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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DE

UMA DAS VARAS FEDERAIS CÍVEIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE


NATAL/RN, A QUEM COUBER POR DISTRIBUIÇÃO LEGAL.

TUTELA DE URGÊNCIA
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o
dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.
Dalai Lama
1
Preceitos fundamentais do direito romano: Honeste vivere, neminem laedere, suum cuique
tribuere. (Viver honestamente, não prejudicar ninguém, atribuir a cada um o que lhe pertence).

ERILANIO ANDRADE ALEXANDRE e MIRTYS DARLIANE OLIVEIRA DA SILVA,


brasileiros, casados entre si, comerciários, inscritos no CPF/MF sob o nº 098.656.094-
44 e 087.248.724-58, respectivamente, residentes e domiciliados na Rua Laguna,
2822, Conjunto Santa Catarina, Bairro Potengi, CEP: 59110-120, Natal/RN, por seus
advogados subscritos (mandato anexo doc. 01), com endereço profissional constante
no rodapé do presente petitório, onde recebe intimações, vem, com as reverências de
praxe deferidas a Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER c/c PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO


DOS EFEITOS DA TUTELA c/c DANOS MORAIS E MATERIAIS

Em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF, instituição financeira constituída


sob a forma de empresa pública, pessoa jurídica de direito privado, com sede em
Brasília – DF, no Setor Bancário Sul, Quadra 04, lotes 3/4, CEP: 70.092-000, inscrita
no CNPJ/MF sob o nº 00.360.305/0001-04, e MD RN MRV PARQUE NOVA EUROPA

Rua Doutor Múcio Galvão, nº 477, Barro Vermelho, CEP: 59022-530, Natal-RN.
Tel. (84) 9.9103-0187
maestrojoseroberto@hotmail.com
CONSTRUÇÕES LTDA, com sede na Avenida Hermes da Fonseca, 1214, Tirol, CEP:
59.020-315, Natal/RN, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 12.133.050/0001-26, pelas razões
de fato e de direito a seguir expostas e, para os fins, ao final requerido.

I. JUSTIÇA GRATUITA

Não podendo os autores arcarem com os encargos financeiros do


2
pleito sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, CONFORME SERÁ VISÍVEL
NO TEOR DO PRESENTE PETITÓRIO, propugna, ab initio, pelo reconhecimento da
prerrogativa à Justiça Gratuita, consoante assegurado nos termos do art. 5º, inc. LXXIV
da Magna Carta brasileira, combinado com o art. 98 e seguintes do Código de
Processo Civil de 2015.

II. DA SINÓPSE FÁTICA

Na data de 31 de março de 2016, os autores celebraram com a CEF


operação de compra e venda de imóvel, mútuo com obrigações e alienação fiduciária
em garantia no Sistema Financeiro da Habitação – SFH, no âmbito do PROGRAMA
MINHA CASA MINHA VIDA – PMCMV (doc. 02 e 02.1 – CONTRATO CEF PARTES
CONTRATANTES), para aquisição de um APARTAMENTO RESIDENCIAL-
CONCLUÍDO, nº 406, localizado no 4º Pavimento do Bloco 04, integrante do
Prédio Residencial Multifamiliar denominado EDIFÍCIO PARQUE NOVA EUROPA,
situado na Avenida Maranguape, esquina com a Rua Alberto Viana da Silva, Bairro
Potengi, Zona Norte de Natal/RN, nas seguintes condições (doc. 03 – CONTRATO
CEF DESCRIÇÃO DE VALORES E FORMA DE FINANCIAMENTO):

01. VALOR DA OPERAÇÃO: R$ 151.395,72


02. RECURSOS PRÓPRIOS: R$ 38.781,17
03. VALOR DO FINANCIAMENTO: R$ 106.088,00
04. VALOR DA GARANTIA FIDUCIÁRIA: R$ 129.000,00
05. SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO: TABELA PRICE

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06. TAXA DE JUROS EFETIVA: 6,6973 % A.A.
07. TAXA DE JUROS NOMINAL: 6,5000 %A.A.
08. TAXA DE ADMINISTRAÇÃO: R$ 2.169,20
09. CONTRATO COM GARANTIA DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA

10. QUANTIDADE DE PARCELAS: 360

11. DATA DO CONTRATO: 31/03/2016

3 12. VENCIMENTO DA PRIMEIRA PARCELA: 01/05/2016


13. VALOR DA PARCELA: R$ 672,03
14. SITUAÇÃO CONTRATUAL: CONTRATO RIGOROSAMENTE
EM DIA COM 34 PARCELAS QUITADAS

Ocorre que após assinar o contrato – CONTRATO ASSINADO NA


DATA DE 31 DE MARÇO DE 2016 –, os autores deveriam ter recebido as chaves do
empreendimento para habitá-lo, PORÉM, de forma surpreendente e inexplicável, a
CONSTRUTORA MD RN MRV CONSTRUÇÕES LTDA, mesmo estando o imóvel
concluído já no ato de assinatura do financiamento, não entregou as chaves até o
presente momento – FEVEREIRO DE 2019 –, causando extremo prejuízo aos autores,
os quais ansiavam sair do aluguel, mas, devido a esta arbitrariedade ABUSIVA da
CONSTRUTORA, PAGAM ALUGUEL ATÉ HOJE POR MOTIVO DE NÃO TEREM
RECEBIDO AS CHAVES DO IMÓVEL ADQUIRIDO E FINANCIADO JUNTO A CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL – 35 MESES SE PASSARAM E O SONHO DE MORADIA
PRÓPRIA AINDA NÃO SE REALIZOU EM DECORRÊNCIA DA GROTESCA
ABUSIVIDADE DA MD RN MRV CONSTRUÇÕES LTDA.
Todas as vezes que os autores SOLICITARAM A CONSTRUTORA AS
CHAVES DO APARTAMENTO ADQUIRIDO-FINANCIADO PELA CEF, a mesma
alegava que só poderia entregar as chaves do imóvel após o pagamento de todas as
taxas previstas no EXTRATO DE CONFERÊNCIA, encaminhado aos autores (doc.
04).

