Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PSICOLOGIA,
EDUCAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO
ESCRITOS DE L. S. VIGOSTKI
O rganização e tradução
PSICOLOGIA, EDUCAÇÃO
E DESENVOLVIMENTO:
Escritos de L. S. Vigostki
O r g a n iz a ç ã o e t r a d u ç ã o d e
Z o ia P r estes e E l iz a b e t h T u nes
Ia edição
EXPRESSÃO POPULAR
São Paulo - 2021
Copyright © 2021 by Editora Expressão Popular
ISBN 978-65-5891-012-1
_________________________________________________CPU 159.955
Catalogação na Publicação: Eliane M. S. Jovanovich CRB 9/1250
Homenagem............................................................................................. 9
Prefácio...................................................................................................... 13
Zoia Prestes e Elizabeth Tunes
' Sopa de beterraba, comida tradicional russa, original de países eslavos como
Ucrânia e Polônia. (N.E)
H o m e n a g e m
10
'I Z o i a P r e s t e s e E l i z a b e t h T u n e s
11
PREFÁCIO
Z o ia P r e s t e s e E l iz a b e t h T u n e s
14
Z o i a P r l s t e s e E l i z a b e t h T u n e s
15
P r e f á c i o
1 A tradução para o português do texto completo dessa aula foi publicada pela
primeira vez na Revista GIS, da UFRJ, em 2008.
2 Livro traduzido e publicado pela Editora Expressão Popular em 2018.
3 Essa coletânea contém sete textos, dos quais seis estão na presente edição,
conforme indicamos no prefácio.
16
Z O I A P R E S T F S E E L 1 Z A U E T H T u N £ S
4 Disponível em <https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/9123/1/2010_Zoia-
RibeiroPrestes.pdf>. Acesso em 4 jan 2021.
18
Z o i a P r e s t e s e E l i z a u e t h T u n e s
19
I
P R í F Á C. T O
5 Para mais detalhes, ver Vaz, A. F. e Momm, C. M. (orgs.) Educação Infantile socie
dade: questões contemporâneas. Nova Petrópolis: Editora Nova Harmonia, 2012.
20
No decorrer dos textos utilizamos as seguintes siglas: Nota
do Autor (N.A.), Nota da Edição Russa (N.E.R.) e Nota da
Tradução (N.T.).
E le n a E v g u e n ie v n a K r a t s o v a 1
Centro Federal Cien tífico -clínico de
Reanimação e Reabilitação, Moscou (Rússia)
3 Primeira idade escolar é a idade da criança que cursa os primeiros anos esco-
lares. (N.T.)
24
G u e n n a d i GRi tJORi tviTi -H K r a v t s o v e
E le n a E v g u f. n i e v n a K r a i s o v a
25
A 1 N T E R - R E L A Ç Ã O T N S T K U Ç À O E D E S E N V O L V I M E N T O
P R O B L E M A S E P E R S P E C T I V A S
26
G u e n n a d i G r i o o r j e v i t c h K r a v t s o v f.
E l e n a E v g u f . n t e v n a K r a i s o v a
27
A j n t e r - he laç Ao i n s t ruç ão e desf. nv o l vi mknto
P R OB L E MAS E PERS PECTI VAS
28
G u e n n a d i G r i g o k i e v i t e h K r a v t s o v e
E l e n a E v g u f . n i e v n a K r a t s o v a
29
A I N T E R - R E L A Ç Ã O I N S T R U Ç Ã O E D E S E N V O L V I M E N T O
P R O B L E M A S E P E K S P E C T I V A 5
30
G u e n n a d i G r i o o r i e v i t c h K r a v t s o v u
E l e n a E v g u e n i e v n a K r a t s o v a
31
A I N T E R - R E L A Ç Â O I N S T R U Ç Ã O E D E S E N V O L V I M E N T O
P R O B L E M A S E P E H S P E C T I V A S
32
G u h n n a d i G r i u u k i f . v i t c h K r a v t s o v e
E l e n a E v g u f . n i e v n a K r a t s o v a
33
A IN T L R - R E L A Ç À O 1 N S T H U I . A Ü E D E S E N V O L V I M t N T O
P R O B L E M A S E P E R S P E C T I V A S
34
r C U E N N A D 1 G K I G O R I I; V I T C N K r A V T S O V E
E i. f. n a E v g u e n i e v n a K r a t s o v a
35
A J N T E R - R E L A t À O 1 N S T H U Ç À O E D E S E N V O L V I M E N T O
p r o b l e m a s e p e r s p e c t i v a s
36
r~
G u i í n n a d i G r i g o r i e v i t c h K r a v t s o v e
E l e n a E v g u e n i e v n a K r a t s o v a
37
A 1 N T E R - R F . [ A Ç Ã O I N S T R U Ç Ã O E D E S E N V O L V I M E N T O
P R O B L E M A S E P E R S P E C T I V A S
38
C u e n n a d i G r i g o r t f . v i t c h K r a v t s o v e
E l e n a E v g u f n i e v n a K r a t s o v a
39
A I N T F R - R E L A Ç Â O I N S T R IJ g à U £ D E S E N V O L V I M E N T O
P R O B L E M A S E P E R S P E C T I V A S
4(1
G u e n n a d i G r i g o r i e v i t c h K k a v t s o v e
E l e n a E v c . u e n i l v n a K r a t s o v a
Referências bibliográficas
BIBLER, V. S. Michlenie kak tvortchestvo [Pensamento como criação].
Moscou: Politizdat, 1975. 399p.
CHOPINA, J. P. Psirhologuitcheskiezakonomernostiformirovania i aktuali-
zatsii zoni blijaishego razvitia [regularidades psicológicas da formação e
41
A i n t e k - k l l a ç A o i n s t r u ç A o e d e s e n v o l v i m e n t o
P R O B I . E M A S E P F R S P E C T I V A S
42
G u e n n a d i G R i c. o R i e v 1 r c h K r a v t s c
E l e n a E v g u e n i e v n a K r a t s o v a
2 O autor indica que este problema, nas condições da União das nossas repúblicas
soviéticas, tem um significado político enorme. Colaborando para a correta
implementação da política nacional de Lenin, o domínio de diferentes línguas
pelos povos da URSS também contribui para aproximá-los, para o aumento da
solidariedade fraterna entre eles e o fortalecimento da nossa grande União [So
viética]. Além disso, o domínio de línguas estrangeiras é, para os trabalhadores,
um meio importante de conquista das tecnologias de vanguarda, contribuindo
também para o desenvolvimento da solidariedade proletária entre os povos na
luta contra o capitalismo. (N.E.R.)
