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REFRIGERAÇÃO

CURSO PARA MECÂNICO NÍVEL “A”

CURSO DE REFRIGERAÇÃO
MECÂNICO NÍVEL “A” -
REFRIGERADOR - FREEZER -
CONDICIONADOR DOMÉSTICO
MANUTENÇÃO E CONSERTO

Curso: MECÂNICO DE REFRIGERAÇÃO – NÍVEL “A” Professores: PEDRO DO NASCIMENTO MELO

Página 1 Rev. 02/2002 Refrigeração e Ar-Condicionado domésticos


Fone - 55 0xx85 9982-5275; e-mail: penmelo@cefetce.br ou jucimar@cefetce.br
JUCIMAR DE SOUZA LIMA
REFRIGERAÇÃO
CURSO PARA MECÂNICO NÍVEL “A”

ÍNDICE

ÍNDICE .............................................................................................................................................................................. 2
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................. 7
Refrigeração ....................................................................................................................................................................... 7
Ar-condicionado................................................................................................................................................................. 7
OBJETIVO DO CURSO.................................................................................................................................................... 7
CONCEITOS E DEFINIÇÕES.......................................................................................................................................... 8
Mecânica ............................................................................................................................................................................ 8
• Massa ......................................................................................................................................................................... 8
• Meio........................................................................................................................................................................... 8
• Força .......................................................................................................................................................................... 8
• Área............................................................................................................................................................................ 8
• Volume ...................................................................................................................................................................... 9
• Pressão ....................................................................................................................................................................... 9
• Vácuo....................................................................................................................................................................... 10
Calorimetria...................................................................................................................................................................... 10
• Temperatura ............................................................................................................................................................. 10
• Estados físicos da matéria - fases............................................................................................................................. 10
» Sólido ................................................................................................................................................................. 11
» Líquido ............................................................................................................................................................... 11
» Gasoso................................................................................................................................................................ 11
• Mudança de estado físico......................................................................................................................................... 11
» Solidificação....................................................................................................................................................... 11
» Fusão .................................................................................................................................................................. 11
» Condensação ...................................................................................................................................................... 11
» Vaporização ....................................................................................................................................................... 11
» Sublimação......................................................................................................................................................... 11
» Sublimação (cristalização) ................................................................................................................................. 12
• Energia ..................................................................................................................................................................... 12
• Calor ........................................................................................................................................................................ 12
» Calor total........................................................................................................................................................... 12
» Calor latente ....................................................................................................................................................... 12
» Calor sensível ..................................................................................................................................................... 12
• Equação fundamental da calorimetria...................................................................................................................... 12
• Transmissão de calor................................................................................................................................................ 13
» Condução Térmica ............................................................................................................................................. 13
» Convecção Térmica............................................................................................................................................ 13
» Irradiação Térmica ............................................................................................................................................. 14
» Troca Direta ....................................................................................................................................................... 14
» Troca Indireta ..................................................................................................................................................... 14
» Expansão Direta ................................................................................................................................................. 14
» Expansão Indireta............................................................................................................................................... 14
• Trocador de calor ..................................................................................................................................................... 14
• Potência frigorífica................................................................................................................................................... 14
• Carga Térmica.......................................................................................................................................................... 15
• Saturação.................................................................................................................................................................. 15
» Superaquecimento .............................................................................................................................................. 15
» Sub-resfriamento ................................................................................................................................................ 15
Termodinâmica................................................................................................................................................................. 16
• Trabalho nos gases................................................................................................................................................... 16
• Energia interna......................................................................................................................................................... 17
• 1ª Lei da Termodinâmica ......................................................................................................................................... 17

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» Transformação Isobárica.....................................................................................................................................17
» Transformação Isocórica (Isométrica) ................................................................................................................18
» Transformação Isotérmica...................................................................................................................................18
» Transformação adiabática ...................................................................................................................................18
» Transformação cíclica.........................................................................................................................................19
• 2ª Lei da Termodinâmica..........................................................................................................................................19
Eletricidade .......................................................................................................................................................................19
• Corrente elétrica .......................................................................................................................................................19
• Tensão.......................................................................................................................................................................20
• Resistência elétrica ...................................................................................................................................................20
• Sistemas elétricos .....................................................................................................................................................20
» Sistema monofásico (2 fios)................................................................................................................................20
» Sistema bifásico (3 fios)......................................................................................................................................20
» Sistema trifásico (4 fios) .....................................................................................................................................20
• Motores elétricos ......................................................................................................................................................20
• Temperatura de bulbo seco(TBS) .............................................................................................................................21
• Temperatura de bulbo úmido(TBU) .........................................................................................................................21
• Umidade relativa(UR) ..............................................................................................................................................21
• Temperatura de ponto de orvalho(TPO) ...................................................................................................................21
• Entalpia (h) ...............................................................................................................................................................21
Instrumentos......................................................................................................................................................................23
• Manômetro ...............................................................................................................................................................23
• Amperímetro.............................................................................................................................................................24
• Reguladores de pressão.............................................................................................................................................24
• Voltímetro.................................................................................................................................................................24
• Ohmímetro................................................................................................................................................................24
• Multímetro ................................................................................................................................................................24
• Megôhmetro..............................................................................................................................................................24
• Vacuômetro ..............................................................................................................................................................24
• Capacímetro..............................................................................................................................................................24
• Anemômetro .............................................................................................................................................................24
• Termômetro ..............................................................................................................................................................25
• Tacômetro.................................................................................................................................................................25
• Chave de Teste Néon ................................................................................................................................................25
• Lâmpada-série ..........................................................................................................................................................25
REFRIGERAÇÃO ............................................................................................................................................................27
Ciclo básico teórico...........................................................................................................................................................27
• Compressor...............................................................................................................................................................27
• Condensador .............................................................................................................................................................28
• Válvula de expansão .................................................................................................................................................28
• Evaporador ...............................................................................................................................................................28
• Descrição do ciclo ....................................................................................................................................................28
Ciclo básico real................................................................................................................................................................29
• Processo de compressão ...........................................................................................................................................29
• Processo de condensação..........................................................................................................................................29
• Processo de expansão ...............................................................................................................................................29
• Processo de evaporação ............................................................................................................................................30
COMPONENTE DO CIRCUITO DE REGRIFERAÇÃO ...............................................................................................30
Compressor .......................................................................................................................................................................30
• Conceito....................................................................................................................................................................31
• Classificação.............................................................................................................................................................31
• Funcionamento .........................................................................................................................................................31

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» Compressor alternativo ...................................................................................................................................... 31
» Compressor rotativo ........................................................................................................................................... 32
» Compressor centrífugo ....................................................................................................................................... 32
» Compressor de parafuso ..................................................................................................................................... 32
» Compressor hermético........................................................................................................................................ 32
» Compressor semi-hermético............................................................................................................................... 32
» Compressor aberto ............................................................................................................................................. 33
Trocadores de calor – Condensador e Evaporador ........................................................................................................... 33
• Conceito ................................................................................................................................................................... 33
• Condensador ............................................................................................................................................................ 33
» Condensadores resfriados a ar............................................................................................................................ 34
• Evaporador............................................................................................................................................................... 34
Dispositivos de expansão ................................................................................................................................................. 36
» Restritores .......................................................................................................................................................... 36
» Tubos capilares................................................................................................................................................... 37
» Válvulas de expansão termostáticas ................................................................................................................... 37
DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS..................................................................................................................................... 38
Compressor ...................................................................................................................................................................... 38
» Identificação dos bornes do compressor............................................................................................................. 39
» Teste de Isolação ............................................................................................................................................... 40
» Compressor não comprime................................................................................................................................. 41
» Compressor não parte......................................................................................................................................... 41
» Compressor arranca e apresenta alta corrente (amperagem) .............................................................................. 42
» Outras considerações.......................................................................................................................................... 43
CONDICIONADORES DE AR DOMÉSTICO............................................................................................................... 44
Conceito ........................................................................................................................................................................... 44
Gabinete ........................................................................................................................................................................... 44
• Conceito ................................................................................................................................................................... 44
Estrutura ou chassi ........................................................................................................................................................... 45
• Conceito ................................................................................................................................................................... 45
Sistema de ventilação ....................................................................................................................................................... 46
• Conceito ................................................................................................................................................................... 46
Sistema elétrico ................................................................................................................................................................ 47
• Conceito ................................................................................................................................................................... 47
» Rabicho .............................................................................................................................................................. 48
» Chave seletora ou de operação ........................................................................................................................... 48
» Termostato ......................................................................................................................................................... 49
» Capacitor ............................................................................................................................................................ 50
» Timer.................................................................................................................................................................. 51
» Protetor térmico.................................................................................................................................................. 51
» Relé voltimétrico................................................................................................................................................ 52
» Motor do ventilador............................................................................................................................................ 52
» Motor do air-cycle.............................................................................................................................................. 53
» Teste da chave do air-cycle ................................................................................................................................ 53
» Válvula reversora ............................................................................................................................................... 53
» Testar a bobina na própria válvula ..................................................................................................................... 53
» Teste da válvula.................................................................................................................................................. 53
Sistema de refrigeração .................................................................................................................................................... 54
• Instrumentos básicos para diagnóstico..................................................................................................................... 54
» Válvula Perfuradora ........................................................................................................................................... 54
» Pressões.............................................................................................................................................................. 54
Principais defeitos e suas possíveis causas - Aparelhos Condicionadores de Ar ............................................................. 55
• MANUTENÇÃO DOS CONDICIONADORES DE AR ........................................................................................ 56
Gabinete ........................................................................................................................................................................... 57

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Estrutura............................................................................................................................................................................57
Sistema de ventilação........................................................................................................................................................58
CONSERTOS ...................................................................................................................................................................58
• Processamento do sistema ........................................................................................................................................58
• Desmontagem do sistema .........................................................................................................................................59
• Lavagem dos componentes.......................................................................................................................................59
• Processo de vácuo.....................................................................................................................................................60
• Operação de vácuo....................................................................................................................................................60
Teste de vazamento do sistema .........................................................................................................................................60
• Processo de carga de gás com o aparelho desligado.................................................................................................60
• Teste de funcionamento............................................................................................................................................61
• Controle de qualidade ...............................................................................................................................................61
Recomendações gerais sobre a instalação de aparelhos de ar condicionado.....................................................................61
Refrigerador (geladeira)....................................................................................................................................................62
FLUIDOS REFRIGERANTES.........................................................................................................................................63
Controle de Qualidade ......................................................................................................................................................64

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FUNDAMENTOS

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INTRODUÇÃO

De há muito, o mercado consumidor de refrigeradores, freezers e ares-condicionados


domésticos no Estado do Ceará, se ressente pela falta de bons profissionais que possam atender aos
consumidores e/ou usuários desses equipamentos domésticos que equipam muitos dos escritórios
comerciais, médico-odontológicos, escolas, indústrias, e quase todos os segmentos da sociedade,
inclusive residências.
Profissionais que, utilizando-se somente de técnicas apropriadas, interfeririam no aparelho
para executar a manutenção preventiva, ou consertos e reparos.
Manutenção feita de forma segura, íntegra, com baixo consumo de material e ferramental
adequado visando à integridade física da máquina, de terceiros e de si próprio como profissional.
A substituição de peças feita apenas quando último recurso.
Tudo isso propiciando um serviço eficaz, honesto, rápido, limpo e barato.

Refrigeração
A população emprega sem o propósito mais técnico o termo refrigeração para indicar a
perda de calor, todavia, para aqueles que se ensejam para essa atividade tecnológica, o significado
deve ganhar uma dimensão mais real.
A refrigeração é, normalmente, conseguida com auxilio de equipamento que remove calor
dos corpos, quaisquer que sejam seus estados físicos, com o propósito de baixa sua temperatura e ou
mantê-los em temperatura mais baixa que o ambiente externo ao equipamento onde se encontram.
Neste sentido, abre-se um campo muito grande de aplicações, como por exemplo:
conservação de alimentos, fabricação de bebidas, conservação de corpos de seres vivos,
conservação de corpos orgânicos e inorgânicos, fabricação de tecidos, sapatos, computadores,
dentre outros.

Ar-condicionado
Preferimos destacar o ar-condicionado neste item para informar que é uma aplicação de
refrigeração, cujo campo de utilização é muito grande, e no nosso curso trataremos dos conceitos
básicos e das máquinas de uso doméstico.
Da manutenção adequada e criteriosa depende a conservação das condições de
funcionamento das máquinas e conseqüentemente, a qualidade do ar interno com reflexos diretos na
qualidade de vida das pessoas usuárias dos ambientes condicionados.

OBJETIVO DO CURSO

Durante o transcurso do treinamento profissional para a formação de Mecânico de


Refrigeração - Nível A, serão desenvolvidos o programa de embasamento teórico, e prática de
oficina, que resultará, como certo, na qualificação adequada do Mecânico de Refrigeração para
trabalhar em refrigeradores domésticos, freezers e condicionadores de ar domésticos (janeleiro).
Ao final do Curso, o aluno será capaz de não somente trabalhar no mercado formal em
empresas já estabelecidas, como também poderá abrir seu próprio negócio, se para tal receber apoio
financeiro de Instituições governamentais que promovem o desenvolvimento do Estado.

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Este treinamento tem como meta, também, tornar a relação do homem com os tipos de
máquinas já descritas de tal forma estreita, que ele sinta-se realizado profissionalmente com esta
nova oportunidade.
Para bem cumprir os objetivos sociais, as entidades promotoras e financiadoras do
Treinamento deverão efetivar um processo de seleção justo que pese a aptidão do indivíduo e sua
relação social com a comunidade, para que o investimento financeiro e social surta o efeito
esperado.
Consoante filosofia desenvolvimentista vivenciada no Estado do Ceará, mister se faz
melhorar o nível dos profissionais que militam pela refrigeração, porque a sociedade está sob esta
ótica, completamente desassistida, e, considere-se que as empresas do ramo não têm alternativas
para melhoria de sua qualidade senão pela qualificação da mão-de-obra.

CONCEITOS E DEFINIÇÕES

É necessário que se faça um mostruário de termos e se dê o significado de algumas palavras


utilizadas na refrigeração doméstica e no condicionamento de ar.

Mecânica
Parte da Física que estuda as relações das forças e seus equilíbrios, é a mecânica, por isso
trataremos dos conceitos que mais utilizaremos nos trabalhos de refrigeração.
O leitor irá encontrar alguns termos que não são propriamente da mecânica, mas foi o local
mais adequado que encontramos para alocá-los sem criar novos itens de descrição.

•Massa
É a própria matéria, o corpo ou substância. Tudo que está sujeita à ação da gravidade.

•Meio
Para a nossa necessidade o meio é a matéria, o corpo ou substância a qual se quer aquecer ou
resfriar. Pode ser o ar, a água ou outro qualquer.

•Força
É a ação que tem tendência de movimentar um corpo (massa), cessar seu movimento, mudá-
lo de direção ou ainda, mudá-lo de forma. A unidade mais freqüente é o quilograma-força (kgf) ou a
libra-força (lbf). Matematicamente, a grandeza de uma força é proporcional à massa do corpo e à
velocidade que ela produz no deslocamento do ponto de sua aplicação: F = m . a, onde F é a
grandeza da força; m a massa deslocada e a, a aceleração provocada.

•Área
É a medida total de uma superfície. Quando se deseja a área de uma sala, basta multiplicar o
seu comprimento pela sua largura, o resultado é a medida dela. O conhecimento disto é muito útil
para os trabalhos de refrigeração, haja vista que posteriormente trabalharemos com o conceito de
pressão.
Exemplo 1: Uma sala com 5m de comprimento e 3 m de largura tem 15 m2 de área. (5 m x 3
m = 15 m2).

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Exemplo 2: O tampo de uma mesa com 50 pol de comprimento e 10 pol de largura tem uma
área de 500 pol2 (50 pol x 10 pol = 500 pol2).

•Volume
É o produto de três dimensões: comprimento x largura x altura, ou ainda, o produto da área
pela altura. No exemplo “1”, anterior, se considerarmos a altura da sala igual a 3 m, o seu volume
será: V = 5 m x 3 m x 3 m = 45 m3, ou V = 15 m2 x 3m = 45 m3.

•Pressão
O conceito de pressão mais simples está associado ao que vamos dizer agora. Imagine um
homem de peso igual a 70 kg em pé sobre uma cerâmica medindo 10 cm por 10 cm (100 cm² = 10
cm x 10 cm), embaixo da cerâmica há areia, então a areia está suportando uma pressão de 0,7 kg /
cm² (70 kg ÷ 100 cm²), ou seja, por cada centímetro quadrado que possui a cerâmica, há 0,7 kg de
peso do homem sobre a areia. Assim podemos dizer que a pressão é a distribuição uniforme de uma
F
força em uma área determinada. Portanto se calcula a Pressão pela seguinte fórmula: p = .
A
Em refrigeração isto é muito útil porque o gás refrigerante quando preso nos cilindros ou
mesmo nos circuitos de refrigeração exerce uma força sobre as paredes das tubulações e dos
cilindros que se traduzem em uma pressão, considerando que a força é exercida sobre a área interna
das paredes.
Pode-se ver na própria natureza que todos os corpos estão submetidos à pressão atmosférica
que é a pressão que o ar atmosférico exerce sobre os corpos na superfície terrestre. Ao nível do mar,
a pressão atmosférica corresponde a 1 atm ou 1,033 kg/cm2 ou a 14,7 psi (Pound for square inch =
libras por polegada quadrada).
É comum se utilizar como unidade de pressão o kg/cm² (quilograma por centímetro
quadrado) e a psi (libra por polegada quadrada). Uma libra equivale a 0,454 kg ou 454 g e uma
polegada equivale a 2,54 cm, e, 1 kg / cm² = 14,2 psi.
Quando se trata de vácuo a unidade passa a ser o mmHg (milímetro de mercúrio) e seu
submúltiplo µHg (mícron de mercúrio) ou a polHg (polegada de mercúrio). A pressão atmosférica
ao nível do mar equivale a 760 mmHg ou 29,92 polHg.
Às pressões nas quais ocorrem as mudanças de fases dão-se os nomes daquelas mudanças.
Exemplo: Pressão de condensação, Pressão de solidificação, Pressão de fusão, Pressão de
vaporização, Pressão de sublimação.

FATORES DE CONVERSÃO
pol de água pol de Hg mmHg
Psi atmosfera bar kgf/cm² Pascal
(60°F) (32°) (32°)
1 27,708 2,0360 0,068046 51,715 0,068948 0,07030696 6894,8
0,036091 1 0,073483 2,4559x10-3 1,8665 2,4884x10-3 2,537x10-3 248,84
0,491154 13,609 1 0,033421 25,400 0,033864 0,034532 3386,4
14,6960 407,19 29,921 1 760,00 1,01325* 1,03323 1,01325x105*
0,0193368 0,53578 0,03937 1,31579x10-3 1 1,3332x10-3 1,3595x10-3 133,32
14,5038 401,86 29,53 0,98692 750,062 1 1,01972* 105*
14,223 394,1 28,959 0,96784 735,559 0,980665* 1 9,80665x104*
1,45038x10-4 4,0186x10-3 2,953x10-4 9,8692x10-6 7,50x10-3 10-5* 1,01972x10-5* 1
Extraído de ASHRAE (*) valores exato

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•Vácuo
Este termo é utilizado para explicitar a ausência parcial ou total (vácuo absoluto) de matéria,
isto é, define o valor da pressão, abaixo da pressão atmosférica. Portanto, quando especificamos
vácuo em um sistema fechado, estamos nos referindo a um valor negativo de pressão.

Calorimetria
Aqui, também, verifica-se uma divisão da Física. Neste caso específico, esta área estuda as
circunstâncias da transmissão de calor e tudo que for pertinente.

•Temperatura
É o grau de agitação térmica das moléculas de um corpo. Uma elevada temperatura indica
um alto grau de agitação ou de pressão térmica, e uma baixa temperatura indica um baixo grau de
agitação ou de pressão térmica.
Os termos quente e frio são relativos, um ao outro, e só poderão existir em comparação,
portanto, quando um corpo está quente é porque temos outro de menor temperatura para comparar
com ele e dizermos que este está frio. Pelo dito, é correto afirmar que um corpo que está a uma
temperatura de - 20 ºC (20 graus negativos) está quente se comparado com outro que está a - 25 ºC
(25 graus negativos). Isto é muito importante e necessário que o mecânico de refrigeração
compreenda.
Às temperaturas nas quais ocorrem as mudanças de fases dão-se os nomes daquelas
mudanças. Exemplo: Temperatura de condensação, Temperatura de solidificação, Temperatura de
fusão, Temperatura de vaporização, Temperatura de sublimação.
O instrumento que se utiliza para medir a temperatura é o termômetro, e normalmente se
trabalha com a escala Celsius (°C) ou centígrada e a Fahrenheit (ºF).
Para se converter uma temperatura em outra basta utilizar as equações:

°C = 5 ÷ 9 (ºF -32) e ºF = 9 ÷ 5 ºC + 32.

Exemplos:
50 ºC Î ºF = 9 ÷ 5 x 50 ºC + 32 => ºF = 1,8 x 50 + 32 => ºF = 90 + 32 => ºF = 122
50 ºF Î ºC = 5 ÷ 9 x (50 ºF - 32) => ºC = 5 ÷ 9 x 18 => ºC = 5 x 18 ÷ 9 => ºC = 10

EXERCÍCIOS
Transformar: 1) 30°C, para °F; 5°C, para °F; 100°C, para °F; 0°C, para °F; -40°C, para °F.
2) 41°F, para °C; 104°F, para °C; - 4°F, para °C; - 40°F, para °C.

GABARITO
1) 86ºF; 41ºF; 212ºF; 32ºF; -40ºF
2) 5°C; 40°C; -20°C; -40°C

•Estados físicos da matéria - fases


Sólido, Líquido e Gasoso (vapor) são as formas mais comuns como a matéria se apresenta
dependendo da temperatura e da pressão onde se encontra.

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» Sólido
É o estado de agregação da matéria onde as moléculas estão mais fortemente atraídas umas
pelas outras. Isto é, as forças de coesão entre as moléculas são as maiores. Possui volume e forma
bem definidos.

» Líquido
No estado líquido, as forças de coesão entre as moléculas são menores do que no estado
sólido. Neste estado, a matéria não possui forma definida, mas possui volume definido.

» Gasoso
É o estado de agregação da matéria onde as forças de coesão entre as moléculas são
extremamente fracas, muito menores que no estado líquido, e isto permite uma grande liberdade de
movimentação às moléculas. Neste estado, a matéria não apresenta nem forma e nem volume
definidos.

•Mudança de estado físico


A mudança de estado físico é a passagem de uma fase para outra, e depende exclusivamente
da temperatura e da pressão.

» Solidificação
É a passagem do estado líquido para o estado sólido. A temperatura na qual a matéria se
solidifica é chamada de temperatura de solidificação, e a pressão correspondente, de pressão de
solidificação.

» Fusão
É a passagem do estado sólido para o estado líquido. A temperatura na qual a matéria se
funde é chamada de temperatura de fusão, e a pressão correspondente, de pressão de fusão.

» Condensação
É a passagem do estado gasoso (vapor) para o estado líquido. A temperatura na qual a
matéria condensa é chamada de temperatura de condensação, e a pressão correspondente, de
pressão de condensação.

» Vaporização
É a passagem do estado líquido para o estado vapor. Existem duas formas de vaporização: a
evaporação e a ebulição. A evaporação é a passagem lenta do estado líquido para o de vapor, que se
efetua exclusivamente na superfície livre do líquido, com absorção de calor. Ebulição é a passagem
tumultuosa do estado líquido para o de vapor, mediante criação de bolhas originada pela convecção
rápida, e estar relacionada com a pressão de saturação. A temperatura na qual a matéria vaporiza é
chamada de temperatura de vaporização, e a pressão correspondente, de pressão de vaporização.

» Sublimação
É a passagem do estado sólido para o estado vapor. A temperatura na qual a matéria sublima
é chamada de temperatura de sublimação, e a pressão correspondente, de pressão de sublimação.

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» Sublimação (cristalização)
É a passagem do estado vapor para o estado sólido.

•Energia
Em sua expressão mais simples, energia é capacidade de realizar trabalho. Ela pode existir
sob diversas formas, tais como a energia elétrica, a energia mecânica, a energia térmica (calor), a
energia química, etc., e pode ser transformada de uma forma para outra, porém não pode ser criada
nem destruída. A unidade em que é medida a energia é o Joule (J), embora, por razões históricas,
em refrigeração utiliza-se mais freqüentemente da caloria (cal). 1 cal = 4,186 J.
•Calor
Pode-se definir o calor como sendo a energia térmica em trânsito de um corpo ou substância
para outro como resultado de uma diferença de temperatura entre os dois. Poderá ser entre duas
regiões de um mesmo corpo com diferentes temperaturas.
Quando o “meio” recebe calor, diz que se aqueceu, e inversamente, quando cede calor, diz
que se esfriou.
De qualquer modo, pelo conceito acima, quando uma substância (meio) se aquece, a outra se
resfria, e vice-versa.
Para medir o calor utiliza-se comumente, em refrigeração, três unidades a kcal
(quilocaloria), o kJ (quilojoule), e o BTU (British Thermal Unit ou Unidade Térmica Britânica).
Uma kcal é a quantidade necessária de calor para mudar a temperatura de 1 kg de água de 1
grau Celsius (1º C).
Um kJ equivale a 0,23889 kcal.
Uma BTU é a quantidade necessária de calor para mudar a temperatura de 1 libra de água de
1 grau fahrenheit (1º F).

1 kcal ≅ 4 BTU 1 kJ = 0,23889 kcal


» Calor total
É a quantidade total de calor que a substância recebe ou cede, durante a transformação,
mudando ou não de fase.
Calor total = calor latente + calor sensível
» Calor latente
É a quantidade de calor que a substância recebe ou cede, durante a transformação,
mantendo-se a temperatura constante, e é a parcela de calor que faz a substância mudar de fase.

» Calor sensível
É a quantidade de calor que a substância recebe ou cede, durante a transformação, que a faz
variar somente a temperatura.

•Equação fundamental da calorimetria


A quantidade de energia térmica recebida ou cedida por uma substância é medida através da
“Quantidade de Calor”, que é diretamente proporcional à massa da substância e a sua variação de
temperatura, sendo que este valor é determinado pela seguinte equação:

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Q = m . c. (Tf – Ti)
Onde:

Q = quantidade de calor (cal)


m = massa da substância (g)
Observação: 1.000 cal = 1 kcal
c = calor específico da substância (cal/g°C)
Tf = temperatura final (°C)
Ti = temperatura inicial (°C)
EXERCÍCIOS:
01. Um recipiente contém 200g de água à temperatura de 20°C. O conjunto é então
aquecido, até atingir a temperatura de 70°C. Sendo o calor específico da água igual a 1 cal/g. °C,
determine a quantidade de calor recebida pela mesma.

02. Determine a quantidade de calor necessário para elevar até o ponto de ebulição, 1 litro
de água, que está inicialmente a uma temperatura de 30°C. (c =1 cal/g. °C).

03. Qual a quantidade de calor necessário para resfriar 1 m3 de água, de 90°C para 5°C?
(c =1 cal/g. °C)?

04. Uma placa de alumínio pesando 500g é aquecida e sofre um acréscimo de temperatura
de 10°C. A quantidade de calor fornecida à placa foi de 1,1 kcal. Determine o calor específico do
alumínio.

GABARITO:
01. 10.000cal ou 10kcal ou 40BTU ou ainda, 41.868J
02. 70.000cal ou 70kcal ou 280BTU ou ainda, 293.076J
03. 85.000 kcal ou 340.000BTU ou 355.878kJ
04. 0,22cal/g.°C

•Transmissão de calor
São três os processos fundamentais de transmissão de calor, e estes estão presentes na
refrigeração: CONDUÇÃO, CONVECÇÃO e RADIAÇÃO.
A troca de calor pode ser classificada como DIRETA e INDIRETA.

» Condução Térmica
É o processo de propagação da energia térmica através da agitação molecular de um corpo.
Isto é muito importante para se conhecer a diferença entre um material bom ou mau condutor de
calor ou isolante térmico, uma vez que os isolantes térmicos são largamente aplicados nos diversos
equipamentos de refrigeração, quando se deseja manter alguma coisa a uma temperatura maior ou
menor que a temperatura ambiente.

» Convecção Térmica
Consiste no transporte de energia térmica, de uma região para outra, através do transporte de
matéria e, portanto, esse é um fenômeno que só pode ocorrer nos líquidos e nos gases. Esse conceito

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é importante para se perceber, por exemplo, o por quê do congelador de uma geladeira ser colocado
na parte superior da mesma.

» Irradiação Térmica
Esse fenômeno efetua-se através das ondas eletromagnéticas que se propagam no meio em
que vivemos. Dessa forma, é que o calor do sol chega até a terra, uma vez que a ausência de matéria
em algum ponto entre ambos (gravidade zero), impossibilita a existência dos outros dois processos.

» Troca Direta
É assim chamada quando a troca de calor é feita entre duas substâncias sem a interveniência
de outra, isto é, o calor de uma se transmite diretamente para a outra. Exemplo: a mistura de
substâncias com temperaturas diferentes (café e leite).

» Troca Indireta
Diz-se quando a troca de calor é feita entre duas substâncias com a interveniência de outra,
isto é, o calor de uma se transmite para a outra através de uma parede, geralmente metálica ou boa
condutora de calor. Exemplo: o aquecimento do refrigerante nos evaporadores dos refrigeradores.

OBSERVAÇÃO
Em condicionamento de ar utilizam-se as expressões EXPANSÃO DIRETA e EXPANSÃO
INDIRETA, que significam:

» Expansão Direta
Quando a troca de calor é feita entre o ar e a substância refrigerante através da parede do
trocador de calor, é o que acontece no ar-condicionado tipo doméstico: o calor da sala, através do
ar, aquece o refrigerante no evaporador da máquina.

» Expansão Indireta
Quando entre o ar e a substância refrigerante existe outra substância de transporte térmico, é
o que acontece no sistema de ar-condicionado que utiliza um condicionador tipo fan-coil com água
gelada: o calor da sala, através do ar, aquece a água na serpentina do fan-coil e esta aquece fluido o
refrigerante no evaporador da máquina.

•Trocador de calor
É o componente, aparelho a peça do sistema de refrigeração que tem como função conter os
fluidos que trocarão calor e permitir que esta energia seja transferida, por condução térmica, de um
para o outro.
Existem muitos tipos e modelos de trocadores de calor como exemplo: Trocador a placas;
trocador de serpentina; trocador de serpentina aletada; trocador de casco e tubo (Shell and tube);
trocador tubo e tubo (tube and tube), dentre outros.

•Potência frigorífica
É a quantidade de calor que a máquina retira ou acrescenta a uma substância (ar, alimento,
pessoas, etc.), na unidade de tempo (1 hora). Nas máquinas de refrigeração como as do nosso curso,
temos a potência frigorífica expressa em kcal / h; kJ / h, kW (quilowatt); BTU / h ou TR (Tonelada
de Refrigeração).

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kW é a potência energética correspondente a 860 kcal/h.


Uma TR (Tonelada de Refrigeração) corresponde à quantidade necessária de calor para
fundir ou formar uma tonelada curta de gelo a 0°C, em 24 horas.

1 kcal/h ≅ 4 BTU/h 1 TR = 3.024 kcal/h = 12.000 BTU/h

1 kW = 860 kcal/h 1 kW = 3.600 kJ/h

•Carga Térmica
Agora, que já conhecemos o conceito de temperatura, calor e suas formas de transmissão,
calor sensível, calor latente e potência frigorífica, vamos apresentar o conceito de Carga Térmica
para, no momento oportuno, adotar-se o procedimento para definir a CAPACIDADE que deve ter
um equipamento frigorígeno a ser instalado em determinado ambiente.
A Carga Térmica é entendida como a quantidade de calor que deve ser removida pelo
equipamento de refrigeração, de modo a proporcionar as condições de temperatura, umidade, etc.
no espaço a ser refrigerado ou condicionado em concordância com as exigências do projeto e/ou
definições do usuário.
Considerando que o calor flui de forma contínua através das paredes dos ambientes e das
câmaras, vencendo a resistência térmica do isolamento, o equipamento, também, deverá funcionar
de forma continuada, e, por isso a carga térmica é estimada ou estabelecida num valor unitário de
tempo. Por exemplo: 3.750 kcal/h (três mil, setecentas e cinqüenta, quilocalorias por hora).
O cálculo da Carga Térmica baseia-se em um conjunto de fatores, dentre os quais
destacamos: transmissão de calor, irradiação solar, pessoas, iluminação e equipamentos elétricos,
etc.

•Saturação
A saturação pode ser entendida sob dois aspectos, quais sejam:
1 - quando uma substância esta diluída (soluto) em outra (solvente) ao ponto desta última
não suportar mais a diluição, fazendo com que a primeira se precipite no fundo do recipiente.
2 - quando uma substância apresenta duas fases ao mesmo tempo, por exemplo: vapor e
líquido. Neste caso diz-se, saturação entre fases.
No caso do segundo conceito, a saturação depende da temperatura e da pressão, e diz-se que
a substância está na temperatura de saturação e na pressão de saturação.
Considerando o caso da água fervendo (ebulindo ou vaporizando) em Fortaleza, a pressão de
saturação é l atm, porque estando a cidade ao nível do mar a pressão é a indicada e é nela que a
água está vaporizando. Também, diz-se que a temperatura de saturação é 100 °C, o que se pode
comprovar medindo-a com um termômetro.

» Superaquecimento
Diz-se que um vapor está superaquecido quando se encontra com temperatura acima da
saturação.

» Sub-resfriamento
Diz-se que um líquido está sub-resfriado quando se encontra com temperatura abaixo da
saturação.

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Todavia, quando um vapor (ou líquido) se encontra na temperatura de saturação, isto é,


mudando de fase, diz-se que ele está saturado, portanto apresenta as duas fases juntas, líquida e
vapor.

Termodinâmica
As relações das transformações de calor em trabalho e vice-versa, são estudas pelo ramo da
Física denominado de Termodinâmica.

•Trabalho nos gases


Consideremos um cilindro dotado de um êmbolo móvel
(exemplo: uma bomba de encher pneu de bicicleta) e, ao tempo que
empurramos esse êmbolo fechemos também a saída de ar. Dessa F
forma, estaremos comprimindo o ar contido dentro do cilindro. Assim,
devido à intensidade da força “F” que aplicamos, o êmbolo se
deslocará de um determinado valor, que chamaremos de “∆L”. O ∆L
Trabalho realizado no gás (ar) é dado por:
F
Como já vimos anteriormente, a pressão é obtida através da expressão: p = , logo, se se
A
considerar a pressão constante, a força será: F=p.A

Desse modo, o trabalho realizado “no” gás (ar) será: T = p . A . ∆L

O produto “A . ∆L” é igual à variação de volume (∆V = Vi - Vf), uma vez que o mesmo
diminuiu, de onde podemos concluir que:

Trabalho = pressão . variação de volume (T = p . ∆V)

Com isso, podemos tirar duas conclusões importantíssimas:


1. Se houver uma redução de volume (Vf < Vi), haverá uma compressão.
2. Se houver um aumento de volume (Vf > Vi), haverá uma expansão (trabalho realizado
“pelo” gás).

EXERCÍCIOS:
01. Um gás ideal sofre transformação a uma pressão constante de 10 N/m2. Qual o trabalho
realizado pelas forças de pressão, durante o deslocamento do pistão, sabendo que o volume inicial
do gás era de 4m3 e que o volume final é de 10m3?

02. Numa transformação à pressão constante, um gás ideal inicialmente ocupando um


volume de 10m3 expande-se até o volume de 15m3. Qual o valor da pressão do gás, se o trabalho
realizado foi de 100 J?

GABARITO:
01. 60J
02. 20N/m2

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•Energia interna
A energia interna de um gás (sistema) não pode ser medida, mas é importante se conhecer a
sua variação (“∆U”) durante um processo termodinâmico, uma vez que ela está diretamente
relacionada com a energia térmica e, é alterada em função da temperatura em que se encontra o gás.

•1ª Lei da Termodinâmica


O enunciado da 1ª Lei da Termodinâmica ou 1° Princípio da Termodinâmica é o seguinte:

“O trabalho realizado num processo termodinâmico é igual à diferença entre a


quantidade de calor trocada com o meio exterior e a variação da energia interna do
sistema”.

Este enunciado se traduz na seguinte expressão matemática: T = Q – ∆U

A análise da relação entre o trabalho realizado e o calor trocado em um processo


termodinâmico é feita tomando-se como base a 1ª Lei da Termodinâmica, e levando-se em conta as
transformações por que passa o gás durante esse processo.
Essas transformações, denominadas de “transformações gasosas”, levam em conta a pressão,
a temperatura e o volume, e são analisadas da seguinte forma:

» Transformação Isobárica
É uma transformação realizada à pressão constante, isto é a pressão é a mesma durante todo
o processo.

Exemplo 01: Uma amostra de gás sofre uma transformação isobárica, a uma pressão de 20
N/m2, recebendo do meio exterior uma quantidade de calor igual a 100 cal. O volume de gás que era
de 6 m3, passou para 20 m3. Qual a variação da energia interna do Sistema?

Solução:
A variação de volume do gás será: ∆V = Vf - Vi = 20 m3 - 6 m3 = 14 m3.
O trabalho realizado pelo gás será: T = p . ∆V = 20 N/m2 . 14 m3 = 280 J.
1 cal = 4,186 J ou 1 J = 0,239 cal, logo, 280 J = 66,92 cal.
Pela 1ª Lei da Termodinâmica temos: T = Q – ∆U ⇒ ∆U = Q – T = 100 – 66,92 = 33,08 cal.

No exemplo acima, podemos fazer as seguintes considerações:


1. O volume do gás aumentou, portanto, houve uma expansão isobárica.
2. Em uma expansão isobárica, há um aumento (∆U > 0) da energia interna do gás.
3. Em uma expansão isobárica, a quantidade de calor recebida é maior que o trabalho realizado
(Q > T).
Exemplo 02: Um cilindro contém 5m3 de gás a uma temperatura de 30 °C. Quando a
temperatura do cilindro é aumentada para 70 °C, seu volume aumenta para 10m3, enquanto que a
pressão permanece constante e igual a 20N/m2. Sabendo que a energia interna do sistema aumentou
de 15 cal e que o calor específico do gás é de 0,03 cal/g. °C, qual a massa de gás contida no
cilindro?
Resposta: 32,4 g.

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» Transformação Isocórica (Isométrica)


É uma transformação realizada a volume constante, isto é, o volume é o mesmo durante todo
o processo.

Exemplo: Um recipiente, hermeticamente fechado, contém 32 g de um gás, cujo calor


específico é de 0,094 cal/g. °C. Sabendo que sua temperatura inicial é de 27 °C e que o volume do
mesmo permanece constante, determine:
a) A quantidade de calor necessária para duplicar a temperatura do gás.
b) A variação da energia interna do gás, na transformação.

Solução:
a) Q = m . c . ∆T ⇒ Q = 32 . 0,094 . 27 ⇒ Q = 81,21 cal.
b) Como Vf = Vi ⇒ ∆V = 0, logo, T = p . ∆V = 0, portanto, Q = T + ∆U ⇒ Q = ∆U ⇒
∆U = 81,21 cal.

No exemplo acima, podemos fazer as seguintes considerações:


1. Em uma Transformação Isocórica, o trabalho realizado é nulo.
2. Em uma Transformação Isocórica, o calor recebido aumenta a energia interna e a
temperatura do gás.
3. Em uma Transformação Isocórica, a variação da energia interna do gás é igual à
quantidade de calor trocada com o meio exterior.

» Transformação Isotérmica
É uma transformação realizada à temperatura constante, isto é a temperatura é a mesma
durante todo o processo.

Exemplo: Cinqüenta gramas de um gás, cujo calor específico é de 0,08 cal/g. °C, sofre uma
transformação isotérmica a uma pressão de 40 N/m2, quando então seu volume duplica para 6 m3.
Qual a temperatura externa final da transformação, sabendo que no início a temperatura era de
30 °C?

Solução:
a) O trabalho será: T = p . ∆V ⇒ T = 40 N/m2 . 3 m3 ⇒ T = 120 J = 28,68 cal.
Q 28,68
b) A variação de temperatura externa, será: ∆T = ⇒ ∆T = ⇒ ∆T = 7,17 °C.
m.c 50 x 0,08
c) A temperatura final será: Tf = Ti + ∆T ⇒ Tf = 30 °C + 7,17 °C = 37,17 °C.

» Transformação adiabática
Em uma transformação adiabática não há trocas de calor com o meio exterior. Portanto,
Q = 0 e ∆U = - T.
Em uma expansão adiabática, o trabalho é realizado pelo gás, sendo que o seu volume aumenta
e sua temperatura diminui, pois há uma diminuição da sua energia interna.

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» Transformação cíclica
Ciclo ou transformação cíclica de uma determinada massa gasosa é um conjunto de
transformações após as quais o gás volta a apresentar a mesma pressão, o mesmo volume e a mesma
temperatura que possuía anteriormente. Em um ciclo, o estado final é igual ao estado inicial.

p p
Q→T T→Q

A B A B
P2 P2

P1 P1
D C D C

0 V 0 V
V1 V2 V1 V2

Ciclo em sentido horário: Ciclo em sentido anti-horário:


Conversão de Calor em Trabalho Conversão de Trabalho em Calor

•2ª Lei da Termodinâmica


O enunciado da 2ª Lei da Termodinâmica ou 2° Princípio da Termodinâmica é o seguinte:

“O calor não passa espontaneamente de um corpo para outro de temperatura mais alta”.

Este enunciado é muito importante para a compreensão do princípio de funcionamento das


máquinas térmicas, incluindo-se aí, os equipamentos de refrigeração.

Eletricidade
A eletricidade é também uma forma de energia e pode ser transformada em outras formas de
energia, principalmente a energia mecânica.
Quanto à natureza da energia elétrica, as experiências já demonstraram que a menor
quantidade de eletricidade encontrada na natureza é a carga elétrica elementar, que é denominada de
“elétron”.
Os materiais metálicos, como por exemplo, o aço, o alumínio, o ouro, a prata, o cobre, têm
facilidade de gerar elétrons e permitir o livre movimento dessas cargas em sua estrutura.
Nos trabalhos de refrigeração estão sempre presentes motores elétricos, quadros de comando
e força que deverão ser inspecionados, montados ou mantidos pelo mecânico de refrigeração.

•Corrente elétrica
É o movimento dos elétrons no interior dos materiais.
A intensidade com que esses elétrons movimentam-se é medida em Ampères (A) e o
aparelho destinado à sua medição é o Amperímetro.

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•Tensão
É a força que impões movimento aos elétrons.
A tensão é medida em Volts (V) e o aparelho destinado à sua medição é o Voltímetro.

•Resistência elétrica
É a maior ou menor dificuldade que os materiais oferecem à passagem da corrente elétrica.
A resistência elétrica é medida em Ohms (Ω) e o aparelho destinado à sua medição é o
Ohmímetro.

•Sistemas elétricos
As empresas concessionárias fornecem ao consumidor, a energia elétrica da seguinte forma:

» Sistema monofásico (2 fios)


É o sistema formado por dois condutores, sendo um deles denominado de “FASE” e o outro
de “NEUTRO”. O condutor neutro não possui tensão, ou seja, tem 0 (zero) volt, enquanto que o
condutor fase possui uma tensão de 220 volts em relação ao condutor neutro (em Fortaleza).

» Sistema bifásico (3 fios)


É o sistema formado por dois condutores fases e um condutor neutro.
O sistema bifásico tem a grande vantagem de se poder utilizar dois níveis de tensão: 127
volts e 220 volts, quando a tensão de 220V é verificada entre duas fases.

» Sistema trifásico (4 fios)


É o sistema formado por quatro condutores, sendo três condutores fases e um condutor
neutro.
Emprega-se esse sistema onde há necessidade de se alimentar equipamentos trifásicos em
geral. A tensão entre fases é de 380 volts e entre fase e neutro é de 220 volts (em Fortaleza).

•Motores elétricos
O motor elétrico é constituído de duas partes distintas e principais que são, rotor e o estator.
Podem ser alimentados por energia monofásica ou trifásica.
Antes de darmos prosseguimento ao assunto, é necessário se estabelecer noções para auxiliar
na compreensão.
a) Todo condutor elétrico, quando energizado cria ao redor de si um campo magnético, tanto
mais intenso quanto for o valor da corrente (I) que o atravessa.
b) Quando se faz uma volta com um condutor, fazendo o começo coincidir com o fim, tem-
se uma espira.
c) Juntando-se várias espiras, forma-se uma bobina.
d) Várias bobinas reunidas formam um “enrolamento”.
Pois bem, existem muitos projetos de motores elétricos, cada um apresenta vantagens sobre
o outro e tem uma aplicação mais apropriada.
Neste trabalho voltaremos nossa atenção para os motores elétricos que estão presentes num
condicionador de ar doméstico. O motor do ventilador e o motor do conjunto compressor, ambos
monofásicos.

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O torque, a força, do motor está associado ao enrolamento principal, de trabalho, efetivo,


conforme o nome que se queira dar. É construído de fio grosso com resistência baixa e por isso
permite a passagem de corrente de intensidade maior.
Todavia, há também, nesse motor um enrolamento de fio mais fino, que apresenta grande
resistência elétrica, e quando energizado, a corrente por ele é baixa. É o enrolamento de partida,
start ou arranque. Tem a finalidade de aumentar o torque inicial do motor na partida e orientar o
campo magnético para dar o sentido para o qual o rotor vai girar.

Psicrometria
Psicrometria é o estudo das misturas de ar e vapor de água.
O ar atmosférico é constituído de Oxigênio, Nitrogênio, outros gases e vapor d'água e como
tudo está aquecido e o homem sofre suas influências, resulta daí a importância da psicrometria no
condicionamento de ar.
As propriedades térmicas do ar atmosférico se encontram indicadas num gráfico ou
diagrama conhecido como “Carta Psicrométrica”, a qual é utilizada para nos auxiliar na obtenção
dessas propriedades, das quais destacamos:

•Temperatura de bulbo seco(TBS)


É a temperatura ambiente, do ar, medida com um termômetro comum.

•Temperatura de bulbo úmido(TBU)


É a temperatura ambiente, do ar, medida com um termômetro comum, porém, com o bulbo
coberto com uma mecha (gaze ou algodão) umedecida.

•Umidade relativa(UR)
Umidade do ar é a quantidade de vapor d’água que participa da mistura atmosférica.
Umidade relativa é a proporção de vapor d’água contido em um determinado volume de ar, em
relação à quantidade total que este mesmo volume poderia absorver ficando saturado.

•Temperatura de ponto de orvalho(TPO)


É a temperatura de saturação do ar. De uma forma bem simples, podemos dizer que é a
temperatura à qual a umidade condensa sobre uma superfície.

•Entalpia (h)
É uma propriedade que as substâncias possuem e que traduz uma medida do seu calor
inerente. Para o ar, esta grandeza representa a quantidade de calor recebida ou cedida, por unidade
de massa (kcal/kg)
Em relação à carta psicrométrica, os termos abaixo podem explicar, rapidamente, alguns
conceitos referentes a determinadas condições do ar.
Se as temperaturas de bulbo seco e bulbo úmido são conhecidas, a umidade relativa a
temperatura do ponto de orvalho podem ser determinadas.
Se a temperatura de bulbo seco e a umidade relativa são conhecidas, a temperatura de bulbo
úmido e a temperatura do ponto de orvalho podem ser determinadas.
Se a temperatura de bulbo úmido e a umidade relativa são conhecidas, a temperatura de
bulbo seco e a temperatura do ponto de orvalho, podem ser determinados.