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Verifica-se no referido extrato a previsão de taxas diversas até o mês
de junho de 2018. A CONSTRUTORA SÓ IRIA ENTREGAR O IMÓVEL NO MÊS DE
JUNHO DE 2018??? ABSURDO PENSAR QUE ESSA SERIA AS CONDIÇÕES E
PRAZO DE AQUISIÇÃO-HABITAÇÃO NUM IMÓVEL JÁ CONSTRUÍDO E
FINANCIADO PELA CEF NO MÊS DE MARÇO DE 2016!!!
EXCELÊNCIA, diretamente para a construtora, DESDE A DATA DE
20/08/15, incluindo SINAL DE ENTRADA, já foi pago diretamente pelos autores – além
4 do valor financiado-repassado pela CEF na monta de R$ 106.088,00 –, o totum de R$
25.504,70 (vinte e cinco mil, quinhentos e quatro reais, setenta centavos), somando um
total já repassado a CONSTRUTORA – AUTORES e CEF – de R$ 131.592,70 (cento e
trinta e um mil, quinhentos e noventa e dois reais, setenta centavos), (docs. 05 a 05.11
– COMPROVANTES DE PAGAMENTOS FEITOS PELOS AUTORES A MD RN MRV
E REPASSE DA CEF A MRV) quase que a totalidade do valor do imóvel, porém, os
autores ainda não receberam as chaves do imóvel para habitar.
OS AUTORES PROPUSERAM POR DIVERSAS VEZES QUE A
CONSTRUTORA ENTREGASSE AS CHAVES DO APARTAMENTO PARA QUE
ELES HABITASSEM, e, FICASSEM LIVRES DO PAGAMENTO DOS ALUGUÉIS,
POR CONSEQUÊNCIA, PUDESSEM PAGAR AS ABUSIVAS TAXAS EXTRAS
COBRADAS PELA CONSTRUTORA.
MAS, A CONSTRUTORA ALEGAVA QUE NÃO PODERIA
ENTREGAR AS CHAVES PORQUE O IMÓVEL JÁ FORA FINANCIADO PELA

CEF CONCLUÍDO, E, POR CAUSA DISSO, SOMENTE ENTREGARIA AS

CHAVES APÓS O PAGAMENTO DE TODAS AS TAXAS PREVISTAS NO EXTRATO


DE CONFERÊCIA (doc. 04).

II.I DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Não poder-se-ia deixar a CEF de fora dessa demanda, pois, ao


financiar o imóvel em questão, fez com que os AUTORES assumissem todo o ônus
financeiro do imóvel por 360 meses.

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NO CONTRATO DE VENDA, COMPRA E FINANCIAMENTO, resta
claro que o imóvel foi vendido pela CONSTRUTORA a CEF, e, por sua vez,
FINANCIADO pela CEF aos AUTORES.
DESSA FORMA, PERMITE-SE ENTENDER QUE O PROPRIETÁRIO
DO IMÓVEL É A CEF, QUE POR SUA VEZ FINANCIOU-VENDEU O IMÓVEL AOS
AUTORES. PORÉM, ATÉ O PRESENTE MOMENTO OS AUTORES NÃO ESTÃO
HABITANDO O IMÓVEL.
5 OUTROSSIM, A CEF QUANDO DA ELABORAÇÃO DO CONTRATO,
DENTRE OUTROS DIREITOS PREVISTOS-GARANTIDOS AOS AUTORES, FAZ
CONSTAR NA CLÁUSULA 1.1 e 24.5 DO CONTRATO, O SEGUINTE:

“1.1 Satisfeito o preço da venda o(s) VENDEDOR(ES) dá(ão)


ao(s) DEVEDOR (ES) plena e irrevogável quitação e, transmite
(m) ao(s) DEVEDOR(ES) toda posse, domínio, direito e ação
sobre o imóvel ora vendido, aceitando por si, seus herdeiros
e sucessores a presente compra e venda nos termos em que
é efetivada respondendo pela evicção de direito.”

“24.5 A CAIXA atesta que o(s) DEVEDOR(ES)


comprovou(aram) mediante documentação e declarações
pessoais, o atendimento aos requisitos e às condições
exigidas pela lei 11.977/09 para enquadramento da presente
operação ao Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV,
tanto no que se refere às características do tomador quanto
às características do imóvel.” (docs. 06 a 06.2 – CONTRATO
CEF FLS 03, 12 e 15 – DIREITOS DO COMPRADOR)
(NEGRITOU-SE / SUBLINHOU-SE).

DIANTE DESTA CARACTERÍSTICA CONTRATUAL, INEGÁVEL A


NECESSIDADE DA CEF INTEGRAR O POLO PASSIVO DO PRESENTE
PROCESSO, INCLUSIVE, PARA DAR POSSE CONTRATUAL DO IMÓVEL AOS
AUTORES, HAJA VISTA OS MESMOS ESTAREM RIGOROSAMENTE EM DIA COM
AS PRESTAÇÕES DO IMÓVEL.
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Diante de todo o exposto até aqui, os réus não deixaram outra
alternativa aos autores senão buscarem o Poder Judiciário para equilibrar a relação
contratual pactuado entre as partes, a fim de alumiar os equívocos gritantes e
abusivos, cometidos pelos réus EM PREJUÍZO DOS AUTORES.

III. DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA

6
À construtora réu é naturalmente aplicado o CDC. Dessa forma,
estaremos dissertando-fundamentando o enquadramento-aplicabilidade do Código
Consumerista ao Banco réu – CEF.

III.I CONFIGURAÇÃO DA RELAÇÃO DE CONSUMO

Os Contratos do SFH, segundo orientação firmada no STJ, submetem-


se às normas do Código de Defesa do Consumidor.
Este é o entendimento pacífico do Superior Tribunal de Justiça:

1 - Consoante entendimento jurisprudencial é aplicável o CDC aos


contratos de mútuo hipotecário pelo SFH. (REsp 838.372/RS, Rel.
Ministro FERNANDO GONÇALVES, QUARTA TURMA, julgado
em 06.12.2007, DJ 17.12.2007 p. 188)

2 - Aplica-se o CDC aos contratos de mútuo habitacional pelo


SFH. (AgRg no Ag 822.524/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
TERCEIRA TURMA, julgado em 15.03.2007, DJ 02.04.2007 p.
269)

