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Caros amigos,
A Canepa Asset continua investindo fortemente na qualificação de sua equipe e anuncia o reforço de três
novos sócios ao nosso time, para as áreas de renda variável e pesquisa macroeconômica:
A Canepa Asset apresenta estudo sobre indicadores de performance (relação risco-retorno) sobre fundos de
investimento. O estudo apresenta a teoria que envolve oito índices vastamente utilizados pelo mercado: Índice
de Sharpe, Índice de Sharpe Generalizado, Índice de Jensen, Índice de Sortino, Índice de Treynor, Índice de
Modigliani, Índice de Modigliani Modificado.
ADAM Macro
ARX Especial FIC FIM
ARX Extra FIC FIM
ARX Target Institucional FIM
Absolute Hedge FIC FIM
BTG Pactual Hedge FIM
Brasil Plural Macro FIC FIM
CSHG Gauss FIC FIM
Canepa Macro FIM
Canvas Enduro I FIC FIM
Claritas Hedge FIC FIM LP
Flag FIC FIM
GAP Absoluto FIC FIM
Gávea Macro FIC FIM
IHFA – Índice Anbima de Hedge Funds
Ibiuna Hedge STR
Iporanga Macro FIC FIM
Itaú Kinea Arkhe Multimercado
Kapitalo Kappa FIN FIQ FIM
Kondor FIC FIM
Marejo Azul FIM
Mauá Macro FIC FIM
Mirae Asset Multimercado Macro Strategy FI
Modal Tactical FIC FIM
More Macro FIC Multimercado
Pacifico Macro FIC FIM
Por exemplo, se no período de um ano, os retornos de um fundo multimercado e da taxa Selic atingiram,
respectivamente, 20% e 12%, e a volatilidade anual do produto chegou a 8%, o Índice de Sharpe será calculado
da seguinte forma:
Interpretando o resultado, para cada ponto percentual de volatilidade, o fundo multimercado agregou 1% de
retorno excedente sobre a taxa livre de risco.
- Índice de Sharpe: CDI como ativo livre de risco; a consistência do fundo Canepa Macro FIM.
O Fundo Canepa Macro FIM (lançado março/2016) aparece com grande destaque nos resultados entre os 38
fundos estudados, conforme tabelas a seguir. Os períodos avaliados foram de março/16 (lançamento do fundo)
até dezembro/17 e o ano de 2017 fechado. Usamos o CDI como ativo livre de risco (que coincide com o
referencial do portfólio).
Período: Março/16 (lançamento do Fundo Canepa Macro FIM) até Dezembro/17 - Desde o seu lançamento, o
Canepa Macro FIM atingiu retorno nominal de 50,3%, alcançando 223 % do CDI (22,6% nominal). Para uma
volatilidade anualizada de 4,3% a.a., o Índice de Sharpe atingiu 3,11 (a mediana da amostra = 0,69). O Canepa
Macro FIM atingiu o primeiro lugar na amostra no período citado.
Sharpe Retorno Absoluto Retorno %CDI Vol (%a.a.) Fundo Status Captação
Período: Ano fechado de 2017. Entre Janeiro e Dezembro/17, o Canepa Macro FIM atingiu retorno nominal de
13,2%, alcançando 133% do CDI (10% nominal). Para uma volatilidade anualizada de 3,5% a.a., o Índice de
Sharpe atingiu 0,94 (a mediana da amostra = 0,54). O Canepa Macro FIM atingiu o sétimo lugar na amostra no
período citado.
Sharpe Retorno Absoluto Retorno %CDI Vol (%a.a.) Fundo Status Captação
O Índice de Sharpe Generalizado traz consigo um conceito interessante de mensuração do respeito que o
gestor confere ao mandato. Enquanto o Índice de Sharpe busca uma relação entre retorno e risco absolutos, a
partir do custo de oportunidade da economia (o ativo livre de risco), o Índice de Sharpe Generalizado mede a
eficiência de rentabilidade versus a volatilidade de um fundo, sempre relativamente a um benchmark
definido.
Por exemplo, se no período de três meses os retornos de um fundo de ações e do Ibovespa alcançaram,
respectivamente, 8% e 4%, e a volatilidade dessa diferença atingiu 10%, o Índice Generalizado de Sharpe será
calculado da seguinte forma:
(8% − 4%)
Índice de Sharpe Generalizado = = 0,40
(10%)
- Índice de Sharpe Generalizado: IHFA (Índice de Hedge Funds Anbima) como benchmark (retorno e
volatilidade); o comparativo com o custo de oportunidade de investir em outros fundos multimercados.
O Fundo Canepa Macro FIM (lançado março/2016) aparece grande com destaque nos resultados, conforme
tabelas a seguir. Os períodos avaliados foram de março/16 (lançamento do fundo) até dezembro/17 e o ano de
2017 fechado para os 38 fundos. Usamos o IHFA como o referencial do portfólio.
Período: Março/16 (lançamento do Fundo Canepa Macro FIM) até Dezembro/17 - Desde o seu lançamento, o
Canepa Macro FIM atingiu retorno nominal de 50,3%, alcançando 180 % do IHFA. Para um desvio padrão de
diferencial de volatilidade anualizada que atingiu 3,8% a.a., o Índice de Sharpe Generalizado alcançou 2,78 (a
mediana da amostra = 0,14). O Canepa Macro FIM atingiu o primeiro lugar na amostra no período citado.
Sharpe Generalizado Retorno % IHFA Vol Desvios (%a.a.) Fundo Status Captação
Sharpe Generalizado Retorno % IHFA Vol Desvios (%a.a.) Fundo Status Captação
A primeira recomendação – que parece óbvia, mas está longe de ser seguida com a frequência esperada – é
obedecer a simplória lógica de comparar “maçã com maçã” e “banana por banana”. Conforme já enfatizamos,
quem define o tipo de mandato não é o gestor, mas o investidor. Comparar, por exemplo, um fundo
multimercado macro que persegue 115% do CDI com outro produto que busca 250% do CDI, além de
tecnicamente incorreto, não traz conclusão útil para o demandador da informação. Alguns poderiam dizer: Se é
fundo multimercado, pode ser colocado no mesmo grupo de comparação! Minha contra-argumentação vem a
seguir: Em um time de futebol, é correto compararmos o zagueiro central com o centroavante? Seguindo a lógica
da premissa anterior, “são todos jogadores de futebol, por isso podem ser comparados”. Só que um é atacante
(fundo multimercado agressivo destinado a investidores com baixa aversão a risco), enquanto o outro é
defensor (fundo multimercado moderado focado em investidores institucionais).
Evidentemente, se segmentarmos o mercado com rigor científico excessivo, certamente teremos o número de
classificações que desejarmos, o que também não servirá para a análise do investidor. Recomendamos um guia
mínimo de três estágios para a formação de grupos de comparáveis:
• Primeiro estágio: mesma classificação geral de fundo: por grandes categorias - ações, renda fixa, DI,
multimercados, cambiais, previdência etc.
• Segundo estágio: mesmo benchmark e mesma subcategoria – por exemplo, no caso dos multimercados,
praticamente todos têm o CDI como referencial, mas existem as classes macro, multiestratégia, trading,
entre outras. No exemplo dos produtos long short, temos os direcionais e os neutros. Portanto, a
recomendação é procurar agrupar os fundos, respeitando essas subclasses.
• Terceiro estágio: calcular a volatilidade histórica de cada produto. Usando esse critério de agrupamento,
você estará pronto, por exemplo, para diferenciar o gestor (e o produto) mais agressivo do mais
conservador. Cumprindo este estágio, você evita comparar um multimercado com 1% de volatilidade
ao ano (produto mais parecido com uma renda fixa “turbinada”) com outro de 20% (mais semelhante a
um fundo de renda variável).
A. Tamanho dos fundos: suponhamos que depois dos três estágios cumpridos, tenhamos formado um grupo
de fundos de multimercados de gestão ativa com benchmark CDI, que apresenta um nível de volatilidade
próximo a 10% ao ano. A diferença está no patrimônio dos produtos. Enquanto metade dos fundos gera
volume de até R$ 20 milhões, o outro grupo apresenta patrimônio entre R$ 5 bilhão e 10 bilhões de
ativos sob gestão. Há discrepância flagrante no grau de dificuldade de gestão de fundos de acordo com o
tamanho do patrimônio.
Por exemplo, o giro agressivo de posições é um instrumento que praticamente não é usado em fundos de
ações com patrimônio relevante, dado que o volume de operações de day trade teria que ser muito elevado
para fazer diferença na rentabilidade. Além disso, se o gestor de um fundo de R$ 10 bilhões deseja montar,
por exemplo, uma posição de 5% do patrimônio (R$ 500 milhões) em determinado papel de segunda linha,
certamente esbarrará em restrições de liquidez. Enquanto isto, um fundo com R$ 10 milhões de ativos sob
gestão teria que comprar apenas R$ 500 mil da mesma posição, o que seria muito mais fácil.
A solução para esse impasse não seria separar esses fundos em duas categorias, mas talvez criar um critério
subjetivo para que o volume seja considerado (como a soma de algum ponto extra na avaliação daquele
produto). Alguns analistas criticam o uso de qualquer parâmetro que não seja objetivo. Mas, muito pior do
que tentar melhorar a análise utilizando algum critério subjetivo, é simplesmente ignorar pontos
fundamentais na ordenação do melhor ao pior produto e gestor.
B. Outros fatores que influenciam o retorno de uma cota: taxação, marcação a mercado e taxas de
administração e de performance: quando estamos comparando fundos de investimentos sediados em
diferentes países, a cota líquida (base de qualquer análise de performance) sofre influência das diferenças
de aspectos tributários e de exigências de marcação a mercado. Dentro do mesmo país, dois fundos
exatamente iguais podem cobrar uma combinação de taxa de administração e de performance também
inteiramente diversa.
Porém, se um grande investidor tiver o objetivo de conhecer a qualidade do gestor para montar, por hipótese,
um fundo exclusivo, o correto seria igualar todos os produtos em termos de taxação, marcação a mercado e
nível de taxa de administração e de performance.
Após a fase de formação criteriosa de grupos de fundos, há três tipos de rankings que os analistas normalmente
se interessam em montar (em diversas janelas de tempo).
• Fundos de maior retorno: ranking simples, elencando os produtos de maior rentabilidade.
• Fundos de melhor relação risco-retorno: ranking mais sofisticado, que ordena os produtos pela melhorelação
risco-retorno, a partir de certos parâmetros (que descreveremos mais adiante). Muitas vezes é usado mais
que um critério na definição dos mais bem colocados.
• Melhor gestor: a partir de critérios objetivos (o maior número de fundos com melhores notas em cada
categoria) e subjetivos (aspectos envolvendo a qualidade da equipe e do processo decisório), aponta-se o melhor
gestor em cada grupo. Grandes aplicadores, inclusive distribuidores de fundos, costumam realizar amplos
processos de due diligence na casa dos gestores para verificar a organização da empresa de asset management
desde o funcionamento dos comitês, o dia a dia de cada profissional, os sistemas de risco e de compliance, os
horários de divulgação da cota, até os planos de contingência para emergências, entre outros pontos de
mapeamento abordados em longos questionários.
Cabe enfatizar que, quando desejamos mensurar performance, estamos falando em geral de duas
categorias de produtos:
Fundos passivos
Fundos passivos, até pela maior facilidade de gestão, costumam cobrar taxas de administração reduzidas para
possibilitar que a rentabilidade acumulada de suas cotas tenha maior potencial de caminhar juntamente com a
performance do referencial. Taxa de performance não é cobrada nessa categoria de produto.
Fundos ativos
O gestor dos fundos ativos busca rentabilidade que supere o referencial do fundo. No caso de fundos de ações,
normalmente o gestor visa desempenho superior ao do Ibovespa ou do IBX. Nos fundos de renda fixa, long
short ou multimercados, usualmente a meta é superar o CDI. É importante ressaltar que a primeira dica para se
tornar um bom gestor de fundos ativos é conhecer com profundidade o “adversário” – o benchmark a ser
superado. Pesquise a composição desse indicador (sobretudo no caso de ações), o nível e o padrão de
volatilidade. Quanto mais pulverizado o benchmark, maior a dificuldade em superá-lo.
O ideal para o investidor é que o fundo cumpra o seu mandato de superação do benchmark, com
comportamento similar de volatilidade. Entender o “âmago da sua meta”, em todos os sentidos, torna menos
espinhosa a missão de vencê-la.
Como introdução ao tema, cabe destacar que a métrica da volatilidade de qualquer ativo financeiro (incluindo
• Risco total: desvio padrão (D), que abrange o somatório do risco específico do portfólio com o risco de
mercado.
