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Questionário
É um instrumento de coleta de informação, utilizado numa Sondagem ou Inquérito.
Diferencia-se da entrevista pois nesta última as perguntas e respostas são feitas de maneira oral.
Diferencia-se de formulário, pois este pode ser qualquer impresso com campos próprios para
anotação de dados, não importando por quem são preenchidos os dados.
Já o teste, embora possa ser efetuado por intermédio de questionário, tem por objetivo incentivar
determinadas reações através de perguntas.
1. Planificação:
–Delimitação de âmbito dos problemas a estudar e, em consequência, da informação a obter
(objectivos dos questionáiros);
–Formulação de hipoteses teóricas que se pretende verificar;
–Delimitação rigorosa do universo ou população do inquérito e construção de uma amostra
representaviva;
–Planificação das secçõesdos questionários, formulando as questões que integram cada secção.
“(...) a construção do questionário e a elaboração das questões constituem uma fase crucial do
desenvolvimento de um inquérito como método de investigação. Quaisquer imprecisões, erros ou
ambiguidades precisam de ser eliminadas antes da sua aplicação em campo pois estas, por mínimas
que sejam, exercerão impacto decisivo no total das operações posteriores em direcção às
conclusões”.
Tipos de questões:
–Questões de resposta aberta – permitem liberdade de expressão ao inquirido.
–Questões de resposta frechada – o inquirido apenas selecciona a opção (de entre as
apresentadas), que mais se adequa à sua opinião.
Tipos de questionários:
- Questionários de tipo aberto
- Usam questões abertas
2. Execução
Na perspectiva de Almeida e Pinto (1995), a opção por um inquérito de administração
indirecta exige a selecção e formação dos entrevistadores, enquanto que com o questionário
que se destina a ser auto-administrado não devem descurar-se pormenores como o aspecto
gráfico e as soluções mais eficazes de envio e devolução do mesmo.
3.Tratamento da Informação
A Avaliação de Riscos (AR) profissionais é o processo que visa estimar a dimensão do risco para a
saúde e segurança dos trabalhadores em função das situações em que o perigo pode ocorrer no local
de trabalho.
Com a Empresa X são identificados os principais riscos a que o trabalhador está exposto, podendo-
se quantificar/valorar esses riscos de modo a poder-se intervir por ordem de prioridade, ou seja, do
Esta ferramenta é uma mais-valia para as empresas uma vez que permite que o empregador, depois
Na figura seguinte pode observar-se as diversas fases da Avaliação, Análise e Gestão do Risco.
Identificação de Perigos
Na fase da identificação dos perigos deve ser recolhida toda a informação ligada a actividade,
Além das informações anteriormente citadas, deve-se também recolher informações das pessoas que
população a redor, entre outras. Com base nos dados recolhidos deve-se proceder a estimativa dos
riscos, que pode ser feita de forma quantitativa ou qualitativa, devendo esta ser valorada
conjuntamentecom a probabilidade da ocorrência bem como a gravidade, que também pode ser
A valoração dos riscos é a etapa final da análise do risco e esta é a fase particularmente mais
complexa para o TSHST, uma vez que depende do juízo de valor que irá ser feito dos perigos
identificados.
Para isto é importante comentar o conceito de aceitabilidade do risco, que corresponde ao ponto
onde todas as acções para a eliminação do risco foram tomadas sem no entanto eliminá-lo
risco, destas ou para estas condicionantes que dificultam a aplicabilidade das medidas de
eliminação/correcção.
Nesta fase fica concluída a avaliação do risco, onde o risco já está suficientemente caracterizado
podendo-se avançar para a definição das medidas de controlo.
O controlo do risco é a etapa onde os riscos identificados na análise vão gerar um conjunto de
acções que visam prevenir ou reduzir os danos resultantes dos acidentes de trabalho.
Através das etapas anteriores efectuar-se-á a gestão do risco, através da análise dos índices de
frequência e da gravidade e suas consequências bem como as medidas a serem tomadas para a
Uma das formas de conseguir a identificação de perigos é através da utilização de métodos directos,
dos quais se destacam as listas de verificação, também designadas por checklist’s, ou de métodos
indirectos, com recurso à informação existente sobre os acidentes ocorridos na empresa (histórico
de acidentes).
Avaliação de Riscos
A Avaliação de Risco é o processo em que se identifica os perigos (situações que podem originar
avaliam-se as suas possíveis consequências e, com base nos níveis de risco (o risco é a conjugação
propõem-se medidas que permitam minimizar e/ou controlar os riscos avaliados como não
aceitáveis.
risco.
A metodologia que se apresenta permite quantificar a magnitude dos riscos existentes e, como
designadas por Factor consequência (FC) que nos indica a magnitude dos danos, Factor Exposição
(FE) que se refere à frequência com que ocorre a situação de risco e Factor probabilidade (FP) que
Cada uma das três variáveis (FC, FE e FP) é analisada com recurso a uma escala de 6 níveis.
Os quadros 3, 4 e 5 apresentam os vários níveis e descritores associados a cada uma das variáveis
em análise.
Valorização do Risco
Factor Classificação Valor Interpretação
a) Muitas mortes ou danos 100 Catástrofe
superiores a 500.000,00 €
b) Várias mortes ou danos 50 Desastre
superiores a 250.000,00 €
c) Morte ou danos 25 Muito Grave
superiores a 100.000,00 €
d) Lesão permanente ou 15 Graves
Consequência – C danos a 50.000,00 €
Valorização do Risco
Factor Classificação Valor Interpretação
a) É o resultado mais provável e esperado se a 10 Deve Esperar-se
situação de risco tem lugar (ocorre frequentemente)
b) É completamente possível e nada estranho (50% 6 Espectável
de probabilidade)
c) Morte ou danos superiores a 100.000,00 €c) 3 Raro mas
Probabilidade - P Seria uma sequência ou coincidência rara: não é
normal que aconteça (10% de probabilidade) possível
(Resultado mais d) Seria uma coincidência remotamente possível: 1 Pouco usual
sabe-se que já ocorreu (1% de probabilidade)
provável de um
e) Nunca sucedeu em muitos anos de exposição, 0,5 Improvável
potencial mas é possível que ocorra.
f) É praticamente impossível que suceda (1 em 0,2 Impossível
acidente) cada 10)
Quadro 5: Escala de Factor de Probabilidade (FP) (Método WTF).
Neste método estima-se o Grau de Perigosidade (GP), a partir do produto entre a estimativa da
Probabilidade do risco (P) se materializar, a Exposição (E) e a Consequência esperada (C) das
GP = FC × FE × FP
Em que,
WTF) .
WTF).
Apesar da AR realizada neste trabalho abranger apenas até à Classificação do Risco e às Medidas de
Actuação, há que referir que este método apresenta uma particularidade face aos demais, que se
traduz na possibilidade de apresentar uma Justificação das medidas a implementar (J) a partir de
gc: Grau de Correcção (que traduz aquilo que é expectável reduzir em termos de GP, face à
A determinação das variáveis, fc e gc é efectuada com o auxílio das classificações propostas nos
Este método semi-quantitativo WTF apresenta algumas vantagens e desvantagens tal como todos os
outros métodos.
Como vantagens podemos referir o facto de ser um método relativamente simples, factor
preponderante para a sua escolha para aplicação nesta avaliação de riscos, permite identificar
prioridades de intervenção através da identificação dos principais riscos e possibilita que seja feita
Como desvantagens podemos referir a subjectividade associada aos descritores utilizados nas
escalas de avaliação, e, também o facto de, que para uma aplicação fiável do método, este ter que