Neste mesmo sentido, o Superior Tribunal de Justiça já sumulou o


entendimento segundo o qual a legislação consumerista é aplicável às instituições
financeiras:
“Súmula 297 STJ – O Código de Defesa do Consumidor é
aplicável às instituições financeiras.”
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Isto porque, o mutuário do Sistema Financeiro da Habitação é
consumidor no momento em que adquire um imóvel mediante um serviço de
financiamento intermediado pelo Agente Financeiro (ora, o Réu-CEF), por meio de um
contrato de adesão.
Segundo o CDC, consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final (Lei nº 8.078/90 artigo 1º).
Já serviço, é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo
7 mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e
securitária (parágrafo 2º, art. 3º, CDC).
Por outro lado, o Agente Financeiro é fornecedor, uma vez que presta
um serviço que é consumido pelo mutuário - consumidor final.
Nesse mister, é oportuno transcrever-se em parte o voto proferido pelo
Ilustre Ministro Ruy Rosado de Aguiar Júnior, in verbis:

“O recorrente, como instituição bancária, está submetido às


disposições do CDC não porque ele seja fornecedor de um
produto, mas porque presta serviço consumido pelo cliente, que é
o consumidor final desses serviços, e seus direitos devem ser
igualmente protegidos como o de qualquer outro, especialmente
porque nas relações bancárias há difusa utilização de contratos de
massa e onde com mais evidência surge a desigualdade de forças
e a vulnerabilidade do usuário.”. (Recurso Especial 57.974.0, STJ)

O que irá caracterizar a existência da relação de consumo é a


destinação dada pelo mutuário ao crédito tomado. No presente caso, em que a parte
utilizou o valor do financiamento integralmente para uso próprio (AQUISIÇÃO DE
IMÓVEL), resta plenamente caracterizada sua condição de usuário final, nos termos
previstos em Lei.
Portanto, tratando-se o pacto em análise de relação de consumo, deve-
se atentar ao fato que o contrato sub examine é um CONTRATO DE ADESÃO, eis que
as cláusulas são padronizadas, inclusive pela adoção de modelos que se conformam

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com a regulamentação legal e infralegal da espécie (Voto Exmo. Sr. Min. Adir
Passarinho Júnior, Relator no AgRf no AI nº 465.114-DF).
Deste modo, ocorrendo arbitrariedades-descumprimento no contrato de
adesão por parte do proponente contratual, entende-se viável o RECONHECIMENTO-
CORREÇÃO DESSA CONDUTA UTILIZANDO O CDC, eis que inquestionavelmente os
AUTORES tomadores de crédito habitacional se encontram em situação de
vulnerabilidade.
8 Outrossim, o pacto deve ser interpretado em consonância com o
disposto nos artigos 46, 47 e 54 parágrafos 3º e 4º, CDC, que assim dispõem:

“Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não


obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade
de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os
respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a
compreensão de seu sentido e alcance.”

“Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira


mais favorável ao consumidor.”

“Art. 54. (...)

Parágrafo 3º - Os contratos de Adesão escritos serão redigidos


em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, de modo
a facilitar sua compreensão pelo consumidor.

Parágrafo 4º - As cláusulas que implicarem, limitação de direito do


consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo uma
imediata e fácil compreensão”.

Dessa forma, ao ser caracterizada a aplicabilidade do CDC, impõe-se


também a INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA (inciso VIII, artigo 6º).

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III.II MITIGAÇÃO DO PACTA SUNT SERVANDA

O Poder Judiciário pode intervir em contrato de mútuo livremente


pactuado, bem como pode equilibrar de ofício o contrato sempre que houver
comprovado qualquer vício de consentimento, ou, ainda, a ocorrência de fato
superveniente que altere de forma extraordinária e imprevisível a condição de uma ou
de ambas as partes contratantes, tornando o pacto extremamente oneroso, consoante
9 preceitua a antiga cláusula rebus sic stantibus.
(...) A intervenção judicial só é autorizada, porém, nos casos mais
graves e de alcance muito geral. Para que ela se legitime, amenizando o rigorismo
contratual, necessária a ocorrência de acontecimentos extraordinários e imprevistos,
que tornem a prestação das partes sumamente onerosa. Como se expressam NICOLA
e FRANCESCO STOLFI, preciso é se verifique 'radicale mutamento della situazione
economica'.” (CURSO DE DIREITO CIVIL - DIREITO DAS OBRIGAÇÕES, 2ª parte,
Editora Saraiva, 16ª edição, pág. 10).
No presente caso, as irregularidades perpetradas pelos Réus condizem
quanto ao ARBITRÁRIO IMPEDIMENTO DOS AUTORES EM HABITAR IMÓVEL
FINANCIADO, MESMO ESTES ESTAREM PAGANDO PONTUALMENTE AS
PRESTAÇÕES ASSUMIDAS NO CONTRATO DE FINANCIAMENTO – total de 34
parcelas pagas até o presente momento (DOC. 07 – COMPROVANTE

PAGAMENTO CEF).
Além do mais, as partes, quando contratam, têm sobretudo em vista o
caráter irretratável do vínculo jurídico que está sendo formado. E acima das vontades
particulares, ou das representações psíquicas dos estipulantes, é preciso colocar os
princípios superiores da segurança social, entre os quais se encontra, no primeiro
plano, o caráter definitivo do contrato uma vez celebrado, e das obrigações que dele
derivam.
Tem-se que o direito de liberdade de contratação caracteriza-se como
a expressão maior do ideário burguês pós-revolucionário, e esta liberdade de contratar
parte do pressuposto de que a vontade de ambos os contratantes encontra-se paritária,
e norteada pela licitude do objeto, confiança e lealdade mútua.

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Por outro lado, não se pode perder de vista a função social que
deve sempre nortear os contratos em geral, já que a segurança jurídica sempre
defendida está justamente em fazer valer as regras pactuadas entre as partes, ainda
que um dos polos seja constituído por uma instituição financeira com nítido poderio
econômico.
Assim, tem-se que o poder público deve sempre buscar restabelecer o
máximo possível o equilíbrio entre as partes contratantes, seja pelo dirigismo
10 contratual, seja pela delimitação de vontade, ou mesmo disponibilizando àquele em
desvantagem, instrumentos de defesa aos seus direitos ameaçados de violação.
A função social caracteriza-se como um substrato do princípio
constitucional da solidariedade, disposto no art. 3º, I, da Carta Magna, portanto,
independentemente da aplicação das regras consumeristas ou civilistas ao presente
caso, onde referido substrato vem autonomamente expresso, é certo que deve-se
buscar a sua origem constitucional, para oxigenar a relação civil que se instala.
Certo é que, a função social estabeleceu-se como um imperativo
categórico a inibir práticas abusivas entre as partes contratantes, e conforme
orientação do Mestre Miguel Reale, "por sua própria finalidade exerce uma função
social inerente ao poder negocial que é uma das fontes do direito, ao lado da legal, da
jurisprudencial e da consuetudinária". (REALE, Miguel. Função Social do Contrato,
www.miguelreale.com.br/artigos/funsoccont.htm, 20.XI.03).
Aceitável a tese de que deve-se mitigar o princípio da 'pacta sunt
servanda', pois, quando se tratar de relação de consumo e houver abusividade, cabe
ao juiz examinar as cláusulas e afastar as que forem desproporcionais, nos termos do
art. 51, IV do CDC.

IV – DO PEDIDO LIMINAR

O artigo 298 do NCPC disciplinou a antecipação de tutela inominada e


geral, enquanto o artigo 497, parágrafo único do NOVO diploma processual legal, a
antecipação de tutela específica de obrigações de fazer ou não fazer:

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Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar, ou
revogar a tutela provisória, o juiz motivará o seu
convencimento de modo claro e preciso:

Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de


obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz concederá a
tutela específica da obrigação ou, se procedente o
pedido, determinará providências que assegurem a
11 obtenção da tutela pelo resultado prático equivalente.

Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica


destinada a inibir a prática, a reiteração ou continuação de
um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração
da ocorrência de dano ou da existência de culpa ou dolo.

Da mesma forma é a prescrição do CDC, ex textus:

Art. 84 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento da


obrigação de fazer ou não fazer, o Juiz concederá a tutela
específica da obrigação ou determinará providências que
assegurem o resultado prático equivalente ao do
adimplemento.

§ 1º - A conversão da obrigação em perdas e danos somente


será admissível se por elas optar o autor ou se impossível a
tutela específica ou a obtenção do resultado prático
correspondente.

§ 2º - A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo


da multa (artigo 287 do Código de Processo Civil).

§ 3º - Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo


justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao
Juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação
prévia, citado o réu.

§ 4º - O Juiz poderá, na hipótese do § 3º ou na sentença,


impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do
autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
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fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

Ao comentar os requisitos para a concessão da tutela antecipada, o


Professor Luiz Guilherme Marinoni assim disserta:

“É possível a concessão da tutela antecipatória não só


quando o dano é apenas temido, mas igualmente quando o

12 dano está sendo ou já foi produzido ("A Antecipação da


Tutela na Reforma do Processo Civil", Ed. Malheiros, p. 57).

No mesmo diapasão:

Uma vez delineada pelo juiz a tutela jurisdicional que pode


responder com efetividade ao direito subjetivo do
consumidor, cumpre-lhe orientar-se pelo princípio da
adequação, segundo o qual deverão ser manejados os
mecanismos processuais hábeis a imprimir concretude a
esse direito. Esse ideal de efetividade prescinde da latitude
do pedido imediato constante da petição inicial.”

(JAMES EDUARDO OLIVEIRA, Código de Defesa do


Consumidor – anotado e comentado – 3ª edição – Atlas).

A propósito, sobre a tutela antecipatória jurisdicional, leciona o emérito


Professor e Desembargador Cândido Rangel Dinamarco, em seu livro "Reforma do
Processo Civil":

A lei fala em "antecipar os efeitos da tutela pretendida no


pedido inicial", no pressuposto conceitual de que a tutela
seja o próprio provimento a ser emitido pelo juiz. Antecipar
os efeitos da tutela seria antecipar os efeitos do provimento,
ou da sentença que no futuro se espera. Na realidade, tutela
jurisdicional é a proteção em si mesmo e consiste nos
resultados que o processo projeta para fora de si e sobre a
vida dos sujeitos que litigam. Ela coincide com os efeitos dos
provimentos emitidos pelo juiz. Beneficiar-se de efeitos
antecipados, como está na letra do art. 273, é precisamente
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beneficiar-se da tutela antecipada. Por isso é que neste
estudo se vai falando em antecipação da tutela, fórmula
dotada de mais simplicidade do que a antecipação dos
efeitos da tutela. (ob. cit. p.140) (IN, A Reforma do Código de
Processo Civil, Cândido Rangel Dinamarco, 2ª ed., revista e
ampliada com a nova disciplina do agravo - Malheiros
Editores Ltda -São Paulo-SP-1995 –pp. 145/146).

13 Os requisitos essenciais para a concessão da tutela antecipada estão


inequivocamente presentes no processo em curso, ou seja, há prova inequívoca,
robusta, idônea, consistente do direito dos autores, constante dos documentos trazidos
à colação, permitindo-se a esse respeitável. juízo chegar a uma verdade provável
sobre os fatos, relativa certeza quanto a esta veracidade (verossimilhança). Tal
requisito encontra-se inequivocamente assente na espécie, ante a robustez dos
argumentos sustentados pelos demandantes, com amparo nos fatos e na legislação.
Inicialmente foram explicitados atos abusivos e OMISSIVOS praticados
pelos réus – MD RN MRV CONSTRUÇÕES LTDA e CAIXA ECONÔMICA FEDERAL –,
não deixando outra alternativa para os demandantes, a não ser procurar as medidas
judiciais cabíveis na tentativa de evitar danos irreparáveis, além daqueles já
mencionados.

DA URGÊNCIA E DA NECESSIDADE DE CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA


ANTE A PRESENÇA DO FUMUS BONI IURIS E DO PERICULUM IN MORA.

O presente caso tem perfeitamente configurado todos os requisitos do


artigo 298 do NCPC, haja vista, o episódio em tela tratar-se de INJUSTIFICÁVEL
IMPEDIMENTO DOS AUTORES, APESAR DESTES ESTAREM PAGANDO
PONTUALMENTE AS PRESTAÇÕES JUNTO A CEF DESDE ASSINATURA DO

CONTRATO DE FINANCIAMENTO (IMÓVEL JÁ CONSTRUÍDO E


PRONTO PARA HABITAR), ATÉ AQUI NÃO RECEBERAM AS CHAVES

DO IMÓVEL PARA QUE PUDESSEM REALIZAR O SONHO DA CASA PRÓPRIA E


SAIREM DO ALUGUEL.