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EXERCÍCIOS:
01. Dados: TBS = 30 °C; UR = 60%;
Encontrar: a) TBU; b) TPO; c) volume específico; d) entalpia.

02. Dados: TBU = 20 °C; TBS = 25 °C;


Encontrar: a) UR; b)TPO; c) entalpia.
03. 30% de ar com TBS = 30 °C e UR = 60%, serão misturados com uma massa de ar
atmosférico com TBU = 20 °C e TBS = 25 °C. Nessas condições qual o resultado da mistura?

04. O ar de um ambiente está a uma TBS igual a 30°C e UR de 70%. Queremos condicionar
este ambiente e deixá-lo nas condições de conforto, isto é, TBS igual a 24°C e UR de 50%.
a) Quantas gramas de umidade deverão ser retiradas do ar?
b) Qual o diferencial de TBU?

05. O ar ambiente de um laboratório químico está nas seguintes condições:


TBS = 22°C e UR = 40%.
Ele deverá ser misturado com ar de renovação externo, com as seguintes condições:
TBS = 35°C e UR = 60%. Qual o resultado da mistura?

06. Observe a seguinte situação:


a) O ar de um ambiente condicionado, retorna para o condicionador de ar, com TBS igual a
24°C e UR de 45%.
b) Nele, é misturado ar externo com TBS igual a 30°C e UR de 60%.
c) O ar é insuflado através do aparelho a TBS igual a 13°C.
Determine as condições que o ar é misturado no condicionador.

Instrumentos
Neste item procuraremos listar os principais instrumento de medidas que o mecânico de
refrigeração deverá utilizar em seu trabalho diuturno.

•Manômetro
Instrumento apropriado para medir pressão, pode ser mecânico ou eletrônico. No trabalho de
refrigeração o utilizado é o mecânico do tipo Bourbon, cujo mecanismo se assemelha ao brinquedo
língua de sogra. Quando a língua de sogra estira leva o ponteiro para um valor mais alto no
mostrador onde está gravada a escala.
Os manômetros utilizados pelo mecânico de refrigeração estão
conjugados em um suporte tipo tubo de orifícios conhecido pelo nome de
“manifold” ou analisador de pressão.
O manômetro da esquerda possui duas escala com uma a mesma
origem, uma para medir pressão abaixo da pressão atmosférica, ou seja,
vácuo, e outra para pressões acima da atmosfera e por isso ele é chamado de
manovacuômetro, e é extremamente útil de vez que, em muitas ocasiões, a
pressão de serviço ou de trabalho de alguns equipamentos está abaixo da
pressão atmosférica. Também se utiliza este manovacuômetro para medir o MANIFOLD
ROBINAIR
vácuo que se faz para a desidratação do sistema em processamento.

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•Amperímetro
Aparelho destinado à medição da intensidade de corrente (I) cuja unidade é o
Ampère (A). Modelo da MINIPA

•Reguladores de pressão
Nos trabalhos que envolvem gases acondicionados em cilindros a
altas pressões, se utilizam reguladores de pressão com a finalidade abaixa a
pressão para valores que são suportados pelos sistemas, de forma segura.
Normalmente há um manômetro para medir e indicar a pressão do cilindro e
outro para a pressão de trabalho. Mod. SA White Martins.
Pode-se ver isto claramente nos conjuntos de solda oxiacetilênica. Há
um regulador para o oxigênio e outro para o acetileno.

•Voltímetro
Aparelho destinado à medição da tensão elétrica (U) cuja unidade é o Volt
(V).

•Ohmímetro
Aparelho construído para a medição da resistência elétrica (Ω) de baixo valor
cuja unidade é o Ohm (Ω).

•Multímetro
Há um instrumento que reúne muitas funções como amperímetro, voltímetro,
ohmímetro, e em alguns casos outros instrumentos, é o multímetro.

•Megôhmetro
Para medir resistências de valores altos, como por exemplo, a resistência do isolamento da
fiação de motor elétrico, utiliza-se o megôhmetro. A unidade é o megaohm (MΩ).

•Vacuômetro
As pressões de vácuo devem ser medidas com um instrumento de precisão, eletrônico ou a
mercúrio, com escala apropriada para informar a pressão em mícron de mercúrio. Um milímetro
vale 1.000 mícrons.

•Capacímetro
O capacímetro é o instrumento adequado para se medir a capacitância dos
capacitores. A capacitância é medida em submúltiplo do Farad. Microfarad (µfd) e
picofarad (ρfd).

•Anemômetro
Este aparelho é utilizado para medir a velocidade do ar. Em condicionamento
de ar, divide-se a entrada do ar na serpentina (retorno) em, no mínimo, 20 partes, e se
coloca o sensor em carda uma das partes, anotando-se a velocidade em m/s, para ao
final calcular a média aritmética de todas as medições.

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•Termômetro
O termômetro é o instrumento utilizado para medir a temperatura do ar ou de
outros elementos. O indicado para o uso na refrigeração é um eletrônico de cinco
sensores para permitir a medição das linhas de refrigerante e outros, no processo de
balanceamento.

•Tacômetro
Para medir o número de rotações desenvolvidas num minuto pelos diversos
elementos girantes de uma máquina de ar-condicionado, por exemplo, um ventilador
centrífugo, se utiliza o instrumento chamado de tacômetro, que poderá ser mecânico
ou eletrônico.

•Chave de Teste Néon


Esta ferramenta é imprescindível para a localização do pólo fase. É uma chave de fenda,
apresentando, no interior do cabo, uma lâmpada de “Néon”.
No extremo do cabo tem um botão metálico, encostando-se a ponta metálica da chave no
ponto a ser verificado e, tocando com o dedo o botão, a lâmpada acenderá no caso de haver
corrente.

•Lâmpada-série
É de fácil montagem, pois, simplesmente, cortando uma fase
entre uma lâmpada e plug, ficam duas pontas de prova A e B.
Com as pontas A e B é possível testar a continuidade dos
circuitos dos componentes elétricos do condicionador de ar.

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TECNOLOGIA

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REFRIGERAÇÃO

Ciclo básico teórico


Os equipamentos de refrigeração objetos desse curso, funcionam segundo o ciclo
termodinâmico de compressão de vapor, que é constituído na sua forma mais simples por quatro
elementos distintos:
1) Compressor.
2) Condensador.
3) Válvula de expansão ou capilar.
4) Evaporador.
Na figura abaixo está representado um esquema do ciclo básico de um sistema de
refrigeração, onde estão indicadas as posições relativas ao ciclo do compressor, do condensador, da
válvula de expansão e do evaporador.
Chama-se de linhas às tubulações que unem os diversos elementos. A linha que vai do
evaporador para o compressor é a de sucção ou aspiração. Do compressor até o condensador, tem-se
a linha de descarga ou de gás quente. E do condensador para o evaporador, está a linha de líquido.
Antes de iniciarmos a descrição do ciclo de refrigeração, é conveniente que se conceitue os
elementos já listados.

•Compressor
É um conjunto de peças mecânicas, desenhadas e construídas de tal maneira que ao
funcionar possa provocar um deslocamento de massa (escoamento) necessário para o
reaproveitamento do fluido refrigerante, e como o escoamento de massa só se realiza devido a uma
diferença de pressão, o compressor, também, causa ao mesmo tempo, essa diferença de pressão,
elevando a pressão de saída (descarga) a um valor muito alto, comparado com a pressão de entrada
(sucção).
CONDENSADOR

LINHA DE ALTA PRESSÃO LINHA DE ALTA PRESSÃO


LINHA DE LÍQUIDO LINHA DE GÁS QUENTE
LÍQUIDO SUBRESFRIADO VAPOR ALTA TEMPERATURA
SAÍDA DO CONDENSADOR DESCARGA DO COMPRESSOR
HP = ALTA PRESSÃO
HP = ALTA PRESSÃO
SENTIDO DO FLUXO

COMPRESSOR

VÁLVULA DE EXPANSÃO LINHA DE BAIXAPRESSÃO


LINHA DE SUCÇÃO
VAPOR BAIXATEMPERATURA
SUCÇÃO DO COMPRESSOR
LP = BAIXA PRESSÃO

EVAPORADOR

CICLO BÁSICO DE REFRIGERAÇÃO


POR COMPRESSÃO DE VAPOR

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•Condensador
O condensador é um trocador de calor no qual o calor que foi absorvido pelo fluido
refrigerante durante a sua passagem pelo evaporador e no processo de compressão é expelido para o
exterior, motivado por ventilação natural ou forçada. Nesse processo, o fluido refrigerante passa do
estado gasoso para o estado líquido (condensa).

•Válvula de expansão
Válvula de expansão ou tubo capilar é uma restrição à passagem do fluido refrigerante que
se encontra no estado líquido, e uma vez forçado a passar por ela o fluido aumenta de velocidade e
perde pressão, criando condições ao processo de expansão (reduz a pressão).

•Evaporador
Evaporador é também um trocador de calor cuja função é absorver o calor do espaço
refrigerado ou condicionado. No processo de passagem pelo evaporador, o fluido refrigerante
absorve calor do ambiente e é gradualmente transformado do estado líquido para vapor
(evaporação).
Quando o fluido refrigerante, ainda no estado líquido, penetra na serpentina do evaporador,
e devido ao aumento do diâmetro do tubo em relação à válvula, forma uma zona de baixa pressão e,
assim, há uma queda acentuada na temperatura do mesmo.

•Descrição do ciclo
Pois bem, o objetivo da máquina de refrigeração é retirar o calor do “meio” que se quer
resfriar, seja ele sólido, líquido ou gasoso. Assim é necessário que se produza uma “situação” mais
fria que ele.
Analisemos duas formas de transferência de calor, já vistas, até.
Uma, onde a transferência de calor produza apenas uma variação de temperatura do
refrigerante. Dessa maneira, considerando que o calor específico do refrigerante na fase líquida é
baixo, para transferir a quantidade de calor do processo seria necessária muita massa do agente de
transporte térmico (refrigerante).
Na outra, a transferência produza além da variação de temperatura, também, faça uma
mudança de fase do agente refrigerante. Com esta alternativa, considerando que a quantidade de
calor envolvida na mudança de fase, calor latente de vaporização, é muito maior que o calor
específico, se reduziria a quantidade de massa de refrigerante para a mesma quantidade de calor
transferido.
Pois é assim que acontece.
O compressor bombeia o fluido refrigerante sob a forma de vapor, aspirando-o através da
linha de sucção e comprimindo-o pela linha de descarga. O fluido refrigerante no estado gasoso
fortemente comprimido tem sua temperatura de saturação aumentada para o processo de liquefação
(condensação), no condensador.
O objetivo da elevação da pressão é, também, elevar a temperatura de saturação do
refrigerante para valores mais altos que o meio para o qual o calor será transferido. Se a
transferência de calor for para o ar atmosférico, em Fortaleza, onde a temperatura é 32ºC, a
temperatura de saturação (ebulição do refrigerante) deverá ser cerca de 50ºC.
O refrigerante chega ao condensador com temperatura bastante alta em relação ao ambiente
externo ao ciclo. Com a remoção do calor a temperatura baixa, e ao chegar na temperatura de

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saturação, continua a perder calor e muda de fase passando para o estado líquido (condensa). O
processo de remoção de calor ainda continua, e o refrigerante nessa etapa muda de temperatura,
novamente, saindo do condensador no estado líquido, com temperatura abaixo da saturação (sub-
resfriado).
Saindo do condensador pela tubulação de líquido, o refrigerante chega à válvula de
expansão ou tubo capilar, onde é forçado a atravessar uma restrição que o faz aumentar a
velocidade e como conseqüência, perde pressão.
Do outro lado da válvula de expansão, o refrigerante ainda está líquido, mas apresenta-se
com pressão reduzida. Desta feita, acontece o inverso do processo de compressão, o refrigerante
perde calor e temperatura.
Ao entrar no evaporador, o refrigerante recebe calor do meio a resfriar, aquecendo-se (a
temperatura continua baixa) e vaporizando-se. Inversamente ao condensador, o refrigerante é
aquecido até a temperatura de saturação donde muda de fase. Ao mudar de fase, eleva-se a
temperatura até o ponto que entra no compressor novamente (superaquecido).
O ciclo se inicia novamente.

Ciclo básico real


Ao descrever o ciclo real procuraremos utilizar a linguagem mais técnica e colocar os
elementos reais com sua função no ciclo.

•Processo de compressão
O vapor de refrigerante formado no evaporador, à baixa pressão e baixa temperatura, é
aspirado quando o pistão do compressor se desloca do ponto morto superior para o ponto morto
inferior, e é comprimido quando o pistão se desloca em sentido contrário. A elevação da pressão
desloca para cima o ponto de saturação do refrigerante permitindo ao vapor a condição de fácil
liquefação, ou seja, à alta pressão o vapor de refrigerante poderá ser resfriado por ar ou água com
temperaturas próximas da temperatura ambiente (em Fortaleza 32°C) voltando novamente à fase
líquida. O processo de compressão é adiabático, todavia o trabalho da compressão tem um
componente mecânico de energia que se transforma em calor aumentando a temperatura do gás.

•Processo de condensação
O vapor de fluido refrigerante que sai do compressor, a alta pressão e alta temperatura, pode
ser facilmente condensado pela rejeição de calor ao ar de resfriamento (ou à água de resfriamento,
no caso de condensação à água), à temperatura ambiente. Ou seja, no condensador, o vapor
superaquecido é resfriado até a temperatura de saturação e depois condensado pela água (ou ar) de
resfriamento e em seguida é sub-resfriado, cuja temperatura ficará cerca de 15°C abaixo da
temperatura de saturação.

•Processo de expansão
A válvula de expansão, pela grande restrição que causa faz aumentar a pressão do fluido no
sistema antes dela e ao passar por ela, o fluido para manter a vazão do sistema aumenta muito de
velocidade e cai de pressão, pós-válvula . Como dispositivo de redução de pressão, para diminuir a
pressão do fluido refrigerante liquefeito no condensador (280psig para R22, condensação a ar), até
uma pressão adequada à evaporação (70psig para ar-condicionado, conforto), usa-se uma válvula de
expansão ou um tubo capilar. Esses dispositivos são calibrados para uma determinada queda de

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pressão conforme a aplicação da máquina, refrigerante, meio de condensação, dentre outros. Como
válvula de expansão, usa-se geralmente uma válvula de expansão termostática, que controla a vazão
de refrigerante e mantém constante o grau de superaquecimento do vapor de refrigerante na saída
do evaporador. Nas unidades pequenas, usa-se um tubo capilar, cujo diâmetro interno e
comprimento são determinados em função da diferença de pressão entre os pontos de alta e baixa
pressão e da vazão do fluido refrigerante.

•Processo de evaporação
O líquido refrigerante do ciclo, cuja pressão é reduzida na válvula de expansão, é distribuído
aos tubos do evaporador por meio de um distribuidor (pode ser pelo próprio formato do
evaporador). Ao escoar no interior dos tubos, o fluido refrigerante se aquece e se vaporiza, ebule,
enquanto líquido, retirando o calor do ar (ar do ambiente refrigerado ou condicionado), que
circunda a superfície externa, e torna a se aquecer, como vapor (superaquecimento).
Analisando-se o ar no meio resfriado, o calor transferido no processo pode ser sensível,
quando baixa a temperatura do ar, e latente, quando o ar é resfriado à temperatura abaixo do ponto
de orvalho (TPO), e faz condensar a água. Uma vez líquida, a água é drenada para fora do
compartimento do evaporador, no caso do condicionador de ar, e na geladeira, a água forma-se em
gelo sublima ou cristaliza.

COMPONENTE DO CIRCUITO DE REFRIGERAÇÃO

Os ciclos de refrigeração à compressão simples, são uma execução prática, consistindo de


quatro elementos fundamentais, conforme mostrado. O compressor succiona os vapores de
refrigerante do evaporador, comprimindo-os até à pressão de condensação; o condensador onde o
refrigerante se condensa rejeitando calor; o tubo capilar que promove a queda de pressão
necessária a ser atingida no evaporador; e o evaporador onde a vaporização do refrigerante absorve
calor da câmara (espaço interno da geladeira, freezer, etc. ou da sala, no caso de ar condicionado).
Um sistema de refrigeração é dividido, quanto à pressão, em duas partes conhecidas por lado
de alta e lado de baixa pressão. A alta pressão existe no sistema desde a válvula de descarga no
compressor, passando pela linha de descarga, condensador e linha de líquido até o tubo capilar. O
lado de baixa pressão começa no tubo capilar e continua através do evaporador, linha de sucção e
compressor até a válvula de admissão.
O vapor de refrigerante é aspirado do evaporador à baixa pressão e comprimido no lado de
alta pressão para ser transformado em líquido e assim ser mantido pronto para uso, tão logo a
refrigeração seja solicitada. O calor do ar é absorvido pelo refrigerante no evaporador fenômeno
que gera o “frio ou produz a refrigeração”.
De forma simplificada, podemos resumir o que ocorre durante o ciclo de refrigeração do
seguinte modo:

Compressor
Entre os órgãos que compõem o sistema de refrigeração que trabalha por compressão,
destacam-se os compressores com singular importância e características que devem ser observadas
para um completo êxito da instalação.

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•Conceito
A função do compressor na refrigeração mecânica é dupla, isto é, deve fazer a sucção do
vapor de refrigerante proveniente do evaporador e comprimi-lo à pressão de condensação (alta
pressão, aproximadamente quatro vezes mais que a pressão de sucção), e, como conseqüência disto,
proporcionar o deslocamento de massa necessário à recirculação do refrigerante.
Como há vários refrigerantes usados em refrigeração, com diferentes propriedades e
aplicações, encontramos, conseqüentemente, variações nos tipos de compressores. Alguns
refrigerantes requerem deslocamento de grandes volumes e pequena compressão, enquanto outros,
pequenos volumes e grandes pressões.
Os compressores são construídos para bombear fluido somente no estado de vapor, daí a
necessidade do superaquecimento do fluido refrigerante ao sair do evaporador, pois jamais deve
penetrar líquido na câmara de compressão.
Os compressores são classificados quanto ao processo de compressão e à posição do motor de
acionamento em relação ao próprio compressor.

•Classificação
Quanto ao processo de compressão podem ser:
- Alternativos ou de pistões (recíprocos);
- Rotativos (scroll);
- Rotativo de palheta;
- Rotativos centrífugos;
- Parafuso.

Quanto ao posicionamento do motor elétrico em relação ao fluxo de refrigerante, podem ser:


- Herméticos.
- Semi-herméticos ou semi-abertos.
- Abertos.

•Funcionamento
Nesse ponto da apostila iremos fazer uma breve descrição dos tipos de compressores que
nos referimos, e o leitor irá perceber uma certa junção dos assuntos classificação e funcionamento.

» Compressor alternativo
O compressor alternativo, fundamentalmente, é constituído de um cilindro e um pistão que
se desloca alternativamente dentro desse cilindro, de um ponto chamado “ponto morto superior”
para o “ponto morto inferior”. É uma máquina de deslocamento positivo. Durante o curso
descendente do pistão abre-se uma passagem chamada de válvula de sucção e o gás flui, então, da
linha de sucção para o interior do cilindro, ao chegar no ponto morto inferior, fecha-se a válvula de
sucção e abre-se a válvula de descarga.O gás é forçado para fora, para a linha de descarga, durante o
curso ascendente que ora se inicia.
Cada volta do eixo-manivela (virabrequim) corresponde a um ciclo de trabalho.
Chamamos de câmara de compressão ao espaço entre o fechamento superior do cilindro e o
ponto mais alto da cabeça do pistão. O curso do pistão será o caminho percorrido por ele, desde o
ponto morto superior até o ponto morto inferior. O volume correspondente a esse deslocamento, é

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chamado de cilindrada, e o volume de refrigerantes


capaz de ser deslocado num ciclo de trabalho é
PONTO MORTO
chamado de deslocamento volumétrico. SUPERIOR
CILINDRO
De maneira geral os compressores PONTO MORTO
alternativos são, atualmente, os mais utilizados e por INFERIOR

isso trataremos mais particularmente desses


compressores, os quais proporcionam pequenos
deslocamentos volumétricos e relativamente grandes VIRABREQUIM

compressões.

» Compressor rotativo
São compressores compactos e têm a vantagem de apresentarem pouca vibração e pouco
ruído. Normalmente são de palhetas rotatórias montadas em um cilindro deslocado do centro da
carcaça, de modo a permitir a compressão do gás. Durante o seu funcionamento, o gás succionado
penetra nos espaços entre as palhetas, sendo comprimido pela redução de volume provocado pela
excentricidade do cilindro em relação à carcaça.

» Compressor centrífugo
Os compressores centrífugos giram entre 3.600 rpm a 25.000 rpm. Com esta velocidade, o
gás é succionado e descarregado com uma aceleração tal que imprime ao gás uma pressão adequada
ao funcionamento do ciclo. O elemento do compressor que succiona e comprime o gás é formado
por um ou dois rotores semelhantes aos rotores de bombas centrífugas. Esse tipo de compressor é
em geral utilizado em resfriadores de água, com capacidade superior a 200TR, de refrigeração.

» Compressor de parafuso
Os compressores de parafuso são concebidos para grandes deslocamentos de massa com
pressão relativamente baixa. O gás é succionado e descarregado pela impulsão ocasionada pelo giro
de dois parafusos que se desenroscam um sobre o outro.

» Compressor hermético
Aos compressores herméticos dá-se o nome vulgar de unidades seladas.
Compressor hermético é um conjunto motor-compressor encerrado em um único invólucro
de chapa de aço estampado e hermeticamente fechado através de solda, e apresenta a vantagem do
acionamento direto do motor-compressor e nível baixo de ruídos.
Trabalham a cerca de 3.500 rpm e não permitem conserto mecânico, pois suas peças são
montadas em lotes, por faixa de tolerância, impedindo a substituição de peças do mesmo. Este tipo
de compressor não possui bomba de óleo externa, sendo sua lubrificação feita pelo próprio
movimento do eixo de manivelas.

» Compressor semi-hermético
São compressores herméticos, mas podem ser desmontados para reparos. Construídos em
carcaças de ferro fundido, trabalham a cerca de 1.750rpm e têm uma vida útil cerca de três vezes
maior que a dos compressores herméticos. Suas principais características são: resfriamento pelo gás
de sucção, baixo nível de ruído e lubrificação forçada através de uma bomba de óleo de
engrenagens montada externamente.

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» Compressor aberto
São compressores de capacidades variadas como os compressores herméticos e Semi-
herméticos, mas necessitam de um motor externo para acioná-los. Esses motores normalmente são
elétricos, todavia podem também ser acionados por motores de combustão interna, turbinas a vapor,
etc.
Neste tipo, o motor fica isolado do compressor, sendo a transmissão de potência feita com
auxílio de correias ou juntas elásticas de transmissão.
Considerando que o eixo do compressor tem uma extremidade externa para receber os
elementos de transmissão, há necessidade de um elemento de vedação que é um selo mecânico o
qual apresenta com o desgaste vazamentos de gás refrigerante.

Trocadores de calor – Condensador e Evaporador


•Conceito
Trocadores de calor são peças, normalmente metálicas, com a finalidade de proporcionar a
transferência de calor entre uma fonte quente e outra fria. No caso da refrigeração que estamos
estudando, o trocador de calor faz a interface entre o fluido refrigerante e o ar ou a água.

•Condensador
O condensador é a parte básica do sistema de refrigeração que tem como finalidade dissipar
o calor absorvido pelo fluido refrigerante durante sua passagem pelo evaporador acrescido ao calor
originado na compressão. Essa liberação de calor dá-se através do resfriamento do fluido (calor
sensível) e da mudança de estado gás-líquido (calor latente). O calor é expelido para o exterior
motivado por ventilação natural ou forçada.
Nos refrigeradores domésticos os
condensadores são fabricados em forma de
serpentina cujas voltas do tubo são unidas por meio
de placa ou arames, simulando uma grade. O calor
do refrigerante passa por condução para o tubo que
por sua vez o transmite para a grade e nesse
momento o ar que circunda a grade é aquecido e por
convecção natural vai se renovando e por
conseguinte, resfriando o refrigerante que passa a
condensar-se.
Nos condicionadores de ar domésticos os
condensadores são fabricados em forma de
serpentina com tubos de cobre e aletados com aletas
de alumínio levemente onduladas para forçar o ar a
toca-las. Nessa construção, o ar é forçado a passar
pela serpentina tocando as aletas, e neste momento,
receberá calor das aletas, que por sua vez recebem
calor dos tubos, os quais recebem o calor do
refrigerante. Um ventilador, normalmente axial, é CONDENSADOR
utilizado para ventilar o condensador.
A capacidade de transferência de calor no condensador depende da superfície, da diferença
de temperatura existente entre o refrigerante que se condensa e o meio ambiente externo ao

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condensador, da quantidade de refrigerante e condição da transmissão de calor. Podemos, então ter


condensadores resfriados a ar, à água, e evaporativos.

» Condensadores resfriados a ar
Os condensadores resfriados a ar que são os mais usados em refrigeração doméstica, têm
como agente de resfriamento o ar. A circulação do ar através do condensador pode dar-se de duas
maneiras como segue:
a) por circulação natural (convecção).
b) por circulação forçada
Nos condensadores desse tipo, que são colocados na parte traseira. externa dos
refrigeradores, o refrigerante superaquecido vindo do compressor transmite seu calor ao ar que estar
em contato com as aletas tornando-o menos denso.
Os condensadores resfriados a ar com circulação natural são normalmente constituídos por
uma série de aletas de aço através das quais passa a tubulação. A finalidade dessas aletas é aumentar
a superfície de contato com o ar. O ar quente por ser mais leve sobe e, seu lugar é ocupado por ar
mais fresco que, por sua vez também se aquece e sobe produzindo desta maneira uma circulação
natural e contínua pelo condensador. É o que se chama extração de calor por convecção natural do
ar.
Também são usados condensadores do tipo “chaminé” que consiste de um certo número de
tubos de cobre presos a uma chapa de aço por canaletes que são soldadas à mesma.
Como podemos facilmente compreender, a quantidade de ar que circula dessa forma é muito
pequena, não sendo portanto, suficiente para retirar grandes quantidades de calor.
Para refrigeradores de grande capacidade torna-se necessário aumentar a circulação de ar
através do condensador. Isso é conseguido com a chamada circulação forçada.
Esses condensadores são semelhantes em construção aos condensadores de aletas com
circulação natural, com a diferença de que um ventilador é acrescentado a fim de forçar a circulação
de ar através dos mesmos.
Um outro detalhe de construção dos condensadores com circulação de ar forçada é que a
distância entre aletas é sensivelmente menor do que nos de circulação natural pois, o ar circula
muito mais rapidamente.

•Evaporador
Evaporador, é também um trocador de calor cuja função é absorver o calor do espaço
refrigerado ou condicionado. Quando o fluido refrigerante, ainda no estado líquido, sai da válvula
de expansão, penetra na serpentina do evaporador, e devido ao aumento do diâmetro do tubo em
relação à válvula, forma uma zona de baixa pressão e, assim, há uma queda acentuada na
temperatura do mesmo. No processo de passagem pelo evaporador, o fluido refrigerante absorve
calor do ambiente e é gradualmente transformado do estado líquido para vapor.
Desse modo, ao sair do evaporador, o fluido refrigerante é novamente bombeado pelo
compressor, completando-se, então, o ciclo.
Nos refrigeradores domésticos os evaporadores são fabricados em forma de placas de
alumínio unidas por solda, cujas passagens de refrigerante são feitas entre uma placa e outra por
conformação. O calor do meio passa por condução, para a placa, que por sua vez o transmite para o
refrigerante e nesse momento o ar que circunda o evaporador é resfriado, e por convecção natural
vai se renovando e por conseguinte, aquecendo o refrigerante que passa a vaporizar-se.

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Nos condicionadores de ar domésticos os evaporadores são fabricados em forma de


serpentina com tubos de cobre e aletados com aletas de alumínio levemente onduladas para forçar o
ar a toca-las. Nessa construção, o ar é forçado a passar pela serpentina tocando as aletas, e neste
momento, aquecerá as aletas, que por sua vez aquecem os tubos, os quais transmitem o calor ao
refrigerante. Um ventilador, normalmente centrífugo, é utilizado para ventilar o evaporador.
Anteriormente já estudamos as mudanças de estado físico, e vimos que a condensação se dá
com a rejeição de calor pelo ciclo e a evaporação com a absorção deste, e, distinguimos calor
latente (parcela do calor total responsável pela mudança de fases). Na figura abaixo, resumimos as
transformações de estado que são utilizadas em refrigeração e que constituem um ciclo simples.
O evaporador é a parte do sistema de refrigeração onde o refrigerante muda do estado
líquido para o estado de vapor.
Essa mudança, como vimos, é chamada de evaporação e daí o nome desse componente. A
finalidade do evaporador (no refrigerador) é absorver o calor proveniente de três fontes; o calor de
penetração através da isolação; o calor da infiltração devido à abertura de portas e o calor dos
produtos guardados.
Existem diversos tipos de evaporadores, com características especiais de acordo com o uso a
que se destinam como, por exemplo, fabricar cubos de gelo, resfriar balcões ou câmaras frigoríficas,
resfriar líquidos, resfriar o ar atmosférico, etc.

EVAPORADOR
LINHA DE SUCÇÃO/RETORNO

INTERCAMBIADOR DE CALOR
CAPILAR

CONDENSADOR

LINHA DE DESCARGA FILTRO

PASSADOR DE SERVIÇO
PASSADOR DE SUCÇÃO
PASSADOR DE DESCARGA

COMPRESSOR

Quanto à superfície, os evaporadores podem ser: primários (desprovidos de aletas) e


aletados. Quanto à circulação de ar, ele pode ser: de ventilação natural ou ventilação forçada.

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Devem ser observadas cuidadosamente, a escolha, a posição e a colocação do refrigerador,


assim como a distribuição dos produtos, quando este utiliza evaporadores com transmissão de calor
por convecção natural .
As condições externas dos evaporadores afetam a transmissão de calor de forma bastante
acentuada. Por exemplo: a formação de camada de gelo em evaporadores de congelamento funciona
como isolante, devendo-se restringir essa camada de gelo até a espessura de 0,5 cm. Evaporadores
com aletas devem ser limpos constantemente para retirar depósito de poeira e fuligem entre as
aletas (condicionador de ar).
Os evaporadores em geral são fabricados de alumínio, cobre, aço inoxidável, etc.

Dispositivos de expansão
Depois da análise do compressor, do condensador e do evaporador, resta somente a análise
do dispositivo de expansão para completar o estudo dos elementos básicos do ciclo de refrigeração
(compressão de vapor), é uma restrição à passagem do fluido refrigerante que se encontra no estado
líquido, e uma vez forçado a passar por ela o fluido aumenta de velocidade e perde pressão, criando
condições ao processo de expansão.
Os dispositivos de expansão têm, basicamente, duas finalidades:
1. reduzir a pressão do refrigerante líquido;
2. regular a vazão do refrigerante que entra no evaporador;
Conforme já explicado anteriormente, um sistema de refrigeração se divide em duas seções
do ponto de vista das pressões reinantes no mesmo: a parte de alta pressão e a parte de baixa
pressão.
Os pontos de divisão são: (1) o compressor, que eleva a pressão do refrigerante e (2) um
dispositivo de expansão, cuja principal função é reduzir a pressão do refrigerante a fim de permitir
que o mesmo evapore a uma temperatura baixa.
Os principais tipos de dispositivos de expansão são os seguintes:
a) restritores.
b) tubos capilares.
c) válvulas termostáticas.

» Restritores
Podemos, facilmente observar que, quando temos uma instalação hidráulica longa e com
canos muito finos, a água que entra por uma extremidade, com pressão elevada chega na outra
extremidade com uma pressão muito reduzida devido ao atrito da água com as paredes dos canos, o
que faz com que se produza uma queda de pressão.
É sob este mesmo princípio que funcionam os restritores.
O restritor consiste de um cilindro de latão no qual é torneada, com grande precisão, um
canalete em espiral. Esse cilindro é posteriormente colocado dentro de um tubo de cobre, sob
pressão, de forma a se ajustar perfeitamente.
Dessa maneira, o refrigerante que entra por uma extremidade é forçado a percorrer esse
canalete, que é um caminho muito longo e apertado, provocando uma queda de pressão no
refrigerante.
Os restritores são desenhados especificamente para cada aparelho e são calibrados de
maneira a dar uma determinada queda de pressão quando a unidade estiver em funcionamento.

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» Tubos capilares
Durante os últimos anos, em conseqüência de sua simplicidade e reduzido custo,
generalizou-se o uso do tubo capilar como dispositivo regulador de refrigerante nos sistemas
dotados de unidades seladas.
Os tubos capilares são usados em todos os sistemas
frigoríficos pequenos, com um comprimento de 1 a 6 metros e
diâmetro interno variando de 0,5 a 2 mm. O refrigerante líquido
que entra no tubo capilar perde pressão à medida que escoa por ele,
em virtude do atrito e da aceleração do fluido resultando na
evaporação de parte do refrigerante.
Diversas combinações de diâmetro interno e comprimento
de tubo podem ser feitas para se obter o efeito desejado. O
compressor e o dispositivo de expansão atingem uma condição de
equilíbrio na qual as pressões de aspiração e de descarga são tais
que o compressor bombeia exatamente a quantidade de refrigerante
com que o dispositivo de expansão alimenta o evaporador.
O projetista de uma unidade frigorífica nova, dotada de tubo capilar, deve escolher o
diâmetro e comprimento do tubo de modo que o ponto de equilíbrio corresponda à temperatura de
evaporação desejada. O comprimento definitivo do tubo capilar é, na maioria das vezes, obtido por
tentativas, embora existam equações e gráficos apropriados para defini-los.
A queda de pressão necessária para o sistema é causada pelo comprimento do tubo, que
obriga o refrigerante a perder pressão, e seu pequeno diâmetro regula a vazão do líquido. O tubo
capilar não contém peças móveis, o que é grande vantagem. Assim ele é empregado simplesmente
como tubo de líquido.
Apesar de sua simplicidade, devem ser tomados cuidados na sua instalação para que se
obtenha bons resultados, principalmente quando se trata de mudar qualquer sistema de expansão
para tubo capilar. Fica mais fácil a mudança quando se conhecem bem todos os seus elementos, tais
como pressão, vazão, e outros.
Graças ao emprego de tubos capilares, pode-se reduzir o depósito de líquido e, portanto a
carga do sistema. O capilar é simplesmente um tubo de pequeno diâmetro que se usa no lado de alta
pressão e que geralmente vem soldado à tubulação para um intercâmbio de calor.
Outra vantagem dos tubos capilares consiste no equilíbrio de pressão que ele oferece quando
o compressor pára, permitindo assim que este compressor possa partir novamente sem sobrecarga.
Além disso, a carga do fluido refrigerante é reduzida e emprega-se rotor com pequeno arranque
(mais econômico), eliminando-se os dispositivos de segurança do compressor e simplificando-se o
sistema elétrico.
O tubo capilar deve conservar alta pressão do líquido para que o refrigerante permaneça em
estado líquido e no mesmo tempo, permitir a chegada de refrigerante no evaporador. O tubo capilar
deve regular a quantidade de líquido admitido do evaporador para que este seja eficiente na
remoção do calor do interior do refrigerador ou condicionador de ar.

» Válvulas de expansão termostáticas


Essas válvulas são um dos mais perfeitos dispositivos de expansão de que dispomos no
momento, pois, controlam de maneira precisa e imediata a quantidade de refrigerante que penetra
no evaporador, acompanhando as variações da carga de calor.

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Um detalhe importante da construção dessa válvula é a maneira pela qual ela responde à
variação de temperatura.
O bulbo é carregado com um carvão especial que tem a propriedade de absorver gás
carbônico. A quantidade de gás carbônico que esse carvão é capaz de absorver depende da
temperatura. Quando a temperatura sobe, ele expulsa o gás carbônico fazendo com que aumente a
pressão do mesmo no tubo de ligação e sobre a sanfona, determinado a abertura da válvula de
agulha.
Como sabemos, existe uma relação definida entre a pressão e a temperatura de evaporação
de um refrigerante, ou seja, para uma determinada pressão existe uma temperatura de evaporação
definida.
O controle é feito através do superaquecimento do gás de aspiração que deixa o evaporador.
A válvula de expansão por superaquecimento regula a vazão de refrigerante líquido em função da
taxa de evaporação.
A válvula de expansão termostática opera no sentido de manter aproximadamente a mesma
quantidade de líquido no evaporador, uma vez que, se a quantidade de líquido diminuir, uma
superfície maior do evaporador será exposta ao vapor, superaquecendo-o em maior grau e, portanto,
propiciando a abertura da válvula.

DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS

Compressor
No sistema de refrigeração mecânica por compressão de vapor o compressor é o elemento
mais complexo, de maior custo, e que exige cuidados do mecânico no manuseio e no diagnóstico de
defeitos. O tipo de compressor utilizado nos condicionadores de ar domésticos e nos refrigeradores
e freezers é o recíproco ou rotativo, hermético.
O compressor é uma unidade selada, segura, silenciosa e de longa duração. Seu motor
elétrico foi calculado rigorosamente por seus fabricantes, para que acione o compressor no melhor
fator de rendimento, com funcionamento normal.
O motor do compressor está protegido por um preciso protetor térmico, interno ou externo,
que corta o funcionamento do mesmo quando a combinação de corrente e temperatura atingirem
valores anormais, impedindo a queima de seus enrolamentos.
As peças do compressor são elaboradas com elevada precisão, com ajustes de centésimos de
milímetros entre as peças móveis, as quais se friccionam milhares de vezes em cada minuto.
Elas foram especialmente tratadas e montadas em temperaturas controladas, a fim de se
obter um grupo mecânico homogêneo, de tal forma que possa suportar dilatações, sem ultrapassar
as tolerâncias do projeto.
O óleo que lubrifica permanentemente estes mecanismos foi escolhido, após experiências e
pesquisas realizadas nos melhores laboratórios das indústrias petrolíferas.
Assim, os fabricantes dos compressores que se utilizam, tiveram a preocupação de entregar
uma máquina ajustada, precisa e bem lubrificada.
Senhor mecânico considere o compressor com todo o respeito e atenção que merece.
É bom lembrar que não há como fazer a manutenção do compressor, se faz a manutenção do
aparelho como um todo e se preserva a vida útil desse elemento.
É um conjunto eletromecânico onde o motor elétrico tem seu eixo coincidindo com o eixo
virabrequim do compressor propriamente dito, de tal forma que qualquer movimento do motor, faz

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rodar o compressor. Está dentro de uma carcaça de aço de baixo teor de carbono, moldada por
conformação, que após a montagem do conjunto é soldada hermeticamente ficando como acesso
para seu interior apenas três passadores, que são tubos onde se ligam o evaporador, o condensador e
o processo.
Durante a manutenção do condicionador o compressor deverá ser limpo externamente e
pintado para evitar a oxidação da carcaça, além disso deverá, também, passar pelos testes de
diagnóstico elétrico.

IMPORTANTE:
Há duas razões gerais pelas quais o compressor de um condicionador de ar deve ser
substituído.
1 - Falhas elétricas;
2 - Falhas mecânicas.
Examinaremos em primeiro lugar as falhas elétricas, todas, facilmente identificáveis pelo
processo de testes comuns feitos em oficinas.
Primeiramente se identificam os bornes elétricos do compressor, porque tendo ele um motor
monofásico possui dois enrolamentos elétricos, um de trabalho, principal, efetivo, e o outro de
partida, arranco, start, auxiliar, etc., os quais necessitam de energia elétrica. Existem três pinos
externos na carcaça do compressor onde se deve ligar a energia, e são: um pino é comum aos dois
enrolamentos, no qual deve ser ligada energia (fase ou neutro), noutro deve ser ligada a energia para
fazer movimentar o motor, é o enrolamento de trabalho, e no outro, deve ser ligada a energia para o
enrolamento auxiliar cuja função é dar a partida no funcionamento do compressor e ajudar no
torque do motor durante o funcionamento. Esta ligação só poderá ser feita de uma única maneira,
caso contrário o motor se aquecerá muito e queimará tornando imprestável o compressor.

» Identificação dos bornes do compressor


1 - Levante a tampa de caixa de bornes.
2 - Retire os terminais com toda a fiação.
3 - Identifique os bornes medindo as resistências ôhmicas dos fios internos que constituem
os enrolamentos do motor.

PADRÃO
BORNES
ARGENTINO FRANCÊS AMERICANO
COMUM C C C C
ARRANQUE A A A S
MARCHA M M M R

A resistência ôhmica de um condutor (fio) é a resistência elétrica que ele opõe à passagem
da corrente elétrica e depende do material de que ele é feito, do comprimento e do diâmetro do fio.
A resistência ôhmica é medida em ohms cujo símbolo de ohms é Ω (Omega)
4 - Usar o ohmímetro na escala Rx1.
5 - Verificar o ajuste a zero.
6 - Fazer um desenho dos pinos (bornes) do compressor, numa folha de papel, observando a
posição deles para facilitar o trabalho, e anotar em cada ponto um número qualquer, 1 - 2 e 3, em
qualquer posição, por Exemplo:

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7 - Ter em mãos a tabela de resistências ôhmicas.


8 - Tocar com as pontas de prova do ohmímetro os bornes 1-2
9 - Tocar com as pontas de prova do ohmímetro os bornes 1-3
10 - Tocar com as pontas de prova do ohmímetro os bornes 2-3. Cada medida dessa deve ser
anotada na folha de papel entre os pontos correspondentes.
11 - Comparar os valores obtidos da seguinte maneira. Há três valores diferentes, um
pequeno, um médio e outro grande que é a soma dos valores pequeno e médio (aproximadamente).
12 - Faça um desenho como mostra a figura:
A maior medida estará entre os extremos e, portanto há um borne no meio desses extremos,
é o borne comum aos enrolamentos. Coloque nesse borne a letra C, representativa do comum.
Do borne comum para um dos extremos tem-se o menor valor de resistência, então esse
borne é o extremo do enrolamento de trabalho, anote aí a letra M ou outra que represente o borne.
Do borne comum para o outro extremo tem-se o médio valor de resistência, então esse borne
é o extremo do enrolamento de partida, anote aí a letra S ou outra que represente o borne.

S C M
MÉDIO VALOR MENOR VALOR

MAIOR VALOR

Feito a eleição dos bornes, prossiga com as verificações.


CS - Medida da resistência da bobina de arranque (start) comum - arranque. Verificar o
valor que tem a resistência desta bobina e comparar com o valor da tabela.
CM - Medida da resistência da bobina de marcha, comum-marcha. Verificar o valor que tem
a resistência desta bobina e comparar com o valor da tabela.
SM - Medida da soma das bobinas de arranque-marcha. Neste teste é medido o valor da
soma das resistências das bobinas de arranque e marcha. Verificar o valor que tem a soma das duas
resistências e comparar com o valor da tabela.
Conforme especifica a tabela, todas as resistências têm uma tolerância de +/- 5%.
As resistências que tenham valores mais altos que esta tolerância devem ser rejeitadas, o que
determinará a troca do compressor.
OBS: A determinação das resistências acima deve sempre ser feita com o compressor frio
(temperatura ambiente 25º C).
No momento de medir as resistências ôhmicas das bobinas, estas deverão ser rejeitadas
quando, em qualquer um dos testes CS, CM e SM, acontecer o seguinte:
1 - O ponteiro não se movimenta, fica no infinito, a bobina aberta. Troque o compressor.
2 - O ponteiro se movimenta, marcando valores abaixo das especificações da tabela, a
bobina está em curto. Troque o compressor.

» Teste de Isolação
A carcaça e o motor elétrico do compressor devem estar totalmente isolados entre si.
A falta de isolação poderá ser detectada com o procedimento a seguir:
O procedimento padrão para este teste se faz utilizando um megôhmetro de manivela ou
eletrônico de 500 V e 1.000 MΩ.

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Ponha uma garra na carcaça do compressor num local sem tinta ou sem isolamento, para não
atrapalhar o teste.
Ponha a outra garra nos bornes do compressor, um de cada vez.
Gire a manivela e anote o valor lido.
O valor mínimo a ser alcançado é de 5 MΩ, caso esteja abaixo disto faça vácuo no
compressor para eliminar umidade que é uma das causas de leitura baixa, e, se após esse
procedimento, com uma nova leitura ainda continuar com valor baixo, troque o compressor.
Uma alternativa para esse teste será apresentada a seguir, porém deve ser utilizado em
último recurso quando não se dispões do megôhmetro, e saiba isto não oferece a confiabilidade
necessária.
Usar o ohmímetro na escala 20MΩ;
Fixar na carcaça do compressor uma porta do ohmímetro, com a outra ponta de prova tocar
os bornes já identificados - C - S - M - tocando um de cada vez;
Se o marcador não se movimentar em nenhum dos três testes de bornes, considerar o
compressor isolado, portanto, “bom”, quanto à isolação.
No caso do marcador movimentar-se em qualquer um dos três testes, estará marcando
evidente vazamento entre a carcaça do compressor e os enrolamentos do seu motor elétrico. Isto
condenará o compressor.
Examinaremos, agora as falhas mecânicas, todas igualmente fáceis de identificar pelo
processo de testes comuns feitos em oficinas.

» Compressor não comprime


Verifique se a carga de gás está correta:
1- Instalar a válvula perfuradora nas linhas de alta e baixa pressão, com suas
correspondentes mangueiras e manômetros (manifold);
2- Faça a leitura da pressão de equilíbrio do refrigerante através do manifold e a leitura da
temperatura ambiente através de um termômetro que se deve ter permanentemente no local de
trabalho, e compare a pressão com a pressão do refrigerante fornecida pela tabela de pressões de
equilíbrio. Anote os valores. O aparelho deverá está desligado e frio, i.e., na temperatura ambiente,
sem funcionar antes do teste;
3- Ligar o aparelho e ler as pressões de funcionamento. Anote os valores.
Caso as pressões se mantenham iguais, ou tendam a isto, i.e., a “alta” não sobe ou sobe
pouco, e a “baixa” não desce ou desce pouco, o compressor estará evidenciando uma falta de
compressão.
Neste caso, o compressor deverá ser substituído.

» Compressor não parte


Há várias causas

Î BAIXA TENSÃO NA REDE


1-. Revise a rede e confira se os fios estão dentro das bitolas (olhar tabela de fios e cabos)
exigidas pelo consumo do aparelho;
2- Com um voltímetro meça a tensão entre fase e neutro na tomada e verifique se a tensão
está nos seguintes níveis: Tensão nominal do aparelho 220V, a tensão máxima 242V e a tensão
mínima 198V;

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3- Ligue o aparelho. Meça a queda de tensão na partida do compressor. A tensão mínima


deverá ser 198V.

Î TERMINAL FOLGADO
1- Verifique se há algum terminal folgado nos bornes do compressor, corrija se houver.

Î CAPACITOR DEFEITUOSO.
1- Com um capacímetro verifique a capacitância do capacitor, se estiver fora da tolerância o
substitua.