• Beta (β): captura somente o risco de mercado. Esse conceito restrito de volatilidade assume que uma boa
seleção e diversificação de fundos pode eliminar o risco específico (risco não sistemático), restando apenas
o risco sistemático (ou de mercado) representado pelo Beta.
Aqui cabe um comentário importante. Estaremos reforçando o conceito de Beta e retorno de mercado (Rm)
quando nos referirmos a indicadores de performance. Fica a pergunta: Beta em relação a quê? Retorno de que
mercado?
A resposta é direta no caso de análise de fundos de ações. O Beta do fundo será calculado em relação ao
benchmark a ser perseguido (o retorno de mercado). Por exemplo, se estivermos nos referindo ao grupo de
fundos ativos que vise bater o Ibovespa, o Beta será calculado em cima desse indicador, cuja rentabilidade
acumulada será igual ao retorno de mercado (Rm) sobre o qual a regressão será realizada.
No caso de fundos de renda fixa, não aconselhamos o uso do benchmark CDI como referencial de risco por
tratar-se de um indicador que não reflete o verdadeiro mandato. Qual o risco que um fundo multimercado
incorre? Uma combinação de posições de juros, de inflação e pós-fixados, cuja variação é capturada pelo índice
IMA Geral (que inclui IRF-M, IMA-S, IMA-C e IMA-B, que serão descritos mais adiante). O Beta do fundo deve
ser calculado entre a oscilação da cota do fundo e do IMA Geral, cuja rentabilidade representará o chamado
retorno de mercado (Rm).
No caso de fundos multimercados, com benchmark em CDI, a situação é ainda mais complexa. Para o cálculo
do Beta e para a determinação do retorno de mercado (Rm) seria necessária, a rigor, a criação de um índice
hipotético ponderando, no mínimo, três indicadores: proxy do mercado de renda fixa (IMA Geral), de ações
(Ibovespa ou IBX) e câmbio (variação do dólar futuro). A proporção deveria ser determinada a partir da
projeção de utilização de espaço de VAR de cada segmento ao longo do tempo – por exemplo, 50% IMA Geral,
30% variação cambial e 20% Ibovespa. Esse índice híbrido representaria uma aproximação mais fidedigna do
Retorno absoluto
• Indicadores negativos: no caso de razões (A/B), números negativos, apesar de serem perfeitamente
possíveis, devem ser apenas indicados como tal – NEGATIVO. Qualquer uso para o cálculo de médias, por
exemplo, pode distorcer as análises.
• Periodicidade da análise: uma boa análise de performance de fundos deve ter, no mínimo, base anual com
observações mensais. Infelizmente, é bastante comum o uso de estatísticas trimestrais, com observações
até diárias.
• Oscilação das taxas do ativo livre de risco: no Brasil do passado, era muito comum a forte variação de taxas
do ativo livre de risco. Para mensuração de performance passada, a única solução consiste em calcular as
taxas médias vigentes no período, já que os indicadores de retorno e volatilidade (risco total ou apenas o
risco de mercado) já vão capturar essas mudanças. Quando o índice também usa o benchmark (retorno e
desvio-padrão) do fundo, esse referencial também estará abrangendo todas as oscilações de mercado no
intervalo estudado.
Entre o Índice de Sharpe e o Índice de Treynor, o primeiro parece mais apropriado para mensurar o
comportamento passado do fundo, dado que toda a volatilidade é capturada pelo desvio-padrão observado.
Além disso, para investidores individuais que não têm informação e nem a capacidade de diversificação de seu
portfólio entre vários fundos, o uso do Índice de Sharpe parece ser mais apropriado que o do Índice de Treynor.
No entanto, o Índice de Treynor, visto que o Beta (β) representa uma medida de risco menos volátil (portanto,
mais previsível), é tecnicamente mais recomendável para projeções futuras de relação risco-retorno dos fundos,
sobretudo para investidores profissionais que possuem a capacidade de diversificação.
O conceito básico do CAPM é muito forte até intuitivamente: O investidor demanda, para aplicar recursos em
um fundo ativo, em termos de retorno exigido durante o tempo de aplicação, no mínimo, o custo de
oportunidade (rentabilidade de um título público) mais um prêmio de risco ponderado pelo Beta (que mensura
o quanto varia o fundo em relação ao seu benchmark).
Onde:
RF = Ativo livre de risco. No caso brasileiro, seria a remuneração de um título pelo
Governo Federal, de prazo compatível com a vida média do investimento. Este
fator representa o custo de oportunidade de qualquer investidor.