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RESSALTA-SE QUE A CONSTRUTORA JÁ APORTOU EM
SEU “COFRE” O TOTUM SUPERIOR A R$ 130.000,00 (CENTO
ETRINTA MIL RAIS) NUM IMÓVEL DE APROXIMADAMENTE R$
150.000,00 (CENTO E CINQUENTA MIL REAIS), E, MESMO ASSIM
NÃO ENTREGOU AS CHAVES DO IMÓVEL AOS AUTORES.
DESDE ENTÃO PASSARAM-SE 34 MESES EM QUE OS
14 AUTORES DEVERIAM ESTAR HABITANDO NO IMÓVEL FINANCIADO E
PAGO PONTUALMENTE COM MUITO SACRIFÍCIO (doc. 07 –
COMPROVANTE DE PAGAMENTO DAS PRESTAÇÕES A
CEF)
JÁ NASCEU O SEGUNDO FILHO (doc. 08 – REGISTRO DE
NASCIMENTO) E OS AUTORES, CONFORME PLANEJADO, JÁ
DEVERIAM ESTAR HABITANDO NO IMÓVEL FINANCIADO, PORÉM,
CONTINUAM PAGANDO ALUGUÉIS, DEIXANDO-OS EM EXTREMO
DESCONFORTO, BEM COMO NA DEPENDÊNCIA DE SEUS PAIS EM
HORA TÃO DELICADA.
O PERIGO DA DEMORA caracteriza-se pela possibilidade dos autores
CONTINUAREM PAGANDO INDEVIDAMENTE ALUGUÉIS, PARALELAMENTE AO
PAGAMENTO DE UM IMÓVEL FINANCIADO, SEM, DE FORMA ABSURDA E
REPUGNANTE, SEREM AUTORIZADOS A RESIDIREM NESSE IMÓVEL.
OS AUTORES JÁ PAGARAM DESNECESSARIAMENTE
34 MESES DE ALUGUERES, o que soma até o presente momento a
quantia de R$ 21.600,00 (VINTE E UM MIL, SEISCENTOS REAIS)
pagos INDEVIDAMENTE desde o mês de ABRIL DE 2016, UM MÊS
APÓS ASSINATURA DO CONTRATO, na seguinte forma: 09 MESES
(ABRIL A DEZEMBRO DE 2016) X R$ 600,00 = R$ 5.400,00 / 12 MESES
(JANEIRO A DEZEMBRO DE 2017) X R$ 600,00 = R$ 7.800,00 / 12

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MESES (JANEIRO A DEZEMBRO DE 2018) X R$ 700,00 = R$ 8.400,00 /
TOTAL IGUAL A R$ 21.600,00 (docs. 09 a 09.11 – CONTRATO DE
ALUGUEL e COMPROVANTES DE PAGAMENTOS DE ALUGUÉIS).
O FUMUS BONI JURIS no caso vertente, não está consubstanciado
exclusivamente na pronta compreensão de sua certeza jurídica, mas sim, vinculado
fundamentalmente à plausividade de sua argüição e da inutilidade de sua
concretização tardia, EM ESPECIAL POR SE TRATAR DE UMA SITUAÇÃO DE
15
EXTREMO DESEQUILÍBRIO CONTRATUAL JÁ EXISTENTE A 34 MESES,
CHEGANDO A CAUSAR ESPANTO EM DECORRÊNCIA DE TÃO GRAVOSA E
ABUSIVA ARBITRARIEDADE POR PARTE DOS RÉUS.

RESTANDO ASSIM, PATENTE O PERICULUM IN MORA.

Verifica-se, MM. Juiz(a), que a situação PRETENSIVA dos autores


atende perfeitamente a todos os requisitos esperados para a concessão da
medida antecipatória, pelo que, se busca, antes da decisão do mérito em si, a
ordem judicial para:

1- Determinar que os Réus procedam com a IMEDIATA ENTREGA DAS CHAVES


DO APARTAMENTO RESIDENCIAL nº 406 (JÁ FINANCIADO A 34 MESES),
localizado no 4º Pavimento do Bloco 04, integrante do Prédio Residencial
Multifamiliar denominado EDIFÍCIO PARQUE NOVA EUROPA, situado na Avenida
Maranguape, esquina com a Rua Alberto Viana da Silva, Bairro Potengi, Zona Norte de
Natal/RN AOS AUTORES, PARA QUE ESTES ENFIM POSSAM HABITAR NO
MESMO, sob pena de multa DIÁRIA a ser estabelecida por Vossa Excelência no
caso de descumprimento.

Para tanto, requer de Vossa Excelência, que se digne a determinar a


expedição de INTIMAÇÃO aos réus por via de Oficial de Justiça, ou
por outro meio que entender mais eficaz.
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V – DO DANO MORAL

A legislação ordinária preceitua:

“ART. 186, CC: AQUELE QUE, POR AÇÃO OU OMISSÃO


VOLUNTÁRIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPRUDÊNCIA, VIOLAR
DIREITO E CAUSAR DANO A OUTREM, AINDA QUE
EXCLUSIVAMENTE MORAL, COMETE ATO ILÍCITO”.
16
Art. 927, CC: Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causa dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

III - o empregador ou comitente, por seus empregados,


serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes
competir, ou em razão dele;

Art. 933. “AS PESSOAS INDICADAS NOS INCISOS I A V


DO ARTIGO ANTECEDENTE, AINDA QUE NÃO HAJA
CULPA DE SUA PARTE, RESPONDERÃO PELOS ATOS
PRATICADOS PELOS TERCEIROS ALI REFERIDOS”.

Carlos Roberto Gonçalves, com a sutileza que lhe é peculiar, assevera:

“Dano emergente é o efetivo prejuízo, a diminuição


patrimonial sofrida pela vítima. É, por exemplo, o que o dono
do veículo danificado por outrem desembolsa para consertá-
lo. Representa, pois, a diferença entre o patrimônio que
a vítima tinha antes do ato ilícito e o que passou a ter
depois. Lucro cessante é a frustração da expectativa de
lucro. É a perda de um ganho esperado. Assim, se um
ônibus é abalroado culposamente, deve o causador do dano
pagar todos os prejuízos efetivamente sofridos, incluindo-se
as despesas com os reparos do veículo (dano emergente),
bem como o que a empresa deixou de ganhar no período
em que o veículo ficou na oficina. Apura-se, pericialmente, o
lucro que a empresa normalmente auferia por dia e chega-
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se ao quantum que ela deixou de lucrar. Se se trata, por
exemplo, de vítima que foi atropelada, ou acidentada de
alguma outra forma, a indenização deve abranger as
despesas médicas e hospitalares, bem como os dias de
serviço perdidos. Em casos de inabilidade profissional, de
imperícia (cabeleireiros, cirurgiões plásticos, médicos), a
indenização deve cobrir os prejuízos efetivamente sofridos e
as despesas de tratamento com outro profissional, para
17
reparação do erro cometido” - grifos. (Responsabilidade
Civil. São Paulo: Saraiva, 2003, pp. 629-630) (NEGRITOU-
SE / SUBLINHOU-SE)