Î PRESSÕES DESEQUILIBRADAS
1- Com o compressor desligado instalar a válvula perfuradora nas linhas de alta e baixa
pressão, com suas correspondentes mangueiras e manômetros (manifold);
2- Faça a leitura das pressões do refrigerante através do manifold. O aparelho deverá está
desligado e frio, i.e., na temperatura ambiente, sem funcionar antes do teste. Em máquinas com
expansão a capilar, se as pressões estiverem desequilibradas, possivelmente há obstrução.
Î COMPRESSOR TRANCADO
- Mantenha as ligações normais do condicionador (ventilador e compressor) com seus
respectivos capacitores normais (valores corretos);
- Utilizar uma fonte com capacitores eletrolíticos de até 350 µF, ligados em paralelo e com
um interruptor manual ou automático (relé voltimétrico) normalmente fechado em série;
- Após ligar o condicionador (ventilador e compressor), pressionar o botão de interruptor
não esperar mais que 2 ou 3 segundos;
- Caso não arrancar, repetir a operação:
não arranca - condenar o compressor;
arranca - deixe o compressor funcionando durante 2 horas, trabalhando sempre com seu
capacitor normal.
- Verifique se a amperagem de funcionamento é a especificada na placa da identificação do
aparelho;
- Caso apresente uma alta amperagem, condene o compressor;
- Caso a amperagem seja normal, desligue o aparelho, deixe equilibrar as pressões do
sistema e esfriar o compressor;
- Faça um novo teste de arranque com o capacitor normal do compressor.
Se arrancar, o compressor estará aprovado. Se não arrancar, condene o compressor.

» Compressor arranca e apresenta alta corrente (amperagem)


As causas podem ser:
- Baixa ou alta tensão;
- Defeito no sistema de ventilação;
- Excesso de gás;
- Problemas mecânicos no compressor.

Î DEFEITO NO SISTEMA DE VENTILAÇÃO


verificar os itens relacionados.

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Î EXCESSO DE GÁS
Procedimentos:
1- Criar um ambiente para teste com uma temperatura de 25ºC;
2- Manter instalada a válvula perfuradora no passador de serviço ou carga;
3- Constatar a pressão de equilíbrio com o manômetro;
4- Verificar se a pressão está dentro dos níveis corretos de tabela, pressão e carga de gás.
5- No caso em que a pressão de equilíbrio estiver acima dos níveis da tabela, descarregue
totalmente o gás do sistema recolhendo-o para um cilindro e injete uma nova carga, de acordo com
a tabela da carga de gás e as instruções para a carga (considerando o peso do gás).
No caso de não possuir uma balança ou cilindro carregador. Descarregue um pouco de gás e
ajuste a pressão com o aparelho em funcionamento de acordo com a tabela de saturação.

» Outras considerações
Î COMPRESSOR QUE TRABALHOU SEM GÁS
Após ter diagnosticado, ao medir a pressão, que o sistema estava totalmente sem gás e o
compressor não apresentar defeitos no teste elétrico, adota-se o seguinte procedimento:
1- Aplicar uma carga de gás igual a 20% da carga normal para o aparelho;
2- Manter instalada a válvula perfuradora na linha de sucção ou passador de serviço e a
outra no tubo de alta pressão;
3- manter ligadas as válvulas perfuradoras em seus correspondentes manômetros de alta e
baixa pressão, por meio das mangueiras de teste;
4- com o aparelho desligado e o compressor frio, abrir as válvulas perfuradoras:
constatando pressões equilibradas, ligar o aparelho;
Se a pressão de alta aumenta e a de baixa diminuiu, completar a carga de gás;
5- Fazer funcionar o aparelho durante 5 minutos;
6- Verificar novamente as pressões;
7- Verificar se apresenta um retorno na linha de sucção (tubulação sensivelmente mais fria):
8- Verificar no amperímetro, se a corrente se mantém na medida especificada na placa de
identificação do aparelho;
9- Verificar o diferencial de temperaturas;
10- Quando as pressões, corrente e diferencial de temperaturas estiverem normais, desligar o
aparelho e processar o sistema, aproveitando o mesmo compressor;
11- Se a corrente apresentar valor mais alto que o da placa de identificação, trocar o
compressor.

Î DEFEITOS NO SISTEMA
Baixo rendimento: consideramos aparelho com baixo rendimento, quando produz menos frio
ou menos calor do que nas suas condições normais de funcionamento.
Medir Diferencial - Isto significa diferença de temperatura do ar entre à saída e entrada do
evaporador.
Esta medição deverá ser feita ou com a frente plástica colocada ou com o uso de um
defletor.
O diferencial deve estar situado entre 8ºC e 14ºC dependendo da temperatura ambiente, da
umidade e do modelo do aparelho.
Constatado baixo rendimento verifique os seguintes itens:
1- O estado das vedações da frente plástica na boca de insuflamento;

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2- O estado do filtro de ar (obstruído ou sujo);


3- Se as pás hélice estão deformadas;
4- Estado do condensador (obstruído ou sujo);
5- Se a rotação do motor do ventilador está baixa;
6- Hélice da turbina frouxa;
7- Aletas do condensador ou evaporador amassadas;
8- Bulbo do termostato não está situado na posição correta.
9- Falta de gás;
10- Compressor não comprime;
11- Baixa tensão na rede;
12- Entupimento do tubo capilar ou filtro de gás.

CONDICIONADORES DE AR DOMÉSTICO

Conceito
O condicionador de ar doméstico é um projeto feliz e bem sucedido de uma máquina que
tem por finalidade resfriar ou aquecer o ar de determinada ambiente para manter as condições de
conforto dos seus ocupantes. E por falar em conforto, ela também filtra o ar, retira umidade
deixando o ar mais seco, faz a movimentação do ar dentro da sala imprimindo a ele, a velocidade
tão necessária para a remoção do calor das pessoas, e finalmente, é uma máquina silenciosa, que
introduz no recinto um baixo nível de ruído.
O condicionador de ar doméstico, fig. 1, tem todas as peças e mecanismos que necessita
para funcionar, bastando apenas ligá-lo numa tomada elétrica de potência adequada e manusear os
seus knobs (botões) de controle para ter o resultado desejado.
Os seguintes componentes fazem o ar condicionado doméstico
Gabinete
Estrutura ou chassi
Sistema de ventilação
Sistema elétrico
Sistema de refrigeração

Gabinete Figura 1

•Conceito
A caixa que abriga o condicionador fazendo o fechamento externo, o acabamento visual e a
proteção das partes elétricas e mecânicas contra as intempéries, é o Gabinete.
Esta peça faz a proteção, barrando a entrada de pequenos animais como passarinhos, ratos,
etc., e a um tempo permite a entrada de ar para o condensador e a fixação do frente plástica, peça

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de fundamental importância no rendimento energético do


aparelho.
O acabamento visual e o direcionamento do ar dentro do
espaço condicionado se faz com uma peça de plástico de desenho
apropriado e cores sóbrias que compõe com a decoração do
ambiente. Esta peça é a frente plástica. Cada fabricante marca o
seu estilo, faz a sua logomarca.
A manutenção do gabinete é feita com a sua retirada do
local de funcionamento do aparelho e submetendo-o a uma
lavagem com água e sabão neutro. Raramente se necessita de Figura 2
solventes como querosene ou aguarrás, mas pode ser utilizado.
Após lavagem, se houver ferrugem, esta deve ser removida com lixamento adequado ou com
removedor de ferrugem, em seguida deve ser limpa a superfície lixada para retirar todo o pó, ou se
foi utilizado removedor deve-se fazer a neutralização conforme indicado pelo fabricante do produto.
Antes da pintura deve ser feito o desengraxamento com desengraxante apropriado, e ai sim, pode-se
aplicar a tinta com pincel, rolo de pintura ou pistola apropriada. O acabamento superficial depende
do processo utilizado na pintura. Até que a tinta seque não se deve manusear a peça, mesmo que
seja para a montagem, pois isso introduz defeitos na superfície como mancha, arranhões, etc.
Se o processo de corrosão (ferrugem) estiver muito acentuado, ou se procede ao concerto da
peça com a remoção da parte estragada e aplicação de uma chapa apropriada ou se substitui o
gabinete inteiro.
As aletas do gabinete não devem ser eliminadas porque elas evitam os respingos de água nos
motores e o conseqüente agravamento dos problemas.

Estrutura ou chassi

•Conceito
Chassi é a estrutura de aço sobre a qual se montam todas as peças do aparelho, é a base, o
estrado.
A estrutura do aparelho condicionador de ar ou chassi é construída de chapa de aço. na
maioria das vezes, galvanizadas devidamente tratada em todas as suas partes, com aplicação de
pinturas e anticorrosivos de condições inalteráveis, dentro de períodos de vida e usos normais.
Há uma forração que isola térmica e acusticamente as diversas partes do aparelho
melhorando seu rendimento energético e tornando o uso agradável pela diminuição do ruído dentro
do espaço condicionado. O material normalmente utilizado deverá atender aos requisitos da
|Portaria 3523 de 1998 do Ministério da Saúde.
As peças da estrutura são algumas vezes soldadas por processo de resistência (solda a
ponto), aquelas que precisam ser desmontadas, juntam-se às outras por parafusos de fenda
autoatarraxantes (AA) de cabeça panela para fenda reta e cabeça lentilha para fenda phillips.
Algumas concepções de projeto utilizam presilhas e encaixes.
A manutenção do chassi consiste em lavá-lo à semelhança do gabinete, porém, se há peças
isoladas termicamente com um material absorvedor de água, elas devem ser escovadas ou aspiradas
para a remoção da poeira, se forem lavadas, deve-se esperar até que sequem. Quanto à ferrugem
deve-se proceder como para o gabinete. Caso haja pontas de isolamento descoladas, proceder a
recolagem com cola apropriada. Cuidado!

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Peças de isopor não podem ser coladas com cola fórmica, há no mercado cola especial
(branca) para isopor.
Onde houver massa de calafetar, na montagem
original, deve ser reposta. As calhas do evaporador e do
condensador não podem ser eliminadas, portanto as reponha
do mesmo jeito, se estiverem quebradas coloque outras
novas.
O dreno que leva água condensada da calha do
evaporador para o compartimento do condensador deve ser
posicionado de forma que a água possa fluir normalmente
sem acumular-se no evaporador. Figura 3
.Esta água deve permanecer no compartimento do condensador, pois o ventilador bate na
superfície e a borrifa sobre o condensador retirando melhor o calor.
Nunca fure o chassi para a retirada completa dessa água, pelo contrário, recupere o chassi
para que ele possa acumular água corretamente.
Os parafusos estragados e enferrujados devem ser substituídos por novos. Nunca reaperte os
parafusos em demasia porque danifica o furo e dificulta a montagem. Utilize sempre parafusos de
dimensões originais e de mesmo tipo de fenda (Phillips ou reta), e se porventura a chapa estragar
utilize uma porca rápida para a correção do problema. Use massa de calafetar para melhorar a
vedação nesse ponto.
E recomendado que a pintura a bandeja do chassi seja feita com uma demão grossa de tinta,
algumas demãos de produto para emborrachamento, como batida de pedra, underseal, ou outro que
possa isolar a chapa do contato com a água. Isto dá uma maior vida ao aparelho.
Para diminuir o ruído das vibrações e a transmissão dos ruídos dos motores, algumas partes
do chassi devem ser isoladas, sobretudo na saída do ar ou descarga do ventilador.

Sistema de ventilação

•Conceito
Vento 1. O ar em movimento, fenômeno ocasionado sobretudo pelas diferenças de
temperatura (e, portanto, de pressões) nas várias regiões atmosféricas. 2. Ar posto artificialmente
em movimento, por leque, ventilador, etc., portanto o sistema de ventilação é o responsável pela
movimentação do ar no espaço condicionado passando pelo evaporador, e a circulação do ar
externo passando pelo condensador.
Podemos dividir o sistema de ventilação de um condicionador de ar em dois
compartimentos, nos quais se realizam duas operações simultâneas e diferentes:

A) Circulação Interna.
B) Circulação Externa.

Na circulação interna o ar é retirado do ambiente e para ele devolvido (isto é, re-circulado)


após ter sido filtrado, resfriado e desumidificado pela sua passagem através das aletas do
evaporador.

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Na circulação externa o ar é admitido através das venezianas laterais do gabinete, passando


pelo compartimento do compressor, motor do ventilador e lançado ao exterior, atravessando as
aletas do condensador.
O sistema de ventilação está constituído pelos seguintes componentes: Motor do ventilador,
Ventilador axial (hélice), Ventilador centrífugo ou radial (turbina), Vane-cicle (aire-cycle) e Portas
de ventilação.
O motor do ventilador é o conjunto eletromecânico que recebendo energia elétrica
transforma-a em energia mecânica rotativa e impulsiona os dois ventiladores para a movimentação
do ar interno e externo.
Na montagem do motor sobre a base do chassi, verifica-se a necessidade de calços de
borracha (coxins) e a maneira correta de fixação, com parafusos, presilhas, etc.
A hélice e a turbina estão montadas no eixo do motor do ventilador, dentro dos
compartimentos do condensador e da voluta ou caracol, respectivamente, provocando uma
circulação forçada do ar.
A hélice movimenta o ar da circulação externa, enquanto a turbina movimenta o ar da
circulação interna.
Alguns condicionadores possuem portas de ventilação, normalmente em número de duas e
estão montadas na parede intermediária do chassi. Ambas estão em comunicação direta com a
câmara de sucção e câmara de pressão. Estas portas de ventilação trabalham alternadamente e
cumprem as seguintes funções:
Porta de ventilação na câmara de sucção - permite a admissão de ar do ambiente externo
para renovação do ar interno.
Porta de ventilação na câmara de pressão - permite a exaustão do ar viciado do ambiente
interno levando-o para fora (ambiente externo).
Alguns condicionadores possuem um mecanismo direcional que permite a orientação
automática do ar, distribuindo-o uniformemente em todo o ambiente. Há um conjunto motor-redutor
que impulsiona o mecanismo do Vane-Cicle (Aire-cycle).

Sistema elétrico

•Conceito
É o sistema composto por todos os componentes elétricos, os quais são calculados para
trabalharem dentro das medidas de tensão e corrente que identificam cada aparelho, observadas as
tolerâncias máximas e mínimas estabelecidas pelas normas técnicas, e de modo geral são estes:
Rabicho; chave seletora ou de operação; termostato; capacitor de marcha do compressor; capacitor
de partida do compressor (em alguns casos); capacitor de marcha do ventilador; protetor térmico;
compressor; motor do ventilador; timer; leds de sinalização; relé voltimétrico; e a própria fiação.

Lembre-se de tomar precauções quando testar


componentes elétricos, a fim de evitar acidentes.
Antes de qualquer serviço no condicionador de ar desligue-o da tomada para abrir o painel
de comando.
Posicionar a chave seletora no ponto designado.
Desligue o disjuntor.

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Desconecte o rabicho da tomada.


Abra o painel de comando.
Descarrege os capacitores, fechando o circuito entre os bornes por meio de uma resistência
de 1000 ohms - 5 watts.

» Rabicho
É a fiação condutora de energia da tomada (arstop) ao aparelho. Em uma extremidade há
um plug de ligação, normalmente já conformado no próprio cabo, mas poderá ser instalado pelo
mantenedor do condicionador montando um plug adquirido no comércio. Na outra extremidade há
em cada condutor (fio) um terminal de encaixe curvo 90º, de latão, às vezes prensado, noutras,
soldado.
Os terminais deverão estar apertados, livres de oxidação e limpos para evitar que um mau
contato cause queda de tensão, abra o circuito; aquecimento nos bornes, etc., que danificam o
compressor.
Para testar o rabicho faça:
Utilize o ohmímetro na escala R-1 ou, na sua falta, a lâmpada-série.
Verificar se existe continuidade entre cada um dos terminais da flecha, com seu
correspondente no rabicho. No caso de não haver continuidade, condenar o rabicho.
Examinar Todos os Terminais.

» Chave seletora ou de operação


A chave seletora é um componente elétrico que seleciona as diferentes operações de
funcionamento do aparelho. Existem vários modelos de acordo com a marca do aparelho e ainda do
modelo do aparelho, por isso se for necessário a substituição dessa chave, o faça por outra de
mesma referência ou modelo para não causar problemas ou desconforto para o usuário.
O teste da chave deve estar associado às posições do painel de operação do aparelho, então
com o botão indicando a posição “desligado”, faça:
Retirar todos os terminais, deixando livre os bornes da chave.
Usar o ohmímetro na escala Rx1 ou a lâmpada-série.
Fixar uma das pontas de prova do ohmímetro ou da lâmpada-série nos bornes de
“alimentação” da chave.
Com a outra ponta de prova, tocar os demais bornes, um por um. Neste teste, o marcador do
ohmímetro não deverá movimentar-se ou a lâmpada-série acender, portanto, passe ao teste seguinte.
Caso a lâmpada acenda ou o marcador movimente-se, troque a chave.
Girar o botão para a primeira posição “ventilador”.
Manter a ponta de prova nos bornes de “alimentação”.
Tocar com a outra ponta de prova o borne que corresponde à posição “ventilador”.
O marcador do ohmímetro deverá movimentar-se ou a lâmpada-série acender-se.
Girar o botão para a segunda posição e assim, ir testando todas as posições, até chegar
novamente ao ponto “desligado”.
Se o ohmímetro movimentar-se e a lâmpada-série acender em todos os testes, a chave estará
boa.
Se acaso em alguns dos testes o ohmímetro não se movimentar ou a lâmpada-série não
acender, trocar a chave.

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OBS: é aconselhável que, ao fazer este teste, o técnico acompanhe as conexões internas da
chave, conforme consta no esquema elétrico do aparelho. Caso não seja conhecido o esquema
interno da chave deve-se levanta-lo, para então ligar a chave ao aparelho com segurança.

» Termostato
Serve para controlar a temperatura do ar do ambiente. Ele desliga o compressor quando o ar
do ambiente atinge a temperatura desejada. Girando-se o botão para a esquerda diminui o tempo de
operação do compressor e para a direita se aumenta esse tempo.
Internamente o termostato possui um diafragma numa cápsula associada a um rabicho de
tubo capilar (sensor) na qual está confinado um gás sob pressão. Contrapondo a ação do gás está
uma mola agindo através de um conjunto de alavanca sobre um micro-swith. Quando o gás é
resfriado se contrai e a mola vence a sua ação desligando o micro-swith, e quando ele se aquece,
expande-se e sua ação, agora vence a mola ligando o micro-swith, e dessa forma o compressor vai
operando conforme a temperatura do ambiente onde está o termostato.
A posição do termostato é interna ao condicionador, porém o rabicho fica na parte externa
na frente do evaporador para sentir a temperatura do ar que está retornando ao aparelha e ser
resfriado novamente. O sensor do termostato não pode encostar-se à serpentina porque fará uma
operação defeituosa.
O termostato possui normalmente dois terminais (bornes) para ligação que poderão ser
utilizados indistintamente, não tem pólo definido.
Existem dois tipos de termostato:
Termostato CF - (para aparelho de ciclo frio)
Termostato CR - (para aparelho de ciclo-reverso)
Para testar o termostato faça os dois procedimentos:
Teste prático - Girar o botão do termostato para a direita e para a esquerda, até ouvir um
“click”. Neste caso estará operando corretamente. Este teste está indicado para temperatura
ambiente acima de 18°C (para termostato frio) e abaixo de 26°C (para termostato CR).
Teste técnico - Girar o botão para a direita. Tocando com as pontas de provas do ohmímetro
ou da lâmpada-série, o marcador se movimentará ou a lâmpada se apagará, no momento em que o
termostato se desligar.
O termostato poderá ser ajustado através de um parafuso interno que age sobre a mola já
referida. Com o termostato no local, no painel de controle do aparelho, posicione a marca de
referência na posição média; retire o termostato do alojamento; coloque o sensor num recipiente
com gelo e água na temperatura de 24º C; coloque as pontas de prova do ohmímetro ou da lâmpada-
série ligada, e com uma chave de fenda de 1/8” acesse o furo do alojamento do parafuso de
ajustagem do termostato gire o parafuso para a esquerda ou para a direita até ouvir um click, daí
volte um pouco o parafuso e estará ajustado o seu termostato.
Lubrifique o termostato internamente com micro óleo em spray. Monte o termostato.
Nos aparelhos de ciclo-reverso há um termostato anticongelamento ou descongelante, o qual
trabalha normalmente fechado nas temperaturas altas. Sua função é inverter o ciclo calor para o frio,
quando houver um início de congelamento no condensador. Está fixado na parte lateral esquerda do
condensador.
Para testá-lo localize seus terminais no painel de comando e, retirando-os, realize as
seguintes operações:
Com as pontas de prova do ohmímetro na escala Rx1 ou lâmpada-série, toque os terminais,
o termostato estará bom se apresentar as duas condições seguintes:

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a) em ambiente acima de 10°C, o marcador do ohmímetro deve se movimentar ou a lâmpada


série deve se acender;
b) em ambiente abaixo de -4°C° (quatro graus negativos), o marcador do ohmímetro não
deve se movimentar ou a lâmpada-série não deve acender.
Caso uma destas condições não se realizar, troque o termostato ou tente ajustá-lo.
OBS: para se conseguir ambiente abaixo de -4° (graus negativos), coloque um copo com
álcool etílico no congelador de uma geladeira e meça a temperatura com um termômetro, o jato de
refrigerante recomendado por algumas pessoas polui a atmosfera.

» Capacitor
O capacitor é componente elétrico cuja função é auxiliar o arranque do motor do ventilador
e do compressor, dando-lhes o torque e o sentido de rotação.
Há dois tipos de capacitores o eletrolítico que é utilizado apenas para a partida de motores, e
o de óleo que além de dar a partida dos motores auxilia durante o funcionamento mantendo o torque
e reduzindo o consumo de energia. O capacitor eletrolítico é utilizado no condicionador de ar nos
casos onde o compressor apresente dificuldades na partida como, onde há baixa tensão (voltagem),
o sistema de refrigeração não equilibra a pressão porque a parada do compressor é por tempo
inferior a 3 minutos, quando o condicionador fica instalado num lugar de acesso difícil e a ligação é
feita de um ponto distante, etc., na maioria dos casos se usa apenas o de óleo. Em geral, estão
localizados no compartimento atrás do painel de comando.
Para testar o capacitor faça:
Verificar inicialmente se o capacitor, é o correto para o aparelho, através das tabelas
correspondentes. O capacitor de marcha do compressor tem uma capacitância alta comparada com o
do ventilador, geralmente fica entre 15 e 45 µF (microfarad).
O borne do capacitor, identificado por um ponto, corresponde sempre ao rabicho do borne
de marcha do compressor.
Utilizar um capacímetro para medir a capacitância do capacitor com uma escala apropriada.
Considere o capacitor defeituoso quando apresentar:
a) deformações;
b) vazamento de líquido;
c) circuito interno aberto;
d) curto-circuito.
e) quando a capacitância apresentada no capacímetro estiver fora da tolerância indicada.
Para detectar os defeitos (c) e (d) usaremos o ohmímetro, com os seguintes procedimentos:
Posicionar o seletor do ohmímetro na escala R x 100;
Ligar as duas pontas de prova do instrumento nos bornes do capacitor e verificar o seguinte:
1- Sempre que o marcador da escala se movimentar para o nível mais baixo da escala e
voltar lentamente para o nível mais alto, o capacitor estará bom.
2- Quando o marcador se movimentar para a medida mais baixa e lá permanecer, o capacitor
está em curto circuito. Troque o capacitor.
3- Quando o marcador não se movimentar em nenhum sentido, o capacitor está aberto.
Troque o capacitor.
4- Quando se toca com as pontas de prova nos terminais do capacitor ele se carrega, e
voltando a tocar os mesmos terminais com as mesmas pontas de prova o ponteiro do ohmímetro não
mais deflexionará, se invertermos as pontas de provas, o ponteiro terá um deslocamento muito

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grande que poderá, inclusive danificar o instrumento. É necessário, porém, que se descarregue o
capacitor antes da nova comprovação, e isso poderá ser feito com um resistor de 1000 ohms - 5
watts ou com uma chave de fenda.
Pode ser utilizada, também, uma lâmpada-série para testar o capacitor, porém este teste não
é preciso e depende muito da sensibilidade do mecânico.
Coloque no receptáculo do teste uma lâmpada de potência apropriada.
Fixando uma das pontas de prova no capacitor, toque com a outra no terminal livre.
Observe o brilho da luz.