β = Beta do fundo em relação a algum benchmark; coeficiente angular da
regressão.
(Rm – Rf) = Prêmio de risco; diferencial entre o retorno de mercado (Rm, relativo
ao benchmark) e o retorno do ativo livre de risco (Rf), que me motive realizar
investimentos além do custo de oportunidade. Por definição, o prêmio de risco
exigido para fundos de ações é maior que o prêmio de risco exigido para fundos
multimercados, que por sua vez é superior ao prêmio re risco exigido para fundos
de renda fixa.
Quanto mais elevado o Beta, maior será o retorno exigido total. Por outro lado, o retorno efetivo de um fundo
de investimentos pode ser expresso na seguinte regressão simples:
Onde:
Alfa (d) = intercepto da regressão simples, representando o risco específico daquele portfólio.
O retorno efetivo de um fundo é função do risco específico assumido e da influência direta do benchmark
(mercado) que procura perseguir. Buscando que o retorno efetivo se iguale, no mínimo, ao retorno exigido
para o fundo, montamos a seguinte equação:
(4) Alfa (d) > (1 – β) Rf; nesse caso, o retorno efetivo foi maior que o retorno exigido;
(5) Alfa (d) < (1 – β) Rf; significando que o retorno efetivo foi menor que o retorno exigido.
O Índice de Jensen, espelhado nas equações 3, 4 e 5, mensura a existência do Alfa (d) produzido por fundos de investimentos, um conceito relativo à
seu retorno exigido.
O retorno mínimo aceitável não é necessariamente igual ao conceito de ativo livre de risco (usado para o
cálculo do Índice de Sharpe), dado que o primeiro é um parâmetro relativo (depende da ótica de cada pessoa)
e, o segundo, representa um referencial absoluto (sempre existe alguma taxa na economia que o reflete). Se,
por exemplo, o ativo livre de risco brasileiro (taxa Selic) estiver em 10% ao ano, o retorno mínimo aceitável
para o cidadão A pode ser menor – por exemplo, 8% – e, para o cidadão B, pode ser maior – 13%, por hipótese.
Já a definição de downside risk presente no denominador considera apenas as variâncias em relação à média que
signifiquem perdas, diferenciando-se do desvio-padrão, que para ser calculado utiliza tanto os desvios positivos
como os negativos.
∑𝑡𝑖=1(𝑟𝑖 − 𝑀𝐴𝑅𝑖 )
θ=
𝑡 2
√∑𝑖=1(𝑚𝑖𝑛{0, 𝑟𝑖 − 𝑀𝐴𝑅𝑖 })
𝑡
Onde:
𝑟𝑖 = retorno do fundo
O Índice de Sharpe Generalizado utiliza o desvio-padrão dos retornos excedentes, medindo de forma tradicional
a volatilidade da diferença entre o retorno do ativo e do benchmark. O downside risk preocupa-se apenas com a
volatilidade não desejada, aquela que pode trazer perdas ao patrimônio, sendo associado ao cálculo de
semivariância. A medida de downside risk funciona independentemente da distribuição de frequência dos
retornos. Conforme nota-se na expressão de ϴ, leva-se em conta apenas a parte da distribuição dos retornos que
se encontra abaixo do retorno mínimo aceitável.
Retorno do Fundo
Índice de Modigliani =
Desvio padrão absoluto do fundo
Onde:
𝐷𝑚 = desvio-padrão do mercado.
𝐷𝑎 = desvio-padrão do ativo.
𝑅𝑖 = retorno do ativo.
𝑅𝑏 = retorno do benchmark.
É fácil perceber pela fórmula que fundos com alto retorno e baixo desvio-padrão, em relação à média de
seus concorrentes, terão um M2 significativo. Os resultados, em termos de ranking, são muito parecidos com o
que alcançamos com o Índice de Sharpe Generalizado. A grande vantagem, na visão da família Modigliani, é que
o M2 pode ser expresso em pontos-base (ou percentuais), enquanto o Índice de Sharpe indica um número
isolado de difícil entendimento para um investidor comum.
Outra interessante definição do Índice M2: o indicador mostra o quanto o fundo ganharia ou perderia se
realmente se propusesse a seguir o seu mandato (ou seja, acompanhar o desvio-padrão do benchmark).