E adiciona:

“O dano moral não é a dor, a angústia, o desgosto, a aflição


espiritual, a humilhação, o complexo que sofre a vítima do
evento danoso, pois esses estados de espírito constituem o
conteúdo, ou melhor, a consequência do dano. A dor que
experimentam os pais pela morte violenta do filho, o
padecimento ou complexo de quem suporta um dano
estético, a humilhação de quem foi publicamente injuriado
são estados de espírito contingentes e variáveis em cada
caso, pois cada pessoa sente a seu modo. O direito não
repara qualquer padecimento, dor ou aflição, mas aqueles
que forem decorrentes da privação de um bem jurídico sobre
o qual a vítima teria interesse reconhecido juridicamente”.
(Ob. cit., p. 373)

Ademais, na esteira do enunciado inserto no art. 186 do Código Civil, a


indenização justa, na grande maioria das hipóteses, engloba o dano moral. Saliente-se,
por oportuno, que a hipótese não pode receber a moldura do mero aborrecimento.
Muitas vezes, para se evitar uma construção doutrinária e jurisprudencial batizada de
“indústria do dano moral”, blindam-se empresas em detrimento do cidadão.

É óbvio que abusos devem ser coibidos. Todavia, o benefício da dúvida


deve pairar sobre o cidadão. É que, como disciplinou o próprio Código do Consumidor,
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a relação dele com a vulnerabilidade é estreita, para não dizer íntima; faz parte da vida,
dos negócios, dos dissabores, dos excessos. Uma análise mesmo que perfunctória
detecta que a maioria das situações encartadas nos Juizados Especiais possui berço
em abalo psicológico. Essa distinção, embora capitular, não é trivial ou anódina.

Os princípios socializantes traçados pelo Direito Contratual moderno, a


exemplo da função social, da equivalência material e da boa-fé objetiva, são, com
efeito, inerentes a todo e qualquer contrato, porquanto concebidos por lei como
18
norteadores axiológicos da liberdade de contratar.

A respeito do princípio da boa-fé, Arnoldo Wald leciona com


percuciência:

“Em matéria contratual, uma das mais importantes


alterações trazidas pelo novo Código Civil foi a menção,
em seu art. 422, da obrigatoriedade de os contratantes
atuarem conforme a cláusula geral de boa-fé, também
denominada pela doutrina de boa-fé objetiva, tanto na
conclusão quanto na sua execução. Introduziu-se
expressamente no novo Código Civil um dos princípios
norteadores de todas as relações obrigacionais e
relevante para a leitura dos negócios jurídicos,
envolvendo a valoração dos usos do tráfego ao
considerar a ética e a boa conduta das partes desde as
tratativas até a execução completa das obrigações. (…)

A regra de boa-fé objetiva configura-se como cláusula geral


e, portanto, corresponde a uma técnica legislativa que busca
garantir a relação entre o direito e a realidade social,
possibilitando a existência de um sistema jurídico aberto
com constantes adaptações das normas legais às
exigências do mundo de relações e da alteração dos seus
valores com o tempo. Assim, a cláusula geral fornece um
ponto de partida para se alcançar resultados justos e
adequados.

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(…) na boa-fé objetiva busca-se a proteção de confiança,
exigindo-se que as partes atuem de acordo com os
padrões usuais. Representa, por um lado, o dever de
lealdade, e, por outro, a correlativa proteção da
expectativa que nasce em uma pessoa. (…)

A partir da regra de boa-fé nascem deveres acessórios de


proteção (informação e lealdade), que não derivam da
19 vontade das partes contratantes. Nesse sentido, a boa-fé
tem natureza supletiva e função instrumental, reduz a
margem de autonomia privada, uma vez que a sua
observância independe da vontade das partes. Exige-se a
concretização dos escopos visados pelos contratantes, que
devem observar os deveres secundários, para não frustrar o
fim do contrato e agravar a vinculação do devedor.

Dessa forma, valendo-se dos direitos e das obrigações


principais estabelecidos nos contratos, existem deveres
secundários (Nebenpflicht) para ambos os contratantes que
decorrem da regra geral da boa-fé, denominado na doutrina
italiana dever de corretezza e na alemã Treu und Glauben.
Exige-se que a atuação de uma parte não cause danos à
esfera jurídica da outra, e a intensidade desses deveres
secundários é verificada de acordo com o fim do negócio
jurídico”. (Obrigações e contratos. São Paulo: Saraiva, 2004,
pp. 191-194) (NEGRITOU-SE / SUBLINHOU-SE)

No tocante aos deveres pré e pós – contratuais, dentro da perspectiva


da valorização do princípio da dignidade da pessoa humana e da constitucionalização
do direito civil, Paulo Luiz Netto Lôbo assevera:

“Questão relevante é o dos limites objetivos do princípio da


boa-fé nos contratos. A melhor doutrina tem ressaltado que a
boa-fé não apenas é aplicável à conduta dos contratantes
na execução de suas obrigações, mas aos comportamentos
que devem ser adotados antes da celebração (in

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contrahendo) ou após a extinção do contrato (post pactum
finitum). Assim, para fins do princípio da boa-fé objetiva são
alcançados os comportamentos do contratante antes,
durante e após o contrato. O Código de Defesa do
Consumidor avançou mais decisivamente nessa direção, ao
incluir na oferta toda informação ou publicidade
suficientemente precisa (art. 30), ao impor o dever ao
fornecedor de assegurar ao consumidor cognoscibilidade e
20
compreensibilidade prévias do conteúdo do contrato (art.
46), ao tornar vinculantes os escritos particulares, recibos e
pré-contratos (art. 48) e ao exigir a continuidade da oferta de
componentes e peças de reposição, após o contrato de
aquisição do produto (art. 32)”. (Deveres gerais de conduta
nas obrigações civis. Jus Navigandi, Teresina, a. 9,
n.711,16/jun/2005.Disponível:<http://www1.jus.com.br/doutri
na/texto.asp?id=6903>. Acesso em: 06 fev. 2019).