Potência da lâmpada Capacitor µF


(W)
15 3- 5
40 5- 8
60 8- 11
100 11 - 30
200 30 - 45
Agora movimente lentamente uma chave de fenda de modo que ela toque os terminais do
capacitor, colocando em curto circuito a ligação da lâmpada-série, e veja novamente o brilho da luz.
Se houver mudança no brilho, o capacitor estará bom se não houver mudança, troque o capacitor.

» Timer
O controle "timer", utilizado em alguns aparelhos condicionadores de ar, é mais uma
inovação que permite ao usuário utilizar o condicionador de ar de forma eficiente e econômica.
Permite ao usuário programar, com antecedência, a hora que o condicionador deverá ser desligado.
Ao atingir a hora programada, o aparelho desligará automaticamente.
O teste do timer consiste em medir a resistência do motor de acionamento e comparar com a
indicação do fabricante. Se na leitura do ohmímetro a indicação for zero, a bobina estará em curto-
circuito e ser for infinito, ela estará aberta. Em ambos os casos deverá ser substituído o motor e,
também ser a resistência do enrolamento estiver alterada.

» Protetor térmico
O protetor térmico é um componente elétrico que serve para proteger o compressor de
sobrecarga e superaquecimentos, normalmente está fixado na parte extrema da carcaça e, em alguns
modelos de compressor, está colocado internamente, isto garante o aquecimento, também, pelo
calor do próprio compressor.
Para testar o protetor térmico quando ele é do tipo externo, faça:
Retire os terminais e desaloje o protetor térmico;
Toque com as pontas de prova do ohmímetro - na escala Rx1 ou com a lâmpada-série;
Quando o marcador do ohmímetro se movimentar ou a lâmpada acender, o protetor estará
bom. Caso contrário, troque-o.
Com o protetor conectado ao motor, dê partida no compressor e meça a corrente.
Se o protetor abrir o circuito com uma corrente abaixo da corrente normal de partida ou de
trabalho do compressor/motor, toque-o por outro de referência/capacidade adequada.

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» Relé voltimétrico
Nos aparelhos condicionadores de ar, pode ser utilizado um relé voltimétrico, juntamente
com um capacitor eletrolítico, a fim de partir o compressor.
O teste deste elemento se verificando a bobina dele, quanto à continuidade e valor de
resistência e quanto à abertura do contato quando ele é energizado. Portanto, faz parte da avaliação,
ligar o relé e com um ohmímetro ou lâmpada série ligada ao contato de abertura e constatar o seu
correto funcionamento.

» Motor do ventilador
É um motor elétrico, de eixo duplo, que movimenta a turbina e a hélice do ventilador.
Está fixado na parte central do aparelho, entre o condensador e o evaporador.
Possui um eixo com duas pontas, o qual é montado sobre buchas de bronze poroso. Essas
buchas são lubrificadas com óleo mineral SAE 30 (normal para motor).
Normalmente apresenta duas ou três rotações que são comutadas pelo usuário do
condicionador quando necessitar de frio máximo (alta rotação), frio médio (média rotação) e frio
mínimo (baixa rotação), respectivamente. Após ter testado e aprovado a chave seletora e o
capacitor, fazer um teste prático no motor, sem desmontá-lo do aparelho.
Dependendo do modelo do aparelho, os motores estarão ligados nas seguintes velocidades:
ALTA - MÉDIA
ALTA - BAIXA
ALTA - MÉDIA - BAIXA
Ligar somente os terminais do motor na chave seletora; identificando-os pelo esquema
elétrico.
Os rabichos do motor que ligam no capacitor, e que foram desligados quando do teste do
mesmo, serão ligados novamente ao capacitor, de acordo com o esquema afixado na carcaça do
motor.
Acionar a chave seletora em uma e outra velocidade e, caso o motor não arrancar em alguma
delas, está com defeito e deverá ser recuperado ou substituído.
A manutenção do motor se faz desmontando-o, lavando todas as suas partes exceto o estator,
com querosene, inclusive os feltros de retenção de óleo utilizados na lubrificação. Quando tudo
estiver perfeitamente limpo, se inicia a montagem com a substituição das buchas quando
apresentarem folgas excessivas no sentido radial. A bucha deve sobressair o alojamento pela parte
interna da tampa aproximadamente 1mm. Embeber o feltro com óleo lubrificante SAE 30. Colocá-
los no alojamento, e proceder ao fechamento das tampas pressionando-as com cuidado para não
amassá-las.
Na montagem do motor faz-se o seguinte: Coloca-se uma tampa no seu lugar; monta-se o
rotor no estator pelo lado sem a tampa; compara-se ao nível da borda de aço do rotor (da gaiola de
esquilo) e o da borda de aço do entreferro do estator se o rotor estiver abaixo, deve-se retirar o rotor
e colocar arruelas de fibra na ponta do eixo que estava na tampa e introduzi-lo novamente,
comparando os níveis mais uma vez, se precisar de nova ajustagem deve-se fazer. Se o rotor estiver
acima do entreferro deve-se retirar a tampa e botar a bucha um pouco mais para dentro, e prosseguir
o trabalho. Após a conclusão de um dos lados do motor, retirar a tampa, colocá-la num lugar
determinado e repetir a operação com a outra tampa e o outro lado do rotor, quando tudo estiver
ajustado, faz-se a montagem do motor. Se, entretanto, o rotor ficar preso, abrir o motor e retirar uma
arruela de um dos lados, e fazer a montagem definitiva. Não apertar os parafusos em demasia para
não quebrar a tampa de alumínio.

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Quando o motor apresenta uma folga radial grande deve-se substituir o eixo do rotor.
Ao terminar toda a montagem, faz-se o teste elétrico do motor colocando-o para rodar.
Mede-se a corrente de trabalho do motor a qual fica em torno de 1,0 A, dependendo da potência do
motor e da rotação que ele apresentar.

» Motor do air-cycle
O motor aire-cycle movimenta o eixo do conjunto vane, que regula a direção do fluxo de ar.
É um motor com redutor incorporado e está ligado a uma resistência elétrica (na maioria dos
modelos) e comandado por uma chave unipolar (um só pólo).
Em raras ocasiões poderá aparecer um motor defeituoso, no entanto, verifique a
continuidade da sua bobina:
Usar ohmímetro na escala Rx100 e tocar com as duas pontas de prova nos terminais da
bobina:
Se o marcador se movimentar, a bobina estará correta (boa); caso contrário, trocar o motor.
No caso de haver resistência no circuito do air-cycle
Usar ohmímetro na escala Rx100.
Nos casos em que se apresentarem mais do que uma resistência deve-se dessoldá-las para
poderem ser testadas uma por uma.
Tocar com as duas pontas de prova nos fios de ligação da resistência e verificar no
ohmímetro se o marcador se movimentar.
Se não se movimentar, a resistência está interrompida, deverá ser trocada.

» Teste da chave do air-cycle


Usar o ohmímetro na escala Rx100, tocar com as duas pontas de prova nos bornes da chave
e acioná-la. Se o marcador se movimentar, a chave estará boa; caso contrário deverá ser trocada.

» Válvula reversora
A válvula reversora é componente mecânico do sistema de refrigeração dos condicionadores
de ar que operam em ciclo reverso, e é acionado pela “bobina da válvula reversora”. Sua função é
permitir a movimentação da haste interna da válvula, para que esta opere no ciclo de calor

» Testar a bobina na própria válvula


Aplicar nos terminais da bobina a tensão correspondente da sua tensão de trabalho. A bobina
ficará energizada e a haste da válvula se movimentará, provocando um “estalo”, neste caso, a
bobina estará boa.
Quando a válvula estiver trancada, em vez do estalo, será percebida uma vibração e a bobina
estará boa. O defeito está localizado na válvula.

» Teste da válvula
Somente nos aparelhos de ciclo-reverso, quando apresentam pressões normais, proceder ao
teste da válvula reversora:
1- Ligue o aparelho no ciclo de calor e constate se o aparelho está produzindo ar quente;
2- Reverta o ciclo para frio, colocando o termostato nesta posição e verifique se o aparelho
está produzindo ar frio;
3- Se estiver produzindo calor e frio, a válvula reversora estará boa.

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Sistema de refrigeração

•Instrumentos básicos para diagnóstico


» Válvula Perfuradora
Esta é uma válvula manual de duas vias, com a entrada no pino de perfuração do tubo onde
ela deverá ser instalada e a saída com niple para receber uma mangueira, que posteriormente será
ligada ao manômetro.
A válvula perfuradora deve ser instalada e acionada de acordo com as especificações.
Válvula de Engate Rápido - Esta válvula é formada por um conjunto de duas válvulas:
Válvula - MACHO - PLUG
Válvula - FÊMEA - SOQUETE
A válvula-macho sempre deverá ser instalada em tubos e, para nosso uso em refrigeração, os
tubos serão de ¼” de diâmetro. Para fixar a válvula macho ao tubo é necessário acoplar uma porca
borboleta que, enroscando-se no corpo da válvula, vede a superfície externa do tubo com o furo da
porca borboleta.
A boca de saída do tubo ficará dentro da válvula que, por sua vez, fará a vedação do tubo.
A válvula fêmea será instalada na mangueira e fixada, através de um níple, entre a
mangueira e o corpo da válvula. Desta forma conseguiremos fechar a boca de saída da mangueira.
No momento da operação de carga, injeção de nitrogênio ou qualquer teste, acoplar-se-á a
válvula - MACHO com a válvula FÊMEA fazendo pressão manual, uma de encontro à outra.
Manômetros - Este instrumento é de grande importância para o técnico no momento de
verificar as pressões do sistema de refrigeração. Geralmente os manômetros para refrigeração
constam de duas escalas no mesmo visor, com unidades de pressão diferentes.
Escala Kg/cm2 - quilograma por centímetro quadrado
Escala PSI - libra por polegada quadrada.
Em refrigeração são usados manômetros para BAIXA PRESSÃO em escala 0-250 PSI e
manômetros para ALTA PRESSÃO em escala 0-500 PSI.
Termômetro - O uso deste instrumento é fundamental na refrigeração para medir
temperatura.
Dos diferentes tipos de termômetros, o aconselhável é o termômetro a mercúrio com escala
de –10°C a +100°C.
Ao final da apostila tem uma lista completa de ferramentas que o mecânico deve possuir.
Para diagnosticar o sistema de refrigeração é importante obedecer a seguinte ordem do teste:
- medir pressões de equilíbrio;
- medir pressões de funcionamento.

» Pressões
Pressão de equilíbrio - É a pressão que tem o gás dentro do sistema de refrigeração, quando
o compressor estiver desligado e frio e se procede assim, para se medi-la.
Deve ser feita com o compressor frio sem funcionar:
1- Instale a válvula perfuradora no tubo de carga;
2- Acople a luva da mangueira na válvula perfuradora;
3- Acople a outra luva da mangueira no manômetro de baixa pressão;
4- Girar a borboleta da válvula perfuradora para direita, até furar o tubo de carga;

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5- Girar a borboleta da válvula perfuradora para a esquerda, permitindo a passagem do gás


para o manômetro através da mangueira;
6- Faça a leitura da pressão de equilíbrio no manômetro e compare com a tabela de pressão
na
Se, entretanto, a pressão de equilíbrio for:
1- Igual à pressão da tabela - a carga de gás estará correta.
2- Maior que a da tabela - gás em excesso.
3- Menor que a da tabela - insuficiência de gás. A insuficiência de gás estará indicando
vazamento no sistema. Neste caso, o sistema deve ser processado.
Lembre-se de que a pressão de equilíbrio depende da temperatura ambiente, conforme
consta na tabela.
Pressão de funcionamento - É a pressão que o gás apresenta quando o sistema de
refrigeração está em funcionamento, e frio e se procede assim, para se medi-la.
1- Verifique a tensão (voltagem) do aparelho na placa de identificação;
2- Mantenha ligado o instrumento de teste da pressão;
3- Ligue o aparelho na tensão correta;
4- Gire a chave seletora, colocando o condicionador em funcionamento (ventilador e
compressor);
5- Verifique a pressão de sucção no manômetro;
6- Caso a carga de gás esteja correta e a pressão de sucção muito baixa, significará um
entupimento no sistema. Neste caso, o sistema deverá ser processado.

Principais defeitos e suas possíveis causas - Aparelhos Condicionadores de Ar

APARELHO NÃO LIGA O MOTOVENTILADOR CONGELAMENTO NO EVAPORADOR:


NEM O COMPRESSOR: • Sistema de refrigeração com problemas
• Disjuntor desarmado • Filtro de ar e/ou evaporador sujo
• Falta de tensão na rede • Óleo no evaporador
• Rabicho com defeito • Entupimento no capilar ou filtro

O COMPRESSOR PARTE, MAS O CONDICIONADOR DANDO “CHOQUE”:


MOTOVENTILADOR NÃO FUNCIONA: • Compressor aterrado
• Chave seletora defeituosa • Fios ou terminais soltos
• Motor “queimado” • “Fio terra” desligado
• Capacitor defeituoso • Motoventilador aterrado
• Fios ou terminais soltos • Rabicho ligado direto na massa

O MOTOVENTILADOR FUNCIONA, MAS O COMPRESSOR FUNCIONA CONTINUAMENTE:


COMPRESSOR NÃO PARTE: • Termostato defeituoso
• Tensão muito baixa • Dimensionamento incorreto
• Compressor defeituoso • Sistema de refrigeração com problemas
• Termostato defeituoso
• Protetor térmico com defeito CORRENTE(AMPERAGEM) MUITO ALTA:
• Capacitor defeituoso • tensão muito baixa
• Fios ou terminais soltos • Condensador exposto ao sol
• Chave seletora defeituosa • Compressor com defeito

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BAIXO RENDIMENTO DO APARELHO: • Condensador sem ventilação


• Condicionador mal instalado • Capacitor defeituoso
• Filtro de ar sujo • Excesso de fluido refrigerante
• compressor com defeito
• Termostato defeituoso CONDICIONADOR MUITO BARULHENTO:
• Obstrução à saída do ar • Aparelho mal instalado
• Condensador sujo • Ventiladores desbalanceados ou roçando
• Evaporador sujo • Compressor com problema mecânico
• Motoventilador com defeito • Buchas do motoventilador
• Sistema de refrigeração com problemas • Tubulações vibrando

VAZAMENTO D’ÁGUA PARA DENTRO DO


AMBIENTE:
• Inclinação inadequada do aparelho
• Dreno entupido
• Evaporador congelando

•MANUTENÇÃO DOS CONDICIONADORES DE AR


Î Aconselhamos
Sempre que for consertar um aparelho condicionador de ar, siga esta seqüência de
procedimento:
Diagnóstico
Processamento
Controle

Î Recomendamos
Revisar todos os fatores que podem causar defeitos a um aparelho condicionador de ar.

Î ALERTAMOS
Que o compressor dificilmente é causador de defeitos e, antes de substituí-lo, responda a
estas três perguntas:
Deve o compressor ser substituído?
Antes de condená-lo, realizei os testes indicados neste manual?
Como evitar a repetição do defeito?
Deve-se proceder a limpeza periódica dos filtros de poeira, pois a pureza do ar no ambiente
condicionado, depende da limpeza dos filtros.
A limpeza dos filtros é também responsável pelo perfeito funcionamento à máxima
capacidade do condicionador.
Atenção: O período de limpeza depende da intensidade de uso do aparelho e da pureza de ar
do ambiente. Aconselha-se limpar uma vez por semana. A lavagem é feita com água morna e sabão
em pó (sabão neutro) e em seguida deixa-se secar bem antes de recolocar no aparelho. Não deixe o
aparelho funcionar sem os filtros.
O conjunto de condensador e evaporador de ar deve ser limpo pelo menos uma vez por ano.
O condensador e o evaporador devem ser limpos de pós e detritos que ali são retidos e
acumulados, prejudicando o seu bom desempenho.

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Esta tarefa deve ser executada com o máximo de atenção, pois é necessária a remoção do
conjunto chassi do gabinete.
O motor de ventilador deve ser limpo uma vez por ano, também se faz necessária a
lubrificação.
Manutenção anti-corresiva do gabinete do condicionador
Os condicionadores que são instalados em locais de atmosfera com salinidade elevada
tornam necessário proceder ao tratamento na chapa do gabinete. Esta tarefa é executada pelos
reparadores de solda, todavia se faz necessário que o aparelho seja removido do gabinete pela
equipe de refrigeração.

Gabinete
A manutenção do gabinete é feita com a sua retira do local de funcionamento do aparelho e
submetendo-o a uma lavagem com água e sabão neutro. Raramente se necessita de solventes como
querosene ou aguarrás, mas pode ser utilizado.
Após lavagem, se houver ferrugem deve se removida com lixamento adequado ou com
removedor de ferrugem, em seguida deve ser limpa a superfície lixada para a retirada de todo o pó,
ou se foi utilizado removedor deve-se fazer a neutralização conforme indicado pelo fabricante do
produto. Antes da pintura dever ser feito o desengraxamento com desengraxante apropriado, e ai
sim, pode-se aplicar a tinta com pincel, rolo de pintura ou pistola apropriada. O acabamento
superficial depende do processo utilizado na pintura. Até que a tinta seque não se deve manusear a
peça, mesmo que seja para a montagem, pois isso introduz defeitos na superfície como mancha,
arranhões, etc.
Se o processo de corrosão (ferrugem) estiver muito acentuado, ou se procede o concerto da
peça com a remoção da parte estragada e aplicação de uma chapa apropriada ou se substitui o
gabinete inteiro.
As aletas do gabinete não devem ser eliminadas porque elas evitam os respingos de água nos
motores e o conseqüente agravamento dos problemas.

Estrutura
A manutenção do chassi consiste em lavá-lo à
semelhança do gabinete, porém, como há muitas peças que
estão isoladas termicamente com um material conhecido por
bibim, ele deve ser escovado ou aspirado para a remoção da
poeira, se for lavado, deve-se esperar até que seque. Quanto à
ferrugem deve-se proceder como para o gabinete. Caso haja
pontas de bidim descoladas, proceder a recolagem com cola
fórmica; o bidim deve estar seco e é necessário passar a cola
nas duas peças, esperar que elas sequem e uni-las, em seguida Figura 3
deve-se bater leve para acelerar a colagem. Cuidado!.
Peças de isopor não podem ser coladas com cola fórmica, há no mercado cola especial
(branca) para isopor.
Onde houver massa de calafetar, na montagem original, deve ser reposta. As calhas do
evaporador e do condensador não podem ser eliminadas, portanto as reponha do mesmo jeito, se
estiverem quebradas coloque outras novas. O dreno que leva água condensada da calha do

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evaporador para o compartimento do condensador, deve ser posicionado de forma que a água possa
fluir normalmente sem acumular-se no evaporador.
Esta água deve permanecer no compartimento do condensador, pois o ventilador bate na
superfície e a borrifa sobre o condensador retirando melhor o calor. Nunca fure o chassi para a
retirada completa dessa água, pelo contrário, recupere o chassi para que ele possa acumular água
corretamente.
Os parafusos estragados e enferrujados devem ser substituídos por novos. Nunca reaperte os
parafusos em demasia porque danifica o furo e dificulta a montagem. Utilize sempre parafusos de
dimensões originais e de mesmo tipo de fenda (phillips ou reta), e se porventura a chapa estragar
utilize uma porca rápida para a correção do problema. Use massa de calafetar para melhorar a
vedação nesse ponto.
É recomendável que a pintura na bandeja do chassi seja feita com uma demão grossa de
tinta, algumas demãos de produto para emborrachamento, como batida de pedra, underseal, ou
outro que possa isolar a chapa do contato com a água. Isto dá uma maior vida ao aparelho.
Para diminuir o ruído das vibrações e a transmissão dos ruídos dos motores, algumas partes
do chassi devem ser isoladas com bidim, sobretudo na saída do ar ou descarga do ventilador.

Sistema de ventilação
Durante a manutenção do condicionador de ar deve ser verificado o estado da hélice e da
turbina quanto ao balanceamento e alinhamento, pois caso estes parâmetros estejam fora do normal
o aparelho apresentará vibração e ruído excessivos. Passar graxa no eixo do motor e no cubo dos
ventiladores após montagem para evitar corrosão. Não se deve pintar ventiladores porque causa
desbalanceamento do conjunto.
A manutenção das portas de ventilação se resume em lubrificar os mecanismos de
acionamento. Na maioria dos casos estas portas são eliminadas porque os usuários não fazendo uso
adequado, introduz uma carga de calor muito grande no ambiente, muitas vezes sacrificando o
aparelho.

CONSERTOS

•Processamento do sistema
Teste de vazamento
O sistema do condicionador de ar será processado nos seguintes casos:
- vazamentos;
- entupimentos (capilar);
- troca de compressor;
- troca de válvula reversora.
Após ter constatado a falta de gás no sistema, deve-se fazer o teste de vazamento.
Aplicar o seguinte procedimento:
- cortar o tubo de carga próximo ao ponto onde foi amassado para selar o sistema, deixando
a boca do cano livre para permitir a saída do gás;
OBS.: permitir que o gás saia do sistema aos poucos, para evitar o arraste de óleo do
compressor.
- colocar no tubo de carga o macho da válvula de engate rápido;
- usar uma mangueira de alta pressão de diâmetro 3/8”;

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- instalar em um extremo da mangueira a fêmea da válvula de engate rápido, e ligar o outro


extremo em um tubo de nitrogênio;
- ligar a válvula fêmea da mangueira com a válvula macho do tubo de carga (engatar).
CUIDADO: assegurar-se de que as ligações estejam corretas e ajustadas.
- abrir lentamente a válvula do tubo de nitrogênio até o manômetro atingir 200 PSI,
fechando-a em seguida;
- desengatar a mangueira;
- fazer a imersão do sistema em um tanque com água, até cobri-lo totalmente;
- verificar e localizar o possível vazamento.

•Desmontagem do sistema
Após ter localizado o vazamento, proceder a desmontagem do sistema, da seguinte forma:
- quebrar o capilar no ponto de solda junto ao filtro (descarga do condensador), a fim de
fazer um expurgo pelo capilar e eliminar impurezas;
- preparar o sistema para remover as soldas, injetando novamente nitrogênio a uma pressão
de 5 PSI (isto evitará possíveis oxidações internas dos componentes);
- recomendamos, para soldar e dessoldar tubo de cobre com cobre, usar bico de solda n.º 70,
com a chama bem regulada.
Se o compressor trabalhou sem gás e não estiver queimado, retire uma amostra de óleo e
examine-o.
óleo limpo - montar o mesmo compressor sem levar os componentes do sistema.
óleo sujo - montar um novo compressor . Lavar os componentes do sistema
obs: quando o compressor estiver queimado e o óleo sujo é importante a lavagem do
sistema.
lembre-se: o cliente deverá ser consultado quanto à troca, através de orçamento.

•Lavagem dos componentes


- lavar os componentes do sistema, fazendo recircular por todas as suas tabulações um fluxo
de CLOROTENO (olhar a figura).
- o CLOROTENO deverá ser recirculado sob pressão e recolhido no próprio reservatório,
passando por um filtro interno;
- manter a recirculação do CLOROTENO até este sair completamente limpo;
- desligar as mangueiras;
- ligar a mangueira de nitrogênio e abrir a válvula do tubo, para dar um jato e eliminar os
resíduos de CLOROTENO e umidade.

RECOMENDAÇÕES
Antes de montar o sistema
- verificar na placa de identificação do novo compressor se este é igual ao retirado;
- verificar se o compressor está com sua carga de óleo;
- o capilar e o filtro correspondente sempre deverão ser substituídos , para um correto
processamento do sistema. (Verificar a cor de codificação conforme a tabela de capilares).
Atenção: umidade e impurezas são muito prejudiciais ao sistema e principalmente ao
compressor.

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•Processo de vácuo
Após ter montado o aparelho completamente:
- sistema de refrigeração;
- sistema de ventilação;
- componentes de chassis;
- circuito elétrico, painel de controle e filtro, proceder a operação de vácuo.

Os equipamentos para esta operação são:


- mangueiras;
- bomba de vácuo;
- medidor de vácuo (vacuômetro);
- válvula de engate rápido;
- manifold.

•Operação de vácuo
- Instalar no tubo de serviço do compressor a válvula macho de engate rápido;
- Caso o aparelho tiver dois tubos de processo (na alta e baixa), fazer vácuo por ambos.
- Engatar a válvula fêmea na válvula macho, no tubo de carga;
- ligar a bomba de vácuo, abrir a válvula nº 2, verificando se o marcador do medidor de
vácuo se mantém nos seguintes níveis:
- alto vácuo - a bomba está boa;
- baixo vácuo - (quando o nível descer lentamente) - a bomba está com defeito. Consertá-la.
- Caso a bomba estiver boa, manter a válvula nº 1 aberta e abrir a válvula nº2.
- Quando o vácuo tiver atingido, no mínimo, a marca de 200 microns, o sistema estará em
condições de receber a carga de gás.

Teste de vazamento do sistema


- leitura de instrumentos
- Televac eletrônico: 200 microns (mínimo)
- medidor de coluna de mercúrio entre zero e 0,5 mm na escala.
- O medidor de vácuo está ligado em paralelo com a bomba de vácuo e em série com as
válvulas manuais.
- Quando o vácuo estiver atingido a marca de 500 microns, aproximadamente, fecha a
válvula manual nº 1, isolando a bomba do sistema para verificar:
- o nível de vácuo se mantém: aparelho sem vazamento, continue o processo;
- o nível de vácuo baixa: aparelho com vazamento.
- Refazer o teste de vazamento, consertando-o.

•Processo de carga de gás com o aparelho desligado


- fechar a válvula nº 2;
- abrir a válvula nº 3, ligando o cilindro da carga;
- manter uma carga de 10% da carga total e fechar a válvula nº 3;
- expurgar o sistema abrindo a válvula de engate rápido;
- ligar novamente a válvula de engate rápido;
- abrir a válvula nº 1 e nº 2 e fazer novo vácuo até os 200 microns;

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- fechar a válvula nº 2;
- abrir a válvula nº 3 e aplicar a carga completa de gás de acordo com a tabela , fechando-o
depois;
- passar pelo primeiro teste de funcionamento.

•Teste de funcionamento
- verificar a tensão especificada na placa de identificação do aparelho;
- verificar a tensão da rede no voltímetro;
- ligar o aparelho;
- verificar no manômetro de baixa, se a pressão de sucção corresponde ao valor indicado na
tabela;
- verificar no amperímetro, se a amperagem corresponde à especificada na placa de
identificação do aparelho;
- quando tudo estiver correto (pressão e amperagem), o sistema de refrigeração estará pronto
para ser selado;
- selar o tubo de carga com o alicate de selar tubos;
- retirar a válvula macho do tubo de carga;
- soldar a boca do tubo de carga;
- soldar a área do tubo, amassada pelo alicate de selar;
- passar o aparelho para teste final - Controle de Qualidade;
- Caso o aparelho apresentar, no início do teste de funcionamento, pressão e amperagem fora
do normal, deverá ser processado.

•Controle de qualidade
Antes de entregar o aparelho à expedição, faça as seguintes verificações:
1 - Revisão dos componentes.
Ajuste das peças (turbina, hélice, motor, etc.).
2 - Tubulações encostando ou batendo em partes metálicas.
3 - Capilar (verificar tubo plástico de cobertura do mesmo).
4 - Filtro de ar (espuma de poliuretano).
5 - Painel de controle.
6 - Vedação de espuma de poliuretano da frente plástica com o chassis.
7 - Esquema elétrico (trocar, se rasgado).
8 - Medir diferencial de temperatura.
9 - Nos aparelhos com ciclo-reverso (ACR), testas os dois ciclos.
10 - Ruídos:
- Externos (chassis - suspensão ou compressor);
- Internos ( compressor - passagem do gás na descarga).

Recomendações gerais sobre a instalação de aparelhos de ar condicionado


A- Verifique se a capacidade do condicionador (kcal/h) corresponde à do ambiente a ser
condicionado. O levantamento de carga térmica por um técnico é indispensável para uma perfeita
instalação de aparelho.
B- Verifique se a voltagem de aparelho coincide com a tensão da tomada onde será instalada
(110 ou 220 volts).

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C- O condicionador deverá ser instalado em local que permita o contato direto das
venezianas laterais com o exterior.
D- Como o ar frio desce e o ar quente sobe, recomenda-se instalar o condicionador na altura
média da sala (entre 1,5 a 1,8 de piso).
E- Quando o aparelho deve ser instalado próximo ao canto das paredes, manter afastado no
mínimo 50 cm para uma melhor distribuição de ar frio dentro do ambiente.
F- Instale o condicionador longe de cortinas ou de qualquer outro obstáculo grande que
impeça a perfeita circulação de ar.
G- Procure instalar em local de fácil acesso aos controles de aparelhos, facilitando também a
retirada de filtro de ar para a limpeza.
H- A caixa recipiente de aparelho de ar condicionado de ser instalada desnivelada
(inclinação de aproximadamente 6 a 7mm), para o lado externo.
I- A instalação elétrica é um fator importante, o funcionamento do condicionador depende
exclusivamente de uma perfeita alimentação, por isto recomenda-se o máximo de cuidado e
observação com, todas as normas de instalação elétrica.

REFRIGERADOR (GELADEIRA)

No refrigerador, o ciclo de refrigeração é idêntico ao de aparelho de ar condicionado,


entretanto, encontramos algumas diferenças: 1) o fluido refrigerante (R 12); 2) No circuito elétrico
dispensa os componentes de ventilação existente no ar-condicionado.
Os condensadores resfriados a ar que são os mais usados em refrigeração doméstica, têm
como agente de resfriamento o ar. A circulação do ar através do condensador pode dar-se de duas
maneiras como segue:
a) por circulação natural.
b) por circulação forçada
Nos condensadores desse tipo, que são colocados na parte traseira. externa dos
refrigeradores, o refrigerante superaquecido vindo do compressor transmite seu calor ao ar que esta
em contato com as aletas tornando-o menos denso.
Os condensadores resfriados a ar com circulação natural são normalmente constituídos por
uma série de aletas de aço através das quais passa a tubulação. A finalidade dessas aletas é aumentar
a superfície de contato com o ar. O ar quente por ser mais leve sobe e, seu lugar é ocupado por ar
mais fresco que, por sua vez também se aquece e sobe produzindo desta maneira uma circulação
natural e contínua pelo condensador. É o que se chama extração de calor por convecção natural do
ar.
Também são usados condensadores do tipo “chaminé” que consiste de um certo número de
tubos de cobre presos a uma chapa de aço por canaletas que são soldadas à mesma.
Como podemos facilmente compreender, a quantidade de ar que circula dessa forma é muito
pequena, não sendo portanto, suficiente para retirar grandes quantidades de calor.
Para refrigeradores de grande capacidade torna-se necessário aumentar a circulação de ar
através do condensador. Isso é conseguido com a chamada circulação forçada.
Esses condensadores são semelhantes em construção aos condensadores de aletas com
circulação natural, com a diferença de que um ventilador é acrescentado a fim de forçar a circulação
de ar através dos mesmos.

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Um outro detalhe de construção dos condensadores com circulação de ar forçada é que a


distância entre aletas é sensivelmente menor do que nos de circulação natural pois, o ar circula
muito mais rapidamente.
Os compressores usados em refrigeradores domésticos são, geralmente, de potência variável
entre 1/10 HP a 1/3 HP, monofásicos, de dois ou quatro pólos, 110V/220V e 50/60 Hz/seg.

FLUIDOS REFRIGERANTES
As unidades de refrigeração são utilizados num intervalo de temperatura consideravelmente
amplo em processos que vão do condicionamento do ar ao de refrigeração de baixíssima
temperatura. O fluido refrigerante adequado para uma unidade de refrigeração é selecionado entre
muitos fluidos, de acordo com os diversos fatores, entre os quais a temperatura e a pressão de
evaporação e a temperatura e a pressão de condensação.
As características desejáveis de um fluido refrigerante são:
01. pressão de evaporação não muito baixa - evitar vácuo no evaporador.
02. pressão de condensação não muito elevada - melhora o desempenho do compressor.
03. calor latente (entalpia) de evaporação elevado - menor vazão de refrigerante para uma
dada capacidade de refrigeração.
04. condutibilidade térmica elevada - melhoria nas propriedades de transferência de calor.
05. baixa viscosidade na fase líquida e gasosa - perdas de carga menores.
06. não corrosivos.
07. não tóxicos.
08. não inflamáveis e não explosivos.
09. devem ser de fácil detecção, quando houver vazamentos.
10. devem ser de preços moderados e facilmente disponíveis.

Os fluidos refrigerantes mais utilizados são:


* R 11 - Tricloromonofluormetano - CCl3F
* R 12 - Diclorodifluormetano - CCl2F2
* R 22 - Monoclodifluormetano - CHClF2
* R717- Amônia - NH3

REFRIGERAN PONTO DE TIPO DE APLICAÇÕES


TE EBULIÇÃO A COMPRESSOR
1ATM ( °C) UTILIZADO
R 11 23,8 Centrífugo Resfriamento de água.
R 12 - 29,8 Alternativo e Refrigeração doméstica e comercial,
rotativo condicionamento de ar em automóveis.
Centrífugo Grande resfriador de água.
R 22 - 40,8 Alternativo e Condicionamento de ar em geral, unidades de
rotativo refrigeração de baixa temperatura.
Centrífugo Grandes instalações com água gelada.
Amônia - 33,3 Alternativo Fabricação de gelo, resfriadores de salmoura,
câmaras frigoríficas.
Centrífugo Rinque de patinação, unidades de resfriamento
em processos químicos

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CONTROLE DE QUALIDADE
Antes de entregar o aparelho à expedição, faça as seguintes verificações:
1 - Revisão dos componentes.
Ajuste das peças (turbina, hélice, motor, etc.).
2 - Tubulações encostando ou batendo em partes metálicas.
3 - Capilar (verificar tubo plástico de cobertura do mesmo).
4 - Filtro de ar (espuma de poliuretano).
5 - Painel de controle.
6 - Vedação de espuma de poliuretano da frente plástica com o chassis.
7 - Esquema elétrico (trocar, se rasgado).
8 - Medir diferencial de temperatura.
9 - Nos aparelhos com ciclo-reverso (ACR), testas os dois ciclos.
10 - Ruídos:
- Externos (chassis - suspensão ou compressor);
- Internos (compressor - passagem do gás na descarga).

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TABELAS

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TABELA DE SATURAÇÃO DE REFRIGERANTES, TEMPERATURA X PRESSÃO


TEMPERATURA R 22 R 12 TEMPERATURA R 22 R 12
°C °F psig kg/cm²g psig kg/cm²g °C °F psig kg/cm²g psig kg/cm²g
-30 -22,0 9,20 0,64 0,059 0,004 16 60,8 103,28 7,27 58,85 4,14
-29 -20,2 10,22 0,71 0,69 0,04 17 62,6 106,70 7,51 61,01 4,29
-28 -18,4 11,27 0,76 1,34 0,09 18 64,4 110,21 7,76 63,21 4,45
-27 -16,6 12,35 0,86 2,01 0,14 19 66,2 113,78 8,01 65,46 4,60
-26 -14,8 13,48 0,94 2,70 0,19 20 68,0 117,43 8,26 67,75 4,77

-25 -13,0 14,64 1,03 3,45 0,24 21 69,8 121,16 8,53 70,10 4,93
-24 -11,2 15,83 1,11 4,17 0,29 22 71,6 124,97 8,80 72,49 5,10
-23 -9,4 17,06 1,20 4,94 0,34 23 73,4 128,85 9,07 74,94 5,27
-22 -7,6 18,83 1,29 5,73 0,40 24 75,2 132,82 9,35 77,43 5,45
-21 -5,8 19,65 1,38 6,54 0,46 25 77,0 136,86 9,63 79,98 5,63

-20 -4,0 21,00 1,47 7,38 0,51 26 78,8 140,98 9,92 82,58 5,81
-19 -2,2 22,39 1,57 8,23 0,57 27 80,6 145,20 10,22 85,23 6,00
-18 -0,4 23,82 1,67 9,14 0,64 28 82,4 149,48 10,52 87,93 6,19
-17 1,4 25,29 1,78 10,05 0,70 29 84,2 153,85 10,83 90,69 6,38
-16 3,2 26,81 1,88 11,00 0,77 30 86,0 158,32 11,14 93,51 6,58

-15 5,0 28,37 1,99 11,97 0,84 31 87,7 162,86 11,46 96,37 6,78
-14 6,8 29,98 2,11 12,97 0,91 32 89,6 167,50 11,79 113,80 8,01
-13 8,6 31,63 2,22 14,00 0,98 33 91,4 172,23 12,12 116,78 8,22
-12 10,4 33,33 2,34 15,06 1,06 34 93,2 177,04 12,46 105,32 7,41
-11 12,2 35,07 2,46 16,15 1,13 35 95,0 181,94 12,81 108,41 7,63

-10 10,0 36,87 2,59 17,27 1,21 36 96,8 186,93 13,16 111,57 7,85
-9 15,8 38,71 2,72 18,12 1,29 37 98,6 192,02 13,52 114,78 8,08
-8 17,6 40,60 2,85 19,60 1,38 38 100,4 197,21 13,88 118,06 8,31
-7 19,4 42,55 2,99 20,81 1,46 39 102,2 202,49 14,25 121,39 8,54
-6 21,2 44,54 3,73 22,06 1,55 40 104,0 207,85 14,63 124,79 8,78

-5 23,0 46,59 3,28 22,33 1,64 41 105,8 213,32 15,02 128,25 9,03
-4 24,8 48,69 3,42 24,65 1,73 42 107,6 218,89 15,41 131,77 9,27
-3 26,6 50,85 3,58 25,99 1,83 43 109,4 224,56 15,81 135,35 9,53
-2 28,4 53,06 3,73 27,37 1,92 44 111,2 230,33 16,22 139,01 9,78
-1 30,2 55,32 3,89 28,79 2,02 45 113,0 236,20 16,63 142,72 10,05

0 32,0 57,65 4,05 30,24 2,12


1 33,8 60,03 4,22 31,73 2,23 46 114,8 242,17 17,05 146,50 10,31
2 35,6 62,47 4,39 33,26 2,34 47 116,6 248,25 17,48 150,35 10,58
3 37,4 64,92 4,57 34,82 2,45 48 118,4 254,35 17,91 156,26 11,00
4 39,2 67,52 4,75 36,42 2,56 49 120,2 260,73 18,36 158,23 11,44
5 41,0 70,14 4,93 38,06 2,68 50 122,0 267,13 18,81 162,29 11,42

6 42,8 72,83 5,12 39,75 2,79 51 123,8 273,64 19,27 166,41 11,71
7 44,6 75,57 5,32 41,47 2,92 52 125,6 280,25 19,73 170,60 12,01
8 46,4 78,38 5,51 43,23 3,04 53 127,4 286,99 20,21 174,87 12,31
9 48,2 81,26 5,72 45,03 3,17 54 129,2 293,84 20,69 179,20 12,61
10 50,0 84,20 5,92 46,87 3,30 55 131,0 300,78 21,18 183,61 12,93

11 51,8 87,20 6,14 48,76 3,43 56 132,8 307,86 21,68 188,09 13,24
12 53,6 90,28 6,35 50,69 3,56 57 134,6 315,05 22,18 192,64 13,56
13 55,4 93,42 6,57 52,66 3,70 58 136,4 322,36 22,70 197,27 13,89
14 57,2 96,64 6,80 54,68 3,85 59 138,2 329,80 23,22 201,97 14,22
15 59,0 99,92 7,03 56,74 3,99 60 140,0 337,35 23,75 206,75 14,55

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TABELA PRÁTICA DE TESTE DE BALANCEAMENTO DE CIRCUITOS FIRIGORÍFICOS


AJUSTAGEM DA VÁLVULA DE EXPANSÃO TERMOSTÁTICA (SUPERAQUECIMENTO E SUB-RESFRIAMENTO)

∆3°C SA = ∆1°C SR SUPERAQUECIMENTO - SA SUB-RESFRIAMENTO - SR


PROVIDÊNCIA AUMENTA DIMINUI AUMENTA DIMINUI
ABRIR VÁLVULA
DE EXPANSÃO
x x
FECHAR VÁLVULA
DE EXPANSÃO
x x
ADICIONAR
REFRIGERANTE
x x
RETIRAR
REFRIGERANTE
x x

SA = TL (sucção) – Tsat (baixa pressão)


SR = Tsat (alta pressão) – TL (líquido)

PARA SUPERAQUECIMENTO: MANÔMETRO DE BAIXA NA SUCÇÃO DO COMPRESSOR


PARA SUB-RESFRIAMENTO: MANÔMETRO DE ALTA NA DESCARGA DO COMPRESSOR

CONDIÇÕES NORMAIS DE OPERAÇÃO:


• VISOR DE LÍQUIDO: LIMPO, SEM BOLHAS
• NÍVEL DE ÓLEO: VISÍVEL NO VISOR
• PRESSÃO DE ALTA PARA CONDENSAÇÃO: A AR DE 14,0 A 23,5 BAR (203 - 340 PSIG)
A ÁGUA DE 12,5 A 17,0 BAR (181 - 246 PSIG)
• PRESSÃO DE BAIXA: 4,1 A 6,0 BAR (59 - 87 PSIG)
• PRESSÃO DE ÓLEO: 1,6 A 2,7 BAR (23 - 40 PSIG) ACIMA DA PRESSÃO DE SUCÇÃO
• SUPERAQUECIMENTO: 6 A 9°C PARA MÁQUINAS A AR E ÁGUA
• SUB-RESFRIAMENTO: 7 A 11°C PARA MÁQUINAS A ÁGUA
11 A 15°C PARA MÁQUINAS A AR
• TENSÃO ELÉTRICA: DE PLACA ± 10 %
• CORRENTE ELÉTRICA: OBSERVAR O CATÁLOGO DO EQUIPAMENTO

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ


LABORATÓRIO DE MÁQUINAS TÉRMICAS - LMT
CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA - ABNT NBR 5858/1983.
LOCAL A CONDICIONAR:

GANHOS DE CALOR UNIDADES FATOR POTÊNCIA OBSERVAÇÃO


m² kcal/h kcal/h
1 - JANELAS - INSOLAÇÃO
SEM PROTEÇÃO
1.1 - Norte 240
1.2 - Nordeste 240
1.3 - Este 270
1.4 - Sudeste 200
1.5 - Sul 0
1.6 - Sudoeste 400
1.7 - Oeste 500
1.8 - Noroeste 350
PROTEÇÃO INTERNA
1.1a - Norte 115
1.2a - Nordeste 95
1.3a - Este 130
1.4a - Sudeste 85
1.5a - Sul 0
1.6a - Sudoeste 160
1.7a - Oeste 220
1.8a - Noroeste 150
PROTEÇÃO EXTERNA
1.1b - Norte 70
1.2b - Nordeste 70
1.3b - Este 85
1.4b - Sudeste 70
1.5b - Sul 0
1.6b - Sudoeste 115
1.7b - Oeste 150
1.8b - Noroeste 95
2 - JANELAS - TRANSMISSÃO
2.1 - Vidro comum 50
2.2 - Tijolo de vidro ou vidro duplo 25
3 - PAREDES
CONSTRUÇÃO LEVE
3.1 - Externas voltadas para o sul 13
3.2 - Externas voltadas para outras orientações
20
CONSTRUÇÃO PESADA
3.1a - Externas voltadas para o sul 10
3.2a - Externas voltadas para outras orientações
12
3.3 - Internas voltadas para ambientes não
condicionados 8
4 - TETO
4.1 - Em laje 75
Laje 2,5 cm ou mais
4.2 - de isolação 60
4.3 - Entre andares 13
4.4 - Sob telhado isolado 18
4.5 - Sob telhado sem isolação 40
5 - PISO
5.1 - Piso não colocado diretamente sobre o solo
13
6 - PESSOAS
6. - Número de pessoas 150
7 - PORTAS OU VÃOS
7.1 - Abertos constantemente para áreas não
condicionadas 150

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8 - ILUMINAÇÃO E APARELHOS WATT
8.1 - Lâmpadas ou aparelho elétrico 0 1 0
SUBTOTAL 0
FATOR CLIMÁTICO DA REGIÃO 0,95

CARGA TÉRMICA TOTAL (kcal/h) 0 BTU/h 0


Responsável pelo levantamento: Data:

Equipamento Potência (W) Quant. Dissip.Térmica (kcal)


Lâmpadas
Computador
Impressora
Frigobar
Televisão

TOTAL 0

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TABELA DE APLICAÇÃO DE CONDUTORES ELÉTRICOS - SÉRIE MÉTRICA


(mm²)
CORRENTE DISTÂNCIA EM METROS

(AMPÈRE) 6 9 12 15 18 21 24 27 30 36 42 48 54 60 70 80 90 100
0,45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5
0,91 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5
1,36 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5
1,82 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5
2,27 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5
2,72 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 2,5
3,18 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5
3,64 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5 2,5
4,09 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5 4,0
4,55 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5 4,0 4,0
5,00 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5 4,0 4,0 4,0
5,45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5 2,5 4,0 4,0 6,0
6,82 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5 4,0 4,0 4,0 6,0 6,0
9,09 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5 4,0 4,0 4,0 4,0 6,0 6,0 6,0
11,35 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5 2,5 4,0 4,0 4,0 6,0 6,0 6,0 10,0 10,0
13,60 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5 4,0 4,0 4,0 6,0 6,0 6,0 6,0 10,0 10,0 10,0
15,90 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 4,0 4,0 4,0 6,0 6,0 6,0 6,0 10,0 10,0 10,0 10,0
18,20 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 4,0 4,0 4,0 6,0 6,0 6,0 6,0 10,0 10,0 10,0 16,0 16,0
20,40 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 6,0 6,0 6,0 10,0 10,0 10,0 16,0 16,0 16,0
22,70 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 6,0 6,0 6,0 6,0 10,0 10,0 10,0 16,0 16,0 16,0
25,00 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 6,0 6,0 6,0 10,0 10,0 10,0 10,0 16,0 16,0 16,0 16,0
27,30 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 10,0 10,0 10,0 16,0 16,0 16,0 16,0 25,0
29,50 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 10,0 10,0 10,0 10,0 16,0 16,0 16,0 25,0 25,0
31,80 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 10,0 10,0 10,0 16,0 16,0 16,0 25,0 25,0 25,0
34,10 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 10,0 10,0 10,0 16,0 16,0 16,0 16,0 25,0 25,0 25,0
36,40 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 16,0 16,0 16,0 16,0 25,0 25,0 25,0
38,60 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 16,0 16,0 16,0 16,0 25,0 25,0 25,0 25,0
40,90 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 16,0 16,0 16,0 16,0 25,0 25,0 25,0 50,0
43,20 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 16,0 16,0 16,0 16,0 25,0 25,0 25,0 25,0 50,0
45,50 16,0 16,0 16,0 16,0 16,0 16,0 16,0 16,0 16,0 16,0 16,0 16,0 16,0 25,0 25,0 25,0 50,0 50,0

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REFRIGERAÇÃO
CURSO PARA MECÂNICO NÍVEL “A”

TABELA DE APLICAÇÃO DE TUBOS - CONDICIONADOR DOMÉSTICO

POTÊNCIA MODELO DIMENSÕES EM mm


APARELHO COMPRESSOR ALTA BAIXA EXPANSÃO
7 100 AE 240 455 - 1/4'' 520 - 5/16'' 395 - 5/16''
AE 5470
10 000 AK 5510 500 - 5/16'' 550 - 3/8'' 340 - 1/4''
AJIT 635 - 5/16'' 525 - 3/8'' 430 - 1/4''
AJ 5610 FA 635 - 6/16'' 525 - 3/8'' 430 - 1/4''
AJ 5510 FD
JRH4 600 - 5/16'' 540 - 3/8'' 340 - 1/4''
TCM 2 100 430 - 5/16'' 650 - 3/8'' 350 - 1/4''
AK 100 500 - 5/16'' 550 - 3/8'' 380 - 1/4''
AK 100 111 500 - 5/16'' 660 - 3/8'' 420 - 1/4''
AJI RA
12 000 AK 5512 480 - 5/16'' 700 - 3/8'' 345 - 1/4''
AK 111
AJT 12 530 - 5/16'' 530 - 3/8'' 320 - 1/4''
JRR4 540 - 5/16'' 680 - 3/8'' 345 - 1/4''
TCM 2 180 E 5/16'' 3/8'' 1/4''
AK 111 ES 111
14 000 AJ 5515 550 - 5/16'' 550 - 3/8''
AJ 600
AJ T 12 635 - 5/16'' 530 - 3/8''
AJ 5515 F 550 - 5/16'' 750 - 3/8''
REB 3 550 - 5/16'' 990 - 3/8''
AJ 5515 E 620 - 5/16'' 530 - 3/8''
AK 115 ES 111 480 - 5/16'' 820 - 3/8'' 200 - 1/4''
18 000 AJ 5519 ED 530 - 5/16'' 530 - 1/2''
AJ 5518 E 520 - 5/16'' 530 - 1/2''
REY 3 540 - 5/16'' 620 - 1/2''
30 000 AH 5531 ED 710 - 3/8'' 1270 - 1/2''

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TABELA DE APLICAÇÃO DE CAPILAR - CONDICIONADOR DOMÉSTICO


POTÊNCIA MODELO CAPILAR VAZÃO COR CARGA CARGA
APARELHO COMPRESSOR Diâm. x Comp. MÁXIMA MÍNIMA CÓDIGO REFRIG. ÓLEO
1.750 kcal/h AE 240 ES 397
7.000 BTU/h AE 5470 ED 0,054" x 54" 7,0 6,6 MARROM 340
AE 5470 EA 426 384
2.125 kcal/h AJ1Q-D 524 887
8.500 BTU/h UFC92-D 0,054" x 40" 7,7 7,3 LARJ/MARR. 524 800
AK5510E-D 524 502
AJ1T-D 510 887
AJ1P12-D 0,064" x 54" 9,6 9,1 PRETO 510 769
2.250 kcal/h UFC93-D 510 800
9.000 BTU/h AJ1Q-D 570 887
UFC92-D 0,064" x 64" 8,8 8,3 VERDE 570 800
AK5510E-D 454 502
JRH4 0100 PAV 0,054" x 40" 7,7 7,3 LARJ/MARR. 482
AJ1T-D 570 887
AK 100 ES 111 545
UFC93-D 570 800
AJ 5510 F 0,064" x 54"' 9,6 9,1 PRETO 454
2.500 kcal/h AJ 5510 FD 650
10.000 BTU/h TCM 2 100 E 567
AK5510E-D 650 502
AK 100 ES 545
UFC92-D 0,064" x 64" 8,8 8,3 VERDE 650 800
AJ1Q-D 650 887
AJ1T-D 0,064" x 60" AMARELO 740 887
UFC93-D OURO 740 800
AJR13-D 0,070" x 55" 11,9 11,3 AZUL ESCURO 625 769
AK 5512 ED 710 502
AK 111 ES 539
3.000 kcal/h JRH4 PAV 0,070" x 72" 10,2 9,7 BRANCO 525
12.000 BTU/h AJT 12D 625 887
AK 111 ES 111 539
AJ 5512 E 553
TCM 2 120 E 0,064" x 54"' 9,6 9,1 PRETO 662
AJ 5515 F 794
3.500 kcal/h AJT 12D 0,070" x 60" 11,3 10,8 VERMELHO 808 887
14.000 BTU/h REB 3 PFV 879
AJ 5515 E 850
AK 115 ES 111 0,070" x 55" 11,9 11,3 AZUL ESCURO 780
AJR13-D 808 769
AJ 5518 ED 0,054" x 40" 7,7 7,3 LARJ/MARR. 964
4.500 kcal/h AJ 5519 ED 907
18.000 BTU/h REY 3 PFV 0,054" x 54" 7,0 6,6 MARROM 964
AJ 5518 E 0,070" x 72" 10,2 9,7 BRANCO 751
AJ 5518-D 0,070" x 60" x 2 11,3 10,8 VERMELHO 990 769
AJT15-D 990 887
AH 5524 ED 964 1331
5.250 kcal/h H206243AB 850
21.000 BTU/h SRC5-0200 0,054" x 54" 7,0 6,6 MARROM 794
AH 5524 E
AB 5524 ED 794
AB 5524 FD 0,070" x 60" x 2 11,3 10,8 VERMELHO 964 1090
6.875 kcal/h AH 5531 E 1162
27.500 BTU/h AH 5531 ED 0,070" x 72'' x 2 10,2 9,7 BRANCA 1900 1300
7.500 kcal/h AB 5530 GD
30.000 BTU/h SRA 4 0250 PFV 0,070" x 55" x 2 11,9 11,3 AZUL ESCURO 1106
e central compacto H2O A303 AB 1830 1387
7.875 kcal/h AH 5534 EB 1446
31.500 BTU/h SRN4 0275 PFV 1191
9.000 kcal/h (CC) AH 5540 ED 0,080" x 65" x 2 ROSA 1928 1331
36.000 BTU/h H2 0A403AB 1276
TRIFÁSICO A5540EF 1928 1331

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TABELA DE PRESSÕES DE EQUILÍBRIO

TEMPERATURA PRESSÃO DE PRESSÃO


AMBIENTE °C EQUILÍBRIO (psig) R 22
15 91 100
16 97 103
20 114 117
22 120 125
25 124 137
30 140 158
35 163 182
40 195 207

1. Para teste de pressão de equilíbrio deve-se manter a temperatura constante e o sistema frio.
2. A pressão de equilíbrio deve ser sempre mais baixa que a pressão do R 22.
3. Quando a pressão de equilíbrio for mais alta que a pressão do R 22, o sistema está contaminado de ar
(incondensável).
4. A pressão de equilíbrio registrada na tabela, tem uma tolerância de 5 psig para mais ou menos.

DIÂMETRO INTERNO COMPRIMENTO CÓDIGO

0,064 pol. 80 pol. AMARELO


152,40 cm OURO
0,064 pol. 54 pol. PRETO
137,16 cm
0,070 pol. 60 pol. VERMELHO
152,40 cm
0,080 pol. 65 pol. ROSA
165,10 cm
0,070 pol. 72 pol. BRANCO
182,88 cm
0,064 pol. 64 pol. VERDE
162,56 cm
0,064 pol. 48 pol. CINZA
121,92 cm
0,070 pol. 55 pol. AZUL
139,70 cm ESCURO
0,054 pol. 54 pol. MARRON
137,16 cm
0,054 pol. 45 pol. LARANJA
114,30 cm
0,054 pol. 40 pol. LARANJA
101,60 cm MARRON
Tolerâncias: 3,2 cm no comprimento.

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VALORES DAS RESISTÊNCIAS ÔHMICAS DOS COMPRESSORES

COMPRESSOR RESISTÊNCIA ÔHMICA AMPERAGEM CAPACITOR


MODELO ORIGEM ARRANQUE MARCHA SOMA (AMPÈRE) (µF)
AE5470E FR 10,90 3,90 13,99 4,12 15/17,5
AH5524E FR 3,30 0,78 4,08 11,60 35/45
AH5524E TC 3,40 0,79 4,19 12,20 35
AH5531E FR 2,84 0,60 3,44 16,13 35/45
AH5531E TC 3,76 0,67 4,43 16,15 35
AJ1P12 FR 9,66 1,55 11,21 7,40 15/17,5
AJ1P12 TC 10,60 1,53 11,59 8,00 15
AJ1P13 FR 9,85 1,59 11,44 7,20 17,5/20
AJ1Q FR 8,08 2,57 10,65 5,48 15/17,5
AJ1QD AR 11,25 2,15 13,40 6,10 15
AJ1TD AR 8,75 1,74 10,49 7,80 20
AJR13 FR 7,40 1,35 8,75 8,80 25/30
AJR13 TC 7,00 1,35 8,35 8,50 25
AJT12D AR 8,90 1,38 10,20 9,00 25
AJT15D AR 6,04 1,02 7,06 11,50 35
AJT15 FR 5,20 0,91 6,11 12,40 25/30
AK5510E TC 7,50 2,45 9,95 5,70 15
AK5512E TC 10,10 1,72 11,82 6,80 15
H20A243AB ST 3,78 0,92 4,70 12,00 35
H20A303AB ST 3,14 0,66 3,80 15,20 35

TC = TECUMSEH FR = FRANCÊS AR = ARGENTINO ST= SUNDSTRAND

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TABELA DE APLICAÇÃO DE COMPRESSOR - CONDICIONADOR


DOMÉSTICO
POTÊNCIA MODELO REFERÊNCIA FABRICANTE
APARELHO COMPRESSOR PROT. TÉRMICO COMPRESSOR

1.750 kcal/h AE 240 ES NRP 22APK 5018 SICOM


7.000 BTU/h AE 5470 ED KLIXON MRT 22APK LUNITE HERMETIQUE

AK 5510 ED NRA 7983 111 TECUMSEH


8300 MRA B28
AJ 5510 F MRT 18 AKN 3021 LUNITE HERMETIQUE
2.500 kcal/h AJ 5510FD CSM 50 AIN TOOL
10.000 BTU/h AK 100 ES TIO 100/44 SICOM
NSP 24AKN 5018
AJ1 TD CSM 32 ALN TOOL
JRH4 0100 PAV MRA 8949 207 COPELAND
TCM 2 100 E MR 10 Jx / 5008 ELGIN

AK 5512 ED NST OOAJ W 5001 TECUMSEH


AK 111 ES NST OOAJ W 5001 SICOM
AK 111 FS TIO 100 144 SICOM
3.000 kcal/h AJT 12 D CSM 30 AGN TOOL
12.000 BTU/h AJ 5512 E MST 16 AHN 3021 LUNITE HERMETIQUE
JRR 4 PAV MRA 1703 207 COPELAND
TCM 2 120 E MRT OOJx 5008 ELGIN
AK 111 ES 111 SICOM

AJ 5515 F CST 16 AKN 132 TECUMSEH


3.500 kcal/h REB 3 0150 PFV INTERNO COPELAND
14.000 BTU/h AJT 12 D KLIXON CSM 30 AGM TOOL
AJ 5515 E CST OO AJN 3006 LUNITE HERMETIQUE
AK 115 ES T19031/44 SICOM

AJ 5518 ED CST 00 AHSF 3006 TECUMSEH


4.500 kcal/h CRA 1718 - 135
18.000 BTU/h AJ 5518 E CST OO AHPH 3006 LUNITE HERMETIQUE
REY3 0175 PFV INTERNO COPELAND
AJ 5519 ED KLIXON CSM OO AHN
AH 5524 ED TECUMSEH
5.250 kcal/h H2 OB243AB SUNDSTRAND
21.000 BTU/h SRC5 0200 INTERNO COPELAND
AH 5524 ED LUNITE HERMETIQUE
AB 5524 ED TECUMSEH
AH 5531 E TECUMSEH
6.875 kcal/h AB 5530 GD
27.500 BTU/h AH 5531 ED INTERNO TECUMSEH / LUNITE
H2O A303 AB SUNDSTRAND
SRA 4 0250 PFV COPELAND
7.875 kcal/h AH 5534 EB INTERNO TECUMSEH
31.500 BTU/h SRMA 0275 PFV COPELAND
9.000 kcal/h AH 5540 ED INTERNO TECUMSEH
36.000 BTU/h H2 0A403AB SUNDSTRAND

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TABELA DE APLICAÇÃO DE CAPACITOR - CONDICIONADOR


DOMÉSTICO
POTÊNCIA COMPRESSOR CAPACITOR DO MOTOR
APARELHO TIPO CAPACITOR EBERLE BRASIL
1.750 kcal/h AE 240 ES 20 / 380
7.000 BTU/h AE 5470 ED 15 / 380 3 / 380
DE 240 ES 20 / 380
AK 5510 ED 15 / 380
AJ 5510 F 17,5 / 380
AJ 5510 FD 25 / 440
2.500 kcal/h AK 100 ES 20 / 440
3 / 440
10.000 BTU/h AJ1 TD 20 / 380
JRH4 0100 PAV
TCM 2 100 E 20 / 380
AK 100ES 111 20 /440

AK 5512 ED 15 /380
AK 111 FS
JRR 4 PAV 17,5 /380
3.000 kcal/h AJT 12 /D 25 /380
3 / 440
12.000 BTU/h AJ 5512 E 17,5 /380
AK 111 ES 17,5 /440
TCM 2 100 E 17,5 /440
AK 111 ES 111 20 /380

AJ 5515 F
3.500 kcal/h REB3 0150 PFV 25 /380
14.000 BTU/h AJT 12 D 3 / 440
AJ 5515 E 30 /380
AK 115 ES 25 /380

AJ 5518 ED 25 /380
4.500 kcal/h AJ 5518 E 30 /380
3 / 440
18.000 BTU/h REY3 0175 PFV 35 /380
AJ 5519 ED
AH 5524 ED
5.250 kcal/h H206243AB
21.000 BTU/h SRC5-0200
AH 5524 E
AB 5524 ED
AB 5524 FD
6.875 kcal/h AH 5531 E
27.500 BTU/h AH 5531 ED
7.500 kcal/h AB 5530 GD
30.000 BTU/h SRA 4 0250 PFV
e central compacto H2O A303 AB
7.875 kcal/h AH 5534 EB
31.500 BTU/h SRM4 0275
9.000 kcal/h (CC) AH 5540 ED
36.000 BTU/h H2 0A403AB
TRIFÁSICO A5540EF

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REFRIGERAÇÃO
CURSO PARA MECÂNICO NÍVEL “A”

RELAÇÃO DE MATERIAL E FERRAMENTAS PARA OFICINA DE


REFRIGERAÇÃO. ANEXO 02 - PROJETO
.
PREÇO
ITEM QTE UND ESPECIFICAÇÃO
UNITÁRIO TOTAL
1 1 um Alicate de pressão 200 mm, BELTZER.
2 1 um Alicate para desencapar fios, CONEXEL, CORNETA ou similar.
3 1 um Alicate para prensar terminal elétrico pré-isolado BURNDY ou
CORNETA.
4 1 um Alicate para selar tubos, comprimento 200 mm, BELTZER.
5 1 um Alicate universal cabo isolado para 1.000 V, 200 mm de
comprimento. BELTZER
6 1 um Alicate volt-amperímetro com escala para tensão até 1.000 V, escala
para corrente até 300 A e escala para resistência para continuidade,
SNAP, YOCOGAWA ou similar.
7 1 uma Almotolia 250 ml
8 1 um Araldite ultra-rápido
9 1 um Arco de serra manual, cabo de metal, comprimento 300 mm.
10 50 uma Arruela de fibra para encosto de motor
11 1 um Balde de plástico, capacidade 10 litros
12 2 uma Bancadas para trabalhos
13 L Batida de pedra (quantil, underseal ou similar)
14 kg Bidim
15 1 um Bomba de alto vácuo, vazão 7,5 m³/h e pressão residual final de 20
µHg, ROBINAIR ou similar.
16 1 uma Bomba lava-jato
17 1 um Botijão de gás butano capacidade 13 kg
18 2 uma Broca de aço rápido Ø 1/8”
19 2 uma Broca de aço rápido Ø 9/64”
20 par Bucha de bronze para motor de 1/8 CV
21 1 uma Calculadora de bolso simples, 8 dígitos.
22 4 um Cap de latão de Ø1/4”.
23 1 um Capacitor eletrolítico para partida de motor monofásico de 1,5 CV.
24 2 um Carro para transporte
25 1 um Cavalete articulado em alumínio altura 1,5 m
26 1 uma Chave allen 5/32” com haste longa
27 2 uma Chave canhão de Ø 1/4”
28 1 uma Chave catraca para refrigeração, de 1/2” ROBINAIR.
29 1 uma Chave catraca para refrigeração, de 1/4” ROBINAIR.
30 1 uma Chave catraca para refrigeração, de 3/8” ROBINAIR.
31 1 uma Chave catraca para refrigeração, de 5/16” ROBINAIR.
32 1 uma Chave de fenda phillips tipo cotoco 3/16 x 12”.
33 1 uma Chave de fenda reta tipo cotoco 3/16 x 12”.
34 1 uma Chave de regulagem 8”
35 1 um Cilindro para nitrogênio capacidade 6,6m³
36 1 uma Coil cleaner (bambona com 30 kg)
37 L Cola Fórmica (para bidim)
38 1 uma Coluna de empilhar altura 2,5 m
39 1 um Compressor de ar
40 1 um Conjunto analisador de pressão (manifold) ROBINAIR, JB ou
IMPERIAL, completo (com 3 mangueiras de alta pressão).
41 1 um Conjunto de chave de boca fixa, de ¼ a 1.1/4” BELTZER

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JUCIMAR DE SOUZA LIMA
REFRIGERAÇÃO
CURSO PARA MECÂNICO NÍVEL “A”

PREÇO
ITEM QTE UND ESPECIFICAÇÃO
UNITÁRIO TOTAL
42 1 um Conjunto de chave de fenda phillips de 1/8 x 5”; 3/16 x 8” e ¼ x 8”.
43 1 um Conjunto de chave de fenda reta de 1/8 x 5”; 3/16 x 8”; ¼ x 8” e 3/8 x
12”.
44 1 um Conjunto de chave estrela (anel) de 6 a 38 mm. BELTZER
45 1 um Conjunto de pintura (compressor, pistola e mangueira)
46 1 um Conjunto de vazadores STARRETT
47 1 um Conjunto flangeador para refrigeração, completo (morsa para Ø 1/8”
a 1/2” e de 5/8”a 3/4”,e o cone flangeador).
48 1 um Conjunto para solda oxiacetilênica SA White Martins, AGA ou
RECORD, com capacidade para 1m³ de oxigênio e 1 kg de acetileno,
completo com maçarico, mangueiras e etc.
49 1 um Cordão de luz (gambiarra) com cabo de 5 m
50 1 um Cortador para tubo de cobre (corta frio) Ø até 1”, ROBINAIR
51 1 um Curvador para tubos de cobre de Ø ¼ a 5/8”
52 1 uma Escala articulada de plástico de 2 m.
53 1 uma Escova de aço para soldador com cabo
54 1 uma Espátula de aço para pintura
55 1 um Espelho de aumento (tipo odontológico).
56 1 um Espelho plano de 100 x 500 mm.
57 1 uma Esponja para cozinha
58 1 um Esquadro de serralheiro 90º
59 1 uma Extensão elétrica de cabo pirastic 2 x 2,5 mm² de 10 m, com pino e
tomada monofásica para 15 A.
60 1 uma Extensão para teste (3 pinos)
61 1 uma Faca pequena
62 1 um Ferro de solda para eletrônica de 100 W x 220 V bico reto.
63 1 um Ferro de solda para rádio 100 W, 220V
64 Filtro de poliuretano (para reposição)
65 1 uma Fita isolante de papel crepom
66 1 uma Fita isolante de plástico 50 m
67 1 um Fluxo para solda prata
68 1 uma Furadeira elétrica portátil (besouro) Ø ½”
69 1 uma Furadeira manual
70 500 g Graxa
71 1 um Isqueiro a gás (tipo Bic chama)
72 1 um Jogo completo de ferramentas
73 5 uma Lâmina de serra RS 1218 STARRETT
74 5 uma Lâmina de serra RS 1232 STARRETT
75 1 uma Lâmpada incandescente 100 W x 220 V.
76 1 uma Lâmpada incandescente 60 W x 220 V.
77 1 um Lampião a gás 300 W
78 1 uma Lima chata bastardinha, picado cruzado, 10” de comprimento
79 20 uma Lixa para ferro G 100
80 1 um Loctite para buchas
81 3 m Mangueira de plástico transparente (cristal) Ø 3/8” x 0,8 mm
82 1 uma Manta de plástico de 2 x 2 m
83 1 um Martelo de bola 250 g.
84 1 um Martelo de bola 500 g.
85 1 um Martelo picotador
86 1 kg Massa de calafetar
87 1 um Meghometro de manivela com escala de 1.000 MΩ e 500 V
YOCOGAWA ou similar.

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PREÇO
ITEM QTE UND ESPECIFICAÇÃO
UNITÁRIO TOTAL
88 Morsa n°. 3
89 1 um Multímetro com escala de resistência para baixos valores. Digital. Se
for analógico que tenha o valor 10 Ω, no centro da escala (para ter
precisão).
90 4 um Niple de latão SAE Ø1/4”.
91 1 par Óculos de proteção para solda oxiacetilênica
92 1 um Ohmímetro
93 2 um Óleo M1 STARRETT
94 1 L Óleo para motor
95 1 um Paquímetro
96 500 um Parafuso AA 4,2 x 9 mm
97 1 um Pente para aletas de serpentina. ROBINAIR
98 4 uma Porca curta de latão Ø1/4”.
99 30 uma Porca rápida
100 1 um Punção alargador de bater Ø 1/8” a 3/4”, ROBINAIR
101 1 um Punção de marcar ponta com 60º
102 1 um Punção para desmontar bucha de bronze em motores
103 1 uma Rebitadeira para rebite de compressão de alumínio.
104 kg Refrigerante R 11
105 kg Refrigerante R 12
106 kg Refrigerante R 22
107 1 um Regulador de pressão para nitrogênio SA White Martins, AGA ou
RECORD.
108 1 um Riscador para serralheiro
109 1 um Rolo de lã para pintura de 9 cm
110 Sabão para limpeza (líquido)
111 500 g Solda phoscoper
112 250 g Solda preparada para rádio, 50 x 50, Ø 1 mm.
113 1 uma Talhadeira de aço cromo-vanadium lâmina de ½”
114 1 um Tanque para água de cimento-amianto capacidade de 1000 litros
115 1 um Tanque para inspeção de vazamentos
116 50 um Terminal de encaixe, latão, tipo bandeira (90º)
117 20 um Terminal tipo olhal pré-isolado, 2,5 mm²
118 2 um Termômetro de vidro a álcool de -20 a +60°C.
119 1 um Termômetro eletrônico com capacidade para 5 sensores e faixa de
medição de -50°C a 150°C.
120 1 uma Tesoura para chapa de aço
121 1 uma Tesoura para tecido
122 L Tinta automotiva branco lótus, duco
123 kg Trapo ou pano para limpeza
124 2 uma Trincha para pintura de 1.1/2”
125 2 uma Trincha para pintura de 1/2”
126 1 um Vacuômetro eletrônico com faixa de medição de 20 a 20.000µHg,
220 V.
127 2 uma Válvula para engate rápido em tubo de Ø1/4”
128 5 uma Vareta de solda prata
129 1 uma Vassoura para bidê

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ANEXOS

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