48
r
L e v S . V i g o t s k i
49
S o b n f. a q u e s t ã o l> o m u l t i l i n o u i s m o n a i n i â n c i a
50
r
L i ; v S . V i g o t s k i
L
S u B R E A Q U E S T Ã O L> O M U L T I L I N G U I S M O N A I N F Â N C I A
52
r
L hv S. VlCiOTSKl
53
S O B R L A Q U E S T Ã O D O M U L T I L I N G U I S M O N A I N F Â N C I A
54
L e v S . V i g o t s k i
55
S o b r e a q u f s t ã o d o m u l t i l i n g u i s m o n a i n f â n c i a
56
r
L e v S . V i g o t s k i
57
S o b r e a q u e s t ã o d o m u l t i l i n g u i s m o n a i n e á n c i a
58
L e v S . V i o o t s k i
59
S o b r e a q u f s t à o d o m u l t i l i n c , u i s m o n a i n f â n c i a
60
L ev S. V i g o t s k i
61
S O B B E A Q U E S T Ã O DO M U L T I L I N G U I S M O NA I N F Â N C I A
62
L f. v S . V i g o t s k i
63
S o b r e a q u e s t ã o d o m u l t i t . i n g u i s m o n a i n f â n c i a
64
L t V S. V I (I O T S K ]
65
S o b r e a q u e s t ã o u o m u l t i r. i n g u i s m o n a i n f â n c i a
66
L ev S. V i g o t s k i
67
S o b r e a q u e s t ã o d o m u l t i l i n g u i s m o n a i n f A n c i a
68
L fv S. V i g o t s k i
69
S o b r e a q u f s t á o d o m u i . t j l i n g u j s m o n a i n f â n c i a
70
r 1. e v S. V i g o t s k i
71
S o b r e a q u e s t ã o d o m u l t i l i n g u i s m o n a i n f â n c i a
72
L ev S. V i g o t s k i
73
1
í
O PROBLEMA DO DESENVOLVIMENTO
CULTURAL DA CRIANÇA1
1. O problema
No seu processo de desenvolvimento, a criança assimila náo
apenas o conteúdo de sua experiência cultural como também
os meios e as formas de comportamento cultural,2os modos de
pensamento cultural. No desenvolvimento do comportamento
da criança, deve-se, assim, distinguir duas linhas principais.
Uma é a linha do desenvolvimento natural do comportamento,
intrinsicamente ligada aos processos orgânicos gerais de cres
cimento e amadurecimento. A outra é a do aperfeiçoamento
cultural de funções psicológicas, de elaboração de novas formas
de pensamento, de domínio dos meios culturais do compor
tamento. Por exemplo, a criança mais velha pode memorizar
1 O texto foí escrito por L. S. Vigotski em 1928. A tradução foi realizada do texto
publicado em Vestnik Moskovskogo Universiteta. Ser. 14, Psirhologuia. 1991. n.
4, p. 5-18. (N.T)
2 A palavra russapriom (meio), empregada por L. S. Vigotski neste texto está
relacionada ao que serve ou permite alcançar um fim ou objetivo e não diz
respeito ao contexto social. Neste último caso, ele emprega a palavra russa sreda
que, cm português, também se traduz como meio. Para mais detalhes, consultar
Vigotski, L. S. 7 Aulas dt L. S. Vigotski sobre osfundamentos da Pedologia. Prestes,
Z. e Tunes, E. (orgs. e tradutoras) Rio de Janeiro: E-papers, 2018. (N.T.)
O PROBLF. m a DO DF. S E N V O L V I M E N T O c u l t u r a l da c r i a n ç a
76
L t v S. V i g o t s k i
77
O P R O B L E M A n o D E S E N V O L V I M E N T O C U L T U R A L DA C R I A N Ç A
78
Lf . v S. V i g o t s k i
79
O P R O B L E M A DO D E S E N V O L V I M E N T O C U L T U R A L DA C R I A N Ç A
2. A análise
Qualquer meio cultural de comportamento, até mesmo
o mais complexo, pode ser sempre decomposto por completo
em processos naturais neuropsíquicos, assim como o funcio
namento de qualquer máquina pode, ao fim e ao cabo, ser
levado ao já conhecido sistema de processos físicos e químicos.
Por isso, a primeira tarefa da investigação científica, quando
80
I
L I V S. V 1 ti O T S K 1
81
o PKOBI . F M A n o [ I I S E N V O I . V I M E N T O C U L T U R A L DA C R I A N Ç A
82
L ev S. V i g o t s k i
3. Estrutura
A segunda tarefa da investigação científica é evidenciar a
estrutura desse meio. Apesar de todo meio de comportamento
cultural ser composto de processos psicológicos naturais, como
mostra a análise, ele os une de forma estrutural e não mecânica.
Isso significa que todos os processos que integram esse meio
compõem uma unidade funcional e estrutural complexa.
Essa unidade é formada, primeiramente, pela tarefa para
cuja resolução é direcionado o meio e, em segundo lugar, pelo
recurso com auxílio do qual o meio se realiza. Corretamente, do
ponto de vista genético, denominamos de primeiro e segundo
momentos. Entretanto, estruturalmente, o segundo momento
é predominante e determinante, pois, a mesma tarefa, quando
realizada com diferentes recursos, terá estruturas diferentes. Na
situação descrita acima, basta apenas à criança se valer de meios
83
1
O P R O B LE M A DO D E S E N V O L V I M E N T O C U t T U K A L DA C R I A N Ç A
4. Gênese
A estrutura não permanece inalterada e isso é o mais impor
tante de tudo o que sabemos até agora sobre o desenvolvimento
cultural da criança. Ela não é criada externamente. Surge de
forma regular, num determinado degrau do desenvolvimento
natural da criança. Não pode ser imposta à criança de fora,
emerge sempre internamente, apesar de se constituir sob a in
fluência decisiva do ambiente externo. Uma vez formada, não
permanece inalterada; submete-se a uma longa alteração interna,
que carrega todos os aspectos do desenvolvimento.
84
L ev S. V i g o t s k i
^ Sobre Alfred Binet, cf., neste voíume, a nota 18, p. 68. (N.T.)
85
O pr o b i . f. m a d o d e s e n v o l v i m e n t o c u l t u r a l da c r i a n ç a
86
L e v S. V i g o t s k i
autor não quer dizer que, nas escolas, deve-se lecionar a arte
da simulação.
Parece-nos também infeliz a designação desse tipo de desen
volvimento cultural como fictício, ou seja, que conduz apenas
a uma ficção do desenvolvimento orgânico. Aqui, novamente,
manifesta-se corretamente o aspecto negativo da questão, mais
precisamente, a ideia de que, no desenvolvimento cultural, ao
passar para o degrau superior e intensificar sua atividade, a fun
ção baseia-se no desenvolvimento funcional e não no orgâniío.
Ou seja, no desenvolvimento do meio. No entanto, essa deno
minação também encobre a verdade indubitável de que, neste
caso, não estamos lidando com um desenvolvimento fictício,
mas real, que tem suas reguiaridades específicas.
Gostaríamos de destacar, desde o início, que esse desen
volvimento é suscetível à influência dos mesmos dois fatores
presentes no desenvolvimento orgânico da criança, mais pre
cisamente, biológico e social. A lei de convergência de fatores
internos e externos, como os denomina Stern,6 é totalmente
aplicável ao desenvolvimento cultural da criança. Apenas num
determinado degrau de desenvolvimento interno do organis
mo torna-se possível a assimilação de certo meio cultural e o
organismo, internamente preparado, precisa necessariamente
de uma determinada influência do ambiente para que esse de
senvolvimento possa ocorrer. Assim, num determinado estágio
do seu desenvolvimento orgânico, a criança aprende a fala e,
em outro, assimila o sistema decimal.
Entretanto, a correlação dos dois fatores, nesse tipo de
desenvolvimento, está substancialmente alterada. Apesar de o
papel ativo ser também do organismo que começa a dominar
os meios do comportamento cultural presentes no ambiente, o
87
O P R O B L L M A DO D t U N V O L V 1 M E N T O C U L 1 U H A I . DA C R I A N Ç A
88
L ev 5 . V i g o t s k i
89
Ü C K O U L E M A DO D E S E N V O L V I M E N T O C U L T U R A L DA C R I A N Ç A
e não reproduz a palavra que lhe foi pedida, mas a que o de
senho lhe faz lembrar.
Denominaremos esse estágio, convencionalmente, de “psico
logia ingênua” por analogia, com o que os pesquisadores alemães
chamam de “física ingênua” no comportamento de macacos e
de crianças no emprego de instrumentos. A utilização de ins
trumentos simples por crianças pressupõe a presença de uma
experiência física ingênua relativa a propriedades físicas simples
do seu próprio corpo e dos objetos e instrumentos com os quais
ela lida. Frequentemente, essa experiência é insuficiente e a “física
ingênua” do macaco ou da criança a conduz ao insucesso.
Algo semelhante podemos observar também no nosso expe
rimento, quando a criança compreendeu a relação externa com
a utilização dos desenhos e a memorização das palavras. No
entanto, a “psicologia ingênua”, ou seja, a experiência ingênua
acumulada relativa aos próprios processos de memorização é ainda
muito insignificante para que a criança possa empregar adequada
mente o desenho como um signo ou recurso de memorização. Da
mesma forma que no pensamento mágico do homem primitivo a
articulação de ideias é percebida como articulação entre objetos,
aqui também, na criança, a articulação dos objetos é tomada
como ligação de ideias. Se, no primeiro caso, o pensamento
mágico é determinado pela insuficiência de conhecimento das
leis da natureza, no segundo, o é pela insuficiência de conheci
mento da própria psicologia. Esse segundo estágio desempenha
normalmente um papel transitório. Em geral, no experimento,
com muita rapidez, a criança passa para o terceiro estágio que
pode ser denominado de estágio do meio cultural externo. Depois
de muitas tentativas, via de regra, caso sua experiência psicológica
seja suficiente, a criança descobre do que se trata, aprende a usar
corretamente o desenho. Ela começa a substituir os processos de
memorização por uma atividade bastante complexa. Quando
90
L £ v S. V i g o t s k i
91
O P RO B L FM A DO D E S E N V O L V I M E N T O C U L T U R A L DA C R I A N Ç A
92
L ev S. V i g o t s k i
93
O P R O B L E M A DO D E S E N V O L V I M E N T O C U L T U R A L DA C R I A N Ç A
94
L ev S. V i g o t s k i
95
O P R O B L E M A DO D E Ü E N V O I . V I M F N T O C U L T U R A L DA C R I A N Ç A
96
L ev S V i g o t s k i
97
O P R O B L E M A DO D E S E N V O L V I M E N T O C U L T U R A L DA C R I A N Ç A
5. O método
A especificidade do desenvolvimento cultural da criança
exige o emprego de um método correspondente de investi
gação. Poderíamos convencionar denominar esse método de
“instrumental”, pois ele se baseia na descoberta da “função
instrumental” dos signos culturais no comportamento e seu
desenvolvimento.
No âmbito da investigação experimental, esse método se
apoia na metodologia funcional de dupla estimulação que, es
sencialmente, resume-se à organização do comportamento da
criança com auxílio de duas séries de estímulos em que cada
uma tem um “significado funcional” diferente para o compor
tamento. Com isso, a condição necessária para resolução do
problema que se apresenta à criança é o “emprego instrumental”
de uma das séries de estímulos, ou seja, a sua utilização como
um recurso auxiliar para a resolução de determinada operação
psicológica.
Há fundamentos para supor que a invenção e o emprego de
signos como recursos auxiliares na resolução de determinado
problema que se apresenta à criança representam, psicologica
mente, uma estrutura de comportamento semelhante à invenção
e utilização de instrumentos.
No âmbito da relação estímulo-resposta, que se encontra na
base de uma metodologia comum de experimento psicológico,
é preciso, ainda do ponto de vista das idéias desenvolvidas neste
texto, diferenciar a dupla função que o estímulo exerce sobre o
comportamento. Em um caso, o estímulo pode desempenhar
o papel de objeto para o qual é direcionado o ato do compor
tamento ao resolver determinado problema que se encontra
98
L ev S. V i g o t s k i
99
O P R O B L E M A DO D E S E N V O L V I M E N T O C U L T U R A L DA C R I A N Ç A
100
L f. v S . V i g o t s k i
101
A PRÉ-HISTÓRIA DA FALA ESCRITA1
104
I. F V S . V 1 G U I S K 1
105
A P R É - H I S T Ó R I A DA F A L A E S C R I T A
106
I, f. v S . V i g o t s k i
1Ü7
A P R É - H I S T Ó R I A DA F A L A L S C R I T A
108
L e v S V t o o t s k i
5 Sobre KatI Ludwig Bühler, cf., neste volume, a nota 11, p, 94. (N.T)
6 Sobre Wilhelm Stern, cf., neste volume, a nota 4, p. 54. (N.T)
109
A P R É - H I S T Ó R I A DA FAI A E S C R I T A
110
L e v S . V i g o t s k i
m
A P R É - H I S T Ó R I A DA 1AL. A F S C R 1 T A
112
L ev S. V i g o t s k i
113
A P R É - I J J S T Ò R 1 A DA F A L A E S C R I T A
114
L ev S. V i g o t s k i
115
A P H É - H I S T Ô R I A DA F A L A E S C R I T A
116
L £ v S. V i g o t s k i
117
A P R É - H I S T Ó R I A DA F A L A E S C R I T A
118
L ev S. V i g o t s k i
119
A p r é - h i s t ó r i a d a f a l a e s c r i t a
120
L £ v S. V i g o t s k i
121
A P R É - H I S T Ó R I A DA I A L A E S C R I T A
122
Lhv S. V i g o t s k i
123
A P R F. - H I S T Ó R I A I)A F A L A í: ü C R I T A
124
r
L e v S. V i g o t s k i
125
A P R É - I T I S T Ó R I A D A F A L A Ü S C R I T A
126
L e v S. V i g o t s k i
127
A P R É - H I S T Ó R I A DA F A L A F. S C R I T A
128
L ev S. V i g o t s k i
129
A P R É - H I S T Ó R I A DA F A I A E S C R I T A
130
L ev S . V i g o t s k i
131
A P R É - H I S T Ó R I A DA F AL A F S C R 1 T A
132
L ev S. V i g o t s k i
133
A P R É - H I S T Ó R I A d a f a l a e s c r i t a
134
L t v S . V i g o t s k i
135
A 1’ R É - H I S T Ó K I A DA F A L A L S C R I T A
136
L E V S. V l ü O T S K I
137
A P R É - H 1 S T Ô B H DA F A L A E S C R I T A
138
L ev S. V i g o t s k i
139
A PR K - H I S T O R I A D A F A L A E S C R I T A
140
L e v S. V i g o t s k i
141
A P R É - I M S T Ó R I A DA F A L A E S C R I T A
142
SOBRE A ANÁLISE PEDOLÓGICA DO
PROCESSO PEDAGÓGICO1
144
L ev S. V i g o t s k i
145
S o b r e a a n Al i s e p e d o l ó g i c a d o p r o c e s s o p e d a g ó g i c o
2 Sobre Jean Piaget, cf., neste volume, a nota nota 14, p. 97. (N.T.)
146
L ev S. V i g o t s k i
147
S o b r e a a n á l i s e p e d o l ó g i c a d o p r o c e s s o p e d a g ó g i c o
148
L ev S. V i g o t s k i
149
S O R R l i A A N Á L I S E H ü O L Ô C l C A D O P R O n F. S S O P E D A G Ó G I C O
150
L f. v S. V i g o t s k i
151
S o b r e a a n a l i s e p e d o l ó g i c a li o p r o c l s s o p e d a g ó g i c o
152
L e v S. V i g o t s k i
153
S O B R F . A A N Á L I S E P F. D O L Ó G I C A no P R O C E S S O P E D A G Ó G I C O
154
L ev S. V ir, o t s k i
s Sobre Pavel Petrovitch Blonski, cf., neste volume, a nota 15, p. 99. (N.T.)
1S5
S o b r e a a n Ai i s i : p e d o i. ó t i c a d o p r o c e s s o p e d a g ó g i c o
156
L f v S. V i g o t s k i
157
S o b r e a a n á l i s e p e d o l ó g i c a d o p r o c e s s o p f ü a c ó g i c o
158
L ev S. V i g o t s k i
159
S o b r e a a n á l i s e p e d o l ó g i c a u o p r o c e s s o p l d a g ó g i c o
160
L ev S. V i g o t s k i
161
S o b r e a a n á l i s e p e d o i. ó g i c a d o p r o c f . s s o p é u a c ó ü i c o
162
L ev S . V i g o t s k /
163
S o b r e a a n á l i s e p e d o l ó g i c a d o p r o c e s s o pf . d a c ó g i c o
164
r
L ev S . V i g o t s k i
1S Sobre Alfred Binet, cf., neste volume, a nota 18, p. 68. (N.T.)
165
S O B R E A A N Á L I S E P E D O L Ó G I C A D O P R O C E S S O P E D A G Ó G I C O
166
L ev S. V i g o t s k i
167
S o b r e a a n á l i s e p e d o l ó <; i c a d o m o c u s o p e d a g ó g i c o
22 Id. (N.A.)
23 Id. (N.A.)
168
L e v S. V i g o t s k i
169
S o b r e a a n á l i s e p e d o l ó g i c a d o p r o c e s s o p e d a g ó g i c o
170
L ev S. V i ü o t s k i
171
S ü B R E A A N Á l I S t P ü D O L Ó C I O A n o P R O C E S S O P E D A G Ó G I C O
172
L ev S. V i g o t s k i
173
S O B K 1; A A N AL I S £ P E D O L Ó G I C A DO P R O C £ S S O P F. D A G Ó ü I C O
174
A DINÂMICA DO DESENVOLVIMENTO
MENTAL DO ESCOLAR E A INSTRUÇÃO1
2 Sobre Alfred Binet, cf., neste volume, a nota 18, p. 68. (N.T.)
3 Sobre Ernst Meumann, cf., neste volume, a nota 9, p. 93. (N.T,
176
r
L ev S. V i g o t s k i
177
A D I N Â M I C A DO D E S E N V O L V I M E N T O M E N T A L
D O E S C O V A K E A I N S T R U Ç Ã O
4 É claro que é impossível concordar com a opinião do autor de que “não se pode
ensinar qualquer maréria tardiamente”, pois “mostra-se igualmente desastroso”.
Se entendermos a ideia do autor literalmente, podemos chegar à conclusão de
que não se deve ensinar os adultos, pois seria muito tarde e, por isso, nocivo. O
equívoco de tal afirmação foi ferrenhamente rechaçado por toda nossa prática
de ensino de adultos. Ao que tudo indica, a opinião do autor pode ser aceita
apenas no sentido de que o início tardio da instrução, de certa forma, dificulta
a possibilidade do trabalho e a ausência de instrução, durante certo tempo,
de algum modo, não se reflete beneficamente no desenvolvimento mental. A
comparação do autor entre a temperatura e a instrução é puramente figurativa,
pois são coisas de ordens diferentes. (N.E.R.)
* Não é possível concordar com a afirmação da nota anterior do redator da edi
ção russa, pois Vigotski discute aqui aspectos do desenvolvimento da criança,
período em que aparecem as neoformações. Vigotski não apresenta, até onde
sabemos, análises sobre a emergência de neoformações na vida adulta. (N.T.)
178
L ev S. V i g o t s k i
179
A d i n A m i c a n o d í s e n v o l v i m e n v o m e n t a l
D O E S C O L A R E A I N S T R U Ç Ã U
1 ano e meio, como também que, aos 8 anos, ela estuda línguas
estrangeiras de forma totalmente diferente, apoiando-se em
outras funções psíquicas distintas daquelas em que se apoia na
primeira infância. Desse modo, o estudo do período pedológico
ideal abalou a lei da maturação das funções como condição
necessária para o ensino escolar.
As investigações demonstraram também que as relações
entre o andamento do desenvolvimento mental da criança e o
do ensino são incomensuravelmente mais complexas do que se
imaginou quando da primeira solução da questão. Gostaria,
agora, de me deter em algumas investigações, resumindo-as
sistematicamente em torno de um mesmo problema e demons
trar isso com base no desenvolvimento mental de crianças na
escola comum e na escola auxiliar. Para tanto, vou me deter na
questão da dinâmica do desenvolvimento mental da criança na
escola. Vocês sabem que as crianças que ingressam na escola
são divididas, segundo seu desenvolvimento mental, em quatro
categorias. Entre essas crianças sempre encontraremos um
grupo que não amadureceu mentalmente, de modo que não
podem estudar na escola normal e ingressam em instituições
especiais. Deixaremos essas crianças de lado. Entre as que
atravessam a soleira da escola, poderemos sempre selecionar
três grupos: crianças com o desenvolvimento mental alto,
médio e baixo.
Normalmente, isso se reflete na definição do chamado
coeficiente de desenvolvimento mental ou, como é convencio
nalmente definido, as duas letras latinas QI. O coeficiente de
desenvolvimento mental é a relação entre a idade mental da
criança e a idade cronológica, idade da certidão de nascimento,
ou seja, se uma criança tem 8 anos de idade e é mentalmente
desenvolvida como uma criança de 8 anos, seu coeficiente será
equivalente a 1 ou 100%; mas, se ela tem um desenvolvimento
180
L ev S. V i c o t s k i
181
A D I N Â M I C A D O B t S E N V O L V T M l i N T O M E N T A L
130 E S C O L A R li A I N S T R U Ç Ã O
182
r
L ev 5. V i g o t s k i
Quadro I
Qi Dinâmica do QI Aproveitamen to Aproveitamento
absoluco relativo
1. Alto III I II
2. Médio II II III
3- Baixo I III I
9 No contexto do assunto tratado, percebe-se que não cabe falar de alto desen
volvimento, mas de alto QI. (N.T.)
183
A D I N Â M I C A O O D £ !> E N V O L V ( M E N T O M E N T A L
D O E S C O 1. A R £ A I N S T R U Ç Ã O
184
L ev S. V i g o t s k i
185
A d i n A m i c a d o d t s e n v o l v i m e n t o m e n t a l
d o e s c o l a r l a i n s t r u í , à o
186
L ev S. V i g o t s k i
187
A D I N Â M I C A DO D E S E N V O L V I M E N T O M E N T A L
P U E S C O L A R E A I N S T R U Ç Ã O
188
r
L ev S. V i g o t s k i
189
denominar de nível de desenvolvimento atual da criança o
nível que ela atingiu no curso de seu desenvolvimento, e que
é definido pela resolução autônoma de tarefas, visto que, na
pedologia contemporânea, isso começa a ser cada vez mais
aceito. Assim, o nível de desenvolvimento atual será a idade
mental, no sentido comum que se emprega na pedologia.
No momento, na pedologia, nos recusamos, exatamente, a
denominar isso de idade mental porque, como acabamos de
ver, isso não caracteriza o desenvolvimento mental. A zona
de.desenvolvimento iminente da criança é a distância entre
o nível de desenvolvimento atual, definido pela realização
autônoma de tarefasse o nível de desenvolvimento possível da
criança, definido pela realização de tarefas que são resolvidas
por ela.com a orientação de adultos e em colaboração com
companheiros mais aptos.
O que é nível de desenvolvimento atual? Se uma pessoa
ingênua perguntar o que é nível de desenvolvimento atual ou,
em outras palavras, o que quer dizer a realização autônoma de
tarefas pela criança, a resposta mais comum será que, com o
nível de desenvolvimento atual, definem-se as funções ama
durecidas, os frutos do desenvolvimento, A criança sabe fazer
autonomamente isso, aquilo e aquilo outro, amadureceram nela
as funções necessárias para fazer autonomamente isso, aquilo e
aquilo outro. E o que indica a zona de desenvolvimento iminen
te, definida pela ajuda para realização de tarefas que a criança
não pode resolver de forma autônoma? A zona de desenvolvi
mento iminente indica as funções que ainda não amadureceram
e encontram-se em processo de amadurecimento, funções que
amadurecerão amanhã, que ainda se encontram em estado
embrionário; são funções que não podem ser denominadas de
frutos, mas de brotos, flores, ou seja, o que está começando a
amadurecer.
r
L f. v S. V i g o t s k i
191
A D I N Â M I C A DO D E S E N V O L V I M E N T O M E N T A L
n o L S C O L A U F A I N S T R U Ç Ã O
192
L ev S. V i c o t s k i
193
A D I N Â M I C A DO D E S E N V O L V I M h N TO M E N T A L
DO F S C O L A K E A I N S T R U Ç Ã O
Quadro II
1. IA QI alto Zona grande
2. IB QI alto Zona pequena
3. III A QI baixo Zona grande
4. III B Q I baixo Zona pequena
194
L i v S. V i g o t s k i
195
A D I N Â M I C A DO D E S E N V O L V I M E N T O M E N T A L
DO E S C O I . A R £ A I N S T R U Ç Ã O
Quadro III
1. IC Q la lto Alfabetizadas no grupo de alfabetizadas ou analfabetas no grupo de
analfabetas
2. ID Q I alto Alfabetizadas no grupo de analfabetas ou analfabetas no grupo de
alfabetizadas
3- II I C Q I baixo Alfabetizadas no grupo de alfabetizadas ou analfabetas no grupo de
analfabetas
4. III D QI baixo Alfabetizadas no grnpo de analfabetas ou analfabetas no grupo de
alfabetizadas
196
L ev S . V i g o t s k i
197
A D I N Â M I C A DO D E S E N V O L V I M E N T O M E N T A L
DO F. S C O L A R F. \ I N S T R U Ç Ã O
198
L ev S. V i g o t s k i
199
A D I N Â M I C A V o d e s e n v o l v i m e n t o m f n t a l
D O E S C O L A K £ A I N S T R U Ç Ã O
200
LfiV S. V I fi O T S K I
201
A D I N Â M I C A D O d e s e n v o l v i m e n t o m e n t a l
D O t S C O L A K E A I N S T R U Ç Ã O
202
L f. v S. V i g o t s k i
203
A D I N Â M I C A DO D E S E N V O L V I M t N T O M E N T A L
DO E S C O L A R E a I N S T R U Ç Ã O
204
L ev S. V i g o t s k i
205
I n s t r u ç ã o e d e s e n v o l v i m e n t o n a i d a d e p r é - e s c o l a r
206
I . e v S . V i g o t s k i
210
I t v S. V i g o t s k i
211
A B R I N C A D E I R A E O S E U P A P F. I. NO
D E S E N V O L V I M E N T O P S Í Q U I C O DA C R I A N Ç A
212
r
L f. v S. V i g o t s k i
213
A H R IN C A D K 1 R A E O S E U P A P E L N O
D E S E N V O L V I M E N T O P S Í Q U I C O DA C R I A N Ç A
214
r
L ev S. Vi t i u r s Ki
215
A B R I N C A D E I R A E O S E U P A P E L N O
D E S E N V O L V I M E N T O P S Í Q U I C O DA C R I A N Ç A
216
L e v S. V i g o t s k i
^ Sobre James Sully, cf., neste volume, a nota nota 11, p. 119- (N.T.)
217
A B R I N C A D Ü I R A E O S F. U P A P E L NO
D E S E N V O L V I M E N T O P S Í Q U I C O DA C R I A N Ç A
se comporta sem pensar que é irmã de sua irmã. Ela nada faz
em relação à sua irmã porque é, realmente, sua irmã, a não ser,
provavelmente, nos momentos em que sua mãe lhe indica ou
lhe ordena essa ação, por exemplo, dizendo-lhe: “Dê a ela”. Mas,
durante a brincadeira de “irmãs”, cada uma delas, o tempo todo,
ininterruptamente, demonstra a sua relação de irmã; o fato de
as duas terem iniciado a brincadeira de irmãs lhes propicia a
oportunidade de admitirem as regras de comportamento (eu
tenho de ser irmã da outra irmã, no decorrer de toda a situação
da brincadeira). As ações da brincadeira que combinam com
a situação são somente aquelas que combinam com as regras.
Na brincadeira, toma-se a situação que destaca que essas
meninas são irmãs, pois estão vestidas de maneira igual, andam
de mãos dadas, ou seja, destaca-se o que indica a situação delas
de irmãs em relação aos adultos, em relação aos estranhos. A
mais velha, segurando a mais nova pela mão, o tempo todo
fala sobre o que representam as pessoas: “São estranhos, não
são conhecidos”. Isso significa: “Eu e minha irmã agimos do
mesmo modo uma com a outra, os adultos que nos conhecem
tratam-nos de forma igual, mas com os outros, com estranhos,
é diferente” Aqui, destaca-se tudo o que é igual e está contido
para a criança no conceito de irmã. Isso significa que a minha
irmã está para mim numa relação diferente das que tenho com
os estranhos. O que existe e é imperceptível para a criança, na
vida real, transforma-se em regra na brincadeira.
Então, quando criamos uma brincadeira sem uma situação
imaginária, o que resta? Resta a regra. A criança começa a se
comportar conforme o que dita a situação.
Vamos deixar, por um minuto, esse notável experimento no
campo da brincadeira e examinar uma brincadeira qualquer.
Parece-me que sempre que há uma situação imaginária na
brincadeira, há regra. Não são regras formuladas previamente
218
r
L ev S. V i g o t s k i
219
A B R I N C A D E I R A F. O S E U P A P E L N O
[ 1 L S E N V O L V I M F N T O P S l Q U J C O DA C R I A N Ç A
6 Sobre Jean Piaget, cf., neste volume, a nota nota 14, p. 97. (N.T.)
220
L £ v S. V i g o t s k i
221
A h r i n c a d e i r a e o s f. l j p a p e l n o
D E S E N V O L V I M E N T O V S í Q U 1 O O DA C R I A N Ç A
222
r
L e v S. V i g o t s k i
223
A BRI NCAI ) t I R A E O S E U P APEI . N O
D E S E N V O L V I M E N T O P S Í Q U I C O DA C R I A N Ç A
224
L t v S. V i g o t s k i
225
A B R I N C A D E I R A E O S t U P A P E L N O
D E S E N V O L V I M E N T O P S Í Q U I C O DA C R I A N Ç A
226
L ev S. V i g o t s k i
227
A B R I N C A D F I R A 1 O SKU P A P E L NO
O E S F. N V O L V I M E N T O P S Í Q U I C O DA C R I A N Ç A
228
L e v S. V i g o t s k i
229
A d r i n c a p l ; i r a f. o s e u p a p e l n o
DESF. N V O L V J M E N T O P S t Q U I C O DA C R I A N Ç A
13 Karl Groos (1861-1946) —filósofo e psicólogo alemão que propôs uma teoria
evolucionária sobre a brincadeira, descrita em dois livros escritos em 1898 e
republicados em 2009 pela General Books LLC Publication {Theplay o f animais
[A brincadeira dos animais] e lhe play ofman [A brincadeira do homem]). (N.T.)
230
L ev S. V i g o t s k i
231
A B R I N C A D E I R A £ O S F U V h V £ l NO
D E S E N V O L V I M E N T O P S Í Q U I C O DA C R I A N Ç A
232
L t v S . V i go r s k i
14 Sobre Kurt Koffka, cf., neste volume, a nota 13, p. 96. (N.T.)
233
A B R I N C A D E I R A E O SFII PAPEI . NO
D E S E N V O L V I M E N T O P S Í Q U I C O DA C R I A N Ç A
15 Sobre David Katz, cf„ neste volume, a nota 15, p. 63. (N.T.)
234
L e v 5 . V i g o t s k i
235
A B R I N C A U £ 1K A £ O S E U P A P E L NO
D E S E N V O I . V I M H N T O P S Í Q U I C O DA C R I A N Ç A
236
L ev S. V i g o t s k i
237
A ( J R Í N C A D E I R A E O S E U F A P Ü L NO
d f s e n v ü l v i m e n t o P S Í Q U i c n d a c r i a n ç a
238
L t v S. V i g o t s k i
239
O PROBLEMA DA INSTRUÇÃO
E DO DESENVOLVIMENTO MENTAL
NA IDADE ESCOLAR1
1 Sobre Jean Piaget, cf-, neste volume, a nota 14, p. 97. (N.T.)
242
L e v S. V i g o t s k i
243
O P R O B L E M A DA I N S T R U Ç Ã O E DO D E S E N V O L V I M E N T O
M E N T A L NA I D A D E E S C O L A R
244
L ev S. V i g o t s k i
245
O P R O B I . F M A T) A I N S T R U Ç Ã O F D O D F S F N V O I . V I M F . N T O
M E N T A L N A I D A D E E S C O L A R
246
L i: v S . V i g o t s k i
247
O P R O B L E M A DA I N S T R U Ç Ã O F. D O D E S E N V O L V I M E N T O
M F N T A I . N A I D A D E E S C O L A R
^ Sobre Kurt Koffka, cf., neste volume, a nota 13, p. 96. (N.T.)
248
I. e v S . V i t; o r s k i
6 Sobre Johann Friedrich Herbart, cf., neste volume, a nora 8, p. 157. (N.T.)
7 Robert S. Woodworth (1869-1962) e Edward L. Thorndike (1874-1949) - eram
psicólogos estadunidenses, dedicados à investigação da psicologia da instru
ção e da aprendizagem. Em 1901, conforme eles próprios dizem, iniciaram a
publicação de uma série de estudos examinando a questão da influência do
aprimoramento de uma função mental sobre a eficiência de outras funções.
249
O P R O B L E M A DA I N S T R U Ç Ã O E DO D E S E N V O L V I M E N T O
M E N T A L NA I ÜADF . E S C O L A R
250
L e v S. V i c o t s k i
251
O P R O B L E M A D A I N S T R U Ç Ã O H D O D F S E N V O L V I M L N T O
M F. N T A L N A 1 D A D F F. S C O L A R
252
L e v S. V i g o t s k i
253
O P R O B L E M A DA I N S T R U Ç Ã O F. DO D E S E N V O L V I M E N T O
M E N T A L NA I D A D E E S C O L A R
254
L e v S . V i g o t s k i
255
O P R U B I. F. M A DA I N S T R U Ç Ã O £ 17 O D E S E N V O L V I M E N T O
m e n t a l n a í d a d e e s c o l a r
256
L £ v S. V i g o t s k i
257
O P R O B L E M A DA I N S T R U Ç Ã O E DO D E S E N V O L V I M E N T O
M E N T A L NA I D A D E E S C O L A R
258
L ev S. V i c o t s k t
259
O P R O B L E M A D A I N S T R U Ç Ã O E D O D E 5 E N V O L V 1 M E N T O
M E N T A L N A J D A D L L S C O L * R
260
L l v S . V i g o t s k i
contrária que diz que somente é boa a instrução que está à frente
do desenvolvimento. Esse ponto de vista mostra-se correto no
exemplo da instrução por complexo {compleksnoie obutchenie).u
Ainda está fresca na memória de todos a defesa do sistema de
instrução por complexo do ponto de vista pedológico. Indaga-se
se estaria equivocada a pedologia e exatamente quando, já que
tentou provar de todas as maneiras que o sistema por complexo
corresponderia à natureza da criança.
Parece-nos que o erro da defesa pedológica desse sistema
não é porque a pedologia apoiou-se em fatos falsos, mas por
que formulou falsamente a questão. E verdade que o sistema
de pensamento por complexo é mais próximo da criança que
chega à escola, porém também é certo que é uma etapa fina
lizada do desenvolvimento da criança pré-escolar. Orientar-se
261
O P R O D L E M A DA I N S T R U Ç Ã O E DO D E S E N V O L V I M ü N T O
M I N 1 AL NA i D A D H E S C O L A R
262
L f. v S. V i h o t s k i
263
O P R O B L E M A D A I N S T R U Ç Ã O E D O D E S K N V O L V I M í N T O
M E N T A L N A I D A D E E S C O L A R
264
L e v S . V i g o t s k i
265
O P R O f t L F . MA DA I N S T R U Ç Ã O F D O D E S E N V O L V I M E N T O
M E N T A L N A I D A D E E S C O L A R
266
L ü v S . V i g o t s k i
267
O P R O U L E M A DA I N S T R U Ç Ã O E D O D E S I N V U L V I M E N T O
M E N T A L N A I D A D E E S C O I . AR
268
INSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO NA
IDADE PRÉ-ESCOLAR1
270
L l v S . V i g o t s k i
2 Difícil concordar com a afirmação do autor de que a criança até 3 anos " instrui-se
segundo seu próprio programa”, que a “a própria criança define seu programa”,
pois o autor diz que a fala da criança altera-se em função da pobreza ou riqueza
da fala ao seu redor. Consequentemente, o volume de conceíros verbais, seu
conteúdo e caráter não sáo definidos pela criança; por isso, não há fundamentos
para se afirmar que existe um “programa próprio da criança”. (N.E.R.)
271
1N S I H IJ Ç í ü E D E S E N V O L V I M E N T O NA I D A D E PRF. - F S C O L A K
272
L e v S . V i g o t s k i
273
L
I n s t r u ç ã o f. d e s e n v o l v i m e n t o n a i d a d f . p r é - e s c o l a r
274
Lf. v S. V i g o t s k i
6 Sobre Maria Tecla Artemisia Montessori, cf., nesre volume, a nota 16, p. 132.
(N.T.)
275
I n s t r u ç ã o e d e s e n v o l v i m e n t o n a i d a d e p r é - h c o l a r
276
L e v S . V i g o t s k i
277
I N S I H U Ç A O E D E S E N V O L V I M E N T O NA I D A D E P R É - t S C O L A R
279
1
I n s t r u ç ã o e d e s e n v o l v i m e n t o n a i d a d i; p r é - e s c o l a r
gerais uma relação de tal ordem que não havia ainda ocorrido
na experiência da criança.
Gostaria de me deter em três momentos que decorrem
diretamente da afirmação de que a memória ocupa um lugar
central na criança em idade pré-escolar.
O primeiro é uma questão muito difícil e consiste no se
guinte: nós, adultos, afirmamos a nosso respeito que pensamos
por conceitos. A criança não possui conceitos amadurecidos. O
que, então, substitui os conceitos na criança? É característico
dela, na idade pré-escolar, pensar. Todo conceito, qualquer
significado da palavra é uma generalização. Qualquer conceito
está relacionado a um grupo de objetos; contudo, essas gene
ralizações em crianças de diferentes idades são estruturadas de
forma diferente. O fato mais significativo entre todos os postu
lados relativos ao desenvolvimento do pensamento infantil é o
seguinte: à medida que se desenvolve a relação de convivência
da criança com o adulto, amplia-se também a generalização
infantil e o contrário também é verdadeiro.
Para convivermos uns com os outros, transmitirmos nossas
ideias uns aos outros, precisamos saber generalizar os pensamen
tos que transmitimos porque o pensamento não pode ser trans
posto diretamente de uma cabeça para outra. Imaginem a mãe
de uma criança. A mãe sorri e a criança não a compreende, mas
se contagia com seu ânimo e também sorri. A mãe não se conta
gia com o sorriso da criança, mas entende que ela está satisfeita.
Pode-se considerar estabelecido que os estágios de genera
lização da criança correspondem, rigorosamente, àqueles pelos
quais se desenvolve a sua relação de convivência. Cada novo
estágio na generalização da criança significa também um novo
estágio nas possibilidades de relação de convivência. A própria
presença de representações gerais pressupõe o primeiro estágio
do pensamento abstrato.
280
L e v S . V i g o t s k i
281
F
I n s t r u ç ã o i; df . s f . n v o l v i m e n t o n a i d a d e f r é - e s c ü l a k
282
L _
L ev S. V i g o t s k i
283
I n s t r u ç ã o e d e s e n v o l v i m e n t o n a i d a d e p r p - e s c o l a k
284
L E v S. V i G U T S K l
285
I n s t r u ç ã o e d e s e n v o l v i m e n t o n a i d a d e p r é - e s c o l a r
286
L i v S. V i g o t s k i
287
I n s t r u ç ã o e d e s e n v o l v i m e n t o n a i d a d e p r é - e s c o l a h
288
tidianos e científicos
na idade escolar] que
tem sérios problemas
de redação em russo.
Em homenagem à
Elena Kravtsova, neta
de L. S. Vigotski que
faleceu em março de
2020 tomamos a de
cisão de publicar um
de seus últimos arti
gos escritos em pare
ceria com seu marido,
Guennadi Kravtsov. O
artigo discute questões in
dicadas em um dos textos
de L. S. Vigotski aqui tradu
zidos.
Alguns textos que com
põem este livro permitem
refletir sobre o papel da es
cola na vida contemporâ
nea. Apesar de terem sido
escritos entre 1928 e 1933,
são atuais e podem contri
buir com aqueles que dese
jam uma formação humana
voltada para a diversidade e
as possiblidades de desen
volvimento.
Zoia Prestes e
Elizabeth Tunes
“Parece-me que sempre que há uma situação
imaginária na brincadeira, há regra. Não são
regras formuladas previamente e que mudam
ao longo da brincadeira, mas que decorrem da
situação imaginária. Por isso, é simplesmente
impossível supor que a criança possa se com
portar numa situação imaginária sem regras, as
sim como se comporta numa situação real Se a
criança faz o papel da mãe, então, ela tem diante
de si as regras do comportamento da mãe. O pa
pel que a criança interpreta e a sua relação com
o objeto, caso este tenha seu significado m odi
ficado, sempre decorrem das regras, ou seja, a
situação imaginária sempre contém regras. Na
brincadeira, a criança é livre. Mas essa liberdade
é ilusória.”
L. S. Vigotski
786558 910121