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História Da Fotografia PDF
História Da Fotografia PDF
HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA
A luz: por onde tudo começou
Ao contrário de outros inventos, a fotografia não tem um único criador. Ela é a junção
de várias observações e criações de momentos distintos. A primeiro grande passo da fo-
tografia foi a câmara obscura. Sentado sob uma árvore, Aristóteles observou a imagem
do sol, durante um eclipse parcial, projetando-se no solo em forma de meia lua
quando seus raios passarem por um pequeno orifício entre as folhas. Observou
também que quanto menor fosse o orifício, mais nítida era a imagem.
Séculos de ignorância e superstições ocuparam a Europa medieval, sendo os
conhecimentos gregos resguardados no oriente. Um erudito árabe, Alhazem,
descreveu a câmara escura em princípios do século XI. No século XIV já se acon-
selhava o uso da câmara escura como auxílio ao desenho e à pintura. Leonardo
da Vinci fez uma descrição da câmara escura em seu livro de notas, mas não foi
publicado até 1797. Giovanni Baptista Della Porta, cientista napolitano, publi-
cou em 1558 uma descrição detalhada da câmara e de seus usos. Esta câmara
era um quarto estanque à luz, possuía um orifício de um lado e a parede à sua
frente pintada de branco. Quando um objeto era posto diante do orifício, do
lado de fora do compartimento, sua imagem era projetada invertida sobre a
parede branca.
Contudo, ao diminuir o orifício no qual se passava a luz, diminuia também a
iluminação, tornando a imagem escura, quase impossível para o artista identi-
ficá-la. Somente em 1550, o físico milanês Girolamo Cardano sugeriu o uso de
uma lente biconvexa junto ao orifício, o que permitiu aumentar e melhorar a Modelos de câmara escura
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PROFISSIONALIZANTES
A partir de 1604, o cientista italiano Angelo Sala, identificou que certo composto de
prata se escurecia quando exposto luz. No princípio, acreditava-se que era o
calor que causava tal alteração. Foi em 1727, que o professor de anatomia Jo-
hann Schulze, da universidade alemã de Altdorf, observou que um vidro com
ácido nítrico, prata e gesso tornava-se escuro quando exposto à luz de uma
janela. Após separar os materiais, o professor alemão observou que os cris-
tais de prata halógena, ao receberem luz, e não o calor como se supunha, se
transformavam em prata metálica negra. A partir de observações acidentais e
sem utilidade prática na época, Schulze cedeu suas descobertas à Academia
Imperial de Nuremberg.
Com o desenvolvimento da química, Em 1802, Sir Humphrey Davy demonstrou impressão de silhuetas de folhas
a fotografia conseguiu importante
e vegetais sobre couro. Thomas Wedgewood, familiarizado com o processo de
progresso.
Schulze, obteve imagens mediante a ação da luz sobre o couro branco impreg-
nado de nitrato de prata. Mas Wedgewood não conseguiu fixar as imagens,
isto é, eliminar o nitrato de prata que não havia sido exposto e transformado em prata
metálica, pois apesar de bem lavadas e envernizadas, elas se escureciam quando expos-
tas à luz.
A câmara escura também era do conhecimento da família de Wedgewood. Josiah, pai
de Thomas, a usava constantemente para desenhar casas de campo e copiar seus dese-
nhos nas suas famosas porcelanas. No entanto, seu filho não chegou a obter imagens
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FOTOGRAFIA
impressas com o auxílio da câmara escura devido à sua morte prematura, aos 34 anos.
Aos 40 anos, Nicéphore Niépce se retirou do exército francês para se dedicar a inven-
tos técnicos, graças à fortuna que sua família havia feito com a revolução. Nesta época,
a litografia era muito popular na França e, como Niépce não tinha habilidade para o
desenho, tentou obter através da câmara escura uma imagem permanente sobre o ma-
terial litográfico de imprensa. Recobriu um papel com cloreto de prata e expôs durante
várias horas na câmara escura, obtendo uma fraca imagem parcialmente fixada com
ácido nítrico. Como essas imagens eram negativas e Niépce queria imagens positivas
que pudessem ser utilizadas como placas de impressão, determinou-se a realizar novas
tentativas.
Após alguns anos, Niépce recobriu uma placa de metal com betume branco da que ti-
nha a propriedade de se endurecer quando atingido pela luz. Nas partes não afetadas, o
betume era retirado com uma solução de essência de alfazema. Em 1826, expondo uma
dessas placas durante aproximadamente 8 horas na sua câmara escura, conseguiu uma
imagem do quintal de sua casa.
Apesar dessa imagem não ter meios tons e não servir para litografia, todas as autori-
dades na matéria a consideram a primeira fotografia permanente do mundo. Esse pro-
cesso foi batizado por Niépce de HELIOGRAFIA, que significa, do grego, gravura com a
luz solar. Foi por meio dos irmãos Chevalier, famosos óticos de Paris, que Niépce entrou
em contato com outro entusiasta que procurava obter imagens impressionadas quimi-
camente: Louis Jacques Mandé Daguerre. Este, durante alguns anos, causara sensação
em Paris com o seu diorama, um espetáculo composto por enormes painéis translúcidos
pintados por intermédio da câmara escura, que produziam efeitos visuais (fusão, tri-
mensionalidade) através de iluminação controlada no verso destes painéis.
Durante algum tempo, Niépce e Daguerre mantiveram correspondência sobre seus
trabalhos. Em 1829, os dois firmaram uma sociedade com a proposta de aperfeiçoar
a heliografia, compartilhando seus conhecimentos secretos. Daguerre, ao perceber as
grandes limitações do betume da Judéia, decidiu prosseguir sozinho nas pesquisas com
a prata halógena. Suas experiências consistiam em expor, na câmara escura, placas de
cobre recobertas com prata polida e sensibilizadas sobre o vapor de iodo, formando
uma capa de iodeto de prata sensível à luz.
Dois anos após a morte de Nièpce, Daguerre descobriu que uma imagem quase invisí-
vel, latente, podia revelar-se com o vapor de mercúrio, reduzindo-se assim de horas para
minutos o tempo de exposição. Conta a história que uma noite Daguerre guardou uma Fotografia de Nièpce, de
placa sub-exposta dentro de um armário onde havia um termômetro de mer- 1925.
cúrio que se quebrara. Ao amanhecer, abrindo o armário, Daguerre constatou
que a placa havia adquirido uma imagem de densidade bastante satisfatória,
tornara-se visível. Em todas as áreas atingidas pela luz o mercúrio criava um
amálgama de grande brilho, formando as áreas claras da imagem. Após a re-
velação, agora controlada, Daguerre submetia a placa com a imagem a um ba-
nho fixador, para dissolver os halogenetos de prata não revelados, formando
as áreas escuras da imagem. Inicialmente foi usado o sal de cozinha, o cloreto
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PROFISSIONALIZANTES
A ambrotipia, criada por Archer e que utilizava a coloração de Peter Wickens Fry, con-
sistia em um positivo direto obtido com a chapa de colódio. Para branquear o negativo,
escurecia-se o dorso com um tecido preto ou verniz escuro, dando assim a impressão
de um positivo. Quando um negativo é colocado sobre um fundo escuro com o lado da
emulsão para cima, aparece uma imagem positiva devido à reflexão de luz da prata me-
tálica. Por isto, o negativo não podia mais ser copiado, mas sim servir como economia de
tempo e dinheiro, pois se eliminava as etapas de obtenção da cópia. O nome ambrótipo
foi sugerido por Marcos A. Root, um daguerrotipista da Filadélfia, sendo também usado
este nome na Inglaterra. Na Europa era geralmente chamado melainotipo. Os retratos Avenida do tempo, foto-
pequenos, feitos através deste processo, foram muito difundidos nos anos 1850 até se- grafia de Louis Daguerre
em 1838
rem superados pela moda das fotografias tipo carte-de-visite.
Outra variação foi o chamado ferrótipo, também conhecido como tintipo,
que produzia uma fotografia de forma mais rápida que o ambrótipo. Há di-
vergências entre historiadores quanto ao criador desse processo. Enquanto
alguns afirmam que Adolphe Alexandre Martin, um mestre francês, em 1853
foi o criador desse processo, outros afirmam que foi Hanníbal L. Smith, um
professor de química da universidade de Kenyon, quem introduziu o proces-
so. Este era constituído por um negativo de chapa úmida de colódio com um
fundo escuro para a formação do positivo. Contudo, ao invés de usar verniz
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ou um pano escuro, era utilizada uma folha de metal esmaltada de preto ou marrom
escuro. O custo era reduzido devido ao valor dos materiais empregados e a rapidez de-
corria das novas soluções de processamento químico.
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FOTOGRAFIA
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PROFISSIONALIZANTES
Componha um cenário
Ambientes externos, fora de um estúdio, requer estudo. Lembre-se que você estará fo-
tografando uma pessoa ou um objeto e o cenário deve apenas compor a fotografia, nunca
poulir a imagem.
Observe a luz
A luz, como já vimos, é essencial para a produção fotográfica. Sem ela, não há imagem.
Por isso, controlar a iluminação de um ambiente, projetando luz artificial ou utilizando
a luz natural, é importante para produzir uma boa imagem. Observe a direção da luz e
de como esta interfere sobre o tema da fotografia, pois uma luz frontal (o sol atrás de
quem está fotografando) pode proporcionar fotos brilhantes e nítidas; enquanto uma
iluminação por trás (o sol por trás do assunto), proporciona uma melhor visibilizadade
da silhueta; e, uma iluminação lateral (o sol iluminando um dos lados do assunto) para
mostrar a textura do assunto e produzir boas imagens.
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FOTOGRAFIA
FOTOGRAFIA DIGITAL
Iniciantes
Tais máquinas são ideias para fotografar de forma doméstica em ambientes
internos ou externos. São simples e de valor acessível, além de exigir apenas o
olhar e clicar. Oferecem diversos tipos de resolução, são totalmente automá-
tica, controles simples, fáceis de usar.
Semi-profissionais
Fotografam momentos de forma criativa, por meio de recursos fotográfi- Canon EOS 5000 com
cos. Possuem a capacidade de operar com baixa iluminação, contém baterias lente profissional.
com longa duração, além de capturar imagens com arquivos TIFF e RAW. Oferecem alta
resolução para fotos até 12 MB, controles fotográficos sofisticados, controles avança-
dos, flash embutido e também externo.
Profissionais
Usada por fotógrafos profissionais para fotografar eventos sociais, produtos, propa-
ganda, estúdio.
Pixel é o elemento que forma a imagem digital, assim como a prata forma a imagem
no filme. Tem um formato quadrado e são alinhados um ao lado do outro. A quantidade
de pixel determina o tamanho da imagem digital. Podemos concluir que a unidade de
medida da imagem digital é em pixels e a unidade de medida da fotografia é em cm ou
polegadas. Exemplo: a imagem com 1200 x 1600 é menor que a imagem com 2400 x
3000. (KODAK, 2009)
Resolução
A resolução determina na câmera digital o tamanho da imagem em pixel, com objetivo Cada ponto represen-
ta um pixel.
de gerar o tamanho da foto no papel conforme a necessidade do cliente. Uma câmera digi-
tal com resolução máxima de 8MP significa que o sensor CCD tem 8 milhões de
pixels com três canais de cores (RGB) cada. Quando reduzimos a resolução, por
exemplo, de 8MP para 5MP estamos agrupando os pixels, logo, transformando
o espaço com 8MP para 5MP. Sendo assim, os pixels ficaram maiores e de menor
quantidade, reduzindo o tamanho da foto final. (KODAK, 2009)
Baterias
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PROFISSIONALIZANTES
• bateria recarregável;
• bateria proprietária;
• pilhas alcalinas.
A autonomia da bateria é algo difícil de medir, uma vez que depende do tipo e do
uso dos recursos da câmera. Veja a relação dos recursos que aumentam o consumo das
baterias:
Adaptado de http://wwwbr.kodak.com/BR/pt/consumer/fotografia_digital_classica/
para_uma_boa_foto/curso_fotografia/fotografia_digital/principais_conceitos/baterias/baterias.
shtml?primeiro=1
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FOTOGRAFIA
ZOOM
FLASH
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PROFISSIONALIZANTES
• auto;
• preenchimento;
• desligado;
• redutor de olhos vermelhos.
Os outros formatos TIFF e RAW são encontrados nas câmeras digitais dedicadas aos
fotógrafos avançados e profissionais.
TIFF:
• sem ou com compressão lzw, sem perda de qualidade;
• arquivos maiores;
• impressão fotográfica e manipulação;
• armazena codificando sem reduzir o tamanho do arquivo.
JPG:
• várias opções de compressão, com ou sem perda de qualidade;
• arquivos menores;
• impressão fotográfica, manipulação e internet;
• armazena codificando, reduzindo o tamanho do arquivo.
RAW:
• nome genérico dos formatos de arquivos proprietários das câmeras;
• cada fabricante tem o seu arquivo;
• não podemos manipular;
• dados brutos captados pelo CCD ou ainda um pré-formato;
• negativo digital (imagem latente);
• RAW é 1/2 do tamanho do TIFF com qualidade igual.
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FOTOGRAFIA
Monitor LCD/Visor
Histograma
Histograma mostra a quantidade de luz no ambiente e permite ao fotógrafo conferir
com exatidão a exposição da foto em tons de cinza.
Sensibilidade em ISO
Antes de fotografar, é necessário conhecer a quantidade de luz do ambien-
te e configuração da máquina (digital ou analógica). Algumas câmeras, dipo-
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PROFISSIONALIZANTES
nibilizam uma indicação, mostrando a quantidade de luz que a máquina está lendo no
ambiente. Para quem é iniciante, o ideal é configurar a máquina no dispositivo automá-
tico e, com o tempo, estudar as melhores formas e configurações para criar efeitos nas
fotografias.
Modo Manual
• ISO 100: para cenas externas, com luz muito forte do sol;
• ISO 200: para cenas externas, com luz do sol ou dias nublados;
• ISO 400: para ambientes internos com pouca luz.
Modo Auto
Automaticamente ajusta a sensibilidade do sensor da câmera conforme o ambiente.
Modo de exposição
Este ajuste determina a quantidade de luz que forma a imagem. É uma combinação
entre os elementos internos, diafragma e obturador.
Foco
Existem duas posições de ajuste: auto ou manual.
Balanço de branco
Recurso disponível capaz de calibrar o branco em relação às diversas fontes de ilumi-
nação, equilibrando as cores das fotos. Os ajustes podem ser:
auto;
luz dia;
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FOTOGRAFIA
tungstênio;
fluorescente;
nublado;
manual.
Disparador automático
Quando você quer bater foto de si mesmo (sozinho ou com alguém), você pode utili-
zar esse recurso. Basta fixar a câmera em local seguro e com estabilidade, configurar o
disparador no menu da máquina e se posicionar em frente à máquina. Pode ser utilizada
também para fotografias que exigem muita precisão: o fotógrafo configura o disparador
e a máquina bate sozinha. Fotografias com um alto zoom utilizam esse recurso.
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PROFISSIONALIZANTES
FOTOGRAFIA TRADICIONAL
A luz é uma energia visível e é indispensável para sensibilizar o filme e, assim, criar
as fotografias. Sendo assim, a qualidade de uma imagem está diretamente ligada ao
controle da luz e a entrada desta na máquina fotográfica. É recomendado, sempre que
possível, o uso do exposímetro (também conhecido como fotômetro), pois este ajuda a
identificar a quantidade de luz no ambiente e, assim, regular o obturador para que a foto
saia conforme o fotógrafo deseje. Existem dois tipos de luz:
A iluminação que modifica o filme é refletida pelo que é fotografado, ou seja, quando
fotografamos em um ambiente sem luz, nada ali reflete luminosidade, o que deixa a
fotografia toda escura. É necessário observar com cuidado a maneira pela qual o as-
sunto está refletindo a luz. Os objetos polidos e brilhantes produzem reflexos e podem
comprometer a qualidade da foto. As áreas com diferenças de iluminação, isto é, partes
com muita reflexão de luz (ou muito claras) e partes com pouca reflexão – (ou muito
escuras) resultarão em fotos muito contrastadas. Procure manter sempre uniformidade
de iluminação no assunto a ser fotografado.
Assunto
Tecnicamente, o assunto é o que reflete a luz, ou seja, a luz incide sobre o assunto e
é por ele refletida com maior ou menor intensidade. Essa luz refletida passa através da
lente da câmera e grava as imagens no filme. É fundamental ver como o assunto reflete
a luz e procurar obter melhores resultados dessa iluminação. Estude cuidadosamente os
vários efeitos produzidos pela reflexão da luz; mude a posição do assunto e das fontes
de luz até conseguir o efeito desejado. (http://wwwbr.kodak.com/, 2009)
Escolha do assunto
Com criatividade e observando sempre a iluminação, você pode criar diferentes fo-
tografias, com ângulos variados. Fotografe o assunto de diversos ângulos e com varia-
das formas de iluminação. Faça fotografias utilizando a luz refletida pelo assunto que,
passando através de sua lente, forma imagens em um material sensível, que é o filme. É
importante conhecer a câmera bem para conseguir, assim, bons resultados.
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FOTOGRAFIA
Abertura do diafragma
O diafragma é a pequena abertura da caixa à prova de luz, na qual há também uma
lente que regula a entrada de luz. É por esse orifício que os raios luminosos passa e for-
mam a imagem. O mecanismo de diafragma controla a entrada de luz. As câmeras mais
antigas possuíam uma abertura de diafragma, sem sistema de regulagem, o que limitava
seu uso aos dias de sol. Os fabricantes contornaram esse problema implantando peque-
nas chapas metálicas com dois orifícios de diâmetros diferentes, um para locais claros e
outro para ambientes escuros. Assim, em dias de sol intenso, usa-se a abertura menor
do diafragma. Este princípio é utilizado nas câmeras mais simples.
Obturador
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PROFISSIONALIZANTES
Lente
Sensibilidade
A sensibilidade dos filmes é indicada por números do sistema ISO - International Stan-
dards Organization (antigamente ASA ou DIN). O sistema DIN (alemão) ainda é utiliza-
do.
• de ISO 25 até 64: são filmes considerados de baixa sensibilidade e indicados para
grandes ampliações;
• de ISO 100 até 200: são filmes considerados de média sensibilidade, permitindo
ampliações maiores, com nitidez e definição. São indicados para uso geral;
• de ISO 400 até 3200: são filmes considerados de alta sensibilidade e são indicados
para fotos em locais de pouca iluminação, sem uso de flash ou para fotos de ação,
que exigem maiores velocidades do obturador. Grandes ampliações podem apre-
sentar ligeira granulação;
• código DX: São barras impressas no magazine do filme que informam qual a sen-
sibilidade e o número de poses. Esta leitura é feita por um conjunto de sensores
existente nas câmeras.
Câmeras fotográficas
Câmera simples
É controlada por duas aberturas:
• sol (abertura pequena);
• nublado (abertura grande).
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FOTOGRAFIA
Câmera automática
Estas têm este nome, porque possuem uma fotocélula que calcula a abertura do dia-
fragma e a velocidade do obturador. Geralmente possuem avanço e rebobinamento de
filme automatizado automático, o flash possui um sensor que determina quando deve
ser acionado e a lente possui pelo menos três níveis de foco (1.20m, 3m e infinito). Elas
possuem maior versatilidade que as câmeras simples, mas a qualidade das fotos pode
ficar aquém de um câmera com configurações manuais, quando esta estiver configurada Modelo de câmera
corretamente. automática.
Câmera ajustável
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Veja abaixo como é o ajuste da exposição à luz do dia para câmeras sem ex-
posímetro:
Objetiva normal
A lente ou objetiva mais comum é aquela cuja distância do foco corresponde à medida
da diagonal do negativo. Câmeras que usam filme 135 (35 mm) tem uma distância focal
normal de 43 mm. Os fabricantes, no entanto, consideram normais as lentes de 45, 50
ou 55 mm, sendo as mais vendidas as de 50 mm.
Teleobjetiva
As lentes teleobjetivas mais usadas são as de distância focal de 85, 105, 200, 300,
400, 500, 1000mm ou mais. Possuem como função aumentar o tamanho da imagem
no negativo, o que facilita o trabalho de revelação. Para isso, quanto maior a sua dis-
tância, maior a imagem formada no negativo. Para calcular exatamente o aumento
da imagem, divida a distância focal da teleobjetiva pela distância focal da objetiva
normal.
Por exemplo:
Dividindo 200 por 50, você obtém 4, que corresponde ao número de vezes a que foi
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FOTOGRAFIA
Dicas gerais
Reflexos
O ajuste rápido permite captar as gotas
Muita atenção quando houver fundos que possam poluir a fotografia, como fun- de água, como na imagem acima.
dos brilhantes, que produziram reflexo desagradáveis, impossibilitando a visuali-
zação do assunto. É indicado o fundo fosco, com cores sólidas. Fotografias que exigem um
tratamento em programas de edição de imagem é recomendado o fundo branco uniforme.
Peça às pessoas com óculos para virar um pouco a cabeça ou tirá-los.
Reflexos vermelhos
Em algumas pessoas (e nos animais) a luz do flash reflete um brilho vermelho. Para
evitar isto, acenda todas as luzes do aposento - a maior luminosidade diminui o tamanho
da pupila e evita esse efeito. Você também pode aumentar a distância entre o flash e a
objetiva da câmera. Existem algumas câmeras que utilizam um flash específico que di-
minui a possibilidade do olhos vermelhos: elas disparam um flash e, em seguida, dispara
um novo flash e aí sim a fotografia é batida.
Faixa de distâncias
Fotografias muito próximas podem “quebrar” devido à falta de foco. Observe a dis-
tância ideal da câmera e do assunto e consiga assim a melhor fotografia.
Para colocar o filme é simples. Você pode seguir as instruções que vêm na própria
embalagem do filme fotográfico, mas as dicas são semelhantes. Vejamos, por exemplo,
a colocação de um filme 35mm numa câmera manual:
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CURSOS
PROFISSIONALIZANTES
Câmeras que usam este tipo de filme possuem um marcador de exposições automáti-
co. Algumas câmeras simples ainda usam filmes 110 e 126, acondicionados em cartuchos
plásticos à prova de luz, cujo encaixe não exige técnica especial. Basta abrir
a câmera e colocá-lo na posição correta, fechar a tampa e girar a alavanca de
transporte até travar. Dessa forma você estará em condições de tirar a primeira
foto. Depois de cada exposição, gire a alavanca até travar novamente. Proceda
assim até o final do filme. Depois gire a alavanca até que todo o papel protetor
passe pela janela da câmera, abra a câmera, retire o cartucho e envie para pro-
cessamento.
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FOTOGRAFIA
FOTOGRAFAR DE PERTO
Como fotografar pequenos animais ou plantas? A ponta da unha ou uma
gota de orvalho? Esse tipo de foto exige algumas técnicas especiais e meca-
nismos que somente algumas câmeras possuem, como a função macro. Basi-
camente, você precisará de:
Verifique se o equipamento está em ordem antes de seguir para o ambiente que será
fotografado. Leve pilhas reservas, todas totalmente carregadas, além de filme fotográ-
fico (ou cartão de memória) a mais do que você acredita que irá utilizar. Confira as con-
dições de luz, consulte a bula do filme ou o fotômetro, regule a abertura do diafragma e
velocidade do obturador de acordo com a sensibilidade do filme e as condições de luz,
veja, através do visor, qual o ângulo que lhe dará melhor enquadramento e composição
do assunto. Controle todo o ambiente fotográfico antes de apertar o disparador.
E, como dizemos no início, não tente controlar a expressão do modelo que será fo-
tografado. Ela deve ser natural. Busque captar uma expressão característica, própria da
pessoa. Nesse momento, a teleobjetiva ajudará bastante, pois permite que o fotógrafo
se mantenha afastado do assunto, facilitando a desinibição e a expressão natural.
Enquadrar bem
Procure enquadrar o tema corretamente, observando o alinhamento das linhas ho-
rizontais e verticais da câmera. Enquadramento significa composição, isto é, a seleção
e o arranjo que se deve fazer do assunto, antes de fotografá-lo. Você pode conseguir a
melhor composição do assunto de várias maneiras:
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CURSOS
PROFISSIONALIZANTES
Se você quiser aperfeiçoar o seu gosto pela arte fotográfica, visite as exposições de
fotografia, consulte álbuns de reprodução de fotos premiadas, com senso crítico. Ob-
serve cada detalhe, procurando descobrir a regulagem utilizada, os efeitos conseguidos
com lentes, filtros e as possíveis modificações que tornariam a foto ainda melhor. Assim,
você estará aguçando a sua capacidade de observação. Cada vez que analisa uma foto,
em todos os seus aspectos, você passa a tirar uma série de conclusões sobre seu pró-
prio trabalho e sua imaginação começa a vislumbrar uma infinidade de assuntos a serem
fotografados.
Adaptado de http://wwwbr.kodak.com/
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FOTOGRAFIA
Glossário
Adaptado de http://wwwbr.kodak.com/BR/pt/consumer/fotografia_digital_classica/para_
uma_boa_foto/curso_fotografia/fotografia_tradicional/glossario/glossario.shtml?primeiro=1, janeiro
de 2009
Filme pan ou pancromático: filme sensível a todas as cores do espectro para gravar
imagens em preto-e-branco com aproximadamente a mesma gama de tonalidades do
olho humano.
Filtro: vidro ou outro material transparente em cores, que se usa diante da objetiva,
com finalidades especiais, como acentuar o azul do céu.
Foco fixo: diz-se da câmera em que não há possibilidade de ajuste da distância entre
a objetiva e o assunto.
Fole: parte flexível da câmera que une a objetiva ao corpo da câmera e serve para
afastar ou aproximar a lente do plano focal.
Grande angular: objetiva capaz de incluir no negativo área maior que a coberta pela
objetiva normal.
Granulação: tamanho dos cristais da emulsão dos filmes ou papéis fotográficos. A gra-
nulação aumenta quanto maior for a sensibilidade do filme e também com o tamanho da
ampliação do negativo.
Lente de aproximação: lente simples que é colocada diante da objetiva para fazer
fotos com distância menor do que a normalmente permitida pela objetiva.
Luminosidade: a maior abertura de diafragma (no f menor) permitida por uma deter-
minada objetiva.
Negativo: filme processado que apresenta uma imagem negativa da imagem do ori-
ginal. As partes claras do original aparecem escuras no negativo, e as partes escuras
aparecem claras. Os negativos são usados para fazer cópias e ampliações.
Negativo fraco: aquele que foi subexposto, pouco revelado ou ambos; o negativo
fraco tem menor densidade que o negativo normal.
Número f: o mesmo que abertura do diafragma.
Objetiva: componente ótico da câmera para captar e focalizar os raios luminosos de
forma a produzir uma imagem nítida no filme.
Objetiva luminizada: é a objetiva recoberta por uma camada de material transparen-
te, destinada a reduzir a quantidade de luz refletida pela lente.
Objetiva zoom: objetiva em que se pode variar a distância focal.
Obturador: uma cortina, lâminas ou outro tipo de cobertura móvel, para controlar o
tempo da incidência da luz sobre o filme.
Obturador central: é aquele que opera entre dois elementos da objetiva.
Obturador de cortina: funciona como uma cortina e se localiza à frente do filme, per-
mitindo que a luz, através de uma fenda, incida sobre ele.
Paralaxe: é a diferença de ângulo entre o campo de visão da objetiva e do visor. O
ângulo percebido através do visor é diferente do ângulo visto pela objetiva.
Positivo: imagem em uma cópia ou transparência. Tem as mesmas relações de tonali-
dades que as da cena original.
Quarto escuro: o mesmo que câmera escura.
Sensibilidade: é a propriedade da emulsão fotográfica em gravar a imagem em maior
ou menor tempo de exposição. É representada por números (como 25, 64, 100, 125,
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FOTOGRAFIA
200, 400 etc). Esse número, indicativo da sensibilidade do filme fotográfico, sengundo
padrões ISO (International Standards Organization), é utilizado no ajuste dos exposíme-
tros (fotômetros). Quanto maior esse número, maior será a sensibilidade do filme.
Slide: transparência fotográfica geralmente em cores, montado em molduras para
projeção.
Subexposição: condição que se nota quando um negativo é atingido por pequena
quantidade de luz produzindo negativos claros e, como conseqüência, cópias e amplia-
ções muito escuras. A subexposição em slides torna-os muito escuros.
Superexposição: condição que se nota quando um filme é atingido por quantidade
excessiva de luz, produzindo negativos muito escuros e, conseqüentemente, cópias
muito brancas. A superexposição em transparências ou slides deixa-os muito claros.
Telêmetro: dispositivo ótico para medir distâncias. Hoje, na maioria das câmeras, esse
dispositivo é conjugado com a objetiva, de forma a possibilitar a focalização perfeita do
assunto.
Teleobjetiva: uma objetiva que faz a imagem aparecer maior no filme, e dá a impres-
são de que o assunto está mais próximo da câmera do que na realidade.
Transparência ou slide: imagem fotográfica gravada no filme que pode ser vista ou
projetada (luz que atravessa o filme).
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