Tem-se como os dois grandes princípios embasadores do CDC:

1) o equilíbrio entre as partes; e, 2) o da boa-fé. Para a manutenção do equilíbrio temos


dispositivos que vedam a existência de cláusulas abusivas, por exemplo o art. 51, IV,
que veda a criação de obrigações que coloquem o consumidor em desvantagem
exagerada.

A despeito de o Superior Tribunal de Justiça já ter entendido que o


simples inadimplemento contratual não caracteriza Dano Moral, o nosso Tribunal de
Cidadania mudou seu entendimento no que tange a descumprimento contratual que
gere lesão a direito fundamental, sobretudo aos direitos fundamentais sociais
protegidos em nossa Constituição Federal. Nessa situação, Excelência, estaremos
diante de dano in re ipsa, ou seja, trata-se de dano moral presumido.

Conforme já afirmado nos fatos, os promoventes deveriam


estar habitando no imóvel financiado a pelo menos 34 meses atrás, porém,
além de estarem pagando o financiamento de imóvel adquirido junto a
CEF, estão pagando aluguel indevidamente a 34 meses – UM FILHO JÁ
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NASCEU, e os promoventes não conseguiram habitar o imóvel pronto
desde a assinatura do contrato, o qual fora financiado no intuito de
deixarem de pagar aluguel. RESSALTA-SE QUE OS PROMOVENTES
ESTÃO PAGANDO PONTUALMENTE O IMÓVEL A CEF DESDE A
ASSINATURA DO CONTRATO.

DIZ O DITADO POPULAR QUE: “QUEM CASA, QUER CASA!!!”, mas,


21
apesar de ser a vontade dos autores desde que casaram-se, em decorrência da
gritante arbitrariedade dos réus, seja comissiva ou omissiva, esse desejo positivo
intentado pelos autores através do FINANCIAMENTO do imóvel pronto para morar,
tem sido USURPADO DE FORMA GROTESCA pelos réus.

EXCELÊNCIA, os autores programaram-se para estarem na moradia


própria logo após o nascimento do primeiro filho, porém, já nasceu o segundo filho
(doc. 08 – CERTIDÃO NASCIMENTO 2º FILHO) e ainda não conseguiram adentrar no
apartamento que já está sendo pago a quase 03 anos completos. Familiares e amigos
já programaram várias intenções de inauguração do apartamento novo, mas, O ATO
ARBITRÁRIO COMISSIVO DA CONSTRUTORA E OMISSIVO DA CEF NÃO TEM
PERMITIDO A REALIZAÇÃO DESSE SONHO. Os autores já estão contraindo
SINTOMAS de depressão (tristeza, desânimo, revolta), haja vista estarem pagando
pontualmente um imóvel financiado e, SEM ENTENDEREM O PORQUE DE AINDA
NÃO ESTAREM HABITANDO O MESMO.

O PAGAMENTO PONTUAL DAS PRESTAÇÕES JUNTO A CEF


PARALELAMENTE AO PAGAMENTO DE ALUGUÉIS TÊM LEVADO OS AUTORES AO
CAOS FINANCEIRO, DEIXANDO-OS MUITAS VEZES NA DEPENDÊNCIA
FINANCEIRA DE SEUS FAMILIARES, E, AGORA MAIS DO QUE NUNCA: NASCEU O
SEGUNDO FILHO NO FINAL DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2018 (doc. 08 –
REGISTRO DE NASCIMENTO 2º FILHO).

RESSALTA-SE QUE JÁ EFETUARAM, INCLUSIVE,


PAGAMENTO DE IPTU DO IMÓVEL FINANCIADO REFERENTE AOS
ANOS DE 2015 E 2016, TOTALIZANDO R$ 243,90 (DUZENTOS E
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QUARENTA E TRÊS REAIS, NOVENTA CENTAVOS), ANTES MESMO
DE ASSINAREM O CONTRATO COM A CEF E A
CONSTRUTORA (doc. 10 – COMPROVANTE DE PAGAMENTO DE IPTU DO

IMÓVEL NÃO HABITADO).

Aproveitamos para acostar recibos referentes ao


22 alugueres anteriores aos meses de abril de 2016. O intuito é
demonstrar que os autores estavam pagando aluguel desde
o ano de 2013 e, sonhavam deixar de pagar aluguel desde o
momento em que decidiram realizar financiamento junto a
CEF (docs. 11 a 11.9).

DIANTE DE TUDO QUE FORA RELATADO, PATENTE ESTÁ


O DANO MORAL, DEVENDO SER EXEMPLARMENTE REPUDIADO
PELO ESTADO JUIZ.

VI – DO DANO MATERIAL

OS AUTORES ACREDITAVAM QUE APÓS TEREM ASSINADO


CONTRATO COM A CEF NO MÊS DE MARÇO DE 2016, NÃO
PAGARIAM MAIS ALUGUEL A PARTIR DO MÊS DE ABRIL DE 2016,
PORÉM, EM DECORRÊNCIA DA ARBITRARIEDADE DA
CONSTRUTORA, ESTÃO PAGANDO ALUGUEL ATÉ OS DIAS ATUAIS,
O QUE JÁ TOTALIZOU ATÉ O MÊS DE DEZEMBRO DE 2018 A MONTA
DE R$ 21.600,00 (VINTE E UM MIL, SEISCENTOS REAIS), QUE ESTÁ
SAINDO SACRIFICADAMENTE DO ORÇAMENTO FAMILIAR,
DEIXANDO OS AUTORES NA DEPENDÊNCIA DE SEUS FAMILIARES,

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HAJA VISTA TEREM QUE PAGAR O ALUGUEL E A PRESTAÇÃO DO
IMÓVEL FINANCIADO.

CONFORME JÁ DEMONSTRADO NESTE PETITÓRIO, OS ALUGUEIS


FORAM PAGOS NA SEGUITE FORMA:

23 I. 09 MESES (ABRIL A DEZEMBRO DE 2016) X R$ 600,00 = R$


5.400,00;

II. 12 MESES (JANEIRO A DEZEMBRO DE 2017) X R$ 600,00 = R$


7.800,00;

III. 12 MESES (JANEIRO A DEZEMBRO DE 2018) X R$ 700,00 = R$


8.400,00;

IV. TOTAL IGUAL A R$ 21.600,00 (docs. 09 a 09.11 – CONTRATO DE


ALUGUEL e COMPROVANTES DE PAGAMENTOS DE ALUGUÉIS).

Diante dessa situação vexatória causada em decorrência


da arbitrariedade dos réus, os autores estão onerados indevidamente,
pois, não deveriam estar pagando aluguel, por consequência
sofrendo DANOS MATERIAIS DIVERSOS, inclusive, de deslocamento
maior no caminho de seu trabalho do que aquele deslocamento se
estivessem residindo no imóvel adquirido-financiado junto a CEF,
gastando mais combustível do que deveria gastar.

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DANO MATERIAL IGUAL A R$ 21.600,00 (VINTE E UM MIL,
SEISCENTOS REAIS) + IPTU PAGO RELATIVO AOS ANOS DE 2015 E
2016 NO VALOR TOTAL DE R$ 243,90 (DUZENTOS E QUARENTA E
TRÊS REAIS, NOVENTA CENTAVOS), PERFAZENDO O TOTUM
DE R$ 21.843,90 (VINTE E UM MIL, OITOCENTOS E QUARENTA E
24
TRÊS REAIS, NOVENTA CENTAVOS)

VII – DO PEDIDO

Ex positis, requer a Vossa Excelência:

1) A Concessão aos Requerentes do Benefício da Justiça Gratuita, em face dos


mesmos não terem condições econômicas e/ou financeiras de arcarem com as
despesas processuais, sem prejuízo próprio ou de sua família, por força do art. 98 do
Código de Processo Civil;

2) Que seja deferida, inaudita altera pars, a antecipação dos efeitos da

tutela, nos moldes expressos na presente lide, DETERMINANDO-SE QUE


OS RÉUS PROCEDAM COM A IMEDIATA ENTREGA DAS CHAVES
AOS AUTORES-COMPRADORES DO APARTAMENTO RESIDENCIAL
Nº 406 (JÁ FINANCIADO A 34 MESES), localizado no 4º Pavimento do Bloco 04,
integrante do Prédio Residencial Multifamiliar denominado EDIFÍCIO PARQUE
NOVA EUROPA, situado na Avenida Maranguape, esquina com a Rua Alberto Viana
da Silva, Bairro Potengi, Zona Norte de Natal/RN, PARA QUE ESTES ENFIM
POSSAM HABITAR NO MESMO, sob pena de multa DIÁRIA a ser estabelecida por
Vossa Excelência no caso de descumprimento;

3) No caso de não ser deferido em sede liminar a antecipação dos efeitos da tutela, o
que admite apenas pelo amor ao debate, pede-se que seja concedida a tutela
antecipada após apresentação da defesa dos réus;
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4) Após a concessão antecipatória, sejam os requeridos citados por seus
representantes legais, para, querendo, comparecerem à audiência designada por este
juízo, bem como, observando o prazo legal, apresentarem defesa, sob pena de ser
declarada sua revelia e cominada a pena de confissão quanto a matéria de fato;

5) A inversão do ônus da prova em benefício dos requerentes, nos moldes da lei


consumerista;

25 5.1) Como finalidade do pedido de inversão do ônus da prova e para comprovar o


direito dos autores, que os requeridos sejam obrigados a fornecerem cópias dos
documentos que dão motivo a presente demanda;

6) Ao final, a confirmação em todos os termos da tutela antecipada, certamente


deferida, e, JULGADO PROCEDENTE OS PEDIDOS AUTORAIS, com o fim de reconhecer
definitivamente a obrigação dos requeridos em AUTORIZAR A OCUPAÇÃO DO
IMÓVEL PELOS AUTORES, OS QUAIS JÁ FINANCIARAM E ESTÃO PAGANDO O
IMÓVEL DESDE O MÊS DE MARÇO DE 2016;

7) Que seja DETERMINADO o pagamento de indenização pelos DANOS MORAIS


sofridos pelos Promoventes EM DECORRÊNCIA DO INEXPLICÁVEL IMPEDIMENTO
DOS MESMOS ADENTRAREM NO IMÓVEL FINANCIADO PRONTO PARA MORAR,
DESDE O MÊS DE MARÇO DE 2016 – DENTRE OUTROS TRANSTORNOS
CAUSADOS EM PERÍODO TÃO DELICADO PELOS QUAIS PASSAM OS
REQUERENTES –, em valor arbitrado por Vossa Excelência com a necessidade de
reparar o prejuízo moral, bem como servir de ato pedagógico para os promovidos, de
modo que outras pessoas não passem pela mesma situação absurda de
constrangimento que estão passando os requerentes;

8) DETERMINAR O PAGAMENTO DOS DANOS MATERIAIS REFERENTE AOS


ALUGUÉIS PAGOS A PARTIR DO MÊS SUBSEQUENTE AO FINANCIAMENTO
ASSINADO, BEM COMO, AO IPTU PAGO NO ANO DE 2015 E 2016, PERFAZENDO
O TOTAL PECUNIÁRIO REFERENTE AOS DANOS MATERIAIS EM

R$ 21.843,90 (VINTE E UM MIL, OITOCENTOS E


QUARENTA E TRÊS REAIS, NOVENTA CENTAVOS).
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9) Requer que todas as publicações vinculadas no Diário Oficial, intimações e qualquer
ato de comunicação no presente processo sejam feitas EXCLUSIVAMENTE em nome
do Advogado: JOSÉ ROBERTO SILVA, OAB/RN 9.644, sob pena de nulidade dos
atos que vierem a ser praticados, em consonância com o disposto no parágrafo 2º do
artigo 272 do NOVO Código de Processo Civil;

10) A condenação dos acionados no pagamento das verbas de sucumbência, isto é,


custas processuais e honorários advocatícios, estes na base de 20% (vinte por cento)
26
sobre o valor da condenação;

Requer provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito,


notadamente pelos documentos que instruem o presente pedido, juntada de novos
documentos, depoimentos pessoais, e, se necessário, oitiva de testemunhas que serão
oportunamente arroladas.

Dá-se à causa o valor de R$ 151.395,72 (cento e cinquenta mil, trezentos e noventa e


cinco reais, setenta e dois centavos).

Termos em que,
CONFIA DEFERIMENTO.
Natal/RN, 07 de fevereiro de 2019.

PAULO LOPO SARAIVA JOSÉ ROBERTO SILVA


OAB/RN – 642 OAB/RN – 9644

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