguagem) repetitivas e
massificantes, que atrapalham o movimento da espontaneidade enquanto prontidão,
para o ato, vontade de ser livre, e criatividade enquanto ação no mundo e sobre si
mesmo através do olhar (o encontro, o compartilhar) do outro que dá a dimensão do
social, do cultural, do compartilhado, do contextualizado. Por fim, para Moreno, o ser
humano não constrói o sentido de sua existência, mas sim constrói o seu existir. Não
há a preocupação com a interpretação, mas sim com o fazer e o pensar sobre o que
foi ou está sendo feito. No como do aqui e agora, mais do que no porque do
passado.
2. O QUE É PSICODRAMA
Nesse jogo "faz de conta", tudo é possível. Pode-se viver qualquer tipo de
emoção, qualquer situação próxima à realidade ou as fantasias mais complexas ou
absurdas. Pode-se matar, pode-se morrer.
Para Moreno, toda ação é interação por meio de papéis. Para agir em conjunto
ou de forma combinada as pessoas precisam de um tempo de preparação.
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3. TEORIA DA TÉCNICA
2ª etapa:- consiste no fato de que a criança concentra sua atenção "no outro e
estranha parte dele".
Uma Matriz de Identidade que tem poucos papéis para oferecer à criança
levará menos tempo para se dissolver, do que aquela que oferece muitos papéis,
como é o caso das crianças dos meios urbanos.
3.2. Espontaneidade
Moreno utiliza este termo, que tem origem no teatro, para designar o processo
de concretização em atos, dos pensamentos e das fantasias.
O Acting Out Irracional é que ocorre fora da sessão, sem devido controle, ou
então, dentro da sessão como forma de escape da dramatização.
Cada ato, cada atitude postural tem sua história. Esta história é dupla, filho e
ontogentética. O desenvolvimento da espécie e do ser se superpõem e constituem a
memória corporal.
Outras ocasiões dá-se livre curso à expressão corporal até detectar pelos
movimento, deslocamentos e inter-relações, um conflito determinado. Insiste-se
então no sintoma, acentuando-o, se necessário, até que apareça o conteúdo e se
compreenda seu significado.
3.4. Papel
O termo inglês role (= papel), originário de uma antiga palavra francesa que
penetrou no francês e inglês medievais, deriva do latim rotula. Na Grécia e em Roma
Antiga, as diversas partes da representação teatral eram escritas em "rolos" e lidas
pelos pontos aos atores que procuravam decorar seus respectivos "papéis".
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A moderna teoria dos papéis teve sua origem lógica no teatro, do qual tomou
suas perspectivas.
A teoria dos papéis não está limitada a uma só dimensão, a social. A teoria
psicodramática dos papéis é mais abrangente. Leva o conceito do papel a todas as
dimensões da vida; começa com o nascimento e continua toda a vida do indivíduo e
do social.
A teoria dos papéis não pode ser limitada aos papéis sociais; ela deve incluir
três dimensões: papéis sociais; papéis psicossomáticos e papéis psicodramáticos,
que constituem a expressão da dimensão psicológica do eu.
Espera-se que todo o indivíduo esteja à altura do seu papel oficial na vida, que
um professor atue como professor, um aluno como aluno e assim por diante. Mas o
indivíduo anseia por encarnar muito dos papéis do que aqueles que lhe é permitido
desempenhar na vida.
Todo e qualquer indivíduo está cheio de diferentes papéis em que deseja estar
atio e que nele estão presentes em diferentes fases do desenvolvimento. É em
virtude da pressão ativa que essas múltiplas unidades individuais exercem sobre o
papel oficial manifesto que se produz amiúde um sentido de ansiedade.
3.5. Inciadores
3.6. Tele
4º) Conflito interpessoais entre eles, geram uma atmosfera que se reflete na
situação terapêutica.
3.7. Zona
A Zona Oral não é somente a boca, mas a pele e a mucosa dos lábios, as
bochechas, a língua, o istmo das fauces e as unidades neuromusculares
correspondentes, por um lado, e, o mamilo, o seio, o leite, o ar, a transpiração e o
odor maternos, por outro.
Estímulos Papel
Aquecimento Iniciador Aquecimento
Fisiológicos Psicossomático
Indicadores Inespecíficos Específico(Foco) Específico Ato Inespecífico
3.8. Catarse
Para Moreno, visa, sobretudo à liberação do ator dos personagens que ele
retira de dentro de si, sendo a liberação do espectador efeito secundário. O
psicodrama é uma catarse integração onde o sujeito toma posse de papéis jamais
imaginados que viviam nele em estado potencial.
3.9. O Diretor
2º) todas as suas limitações podem ser corrigíveis por meio do adestramento
da espontaneidade.
1º) é um produtor;
2º) é um terapeuta principal;
3º) é um analista social.
O ego auxiliar em ação não só sente como faz; como ele está construindo e
reconstruindo um sujeito presente ou ausente numa relação específica de papéis.
Com freqüência, importa pouco se a reconstrução não é uma cópia idêntica de uma
situação natural, na medida em que ele projeta a atmosfera dinâmica da situação;
esta pode ser mais impressionante do que à sua cópia idêntica.
3.10.1. Auto-Apresentação
3.10.2. Resistência
3.10.3. Desdobramento do Eu
3.10.4. O Surgimento do Eu
4. TÉCNICAS
4.1. Aquecimento
Por exemplo: todos os exercícios prévios que realiza o atleta antes da prova, a
fim de preparar o organismo para o esforço, constituem um aquecimento
inespecífico e aqueles dirigidos a estimular especialmente determinadas unidades
neuromusculares que vão participar de uma ação específica, constituem um
aquecimento específico.
4.2. Dramatização
O Protagonista cruza com sue carro um sinal com luz amarela. O guarda o
detém e lhe diz que passou com luz vermelha. O indivíduo insiste que não foi assim.
O guarda pede-lhe os documentos do carro e a carta diz que irá multa-lo. O
Protagonista reclama brandamente. Os documentos lhe são devolvidos juntamente
com o aviso da multa e ele se vai. A cena é repetida e o Diretor determina que ela se
prolongue.
Volta-se a repetir a cena cada qual no seu papel original. Dá-se ao Ego Auxiliar
a diretriz de que atue depoticamente. O Protagonista se enfurece, diminui o tom de
voz mas nada diz demais. Ao terminar a cena e retirar-se, insulta-o em voz baixa.
Repete-se mais uma vez a cena, convidando-se previamente o Protagonista a dizer
ao guarda tudo o que pensa dele durante a dramatização e não após. Ao chegar
neste ponto o Protagonista levanta e expressa em voz baixa o que sente, na
realidade procurando enfrentar fisicamente seu interlocutor. O Diretor comenta sua
dificuldade de falar em voz alta e verbaliza suas emoções, o que faz com que ele se
sinta impelido a atua fisicamente. Ele responde que não quer ser nenhum berrador
de boca suja como seu pai. (Neste momento, o paciente relacionou a situação com a
familiar).
A cena seguinte é uma repetição do anterior, porém com uma variante sugerida
pelo mateiral: a inclusão da mãe. Ela chega em plena discussão e intercede por ele
repetidas vezes, até que o Protagonista, elevando a voz pelo primeira vez, diz-lhe
que se cale e que não se meta em seus assuntos. Antes está atitude à figura
feminina, substitui-se o que fazia o papel de guarda por outro Ego Auxiliar, agora
feminina, o que dura pouco, pois o Protagonista alega que não poderá agredi-la e
que necessita de uma figura forte, um homem.
Pede-se então que se não puder verbalizar utilize uma só vogal para
expressar-se mas procurando fazê-lo em voz alta e, se possível gritando. O
Protagonista se levanta, caminha nervoso, xinga, até em certo momento grita
"Basta, basta", leva a mão à boca, sentindo-se perturbado pelo que fez.
O Protagonista lutou consigo mesmo para não chorar até que o Diretor colocou
a mão em seu ombro. Neste momento, caiu o resto de suas defesas e então deu
livre curso a suas emoções. O grupo, que acompanhava passo a passo o processo
psicodramático, compartilhou o sucesso com a mesma intensidade afetiva e,
posteriormente, quando o Protagonista se separou do Diretor, os outros membros se
aproximaram dele, e com suas palavras, gestos e presença física fizeram-no sentir
que pertencia ao grupo. Enquanto isso o Diretor e os Ego Auxiliares foram
esquecidos e deixados de lado. Teve lugar a Catarse de Integração. Atrás das
lágrimas e do sofrimento aparecem alegria, a tranqüilidade e a sensação de
enriquecimento de dá a reincorporação do Eu de todas aquelas energias utilizadas
para manter dissociasses e atitudes falsas.
4.3.1. Espelho
Esta Técnica consiste em trocar o papel que o Protagonista está fazendo com
o do seu interlocutor ou interlocutores.
4.3.3. Solilóquio
O jogo dramático tem sua regras, que, neste caso, aparecem como
dramatizações com estruturas mais ou menos definidas a priori pelo terapeuta, nas
quais o paciente atuará, recheando-as com seus conteúdos.
4.5. Sociodrama
saber quem são os indivíduos, ou por quem o grupo está composto ou quantos o
formam.
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É o grupo, como um todo, que tem de ser colocado no palco para resolver os
seus problemas, porque o grupo, no sociodrama, corresponde ao indivíduo no
psicodrama. Mas como o grupo é apenas uma metáfora e não existe per se, o seu
conteúdo real são as pessoas inter-relacionadas que o compõem, não como
indivíduos privados mas como representantes da mesma cultura. O sociodrama,
portanto, para tornar-se eficaz, deve ensaiar a difícil tarefa de desenvolver métodos
de ação profunda, em que os instrumentos operacionais sejam tipos representativos
de uma dada cultura e não de indivíduos privados.
4.7. Psicomúsica
4.8. Psicodança
Pode ser utilizada como uma técnica a mais dentro de um Psicodrama amplo,
ou como única técnica e tratamento. Neste caso, todas as técnicas de Psicodrama
são adaptadas a esta forma de expressão, inclusive os Egos Auxiliares, os quais
devem ter um treinamento especial em Psicodança.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS