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CURSO MEGE
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Turma: TJ-MG - 1ª Fase (Reta Final)
Material: Prova Objetiva Comentada (fundamentação e análise de questões passíveis de
recursos após gabarito preliminar oficial)
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O presente foi preparado pela Equipe Mege imediatamente após a divulgação do gabarito
preliminar da prova objetiva do TJ-MG. O intuito é auxiliar nossos alunos e seguidores na elaboração
de recursos e possibilitar também a revisão de temas cobrados no certame. Trata-se de versão
preliminar elaborada com as finalidades informadas e concluída em cerca de 24 horas de atuação
de nosso time específico para 1ª fase de magistratura estadual, sem maiores pretensões de
aprofundamento e trabalho editorial neste momento de apoio. Nas questões que identificamos
como antecipadas consideramos apenas o conteúdo da turma de reta final, não sendo considerados
nesta abordagem, diante do curto tempo, as produções voltadas aos Simulados, Mege Informativos,
Turmas Regulares e Extensivas.
Questões que entendemos passíveis de anulação, conforme apresentado neste modelo de prova: 12, 13, 19,
44, 49, 51, 65 e 89. Ao lado destas, entendemos como passíveis de alteração de gabarito: 62, 67 e 68. Pedimos
que se atentem à conferência exata destas questões com seu caderno de prova.
SUMÁRIO
1. DIREITO CIVIL................................................................................................................................... 4
II. Em caso de falecimento do autor para concluir a obra, o editor poderá editá-la, sendo
autônoma, mediante pagamento proporcional do preço.
III. Quaisquer que sejam as condições do contrato, o editor é obrigado a facultar ao autor
o exame da escrituração na parte que lhe corresponde, bem como a informá-lo sobre o
estado da edição. 4
IV. Somente decorrido um ano de lançamento da edição, o editor poderá vender, como
saldo, os exemplares restantes, desde que o autor seja notificado de que, no prazo de
trinta dias, terá prioridade na aquisição dos referidos exemplares pelo preço de saldo.
B) I e IV, apenas.
C) I, II e III, apenas.
RESPOSTA – A
COMENTÁRIOS
I – CORRETA
Conforme Lei 9.610/98, art. 53: “Mediante contrato de edição, o editor, obrigando-se a
reproduzir e a divulgar a obra literária, artística ou científica, fica autorizado, em caráter de
exclusividade, a publicá-la e a explorá-la pelo prazo e nas condições pactuadas com o
autor”.
II – CORRETA
Conforme Lei 9.610/98, art. 55: “Em caso de falecimento ou de impedimento do autor para
concluir a obra, o editor poderá: II - editar a obra, sendo autônoma, mediante pagamento
proporcional do preço”.
III – CORRETA
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Conforme Lei 9.610/98, art. 59: “Quaisquer que sejam as condições do contrato, o editor é
obrigado a facultar ao autor o exame da escrituração na parte que lhe corresponde, bem
como a informá-lo sobre o estado da edição”.
IV – CORRETA
Conforme Lei 9.610/98, art. 64: ”Somente decorrido um ano de lançamento da edição, o
editor poderá vender, como saldo, os exemplares restantes, desde que o autor seja
notificado de que, no prazo de trinta dias, terá prioridade na aquisição dos referidos
exemplares pelo preço de saldo”.
2 - Todas as pessoas que têm impedimento de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, e que, em interação com uma ou mais barreiras, podem obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas, são consideradas como pessoas com deficiência. Quanto aos direitos e deveres
previstos na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com
Deficiência), é correto afirmar que
A) a deficiência afeta a plena capacidade civil da pessoa para exercer o direito à curatela.
RESPOSTA - B
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COMENTÁRIOS
A: INCORRETA
Conforme Estatuto da Pessoa com Deficiência, art. 6º: “A deficiência não afeta a plena
capacidade civil da pessoa, inclusive para: I - casar-se e constituir união estável; II - exercer
direitos sexuais e reprodutivos; III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e
de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; IV -
conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; V - exercer o direito à
família e à convivência familiar e comunitária; e VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à
curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as
demais pessoas”.
B: CORRETA
Conforme EPD, art. 9º: “A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento
prioritário, sobretudo com a finalidade de: VII - tramitação processual e procedimentos
judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências”.
C: INCORRETA
Conforme EPD, art. 23: “São vedadas todas as formas de discriminação contra a pessoa com
deficiência, inclusive por meio de cobrança de valores diferenciados por planos e seguros
privados de saúde, em razão de sua condição”.
D: INCORRETA
Conforme EPD: “Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclarecido da pessoa com
deficiência é indispensável para a realização de tratamento, procedimento, hospitalização
e pesquisa científica” c/c “Art. 13. A pessoa com deficiência somente será atendida sem
seu consentimento prévio, livre e esclarecido em casos de risco de morte e de emergência
em saúde, resguardado seu superior interesse e adotadas as salvaguardas legais cabíveis”.
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QUESTÃO PARCIALMENTE ABORDADA NO AULÃO DE VÉSPERA E NA RODADA 10 DE
DIREITO CIVIL.
II. Os alimentos são prestados ao idoso na forma da lei civil e de forma solidária entre os
prestadores.
B) I e IV, apenas.
C) I, II e III, apenas.
RESPOSTA - C
COMENTÁRIOS
I – CORRETA
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Conforme Estatuto do Idoso (EI), art. 8º: “O envelhecimento é um direito personalíssimo e
a sua proteção um direito social, nos termos desta Lei e da legislação vigente”.
II – CORRETA
Conforme EI, art. 11 c/c 12: “Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da lei
civil” e “Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os
prestadores”.
III – CORRETA
Conforme EI, art. 27: “Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego, é vedada a
discriminação e a fixação de limite máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados
os casos em que a natureza do cargo o exigir”.
IV – INCORRETA
Conforme EI, art. 39: “Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a
gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços
seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares”. A assertiva
afirma que a gratuidade seria para todos os meios de transporte coletivos, quando a lei
apresenta exceções.
III. Nas locações por temporada é vedado ao locador o recebimento de uma só vez e
antecipadamente dos aluguéis e encargos contratuais.
A) I.
B) II.
C) I e II.
D) I e III.
RESPOSTA - A
COMENTÁRIOS
I. CORRETA
Conforme Lei de Locações (LL), art. 12: “Em casos de separação de fato, separação judicial,
divórcio ou dissolução da união estável, a locação residencial prosseguirá automaticamente
com o cônjuge ou companheiro que permanecer no imóvel; § 1º Nas hipóteses previstas
neste artigo e no art. 11, a sub-rogação será comunicada por escrito ao locador e ao fiador,
se esta for a modalidade de garantia locatícia; § 2º O fiador poderá exonerar-se das suas
responsabilidades no prazo de 30 (trinta) dias contado do recebimento da comunicação
oferecida pelo sub-rogado, ficando responsável pelos efeitos da fiança durante 120 (cento
e vinte) dias após a notificação ao locador”.
II. INCORRETA
Conforme LL, art. 32. O direito de preferência não alcança os casos de perda da propriedade 10
ou venda por decisão judicial, permuta, doação, integralização de capital, cisão, fusão e
incorporação.
III. INCORRETA
Conforme LL, art. 49. O locador poderá receber de uma só vez e antecipadamente os
aluguéis e encargos, bem como exigir qualquer das modalidades de garantia previstas no
art. 37 para atender as demais obrigações do contrato.
I. Todo nascimento que ocorrer no território brasileiro deverá ser registrado. No tocante
à naturalidade, poderá ser a do Município em que ocorreu o nascimento ou a do
Município de residência da mãe do registrando na data do nascimento, desde que
localizado em território nacional. Tal opção cabe ao declarante no ato de registro do
nascimento.
II. Nenhum sepultamento será feito sem certidão do oficial de registro do lugar do
falecimento ou do lugar de residência do “de cujus”, quando o falecimento ocorrer em
local diverso do seu domicílio. A cremação do cadáver somente poderá ser feita se o
falecido houver manifestado a vontade de ser incinerado ou no interesse da saúde pública
e se o atestado de óbito houver sido firmado por 1 (um) médico ou por 2 (dois) médicos
legistas e, no caso de morte violenta, depois de autorizada pela autoridade judiciária.
B) II.
C) I e II.
D) I e III.
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
I. CORRETA
Conforme Lei de Registros Públicos, art. 50: “Todo nascimento que ocorrer no território
nacional deverá ser dado a registro, no lugar em que tiver ocorrido o parto ou no lugar da
residência dos pais, dentro do prazo de quinze dias, que será ampliado em até três meses
para os lugares distantes mais de trinta quilômetros da sede do cartório” c/c art. 54. § 4º.
“A naturalidade poderá ser do Município em que ocorreu o nascimento ou do Município de
residência da mãe do registrando na data do nascimento, desde que localizado em território
nacional, e a opção caberá ao declarante no ato de registro do nascimento”.
II. INCORRETA
Conforme LRP, art. 77: “Nenhum sepultamento será feito sem certidão do oficial de registro
do lugar do falecimento ou do lugar de residência do de cujus, quando o falecimento ocorrer
em local diverso do seu domicílio, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista
do atestado de médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas
qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte. § 2º A cremação de cadáver
somente será feita daquele que houver manifestado a vontade de ser incinerado ou no
interesse da saúde pública e se o atestado de óbito houver sido firmado por 2 (dois)
médicos ou por 1 (um) médico legista e, no caso de morte violenta, depois de autorizada
pela autoridade judiciária. ”.
III. CORRETA 12
Conforme LRP, Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de
reconhecimento extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente perante o
cartório do registro de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo, a
requerimento do interessado, representado por advogado, instruído com: [...].
I. Na petição de herança, o herdeiro aparente, que de boa-fé houver pago um legado, não
está obrigado a prestar o equivalente ao verdadeiro sucessor, ressalvado a este o direito
de proceder contra quem o recebeu.
II. A sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada na lei do país em
que era domiciliado o defunto, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens, exceto
quando houver cônjuge ou filhos brasileiros, ou de quem os represente, quando se
utilizará a lei material brasileira, sempre que não lhes for mais favorável a lei pessoal do
“de cujus”.
IV. Quando os netos, representando seus pais, sucedem aos avós, estão obrigados a trazer
à colação, ainda que não o hajam herdado, o que os pais teriam de conferir, sob pena de
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sonegação.
B) I e IV, apenas.
C) I, II e III, apenas.
RESPOSTA - A
COMENTÁRIOS
I. CORRETA
Conforme CC, art. 1.828: “O herdeiro aparente, que de boa-fé houver pago um legado, não
está obrigado a prestar o equivalente ao verdadeiro sucessor, ressalvado a este o direito de
proceder contra quem o recebeu”.
II. CORRETA
Conforme LINDB, art. 10. “A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em
que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos
bens. § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente,
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus”.
III. CORRETA
Conforme CC, art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros
herdeiros da mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se aos da subseqüente.
IV. CORRETA 14
Conforme CC, art. 2.002. Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente
comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em
vida receberam, sob pena de sonegação.
IV. O fato jurídico pode ser provado pela confissão que é irrevogável, porém, pode ser
anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.
B) I e IV, apenas.
C) I, II e III, apenas.
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D) II, III e IV, apenas.
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
I. INCORRETA
Conforme CC, art. 224: “Os documentos redigidos em língua estrangeira serão traduzidos
para o português para ter efeitos legais no País”.
II. CORRETA
Conforme CC, art. 219: “As declarações constantes de documentos assinados presumem-se
verdadeiras em relação aos signatários. Parágrafo único. Não tendo relação direta, porém,
com as disposições principais ou com a legitimidade das partes, as declarações enunciativas
não eximem os interessados em sua veracidade do ônus de prová-las”.
III. CORRETA
Conforme CC, art. 215: “A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento
dotado de fé pública, fazendo prova plena. § 4o Se qualquer dos comparecentes não souber
a língua nacional e o tabelião não entender o idioma em que se expressa, deverá
comparecer tradutor público para servir de intérprete, ou, não o havendo na localidade,
outra pessoa capaz que, a juízo do tabelião, tenha idoneidade e conhecimento bastantes.
IV. CORRETA
Conforme CC, art. 212: “Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode
ser provado mediante: I – confissão”; c/c art. 214: “A confissão é irrevogável, mas pode ser
anulada se decorreu de erro de fato ou de coação”.
II. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando
este o não executar, exceto se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua
anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de
algum modo, venha a recair sobre os seus bens.
B) I e II, apenas.
D) I, II e III, apenas.
RESPOSTA – B
COMENTÁRIOS
I. CORRETA
Conforme CC, art. 475: “A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do
contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos,
indenização por perdas e danos”.
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II. CORRETA
Conforme CC, art. 439. “Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas
e danos, quando este o não executar. Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se
o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado,
e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair
sobre os seus bens”.
III. INCORRETA
Conforme CC, art. 496: “É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. Parágrafo
único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens
for o da separação obrigatória.
IV. INCORRETA
Conforme CC, art. 525: “O vendedor somente poderá executar a cláusula de reserva de
domínio após constituir o comprador em mora, mediante protesto do título ou
interpelação judicial”.
II. Qualquer descendente possui legitimidade, por direito próprio, para propor o
reconhecimento do vínculo de parentesco em face dos avós ou de qualquer ascendente
de grau superior, ainda que o pai não tenha iniciado a ação de prova da filiação em vida.
III. A obrigação alimentar dos avós tem natureza subsidiária, somente se configurando no
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caso de impossibilidade total de seu cumprimento pelos pais.
B) I, II e III, apenas.
C) I, II e IV, apenas.
RESPOSTA - C
COMENTÁRIOS
I. CORRETA
Conforme Enunciados das Jornadas de Direito Civil: Enunciado 605 -A guarda compartilhada
não exclui a fixação do regime de convivência; Enunciado 607 - A guarda compartilhada não
implica ausência de pagamento de pensão alimentícia.
II. CORRETA
III. INCORRETA
Conforme Súmula 596 do STJ: “A obrigação alimentar dos avós tem natureza
complementar e subsidiária, somente se configurando no caso de impossibilidade total ou
parcial de seu cumprimento pelos pais”. 19
IV. CORRETA
Conforme Súmula 358 do STJ: “O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu
a maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios
autos”.
RESPOSTA – C
COMENTÁRIOS
A: INCORRETA
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A afirmação está correta, o que torna a ASSERTIVA INCORRETA. Conforme CC, art. 1.510-A,
§ 3º: “Os titulares da laje, unidade imobiliária autônoma constituída em matrícula própria,
poderão dela usar, gozar e dispor”.
B: INCORRETA
A afirmação está correta, o que torna a ASSERTIVA INCORRETA. Conforme CC, art. 1.510-
D. “Em caso de alienação de qualquer das unidades sobrepostas, terão direito de
preferência, em igualdade de condições com terceiros, os titulares da construção-base e da
laje, nessa ordem, que serão cientificados por escrito para que se manifestem no prazo de
trinta dias, salvo se o contrato dispuser de modo diverso”.
C: CORRETA
A afirmação está incorreta, o que torna a ASSERTIVA CORRETA. Conforme CC, art. 1.510-A,
§ 4º: “A instituição do direito real de laje não implica a atribuição de fração ideal de terreno
ao titular da laje ou a participação proporcional em áreas já edificadas”.
D: INCORRETA
A afirmação está correta, o que torna a ASSERTIVA INCORRETA. Conforme CC, art. 1.510-A,
§ 6º: “O titular da laje poderá ceder a superfície de sua construção para a instituição de um
sucessivo direito real de laje, desde que haja autorização expressa dos titulares da
construção-base e das demais lajes, respeitadas as posturas edilícias e urbanísticas
vigentes”.
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2. DIREITO PROCESSUAL CIVIL
A) Isonomia.
B) Cooperação.
C) Informalidade.
D) Boa-fé objetiva.
RESPOSTA – C
COMENTÁRIOS
22
O NCPC trouxe, na sua Parte Geral, Livro I, um título específico sobre as normas
fundamentais do Processo Civil (arts. 1º a 15), onde são encontrados diversos Princípios
Fundamentais, tais como os Princípios da Isonomia, da Cooperação e da Boa fé Objetiva.
Com efeito, segundo o artigo 7º do NCPC, “é assegurada às partes paridade de tratamento
em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus,
aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo
contraditório”. Do artigo 7º extrai-se o PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU DA ISONOMIA, o
qual se relaciona com a ideia de processo justo, no qual seja dispensado às partes e
procuradores idêntico tratamento, para que tenham iguais oportunidades de fazer valer
suas ideias em juízo. Por sua vez, dispõe o artigo 6º do NCPC que, “todos os sujeitos do
processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de
mérito justa e efetiva”, trazendo o PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO. Por fim, o artigo 5º trata
do PRINCÍPIO DA BOA-FÉ, segundo o qual “aquele que de qualquer forma participa do
processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé”, impondo a todos que participam do
processo os deveres de probidade e moralidade, uma vez que, o processo não pode ser
utilizado para obtenção de resultados ilícitos, escusos, devendo todos zelar pela correta e
justa composição do litígio. O Princípio da Informalidade, por sua vez, não pode ser
considerado um Princípio FUNDAMENTAL do Processo Civil, como um todo, uma vez que a
norma processual traz diversas formalidades que devem ser respeitadas (sem prejuízo da
aplicação do Princípio da Instrumentalidade das Formas). Frise-se, entretanto, que o
Princípio da Informalidade é um dos norteadores do procedimento dos Juizados Especiais,
conforme previsto no artigo 2º da Lei 9.099/95 (Art. 2º O processo orientar-se-á pelos
critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade,
buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação).
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12 - A aforou ação de repetição de indébito contra o Município X para reaver a
importância de R$ 200.000,00 que teria pago em excesso a título de imposto sobre
serviços de qualquer natureza. O réu foi citado e contestou a ação, alegando fato extintivo
do direito do autor. Este foi intimado e, no segundo dia do prazo para se manifestar,
faleceu num acidente automobilístico e deixou dois herdeiros além de vasto patrimônio.
O fato foi notório na Comarca, pois o autor era importante empresário. Com base nesse
caso hipotético, é correto afirmar que o Juiz determinará
COMENTÁRIOS
Dispõe o artigo 313, I, do NCPC que “suspende-se o processo pela morte ou pela perda da
capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu
procurador”. Falecendo a parte, cabe ao aos seus sucessores promover a habilitação, nos
termos do artigo 687 a 692 do NCPC, a fim de que seja promovida a sucessão processual
pelo espólio ou sucessores. Não ajuizada ação de habilitação e sendo transmissível o direito
em litígio (como é o caso da questão), o juiz suspenderá o processo e determinará A
INTIMAÇÃO DE SEU ESPÓLIO, DE QUEM FOR O SUCESSOR OU, SE FOR O CASO, DOS
HERDEIROS, pelos meios de divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem 24
interesse na sucessão processual e promovam a respectiva habilitação no prazo designado,
sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito, conforme dispõe o inciso II do
§2º do artigo 313, do NCPC. Vejam, portanto, que a as assertivas “B” e “D” nada mais são
do que complementação uma da outra, existindo duas respostas corretas.
RESPOSTA – D
COMENTÁRIO
Sabe-se bem que, para a concessão da tutela provisória de urgência são imprescindíveis a
probabilidade do direito (fumus boni iuris) e o perigo da demora (periculum in mora), na
forma do artigo 300 do Novo Código de Processo Civil (Art. 300. A tutela de urgência será
concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo.), a qual pode ser requerida tanto em
caráter antecedente como em caráter incidental (Art. 294. Parágrafo único. A tutela 25
provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente
ou incidental.). O artigo 302 do NCPC trata da responsabilidade objetiva do autor em razão
da efetivação da tutela provisória de urgência quando ocorrer alguma das hipóteses
mencionadas nos seus incisos. Segundo o artigo 302, I, do NCPC, “independentemente da
reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela
de urgência causar à parte adversa, se a sentença lhe for desfavorável”. Observa-se,
portanto, que, havendo ou não a ocorrência de culpa da parte que obteve a concessão e
efetivação da tutela provisória, deverá responder por todos os danos sofridos pela parte
contrária em razão da efetivação da tutela se a sentença lhe for desfavorável. A dúvida da
questão, entretanto, paira sobre as assertivas C e D que misturam os conceitos sobre dano
processual (arts. 79 a 81) e dano decorrente da efetivação da tutela provisória de
urgência. Com efeito, o próprio artigo 302, caput, inicia a sua redação afirmando que
“independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo
que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa (...)”. Veja que a parte inicial
faz uma ressalva no sentido de separar a responsabilidade por dano processual (arts. 79 a
81) da responsabilidade objetiva em razão da efetivação da tutela provisória de urgência,
de maneira que, POR UMA INTERPRETAÇÃO LITERAL, poder-se-ia entender que, mesmo
nas hipóteses em que foi concedida e efetivada a tutela provisória, ainda que a sentença
tenha sido favorável ao autor, este poderia vir a ser responsabilizado por DANO
PROCESSUAL (arts. 79 a 81), conforme a assertiva D. Ocorre que, em raríssima hipótese,
poderia ser o autor condenado por dano processual e a sentença lhe ser favorável. Com
efeito, dispõe o artigo 79 do NCPC que “responde por perdas e danos aquele que litigar de
má-fé como autor, réu ou interveniente”. Segundo o artigo 80, “considera-se litigante de
má-fé aquele que: I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato
incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos; III - usar do processo para conseguir objetivo
ilegal; IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; V - proceder de modo
temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VI - provocar incidente
manifestamente infundado; VII - interpuser recurso com intuito manifestamente
protelatório”. Ora, analisando as hipóteses de litigância de má-fé, não se vislumbra 26
alguma possibilidade de o autor ter se sagrado vencedor e incidir em alguma hipótese de
litigância de má-fé. Ademais, as assertivas C e D fazem uma correlação entre algum dano
processual praticado em razão da efetivação da tutela provisória de urgência. Ora, mas se
o juiz ratificou o direito do autor na sentença, em que hipótese de litigância de má-fé
decorrente da efetivação da tutela provisória incidiria o autor? Bom, ainda que a redação
do artigo 302 do NCPC possa fundamentar a manutenção da resposta dada pelo gabarito,
sugiro que o candidato recorra na tentativa de anular a questão.
14 – A propôs ação de cobrança cumulada com indenização por danos materiais contra B.
Alegou que as partes celebraram um negócio jurídico e o réu deveria pagar a importância
de R$ 90.000,00 no prazo de 90 (noventa) dias, mas ele deixou de adimplir a obrigação.
Acrescentou ter deixado de auferir lucro no valor de R$ 5.000,00, porque, diante do
inadimplemento, perdeu um bom negócio que estava em vias de concretizar com C.
Citado, o réu, no prazo legal, ofereceu contestação e somente negou a existência do lucro
cessante alegado, porque não seria verídico estar o autor em negociação com C. Requereu
produção de prova oral. As partes, expressamente e em oportunidade pertinente,
informaram que não desejavam a audiência de conciliação ou mediação. Acerca desse
caso hipotético, o Juiz deverá
RESPOSTA - A
27
COMENTÁRIOS
Nesta hipótese, o Juiz deveria julgar antecipadamente e parcialmente o mérito com relação
ao pedido de pagamento de R$ 90.000,00 referente ao não cumprimento da obrigação por
parte de B. Isso porque, trata-se de pedido incontroverso, sendo certo que, ao contestar,
não impugnou o referido pedido, limitando-se a impugnar o pedido de lucros cessantes de
R$ 5.000,00. Desta forma, tratando-se de pedido incontroverso, o juiz deverá julgar de
forma antecipada e parcial o mérito da ação, nos termos do artigo 356, I, do NCPC (Art. 356.
O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela
deles: I - mostrar-se incontroverso;) prosseguindo a instrução do processo com relação ao
pedido de lucros cessantes.
RESPOSTA - C
COMENTÁRIOS
Se, por algum motivo, o devedor tiver dúvida sobre quem deva legitimamente receber o
pagamento, deverá requerer a consignação do pagamento, a fim de evitar a incidência dos
efeitos da mora (arts. 335, IV e 337, do CC/02). Trata-se de um Procedimento Especial
previsto nos artigos 539 a 549 do NCPC. Neste caso, o deverá propor a petição inicial
requerendo o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco)
dias contados do deferimento (art. 542, I, do NCPC). Da mesma forma, como existe dúvida
sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor deverá requerer, além do
depósito, a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito (art. 547
do NCP), no caso em tela, C e D. Neste caso, caso C e D compareçam em juízo, o juiz declara
efetuado o depósito e extinta a obrigação em relação a A, sendo certo que o processo
continuará agora para ver quem é realmente que tem direito de receber (art. 548, III, do
NCPC). Veja que o juiz não decide, em tutela provisória, quem é a parte credora, o que é
feito posteriormente, motivo pelo qual a assertiva B está errada. Da mesma maneira,
conforme visto, o depósito da quantia disputada é feito logo no início do procedimento,
conforme artigo 542, I, do NCPC, razão pela qual a assertiva D está errada. Sendo assim,
resta apena a assertiva C, eis que as supostas credoras serão citadas e poderão levantar a
quantia, ou disputar o levantamento integral, o que é feito posteriormente à liberação
obrigacional do devedor.
A) a impenhorabilidade é relativa.
B) o usuário do veículo pode utilizar transporte público.
C) o bem não é utilizado na atividade empresarial da devedora.
D) a impenhorabilidade, no caso narrado, beneficia somente a pessoa natural devedora.
RESPOSTA – C
COMENTÁRIOS
A) apelação.
B) reclamação.
C) agravo interno.
D) agravo de instrumento.
RESPOSTA – D
COMENTÁRIOS
A – INCORRETA
Nos termos do artigo 1.009 do NCPC, “da sentença cabe apelação”. Ocorre que “a sentença,
ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, é o pronunciamento por
meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do
procedimento comum, bem como extingue a execução, conforme dispõe o artigo 203, §1º,
do NCPC. No caso da questão, não houve extinção do cumprimento de sentença (da
execução), tendo em vista que o juiz acolher apenas o excesso de execução, ou seja, o
restante do valor é devido e o cumprimento de sentença prosseguirá, motivo pelo qual o
recurso cabível é o agravo de instrumento, conforme dispõe o Parágrafo único do artigo
1.015 do NCPC, segundo o qual “também caberá agravo de instrumento contra decisões
interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de
sentença, no processo de execução e no processo de inventário”.
31
B – INCORRETA
Art. 988, do NCPC – “Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério
Público para: I - preservar a competência do tribunal; II - garantir a autoridade das decisões
do tribunal; III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do
Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; IV – garantir a
observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas
repetitivas ou de incidente de assunção de competência”.
C – INCORRETA
Art. 1021, do NCPC – “Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo
interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras
do regimento interno do tribunal”.
D – CORRETA
Vide explicação da alínea A.
O TEMA “RECURSOS” FOI ABORDADO NA RODADA 5 DA TURMA DE RETA FINAL, OCASIÃO
EM QUE SE RESSALTOU O CABIMENTO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA AS
DECISÕES PROFERIDAS EM SEDE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA, NOS TERMOS DO
ARTIGO 1015, PARÁGRAFO ÚNICO DO NCPC.
RESPOSTA – A
COMENTÁRIOS
Segundo o artigo 496, I, do NCPC, “Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo
efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença proferida contra a União, os
Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de
direito público”. No entanto, o §3º, II, deste mesmo artigo ressalva a aplicação da Remessa
Necessária, quando a condenação proferida contra Município que constitua capital (que é
o caso de BH) for inferior a 500 salários mínimos. Desta forma, não é cabível a Remessa
Necessária, sendo certo que, se a Fazenda Pública Municipal não apelou, a sentença
transitou em julgado, e o Tribunal não deverá conhecer da Remessa, eis que fora das
hipóteses de cabimento.
19 - Foi indeferida prova pericial requerida pelo autor. Acolhida a pretensão inicial, o
autor apelou somente para alegar cerceamento de defesa porque entende ser
absolutamente necessária a prova indeferida. Ao julgar a apelação, o Tribunal negará
provimento aplicando o princípio
A) da isonomia.
B) da celeridade.
C) da cooperação.
33
D) da instrumentalidade das formas.
RESPOSTA – D
COMENTÁRIOS
O gabarito indica como assertiva correta a alínea D, ao afirmar que o Tribunal deverá negar
provimento ao recurso em razão da aplicação do Princípio da Instrumentalidade das
Formas. No entanto, deve ser negado provimento ao recurso, não em razão do Princípio da
Instrumentalidade das formas, mas sim pela ausência de interesse recursal. Com efeito, o
Princípio da Instrumentalidade das Formas está relacionado à FORMA DOS ATOS
PROCESSUAIS, não tendo relação com à existência ou não do interesse de recorrer.
Segundo o Princípio da Instrumentalidade das Formas, o processo não é um fim em si
mesmo, de maneira que os atos processuais não podem ser encarados apenas sob o prisma
da regularidade formal. De acordo com esse princípio, o ato processual que alcançar a
finalidade para o qual foi elaborado será válido, eficaz e efetivo, mesmo que praticado por
forma diversa da estabelecida em lei, desde que não traga prejuízo substancial à parte
adversa. Neste sentido, dispõe o artigo 188 do NCPC que “os atos e os termos processuais
independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir,
considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade
essencial”. Da mesma forma, aduz o artigo 277 do NCPC que “quando a lei prescrever
determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar
a finalidade”. Vê-se, portanto, que o Princípio se relaciona com à FORMA DOS ATOS
PROCESSUAIS. A resposta da questão, todavia, deveria ser a negativa de provimento do
recurso pela ausência de interesse recursal. Efetivamente, exige-se para que o mérito da
demanda seja julgado que o juiz, anteriormente, analise os pressupostos processuais e as
condições da ação, os quais são considerados genericamente como pressupostos de 34
admissibilidade do julgamento do mérito. No âmbito recursal, existe o mesmo fenômeno
devendo o órgão julgador fazer uma análise de aspectos formais, para só então, superada
positivamente essa fase, julgar o mérito do recurso. A doutrina majoritária entende que são
pressupostos intrínsecos do recurso os seguintes: a) cabimento; b) legitimidade; c) interesse
em recorrer; d) a inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer. Por sua
vez, seriam pressupostos extrínsecos: a) tempestividade; b) preparo; e c) regularidade
formal. Com relação ao interesse de recorrer, a doutrina entende que o interesse recursal
deverá ser analisado à luz do interesse de agir. Assim, a mesma ideia de utilidade da
prestação jurisdicional que permeia o interesse de agir verifica-se no interesse recursal,
entendendo-se que somente será julgado o mérito de recurso que possa ser útil ao
recorrente. A utilidade, aqui, deverá ser analisada sob a perspectiva prática, sendo
necessário se observar no caso concreto se o recurso poderá trazer uma melhora fática na
situação do recorrente. No caso em tela, ainda que tenha sido indeferida a prova pericial, o
autor obteve êxito na ação, não possuindo interesse recursal (art. 17 do NCPC) já que
ganhou aquilo que pediu. Observe-se, portanto, que não há qualquer discussão com relação
à forma do ato processual, a qual poderia ser analisada se estivéssemos falando da questão
da fungibilidade recursal, o que não é o caso. Sendo assim, opino pela interposição de
recurso, a fim de que seja anulada a questão.
20 - A jovem M teria sido engravidada por seu colega de trabalho J. Ele não assumiu a
paternidade e ela aforou ação de alimentos gravídicos. Antes da fase instrutória, a autora
deu à luz a S, que nasceu viva. A derradeira circunstância, a substituição no processo
ocorrerá
RESPOSTA – A
COMENTÁRIOS
Não obstante algumas discussões doutrinárias, a própria questão afirma que a M teria
ingressado com a ação cobrando alimentos gravídicos. Ocorrendo o nascimento da criança,
esta passa a ter capacidade de ser parte (Art. 70 do NCPC - Toda pessoa que se encontre no
exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.), razão pela qual deverá
assumir a titularidade do polo ativo, devidamente representada pela sua mãe (art. 71 do
NCPC – O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na
forma da lei.). Tanto é assim que, após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos
concedidos anteriormente ao nascimento da criança serão convertidos em pensão
alimentícia, nos termos do artigo 6º da Lei 11.804/08 (Art. 6º Convencido da existência de
indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento
da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré.
Parágrafo único. Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos
em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão).
36
3. DIREITO DO CONSUMIDOR
21. A inversão do ônus da prova, como um dos direitos básicos do consumidor, ocorrerá:
RESPOSTA – D
37
COMENTÁRIOS
Trata-se de questão bastante objetiva, mas que nos causou certa espécie, razão pela qual
sugeriremos recurso, pois acreditamos haja margem para sua anulação. Vamos explicar
alternativa por alternativa.
Antes, perceba-se que o enunciado da questão traz uma afirmação categórica – a inversão
do ônus da prova ocorrerá (então não estamos no campo da mera possibilidade).
A – INCORRETA
A inversão do ônus da prova poderá ser determinada pelo magistrado, todavia não se opera
automaticamente, em todo e qualquer caso. Para tanto, deverá estar presente um dos
requisitos alternativos para a inversão: a verossimilhança das alegações ou a
hipossuficiência do consumidor. Perceba, ademais, que o inciso VIII do art. 6 o do CDC
prescreve que a inversão ocorrerá “a critério do juiz”.
Se, no enunciado, estivesse o verbo “poderá” no lugar de “ocorrerá”, a assertiva estaria
correta.
O Superior Tribunal de Justiça possui orientação de que "a inversão do ônus da prova é
faculdade conferida ao magistrado, não um dever, e fica a critério da autoridade judicial
conceder tal inversão quando for verossímil a alegação do consumidor ou quando for ele
hipossuficiente. (AgInt no AREsp 1061219/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA
TURMA, julgado em 22/08/2017, DJe 25/08/2017).
Um dos requisitos alternativos para que a inversão do ônus da prova ocorra, a critério do
magistrado, é quando for o consumidor hipossuficiente.
Um primeiro ponto a se destacar é que o inciso VIII do art. 6o do CDC, ao prever a inversão
do ônus da prova como direito básico do consumidor, traz o vocábulo “hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências”. 38
Ocorre que a hipossuficiência é um vocábulo de múltiplos significados, e, embora não
signifique necessariamente pobreza, existem tipos diversos de hipossuficiência, inclusive
a financeira, segundo entendimento comum da doutrina e da jurisprudência.
(...)
De igual forma, o STJ admite a hipossuficiência financeira como uma das hipóteses de
inversão do ônus da prova: 39
C – INCORRETA
Como visto, os requisitos do CDC para a inversão ope judicis do ônus da prova, em favor do
consumidor, são próprios, não havendo necessidade nem de autorização nem se de
recorrer subsidiariamente ao CPC.
A QUESTÃO FOI TRABALHADA COM A TURMA DE RETA FINAL, EM AULA GRAVADA PARA
SEMANA FINAL.
RESPOSTA – D
COMENTÁRIOS
Admite-se, pelo art. 54, par. 2o, do CDC, a inserção de cláusula resolutória em contratos de
adesão, desde que alternativa, cabendo a escolha ao consumidor. Confira-se a redação
legal:
Como o enunciado estabelece que a escolha compete ao fornecedor, tal implica em afronta
à previsão legal e deixa o fornecedor em posição de superioridade perante o consumidor,
daí sua invalidade. Correta, portanto, apenas a assertiva D.
23. Não tem legitimidade ativa para propor ação coletiva de consumo
A) o Município.
B) a própria vítima.
RESPOSTA – D
COMENTÁRIOS
Trata-se de mais uma questão que, sob nosso sentir, é passível de anulação. Vamos explicar
a razão nos comentários a cada uma das assertivas.
A – INCORRETA
Os Municípios, sim, possuem legitimidade ativa para a defesa coletiva dos interesses de
consumidores. Tal legitimidade exsurge do art. 82, II, do CDC, que prevê a legitimação ativa 42
dos entes públicos, da Administração direta.
Novidade 2018 – Informativo 626 STJ. Município tem legitimidade ad causam para ajuizar
Ação Civil Pública em defesa de direitos consumeristas questionando a cobrança de tarifas
bancárias.
As vítimas do evento, porém, só possuem legitimidade ativa para propor ações a título
individual (conforme art. 81, caput, do CDC) ou para, no máximo, atuarem na qualidade de
litisconsortes ativas, a teor do art. 94 do CDC.
O CDC, aliás, é claro ao distinguir as demandas individuais da tutela coletiva dos direitos dos
consumidores:
43
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das
vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título
coletivo.
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados
concorrentemente:
I - o Ministério Público;
Para a defesa coletiva, pois, somente estão legitimados aqueles previstos no art. 82 do CDC,
não havendo previsão das vítimas. Nem mesmo nas ações coletivas para a defesa de direitos
individuais homogêneos há previsão da legitimidade das vítimas:
Eis as razões pelas quais a alternativa que entendemos que seria a mais apropriada de
marcação seria a B.
C – INCORRETA
De fato, as Defensorias públicas são entes legitimados.
A legitimidade ativa da Defensoria Pública não está prevista expressamente no CDC (assim
como não estava, até o advento da Lei n. 11.448/2007, na Lei de Ação Civil Pública). Boa
parte da doutrina e da jurisprudência, todavia, já a admitia como parte legítima em razão
da previsão do inciso III do art. 82 do CDC.
Nesse sentido, já vinha decidindo o STJ (REsp 1.264.116/RS, 2ª T, Rel. Min. Herman
Benjamin, j. 18/10/2011, DJe 13/04/2012; REsp 1.106.515/MG, 1ª T, Rel. Min. Arnaldo
Esteves Lima, j. 16/12/2010, DJe 02/02/2011).
Atualmente, há previsão expressa na LACP (art. 5o, II), conferindo legitimidade ativa à
Defensoria Pública para o manejo de ACP (lembrando-se que o art. 90 do CDC permite a
aplicação subsidiária da LACP às ações coletivas de consumo).
Há, porém, um equívoco na assertiva (que, por si só, talvez não fosse suficiente para
invalidar a questão). Não existem Defensorias Públicas municipais na organização da
carreira da Defensoria Pública. De acordo com a Lei Complementar n. 80/94, existem a 45
Defensoria Pública da União, a Defensoria Pública do Distrito Federal e as Defensorias
Públicas Estaduais.
Em princípio, de fato, as associações que estejam funcionando há menos de 01 ano não são
legitimadas.
Por outro lado, é amplamente sabido (e aplicado) a exceção a esse requisito temporal,
prevista no par. 1o do mesmo dispositivo.
A QUESTÃO FOI TRABALHADA COM A TURMA DE RETA FINAL, RODADA 10, E NA AULA 46
GRAVADA PARA SEMANDA FINAL.
RESPOSTA – D
COMENTÁRIOS
A - INCORRETA
O ônus da prova, para facilitação da sua atuação em Juízo, é um direito básico do
consumidor, previsto no art. 6o, VIII do CDC. Assim, não é abusiva a cláusula inserta em
contrato de consumo que estabeleça o ônus da prova em favor do consumidor.
B - INCORRETA
O art. 51, III, do CDC, prevê a abusividade (nulidade de pleno direito) da cláusula contratual
que transfira a responsabilidade do fornecedor para terceiros.
C - INCORRETA
D - CORRETA
B) não pode ser acolhida porque o consumidor, no caso, é pessoa bem esclarecida.
C) não pode ser acolhida porque existe solidariedade passiva entre a fabricante e seu
vendedor.
D) não pode ser acolhida porque o consumidor deixou de confirmar a informação com a
fabricante.
_____________________________________________________________________
48
RESPOSTA – C
COMENTÁRIOS
QUESTÃO FOI TRABALHADA COM A TURMA DE RETA FINAL NAS RODADAS 7 E 13.
49
4. DIREITO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
II. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres,
inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os
impedimentos matrimoniais. É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus
descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau,
observada a ordem de vocação hereditária.
III. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias,
prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da 50
autoridade judiciária.
IV. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida e a adoção não
tenha sido deferida no país de origem porque a sua legislação a delega ao país de acolhida
ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a criança ou o adolescente ser oriundo de
país que não tenha aderido à Convenção referida, o processo de adoção seguirá as
C) I, II e III, apenas.
RESPOSTA - A
COMENTÁRIOS
I - CORRETA
II - CORRETA
art. 41 do ECA - A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e
deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo
os impedimentos matrimoniais.
51
§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus
ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação
hereditária.
III - CORRETA
art. 47, § 10 do ECA - O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento
e vinte) dias, prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada
da autoridade judiciária.
IV – CORRETA
art. 52-D do ECA - Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida e a
adoção não tenha sido deferida no país de origem porque a sua legislação a delega ao país
de acolhida, ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a criança ou o adolescente ser
oriundo de país que não tenha aderido à Convenção referida, o processo de adoção seguirá
as regras da adoção nacional.
RESPOSTA - C
COMENTÁRIOS
I - CORRETA
art. 28 do ECA - A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou
adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos
desta Lei.
II - CORRETA
art. 28, § 4º do ECA - Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da
mesma família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra
situação que justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se,
em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais.
III – INCORRETA
art. 31 do ECA - A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional,
somente admissível na modalidade de ADOÇÃO.
IV – CORRETA 53
art. 28, § 2º do ECA - Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu
consentimento, colhido em audiência.
I. Cada Conselho Tutelar será composto, na forma da lei, por 5 (cinco) membros,
escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, inadmitida a
recondução.
III. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade
judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse.
A) I.
B) III.
C) I e II.
D) II e III.
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
I - INCORRETA 54
art. 132 do ECA - Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal
haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração
pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para
mandato de 4 (quatro) anos, PERMITIDA 1 (UMA) RECONDUÇÃO, MEDIANTE NOVO
PROCESSO DE ESCOLHA.
II - CORRETA
art. 136, parágrafo único do ECA - Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar
entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao
Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as
providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família.
III – CORRETA
art. 137 do ECA - As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela
autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse.
QUESTÃO ADIANTADA NO MATERIAL DE RETA FINAL E NO AULÃO DE VÉSPERA.
I – INCORRETA
art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
INCOMPLETOS, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às
pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
II – INCORRETA
art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e,
56
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária,
em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.
III – CORRETA
art. 19, § 5º do ECA - Será garantida a convivência integral da criança com a mãe
adolescente que estiver em acolhimento institucional.
IV – CORRETA
art. 19, § 4º do ECA - Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe
ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável
ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade responsável,
independentemente de autorização judicial.
RESPOSTA - B
COMENTÁRIOS
I – INCORRETA
III – INCORRETA
59
5. DIREITO PENAL
RESPOSTA - C
60
COMENTÁRIOS
Não há necessidade de pedido expresso de voto, por se tratar de tipo misto alternativo e
sem elementar nesse sentido. (RHC 134450, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em
15/06/2016)
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
A) estelionato.
B) furto qualificado mediante fraude.
C) furto qualificado pelo abuso de confiança.
62
D) apropriação indébita qualificada em razão do emprego.
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
JJ era detentor da posse em razão do emprego. Passível de recurso para alternativa B, pois
no caso, ainda que possuidor, houve a prática de meio fraudulento para assegurar o
assenhoramento e consequente inversão da posse. Pouca probabilidade de modificação do
gabarito.
34 - MA, preocupada com o desempenho escolar insatisfatório de sua filha AL, de 13
(treze) anos de idade, pediu ao vizinho V, de 19 (dezenove) anos de idade, universitário,
para ministrar aulas particulares para AL. Ao fazer o pedido, MA mencionou para V a idade
de AL e as dificuldades que ela enfrentava com a disciplina de matemática. Na data
combinada, V foi à residência de AL e foi por esta recebido e conduzido até seu quarto.
MA, estava na sala de TV, que fica ao lado do quarto de AL, de modo que pôde ouvir com
clareza o inteiro teor da conversa travada entre V e AL. Depois de alguma conversa entre
eles, AL convidou V para “ficarem”. V ficou indeciso inicialmente, mas AL insistiu e
afirmou que não haveria problema algum, porque sua mãe MA estava na sala entretida
com a novela e não os interromperia. Depois da insistência por parte de AL, V concordou
com a proposta e acabaram mantendo relação sexual. MA, que ouviu toda a conversa,
achou melhor não interferir e continuou a assistir à novela. Diante dessa situação
hipotética, assinale a alternativa que contém a solução jurídica correta para o caso.
RESPOSTA - C
COMENTÁRIOS
V conhecia a idade da vítima e MA tinha o dever jurídico de impedir o resultado nos termos
do art. 13, §2º do CP.
35 - Sobre o princípio da legalidade, assinale a alternativa INCORRETA.
A) É considerado por setor da doutrina como restrição deontológica de segundo grau, que
não admite exceções.
B) Tem como destinatários tanto o Juiz quanto o legislador e, no processo judicial, incide
não apenas na fase de conhecimento, como também na fase de execução das penas.
C) Tem como consectários a proibição de analogia em Direito Penal, de irretroatividade da
lei penal gravosa, de utilização dos costumes para fundamentar ou agravar a pena e de
criação de leis penais indeterminadas ou imprecisas.
D) Tem âmbito de aplicação mais abrangente do que indica o teor literal da fórmula em
latim “Nulla poena sine lege; nulla poena sine crimine; nullum crimen sine poena legali”,
pois abrange crimes e contravenções penais, além de penas e medidas de segurança. 64
RESPOSTA - C
COMENTÁRIOS
A analogia é permitida para beneficiar o réu, sendo vedada apenas para prejudicar.
36 - Acerca das leis penais extravagantes, analise as afirmativas a seguir, marque V para
as verdadeiras e F para as falsas.
RESPOSTA - A
COMENTÁRIOS
Não o art. 3º Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um terço) até a metade
as penas previstas nos arts. 1°, 2° e 4° a 7°.
37 - Fulano, querendo matar Beltrano, efetua um disparo de revólver contra este, mas
erra o alvo, vindo a atingir Sicrano, ferindo este último levemente no braço. Nessa
situação hipotética, conforme legislação aplicável ao caso, Fulano deverá responder por
66
RESPOSTA - B
COMENTÁRIOS
67
RESPOSTA - C
COMENTÁRIOS
A) A responde por latrocínio consumado em concurso formal com corrupção de menor, sem
incidência da causa de diminuição de pena da participação de menor importância.
B) A responde por roubo majorado pelo concurso de agentes e pelo emprego de arma de 68
fogo em concurso formal com corrupção de menor, já que houve um excesso por parte do
menor M em relação ao plano inicial, excesso que não deve ser imputado a A.
C) A responde por roubo majorado pelo concurso de agentes e pelo emprego de arma de
fogo, com a incidência da causa de diminuição de pena prevista no art. 29, §1°, do Código
Penal, em função da participação de menor importância, em concurso material com
corrupção de menor.
D) A responde por latrocínio tentado (artigo 157, §3°, parte final, combinado com artigo 14,
inciso II, ambos do Código Penal) em concurso material com corrupção de menor, na
medida em que não houve a consumação do crime de latrocínio em virtude de não ter
havido a subtração de coisa alheia móvel.
RESPOSTA - A
COMENTÁRIOS
“A” tinha ciência do emprego de arma para a prática do crime de roubo e as consequências
posteriores que ocorreram eram previsíveis a ele, de forma que não se fala em participação
de menor importância.
40 - Fulano, conhecido nos meios policiais pela prática de crimes contra o patrimônio,
decidiu abandonar temporariamente suas atividades delituosas após conhecer Beltrana,
por quem se apaixonara. A moça, no entanto, conhecendo a má fama de Fulano, o
rejeitou. Magoado, Fulano decidiu se vingar e, durante uma festa na casa de amigos em
comum, colocou sonífero na bebida de Beltrana. Tão logo ela caiu no sono, Fulano a levou
para um dos quartos e, aproveitando-se de que ninguém o observava, subtraiu todas as
roupas de Beltrana, deixando-a nua, além de pilhar dinheiro e documentos que ela levava
em sua bolsa. Em seguida, ele evadiu da festa, levando consigo todos os bens subtraídos.
Nessa situação hipotética, conforme legislação aplicável ao caso, o Fulano pratica crime
de 69
A) roubo próprio.
B) roubo impróprio.
C) furto simples consumado.
D) furto qualificado pelo abuso de confiança.
RESPOSTA – A
COMENTÁRIOS
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade
de resistência.
6. DIREITO PROCESSUAL PENAL
I. Segundo o Código de Processo Penal, a “emendatio libelli” exige que seja assegurada ao
acusado vista sobre a possível modificação da classificação jurídica do fato, para incidência
de crime mais gravemente apenado.
II. “Y” foi denunciado por tentativa de furto simples. Encerrada a instrução, a prova coligida
aponta para a prática de furto qualificado consumado, a exigir a providência do art. 384 do
CPP (“mutatio libelli”). O Promotor de Justiça oficiante recusou-se a aditar a denúncia e,
remetidos os autos ao Procurador Geral de Justiça, este avalizou a recusa.
Neste caso, nada restará ao magistrado fazer, a não ser proferir sentença pelo crime
constante da inicial. 70
III. No caso de “mutatio libelli”, não procedendo o órgão do Ministério Público ao
aditamento, o assistente de acusação poderá fazê-lo, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o
Juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
I – INCORRETA
O juiz pode aplicar a emendatio de ofício, conforme regra do art. 383 do CPP.
II – CORRETA
Se o MP optar por não aditar, o juiz deve julgar o fato conforme descrito na denúncia, pois
não pode realizar mutatio de ofício.
III – INCORRETA
IV – INCORRETA
Não cabe mutatio libelli em segundo grau de jurisdição, conforme a Súmula 453 do STF.
71
QUESTÃO AMPLAMENTE ABORDADA NO AULÃO DE VÉSPERA.
B) O Juiz deverá determinar a intimação do réu, nos termos do art. 420, parágrafo único, do
CPP, alterado pela Lei nº 11.689/2008, em observância ao princípio “tempus regit actum”,
não tendo se operado a prescrição da pretensão punitiva estatal, pelo fato de o processo
ter sido suspenso após a decisão de pronúncia.
C) O Juiz deverá extinguir a punibilidade do réu, com fundamento no art. 107, IV, do Código
Penal, porque transcorrido lapso temporal superior a 20 (vinte) anos entre a data do
recebimento da denúncia e a presente data (02/09/2018), operando-se a prescrição da
pretensão punitiva estatal pela pena máxima abstrata cominada ao crime de homicídio.
D) O Juiz deverá determinar a intimação do réu, nos termos do art. 420, parágrafo único,
do CPP, alterado pela Lei nº 11.689/2008 – que permite a intimação por edital do réu solto 72
que não for encontrado –, e, uma vez preclusa a decisão de pronúncia, também deverá
aplicar o art. 457, do CPP, alterado pela Lei nº 11.689/2008 – que deixou de exigir a presença
do acusado na sessão plenária para que esta se realize – por se tratarem de normas de
natureza processual, incidindo de forma imediata sobre os atos processuais pendentes.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
A – CORRETA
Conforme o entendimento do STJ, a intimação por edital prevista no art. 420 do CPP só é
cabível para o réu que foi citado pessoalmente, mas não para o réu citado por edital, que
não sabe da existência da ação penal. O crime prescreve em 20 anos, tendo-se como termo
inicial a decisão de pronúncia (marco interruptivo da prescrição).
B – INCORRETA
O STJ não admite intimação por edital para réu que foi citado somente por edital.
C – INCORRETA
Tal assertiva não considerou os marcos interruptivos para efeito de contagem da prescrição.
D – INCORRETA
O STJ não admite intimação por edital para réu que foi citado somente por edital.
IV. O Juiz, na fase do sumário da culpa, absolverá desde logo o acusado, quando provada a
inexistência do fato; provado não ser ele autor ou partícipe do fato; o fato não constituir
infração penal; demonstrada a inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei
nº 2.848/1940, não sendo está a única tese defensiva.
B) II e III.
C) III e IV.
D) I, III e IV.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
I – Falsa. As perguntas dos jurados são feitas por intermédio do juiz. Art. 474 do CPP.
IV – Falsa. O juiz só pode absolver sumariamente pela inimputabilidade se esta for a única 74
tese defensiva.
44 - De acordo com o Código de Processo Penal, quando trata da prisão, das medidas
cautelares e da liberdade provisória, analise as afirmativas a seguir, marque V para as
verdadeiras e F para as falsas.
( ) O Juiz não poderá decretar a prisão preventiva do investigado de ofício, durante a fase
inquisitiva, sendo necessário, para tanto, requerimento do Ministério Público, do
querelante ou de seu assistente, ou, ainda, representação da autoridade policial.
( ) O Juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for maior
de 80 (oitenta) anos.
A) V, F, V, F.
B) F, V, F, F.
C) F, F, V, V.
D) V, F, V, V.
RESPOSTA: D
QUESTÃO PASSÍVEL DE ANULAÇÃO. O gabarito veio como como D, mas na verdade não
há resposta correta.
75
A QUESTÃO FOI ABORDADA NO AULÃO DE VÉSPERA EXPRESSAMENTE QUANTO À PRISÃO
DOMICILIAR.
COMENTÁRIOS
I – VERDADEIRA
II – FALSA
a decretação da preventiva é apenas uma das alternativas do juiz e deve ser utilizada
somente em último caso. O juiz deve dar prioridade a outras duas medidas, como substituir
uma medida por outra ou impor outra em cumulação. (art. 282, §4º do CPP).
III – FALSA
uma das hipóteses de prisão domiciliar segundo art. 318 é para maior de 80 anos.
( ) Segundo a Lei nº 7.960/1989, que regula a prisão temporária, esta possui caráter
cautelar voltado à investigação policial, não podendo ser decretada ou subsistir se já houver
processo ou tiver sido oferecida a denúncia.
A) V, F, V, F.
B) F, V, F, V.
C) F, V, V, V.
D) V, F, V, V.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS 77
I – FALSA
em contrariedade com o art. 11, § 2º da lei 13.431/17 que dispõe que “não será admitida
a tomada de novo depoimento especial, salvo quando justificada a sua imprescindibilidade
pela autoridade competente e houver a concordância da vítima ou da testemunha, ou de
seu representante legal”.
II – VERDADEIRA
III – VERDADEIRA
IV – VERDADEIRA
( ) A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração
78
penal.
A) V, F, V, F, F.
B) F, V, F, F, V.
C) F, F, V, V, F.
D) V, F, V, V, V.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
I – VERDADEIRA
II – VERDADEIRA
pois não existe no processo penal brasileiro competência fixada pelo domicílio da vítima.
III – VERDADEIRA
IV – VERDADEIRA
V – VERDADEIRA
A) V, V, F, V.
B) F, V, F, F.
C) F, F, V, V.
D) V, F, V, F.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
80
I – CORRETA
II – CORRETA
III – ERRADA
IV- CORRETA
conforme a Súmula 351 do STF.
A) III.
B) I e II.
C) II e IV.
D) I, III e IV.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
I – VERDADEIRA
II – VERDADEIRA
III – FALSA
conforme o art. 83, §1º, que prevê embargos de declaração no juizado no prazo de 5 dias.
IV – FALSA
pois após o oferecimento da denúncia, deverá o juiz notificar o réu para oferecer defesa
prévia no prazo de 10 dias, conforme o art. 54, §3º da lei 11.343/06. O recebimento da
denúncia só ocorre após a apresentação de defesa prévia.
82
49 - Sobre as provas no processo penal, analise as afirmativas.
II. Nos termos da Lei nº 12.850/2013, são permitidos, dentre outros, os seguintes meios de
obtenção da prova: colaboração premiada; ação controlada; interceptação de
comunicações telefônicas e telemáticas; cooperação jurídica internacional, desde que as
provas obtidas tenham como parâmetro de validade a lei do local onde foram produzidas e
o meio de sua obtenção não ofenda a ordem pública, a soberania nacional e os bons
costumes brasileiros.
III. Nos crimes de violência doméstica são admitidos como meios de prova os laudos ou
prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde, sendo prescindível a
realização do exame de corpo de delito para fins de comprovar a materialidade delitiva.
A) I e III.
83
B) II e IV.
C) I, IV e V.
D) I, II, III e V.
RESPOSTA : A
COMENTÁRIOS
I – VERDADEIRA
A serendipidade (encontro fortuito de provas) tem sido utilizada em casos de interceptação
telefônica, sendo considerada como procedimento legal, sem ensejar nulidade no inquérito
ou ação penal, segundo a jurisprudência do STJ.
II – FALSA
III - VERDADEIRA
Com base no art. 12, §3º da lei 11.340/06. Porém entendemos ser passível de recurso, pois
o fato de a lei dispor que serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários
médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde não exclui a necessidade do exame de
corpo de delito para a demonstração da materialidade.
84
IV – FALSA
V – FALSA
II. Da decisão que denegar a apelação ou julgá-la deserta é cabível carta testemunhável,
que será requerida ao diretor de secretaria ou ao secretário do tribunal, conforme o caso,
nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes, devendo o requerente indicar as peças do
processo que deverão ser trasladadas.
IV. A falta ou a nulidade da citação fica sanada quando o réu comparece antes de o ato
consumar-se, mesmo que o faça, expressamente, para o único fim de arguir a falta ou a
nulidade.
85
A partir da análise, conclui-se que está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
B) I, apenas.
C) III, apenas.
D) I e IV, apenas.
RESPOSTA : D
COMENTÁRIOS
I - VERDADEIRA
III – FALSA
Em razão do art. 577 do CPP, que prevê legitimidade recursal do Ministério Público. O
habeas corpus está no título referente aos recursos, embora seja uma ação autônoma de
impugnação. A legitimidade recursal do MP para recorrer se estende à impetração de HC.
IV – VERDADEIRA
86
7. DIREITO CONSTITUCIONAL
I. “Após dois anos de exercício, os juízes estaduais togados de 1º grau de jurisdição não
mais poderão ser removidos, tanto pelo CNJ quanto pelo tribunal a que estiver
vinculado.”
PORQUE
RESPOSTA – B
COMENTÁRIOS
I – FALSA
Conforme CF, Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: II - inamovibilidade, salvo
por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII (Art. 93, VIII o ato de remoção,
disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em
decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de
Justiça, assegurada ampla defesa).
II – VERDADEIRA
Em razão do mesmo art. 95, II, da CF, os juízes gozam de inamovibilidade, inclusive os juízes
substitutos, conforme entendimento do STF no MS 27.958.
I. “NÃO é constitucional a lei municipal que impõe sanção mais gravosa que a constante
do Código de Trânsito Brasileiro.”
88
PORQUE
RESPOSTA - A
COMENTÁRIOS
I – VERDADEIRA
Conforme entendimento do STF: “Há nesta Corte decisão específica sobre o tema no
sentido da inconstitucionalidade de norma municipal que impõe sanção mais gravosa que
a prevista no CTB, por extrapolar a competência legislativa suplementar do Município
expressa no art. 30, II, da CF. Neste sentido: ARE 638.574/ MG, rel. min. Gilmar Mendes,
DJE de 14-4-2011. Esta Corte possui ainda jurisprudência firmada no sentido de que
compete privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte, impossibilitados os
Estados-membros e Municípios a legislar sobre a matéria enquanto não autorizados por lei
complementar. [ARE 639.496 RG, voto do rel. min. Cezar Peluso, j. 16-6-2011, P, DJE de 31-
8-2011, Tema 430.]
II – FALSA
Conforme CF, art. 22, I: “Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:XI -
trânsito e transporte”.
89
I. “A nossa Constituição não veda a retroatividade da lei, exceto da lei penal que não
beneficie o réu.”
PORQUE
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
I. VERDADEIRA
Conforme CF, art. 5º, XL – “a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”.
II. VERDADEIRO. Conforme LINDB, Art. 6º. “A Lei em vigor terá efeito imediato e geral,
respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada”.
RESPOSTA - B
COMENTÁRIOS
I. FALSA
Não há tal previsão constitucional.
II. VERDEIRA
Conforme CF, Art. 57, § 2º “A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do
projeto de lei de diretrizes orçamentárias”.
RESPOSTA - C
COMENTÁRIOS
I e II são verdadeiros e a segunda justifica a primeira, pois a democracia é inerente ao
regime político brasileiro, ao passo que a nossa forma de governo é a “república”, razão
pela qual a assertiva II se mostra verdadeira e justifica a primeira, na medida em que a forma
de gerir a coisa pública (forma de governo = república) impõe os limites constitucionais
previstos no art. 37 da CF.
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
I. VERDADEIRA
Conforme entendimento do STF: “É devida a restituição da diferença do ICMS pago a mais
no regime de substituição tributária para frente se a base de cálculo efetiva da operação for
inferior à presumida. (...) De acordo com o art. 150, § 7º, in fine, da Constituição da
República, a cláusula de restituição do excesso e respectivo direito à restituição se aplicam
a todos os casos em que o fato gerador presumido não se concretize empiricamente da
forma como antecipadamente tributado. Altera-se parcialmente o precedente firmado na
ADI 1.851, de relatoria do ministro Ilmar Galvão, de modo que os efeitos jurídicos desse
novo entendimento orientam apenas os litígios judiciais futuros e os pendentes submetidos
à sistemática da repercussão geral. [RE 593.849, rel. min. Edson Fachin, j. 19-10-2016, P,
DJE de 5-4-2017, Tema 201.]”
II. VERDADEIRA
O direito tributário guarda estreita relação com o Direito Penal no que tange à necessária
“tipificação” da hipótese de incidência e do fato gerador, bem como em relação à
necessidade de lei para instituir tributos (Princípio da Legalidade). Da própria teoria do
direito advém a necessária observação da realidade para a “tipificação” tributária. Assim, a
assertiva encontra amparo na melhor doutrina, não sendo, entretanto, a justificativa da
primeira. 93
I. “Salvo por vontade própria, por sentença judicial transitada em julgado, por
disponibilidade ou por aposentadoria compulsória, os juízes estaduais togados de 1º grau
não perdem a garantia funcional da vitaliciedade.”
PORQUE
II. “No tocante à auto-organização da magistratura, a Constituição da República não veda
o legislador estadual de legislar sobre as garantias institucionais do Poder Judiciário,
consubstanciadas na autonomia orgânico-administrativa e financeira preconizadas pela
‘Lex Mater’.”
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
Conforme entendimento do STF: “No que toca ao § 1º do art. 15, convém salientar que tal
dispositivo está em flagrante descompasso com a Carta Magna, visto que o CNJ, ao arrepio
desta, cria, mediante mero ato normativo, nova hipótese cautelar de afastamento de 97
magistrado. Qualquer restrição às garantias da inamovibilidade e da vitaliciedade exige a
promulgação de lei em sentido formal e material, sob pena de flagrante ofensa ao princípio
da legalidade e ao devido processo legal. [ADI 4.638 MC-REF, rel. min. Marco Aurélio, voto
do min. Ricardo Lewandowski, j. 8-2-2012, P, DJE de 30-10-2014.]. Nesse sentido, a LOMAN
assim estabelece: “Art. 26 - O magistrado vitalício somente perderá o cargo (vetado): I - em
ação penal por crime comum ou de responsabilidade; II - em procedimento administrativo
para a perda do cargo nas hipóteses seguintes: a) exercício, ainda que em disponibilidade,
de qualquer outra função, salvo um cargo de magistério superior, público ou particular; b)
recebimento, a qualquer título e sob qualquer pretexto, de percentagens ou custas nos
processos sujeitos a seu despacho e julgamento; c) exercício de atividade politico-
partidária”.
8. DIREITO ELEITORAL
I. “Em caso de desistência da parte, o Ministério Público deve dar prosseguimento à ação,
sempre que estiver diante de fatos que possam comprometer a lisura do pleito.” PORQUE
II. “Em matéria de Direito Eleitoral, não é possível a utilização do termo de ajustamento
98
de conduta, previsto na Lei nº 7.347/85, eis que a Justiça Eleitoral não possui competência
para processar e julgar o TAC.”
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
I - VERDADEIRA
II - VERDADEIRA
Lei nº 9.504/97
Art. 105-A. Em matéria eleitoral, não são aplicáveis os procedimentos previstos na Lei
no 7.347, de 24 de julho de 1985.
Os fundamentos dos itens não têm dependência entre si, por isso o item II não justifica o
item I.
I. “Para efeitos penais do Código Eleitoral, não são membros nem funcionários da Justiça
Eleitoral aqueles por esta requisitados.”
PORQUE
II. “O julgamento dos crimes eleitorais e dos comuns que lhe foram conexos, assim como 100
nos recursos e na execução que lhes digam respeito, aplicar-se-á, como lei supletiva ou
subsidiária, o Código de Processo Penal.”
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
I - FALSA
CE
Art. 283. Para os efeitos penais são considerados membros e funcionários da Justiça
Eleitoral:
II - VERDADEIRA
CE
Art. 364. No processo e julgamento dos crimes eleitorais e dos comuns que lhes forem
conexos, assim como nos recursos e na execução, que lhes digam respeito, aplicar-se-á,
como lei subsidiária ou supletiva, o Código de Processo Penal.
101
PORQUE
II. “A nulidade será comunicada quando o órgão apurador conhecer do ato ou dos seus
efeitos e o encontrar provada, não lhe sendo lícito supri-la, ainda que haja consenso das
partes.”
RESPOSTA - B
COMENTÁRIOS
I - FALSA
CE
Art. 166. Aberta a urna, a Junta verificará se o número de cédulas oficiais corresponde ao
de votantes.
§ 1º A incoincidência entre o número de votantes e o de cédulas oficiais encontradas na
102
urna não constituirá motivo de nulidade da votação, desde que não resulte de fraude
comprovada.
ITEM II - VERDADEIRA
CE
PORQUE
103
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
I - VERDADEIRA
Na zona eleitoral que houver mais de uma vara da Justiça Comum, o TRE designará aquela
responsável pela competência eleitoral, que será exercida pelo período de 2 anos, salvo se
só houver um juízo de direito atuando no espaço correspondente à zona eleitoral, quando
esse será designado por tempo indeterminado.
II - VERDADEIRA
No tocante à competência dos Juízes Eleitorais, necessária a observância do art. 35 do CE.
Há de se mencionar, ainda, o poder de polícia apontado pela Lei das Eleições (Lei nº
9.504/97), a ser exercido pelos juízes eleitorais, no tocante à propaganda eleitoral. Essa Lei
das eleições também prevê a competências para processar e julgar reclamações ou
representações nas eleições municipais (art. 96, I), dentre outras.
A LC 64/90 também prevê a competência dos juízes eleitorais para conhecer e decidir as
argüições de inelegibilidade de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereado (art. 2º,
parágrafo único, III), bem como para conhecer e processar, nas eleições municipais, a
representação prevista na Lc (art. 24).
Desse modo, o CE, em seu art. 35, atribui competências aos juízes eleitorais e a Lei das
Eleições e pela Lei das Inexigibilidades tratam sobre os temas.
Contudo, essas competências dos juízes eleitorais não justificam a atribuição dessa função
designada pelo TRE, por isso o item II não justifica o item I.
104
QUESTÃO ANTECIPADA NA RODADA DA RETA FINAL.
I. “O art. 14, §9º, da Constituição da República, que foi regulamentada com a promulgação
da Lei Complementar 64/90, a fim de resguardar a lisura e autenticidade do processo
político-eleitoral, preconiza a propositura da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE),
a ser manejada por qualquer partido, coligação, candidato ou pelo Ministério Público.”
PORQUE
RESPOSTA - A
I - VERDADEIRA
O ART. 14, § 9º, da CF, atribui à LC competência dispor de mecanismos para proteger a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso
do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
E a LC 64/90, por sua vez, em seus arts. 19 e 22, trazem a AIJE com essa finalidade,
apontando, ainda, a competência para figurar no polo ativo a qualquer partido político,
coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral.
II - FALSA
Essa ação tem por fundamento impedir e apurar o abuso de poder econômico ou político e
utilização indevida dos meios de comunicação social, que possam afetar a igualdade dos
candidatos em uma eleição.
Ressalta-se que o eleitor não tem legitimidade ativa para propor a AIJE.
A polêmica da questão fica por conta do termo “mediante proteção ao eleitor”, que deve
ter sido inserido pelo examinador para indução ao erro. Ressalta-se que não há esse objeto
imediato da AIJE, mas que poderia ser entendido pelo candidato como uma poteção
genérica ao eleitor. Desse modo, seria mais clara a posição do examinador caso este
destaca-se de forma cristalina se seria essa proteção ao eleitor o objeto imediato da AIJE,
razão pela qual se pode cogitar a possibilidade de recurso para a questão.
PORQUE
II. “ O princípio foi pensado pelo constituinte com o propósito de impedir mudanças
repentinas, de última hora, no processo de escolha dos agentes políticos que emergem das
eleições.”
RESPOSTA – B
COMENTÁRIOS
I - FALSA
II - VERDADEIRA
Tal princípio visa proteger as “regras do jogo”, ou seja, evita que as normas referentes ao
processo eleitoral não sejam modificadas perto da disputa eleitoral e, com isso, preserva
tanto a igualdade de participação no pleito quanto a própria segurança jurídica.
PORQUE
II. “Mesmo que o candidato representado não seja eleito, o feito deve prosseguir em razão
da possibilidade de se declarar a inelegibilidade do representado na hipótese de se julgar
procedente a representação.”
108
RESPOSTA DO GABARITO RELIMINAR - A
COMENTÁRIOS
I - VERDADEIRA
O item se encontra correto porque sentença que cassa desconstitui o registro do candidato
ou diploma do candidato eleito.
II - VERDADEIRA
Nesse sentido, José Jairo Gomes (Direito Eleitoral. São Paulo: Atlas, 2011)
PORQUE
II. “Os recursos da pessoa física decorrentes de atividade comercial que usufrua de
permissão pública usados em prol de sua candidatura são recursos próprios.”
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
COMENTÁRIOS
I - FALSA
Este item é polêmico, uma vez que a parte final condiciona à assertiva ao recurso do próprio
candidato.
O TSE já decidiu que sócia ou acionista de outra empresa permissionária não configura
doação recebida de fonte vedada.
Não obstante o candidato, como pessoa física permissionária, poder doar para sua
campanha, não condiciona apenas a esse caso. Ou seja, nada impede que uma pessoa física,
sócia ou acionista de permissionária, também possa doar para campanha eleitoral de um
determinado candidato.
II - VERDADEIRA
Correto, uma vez que o recurso da pessoa física, ainda que decorrente de uma atividade
permissionária, é próprio.
PORQUE
II. “A voz da sociedade brasileira, que reverbera nos Juízos e Tribunais, exigiu a incidência
concreta e regular da norma, que só tem efetividade quando há eficácia, ainda que, na
hipótese, a incidência demande a prova da desproporcionalidade dos meios ou a relevância
jurídica do ilícito praticado, não a potencialidade do dano à higidez e à moralidade nas
eleições.”
RESPOSTA - C 113
COMENTÁRIOS
I - VERDADEIRA
Inegável a efetividade dada pelo julgamento em comento, frente ao disposto no art. 30-A
da Lei das Eleições.
II - VERDADEIRA
A captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, deverá ser comprovada na
ação e, nesse caso, será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido
outorgado.
Mesmo que comprovado a captação ou gastos ilícitos, esses devem possuir relevância
jurídica do ilícito, não bastando a simples potencialidade do dano em face do pleito,
conforme entendimento do TSE.
Por isso, esse item justifica o primeiro que, na prática, trouxe essa efetividade da norma.
PORQUE
II. “O abuso de poder político quebra o equilíbrio nas eleições, eis que ínsita à conduta vem
abuso de poder econômico, razão pela qual a Justiça Eleitoral, de forma tópica, deve
especificá-los, claramente, mediante parâmetros metrificados, para que a norma possa
transbordar o fosso entre a subsunção teórica e a faticidade.”
COMENTÁRIOS
I - VERDADEIRA
A AIME deve ter prova constituída da potencialidade lesiva, isto é, a o abuso de poder
econômico, corrupção ou fraude deve ser grave ao ponto de macular a igualdade dos
candidatos no pleito.
II - FALSA
A Justiça Eleitoral não pode especificar, de forma fechada, os casos de abuso de poder. Tais
abusos devem ser verificados de acordo com o conjunto fático-probatório dos autos, em 115
atenção à igualdade da disputa e a legitimidade do pleito.
O TSE tem considerado, para sua averiguação, as provas dos autos. Veja o trecho do
seguinte julgado:
D) o mútuo bancário é um contrato real, que se aperfeiçoa com a celebração do ajuste entre
as partes, sendo possível cobrar do banco mutuante as obrigações contratuais
convencionadas, antes da entrega do dinheiro ao cliente mutuário.
“É contrato real, aperfeiçoando-se com a entrega dos valores ao mutuário.”
RESPOSTA - A
COMENTÁRIOS
Consta de nossa Rodada: “ARRENDAMENTO MERCANTIL: Locação caracterizada pela
faculdade conferida ao locatário de, ao final, optar (por ato unilateral) pela compra do bem
locado, amortizando-se os valores pagos a título de aluguel”.
O tema foi abordado na Rodada MEGE respetiva e na AULÃO DE REVISÃO. Quem viu, matou
a questão!
C) nos contratos de seguro, as apólices poderão conter cláusula que permita rescisão
unilateral ou que, por qualquer modo, subtraia sua eficácia e validade além das situações
previstas em lei.
OBSERVAÇÃO: É exatamente ao contrário: NÃO poderão ter tal cláusula.
RESPOSTA – D
COMENTÁRIOS
Consta de nossa Rodada: “FRANQUIA: contrato pelo qual o franqueador (franchisor) licencia
o uso de sua marca a outro franqueado (franchisee – titular de marca conhecida dos
consumidores) e presta-lhe serviços de organização empresarial, com ou sem venda de
produtos (Lei nº 8.955/1994)”.
73 - A respeito dos títulos de crédito e sua respectiva cobrança judicial, é correto afirmar
que
A) o cheque, ordem de pagamento à vista emitida contra um banco em razão de fundos que
o emitente tem contra o sacado, poderá ser executado judicialmente, dentro do prazo
prescricional de 6 (seis) meses, contados de sua emissão.
119
OBSERVAÇÃO: A execução do cheque sem fundos = 6 meses, contados do término do prazo
para apresentação a pagamento, isto é, 30 ou 60 dias, desconsiderando eventual
prorrogação por cair em dia não útil.
D) a Duplicata, ordem de pagamento emitida pelo credor originário, com base em uma
fatura, para documentar o crédito originado de uma compra e venda mercantil ou de uma
prestação de serviços, poderá ser executada judicialmente em face do sacado e respectivos
avalistas dentro do prazo de 3 (três) anos, contados da data do vencimento do título.
RESPOSTA - C
COMENTÁRIOS
120
Consta de nossa Rodada: “DUPLICATAS: título (ordem de pagamento) sacado pelo
vendedor, em relação de compra e venda mercantil, com base na fatura ou nota fiscal-
fatura (causal), antes do vencimento da obrigação ou da primeira prestação (Lei nº
5.474/1968) [...]Duplicata de prestação de serviços = emitida por pessoa física ou jurídica
que se dedique a tal atividade econômica, em razão da prestação de serviços. Regime
jurídico idêntico ao da duplicata mercantil (inclusive adoção de livro de duplicatas...
[...]contra o devedor principal e seus avalistas = 3 anos, a contar do vencimento do título”.
III. A expulsão do sócio nas sociedades limitadas conduz, de modo obrigatório, à dissolução
total da sociedade.
OBSERVAÇÃO: Dissolução parcial.
RESPOSTA - A
COMENTÁRIOS
Interpretação simples das fases da liquidação e ainda artigo 1.077 do CC.
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
Enunciado 62 CFJ: O produtor rural, nas condições mencionadas do art. 971 do CCB, pode
constituir EIRELI.
Tudo letra do CC, só havendo erro no que tange ao sócio-indústria (colabora apenas com
serviços), que só se admite nas sociedades simples.
III. Nas informações que se caracterizem como confidenciais, sejam segredo de indústria ou
de comércio, quando reveladas em juízo, deverá ser observado o segredo de justiça.
IV. Os prejuízos causados por atos de violação de direitos de propriedade industrial
conferem ao prejudicado o direito de haver perdas e danos.
Estão corretas apenas as afirmativas
A) II e III.
B) II e IV.
C) I, II e IV. 124
D) I, III e IV.
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
A conduta prevista no item I é crime (artigo 195 da Lei nº 9.279/96). O segredo de justiça
(item III) está previsto no artigo 206 da Lei nº 9.279/96. “Fica ressalvado ao prejudicado o
direito de haver perdas e danos em ressarcimento de prejuízos causados por atos de
violação de direitos de propriedade industrial e atos de concorrência desleal” (artigo 209
da Lei nº 9.279/96).
III. Serão suspensas todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas em
que se demandar quantia ilíquida.
OBSERVAÇÃO: Somente as que se referem a quantia líquida.
IV. Não são exigíveis do devedor as obrigações a título gratuito, as despesas que os credores
fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou na falência, salvo as custas judiciais
decorrentes de litígio com o devedor.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
A) III.
B) I e II.
125
C) I e IV.
D) I, II e III.
RESPOSTA - C
COMENTÁRIOS
D) será decretada a falência do devedor que, executado por qualquer quantia líquida, não
paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal.
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
126
D) Embora o plano de recuperação judicial opere novação das dívidas a ele submetidas, as
garantias reais ou fidejussórias são preservadas, circunstância que possibilita ao credor
exercer seus direitos contra terceiros garantidores e impõe a manutenção das ações e
execuções aforadas em face de fiadores, avalistas ou coobrigados em geral.
127
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
128
RESPOSTA – B
COMENTÁRIOS
A – INCORRETA
Não pode recair sobre bens absolutamente impenhoráveis (art. 10, LEF).
B – CORRETA
LEF
Art. 9º.
§ 6º - O executado poderá pagar parcela da dívida, que julgar incontroversa, e garantir a
execução do saldo devedor.
C – INCORRETA
LEF
Art. 25 - Na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial da Fazenda
Pública será feita pessoalmente.
D – INCORRETA
LEF
Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos
indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:
I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito,
que assegure atualização monetária;
II - oferecer fiança bancária ou seguro garantia; (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014)
III - nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo 11; ou
IV - indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública.
A) Lei ordinária poderá dispor sobre a substituição tributária, mas para a definição dos
contribuintes do imposto e fixação de sua base de cálculo será indispensável lei
complementar.
B) O imposto incide sobre o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços ainda
que compreendidos na competência tributária dos municípios, dada à soberania do Estado
e em virtude da competência concorrente.
C) O imposto será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas
anteriores pelo município, pelo Estado ou pelo Distrito Federal.
D) O imposto incidirá também sobre a entrada de bem ou mercadoria importadas do
exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto,
qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior,
cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do
destinatário da mercadoria, bem ou serviço.
RESPOSTA – D
COMENTÁRIOS
A – INCORRETA
A Lo pode instituir regime de substituição tributária (art. 150, § 7º, CF )
Por outro lado, conforme o art. 146, III, “a”, da CF, cabe à Lc a DEFINIÇÃO dos respectivos
fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes.
130
Todavia, a parte final da assertiva afirma que a FIXAÇÃO da BC se dá por Lc, o que a torna
errada.
B – INCORRETA
Lc nº 116 de 2003
Art. 1º
§ 2o Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não
ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação –
ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias.
C – INCORRETA
O ICMS é imposto estadual, não havendo no que se falar em compensação do montante
cobrado nas anteriores pelos Municípios.
CF Art. 155 § 2º
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à
circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores
pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;
D – CORRETA
CF Art. 155. § 2º.
IX - incidirá também:
a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou
jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua
finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado
onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria,
bem ou serviço.
Sv. 50 do STF. Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não
se sujeita ao princípio da anterioridade.
RESPOSTA – A
COMENTÁRIOS
A - CORRETA
Lc 116 de 2003
Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e
do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista
anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.
§ 1o O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja
prestação se tenha iniciado no exterior do País.
Art. 2o O imposto não incide sobre:
I – as exportações de serviços para o exterior do País;
B – INCORRETA
A alíquota máxima é 5% e a mínima é 2% (arts. 8º e 8º-A da Lc nº 116 de 2003).
133
C – INCORRETA
Lc 116 de 2003
Art. 6o Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso
a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este
em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive no
que se refere à multa e aos acréscimos legais.
D – INCORRETA
Lc 116 de 2003
Art. 4o Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a
atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade
econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede,
filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou
quaisquer outras que venham a ser utilizadas.
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
I e II - CORRETAS
CTN
Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles
relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente,
mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante
substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo
para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.
III - INCORRETA
CTN
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o
efeito de prova pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por
prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.
IV - CORRETA 135
CTN
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando
exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado,
que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio
fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido
requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na
repartição.
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a
existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido
efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
APÓS ANÁLISE DAS QUESTÕES DA PROVA OBJETIVA DO TJMG, VERIFIQUEI QUE NÃO HÁ
QUESTÕES SUJEITAS À ANULAÇÃO. A MAIORIA DAS ALTERNATIVAS SE ENCONTRAM EM
DISPOSITIVOS EXPRESSOS DA LEI SECA, CONFORME COMENTÁRIOS ADIANTE.
11. DIREITO AMBIENTAL
RESPOSTA - C 136
COMENTÁRIOS
Art. 225 da CF - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e
à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Art. 225, § 1º, VII da CF - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder
Público: (...) VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que
coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam
os animais a crueldade.
RESPOSTA – D
COMENTÁRIOS
137
RESPOSTA - B
COMENTÁRIOS
138
Art. 36 do Estatuto da Cidade - Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades
privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de
impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção,
ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal.
89 - O município X adotou uma lei definindo como área “non aedificandi” uma distância
superior à prevista na Lei Federal em relação a curso de água. A lei local
RESPSOTA - D
COMENTÁRIOS
Art. 30. Compete aos Municípios: (...) II - suplementar a legislação federal e a estadual no
que couber;
90 - A, proprietário rural, adquiriu motosserra movida a gasolina e o bem foi apreendido 140
mediante autuação pela Polícia Militar Ambiental, sob o fundamento de falta de registro.
A apresentou defesa administrativa e alegou que a motosserra é de pequeno porte e não
estaria sujeita a registro. A defesa
C) será acolhida por ausência de previsão legal que exija o registro de motosserra.
RESPSOTA – A
COMENTÁRIOS
Art. 69 da Lei 12.651/12 - São obrigados a registro no órgão federal competente do Sisnama
os estabelecimentos comerciais responsáveis pela comercialização de motosserras, bem
como aqueles que as adquirirem.
§ 1º A licença para o porte e uso de motosserras será renovada a cada 2 (dois) anos.
RESPOSTA – C
COMENTÁRIOS
A - INCORRETA
De acordo com o STJ, a responsabilidade civil do Estado por dano ambiental decorrente de
omissão é OBJETIVA, de caráter SOLIDÁRIO e de execução SUBSIDIÁRIA (com ordem de
preferência). Nesse sentido: RESP 200801460435, Relator Ministro Herman Benjamin, STJ –
2ª Turma, DJE: 16/12/2010.
B - INCORRETA
C - CORRETA
Em repercussão geral, o STF firmou a tese de que “na hipótese de posse em cargo público
determinada por decisão judicial, o servidor não faz jus a indenização, sob fundamento de 143
que deveria ter sido investido em momento anterior, salvo situação de arbitrariedade
flagrante (STF, RE 724.347, Tribunal Pleno, j. em 26/02/2015).
D - INCORRETA
92. A respeito da ação civil pública por ato de improbidade administrativa, assinale a
opção correta.
A) A aplicação da pena de demissão por improbidade administrativa, por ser medida
excepcional, não é passível de aplicação no âmbito do processo administrativo disciplinar,
restringindo-se ao Poder Judiciário.
RESPOSTA - B
COMENTÁRIOS
A - INCORRETA
B - CORRETA
C - INCORRETA
Há dois erros nessa assertiva. O primeiro é que a LC nº 157/2016 inseriu na Lei Federal nº
8.429/1992 uma nova espécie de ato de improbidade administrativa por meio da inclusão
do art. 10-A, o qual dispõe que “Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação
ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao 145
que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de
2003”. Assim, diferentemente do que propõe a assertiva, a Lei Federal nº 8.429/1992
agrupa os atos administrativos em 04 categorias: (i) que importam enriquecimento ilícito
(art. 9º); (ii) que causam prejuízo ao erário (art. 10); (iii) decorrentes de concessão ou
aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário relacionado ao ISS (art. 10-A); e (iv)
que atentam contra os princípios da Administração Pública. Além disso, o segundo erro da
afirmativa corresponde a afirmação de que a configuração de ato que atente contra os
princípios da Administração Pública admite a forma culposa. É que, via de regra, exige-se o
dolo (genérico) do agente para a caracterização do ato de improbidade administrativa,
somente se admitindo também a culpa no caso de lesão ao erário.
D - INCORRETA. De acordo com o STJ, para que seja decretada a indisponibilidade de bens,
não se faz necessária a prova de que o sujeito ativo está efetivamente dilapidando o seu
patrimônio ou na iminência de fazê-lo, pois o periculum in mora é presumido. Assim, afirma-
se que a medida do art. 7º da Lei Federal 8.429/1992 é uma verdadeira “tutela de
evidência”, porque, embora se exija a demonstração de fumus boni iuris – consistente em
fundados indícios da prática de atos de improbidade –, é desnecessária a prova de
periculum in mora.
C) Nos termos da Lei nº 11.419/2006, que dispõe sobre a informatização do processo 146
judicial, no processo eletrônico, todas as citações, intimações e notificações, ressalvadas as
da Fazenda Pública, serão feitas por meio eletrônico.
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
A – INCORRETA
Para a doutrina e jurisprudência majoritárias, aplica-se a prerrogativa de prazo em dobro
para qualquer manifestação da Fazenda Pública, por aplicação do art. 183, caput, do
CPCP/15, a qualquer espécie de procedimento e ainda que o ente de direito público não
figure como parte. Assim sendo, ainda que atue como terceiro interessado ou outra
modalidade de interveniente, afastada tal prerrogativa somente no caso de haver norma
específica dispondo em contrário.
B – INCORRETA
Segundo entendimento do STF, o TCU ostenta a condição de órgão independente na
estrutura do Estado brasileiro, de modo que não integra o Poder Legislativo, tampouco o
Poder Judiciário (STF. MS 33.340 – Info 787). Lembre-se que, conforme preconiza o art. 71
da CF/88, o TCU auxilia o Congresso Nacional no seu exercício do controle externo.
C – INCORRETA 147
Diferentemente do que propõe a assertiva, o art. 183, § 1º, do CPC/2015, expressamente
estabelece que a Fazenda Pública será intimada pessoalmente, o que poderá ocorrer por
carga, remessa ou meio eletrônico. Neste mesmo sentido, a Lei Federal nº 11.419/16 (que
dispõe sobre a informatização do processo judicial) estabelece, em seu art. 9º, que, no
processo eletrônico, todas as citações, intimações e notificações, inclusive da Fazenda
Pública, serão feitas por meio eletrônico.
D – CORRETA
II. Na requisição o Estado utiliza bens móveis, imóveis e serviços particulares em situação
de perigo público iminente.
IV. Na desapropriação todos os bens poderão ser expropriados, incluindo coisas móveis e
imóveis, corpóreas e incorpóreas, públicas ou privadas.
A) I e II.
B) II e IV.
C) I, II e III.
D) I, II e IV.
148
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
Apenas o item III está incorreto, vez que o tombamento não incide somente sobre bens
imóveis, mas, sim, sobre todos os bens corpóreos, móveis ou imóveis. Lembre-se que o
tombamento não recai sobre bens incorpóreos, cujo valor cultural deve ser protegido por
outros meios jurídicos, a exemplo do registro. Ademais, o tombamento pode mesmo ser
voluntário, quando provocado pelo próprio proprietário ou quando este consentir com a
proposta feita pelo Poder Público, ou compulsório, se iniciativa é do Poder Público e o
proprietário se recusa a aceitar o tombamento do seu bem. Os demais itens estão corretos,
conforme detalhado na tabela abaixo.
MODALIDADES OBJETO INSTITUIÇÃO INDENIZAÇÃO
Embora eu ache difícil, vislumbro a possibilidade de recurso contra o item “IV”, tendo em
vista que a assertiva é por demais genérica, desconsiderando a existência de bens que não
podem ser desapropriados, a exemplo, conforme aponta a doutrina administrativista, da
moeda corrente no país [por incompatibilidade lógica, eis que o dinheiro é justamente a
forma de se indenizar o bem expropriado, ressalvando-se, contudo, a possibilidade de
desapropriação de dinheiro estrangeiro] e os direitos personalíssimos [dado não possuírem
conteúdo patrimonial]. A ser considerada falso o item “IV”, a resposta correta seria letra
“A”.
150
95. Quanto ao ato administrativo, analise as afirmativas a seguir.
I. Os atos administrativos presumem-se legítimos, presunção relativa, pois que não se trata
de presunção absoluta e intocável.
II. A teoria dos motivos determinantes está assentada no princípio de que o motivo do ato
administrativo deve ser compatível com a situação de fato que gerou a manifestação de
vontade.
IV. A convalidação tem efeitos ex nunc, por não ser possível retroagir seus efeitos ao
momento em que foi praticado o ato originário.
Estão corretas apenas as afirmativas
A) I e II.
B) II e IV.
C) III e IV.
D) I, II e III.
RESPOSTA - A
COMENTÁRIOS
I – CORRETA
II – CORRETA
A “teoria dos motivos determinantes” dispõe que, expostos os motivos que justificaram a
edição do ato (motivação), eles vinculam o próprio ato, de modo que, havendo vício no
motivo enunciado, o ato como um todo será ilegal. Assim, ainda que se trate de ato em que
o motivo seja discricionário, uma vez explicitado, ele deverá ser verdadeiro e consonante
com os princípios da Administração Pública, sob pena de invalidade do ato (STJ, AgRg no
RMS 32.437/MG).
III – INCORRETA
IV – INCORRETA
C) a entidade de classe não tem legitimação para o mandado de segurança coletivo quando
a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
D) configura particularidade procedimental do mandado de segurança coletivo, a
necessidade de oitiva prévia da pessoa jurídica de direito público para o deferimento da
medida liminar.
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
A – INCORRETA
A assertiva contraria texto expresso de lei, qual seja o art. 22, §1º, da Lei de Mandado de
Segurança (Lei Federal nº 12.016/09), segundo o qual o mandado de segurança coletivo não
induz litispendência para as ações individuais.
B – INCORRETA
C – INCORRETA
D – CORRETA
Trata-se de reprodução do art. 22, §2º, da Lei do Mandado de Segurança, que dispõe que,
“No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida após a audiência do
representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no
prazo de 72 (setenta e duas) horas”.
RESPOSTA - C
COMENTÁRIOS
São remédios constitucionais as seguintes ações: habeas corpus; habeas data; mandado de
segurança, mandado de injunção; ação popular; e ação civil pública.
Não se enquadra nesse rol, portanto, a querela nullitatis e ação rescisória, eliminando-se as
alternativas A e C. Para fins de conhecimento, é importante ressaltar que a querela
nullitatis, de origem medieval, não tem previsão no CPC, mas é aceita pela jurisprudência
dos Tribunais Superiores (v.g. STJ. REsp 12.586/SP), com cabimento sempre que houver
vício na constituição do processo (ex. vício na citação; surgimento de nova prova após o
prazo decadencial da rescisória; afronta direta a princípios constitucionais; etc.), podendo
ser proposta a qualquer tempo, uma vez que não está sujeita a decadência ou prescrição.
98. Sobre a Lei nº 8.666/93, que institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública, é correto afirmar que
C) nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para bens e
serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva
de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência
Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
RESPOSTA - C
COMENTÁRIOS
A – INCORRETA
B – INCORRETA
C – CORRETA
D – INCORRETA
A assertiva trata de hipótese de licitação inexigível, conforme art. 25, inciso I, da Lei de
Licitações.
II. O STF firmou a tese de que a contratação por tempo determinado para atendimento de
necessidade temporária de excepcional interesse público em desconformidade com os
preceitos do art. 37, IX, da CF/88, não gera quaisquer efeitos jurídicos válidos, com exceção
do direito à percepção dos salários referentes ao período trabalhado e ao levantamento
dos depósitos efetuados no FGTS.
IV. Os notários e os registradores são titulares de cargo público efetivo, exercem atividade
estatal e, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, são considerados
servidores públicos, independentemente do tempo de serviço.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
I - INCORRETA
II – CORRETA
158
Trata-se de entendimento firmado pelo STF em sede de repercussão geral, considerando,
no caso de saldo de salários, a vedação ao enriquecimento ilícito da Administração, que se
beneficiou dos serviços prestados pelo servidor temporário irregularmente contratado, e,
em relação aos depósitos de FGTS, por incidência do art. 19-A da Lei Federal nº 8.036/1990
(RE nº 765.320, j. em 20/09/2016).
III - CORRETA
IV – INCORRETA
Para o STF, os notários e registradores NÃO são servidores públicos (AR 660.781 AgR).
Lembrem-se que, nos termos do art. 236 da CF/88, os serviços notariais e de registro são
serviços públicos, mas exercidos em caráter privado. A Lei Federal nº 8.935/1994
regulamenta esse dispositivo constitucional e dispõe sobre os serviços notariais e de
registro.
100. O serviço público poderá ser prestado direta ou indiretamente pelo Estado e neste 159
aspecto, de acordo com o texto constitucional do art. 175, a prestação indireta se dará
sob o regime de permissão ou concessão. A respeito da concessão e permissão de serviços
públicos, analise as afirmativas a seguir.
I. A concessão de serviço público pode ser definida como o contrato administrativo pelo
qual a Administração Pública delega a outrem a execução de um serviço público, para que
o execute em seu próprio nome, por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário
ou outra forma de remuneração decorrente da exploração do serviço.
II. A encampação que consiste em retomada do serviço pelo poder concedente durante o
prazo da concessão, por motivo de interesse público, e a declaração de caducidade da
concessão decorrente da inexecução total ou parcial contrato representam situações de
extinção da concessão.
IV. De acordo com a Lei nº 8.987/1995, se extinta a concessão de serviço público em razão
do advento do termo do contrato e o poder concedente venha a decidir que os bens afetos
ao serviço público, de propriedade do concessionário, sejam incorporados ao poder público,
o instituto utilizado pelo poder concedente para incorporar os bens do concessionário ao
patrimônio público denomina-se reversão.
B) I e IV, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I, II e IV, apenas
160
RESPOSTA - D
COMENTÁRIOS
I – CORRETA
Trata-se do conceito de concessão de serviço público apresentado pelo art. 2º, II, da Lei
Federal nº 8.987/1995. Destaque-se que, na concessão, a remuneração deve advir da
exploração do serviço público, o que não se resume à cobrança de tarifas. É possível, com
efeito, que o concessionário seja remunerado por receitas alternativas, complementares,
acessórias ou de projetos associados, consoante dispõe o art. 11 da referida Lei. Ressalve-
se que, na PPP (Lei Federal nº 11.079/2004), modalidade especial de concessão de serviço
público, temos sempre a contraprestação do parceiro público, adicionalmente à tarifa
cobrada dos usuários no caso da patrocinada, ou exclusivamente no caso da administrativa.
II – CORRETA
III – INCORRETA
Nos termos da Lei Federal nº 8.987/1995, tanto a concessão quanto a permissão de serviço
público dependem de licitação prévia, exigindo-se, ainda, a modalidade de concorrência
para a primeira [na permissão, a licitação pode ser por qualquer modalidade licitatória].
Confira-se o teor do art. 2º, II e IV, da Lei, in litteris:
IV – CORRETA
Nos termos do art. 36 da Lei Federal nº 8.987/1995, quando do advento do termo final da
concessão ou permissão de serviço público, a reversão determina a incorporação dos bens
vinculados ao serviço, desde que indenizados os correspondentes investimentos feitos pelo
162
delegatário ainda não amortizados ou depreciados. Vejamos: