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ISDN 85-000046-01-X
Inclui apêndice.
Inclui bibliografia e índice.
620. 23/G314r
(357872/96)
Samir N, Y. Gergeo
Conteúdo
Ondas Acústicas 1
1.1 Introdução . 1
1.2 As Ondas de Pressão Sonora 2
1.3 Velocidade do Som nos Fluidos 4
1.4 Propagação do Som 5
1.5 Nível de Pressão Sonora- O decibel (dB) 6
1.6 Adição de Níveis de Ruído . 7
1. 7 Subtração do Ruído de Fundo . 9
1.8 Ondas Acústicas de Propagação Unidimensional 12
1.9 Comportamento Elástico doa Fluidos . 12
1.10 Equação da Onda Plana . 16
1.11 Solução Harmônica da Equação da Onda Plana . 17
1.12 Densidade de Energia da Onda Plana 20
1.13 Intensidade Acústica 22
1.14 Impedância Acústica Especifica da Onda Plana 23
1.15 Ondas Acústicas com Propagação Tridimensional 24
1.16 Equação Geral da Onda 24
1.17 Equação da Onda em Coordenadas Esféricas . 26
1.18 Ondas Esféricas Harmônicas . 29
1.19 Impedância Acústica Específica 30
1.20 Intensidade das Ondas Acústicas 30
1.21 Equação da Onda em Coordenadas Cilíndricas 33
1.22 Nível de Potência Sonora 35
1.23 Diretividade de Fonte 37
1.24 Referências Bibliográficas 39
2 Efeitos do Ruído e de Vibrações no Homem 41
2.1 Introdução. . . . . . . . 41
2.2 O Ouvido Humano . . . . . . . . . . . 42
2.2.l Ouvido Externo 42
2.2.2 Ouvido Médio . . . 44
2.2.3 Ouvido Interno . . . 44
2.3 Mecanismo de Audição . . . . . . . . . . . . . 46
2.4 Ruído e a Perda de Audição . . . . . . . . . . . . . 46
2.5 Efeito do Ruído nos Sistemas Extra-Auditivos 47
2.6 Critérios para Perda de Audição . . . . . . . 51
2. 7 Escalas para Avaliação de Ruido . . . . . . . 53
2.7.1 Circuitos de Compensação A,B,C e D 53
2.7.2 Nível Total de Pressão Sonora. . . . . 55
2.7 .3 Nível de Pressão Sonora - Pico (dB {Pico)) . 55
2.7.4 Nível de Pressão Sonora- Impulsivo (dB (Impulso}) 56
2.7.5 Nível Sonoro Equivalente (Dose de Ruído}. . . 56
2.7.6 Distribuição Estatística no Tempo: LN . . . . . 58
2.7 .7 Nível de Interferência na Comunicação Verbal 59
2.8 Curvas e Critérios para Avaliação de Ruído . . 61
2.8.1 Recomendações ISO R 1996 e NBR 10151 . . . 62
2.8.2 Curvas de Avaliação de Ruído NR e NC . . . . 63
2.8.3 Curvas de Critérios de Ruído Preferido [PNC) . . . 65
2.9 Efeito da Vibração no Corpo Humano 65
2.1 O Programa de Conservação da Audição . . . . . . . . . . . 72
2.10.1 Mapeamento de Ruído. . . . . . . . . . . . . . 72
2 .10 .2 Zonas de Risco de Ruído e Avisos de Alerta . . . . 73
2.10.3 Controle de Ruído . . . . , . . . . . . . . . 74
2.10.4 Refúgios do Ruído . . . 74
2.10.5 Rotatividade de Função 74
2.10.6 Especificação de Ruído . 75
2.10.7 Proteção da Audição .. 75
2.10.8 Educação . . . . . . . . 75
2.10.9 Supervisão e Treinamento 76
2.10.lOAudiometria .. . 76
2.10.11 Conclusões ... . 77
2.11 Referências Bibliográficas 78
Conteúdo -------------------Xlll
529
13 Engenharia de Controle de Ruído . . .. . . .. 529
13.1 Introdução .. · · · · · · 1· · · ;.;,,~nto . . . . . . . . . .. 533
13 2 Controle de Ruído por Enc ausu .. . .. 534
. 13 2 1 Enclausuramentos Amplo · · · · · · · · · · ... 539
13:e:2 Enclausuramento Com~ac:oB~r~ir~ .. 540
13 2 3 Enclausuramento Parcial ... 547
13.3 R~ído de Computadores e Impressor~ . . . . .. 555
·.. . 555
13.4 Ruído de Jatos _· · · · · · : : . . . . . . · · ... 555
13.4.1 Introduçao : ; ·.'~de Jatos Livres · · · · · · ... 559
13.4.2 Ruído Aerodmam1cd Obstrução de Fluxo . . . . 560
13.4.3 Ruído Provement~I :ciosos . . . . . . . . . . . . . . . . 570
13.4.4 Bocais d; Jatos!' :ores Elétricos .. 575
13.5 Redução de Ruido e~ 0 . . . .
13.6 Referências Bibhográlicas ·
Apêndice 1: Unidades e Grandezas .............................. 579
Apêndice II: Propriedade das Substâncias,
Sólidos . . . . . .. . . .. .. .. .. . .. .. .. . .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. . .. .. .. .. 581
Líquidos e Gases .......................................... , . 582
Apêndice Ili: Valores Representativos do Coeficientes de
Absorção Acústica de Alguns Materiais Simples , , , .... , , 583
Apêndice IV: Valores Representativos do Coeficientes de
Absorção Acústica de alguns Materiais EUCATEX ..... 584
Apêndice V: Valores do Coeficiente de Absorção Médio
para Ambientes Industriais . .. . . . . . .. . . . . . .. .. . . . .. .. . . .. .. 585
Apêndice VI: Absorção Total em (m2) para Pessoas e Móveis 586
Apêndice VII: Valores Recomendados para Classe de
Transmissão Sonora de Paredes e Divisórias • CTS ... , .. 587
Apêndice VIII: Classe de Transmissão Sonora • CTS
para Materiais do Construção mais Usados .............. 587
Apêndice IX: Perda de Transmissão Média (IMPP)
Recomendada para Várias Condições de Privacidade ... 588
Índice ... , ........................................................... 589
Lista de Figuras
Lista de Figuras
----XXI
1.1 Propaga,ão da onda sonora
1.2 A pressão acústiê:a
1.3 Adição ~e níveis de ~r~s~ão ·s~n·o;a· 3
1.4 Subtra,ao do ruido de fundo .. 9
1.5 Deslo~amento de fluido devido à p,;.;.- · · d · · · · · · · · · li
1.6 Rela,oes de fase (a) Onda positiva (b) ~md e onda sonora . 14
1. 7 Elemento de volume . n a negativa 19
1.8 Coordenadas esféricas 25
1.9 Coordenada cilíndrica 27
1.10 Curva típica de diretividad~ .· 33
38
. 140
139
Lista de Tabelas
Lista de Símbolos
A absorção total (m 2 )
AT atenuação
a raio
velocidade do som
e coeficiente de amortecimento
e, coeficiente de amortecimento crítico
e, velocidade da onda longitudional (equação 4.90)
e, velocidade da onda de flexão livre
CII classe de isolamento de impacto
CTS classe de transmissão sonora
d deflexão estática
D fator de diretividade
D diferença de nível
D rigidez de flexão (página 199)
DI(O), d índice de diretividade
E módulo de Young
E, energia cinética
E, energia potencial
f freqüência em ciclo/seg (Hz)
f, freqüência crítica ou de corte
f, freqüência de engrenamento
Ím freqüência de ressonância
!, freqüência de passagem
GAP espectro cruzado
h espessura
h porosidade
hm função de Hankel esférica
Hm função de Hankel cilíndrica
HAP função de transferência
HP potência em HP
I intensidade sonora
XXXIV - - - - - - - - - - - - - - - Lista de Símbolos
Ondas Acústicas
1.1 Introdução
O som se caracteriza por flutuações de pressão em um meio com-
pressível. No entanto, não são todas as flutuações de pressão que
produzem a sensação de audição quando atingem o ouvido humano.
A sensação de som só ocorrerá quando a amplitude destas flutuações
e a freqüência com que elas se repetem estiverem dentro de deter-
minadas faixas de valores. Desta forma, flutuações de pressão com
amplitudes inferiores a certos mínimos não serão audíveis, como
também, ondas de alta intensidade, tais como nas proxiinidades de
turbinas à gás e mísseis, que podem produzir uma sensnção de dor
ao invés de som .. Pode-se mencionar também as ondas de choque
simples como as ge1·adas por explosões ou aeronaves de alta velo-
cidade. Ainda, existem ondas cujas f1·eqüências de repetição das
flutuações, acima referidas, estão acin1a ou abaixo de freqüências
geradoras da sensação auditiva e são, respectivamente, denomina-
das ondas ultrassônicas e ondas inf1•assônicas.
O som á parte da vida diária e apresenta-se, por exemplo, como:
música, canto dos pássaros, uma batida na porta, o tilintar do te-
lefone, as ondas do mar etc. Entretanto, na sociedade moderna
muitos sons são desagradáveis e indesejáveis, e esses são definidos
como ruído. O efeito do ruído no indivíduo não depende somente
das suas características (amplitude, freqüência, duração ... etc), mas
também da atitude do i11divíduo fre11te a ele.
Neste capítulo serão ap1•esentados os parâ1neti·os fisicos de inte-
resse, tal como: pressão sonora, velocidade do son1, escala decibel,
2 - - - - - - - - - - - - Capítulo 1 ONDAS ACÚSTICAS
1, ). = c/f
Silêncio
Tempo
Figura 1.2: A pressão acústica
2 âP
e = âp (1.2)
(1.4)
e' = -yP
p
(1.5)
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 5
c2 = ,P
p
= ,R(273+t) (1.6)
1 Bel = 10 decibeis
Por exemplo:
10 log 10 14 = 140 dB
onde:
I é a intensidade acústica em Watts/m2
lo é a intensidade de referência = 10- 12 Watts/m 2
lo corresponde, aproximadamente, a intensidade de um tom de
1000 Hz que é levemente audível pelo ouvido humano no,·mal (valor
de referência).
A intensidade acústica é proporcional ao quadrado da pressão
acústica (ver item 1.13), então o nível de pressão sonora é dado
por:
p2 p
NPS = 10 log pj 20 log Po (1.9)
P,2 = Pf + Pi (1.11)
Pl =
10 log Pif 10 log 10"
h
+ 10 /og [ 1 +
L-L
10-<~>]
NPS,
NPS, (1.12)
onde
1,0
NPS, = L 1 + óL (1.13)
Exemplo: Para somar 85 dB e 82 dB, tem-se:
L 1 = 85 dB
L2 =82 dB
Diferença = 3 dB
Da figura 1.3: ó L 1,7 dB
Nível Total: NPS, L, + óL = 85+ 1,7 86,1dB=
1. 7 Subtração do Ruído de Fundo
Quando se efetuam n1edições de níveis de pressão sonora deve-se
considerar a influência de mais unia grandeza até aqui não men-
cionada que é o 1·uído de f_undo, isto é, o ruído ambiental gerado
por outras fontes que não o objeto de estudo. Obviamente, o ruído
de fundo não deve n1ascai·ar o sinal de interesse. Na prática, isto
significa que o nível do sinal deve estar no núuin10 3 dB acima do
nível de fundo, poré111, uma correção deve ainda ser necessária para
10 - - - - - - - - - - - Capítulo 1 ONDAS ACÚSTICAS
p2 = P,2 - PJ (1.14)
onde
P é a pressão sonora da 1náquina se1n 1·uído de fundo
PJ é a pressão sonora do ruído de fundo
P, é a pressão sonora total
P.2
L, = lOlog(--',)
Po
p2
10 log (-.!,)
Po
Po = 2 10- 5 N /rn 2
CD
3
...J
<J
+2,0
OL__L~__j_____J~____L===r==::i:~"""'""--..i.J
O 2' 4 6 8 10 12 14 16
L, - L 1 (dB)
8 = (1.16)
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 13
ou
P1 = p(I + s)
S Área da seção transversal do fluido
P, Pressão instantânea em qualquer ponto
P0 Pressão de equilíbrio constante do meio
P P1•essão acústica em qualquer ponto, definida como:
P=P,-Pa (!.17)
velocidade de propagação da onda
</> velocidade potencial, onde
u =
dx
1
1
si _,d-r+~d
FO NTE*) ) ) s ~1 I Jx
X
1
\ 1
I
~ .1
X X+ dX
ONDA PLANA
â.;
P1 S dx(l + a,:) = pSdx
â.;
(! + s)(l + âx) = 1 (1.18)
(1.19)
equilíbrio, então, *
sao separados por uma distância maior do que sua separação de
é positiva e a densidade do fluido é diminuída.
Uma ~egunda propriedade dos fluidos que é usada na dedução
da equaçao da onda é a propl'iedade termodinâmica que relaciona
mudanças na pressão e densidade. Em geral, existem muitas dessas
relações, dependendo do processo termodinâmico envolvido. Por
exemplo, a equação que des<:1•eve o processo isotérmico para os gases
perfeitos é:
(l.20)
dP = (dP) dp (1.21)
dp
dP
p = (dp)ps (1.22)
P = c2 ps (1.23)
A equação 1.23 é uma expressão importante, relacionando
pressão acústica P e condensação s. Finalmente, substituindo s
pelo seu equivalente-*, obtém-se:
(1.24)
éJP ôP
dF, = [P - (P + ôrdx)]S = -(ôx)dxS (1.25)
o gradiente *
pela pressão de equilíbrio Pa visto que sempre se cancelam. Somente
da pressão acústica é importante na produção da
força resultante sobre o elemento de volume. Fazendo-se essa força
igual ao produto da massa do ele1nento S pela sua aceleração, tem-
se:
(1.26)
(1.27)
ou
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 11
(1.28)
Sendo assim, essas são as duas formas particulares da equação
da onda acústica plana. Equações similares também se aplicam
para variáveis acústicas tais como velocidade da partícula u e con-
densação s. Entretanto, não é necessái·io resolver cada uma dessas
equações. A solução para P será suficiente. Uma vez que esta
solução tenha sido obtida, o con1portamento das outras variáveis
acústicas pode ser prontamente obtido usando as relações desenvol-
vidas anteriormente, tais como:
(1.30)
onde A é a amplitude complexa de pressão sonora de uma onda
plana de freqüência w e número de onda k, propagando-se no sen-
tido positivo de x com velocidade e, e 11_ é a amplitude da onda
propagando-se no sentido negativo de x.
A equação (1.30) pode ser desmembrada em:
..4_ ei(wt- h)
14 = pc
lL _.!!:.. i(wt+h)
pc
íf!_ ei(wt+kz)
pc2k
_lJ_ ei(wt + b)
pc2
P,s,u u, é)g/clx
(a)
CE} Cf;s
é>~/;Jx P,s (b)
Figura 1.6: Relações de fase (a) Onda positiva (b) Onda negativa
A B
ç = pc>k sen (wt - k,;) pc'ksen(wt + kx) (1.32)
s= ~cos(wt - kx) B
pc + pc' cos (wt + kx) (1.33)
20 - - - - - - - - - - - - Capítulo 1 ONDAS ACÚSTICAS
A B
u -cos(wt - kx) - -cos(wt
pc pc
+ kx) (1.34)
(1.35)
ôf,
V = Vo ( 1 + a;) (1.36)
A mudança na energia potencial relacionada a esta variação de
volume será:
dV = -~dP (1.38)
pc'
Substituindo-se (1.38) em (1.37), tem-se:
1 p2
!:!.EP = ~
pc2 jPdP --Vo (1.39)
2 p c2
A energia acústica total será:
SAMIR N. Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 2 1
E+ = pu! (1.42)
pal'a propagação da onda no sentido positivo, e
e_ = pu': (1.43)
para a propagação no sentido negativo.
1 {T 1
(l+) = T fo pu!dt = 2 pU+ 2 (1.45)
u+ = P+
pc
então
(l+J1 (1.46)
22 - - - - - - - - - - - Capítulo 1 ONDAS ACÚSTICAS
11~
(e+)• = À o e+ da: = 2pc2
A2 (1.47)
dE
ec (1.49)
dt
E a intensidade, ou média no tempo da razão do fluxo de
energia, é:
dE
I = (dt), = (e)'c (1.50)
Portanto, na direção :e positiva, tem-se:
l+ = CE = ~ = IE+ 12 (1.51)
+ 2pc 2pc
onde \ \ é o módulo.
Quando se usam amplitudes efetivas (raiz média quadrática no
tempo), como:
A
P, u, (1.52)
v'i'
então:
SAMIR N. Y. GERGES
23
l+ PeUe (1.53)
e semelhantemente,
B2 ILI'
L = c'l_ (1.54)
2pc 2pc
4= f+ = pc (1.55)
Y+
Semelhantemente, para ondas planas propagando-se na direção
negativa de x, tem-se:
r + ix (!.57)
onde:
r = resistência acústica específica
x = reatância acústica específica
Para ondas planas progressivas (equações 1.55 e 1.56)
1· == ± pc (1.58)
24 - - - - - - - - - - - Capítulo 1 ONDAS ACÚSTICAS
x=O
Para condições normais, temperatura de 20°C, densidade
p = l,21kg/m3 e velocidade do som e= 343 m/seg, a impedância
característica do ar é dada por:
=
9.. %1- terá os componentes u =
2., P e s são funções de x, y e z.
*'
nas dii·eções z, y, z, respectivantente. O vetor velocidade de partícula
v = ~ e w = ~· As variáveis d.,
,
O estudo feito para uma dimensão, apresentado no item 1.11,
poderá ser usado para três dimensões; similarmente à equação 1.18,
tem-se, para ti·ês dimensões:
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 25
z
Figura 1.7: Elemento de volume
{)p
&P
- ih ày
(!.62)
26 - - - - - - - - - - - Capítulo 1 ONDAS ACÚSTICAS
a2p
- (8:z:2 +
a2p
8y2 +
a2p
ôz 2 }
a 2 ae
P at 2 ( a:z: +
ª" + a)
ôy
ô( (1.63)
ou
82 (V4) (1.64)
- v2 P p~
onde V 2 é o Laplaciano.
Usando-se (1.61} e (1.63} e eliminando-se V 4, obtém-se:
82 P _ 2 .-,2 p (1.65)
8t2 - C V
onde:
z=rsenOcos,J,
y=rsenOsen,J,
z = r cos9
Se a onda tem simetria esférica, isto é, se a pressão acústica
p = P(r, t) é função do raio e do tempo (independente de O e ,/,), as
equações 1.65 e 1.66 podel'Q,( ser reescritas da seguinte forma:
z
P( r, 0, 'V)
rP = F,(c t - r) + F2 (e t + r)
ou
P, ( cosO) = cosB
P( r, O,t ) 1 + -cosee
= A -r- ikr n i("'' - k,)
2
ôP
(1.71)
ôr
onde Ç é o deslocamento radial.
Integrando em relação ao tempo obtém-se:
u = ~
ôt
= - !p J
ôP dt
ôr
(1.72)
u (1.73)
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 29
j udt u
iw
I
'-'ªP~
ôP(r,t)
(1.74)
{= _J_ôE.(r,t) =
-(~+ik)l'.(;,t) (1.78)
'-''P ô,· r "'p
A fase entre f!.(r, t) e 1! pode ser obtida da equação (1.77).
tg8 = kr (1.80)
e o observador é grande (kr > 1), P(r,t) eu estão e1n fase. Por outro
lado, quando kr - O, fJ - 90°, então P e u estão com diferença de
fase de 90°. Em fenômenos acústicos o parâmetro kr é 1nuito mais
importante do que k ou r individualmente. ler = onde À é ')r, =7
o comprimento de onda. •
30 - - - - - - - - - - - - Capítulo 1 ONDAS ACÚSTICAS
onde
R = pck 2r 2/(1 + k2 r 2) é a resistência acústica específica
X = pckr/(1 + k2 r 2 ) é a reatância acústica específica.
onde:
k,•
Iz I pc~ (1.82)
e
kr
O = cos-1 v'l + k2r 2
lz I pccosO (1.83)
e
I E(r,t) 1 = pccosO (1.84)
y
P(r,t) = ~cos(wt
r
- k,·) = Pcos(wt - kr) (1.85)
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 31
A )1 + k2r 2
u = -per kr
cos (wt - kr - 8) = U cos (wt - k,· - 8) (1.86)
p2 (r:,t)
(1.88)
~
Portanto, a densidade média total é:
A2 1 P2 1
i: = i:, + 0' = 2pc 2 ,·' (! + 2k2r2) = 2pc 2 (! + 2p,.2l (1.89)
J P(r,t) J2
(1.90)
~
32 - - - - - - - - - - - - Capítulo 1 ONDAS ACÚSTICAS
J{ P(r,t)udt
(1.91)
T
A
T1 Jo{ -;: cos(wt - kr) U cos(wt - kr - 6) dt (1.92)
1 = PUcosO
2
Desde que U cos6 = fc, as equações 1.90 e 1.92 são equivalentes.
A equação (1.90) é mais útil já que não está envolvido o fator
cos, que varia co1n a distância e a freqüência.
2,rA 2
w 4,rr 2 J
pc
(1.93)
z
P(,·,ef,,z)
1 ô ô 1 ô2 ô2 1 éi'P(r,1>,z,t) (
[;;e,:(re,:) +;:, éiq,' + ôz 2 ]P(r,q,,z,t) =J ôt' 1.94)
&2 P(r,q,,z,t)
&t' (1.96)
34 - - - - - - - - - - - Capítulo 1 ONDAS ACÚSTICAS
1 8 8 1 82 82
l;:a,:(ra,:) + ~ 84' 2 + ôz 2 ]P(r,q,,z) + 2
k0 P(r,tf,,z) =O (1.97)
e
P(r, tf,, k) = L: P(r, q,, z) e-;k, dz (1.98)
P(r,q,,z) = -21 1f
j 00
-oo
P(r,q,,k)e;,, dk (1.99)
1 00
-oo
18 8
[ -8- (r-
r r 8 1· ) + 2r
1a2
8..,,,_ 2 JP(r,q,,z)e-'"'dz
.
(1.101)
1 8 a 1 a - 2 2 , -
[;:a,:(ra,:) +;:, Ôq, 2 ]P(r,</>,k) + (k 0 - k )P(r,q,,k) = O (l.102)
onde:
li'= ki - k2
Hm(kr) é a função de Hankcl de ordem m, onde
Hm~r) = Jm(kr) + iNm(kr)
Jm(kr) é a função Bessel cilíndrica de ordem m
Nm(kr) é a função Neumann cilíndrica de ordem m
Am é uma função geral de k
P(r,q,,z,t) = -
iwt 100 00
[}:Amcos(mq,)Hm(kr)]eik'dk (1.105)
211' -oo m:0
I = !::!:'._ (1.106)
s
As escalas para quantificação de intensidade acústica e de pressão
sonora foram descritas e1n for1na logarítniica; a potência sonora é
também quantificada da mesma forma. Assim, o uivei de potência
sonora NWS é dado por:
NWS 10/og-I- ~
Ire! 1
Q, = I(O) (1.110)
I
011de 1(8) é a intensidade na direção 8 e à distância r da fonte,
desc1·ita por:
pZ(O)
1(8) (1.111)
pc
l = potência da fonte/área
I --
w
-4,rr 2
P'
(1.112)
pc
Então
pz(O)
Q, = P' (1.113)
Q, = P 2 (0) (1.114)
Ipc
O nível de p1·essão sonora N PS(O) na direção O em campo livre à
distancia r pode ser então expresso por:
ou
Efeitos do Ruído e de
Vibrações no Homem
2.1 Introdução
41
1 2 - - - - - Capítulo 2 EFEITO DE RUÍDO E VIBRAÇÕES
140
130
"'r-,
" 130 fone
11!0 /
120 ,,_
,'\. I'
ãi
110
100
,'\I'
~
l l"b-
hOcl'
"
~- V
li µ
'O
o
90
~
,,/'\ 190~1'
80 '-
li i'....
õ
80
~[\
'
!".... '
e: 70 70 1'
o 'W
([)
o
60
5o
~\ ~
r--...
1..........
~
~
60 r--
50 r-- .....
"--
,o
4o "......,_ - 40 1-...._ "
e"'"'
I\.,
3o !'-'r-.... 30 ,..... ... ,_
a.
Q) 2o I~ r-- 20 ,..... ,_
...... ,_
' "'"'
'O
º'""
limiar de/['.,_
audição
10
-- ... ,.
- 1
g
Q) 1 ..... , . . .
>
z -1 1 1 11 1111
0,02 0,05 0,1 Q2 0,5 1,0 21) 5,0 10 15
Freqüência (kHz)
Figura 2.1: Contornos padrão de audibilidade para tons puros
OrQÕO de Corte
Células Ciliados
Duto Cocleor
00 1oi--t-~~.._..::'~d---l
.:Q 20,,-,---i-~~~~~·
o
·i 3ut----t~+--+~~...+l.,....j
g 40r---t----t~+-~~J:l,,-
q
w 501r-----t--t-~t--t--\-'I.....,.._,,.
o HOMEM
.,. 601t--t--t-~t---t---l'\-+I
~ 6000
~ 7io 30 40 so 60 70 ao~°oo-3~0-40~-50~00~-7~0__,ao
ANOS ANOS
Figura 2.6: Perda de audição por idade
Células Ciliados
Internos e Externos Três Células Ciliados Ausentes
Células
Suporte
(b)
(e)
Colapso do Cócleo
~
~
(d)
, ,~:~ ,~r~1,r~,f
85 40
60
40
60
40
60
·==1
~ ºOI
4-16 ºLJI-
4 16 ºLJI
4 '6
90 ,g 20 20 ~ 20 ~
t 40 40 40
J.
0-
60 60 60
0 1 4 16 1 4 16 1 4 16
; 2~ 2~r3~·-, 2~u~-----
95 ~ 40 40 v
40 "....
60 60 60
1 4 16 1 4 16 1 4 16
Freqüência ( k Hz)
Figura 2.8: Perda de audição,( .... ) sem e(-) com exposição de ruido
5Q, _ _ _ _ _ _ _ _ Capítulo 2 EFEITO DE RUÍDO E VIBRAÇÕES
10
20
(D
~
o 3
,o
o-
'Õ
"o 40
Q)
"O
o 26 'a 30 anos
'2 50
Q)
CL
Dilatação do pupilo
Aumento do produção
harmonias do tireóide
Aumento do ritmo de
batimento cordiaco
Aumento do produção de
adrenalina e corticotrofina
\ ~~;i:~ª"'1H-~º6~~g~~ndo estômago
Reação muscular
Contração de vasos
sanguineos
140
Duração ( min)
ai ~l.5
3 130
o
o
e: 120 3
o
U1
110 7
o
.,,.,,
,o
~
o.
"
-o
.;;
.:: 80
z O) 0,3 0/5
ro
-o
E
<!)
-~
õ
a; -30
a: A
"'
'ii, -40
-?
z
-50
20 50 100 200 500 lK 2K 5K 10K 20K
Freqüência (Hz)
L,,
1
= 10 log -T
1T P 2 (t)
- 2- dt
o Po
onde:
SAMIR N. Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - - 57
T é o tempo de integração
P(t) é a pressão acústica instantânea
Po é a pressão acústica de referência (2 x 10- 5 N/m 2 )
Leq representa o nível contínuo (estacionário) equivalente em
dD(A), que tem o mesmo potencial de lesão auditiva que o nível
val'iável considerado.
As normas IS0/1.995 e 1.099 definem o méto<lo para o cálculo
do Le 9 , existindo medidores (medidores de doses de ruído) para a
execução automática dos cálculos (ver figura 2.14). Esses medido-
1·es são disponíveis em versões fixas ou portáteis, sendo que estes
últimos podem sei· colocados no bolso de um operádo, com o micro-
fone montado próximo ao seu ouvido (ve1· figura 2.15). Os aparelhos
p01·táteis tem a finalidade de verificação da dose máxima permitida.
Esta dose é de 85 dB(A) pal'a uma jornada de trabalho <le 8 (oito)
horas (Portaria Brasileh·a 3.214 de 08/06/1978).
onde:
Ci é o tempo real de exposição a um específico NPS
T; é o tempo total permitido para aquele NPS (ver tabela 2.2).
Lp, = Le 9 + /{u
onde:
K = 2, 56 é uma constante, baseada em distribuição normal
(Gaussiana)
SAMIR N.Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 5 9
u é o desvio padrão em dD
Na maioria dos casos, o valor de Lp3 pode sei· ap1·oximado para:
NPS dB (A)
- NES
ls
Tempo (s)
NPS 0 /o
dB(A)
100
---L10
onde:
LB = 5dB(A) para ruído in1pulsivo e/ou co1n c01nponentes
tonais audíveis,
Lv é a correção para ruído intcr1nitente (ver tabela 2.4) expresso
em função de percentuais.
Para ruído de nível flutuante, Lc é dado por:
L, = L,, + Ls
(2) O nível critédo Lr em dD(A), é considci·ado o lin1ite superior
pe1·mitido, que provoca queixas sempre quando Lc ~ Lr,
Tipo de ambiente NC
G1·andes escritó1·ios sem datilografia
Lojas de comércio
Lojas de departamentos 35
Salas de estar
Pequenos restaurantes
Grandes 1·estaurantes
Escritório com datilografia 45
Grandes escl'itól"ios com datilog1·afia 55
Oficinas ( dependendo elo uso) 45 - 75
Locais dB(A) NC
Hospitais
Apartamentos, enfermarias, be1·çários, centros 35 - 45 30 - 40
cirúrgicos, laboratórios, áreas para uso do público 40 - 50 35 - 45
Serviços 45 - 55 40 - 50
Escolas
Bibliotecas, salas de música, salas de desenho 35 - 45 30 - 40
Salas de aula, laboratórios 40 - 50 35 - 45
Circulação 45 - 55 40 - 50
Hotés
Apartamentos 35 - 45 30 - 40
Restaurantes, salas de estar 40 - 50 35 - 45
Portaria, recepção, circulação 45 - 50 40 - 50
Residências
Dormitórios 35 - 45 30 - 40
Salas de estar 40 - 50 35 - 45
Auditórios
Salas de concertos, teatros 30 - 40 25 - 30
Salas de conferências, cinemas e de uso n1últiplo 35 - 45 30 - 35
Restaurantes 40 - 50 35 - 45
Escritórios
Salas de reunião 30 - 40 25 - 35
Salas de gerência, projetos e administração 35 - 45 30 - 40
Salas de computadores 45 - 65 40 - 60
Salas de mecanografia 50 - 60 45 - 55
Igrejas e templos (cultos meditativos) 40 - 50 35 - 45
Locais para esporte
Pavilhões fechados para espetáculos e
atividades esportivas 45 - 60 40 - 55
120
110
YJ
90
!YJ
ÍD 70 80
~
cn 60
Q.
Z 50
40
30
20
10
~.,_~-.-~~--",-..e,.._~,.....'-- Hz
31,5 631252505001k 2 4 BFreq.iêncio
Figura 2.18: Curvas de avalia,;ão de ruído (NR)
70
60
50
40
'éD
~
30
CfJ
a..
z
20
10
Ombros
(3-5 Hz)
,__,__...___ _ _ Parede do Torox
(50-GOHz)
Mão -Broco
Antebraço (20-2001-Íz)
(10-30Hz)
Mõo-Apertodo
(50-210Hz)
.g
N
o
.g
w ongitudirol
i5 (Eixo Oz)
5i 1 '
TronsversalJ -
(a,e ayl :
l -
0. 2 L-----:'-...J2,--':,4-'8'------:8~0:-:F::-r~eqüência
12, 5
1 1l
1 1 1
.
.... ....... ·- ·- • ~ gl\~~ - 17
1•
J...
6,3 1-.... 1 1
"'., I/
e 3,1 5 ..... ~
"..... ""'..... 11
1 1
1,6 ....
- ..... lrni~
·~---
,ômin
,
/
I/
V
1/
V
1/
- ',
I~ i, 1/
~
1/ V
5h
o
-!2
X
....... r,
4h
1/ 1/
cJz - ..........
~ I/ 1/
ãi 0,4 .......
- J)_
1 / 1/ ~~
0,20 ~
16h
24h'- Freqüênc!o H ~ t 1 , ' -
l~~
º'ó'.4 Q63 1,0 1,6 2,5 4P 6,3 10 16 25 40 63
Figura 2.23: Limites de vibração vertical para posição S<'ntado
2'50,00
,040
e
r;;:s3,oo
e
>--
x'C.31,50 ,015
., ~
~16,00
0,010 1
I BPO
,008
~
-Aceleroção
.,,
"'
-,
oi
06
05
1
!I
1
---Velocidade 1 004
1
1
003
1,00
e 20 50 125 315 800 Freqüência Hz
12,5 31,5 80 200 500
Figura 2.24: Limites de vibrações para as mãos
7 2 - - - - - - - Capítulo 2 EFEITO DE RUÍDO E VIBRAÇÕES
Avaliação do Ruido
2.10.8 Educação
Uma parte importante de qualquer programa de conservação da
audição é que ele deve ser aceito por pessoas de qualquer nível,
desde os trabalhadores e operadores até o pessoal da geri'!ncia (mais
altos escalões). O envolvimento de representantes dos trabalhadorES
nos estágios iniciais do programa -é um passo huportaute e normal·
mente isto resulta nu1na melhor e nmis a1npla cooperação por parte
do pessoal mais graduado da indústria.
Cada uma das técnicas de educação disponíveis, tais co1no pos·
ters, fitas de vídeo, palestras, folhetos, revistas, etc, devt:, ser empre·
gada para suplementai· o contato do pessoal co1n os departamentos
médico e de pessoal.
C6pias das portarias brasileiras e regulamentos sobre os riscos de
ruído, e qualquer publicação oficial subsequente de natureza similar,
devem estar disponíveis para o pessoal envolvido.
'O------- Capítulo 2 EFEITO DE RUÍDO E VIBRAÇÕES
2.10.9 Supervisão e Treinamento
Um programa de conservação da audição será mais efetivo
se a responsabilidade geral pela coordenação for dada a uma única
pessoa, que pode ser de um dos seguintes departamentos: engenha-
ria, segurança, pessoal ou médico. É possível que outros aspectos,
como por exemplo, especificação dos níveis de ruído, possam ser
delegados a outras pessoas dentl'o de uma grande organização. To-
das as pessoas engajadas num programa de conservação de audição
devem receber treinamento apropriado, e após, devem seguir
passos que mantenham o p1·ogl'ama atualizado e com o seu correto
desenvolvimento em campo.
2.10.10 Audiometria
Vál'ios argumentos podem ser colocados conh'a e a favor da audio-
metria na indústria. Ideahnente, a audio1netria não seria necessária
se todas as medidas de conservação da audição fossem tomadas cor-
retamente. Entretanto, devido às falhas humanas, os protetores de
ouvido não são sempre usados adequadan1ente. Adicionnhnente, os
limites de níveis de ruído conentemente aceitos são designados para
proteger somente u1na certa percentagem do 11ú1nero de pessoas ex-
postas.
A audiometria deve ser realizada em qualquer pessoa a ser em-
pregada pela primeira vez.
Testes audiométricos adicionais devem ser realizados como segue:
(a) Em qualquer pessoa que tenha mostrado, num audiograma ini-
cial, anormalidade de qualquer natureza.
(b) Em qualquer pessoa que tenha sido empregada por um período
de no máximo dois anos e1n á1·ea de risco de ruído. A partir dai
o próximo teste será feito no máximo ao final do ano seguinte,
devendo ser repetido conforme o resultado obtido.
(e) Para o pessoal com longo tempo de serviço sujeito a exposição
a ruido; feito em intervalos de dois ou h•ês anos.
2.10.11 Conclusões
U~ programa d:" conservação da audição incluindo audiometria,
se feito com entusiasmo e perseverança, e tendo o apoio da gerência
da empresa, sindicatos e corpo de segurança e saúd.:~, deve re-
duzir drasticamente a incidência da perda de audição ocupacio-
nal induzida por ruído dentro da indústria, A propaganda se faz
freqüentemente necessária para que seja superada a relutância apa-
rentemente irracional que é externada por alguns empregados em
usar adequadamente os protetores de ouvido. Mesmo assim, os
melhores programas de conservação da audição tem alcançado na
prática somente 70 a 90% de aceite do uso de protetores, exceto
quando o seu liso tem sido u1na condição para o emprego ser con-
seguido. O custo e os esforços necessários para assegurar a con-
servação da 8udição, simplesmente com o uso de protetores, podem
exceder os envolvidos com técnicas de engenharia para redução de
ruído; este último caminho deve sempre ser preferido. A respon·
sabilidade de ·tomar medidas apropriadas para a conservação da
audição dos empregados é das empresas co1no empregadoras, seus
gerentes e aqueles responsáveis pela sa\1de e segurança no trabalho.
Tendo sido começado o progran1a de proteção da audição, é im-
portante que todos os esforços sejam feitos para mantê~lo.
A educação do trabalhador é de importância fundamental dentro
deste programa.
Resumindo, um progran1a de conse1·vação da audição
segue então os seguintes proceditnentos:
(a) Medição do ruído: um levantamento detalhado dos níveis de
pressão sonora dB(A) deve ser feito nas áreas em que é possível
haver riscos à audição.
(b) Avaliação do risco: A medição do nível de ruído continuo equi-
valente ponderado-A (Le,A) deve ser comparado com o cor-
rente critério de 85 dB(A) e todas as máquinas, oficinas e
áreas onde este nível for excedido, sinalizadas co1no Área de
Risco de Ruído.
(e) Redução de ruído: há vál'ias situações onde a aplicação de
técnicas de controle de 1·uído é imp1·aticável, não econômica,
insuficiente ou shnples1nente os p1·ojetos são inviáveis. Nestes
casos, dispositivos pessoais de proteção da audição devem ser
providenciados e os passos necessários to1nados para assegurar
que eles sejam empregados.
7 0 - - - - - - - Capítulo 2 EFEITO DE RUÍDO E VIBRAÇÕES
Instrumentação Para
Medição e Análise de
Ruído e Vibrações
3.1 Introdução
81
82 _ _ Capítulo 3 INSTRUMENTAÇÃO DE MEDIÇÃO E ANÁLISE
Dados Determinísticos
Os dados determinínisticos podem ser completamente descritos
por uma relação matemática explícita. São obtidos de um experi-
mento que, se realizado mais de uma vez, repete os mesmos resul-
tados. Dados representando um fenômeno determinístico podem
ser periódicos ou não periódicos, sendo que estes últin1os podem
ainda ser classificados em quase periódicos ( composto de várias
freqüências não múltiplas) e transitórios. Os dados periódicos, por
sua ve.z, se classificam em senoidais e compostos ( compostos de
várias freqüências múltiplas).
Dados Aleatórios
Os dados aleatórios não podem ser descritos por uma única relação
matemática explícita. Para caracterizá-los é necessário não apenas
um histórico temporal, mas todos os históricos temporais possíveis
que ocorrerem como resultado do experimento ou, quando isto não
for viável, um número de históricos temporais (amostras) capaz de
fornecer a confiabilidade e estatística necessária (ver figura 3.2).
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 83
DADOS
ALEATÓRIOS
TRANSITÓRIOS
-z 2 = lim -J
T-oo T
1T
O
z2(t) dt (3.1)
onde:
~ é o valor médio quadrático de z(t)
(3.4)
figura 3.3 passa mais tempo perto do valor de pico (m + :i:o) do que
perto do valor médio.
Como se vê, a função densidade de probabilidade mostra este
comportamento quando assume valores maiores perto do pico e me-
nores perto da média.
x(t)
Nível
m m
I Médio
\
o
Tempo
x(I)
x t4•
•
Funções de Co,·relação
Apenas as médias e as distribuições de probabilidade não são su-
ficientes para nos informar da existência ou não de periodicidade
do sinal no domínio do tempo. Esta informação pode ser obtida
tomando-se o produto das mnplitudes nos tempos te t + r, fazendo-
se a média através do tempo de registro T. Isto nos dá a chamada
autocorrelação.
A autocorrelação Rz(T) descreve como o valor da amplitude em
um instante depende ·do valor da amplitude ocorrida em um instante
anterior para uma única variável z(t). A autocorrelação é dada por:
R,(T) = . }1T
hm -T
T-oo O
z(t)z(t + T)dt (3.8)
88 _ Capítulo 3 INSTRUMENTAÇÃO DE MEDIÇÃO E ANÁLISE
p(x),P(x) P(x)
Distribuição · de
Probo biidade
Pr = R,(r) 2- m; (3.9)
"•
onde mz eu! são a média e a variância de z(t). Os valores limites
de P• são -1 $ p, $ +1. Se P• =
± 1, há uma perfeita correlação e
se p, = O, não há correlação. Portanto os valores limites de R,( r)
são:
(3.10)
Assim, o valor da autocorrelação nunca pode ser maior que
cr~ + m!, nem menor que -u! + m;. A figura 3.6 ilustra estas pro-
priedades.
Um resultado similar pode ser obtido se as amplitudes são toma-
das de dados diferentes, x(t) e y(t), o que nos dá a correlação cruzada.
A correlação cruzada pode nos informar sobre a dependência de um
conjunto de dados com relac;ão a outi·o.
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 89
1 1
+Ux+m_x __ ______
---C'x.. +mx
--=r-
R.,(T) = lim
T-oo
_Tl 1T 2:(t)y(t+1')dt
o
(3.11}
(3.15)
(3.16)
Assim, S~y(/) pode ser expressa com uma parte real e outra
imaginária ;
3.3.1 Microfones
Existem vários fatores que devem ser considerados na escolha do
tipo e tamanho de um microfone, dependendo das características
do campo sonoro a ser medido. As características de um microfone
são expressas através de: sua curva de resposta em freqüência, faixa
dinâmica, diretividade, estabilidade e sensibilidade. O microfone é
o elemento mais caro em um sistema de medição. A função de
resposta em freqüência do microfone fornece informações sobre a
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 93
~ - - - - - - - - - - - - - - F r o q ü o n c l o (H1)
( 1) Microfone Capacitivo
Consiste de um diafragma metálico fixo, montado próximo a
uma placa rígida; o diafragma e a placa constituem os eletro-
dos do capacitor (ver figura 3.11). A pressão acústica incidente
no diafragma provoca variação de tensão.
O microfone capacitivo tem alta estabilidade ao longo do
tempo, resposta plana em freqüência, alta sensibilidade que
é pouco afetada pela variação de temperatura (valor típico de
0,008 dB/ºC) e baixo ruído elétrico. Assim, este é o tipo de
microfone empregado em medições de precisão. O amorteci·
SAMIR N.Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - - 95
•
Protetor de Protetor Cônico Corretor de Incidência
Vento de Fluxo Aleatório
Diafragma
Placa Rígida
Isolamento
Equolizoçóo
Placa
Rígida
Folho de
Elelrelo
3.3.3 Dosímetro
É usado para medição da dose de ruído (nível equivalente) du-
rante a jornada de trabalho~ especialn1ente quando o nível de ruído
98 - - - Capítulo 3 INSTRUMENTAÇÃO DE MEDIÇÃO E ANÁLISE
fl.
Figura 3.14: Calibradores
Transdutor Capacitivo
É um transdutor de velocidade, sem contato, que consiste de um
eletrodo fixo no transdutor e outro na superficie vibrante, prando
variação de cap11dtância. Suas vantagens são: boa senaibilidade,
sem contato, larga b~.uda de freqüência e tamanho pequeno.
SAMlR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 10 1
Transdutor Indutivo
Gera um sinal (amplitude modulada) na bobina secundária, devido
a aproximação de superficie vibrante. O campo magnético neste
transdutor é gerado por bobina primária a qual é alimentada por
um oscilador com sinal de alta freqüência.
Transdutor Eletromagnético
É um sensor de contato, que consiste de uma n1assa de imã perma-
nente apoiada por molas de baixa rigidez para ter uma freqüência
de rezsonãncia muito baixa (::,, 10 Hz). Tem resposta plana até
1000 Hz aproximadamente e faixa dinâmica de 1000:1 (ver figura
3.16). Suas desvantagens são: peso e tamanho grandes em
relação aos outros transdutores, sensibilidade à orientação e a cam-
pos magnéticos.
Transdutor Piezoelétrico
É usado universalmente para medição de aceleração absoluta de
vibrações. O acelerômetro piezolétrico tem características gerais
superiores às de qualquer outro tipo de transdutor de vibrações,
com as seguintes vantagens:
Grande faixa dinâmica 1:30 106,
102 _ _ Capítulo 3 INSTRUMENTAÇÃO DE MEDIÇÃO E ANÁLISE
MMN e=Blv
3. Com piso cimentado usando cola (por exemplo epoxi), para ca-
sos de acelerômetros fixos permanentes. Uma arruela de mica
pode ser usada como pino isolante para eliminar o circuito de
terra, provocado pelo acelerômetro e equipamentos de medição
(ver figura 3.20).
o
• fr
i
"'
; Freqüêncio
Limite Inferior
Freqüência Hz
Pino Rosqueodo
Cera de Abelha
·"ªJl1--~~~~~~~~~~...,
29 31 Frecjjêncio (kHz)
Figura 3.19: Fixa,;ão com parafuso ou cera de abelha
Cimento Epoxy
ou Pno/Arruelo
isolante
Imã
Magnetice
"'7kHz Freqüência
e
i
·e
Q)
ãi
~
.g Ponta de Provo
.g>-------- Segurada 'o
~ M~
(/)L-~~~~~~_Jf--_.,_~~-'-~~~~~----
"-2kHz Freqüência
Figura 3.22: Ponta de prova segurada à mão
3.5 Filtros
Os medidores de ruído ou vibração fornecem apenas níveis glo-
bais das grandezas envolvidas em faixas amplas de freqüências que
dependem de cada tipo de medidor. Para revelar cada um dos
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 107
FUtro
passa banda.
Existem duas maneiras de defüúr a largura de um filtro (ou
mesmo largura de qualquer pico de 1·uído ou modo de
ressonância de um sistema mecânico). Na primeira, a largura da
banda é definida como sendo a largura do filtro ideal ( retan•
guiar) que deixa passar a mesma potência do sinal, e é .-.hamada de
largura de ruído ou de faixa efetiva (ver figura 3.29). A segunda de-
finição é a largura correspondente a uma atenuação de 3 dB abaixo
do n{vel de transmissão; esta largura é chamada de banda de meia
potência ( ver figura 3.29).
Do ponto de vista do valor da largura de banda, são dois os ti-
pos básicos de filtros: os filtros de banda constante que permitem
análise refinada ao longo de toda a faixa de f1·eqüências de interesse
(por exemplo; largura de banda 1 Hz, 3,15 Hz, 10 Hz ou até 1000
Hz). Esses filtros tem largura de banda independente da freqüência
central do filtro, isto é, em qualquer freqüência central a largura do
filtro é a mesma. E o outro tipo, que são os filtros de banda per-
centual constante, que tem largura de banda sempre igual a uma
porcentagem fixa da f1·eqüência central. Esses filtros são padro-
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 109
Freqüência
Filtro
1 ! :
.-T-·-rr
Níveis Filtrados
__ T_r_r_r
1 : 1 : :
~
®
f ! 1 1 1 1
1 1 : [D
Me ,dor e 1brcçôo
LJILlL.J!JL.JlL....LLI-'--'--'-_._.._F~,e.qüê ncio
nizados em 1/1 oitava, 1/3 oitava, 1/8 oitava ou até 1/24 oitava.
Outros ainda podem ser de qualquer valor, tais como 3%,1 % .. etc.
A lai·gura destes filtros é então variável, dependendo da freqüência
central. Por exemplo, para filtros de 1 %, as larguras nas freqüências
centrais de 100 Hz e 1000 Hz são 1 Hz e 10 Hz respectivamente.
As figuras 3.30 e 3.31 mostram os dois tipos de filtros, cujas largu-
ras de banda então plotadas em escala: logarítmica e escala linear de
freqüências respectivamente. O filtro de largu1·a de faixa percentual
constante mostra uma largu1·a de faixa constante quando é plotado
numa escala logarítmica de freqüências, que é a ideal quando se
precisa abranger uma runpla faixa de freqüências. A figura 3.31
mostra os dois tipos de filh·o nu1na escala de freqüências linear; o
110 _ Capítulo 3 INSTRUMENTAÇÃO DE MEDIÇÃO E ANÁLISE
_.,-----',Filtro
-- N1vel
/ Filtrado
"!_redro Cootinuo t-_ /
,,
li
,1
Freqüência
\H(f)\f\
10 [H~p f\fc \H(iV2?\ )__
ill_ 2
1
·'
1
1 1
1
1
! •
te f fl f2 f fc f
Possa Bairn Posso Banda Passo Alto
Filtro
Prático
!, r~ J.
/,=2"/i
sendo:
n = J para filtro de 1/1 oitava
n = 1/3 para filtro de 1/3 oitava, •.. etc.
Portanto a largura percentual é dada poi·:
Isto é;
/1= 70,7% para filt,-o de 1/1 oitava
/1 = 23.3% para filtro de 1/3 oitava
112 ___ Cap,tu
• lo 3 INSTRUMENTAÇÃO DE MEDIÇÃO E ANÁLISE;
Lorg1So de
Laguro de Faixo de
Faixo Coretonte
Porcentagem Constante
3.6 Pré-Amplificadores
Os sinais de saída de sensores, tanto microfones quanto sensores
de vibrações, são geralmente muito fracos. O pré.. amplificador é
usado para amplificar os sinais fracos e tan1bém para transformar
as altas impedâncias de saída dos sensores em valores baixos. Uma
das características básicas de amplificadores é a Razão de Ruído-
RR, definida por:
(S/R),
Rll
(S/R),
onde:
(S/ R), e (S/ R), siio as razões enll'e sinal/ruído na entrada e saída,
respectivamente.
114 - Capítulo 3 INSTRUMENTAÇÃO DE MEDIÇÃO E ANÁLISE
~o
~
Q)
3.7 Registradores
êõ -20
E
-30 -35dB
o
.,!:
õ.; -40
o:: -50
o
--.;; -60,
oo.
"'CP -70
o::
2f2
f2= 2116f e
Freqüência
Figura 3.32: Curva de resposta para filtro de classe II e III
1!1-
1 1-.
: I l i : Iliº 1
111·111 .,
l. = p º·
A estimativa da intensidade acústica Ir, na direção r, é a média
temporal da intensidade instantânea. Então:
118 - - Capítulo 3 INSTRUMENTAÇÃO DE MEDIÇÃO E ANÁLISE
(3.19)
onde a barra significa média temporal.
Uma das propriedades da intensidade acústica é a distinção que
ela faz entre o campo sonoro ativo e o reativo. NO campo reativo,
a velocidade da partícula está defasada 'lf/2 em relação à pressão
acústica. Por isso, um instrwnento apropriado para medir 8 inten·
sidade acústica responde apenas à parte ativa, ignorando a parte
reativa do campo sonoro.
Um exemplo de um campo sonoro puramente ativo é visto na
propagação de ondas planas num campo livre, onde o m6dulo da
intensidade acústica é dado por:
I = P'(!)
pc
SAMill N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
119
...•••. •••
3.10.2
/Íj .--,,, ....
••• -=- •••
•
Figura 3.35: Analisador FFT de laboratório tipo Brüel & Kjaer 2032
8U, 8P
p- = -- (3.20)
8t 8r
A velocidade da partícula é determinada diretamente da equação
3.20, que após substituição na equação 3,19 fornece a estimativa da
120 - - Capítulo 3 INSTRUMENTAÇÃO DE MEDIÇÃO E ANÁLISE
1, = _!P(t)jâP(t)dt (3.21)
p âr
A medição da intensidade é fei_ta CODl algumas ap1·oximações,
tomando-se os sinais de pressão de dois microfones idênticos se~
parados por uma pequena distância. Uin arranjo utilizando dois
microfones é mostrado na figura 3.36.
J, = -- 1-[P,(t) +
2p!:,r
P,(t)J f [P,(!) - P,(t)] dt (3.24)
Um medidor de intensidade acústica em tempo real pode ser ba-
aeado na equação 3.24, como por exemplo, o medidor de intensidade
acústica da B1·üel &: Kjaer 3360 ou 4433 (ver figura 3.37).
SAMIR N.Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - 1 2 1
.'•
Figura 3.37: Medidor de intensidade sonora portátil tipo Brücl & Kjaer
L, = lO lo!J lwimado
lc::1110
O, l '.S o S 1,3
0:,/l:,0,5
onde:
a = kór e /l = ór/r
SAMIR N. Y. GERGES - - - - - - - - - - - - - - 123
Radiação Sonora de
Estruturas Vibrantes
4.1 Introdução
Antes de 1e examinar 1nétodos de redução de ruído en1 máquinas,
seria proveitoso mencionar alguns pontos simples da teoria de vi-
brações, uma vez que a maior parte dos 1·uídos irradiados por
máquinas é gerada pela vibração de suas estruturas.
Todas as estruturas ou seus elementos têm uma série de
f1·eqüências naturais de vibrações, isto é, se elas são excitadas,
vibram e podem então emitir sons em várias freqüências. O
elemento mais simples para análise de vibrações, consiste de uma
massa m (kg) suspensa sobre uma mola de rigidez k (N/m) (ver fig.
4.1).
Se a massa é deslocada e liberada, ela oscilará em uma freqüência
denominada Freqüência Natural ou Freqüência de Ressonância /,
dada pela fórmula:
!=J... fI
211' y;;
I?~
126 Capítulo 4 RADIAÇÃO SONORA DE ESTRUTURAS VIBRANTES
Mosso 11
m11
Rigidez 11
k 11
Base
~º
3P u,05
0,1,0
0,]5Ç=L
O 25 Cc
~o
2,0
f 1' 1
0,375
o.
.,"' ~
À i----,_ [\_ t0.50
O'. 1,0 ........_
~ '~~
---- ,____"'!!! ...
o 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
Razão de Freqüência ~n
Figura 4.2: Resposta de sistema de um grau de liberdade
W = R,. d <ii
0 2 >= wAf1J,..ad <V2 > = pcSa,.ad <V 2 > (4.1)
onde:
< i' > é a velocidade média quadrática (m/s)2
p densidade do meio (kg/m3 )
e velocidade do som ( m/ s)
S áxea de supcl'ficic da fonte vib1·ante (m2)
w freqüência em ratlianos por segundo (rad/s)
M massa modal da fonte vibrante (kg)
<> média espacial
média temporal
O parâmetro adimensional, eficiência da radiação, O'rc:id, fornece
uma indica~ão de como a fonte de ruído irradia energia sonora.
Estes valores são normalizados com a área da superfície vibrante S
e a velocidade < ii2 > normal à superfície.
A resistência de radiação ~od é a pllrte real da impedância de
radiação Zr e tem como unidade {Watt/(velocidade)2]. O fator de
perda de radiação é adhnensional.
O fator de perda total '1 pode ser considerado como sendo a soma
do fator de perda mecânica 'lmi~, associado com o amortecimento
interno do material, e o fator de perda de radiação 'lrod, correspon-
dendo à radiação sonora. Portanto:
Q= (4.4)
'lmu
e 'lmec
(4.5)
e;
onde:
C é o coeficiente de amortecimento
Cc é o coeficiente de amortecimento crítico
e,= 2 ../KM
A tabela 4.1 mostra valores típicos de fJmec para vários materiais.
W = 1 P,V.ds (4.6)
onde:
P, e V. são respectivamente, a parte real da expressão da pressão
sono1•a de campo próximo e a velocidade de supedlcie.
130 Capítulo 4 RADIAÇÃO SONORA DE ESTRUTURAS VIBRANTES
W = j I ds (4.7)
z p (r)
ou
pr2mJ pck2 Q 2
I
pc 32 ,,.,r, para ka << 1 (4.15)
onde
P;m, é a pressão sonora média quadrática no tempo.
(4.18)
<Trad = O para ka - O
A figura 4.4 mostra que a eficiência de radiação tTrad é alta quando
ka 2=: 1, isto é, quando o perímetro da se4são da esfera é maior ou
igual ao comprimento da onda (21fa ~ A).
3. A potência sonora irradiada é pequena para ka << 1 (pequeno
raio a e/ou em baixas freqüências), o que indica a necessidade de
um alto-falante com raio grande para geração de som em baixas
freqüências. Por exemplo, para u,. 0 ,=constante, temos a seguinte
relação entre a freqüência e o raio (ver equação 4.18):
G",ad
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,6
"rad=0,9
E
0,4
'o
.Q
o
Q:'.
0,2
104
Freqüência (Hz)
Figura 4.5: Rel~ão entre raio e freqüência para Urod = O, 9
(4.21)
(4.22)
7. O ruído gerado pela cavitação em válvulas, bombas, ... etc,
é o resultado da explosão de bolhas de gases, as quais podem ser
!36 Capítulo 4 RADIAÇÃO SONORA DE ESTRUTURAS VIBRANTES
X
o
ds = crdcrd,f, (4.24)
A distância r' é dada por:
.f(r,6,t)
2J,(kasen6) _ 1 _ (kasen9) 2
(4.27)
kasen8 - 8
para ka sen8 < 1
Assim a pressão acústica produzida por um pistão ao l9ngo do
eixo X(O =O) é igual à pressão da fonte simples hemisférica. Os
valores do termo de diretividade em funi;ão do ângulo são mostrados
pela figura 4.8.
Os valores de pressão são nulos quando:
2J 1(kasen6) _ 0
kasen8
e os valores de correspondentes aos zeros são:
seno _ 3,83 7,02 10, 75
(4.28)
- .ka' ka' ka
Então, o primeiro ângulo é dado por:
· 3 83
81 = sen- 1 Ta
que marca o ângulo extremo do lóbulo maior.
Portanto, quando o raio do pistão é grande em relação ao compri·
mento de onda (ka >> 1), a forma da diretividade será com muitos
lóbulos e se ka ~ 3,83 só existU.·á o lóbulo maior (ver figura 4.9).
Se ka < < l o termo de diretividade é quase unitário ( onidireci·
onal).
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ J3g
-0.2
W = J Ids
140 Capitulo 4 RADIAÇÃO SONORA DE ESTRUTURAS VIBRANTES
W = pc(!'.ít)S[I
2
- 2J,(2ka))
2ka
(4.30}
Então a eficiência de radiação "••• é dada por:
_ 2J1(2ka)
O'rad = 1 2ka
(4.31)
Então
O para A:a - O
O'rctd -
O'rad - 1 para A:a >> 1
A figur& 4.15 mostra a variação da eficiência de radiação do pistão
com ka.
Oº
- ~
OdB -20 -40 - 50 -"&l -10
\o) !=250 Hz
_mt~t
OdB -20 - 40
\e) f
-50 -"&l -10
=2.000 Hz
OdB -20 -40 -50 -30 -10
\d) f = 4000 Hz
D=~
1,.,
ou índice de diretividade d, dado por:
lo
d= IOlogD = IOlog I,., (4.32)
onde
w (4.33)
Ire/ = 4,rr2
I = lo 4Jr(ka sen8)
(ka senO)'
w 8
1IT
2 lf
O
Jl(kasen6)
(ka sen6) 2 sen
6 d6
ou
D = 4,rr2 Io (4.35)
w 1_ 21~<:;·>
Se 2ka<l D=2
Se 2ka >> 1 D :::, k2 a2 = ~
A expressão teórica para o índice de diretividade pode ser obtida
fazendo
d= lOlog D= 201og(ka) para 2ka >> 1.
i''=r'+.-' (4.36)
Desta forma a equação (4.23) ficaria:
• L -ilr .Jr'i'+'if
d=~Voi"''e dS
P. 2,r ,/r• + .-'
Integrando-se sobre a superticie do pistão, tem-se:
~-r=À (4.40)
Se a freqüência é baixa ou a :::; ..\ a equação não terá solução
real. A intensidade em pontos no eixo x tende a zero quando
r cresce até infinito. Nas freqüências altas, onde a > > À, a equação
4.40 será:
a•
r :::::: 2..\
pck 2 a4 Vo'
[=~ (4.41)
í
2o __
- -
---
-- /À
...jl'I---
'VVW>.
(o)
L~------~-.,. ___
1.- o2f>...=4o-----\
1.0·
~ Rf\f\. ~ tbl
2pcU5~
o ~ ~ ~ ~
Dis!&ncio A,iol
l!. = jj ipck
2 ...
Voe'(w•-••ld, (4.42)
Figura 4.11: Elementos ds e ds' usados para obter a força reativa na superfície
do pistão
(4.43)
ou
l . k Vo iwt
= -;./ !! !! =-;-
ds' -;>, ds (4.44)
ds' qdad,J,
onde
O< ,J, < 2,r
O<"< a
e
ds = rdOdr
onde
=f<O<j
O< r < 2acos8-
Portanto,
146 Capítulo 4 RADIAÇÃO SONORA DE ESTRUTURAS VIBRANTES
A integração fornece:
(4.46)
onde
R1(z) e X,(z) são as funções impedância do pistão sendo:
z2 z4 z6
R,(z) = (2)(4) - (2)(42)(6) + (2)(42)(6 2)(8) .....
e
4 z z3 z5
X,(z) = ;(3 - (3 2 )(5) + (32)(52)(7))
R,(z) é a função de resistência
X1 (z) é a função de reatãncia
(Veja figura 4.12)
Para z << 1
R,(z) ::, ~ e
(4.47)
-f
k =V,;~,= pc,ra 2 [R,(2ka) +iX 1 (2ka)] (4.48)
A força de reação pode ser expressa em termos da Ílnpedância
de radiação
(4.49)
A equação diferencial de movimento do pistão, excitado por uma
força complexa F eiwt seL·á:
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 147
2 4 8 12 16
x-
Figura 4.12: Função de impedância do pistão
onde
{ é a coordenada de deslocamento
m é a massa do pistão
Rm é a resistência mecânica
s é a constante de rigidez
A soluc;ao da equac;ão (4.50) é dada por
F
.!::'.,, = R..n + i(wm - s/w) + Z.,
ou
.l:'.o = E (4.52)
Z.rn + Z..r
onde Zm :i:: Rm + i(wm - s/w) ê a impedância mecânica.
148 Capítulo 4 RADIAÇÃO SONORA DE ESTRUTURAS VIBRANTES
m
Em altas freqüências ka >> 1
2
X 1(2ka)
rka
SAMIR N.Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - 1 4 9
(4.58)
O'----'-----'---'----=""'"__,
50 100 500 lk 5k lOk
Frequ&ncio ( Hz)
w (4.59)
1
W = 2pc.-a 2 V;R 1(2ka) (4.60)
= -k 2-a
2 2
R,(2ka) (4.61)
Portanto,
150 Capítulo 4 RADlAÇÂO SONORA DE ESTRUTURAS VIBRANTES
(4.62)
W = pck2
4.-
52\-'.2
o
ao se verificar a equação 4.22 de uma fonte simples com veloci-
dade de volume Q• = SV0 •
Quando ka >> 1, isto é, grandes pistões ou altas freqüências:
e então
(4.66)
(ka) 4
(4.67)
(ka) 4 + 4
(ka) 4
lrrad !:::! - 4- para ka << 1, fonte dipolo
A figura 4,15 mostra a comparação das três fontes: esfera pul-
sante, pistão e esfera vibrante. Nota-se que para todos os casos a
eficiência de radiação ",ad _, 1 para ka >> 1,
úrad
1,0
0,8
0,6 I
I ESFERA PULSANTE
1 / I (MONOPOLO)
o,t I!
/l
· ~
1 / ~ ESFERA VIBRANTE
0,2~ / (DIPOLO OU DOIS MONOPOLOS)
1 /
'1 /
2
Figura 4.15: Eficiência de radiação de três tipos de fontes
1 2
W == 2 Va pcAO'rad (4.68)
onde CTrad é a eficiência de ra<lia<;ão, dnda na figura 4.16.
A figura 4.16 mostra que para kb 2: 3 o valor de Urad :::::: 1, inde-
pende do raio da esfera a.
8
bk
pilares, etc.
Nesta seção, a solução geral da equa~ão de onda em coordena-
das cilíndricas é apresentada para as cascas infinitas e finitas. As
soluções p&·a os casos especiais tais como vigas cilfndricas, cascas
pulsantes, etc, podem ser obtidas.
A potência acústica pode ser determinada calculando-se a
pressão acústica na superficie vibrante, e obtendo-se a potência
média no tempo, pela integração do produto da pressão pela ve-
locidade superficial normal sobre a supe.-ficie da esti·utura. Isso
requer que a solução da equação da onda satisfaça duas condições
de contorno:
A) Igualdade enh•e a velocidade da pa.l'tfcula do fluido em contato
com a casca e a velocidade superficial normal.
D) Somente as ondas que deixam a superficie devem ser consi-
dc1·adas pa1•a satisfazer a condição de campo livre.
A solução da equação da onda em coordenadas cilíud1·icas é dada
no capítulo 1 como:
lM Capítulo 4 RADIAÇÃO SONORA DE ESTRUTURAS VIBRANTES
(4.69)
onde:
P é a pressão acústica
r, ,. z são as coordenadas cilíndricas
Hm é a função de Hankel de ordem m, Hm =Jm + iYm
Jm é a função de Bessel
Ym é a função de Neumann
I'=kã-k'
ko ='"
O vafur de Am será obtido pela condição de contorno da igualdade
entre a velocidade de partícula e velocidade de superfície, isto é:
-1 8p
VI,=• = iwp 8r !,=• (4.70)
Vfwpt 1
w -2-I'!Hm(ka)!'
(4.72)
~pde
/e = 1:g - k!, é o número de onda;
Hm é a primeira derivada da função de Hankel.
R.-., w 4wpl
(4.73)
<ir> I 2 1Hm(Ia) I'
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 155
41,Jpl 1
(4.74)
J//Hm(ka) /2 wlpm,r(a 2 - a?)
onde
M é a massa da casca
Pm é a densidade do material da casca
Em altas freqüências, quando ka >> (m + 1/2), tem-se:
" _ 4wpf irka
,,,,.,d - k2 2 (4.75)
Rrad
(J'rad = pc21ral = 1 (4.76)
wpbr 2 a 2
R,.,d (4.77)
4
e
Rr•• (4.79)
e
,r(ka)3
tTrad = - 2- (4.80)
Portanto, em baixas freqiiências fontes do tipo pulsantes são mais
eficientes do que as do tipo oscilante.
,--.
~ 1
0
J\Q'\
~
d
N
10 12 \4
4
8
2
o~v ~~-~-,
V= 0,0 para
(4.81)
V= Vocos(~)cos(m,p)e_;..,, para
,O',\\
~-,
~, - /
Modo Circunferencial m =3
I
.1
Figura 4.18: Casca finita em coordenadas cilíndricas
tTrad
16
= --
1r•at
J.''
o
2 cos2 ('•';···>
k2[1-
,
~cos•IJ]
1
IHm(ol:osen/J)l 2 •en/J
d/J (4.82)
z ••
W = pc'(Voo)' [ 2.
2w3/
f ...!_]
e;; + m:1 ci.
(4.84)
onde:
1
Co= /8
Vda para ka >> m + 2 (4.85)
para ka « m+ 21 (4.86)
o
50
/
/
CÕ
.:s -1 o:
J
...
-1 50
/
E
j -2 00 /
s=30
!2 -2 50 m=5 --
Lia =100
-300
-3 --
-- 1p
0,1 1,0 10 100
k/k2
o
-50
'/ -50 /
...I! -r ./
/ -10 /
1.:, - 150 -15~
/
e
1- 200 -20~
Q s= 8 s =30
25r m=2 - 2"'" m=8 -
1 /a=lOO 1 /a =10
300 -30:;
~~-
0,1 10
-
100 0,1 1p 10 100
1,0
k/kz k/kz
kaa
t1re1d = 16 (4.87)
Portanto a eficiência de radiação para 6 = 21ra, isto é, para o caso
do tubo pulsante, é dada por:
(4.88)
O comportamento da diretividade de radiac;ão e potência sonora
são mostrados na figura 4.21.
N
1/o
~
\L)
Figura 4.20: Segmento de casca
~ +O
o 2 3 4 5
ko
Figura 4.21: Diretividade <ie radiação de segmento de casca
o (4.89)
onde:
{ é a coordenada de deslocarneuto
M é a massa da placa por unidade de área
D é a rigidez de flexão da placa
D =
E h3 /12(1- v2 ), para a placa homogênea
h é a espessura da placa
II é o coeficiente de Poisson
E é o módulo de Young
A equação (4.89) é válida para freqüênciaz dadaz por:
••
J < 20h
onde e, é a velocidade da onda longitudinal, dada por:
•• = ri
v-;; (4.90)
(4.91)
onde
~ é a amplitude complexa de deslocamento de vibração
k1 é o número de onda de flexão livre
Substituindo-se 4.91 em 4.89, tem-se
(4.92)
e
D 4ir2
Ai -'J
ou
2M 14.93)
w -
D
Então:
w r: .(D ~!
c1 = kjvwyM = vwr: • Eh 3
12 p,h = yl,8Jc,h (4.94)
ou
fc Freqüência
(4.96)
E/i3
D = 12(1 - 112) (4.97)
e
M p,h (4.98)
Então,
ll2P lJ2P 2
8112 + {Jz• + k0 P = O (4.100)
com
ko = ~
e
(4.104)
Considerando-se a onda negativa, e usando-se as equações 4.101
e 4.104, tem-se:
P,=• = pc
= !w (4.106)
J1 - (kJ/k 0) 2
onde ~ é a impedância da onda de fluido.
pc
(4.108)
../1 - (ktfk 0 ) 2
A impedância é real, portanto existe energia sonora irradiada
para_..., - pc quando ktfko - O ou"' - oo. A impedância da onda é
puramente real (resistiva) neste caso.
(4.109)
(4.110)
onde (V2 ) é a velocidade média da placa em tempo e espaço.
para (4.lll)
"••• = ../1 - (k1/ko) 2
e
CTrad o para
Placa Vibrante
Boffle
Figura 4.24: Radiação de ruído de uma placa finita circundada por plano
rígido
Uma placa com contornos livres (sem ba//le) tem uma baixa
eficiência de radiação porque as zonas limites não podem comprimir
o fluido (ver figura 4.27).
A figura 4.28 mostra a eficiência de radiação da placa (baf fled)
retangular de área ab(m 2 ) vibrante nos modos m, n em função de
k0/k, (calculada por Wallace C.E.), onde:
( 4.112)
4.10 Conclusão
A potência sonora gerada W (Watt) por uma estrutura vibrante
é dada por:
-2
W = Spc < V > <7,ad ( 4.113)
A equação acima pode ser escrita em termos do nível de potência
sonora NWS (em dB) como:
------0
_,_ I ti
\1 1 / Batfle
'e 4It'\ _~ __ ,m-.. __ ~ ;
------0
\1 _,_ 1
))///)/),.~~ <
- . . : l1
; .- A11'..
}I~ ))))/)))))
1 11\
Modo Anti-simétrico
~\ I
~
(2) Gerges, S.N.Y. and Fahy, F.J., Sound 1·adiation fi-om transver-
saly vibrating unbaffled beam, J. of Soun<l and Vibration, Vol.
26(4), pp. 437-439, 1973,
- TI 11
=ffl{Fl,l
::.. b/a
~~
.,
L.- i-
lÕ
1
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.5 ~~~ ~
I "'-rn.n=2,2
bla
5 '" 1
.. -l.<ll 3~ ,, "tj
_,, 2
"" dl
[9) Pinto, J.e. S., Radiação Acústica de cascas finitas, tese M.Sc.,
UFSe (sob orientação do prof. Samir N.Y. Gerges), 1980.
[10) Wallace, e.E., Radiation resistance of baffled plate, J. Acous-
tical Soe. Am. Vol. 51(3), pp. 946, 1970.
[11) Wallace, e.E., Radiation resistance of a baffled beam, J.
Acoustic Soe. Am, Vol. 51(3), pp. 936-945, 1970.
[12) Williams, W. Parke, N.G. Moran, D.A. and Sherman, e.M.,
Acoustic radiation fron1 finite cylinder, J, Acoustical Soe. of
Am. Vol. 36(12), pp, 2316-2322, 1904.
Capítulo 5
Isolamento de Ruído
5.1 Introdução
O isolamento de ruído fornecido por paredes, pisos, divisórias ou
partições, á apenas uma maneira de atenuar a ti·ansmissão da ener·
gia sonora de um ambiente para outro.A energia sonora pode ser
transmitida via aérea (som carregado pelo ar) e/ou via sólido (som
carregado por estrutura}. A figura 5.1 mostra as duas trajetórias
da propagação.
A propagação de uma onda acústica no ar se dá apenas por ondas
do tipo longitudinal, isto é, a vibração das partículas de ar ocorre na
mesma direção da propagação da onda. Em sólidos existem vários
tipos de ondas. A figura 5.2 mostra os vários tipos de ondas que
podem ocorrer em meio sólido.
No projeto e construção de partições ou paredes de isolamento
acústico, deve-se considerar os princípios fisicos básicos. Nas diver-
sas faixas de freqüência existem parâmetros variáveis que permitem
determinar o nível de ruido transmitido.
Este capítulo aborda os princípios fisicos e quantifica os
parâmetros que determinam o comportamento acústico do.s mate-
riais usados no isolamento acústico, bem como ensaios necéssários
para quantificação destes parâmetros.
As características de materiais ou dispositivos para iso-
lamento acústico ( enclausuramentos, divisórias, etc) podem
ser estabelecidas atravás da determinação das seguintes grandezas
físicas: Perda de Transmissiio(PT) e Diferença de nível (D).
Capítulo 5 ISOLAMENTO DE RUIDO
.
176-----~
",/V> Ruíd
V o Carregado
'º Estrutura
@ Ruido e
Via Ar arregado
~
Onda de Cisalho-
UJil]]]IIIIIllJ menta
1 i--1'.--1
'- '
~
t"'--1
Onda Torcional
--~
1
\D )
L __ J
[]11IIlIIIIIJ}I
!--1'.----1
Onda de Flexão
PT 10/og..!._
"'
onde
Ot = coeficiente de ti·ansrnissão acústica
energia fransmitida
energia incidente
D NPS1 - NPS,
onde:
N P S1 =nível de pressão sonora antes da colocação do dispositivo
isolador.
N P 82 = nível de pressão sono1·a após a colocação do dispositivo
isolad01·.
(5.1)
onde A1 é u1na constante 1·eal que representa amplitude de
pressão da onda.
Quando a onda!!.; incide na superficie MN, onde z = O, produz-se
uma onda 1·efletida E., e uma onda h·ansn1itida I!..i, onde:
I S O - - - - - - - - - Capítulo 5 ISOLAMENTO DE RUÍDO
M
Meio I Meio lI
--- _,p.
.'.',
N
X =O
(5.2)
e
(5.3)
As ondas transmitida e refletida têm a mesma freqüência da onda
incidente, mas devido a diferença de velocidades do som nos meios
I e II, tem-se o número de onda do meio I igual a k 1 = w/c 1 e do
meio II, kz = w / c2.
Há duas condições de contorno:
( 1) As pressões acústicas nos dois lados da superfície de se-
paração são iguais; e
(2) As velocidades de partícula normais à interface são iguais.
Como a pressão é uma quantidade escalar , a primeira condição
de conto1·no, em x = O, fornece:
(5.4)
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 181
(5.5)
Ll+!l..=IL,
ou
(5.6)
(5.7)
1 0 2 2 0
P2 = 2[(A 1 + B,) 2 cos 2 (k,x + 2) + (A, - B,) sen (k,x +2 )] (5.9)
Pressão
Máxima
.d2 = A,
2p2C2 (5. 11)
P,C2 + p1c1
A equação 5.11 mostra que a constante complexa ,i2 é uma quan-
tidade real e sempre tem valor positivo.
A amplitude A2 tende a 2A 1 quando p2c.f p1c1 ... oo (por exemplo,
meio II é água e meio I é ar), e
A2 tende para O quando p,c,/p1c1 ... O (meio II é ar e meio I é
água) ·
O coeficiente de transmissão definido pela relação de intensidade
das ondas transmitida li e incidente li, entre os meios I e li, é
dado por:
(5.12)
Por exemplo, para uma onda em ar incidindo em uma supertlcie
de água, tem .. sc:
= (4)(1480000)(415) = O 00112
<>, (1480000+415) 2 '
MEIO I MEIO lI
Fluído Solido
_,p.
P,
rn é a componente resistiva
Xn é a componente reativa
(5.14)
A1 +!l. 1
(5.15)
Ai -!l., p1c1 = l:n
Or + Ot = 1 (5.19)
Po1·tanto, o coeficiente de transmissão Ot é dado por:
l - Or (5.20)
"''
186 - - - - - - - - - Capítulo 5 ISOLAMENTO DE RUÍDO
(5.21)
No estado estacionál'io as ondas transmitidas e 1·efl.etidas são:
(5.22)
(5.23)
SAMIR N. Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 187
------Pt2
----P13
Pn - - - - - -
X= o xd
(5.24)
e
f!..t3 = .:d.1ei[wt+.l:3(;-l)J (5.25)
Usando as condições de contorno em x = O tem-se:
~l + E.ri = .f!..12 + E..r2
ou
(5.27)
188 - - - - - - - - - Capítulo 5 ISOLAMENTO DE RUÍDO
E.,2+.f,, = E.,a
ou
(5.28)
A continuidade da velocidade da partícula em z = t, fornece:
ou
(5.29)
J!
2
= (p3C3 - p2c2) .11a,-;,,t
(5.32)
2p3C3
Substituindo-se estes valores na equação 5.30, obtém-se:
(5.34)
k,t «. I,
e
( p,c,)2_1_ (5.35)
.- M'f'
onde
M =
p2 l é a densidade de área do n1eio II.
Em ter1nos da Perda de 'li·ansmissão PT, definida por:
PT = 10/og ..!_
"•
tem-se então:
PT., = !Olog(-1- )
O'medio.
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ 19)
PT,amp = PT - 5 (5.40)
Medições ein laboratório e em campo mostram que PTcamp é um
valor n1ais real do que PT0 1.
80
70
60
ai"
:s 5
,8.,
., 40
·e:.,
e
o
30
.
,!::
"O
20
o
.
'e
o..
106
Freqüência x Densidade de Área (Kg/m 2 )(Hz)
K
Pc Pc
_,
P·
-----•.f't
----- i'r
e /
X=o
82 € ô€
M ôt' + C 81 + K{ = (E.; +E., - E.,),=o (5.42)
fJ€
l'.'., 7ltl<=O ~1<=0
pc
(5.44)
l94 - - - - - - - - - - Capítulo 5 ISOLAMENTO DE RUÍDO
&'€ &€
M &t' + (C + 2pc) 8t + K{ = 2(.E,),=o (5.45)
2(E_)x=O (5.47)
sAMIR N.Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 1 9 5
A 4p2 c2
(5.L8)
0 ' = I~: I' = (C + 2pc) 2 + (wM - I</w)2
H.:í três casos especiais a sel'em analisados:
(a) Nas bai.xas freqüências onde w «. JK/M e (C + 2pc) «. K/w, a
equação 5.48 iica:
_ (2pcw) 2 (5.49)
º' - J{
o, = (2pc/Mw) 2 (.3.51)
oe é controlado pela JI.lassa e a perda de transmissão é dada
por:
onde:
h é a espessura da parede
Pm é a densidade do 111aterial da parede
E é o módulo de Young do material
a e b são o comprimento e a largura da parede
n em são números inteiros (0,1,2,3, ... ) relativos aos modos na-
turais de vibração mecânica da parede
.,.o
,&·'-"'
_g §>
e:
Q) ~
N
E ~
ai -8
;g ·;:;. "õ
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fC- o
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ê §:;
Q)
"O ,'l <o
o
~
Q)
o..
1
IRessonon-
! A
Freqüência (Hz)
cio
CJ = .j!,8/cJh
z
I / I
I ~ /
TI I ..; /
/\./ / / /
I / / /
-r-frl--
1 01/ / X
/ /
I
I / /
/ I Pr I
(5.55)
Os ângulos de incidência Oi, de reftexão Br e de transmissão O,
são iguais ; 9; = Br = 8i ::: tp no caso do Ouido ser o mesmo nos dois
lados da placa.
SAMIR N.Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 1 9 9
(5.56)
(5.57)
(5.59)
onde:
D é a rigidez à flexão e igual a Eh 3 /I2(1- v 2 ), para uma placa
hoinogênea
E é o módulo de Young
h é a espessura da placa
II é o coeficiente de Poisson
(5.60)
onde:
fo é a amplitude complexa do deslocamento
kj é o número de onda de flexão livre
(5.62)
200 - - - - - - - - - Capítulo 5 ISOLAMENTO DE RUÍDO
;.. = 2pcsec,J,
Portanto, a forma explicita da razão T
é dada por ( ver equação
5.74a): -•
2pcsec,J,
(5.63)
(2pcsec,J, + f;~kJsen,J, 4 ) + i(wM - i;kJsen 4 ,J,)
A perda de transmissão PT é:
2pcsec,J,
(5.64)
2pcsec,J, + iwM
e portanto,
(5.65)
!,
onde:
e,é a velocidade da onda longitudinal no sólido, que depende do
módulo de Youug E, da densidade do material Pm e do coeficiente
de Poisson v do material, na seguinte forma:
,\ / -- -"-
sen(p
ou k1 = k sen,t, (5.67)
202 - - - - - - - - - Capítulo 5 ISOLAMENTO DE RUÍDO
"-t
ou
f• - -e'- ~ -
- 2,rsen>ql D
(5.68)
2pcsec,f,
(5.69)
2pcsec,f, + 8_11k/ sen4,f,
Então:
ª' = 1<i1
Â2
I' =
l + [Dt,•un';ccmlt] 2
(5.7!)
2cpw
[(
PT= 20/ogf - 74,2
PT = 20 log (! +
e
2pc)
PT = IO/og [i + 1
(Dk/sen 4 ,f,cos,f,) 2
2pcw
Po1·tanto a PT é conh·olada pela 1·igidez D. Neste caso temos
um aumento de 18 dB por oitava. Outras teorias mostram que o
aumento de PT é meno1· que 18 dB por oitava, dependendo do tama-
nho do painel, dos seus contornos e do seu amortecimento interno.
Tal aumento pode chegar até 10 dD/oitava.
SAMIR N. Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 2 0 5
PT (dB)
~
, Largura do
1
·I .e,
Potomor -tl
'~~~
P;, P12
Pr, Pr2 Pr3 Pr4
z, Z2 Z3 Z4 Z5
(5.73)
(5.74)
(5.75)
(5.76\
208 - - - - - - - - - Capítulo 5 ISOLAMENTO DE RUÍDO
(5.77)
onde:
&, é a amplitude complexa da pressão acústica
k. é o número de onda
"' é a freqüência angular
t é o tempo
i=A
e é a base do logaritmo natural
t,. é a espessura do meio n considerado.
Nesta formulação considera-se i 1 e t. = oo.
As equações· das pressões acústicas das ondas refletidas podem
ser escritas como:
(5.78)
(5.79)
(5.80)
(5.81)
onde:
1La é a amplitude complexa da pressão acústica da onda refletida.
As condições de contorno na fronteira entre dois meios adja-
centes são fisicamente definidas como: a igualdade da pressão e a
continuidade da velocidade da partícula.
Usando-se as equações 5. 73 a 5.81 pode-se chegar a
um conjunto de equações que relacionam as impedâncias carac-
terísticas dos meios L e o fator de propagação 8,. = lnlcn, com as
amplitudes da onda incidente, das ondas transmitidas e das refleti-
das. Matematicamente estas equações são escritas como:
Ímam = ~e (5.92)
onde:
m 1 e m2 são as densidades de superfície das paredes
d é a distância entre paredes (espai;o de ar)
É também recomendado usar pai·edes co1n diferentes espessu-
ras e/ou materiais para evitar a excitação das freqüências de res-
sonância das duas paredes simultaneamente.
- 1 í::·S;
PT= IOlog= = 1 0 / o g ~ (5.93)
a: ~,Siai
Por exemplo, pa1·a duas paredes com áreas S 1 e S2 e com coefi-
cientes de transmissão o 1 e o 2 , respectivaJDente, tem-se:
PT = 10/og =--:-:-c=--1~ ~ - -
(0, 0l)(l) + (0,99)(0,001)
PT= 19,6 dB
e
~
t
.o
<t
E
o
u
....
Q.
6o
5o
4 o~ ~
S2/S1 % - ,..
~ ,-...,..
,. . . .~ ~.,,
~
.,.,,.. ......
Jlf
-
~ ~
~
3o 1,-Ü,l,_,i.-
O2
Vi,..,
'-" ~ ....../. -; ~
L.---- 0,'5 v V /1/ ~
-
2-~i..--_
.-1,0~ I,;
V ~
B~ 10. ,~
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~D y I-'
cn
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5
41,.L- +-- 50
1-"'
a. 3
1
....__ 100
1/
2b" 1,
>-'
a. I/
J/ 2 3 4 5 6 7 8 10 20 e() 40 50 60
PT1 - PT (dB)
6 + 5 + 4 + 2 + 2 + 1 + 2 + +2 + I + 1 = 26 dB
70,r-,-,-.----.--.,
60
ín
.:':!
...
,8 50
.
E
e:
o 40
47
~
..,"
o 301--+-+-+--t
'E
,!'.
Freqü~nci:J (Hzl
2o~~~~~~~L_,_,
125 250 500 lK 2K 4K
Figura 5.19: Classe de transmissão sonora(CTS)
R,
NPSI = NPS - 10/ogRo
onde;
NPS é o nível de pressão sono1·a de impacto na sala receptora
Ri é a absorção total da sala receptora (m2 )
Ra é valor padrão de 10 m 2
O número único Cil é determinado como o CTS ( ver condições
[i} e [iiJ acima) e o valor único coincide com o nível da curva padrão
em 60 dB.
Maquina de
Impacto Padrão
Sala
Receptora
CÂMARA I CÂMARA lI
1J Amostra de
VTeste
NPS 1 NPS2
&.!onte
r
(5.94)
onde:
a· é a absorção total da câmara I
W é a potência sonora da fonte
p é a densidade do ar na câmara
e é a velocidade de som
O coeficiente de transmissão é definido como a razão entre a
energia transmitida na câmara II (W2) e a energia incidente na
amostra na câmara 1 (Wi);
(5.95)
(5.96)
PT= 10/og!
r
= NPS, - NPS, + 10/og(.§_)
~
(5.98)
onde:
N PS 1 e N PS2 são os níveiS de pressão acústica médios no espaço
e no tempo medidos nas câmaras I e II respectivamente.
PT é calculada pa1•a cada faixa de f1·eqüência (1/3 ou 1/1 oitava),
medindo~se NPS1, NPS2 e a2,
220 Capitulo 5 ISOLAMENTO DE RUÍDO
L--Amoslro
de Teste
NPSl
9
Figura 5.23: Medição da PT pela técnica da inteDBidade acústica
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 221
(12] P1·ice, A.J. & Crocke1·, M.T., Sound trans1nission through dou-
ble paneis using statistical enc1·gy analysis. J, Acoust. Soe.
Am, V.47(3), 1970.
222 - - - - - - - - - Capitulo 5 ISOLAMENTO DE RUÍDO
Propagação do Som no Ar
Livre
6.1 Introdução
223
224------ Capitulo 6 PROPAGAÇÃO DO SOM NO AR LIVRE
Fonte
~'i:·~·~
\ \ Cominhos de
Ponto Recept;;-~p ~
Figura 6.1: Modelo para predição de ruido na comunidade
onde:
DI(8) é o índice de diretividade= 10 log Q,
Q, é o fator de diretividade de superfície.
Então tem-se 6 dD de atenuação para cada duplicação da
distância r.
Q, 2
e
DI(O) = 3 dB
Q, 4
Dl(O) =6 dB
Q,
e
DI(O) = 9 dB
ú Q= 1
Q =2
~.~
{a)
~ij~
( b)
{e) (d)
NPS 1 - NPS 2 = r,
IOlog?:2. (6.4)
b b b b
' \ I /
', \ I /
' ,
\1 II / /
' 1 / /
' \ I /
', 1 ,' /
'
' '
\
\
\
//
I /
I
'\ / I
, , li
Receptor
existe atenuação e para b/,r < r < c/,r tem-se -3 dB por duplicação da
distância (fonte linear). Para r > c/,r tem-se -6 dB por duplicação
da distância (fonte pontual). Essas atenuações são mostradas na
figura 6.4.
Segundo Ellis, as atenuações fornecidas pela figura 6.4 devem
ser usadas para distâncias radiais e propagação divergente da fonte.
Nessas atenuações não foram consideradas as interações entre as
fontes, isto é, o cancelamento ou reforço ( campo destrutivo ou cons-
trutivo) que pode ocorrer. Além disso, foram consideradas apenas
as fontes simples fundamentais e sua propagação básica. Cuidado
deve ser tomado com fontes complexas, onde as atenuações são ba-
seadas nos conceitos simples de atenuação com distâncias, sem a
complexidade de cada fonte ou acoplamento entre elas. Portanto,
os resultados são mais realistas para fontes pontuais, tipo monopolo
onidirecional (em fase) a distâncias maiores do que o comprimento
de Onda.
6.3 Absorção do Ar
Como o ar não é um meio perfeitamente elástico, durante
suas sucessivas compressões e rarefac;ões ocorrem vários proces-
2 3 0 • - - - - - Capitulo 6 PROPAGAÇÃO DO SOM NO AR LIVRE
º'
= 1,2 10- 10 12 [dB/m] (6.5)
O segundo efeito na absorção atn1osfé1·ica é conhecido como re-
laxação molecular e ocor1·e pela dissipação do energia durante o
processo de relaxação vibratória das 1uoléculas de oxigênio. O pro-
cesso é dependente da umidade, temperatura e pressão.
Para temperaturas do ar entre ± 10°c, a absorção por relaxação
molecular pode ser dada por:
0
_ 7,4.10-• / 2
[dB/rn] (6.6)
2 - u(l + 4.l0- 6 6t !)
onde:
6t é a diferença de temperatura relativa a 20ºC
u é a umidade relativa %
Portanto, a absorção total do ar é então dada por:
(6.7)
Em trabalhos mais complexos sobre a absorção no ar, tmnbém
são considerados os efeitos de relaxação 1nolecular do nitrogênio· do
ar. As equações aqui apresentadas não consideram a relaxação do
nitrogenio e portanto são aproximações. Valores de o com mais
precisão foram apresentados por Ha1·ris para uso em indústria ae-
ronáutica. As figuras 6.6 e 6.7 mostrnrn as atenuações em dB/km
em função de temperatura e umidade,
,g
o.
o
;;)
e
Q)
Temperatura
de dt
dz 0,6 dz (6.8)
onde:
z é a altura
t é a temperatura em 0 c.
O mesmo conceito pode ser aplicado para o efeito do vento. É
formada uma zona de son1b1·a acústica na direção de chegada do
vento dificultando a percepção do ruído nesta posição ( ver figura
6.10).
Ê
.,.
'CD
;s
-10 O 10 20 30 40
-10 O 10 20 30 40
Temperatura {ºC)
:~\ i&
ee
~Fonte
Raios
Acústicos
3. ~ /~/.. . ., /'7-.-'------''--'-;-;-;
Solo
Sombra
Acústica
Solo
Direcão do Vento
Sombra
Acústica
Solo
Figura 6.10: Variação do caminho das ondas acústicas com efeito do vento
23..__ _ _ _ Capitulo 6 PROPAGAÇÃO DO SOM NO AR LIVRE
o
,o
<.>
o::,
ái
q
45,----.,;-.-r,-,,.,..,,-~~~~
40t---t-'t---t--------l
E 35t--t---t-----t----~..L-l
~ 30
, 251---Jl\f---l',ç,,<.--+-~....-e:::_-.-'t--l
!g 20f--Jl,--"'.-!,::':!::1'.-__:__"'--hL/-~
o 15
'ªo-
a 10
::,
e
Q) 5 Freqüência (Hz)
<! o
100 2 4 6 81K 2 4 68DK
o---o Plantação Hemlocks de 10 Anos (Aylor)
x - - x 16m Alfura de Pinho (Aylor)
Valor médio poro Floresta da EUA (Hoover)
a------e Floresta Canadense (Embleton)
+--+ Area Verde Densa (Wiener e Keast)
(6.9)
onde:
n" é o número de grupos de vegetação
O'v é o coeficiente de atenua«_;ão por grupo
~ • • d
;;,lm
s óh
·~~----r-~~~~~---L~~~--+--..:::~
dv ./
{6.11)
onae:
A é a distância entre a fonte até a ponta da barreira
B é a distância entre o receptor até a ponta da barreira
C é a distância enh·e a fonte e o receptor
AT = 20 log [ ../fiFi
../fiFi ] +5 para N ;;:: -0, 2
tgh( 21rN)
23.,__ _ _ _ _ Capitulo 6 PROPAGAÇÃO DO SOM NO AR LIVRE
AT =O para N :5 -0, 2
onde:
N é o número de Fresnel dado pela equação 6.11
AT é a atenuação em dB; a diferença entre o N PS sem e com
barreira
Alta- Freqüência
3Q,~-------,-----,-,-,---,-,-TTT------r-r,-~
25
20
s4~R
::g 151---~.--~~~~...c+-----,----=--l"f-f+t+t-~=r=c,-+-,
o
'º0-0
::,
e:
~"'
S·
•,
J --
_,-- --- -- -------~
I
,~~~
,........_ / Refletora
11=2
1
" "",,,..;1
I> Ponto Receptor
onde:
m n
NPS; 10 log10 L ~ 10 NP1!hi (6.15)
t=l j=l
onde:
N PS; é o nível de pressão sonora total na banda de 1/1 oitava
i, no ponto receptor, calculado pelos somatórios das contribuições
através dos caminhos de transmissão t = 11 2, .... 1 m das fontes j =
1, 2, .... ,n.
n é o número total das fontes contribuintes para N PSi (incluindo
fontes imagem).
m é o número total dos caminhos de tranSinissão da fonte j ao
ponto receptor.
O nível de pressão sonora total com ponderação A é:
onde:
N PSA é o nível de pressão sonora com ponderação A, no ponto
receptor.
l:lNAi é a correção correspondente a curva A na banda de 1/1 de
oitava i.
6. 7 .5 Descrição da Fonte
Com base neste método de predição, cada fonte deverá ser re-
presentada pelo seu monopolo equivalente. Este é definido como
uma fonte pontual hipotética, que ao substitutir a fonte real gera o
mesmo nível de pressão sonora da fonte real.
A capacidade de emissão acústica de um monopolo é defi-
nida como o nível de potência sonora relevante no ponto receptor
NWS(,f,), em bandas de 1/1 de oitava. NWS(,f,), em geral, depende
da direção do caminho de transmissão entre a fonte e o ponto recep-
tor considerado, o que é indicado pelo ângulo <J,. A expressão, nível
de potência so:riora relevante, indica que NWS(t/,) não é, em geral,
o mesmo que nível de potência sonora total da fonte, mas é apenas
uma parte da energia sonora emitida atingindo o ponto receptor.
Assim no presente método, é considerada a emissão no plano ho-
rizon~. Portanto, NWS(t/,) é denominado nível de potência sonora
direcional no plano horizontal.
SAMIR N.Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - 245
onde:
ll.Nd é a atenuação devida à distância
6.N0 é a atenuação devida à absorção do ar
6.Nr é a atenuação devida aos obstáculos refletores
6.N, é a atenuação devida às barreiras
6Nv é a atenuação devida à vegetação
l::.N9 é a atenuação devida a outros mecanismos tais como:
espalhamento interno e efeitos do solo .... etc.
[10] Hoover, R.M., Tree zoncs as barriers for contrai ofnoise dueto
aircraft operation, Bult and Newman. Inc, Report 844, 1961.
Acústica de Ambientes
Fechados
7.1 Introdução
No estudo do campo sonoro de ainbientes fechados, deve-se con-
siderar variáveis complexas, tais como: a forma geométrica do 8.Jll.·
biente, absorção acústica, reflexões e difrações das várias paredes
e elementos inte1·nos, fontes sonoras, seus espectros e diretividade,
posição das fontes, efeitos das aberturas no a:mbiente ... etc.
Os ambientes internos devem satisfazer condições acústicas de-
pendendo de seus objetivos. Por exemplo; igrejas, auditórios, salas
de aula .. etc., devem ter inteligibilidade máxima. Fábricas e ofici-
nas devem ter nível de pressão sonora abaixo do limite permitido
(85 dB(A) para 8 horas por dia). Teatros, estúdios de gravação, TV
e rádio, também devem ter características acústicas adequadas.
Este capítulo fornece os fundamentos acústicos para ambientes
internos fechados, especialmente de forma retangular, e apresenta
os dois limites de campos sonoros, isto é, campo difuso em câmara
reve1·berante e campo livre em câmara anecóica. As utilidades des.
sas câmaras na dete1·minação de potência sonora, absorção de mate.
riais e diretividade, são apresentadas. Análise modal é usada para
predição da 1·esposta da sala mostrando a variação espacial da ener-
gia sonora. Será discutida em primeiro lugar a resposta transiente
da sala, isto é, crescimento e caimento do campo sonoro difuso den·
tro de salas, freqüências características e densidade modal.
249
250 Capítulo 7 ACÚSTICA DE AMBIENTES FECHADOS
SP
I\P
Figura 7.1: Elemento da área e volume
ôE = ,: dV dS cos9 (7.1)
411'r2
Supondo que o volume dV = 21rr 2 se.n8d8dr é ag~ra UJll anel cir-
cular do campo sonoro uniforme (veja figura 7,1), então, ó.E para
o campo sonoro é dado por:
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 251
C::.E = -tdSdr
2- lof''' sen8 cosO d8 = --
,dSdr
4- (7.2)
I = ::.
4
(7.4)
Então, o valor da intensidade no campo fechado uniforme é 1/4
do valor encontrado no caso da onda plana ( ver equação 1.50).
Se 01, 02 1 03 ... são coeficientes de absorção (representam a taxa
de potência sonora absorvida em relação a incidente) dos diferen-
tes materiais com áreas S1, 82, Sa, ... no interior da sala, a taxa da
potência sonora absorvida total será:
(7.5)
w (7.10)
onde:
< P 2 > = P! é a pressão acústica média ( espacial e temporal)
quadrática.
A equação 7 .10 é usada para determinação da potência sonora
em câmaras reverberantes (ver seção 7.5.1) e pode ser escrita em
escala dB como:
A
NWS = NPS + !Olog( 4 ) (7.11)
e = eo e-(Ac:/4.V)t
onde:
to representa a densidade de energia em t = O
l = lo .-(A,/<V)• (7.12)
onde 10 é a intensidade incial em t = O.
A mudança no nível de intensidade é dada por:
T = 60 55,2V 0,161V
-A- (7.14)
D ~
onde:
V é o volume (m3 )
A é a absorção total (m 2 ) dada pela equação 7.5
A figura 7 .2 mostra o crescimento e o decaimento do nível de
pressão sonora com o tempo.
A mudança no tempo de reverberação obtida numa sala inicial-
mente vazia e posteriormente com material adicional permite de-
terminar o coeficiente de absorção sonora do material adicionado.
Câmaras reverberantes, que satisfazem a condição de campo difuso,
são usadas para detm.·minação de coeficientes de absoÍ-ção dos ma-
teriais (ver capítulo 8). A equação 7.14 foi deduzida para campo
düuso (onde as reflexões durante o crescimento e decaimento do
254 - - - - - Capítulo 7 ACÚSTICA DE AMBIENTES FECHADOS
o Tempo (seg.) T
Figura 7.2: Crescimento e caimento do nível de pressão sonora
som, assint como a energia refletida, são suficientes para criar uma
distribuição de densidade de ene1·gia uniforme) não sendo aplicável
no caso em que o coeficiente de absorção é alto, isto é, quando o
tempo de reverbe1·ação é pequeno. Na equação 7.14, se o coeficiente
de absorção for n1aio1· do que 0.2 (20%), estar-se-á cometendo erros
na faixa de 10%. Portanto, neste caso o crescimento e o decaimento
do som devem ser tratados através de outras abordagens.
Uma aproximação para ambientes de alta absorção foi sugerido
por Eyring, que considera as múltiplas reflexões das paredes como
um grupo equivalente de fontes imagem. A energia acústica em
qualquer ponto consiste da acumulação de incrementos sucessivos
provenientes da fonte verdadeira, da reflexão simples (1 - ci)W, mais
a da segunda reflexão (1 - ci) 2 W ... etc. Portanto, o crescimento da
densidade de energia é:
A = -Sln(l - a) (7.16)
onde:
S é a área interna da supedicie da sala
Q é o coeficiente de abso1·c;ão médio dado por:
I:;a;S;
õ = -s- (7.17)
SAMIR N. Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 255
e = c 0 exp [
cS/n(I -
4V
õ)t] (7.18)
l,087cS/n(I - õ)
D= (7.19)
V
Então, o tc1npo de reverberação é dado por:
T = 0,161V (7.20)
-S/n(I - a)
onde V é dado e1n m 3 e S em m 2•
L = 4V (7.21)
s
Então o número n de reflexões expe1·imentadas por um raio no
intervalo de tempo t é dado por:
ct Sct
n = - (7.22)
L 41'
Portanto, a densidade de energia decrescerá do valor inicial de
e:o para e: de acordo com:
(7.23)
Em geral, o temp9 de reverberação calculado pela equação 7 .20 é
menor do que o calculado pela equação 7 .14. Para O> 20%, o tempo
de reverberação medido tem melhor conco1·dância com a equação
7.20 do que com a equação 7.14.
256 - - - - - Capítulo 7 ACÚSTICA DE AMBIENTES FECHADOS
T = 0,161V (7.25)
I:, -S, ln(! - o;)
A equação 7.25, para salas absorventes, pode ser obtida da
equação da sala reverberante (equação7.14), substituindo-se o coe-
ficiente de absorção Oi por:
o
o.
E
~
Volume (m 3 )
O 50 100 500 ooo sooop 10.000,0
Figura 7.3: Tempo ótimo de reverberação
7 .4 Absorção do Som no Ar
Na teoria desenvolvida até agora para o campo sonoro reverbe-
rante, foi considerado que a absorção da energia sonora pelo ar era
negligenciável. No entanto, a onda sonora perde energia durante a
sua propagação. Em particular a intensidade da onda decresce de
acordo com a seguinte equação :
(7.27)
onde m 2o é uma constante de atenuação do meio (o aqui é
258 - - - - - Capitulo 7 ACÚSTICA DE AMBIENTES FECHADOS
a = 85
u
•º / 2 lo-• por metro (7.28)
T = O, 161V (7.29)
A+ 4mV
O coeficiente de absorc;ão sonora do ar aumenta com a freqüência.
Portanto, deve-se considerar o efeito de absorção do ar para
freqüências aci1na de 2 kHz aproximadamente.
câmara Reverberante
de Forma lrreguiar -.
Isoladores de
...8.lif:~~=-=-~~~S~:J:J.~Vibrações
NPS Q', + !)
= NWS + 10/og(·4irr A
(7.31)
onde:
ré a distância da fonte ao ponto de observação
Q, é o fator de diretividade
A é a constante da câmara S<i/(1 - <i)
S é a área total da superfície da câmara (m2 )
Q é o coeficiente de absorção médio da câmara
4
NPS = NWS+IO/og(A) (7.32)
A constante da câmara A ~ Sõ pode ser calculada através da
medição do tempo de reverberação T e da aplicação da fórmula de
Sabine (equação 7.14) dada por:
T = O, 161 V (7.33)
A
Substituindo 7.33 em 7.32, tem-se:
SÃ
NWS = NPS + 10/ogV - 10/ogT- 14 + 10/og(l + SV) (7.34)
v• pz,y,z,
( t) 1 82 (
-;'iat2PZ,Y1Z,
t)
=p
{}q(:i:,y,z,t)
lJt (7.35)
onde:
p(z,y,z1 t) é a pressão sonora instantânea no ponto (z,y,z) da sala
p é a densidade do meio
e é a velocidade do som no meio
A resposta de uma sala devida a uma fonte de ruido é composta
de duas partes: pressão sonora de regime transitório e pressão so-
nora de 1·egime permanente.
A equação do movimento que corresponde ao estudo transitório
é a equação homogênea associada à 7.35, ou seja:
2 1 a•,,(.,, 11, •• t)
V p(z,y,z,t) - ;;. at• = O (7.36)
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 263
w'
'v 2 p(x,y,z,t) + ~p(x,y,z,t) = O (7.38)
já que Uz- ex *
etc .••
A solução da equação dife1·encial 7 .38 é conhecida e igual a:
sendo
(7.40)
onde
An são coeficientes a dete1·minar
nz- 1 ny e n,., = 0 1 11 2 1 ... (tl'Ío de números n)
Tem-se ainda
264 - - - - - Capítulo 7 ACÚSTICA DE AMBIENTES FECHADOS
n,,r w,
"· T;
n,ir ~
"· T;
(7.41)
(7.42)
onde:
k:r, ky e kz são os nú1ne1·os de onda correspondentes às freqüências
de ressonância ( ou naturais) da sala para um determinado modo
norn1al (n:r, ny e nz).
A freqüência de ressonância da sala é dada pelas equações 7.41 e
7.42, como:
(7.43)
onde
V = Lr Ly Lz = volume da sala
A = én:rényênz
SAMIR N. Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 265
to = 1; E1 = E2 = €3 = ..... =2
A equação 7 .39 mostra que o valor da pressão sonora será função
da posição de medição, bem como das freqüências normais da sala
ou do modos naturais que estarão sendo excitados.
Para determinar os coeficientes Àn da equação 7.39, que cor·
respondem às amplitudes das diversas ondas estacionárias que
compõem o campo sonoro p(z, y, z), pode-se escrever a equação não
homogê1;1ea 7 .35, considerando, como já foi visto, que a fonte sonora
é harmônica (excitação harmônica) no tempo, ou seja, com
p(z,y,z,t)
. .._.., [~ fv q(z,y,z)pn(z,y,z)dV] ·Pn(z,y,z)
= ,wp ~n (k2 _ k2)
,,w,
n
(7.51)
Se a sala for excitada por uma fonte na f1·eqüência de ressonância
""", a pressão sonora tende a um valor infinito. Isto ocorre em função
da sala não possuir amortecimento algum (absorção sonora nula).
Evidentemente, esta condição é impossível na prática e pode--
se, então, sem alterar substancialmente as freqüências naturais da
sala dadas por 7.43, considerar as paredes da sala como sendo quase
rígidas ou com amortecimento baixíssimo ( como será visto na última
seção deste capítulo).
Considerando que as paredes da sala possuem algum amorteci-
mento, o que pode ser representado por um termo de amorteci-
mento {3, então a pressão sonora é dada por
ka «: 1 onde k = ~
f q(x,y,z)pn(x,y,z)dV =
Jv J.L, J.L' J.L, Qo6(x -
0 0 0
xo)
p0 (x,y,z) = cos(k,x)cos(k.y)cos(k,z)
(T = (7.58)
onde:
/ é a freqüência da fonte em Hz
V é o volume da câmara reverberante em m3
T é o tempo de reverberação em segundos
1680 [T
"= -- -(! 16
- -(sen 4 8cos 2 ;sen 2 ; + cos 28sen 2 8))]
1 2
1 (7.59)
/ V 9
onde 9 e ,j, são os ângulos de azimute e o ângulo axial do dipolo,
respectivamente, em coordenadas esféricas.
Um valor mínimo para " é obtido para um dipolo obliquo com a
seguinte direção : 8 = tag -,V2 e ; = ,r/4, e é dado por:
. _ !070(I:)1/2
Um,n - f V (7.60)
_ 1680(!_)1/2
<Tma• - f V (7.61)
O'ma:r: = 1, 57
Umtn
<T = f1818 [T
V (sen4 2q, + cos 4 24> - 92 sen 2 2q,cos22q,) l
1/2
(7.62)
onde:
8 é o ângulo do plano de vibração
z é o plano de vibração da bai·ra
L é o comprimento da barra (igual ao comprimento da câmara)
Neste caso, a razão UmH/Umin = 1,34
Uma análise feita para o caso de uma barra cilíndrica pulsando
radialmente e vibrando axialmente, mostra que;
Conclusões
A determinação precisa da potência irradiada por u1na fonte numa
câmara reverberante pode ser obtida se:
1. O volume da câma1·a for grande e esta tiver forma irregular
(paredes não paralelas e de diferentes tamanhos);
2. Um grande nú1nero de posições pa1·a a fonte e para o microfone
fore1n usados, especialmente e1n baixas freqüências para tons
puros;
3. A câmara tiver um tempo de reverberação baixo (maior ab-
sorção ) em baixas freqüências;
4. O lóbulo de diretividade da fonte não for paralelo a qualquer
parede ou canto;
5. Difusores estacioná1·ios ou 1·otativos forem usados. Com difu-
sores rotativos a variação da p1·essão média quad1·ática pode
sei· 10 (dez) vezes meno1· do que a obtida com difusores esta-
cionários;
6. Forem usados fatores de co1·1·ec;ão de Waterhouse (ou de Na-
buco).
272 - - - - - Capítulo 7 ACÚSTICA DE AMBIENTES FECHADOS
I Y,; Máquina
1 / sob Teste
,/J L ~ - -
,/
Lx ,1
Diretividade
Reflexões
Direto
- - - - - - ---,
Campo
Ireverberante
ou
lsemi-rever-
i berante
1c P . 1
I ompo rox~~po Remo~~-I
1
1 1
1
1
.L,--------~1
jOistârx:ia do
r--------------i Fonte Sonora I
'-------'------~----~~(~=co~gl_,
W= tP;S, (7.66)
i=l pc
onde:
Pi e Si são as pressões acústicas e as áreas dos elementos, res-
pectivamente.
N é o número de pontos de medição cll·cundando a fonte, toma·
dos no centro de cada elemento da área. ·
Câmaras anecóicas são usadas para medição de diretividade de
fontes sonoras, alén1 de medição de absorção de materiais, excitação
de estruturas com campo sonoro livre, calibração de microfones e
curvas de resposta de caixas acústicas.
<PJ> :
pc
I : WQ,
4,rr2
278 _ _ _ _ _ Capítulo 7 ACÚSTICA DE AMBIENTES FECHADOS
F _ 4pcW,
< ,.o>- A
o
-5
-10
-15
cõ
:3 -2
(fJ
,:: -25
z
1
(fJ
n.
z
'
Figura 7.11: Efeito da absorção
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 281
2 1 ª'!!.
'v !!. = ;;, ât 2 (7.68)
u O para z = O e :r = L.
O para y =O e z = L, (7.71)
w =- l
iwp ~
Ôf!.
=O para z = O e :r = L,
Substituindo-se 7, 70 em 7. 71, tem-se:
ou
k, = O, 1,2,3, .....
4n.:i:1r onde nz
f = ::!....
2,r
= '2:_ (7.73)
1,0,0Modo
[n.
1
I n ~ I n ' I f (Hz) 1
o o 24,5
2,1,0 Modo
o 1 o 38,1
1 1 o 45,3
2 o o 49,0
2 1 o 62,1
o o 1 68,6
1 o 1 72,8
3 o o 73,5
o 2 o 76,2
o 1 1 78,5
40~~~~~~~~~~~~~-~~~
1
:~'r--,il--------1
O 20
ll~=r~~.-H+-IIH,~~=~:,
.,----IIH-Hll1
N 4irVf3 irS/ 2 L
= 3c3 + 4c 2 + s;,f (7.75)
288 - - - - - Capitulo 7 ACÚSTICA DE AMBIENTES FECHADOS
(7.76)
7. 7 .2 Salas Cilíndricas
Na seção 7.7.1 foi analisado o caso das~ retangular. Em algun•
casos especiais, entretanto, como por exemplo o interior de um
avião ou submarino, corpos cilíndricos de máquinas, dutoa de ar
condicionado, .... etc, tem.. se forma cilíndrica.
As equações: do número de modos 7. 75, da densidade modal 7, 76
e do tempo de reverberação 7.14, são válidas, mas fica di.ticil definir
08 tipos de modos, tais como modos axiais, tangenciais e oblíquos,
para formas não retangulares.
SAMIR N. Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 2 8 9
(7.77)
onde Jm é a função de Bessel de Ol'dem m
As condições de conto1·no de velocidade da partícula nula nas
superícies sã.o:
w,i
= n:11"
Wr
Então:
N = 41rV / 3 ,rS/2 Lf
~ + 4c2 + 8c
e
dN 41rf 2 V ,rJS L
d[ -c3- + - +-
2c2 Se
(7.80)
onde:
V= 1ra 2 e
S = 2,ra 2 + 2,raf
L = 4,ra + 4f
f. = A cosh{({J, - iw,):.
e
+ \6,)cosh{(fJ, - iw,)l! + 91,}
e
e
= {J.~ + P,,~ + /J,~
{J
"' "' "'
Nota-se que, quando P. = P = Pz = O, então
11 /3 =O e as
equações acima recaem na equação 7 .69.
11, Jj, = = •• = •• =
O (na 11untro 11arodo1 são rlgida1). Tom-
ou apuna• 1>ro11ag111;ão ua diroção a,, o usnudo "'• w e {J. {J, = =
rusulta:
o a vuloddmlo da 11111·tíc11la 6:
li = ~m1/i{(J1
pc
- iw):.
e
+ •• }e(iw-p)1
AMHiin, n in1pU<U\ncin ncústicn <:lK(>oclfica 6 dada 11or:
•• ""' •• (7.86)
A1,licmulo-ao n co1uli'1ii.o de contorno que toma L R:I: rnpc em
i: = IJz, obtlun .. 1m::
1 - ilg/1(~ - f-)tg(~)
(7.88)
•• ""' lgh(~ - ;:1;) - ilg(~)
fJI,,
l'u "' 1'11
ou
/J = (7.!JOJ
D = - 1()/o,,(,·-•'J,·.I,,) = ~
• Lr1 1·11
(7.!nJ
c,/Çdr rn
(6.h..')a6, = T lo n-, BtmOcoaOdO (7.!lf,)
cdS-
(LI.E).,, = - dr -
8 [ 1 + -1- - -ln(!+
2 rn )] (7.96)
4 rn 1 + rn rn
" 8 [1 + - 1-
rn 1 + rn - ~ln(!+
rn
rn)]
e
8
para rn ;?: 100 (7.97)
T. _ O, 161V (7.99)
11 '~ - O, 5A;i,
Portanto, o método mais efetivo para reduzir a intensidade
de um modo particular da sala é colocar os materiais absorventes
nos locais de pressão máxima deste modo. A colocação de materiais
de abso1·ção nos calltos de uma sala é duas vezes mais efetiva do que
em qualquer outra posiçãÔ.
Então, a expressão mais ge1·al para o tempo de reverberação
é dada pelas equações 7 .99 e 7 .98, modificadas com a adição dos
termos em y e z:
SAMIR N. Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 2 9 5
O, 161V
T (7.100)
onde:
"• = 0,5 para n=O
"• = !, O para n / O
Como os três €n são unitários para uma onda estacionária
oblíqua, o tempo de reverberação é igual ao dado pela equação
de Sabin(7.14). Por outro lado, para ondas axiais ou tangenciais
o tempo de reverberação é maior do que para ondas oblíquas.
Então, o caimento do som depende da contribuição de cada
tipo de onda. O caimento incial da curva é controlado por on-
das oblíquas; após é controlado por ondas tangenciais e no final
da curva (menos inclinado) é controlado por ondas axiais. Isto ex·
plica porque em baixas freqüências a curva de caimento tem várias
inclinações (ver figura 7.16).
Apesar das várias simplificações feitas neste modelo, conseguiu-
se conclusões valiosas sobre: a importância do local de colocação de
materiais de absorção na sala; a curva não lh,ear de caimento do
som; e o amortecimento de cada tipo de onda.
g
~ f-----------------""~----------j
CD
a::
(f)
o..
z
(17] Morse, P.M. and Bolt, Rev. Modern Phys. 16, 69, 1944.
(18] Maling, G.C., Calculation of the acoustic power radiated by a
monopole in a Reverberation Chamber, J. Acoust. Soe. Am.
42,1967, pp.859-865.
[19] Nabuco, M.A. and Gerges, S.N.Y., Sound power from sour-
ces near reverberation chamber boundaries, J. of Sound and
Vibration 91(4), 1983, pp.471-477.
(20] Pierce, A.D., Acoustics and Introduction to its Physical Prin-
cipies and Applications, McGraw-Hill Book Company, 1981.
(21] Reynolds, D.D., Engineering Principies of Acoustics - Noise
and Vibration Control. Allyn and Bacon Inc. 1981.
Capítulo 8
Materiais e Silenciadores
para Absorção de Ruído
8.1 Introdução
Nos capítulos anteriores veri6cou-se que o controle de ruído deve
sempre ser efetuado na fonte, usbndo-se equipam.entos e máquinas
silenciosos. Todavia, por razões técnicas e econômicas, nem sempre
4 possfvel o controle do ruído na fonte. Nestes casos pode-se utilizar
outros meios de controle de ruído como o uso de:
Q = -w.
W;
(8.1)
O valor de o sempre é positivo variando de zero a um (O~ a :5 1)
e depende principalmente da freqüê.ncia, ângulo de incidência do
som, tipo de campo sonoro (difuso, ondas planas, etc ... ), densidade,
espessura e estrutura interna do material (ver Apêndices Ill,IV,V
e VI). Um único número de absorção chamado COEFICIENTE DE
REDUÇÃO DE RUÍDO é comercialmente usado para comparação
e análise dos materiais. É definido como sendo a média aritmética
SAMIR N. Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - 301
a) Material Poroso
b) Material Fibroso
R, = f:,.p (8.2)
u
onde
ôP é a diferença de pressão do ar medida nos dois lados de uma
amostra de material na qual se ÍOl'ça a passagem de ar (N/m 2 )
u a velocidade do ar uor1nal à superficie· da am.ostra.
A resistividade de fluxo Ré definida pela resistividade específica de
fluxo por unidade de espessura do material ou:
R = ~ (8.3)
d
onde d é a espessura da _aJnostra de material. O valor típico de
R é em torno de 10 4 Rayl/m (ou Ns/m4 ).
O procedimento para medição da resistividade de Ouxo em labo-
ratório é normalizado pela ASTM-C 522-80 e NBR 8517 (maio
1984).
Para materiais de alta porosidade a relação entre o coeficiente de
absorção acústica º"' para: onda incidente normal, e a resistividade
ao fluxo, é dada por:
4k
(8.4)
(k + 1)2 + ,p2
onde:
sendo:
p a densidade do ar em kg/m3
f a freqüência em Hz
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 303
0-
10 0
""e
h
~z
...cu.2g
... 0,4
ti
.ti-
..ºº
.!:!
-o
o
~
Q.
0,2
3 f/R
0,1 1,0
(2) Porosidade(b)
A porosidade é definida como a relação entre o volume de vazios
dos poros da amostra do material em relação ao volume total da
amostra.
h =~
V.
(8.7)
onde:
1"i , o volume de vazios da amostra
304 - - - - - - - - Capítulo 8 MATERIAIS E SILENCIADORES
l ?. 2/ (8.8)
onde:
e é a velocidade de propagação do som no ar.
Por exemplo, para atenuar uma freqüência de 100 Hz seria ne-
cessário uma espessura do material de:
343
l = (2)(100) = l, 7 (m) (8.9)
SAMIR N. Y. GERGES 305
h
o) Porosidade:
~
~
Baixo Alto
~
R
ti) Resistência
~
~
de Fluxo : Baixo Alto
~
e) Fator s
Estrutural:
~
~
Baixo
1
~
Alto
Q
ALTERNATIVA RECOMENDADA
o
a,:'i
'O-~
o-
"O ~
·- o
u a.
o
~.g
Distância
digital FFT de dois canais. Este método por ser recente, ainda está
em fase de padronização. A seguir são descritos os métodos para
determinação do coeficiente de absorção de materiais.
10
0,9
,g O,B
<>-
~
.o
0,7
<t
.,
'O
.,
.,
"
:§
~
o
u 0,1
Freqüência (Hz)
63 125 250 500 lK 2K 4K BK
fe = l,84c (8.11)
~
onde:
d é o diâmetro do tubo em metros,
Escala de Distância
)../2
(f)
(L
2 ILl__::::::::=:=----.'....::======::.!.N~PS~m[!!!!in1____~D~i~s~tô~n~c:ia~----
(8.12)
onde:
SAMIR N.Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 3 0 9
P;., = T1 J.T
O
[A,cos(wt - /ex) + B1 cos(wt + lcz)J 2 dt
onde T é o tempo de integração, selecionado em uma chave
do amplificador de medição . Por exemplo, escolhe-se uma das
posições: rápido, lento, até 30 segundos, etc.
1- ~
l;
onde:
/ 0 é a intensidade acústica absorvida
Ii é a intensidade incidente
I, é a intensidade refletida
(8.14)
onde:
ROE é a razão de onda estacionál'ia, definida como:
p2
L 10 log ';;"'
pmin
onde:
ROE - 1
(8.17)
ROE+ 1
As equações 8.16 e 8.17 são usadas para a determinação da im-
pedância superficial dos materiais.
- - - - - - - - Capítulo 8 MATERIAIS E SILENCIADORES
50cr=;;;;;.:~.-------,~,,-~
45
40 ~~-,q..-+-,.,,.,,,.1---.~
35
=~-
301lQ.JQ.±:;::--,...-,,,.~----t:7""1
25
i 20 tL.:...~":..J----_-4:__'f=---:71~~
~ 1511-V,,<&1:..--=:;c~,,....=----+----,-i
1O lt--:::-=1=--+--=-""""~i,,,e:::-----1
58=:l,~~~=---+:7""!~:.-I
º~~~~~~
0,00 0,05 QlO 0,15 ü,20 0,25 01 /).
0,50 0,45 0,40 0,35 0,30
1,0
õ
t;: 0,8
o
,o
<>
õ g 0,6
"'
.a
<t ·Õ
õ
Q)
Q)
-o <! 0,4
~ -~
-~
o (Q)e
.;:: -o
~ 'ü 0,2
(.) -= Coeficiente de Absorção
<Xn Incidência Normol
de Ambientes Internos):
O, 161 V
-A- (8.18)
onde:
A é a absorção total em m2
V é o volume da câmara em m 3
Tem-se que A = Sei onde S é a área total da câniara e õ é o coefi-
ciente de absorção acústica médio das paredes da câmara.
O, 161 V
(8.19)
onde:
<> é o coeficiente de absorção do material de uma área S 1 •
Manipulando-se convenientemente as equações 8.18 e 8.19 de modo
a eliminar-se o termo A, tem-se uma equação para determinação do
coeficiente de absorção do material aplicado:
(8.20)
(8.21)
E.. (8.22)
ANALISADOR
DIGITAL DE
DOIS CANAIS
MPLIFICA- GERADOR
DOR ,PE DE
POTENCIA SINAL
X s Alto Folante
X
--t--~~~~~~~~~~~~~~•x
(8.23)
a = l~I - 1!!:12
r IEfl - A
Considerando-se que a energia sonora h·ansmitida para fora do
tubo, ah•avés da tampa, é nula, o coeficiente de absorção a pode
ser determinado da seguinte forma:
a = 1- a, = 1 - 1!!:1
A
2
onde:
GAP é o espectro cruzado de E.A e i!.p, dado por:
(8.25)
onde:
• é o complexo conjugado
S..S: é o espectro de potência do sinal do gerador, responsável
pelo campo acústico no interior do tubo
318 - - - - - - - - Capítulo 8 MATERIAIS E SILENCIADORES
(8.26)
(8.27)
As funções 'Y~s e 'Y§p são obtidas quando o microfone ocupar
respectivamente as posições A e P. A função de coerência 'Y~p é
determinada pela equação 8.27.
Como um sistema típico, é apresentado aqui o tubo da UFSC,
(projetado por Eduardo Giampaoli, como parte de sua dissertação
de mestrado sob orientação do autor), ilustrado na figura 8.10. O
sistema é projetado de forma a possibilitar a determinação do co-
eficiente de absorção de materiais acústicos, através da técnica de
um microfone. É constituído, basicamente, por dois componentes
principais, que são: a caixa acústica e o tubo de ondas estacionárias
propriamente dito. O conjunto.é montado na posição vertical e uti-
liza o piso de concreto do laboratório como terminação rígida do
tubo. Este sistema é projetado para medições até 1 kHz aproxima-
damente.
A caixa acústica é construída com placas de aglomerado de
20mm de espessura e equipada com um alto-falante da marca Sele-
nium, modelo W·830, que possui um diâmetro nominal de 305mm.
Visando reduzir as possíveis reflexões no extremo do tubo onde
encontra-se a fonte sonora, conforme recomenda Badén, é utilizado
320 - - - - - - - - Capítulo 8 MATERIAIS E SILENCIADORES
Analogamente, considerando-se ks =
1r/2, pode-se determinar a
freqüência ideal de trabalho, f;, em torno da qual espera-se que a
curva apresente a menor variância. O valor de f; é dado por:
f; = !:... (8.31)
4s
A tabela 8.1 mostra os valores de fm;n, Ímaz e f;, para as
distâncias entre posições de microfone, s, que podem ser adotadas
no tubo de ondas estacionárias utilizado neste estudo.
s fmin Íma2: f;
(mm) (Hz) (Hz) (Hz)
68,6 251 2000 1250
137,2 126 1000 525
205,8 84 666 417
274,4 63 500 312
343,0 51 400 250
411,6 42 333 208
me Àm
s = 2/m m-
2
Nestes casos, verifica-se que quando a distância entre as posições
de microfone, s, coincide com um múltiplo de meio comprimento de
onda, a pressão sonora no interior do tubo deve ser igual nas duas
posições de medição. Esta· condição estabelece .uma indeterminação
na equação 8.24, utilizada .para.o cálculo .cio coeficiente de absorção.
Portanto, a curva do coeficiente de absorção deve apresentar grande
variância nas regiões em torno das freqüências fm· Esta é uma
característica própria do método de medição utilizado. Verifica..
se, ainda, que quanto maior for s, tanto menor será o valor de /m
SAMIR N. Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 323
-20
-30
--40 '
~
eo
e:
-50 ,,
I
,,
o 1 I
(j)
-60 1 /
o
'º"'., -~· 7~~1\1
"' -70
à:
~
ãi
-80
15 '
-~
-90
z
-100
-110
100 200 300 400 500 600 700 800 900
Freqüência (Hz)
~
,g 2,,Vr~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
I
<(
1,6
., \2
"O
~ qa
e
-~ 04
i ' Freqüência (Hzl
8 0,0-Hl111F'-'--"---,----~----.----~------r-l
400 600 800 lK
Figura 8.12: Coeficiente de absorção, microfone nas posições 5 e 7
-"'"'
:§ 800 lK
-0,4
o
u
Figura 8.13: Coeficiente de absorção, microfone nas posições 2 e 7
2,0
~ 1,8
,8
<> 1,2
5
"'
.D
<[
0,8
Q) 0,4
'O
ill. ,1 . _ Freqüência (Hz)
~
e 0,0
-~ 1' 200 400 600 800 lK
.g
Q)
-0,4
o
u -0,8
2,0
1,5
.s
1,2
·§.
~
.D
0,8
<[
0,4
.,
'O
., 0,0
600 800
&l
"ü
0,4
Freqüência (Hz)
o
.,
;;::
0,8
u
-1,2
1,2
1,0
(l.
N<t
~ 0,8
.!:! 0,6
"e 0,4
';o
u 0,2
º·º o 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Freqüência (Hz)
1,2-.-------------------~
,,o--,~--y.,.......,_......... ,---------------------.....
~0+--,---.------,.--~------.----.---.---.-------.----------1
O 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Freqüência (Hz)
1- Espuma de Polímeros
w~-----------
o,9
1:
i (li!
• 0,3
I o,t
] 0,1
0,0
o 100 too JOO «>0 500 eoo 100 eoo 100 1000 , '°º
F,eqUinclo (Hll
1200
2- Lã de Vidro
35/35
1,2
1,0
SONEX 75
Q8
.,v/i---
/ V
Q6
o,4 f/
50/75
q2
/.,,,v
V
--
_......,,::::
75mm
1-------i FREOÜÊNCIA (Hz) 125 250 500 1000 2000 4000
T,smm ~5:..:0::.../7c.:5_ _.:,0,_,0:.:.7__..c_3=-2_0~7_2_0~,8::...8,---0~,9.,.,7=--cl-'cP-c-1
75/75 ______,J L751:..::..:7~5-~0~,1~3-~~~53=---~º~·90.:..::.__l~,0::...7'---l~P::...7_l~P_O
1,2..----.---,----,----,----,----,
1,0,l----+--+----l-~J:=:::::=+=~
0,8f--+----t--r-+----t""""7..c_+---i
SONEX 125 0,6>------+---+,'---"'---+--+---1
50/125
88 95
1,02 1,09
75/125
Figura 8.19: Coeficiente de absorção para materiais SONEX
332 - - - - - - - Capítulo 8 MATERIAIS E SILENCIADORES
3- Lã de Rocha
Além dos três materiais citados acima, existem outros, tais como:
chapas de lã mineral, chapas de fibra de madeira, chapas a base
de vermiculita tecidos, etc. A figura 8.22 mostra a estrutura mi-
croscópica de alguns materiais.
4- Vermiculita Expandida
A vermiculita é a denominação utilizada para descrever um mi·
neral micáceo lamelar cuja constituição quúnica básica é de silica-
tos hidratados de alumínio e magnésio, originando-se da alteração
SAMIR N.Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - 333
~---,-.--.---
... ~t~ff 153!#-.CZ
Polímeros
Figura 8.22: Estrutura microscópica de espuma.lã de vidro e lã de rocha
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 335
~
oo Parede
ooo Material de
......--+--Absorção
IO O O
([) o o Folha de
4---"--'--+----'---Hf--polietileno
o [) o
o
Placa
Perfurado
'ó 0a0
Incidência
D oo
0~-0_,,..i
n
ºººº
~~"()
Transmissão
oºº
ú e:t::
a
.. '-
Reflexão
n
Materiais de Parede de
Absorção Isolamento
Re - radiação
Re-radiaçõo
Coeficiente
jf'''º b
r
lj)O 1000 10000
Js~
c
o
------
100 10:0
OL_J"------~~~0~~1700~-l-000~~10~000
10000
!! !11
~
1
0 Chapo
Perfurado
0
o 100 1000 10.000
Silenciador
~ Circular da
Entrada
Isolador da_!_/
Vibrações
w
Figura 8.27: Silenciador retangular
onde:
o é o coeficiente de absorção sonora dos materiais de revesti-
mento
x é o comprimento dos materiais.
AT = 1,05 o 1 •4 (D')
s (8.32)
SAMIR N. Y. GERGES -----------341
onde:
a é o coeficiente de absorção (adimensional)
D, é o perímeh-o de revestimento interno do duto (m)
S é a área da seção interna aberta do revustimento (m2)
o rn m .fl
5: WH
; H
5=WH
2
1
1
S=WH
2
S=W H
D0 =2H
2
.qt
Do 4
5 -- !!'..!:!..
4
5= WH 5=WH iJo=W+H
C\,= 2(H +W) Do=2(H+W)
Q..o: 2 (l+.!..) .Q9:2(l+l)
S W H S W H
~940cm
~~~-_._40cm
70------~-~
~i
(Il 60
-o
,g 50
g- 40
i 30
< 20
10
01........L._.J_..L_----'-------'----"----'---
63 250 lK 2K 4K 8K 63 250 lK 2K 4K 8K
125 500 125 500 A
Freq'úencia (Hz)
IU&J(>~-
~181!iW~:::::r1ocm
~
~m_j
~
l,2m ~ -1'FD3\_1_20cm
..
eo ·-~.--~--.....=-,,_...,...-;---,
10
60
50
40
30
20
lK 2IC 4K 8K
500rreqüêncio (Hz)
"•
onde:
v, é a velocidade de -volume (vazão) do v.entilador em m 3 /h
S é a área de entrada em m 2
b é a largura total do silenciador
b, é a largura total de passagem de ar.
11' "
30
~
20
10
V
--~
s~
C= 24
~
""
........
63 250 lK 4K
'"'"""º '"''
Figura 8.31: Atenua,;ão. de células paralelas para várias espessure.s
( 0,425!)
t:,p, = í:,P1200 \ O, 49 + JOOO
Atenuação dB
50
, ...........
4o ,,...__
3e
)V
V "' t--- 2
2o
/ ""' '-
r----... Ci)
/
10 1/
63 250 lK 4K
125 500 2K 8K
Freqüência (Hz)
24r <U.P..1%D,,WZ1:Z'I>]
(i) <ll\il~§'tEQD 48'
® ~}
Figura 8.32: Atenuação de configuração de células não paralelas
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 341
?Oir-,Arte~nTua~ç=õro~{;dB~l:.-,,.---.-~~-
so,i--t-+-+--+--:.,..,.._.:+---+---l---l
50t--t-+-+---Jl--,k-+~---l---l
40,i--t-+--+-J'-f--+-+~~',--'
30t--+---+--++-i-+~...i---l".r-ll'~
201t--+---+t'-7f---Af---l-+---'l,.,,-l-----l
101f--i6'1?"q--+---+--+--+---l---l
63 250 lK 4K 8K
125 500 2K FreqUência (Hz)
8=6"
C=lg"
L=4 812
''
Figura 8.33: Atenuação de células paralelas para vários comprimentos
Diâmetros
o
o
"'
"O
-8
·,;
:;::
.!!'
V)
"'
o::
2 3 5 7 10 2 3 5 7 10
Densidade Ib/ft 3
20160~
5040
___]250
"'..1:: 315
~ 80
2 20
cC
<I
=--L-~___L_____l_ __ .J..__~~_J
2 3 5 10 4 10 5 10 6
Velocidade de Superfície V5 (m/h)
AT = 10/ogS, [ -2 L 3
1rq
1- º']
+ -S--
lªl
onde:
S, é a área de saída
St é a área com revestimento
a, é o coeficiente de absorção do n1aterial do revestimento à
incidência aleatória
q é a distância entre os centros da entrada e da saída ( diagonal)
Torre de Refrigeração
Condensador
-~~~~odor
Encblsuro-
~ \.
mento
Ven,Uodor Cen!rltu90
Filtros e Ressonadores
Acústicos
9.1 Introdução
Os dispositivos reativos para controle de ruído são eficiente11
em baixas freqüências, especialmente para atenuação de ruído de
freqüências discretas (tons puros). As características acústicas
dos silenciadores reativos são determinadas apenas por sua forma
geométrica (sem uso de material de absorção acústica). São proje-
tados de forma a deixar passar um fluido reduzindo fortemente sua
energia sonora. Como exemplo, pode-se citar os silenciadores de
compressores, escapam.entos de motores automotivos de combustão
interna, etc.
O princípio destes silenciadores é baseado na reflexão das on-
das para a fonte, isto é, as ondas, ao passarem pelo silenciador,
encontram uma mudança de impedância acústica para valor muito
grande ou muito pequeno. Então, uma parcela pequena da energia
propaga através do silenciador e a maior parte da energia é reftetida
de volta para a fonte. Esses silenciadores são econômicos com baixa
perda de pressão do ftuido carregado.
Neste capítulo serão apresentados os fundamentos de propagai;:ão
de onda em dutos, os filtros acústicos e os ressonadores colocados
nos dutos para reflexão da energia acústica; além de dois tipos de
dispositivos reativos para atenuac;ão de ruído em ambientes fecha-
dos; o ressonador de Helmholtz e o painel vibrante. Finalmente é
apresentado o princípio de controle de ruído ativo.
357
358 Capítulo 9 FILTROS E RESSONADORES ACÚSTICOS
t --
o
Figura 9.1: Coordenadas para propagação de ondas em dutos
&P - O em y = o y = d (9.2)
&y -
Considerando a solução da equação da onda com variação
harmônica simples no tempo, tem-se:
&2 P &'P 2
&y' + &z' +k P = O (9.4}
onde k =
w/c é o número da onda acústica.
Uma solução separando as variáveis y e z, pode ser esc1·ita na
forma:
P(y,z) = P1(y)P2(z) = A1e"''e"'' (9.5)
Então, substituindo-se 9.5 em 9.4, tem-se:
(9.6)
onde:
À1 e À2 são, em geral, valores complexos
A1 é uma amplitude constante.
A solução não trivial é dada por:
(9.7)
ou
À1 = ±i,jk2 + Ài (9.8)
A= B (9.11)
então:
n=0,1,2,3, .....
(9.13)
360 - - - - Capítulo 9 FILTROS E RESSONADORES ACÚSTICOS
(9.14)
(9.16)
fm,n = (9.18)
onde m e n são números inteiros
Então a freqüência de corte é dada por:
e
!1,0: ~ para a>b (9.19)
Em um duto uniforme de seção transversal circular, a mais baixa
freqüência de corte corresponde à forma de distribuição de pressão
mostrada na figura 9.3 e é dada por (ver capítulo 1 sobre Acústica
de Ambientes Internos, Salas Cilíndricas):
(9.21)
E.r = .ll.ei(wl + b)
(9.22)
As velocidades de volume correspondentes a ~ e E,. são:
!.!., = E.;
pc/S
362 - - - - Capítulo 9 FILTROS E RESSONADORES ACÚSTICOS
[8
Figura 9.3: Distribuição da pressão para a primeira freqüência de corte
Are a s,
~
X=O
ll = _!;,___
pc/S
onde S é a área da seção transversal.
A impedância acústica é então dada por:
Z.0 - pc/S
(9.25)
Z:0 + pc/S
O coeficiente de reflexão de potência sonora no plano de muda.nça
de diâmetro, em .x = O, é dado por:
4Ropc/S
(9.27)
01 = 1 - ªr = (Ro + pc/S)2 + XJ
Estas equações são aplicáveis a um duto que apresenta uma vae
riação na seção transversal de S 1 para S2 (veja figura 9.4). Se o
comprimento de onda for grande comparado ao diâmetro de cada
duto (caso das ondas planas), a impedância acústica da onda trans-
nlitida em x = O será dada por:
L, = pc/S, (9.28)
Aplicando-se as condições de contorno, isto é, a igualdade das
pressões acústicas antes e após a mudança da seção transversal e a
igualdade das velocidades da pa1·tícula em x = O, ou a igualdade das
impedâncias (equação 9.23 e 9.28), tem-se:
364 - - - - Capítulo 9 FILTROS E RESSONADORES ACÚSTICOS
E. Si - S2
(9.29)
à Si+ S2
(Si - S2) 2
<>r 1ª1 2 (9.30)
d (Si + S2) 2
4SiS2
o, == 1 - <>, (9.31)
(Si + S2) 2
As equações 9.29, 9.30 e 9.31 não são aplicáveis caso qualquer
um dos diâmetros de S1 e S2 se aproxime de meio comprimento de
onda. Desta forma, a impedância acústica da onda transmitida não
poderá ser representada por pc/ S2, valor relativo à onda plana.
Finalmente, quando o comprimento de onda é consideravelmente
menor que o diâmetro do duto, o coeficiente de transmissão o,
torna-se:
Ot = f- para onda propagando para direita
<>t =
iôo% para onda propagando para a esquerda
R 1 (2ka) e, 1 e Xi(2ka) e, O
Então:
I1.
;!_
o
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 365
2k 2 a 2 _ 2 2
2k'a' = 81r a (9.34)
"'' ,::: (! + k2 a 2 /2) 2 + (8ka/31r) 2 - À2
pc k 2 a 2
z.. = s(-4- + 0,6ika) (9.35)
e o coeficiente de transmissão será:
pc .11.e-•kt + 11.ei•l
k = s Ae-••t - li e••t (9.37)
8ka
tg(kl) = - ~
ou
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 367
Bka
tg (n,r - ld) == tag(-)
311'
8.1:a
nir - kl (9.43)
3,r
A freqüência de ressonância fundamental correspondente a
n = 1 é dada por:
li = 2(l + 8a/3ir) (9.44)
f = (2n - l)c
4l (9.46)
Área S
V
f' = f + 16 ª
2/':,.f = f + (9.47)
3,r
A correção /':,.f deve ser aplicada para obter o comprimento efe-
tivo. De qualquer forma, em baixas freqüências, são obtidos resul-
tados razoáveis supondo que
/':,.f = Ba/3,r = 0.85a para uma terminação de borda rígida e
/':,.f = O, 6a para uma terminação sem borda
E= pi""• (9.49)
e a força motriz resultante:
F = Spe'"'' (9.50)
A equação diferencial para o deslocamento ç do fluido na gar-
ganta é dada por:
, d2{ pck 2 S2 dç pc 2 S2
pi S dt' + ~dt + ~ç = Spe'"''
A ressonância do ressonador de Hehnholtz ocorrerá quando a
reatância acústica for igual a zero. Então,
woM - K = O (9.51)
"'º
onde
M pR'S
e
pc S 2 2
K =- V
-
Portanto, a freqüência de ressonância não amortecida é dada
por:
(9.52)
V a l J. l !:,.f/a Q
mª m m Hz m
0,002660 0,0190 0,006 192 0,0340 0,74 52
0,001120 0,0155 0,006 256 0,0300 0,78 52
0,000385 0,0095 0,001 320 0,0215 0,76 80
0,000115 0,0075 0,003 576 0,0140 0,74 47
(9.53)
_,P·
,r a~ =S
Pr
X=O
(9.54)
As ondas, refletida e transmitida no duto e transmitida na aber-
tura são:
e.. = 4.•"'
Considerando-se que os diâmetros dos dutos são bem menores
que o comprimento da onda acústica, e aplicando a condição de
continuidade de pressão acústica na junção (z = O), tem-se:
E.,+.f..=E..=E... (9.55)
As velocidades de volume são:
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 373
ll.,
U, + [J_,
E., + E.,.
ou
1 1 1
z_ -+- (9 ..57)
z., b
onde
e
pc
z_, =s
Substituindo Z.. e Z.1 na equação 9.57, pode-se obter a razão entre
a amplitude de pressão da onda refletida e da onda incidente f!_i/ ,1_ 1 ,
como:
fl. 1 -pc/25
f..1 = il + 0,
e .1,/<'l1 e A.,,/ ,i 1 são dadas por:
374 - - - - Capítulo 9 FILTROS E RESSONADORES ACÚSTICOS
(9.58)
onde
LI., , Ri + X?
º' = IAI
-1 = (e;_+
2S + X b2
Rb) 2
(9.59)
Área
(ver figura 9.7), a reatância acústica (ver sec;ão S) pode ser escrita
como:
wl' c2
p(---) (9.61)
81 wV
onde:
i' = l + 1, 7a
Substituindo-se os valores de R, e X, na equação 9.SS, tem-se:
(9.ô~)
º' =
1 +
,,,
45:i(wl 1 /s.- c:S/wV)i
Então, a perda de transmissão em dB é dada por:
1 = 10/og [ 1 + [ ../s;v[F
PT = 10/og(;;;) 28(~ _ ';.") ] 2] (9.63)
ai 50,~--~~~-~-----~
~
·~ 40
-~"' 30~----+-+--l-rlc+-~~-L_+--+-----,
e
o
,=
.,
"O
(9.64)
onde: l' = t + 1,7a para i,t;; À.
O primeiro termo da equação 9.64 é a radiação sonora no orifício
para o meio externo, e o segundo termo é a inertância do fluido
no orificio. O coeficiente de transmissão então pode ser obtido
substituindo a equação 9.64 na 9.59j
o: - (~,)2+(~)2
(9.65)
1- (# + ~)2 + ($)2
A razão entre a resistência acústica e a reatância é:
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 377
70
60
1\
50 ...,
-
~40 ..,,...
(/)
g, 30
20
O 1020304050607080
"'-- ~
Freqüência (Hz)
Direção
de
Fluxo
(9.66)
1 + (,ra2/2Sl'k)2
E a perda de transmissão é dada por:
(9.68)
°'b = 1r(I + (2Sf'k/1ra 2 ) 2]
Quando o, 50%, onde k = ;;;,; o valor de oi, é dado por:
a, = k 2 S/1r «: 1
Portanto, o mecanismo de funcionamento do filtro atua por re-
flexão de energia para a fonte e não por transmissão de energia
acústica para fora da aberturae
601,--,-~--r-i-"T'TT.,----,-r--.-,..-rn-~~~~~
o
,o
.E"'"'
~ 20,f-~+--~~+--~+--~+-~----''1.-~+-~--+-~~-l-____j
~
Q)
-e> l0>-~+-~~1--~+-~+-~~+--~+-_,_c+-~~+-------"
o
'E
& o,~~+-~~~~+-~+-~~~~~~~~~~~
0,001 0,002 0,005 QOl 0,02 0,05 0,1 0,2 0,5 \0
k is/Tra 2
Figura 9.10: Perda de transmissão do orifício lateral
ÍÍi 30
::s -,201--
~ [l
o
'º
.E"'"' 20
"'e:
o
~
"'
-e>
o
~
"'
n. O+n11 0,8+nTT l,6+n11 2,4+nTT 3,2+n11
kA 1
pc
xb = scotg(kl') (9.70)
1 + o, 25tg 2 (kl')
E a perda de transmissão é dada por:
íii 30
~
---1201--
o
'º
V,
-~
E
!!'
o
20 _m_
i=
'" 10
"O
o,L_~""""'r:::_~_JL____,___::1,,.,,_~----1~-----a~
O+n11 0,8+n11 1,6+n11 2,4+nTT 3,2+n11
k.o.'
xb = ws2f
..f!i:_ Rb = O para kf « 1 (9.72)
(9. 73)
"'' = 1 + (S2 kf/2S1 ) 2
Para altas freqüências, onde kl pode ser maior do que a unidade,
o coeficiente de transmissão pode ser calculado de maneira similar
à usada na seção 5.5, equação 34 (ver capítulo 5). Considerando as
ondas incidente e refletida nos três dutos, o resultado será:
4
(9.74)
"'' = 4cos2(kf) + (?, + tJ2sen 2(kf)
(9.75)
onde ln = e/ 4f
382 - - - - Capítulo 9 FILTROS E RESSONADORES ACÚSTICOS
40
íõ 30
~
o
10
"'
-~
e"'
e:
1-
"'
-o
o
~
if
Figura 9.13: Perda de transmissão da câmara de expansão simples
12
'___.),,
S1
~S2
10
Íil
----------=-
E
o
,o
V,
V,
.E
V,
e:
::'
.....
Q)
'O
o
'2 2
Q)
o..
1
B1 = lBml {2(m2 + l)(m + l) 2sen(2k(l, + l,)) - 4(m 2 - 1) 2 sen(21:l,)
-2(m 2 + l)(m- 1) 2 sen(2k(I., - l,))}
m=~
A figura 9.15 mostra a variação de PT com 2kl, para
vários valores de me 1.,/l,. Nota-se que a PT é maior do que no caso
da câmara simples. Uma banda foi introduzida na região de baixas
freqüências causada pelo duto de conexão entre as duas câmaras.
Aumentando o comprimento deste duto (l,) reduz-se a freqüência
de corte inferior (/,) que é dada por:
f, ~ e (9.78)
2rJm1..e, + ~(l, - l,)
A perda de transmissão máxima na terceira banda mostrada
na figura 9.16 aumenta com o aumento do comprimento do duto
de conexão t,. Por outro lado, a largura da banda de atenuação
diminui. Geralmente, usam-se câmaras de expansão em série, com
comprimentos diferentes, para se conseguir atenuação em várias
faixas de freqüência.
SAMIR N. Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 385
PT (dB)
50,~~~~~~~
40 m=50
30 lcile ~ o,o
l 2 3 4 5 1 2 3 4 5 6 l 2 3 4 5 6
2kle 2kle 2kle
123456 123456 l 2 3 4 5 6
2kle 2kle 2kle
.&. i _l_ 1
d
I
- - -,----- -.---·---
1
IA,
~ T , -
(9.79)
onde:
6.P é a diferença de pressão acústica entre os dois lados do orifício
ré a componente resistiva devida à viscosidade (r « wp/d)
Um modelo simples com pressão incidente E.,, pressão refletida
E., e pressão transmitida E., é mostrado na figura 9.16. Os valores
das pressões são:
(9.80)
(9.81)
(9.82)
A condição de contorno de velocidade dê partícula no orifício
fornece:
2
(9.84)
2+Z.S/pc
Então o coeficiente de transmissão é dado por:
ILl.212 4 (9.85)
ª' = LI., = (2 + ~)2 + (!;-)2
Considerando que Sr/ pc <t: 1, a perda de transmissão no orificio
é dada por:
kS
PT= 10/og[l + ( 2d) 2] (9.86)
40
cõ
:g.30
o
'º"'
"'
-~ 20
e:
~
~ 10
o
"O
~ 2 5 10 20 50 100
~$/d
onde:
A 2 = cos(2kf,) - (m - l)sen(2kf,)tg(kl,)
B2 = r.;;{(m2 + l)sen(2kf,)
+(m - l)tg(ke,)[(m 2 + l)cos(2kf,) - (m 2 - 1)1}
m -2'.
- s,
A figura 9.19 mostra a variação da PT com 2kf, para vários
valores de m e f, / f,. Nota-se que a banda de passagem nas baixas
freqüências está presente.
Quando f, = O tem-se câmara de expansão dupla (iteml0.2).
~
s, s, s,
~
Figura 9.18: Câmara de expansão dupla com orifício
PT (dB)
50 50
40 40
30
20
10
o 2 3 4 5 6 2 3 4 5 6
o 2 3 4 5 6
2kle 2kle
2 kle
50
40 m =20,0
30 lclle=0,0
2 3 4 5 6 2 3 4 5 6 2 3 4 5 6
2kle 2kle 2kle
a:_l__
Figura 9.20: Silenciador típico com várias câmaras de expansão
e JS
lo= ,;vw (9.88)
onde:
f=t+ô.t
SAMIR N. Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 3 9 1
1,0
de
eo 0,8
e:
o
(f)
o
,o 0,6
:t
E
<t
...
'O
0,4
...
Painel
...e: Vibrante
~... 0,2
o
(.)
= =
Kinsler usa !:,.l 16a/3,r O, 958v'S para abertura circular flange-
ada em ressonador sem porosidade nas paredes (resultado da massa
adicional de um pistão (ver equação 4.57)), enquanto Junger apre-
senta para aberturas retangulares !:,.i = O, 4v'S.
O fator de qualidade Q é dado por:
Q _ waM (9.89)
- R
onde:
w0 é a freqüência de ressonância
M é a massa do ar vibrante M = pl' S
R é a resistência do sistema
R = pcS(B, + 8 0 ) (9.90)
onde:
B, é a resistência de radiação
Ba é a resistência do atrito viscoso
Em baixas freqüências ka <(: 1 o valor de B, é dado por ( ver
equação 4.61)
(9.91}
º· O,
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 393
Q (9.92)
1,0r----------~--------,
0,9
o~
0,7
o
'8. 0,6
J:
. ,
.
,::, 0,3
io,2
iº·l
u o~__,u..1..._"--_.L__ __.___--'-----'---"--'
O 50 100 150 200 250 300 350
. Freqüência (Hz)
Figura 9.23: Coeficiente de absorção para o bloco da figura 22
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 395
1,0
0,9
,§_ O,
Jo,7
<ro,6
~0,5
~ Of!
"'
iº13
"'
30,20
50 l 00 150 200 250 300
Freqüência (Hz)
Figura 9.24: Coeficiente de absorção de tijolo vermelho vazado
dAL_g
/
ô.F = pc s = -pc2dV
2
V (9.93)
onde:
• é a condensação ( ver capítulo 1)
dV é a variação de volume V
Então, a rigidez por unidade de área da chapa é dada por:
f_J_{I_5-{p _ ~ (9.95)
- 21r V;;. - 21r V-;i;;. - 01m
onde:
m é a massa por unidade de área da chapa [kg/m 2 ]
d é o espaço de ar (m)
f -- ~
..;;;;;.
Então, o princípio de funcionamento dos painéis baseia-se na ex-
citação da membrana ou chapa por ondas sonoras na sua freqüência
de ressonância e a dissipação da energia acústica incidente por amor ..
tecimento interno da chapa. Portanto, é importante que a chapa
vibre no seu primeiro modo de vibração. É possível aumentar a
energia dissipada usando material de absorção no espaço do ar,
aumentando com isto a largura do pico de absorção máximo na
freqüência de ressonância {dada pela equação 9.95). A figura 9.26
mostra valores típicos do coeficiente de absorção para vários va..
lores de espaço de ar. A forma da curva é quase triangular com
pico na freqüência de ressonância e caimento de 0,6 por oitava nas
SAMIR N.Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 397
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 T 1 1
1
o 1,0
Distância d
'º0-
g 0,8 /
/ \. ---- SOmm
.o
~ /1\
\ --- 50mm
., 0,6 9mm
"O
' i\.
~ 0,4 ' I\"·.
-~u ~
'
\ ... )'\. 1
~ 0,2
8
.. ······ - ·- ,._ ·-~..
-...;
-- - ....
1.,-- 1--
i
1
onde:
p é a percentage1n de área aberta
t é a espessura do espaço de ar (mm)
398 - - - - Capítulo 9 FILTROS E RESSONADORES ACÚSTICOS
•
Parede Rígido
Cavidade
Divisores
Materiais de
Absorção Acústica
Figura 9.27: Conjunto de materiais absorventes e ressonador de Helmholtz
1,0 ~--,----,------,---,-------,
o 3mm Espessura de Madeiro Perfurado
'ê- O,SJ----\--'7"-f=-==;;::...,._ 4,Smm Diâmetro do Furo
o A'reo Aberto
ª"'
Ql
0,6f----rl----J'----t---t>.c'------,
u op>--,__-+--,,~-ha-~--,.,__~-,-,.
.l!!
e:
.'!!
~
~
u
250 500 1000 2000 4000
Freqüência (Hz)
º
"'
.D
<(
Ql
u
"·
.,
~
'ü oi
Areo Aberto
----5.5%
- - 11 º/o
--
., -·-16.5%
8 º'~25 250 500 1000 2000 4000
F reqüêncio (Hz)
~nlilocbr
Exaustor ou
Bomba
cn130>-~-.........
.:g_ 1 1
~1- ~1- - -
1
~
120---;--~--\--_-~-i tivo
Alto Falante
~
· · s,aoo,
de Som Sensor
de Som
· ~ _J_~ccipamento __ _
Motor Sistema de
Controle Digital
__ _._
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processing tcclu1iqucs, Ph.D. Thcsis, Univ. of Wissou .• Macli-
son, USA, 1985.
70 70
60
50
2000 4000 4000 6000
Rotação RPM Rotação RPM
80
70
50~~~~~~~~ 5Q'-,~~~~~~~
[13) Kinsler, L.F, Frey A.R, Coppens A.B. and Sanders J.V., Fun-
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J. Noise Control Eng. 18(3), May-June 1982, pp.100-110.
Isolamento de Vibrações e
Choques
10.1 Introdução
Ern rnuitos casos os problernas co1n ruído e vibrações- em
iustalfü,;Ões iudustriais e edificações são devidos à n1ontagem incor-
reta das rnáquinas. Frcqiicnte1nc11tc, tais problen1as são resolvidos,
ou 1ninirnizados por u1na 1nontagen1 adequada co1n isoladores de
vibrações, blocos de inércia e/ou materiais de amortecimento.
Quase sernpre as máquinas são montadas sobre bases metálicas
e, as vezes, sobre pisos leves de madeira ou concreto. Normal-
n1ente, a rnáquina não irradia ruído por si só, principalmente em
baixas fre<tiiências ( ver capítulo 5 sobre Radiação Sonora de Estru·
turas Vibrantes). Entretanto, bases de sustentação, caixas e pisos
f;en<lmn a atuar, 1nuitas vezes, co1no ressonadores acústicos ( como
crn instnnnentos u1usicais) a1nplificando o ruído da máquina. A
trnwHnissão de vibrações pode ser ta1nbém un1 problema pois pode
co1npron1etm· o fuucionmnento de u1n equipatnento, o alinhamento
das uuíquiuas, e o estado dos rolmuentos de outra n1áquina parada
localizada proxin1an1cute.
Isoladores de vibra~ões devida1nente projetados po dern elin1inar
üstcs problenu-1s. Norrnahnente, 111es1110 um baixo grau de isola-
nicnto de vihrnçôes produz tuna significante redução de ruído. En-
ti·etanto, deve-se buscar, na 1nedida do possível, um isola111ento mais
ofotivo pelos n10tivm, expostos nci1ua.
Na 111ai01·ia das vezes as forças excitadoras são provenientes de
408 _ _ _ Capítulo 10 ISOLADORES DE VIBRAÇÕES E CHOQUES
Ím• = ~
21r
!i_
m
[1 - (.f:_
e, )']
onde Cc é o coeficiente de amortecimento crítico dado por:
c, = 2VmR
Em geral, C/C, <t:: l. Assim, na maioria dos casos, a freqüência
natural pode ser dada por:
J,..
1
=;-2
;r
;g,
-
1n
(10.1)
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 411
\
Figura 10.4: Máquina montada sobre isoladores
A l
(10.3)
Fm/1( = v'(l - (///m) 2 ) 2 + 4(1/fm)'(C/C,)'
A razão A/(Fm/K) é conhecida como fator dinâmico de ampli-
ficação F DA. Isto porque Fm/ /{ representa o deslocamento da massa
se uma força estática Fm lhe for aplicada. A razão CJC~ que apa:
rece na equação 10.2 é conhecida por razão de amortecimento 6 e
H2 _ _ _ Capítulo 10 ISOL.4DORES DE VIBRAÇÕES E CHOQUES
ry = (1 - TF)l00% {10.4)
Assim, no exemplo acima a eficiência do isolador é de 97,5%.
Pode-se ainda usar isoladores menos rígidos, fazendo com que
a freqüência de ressonância seja mais baixa, com o propósito de
reduzir ainda mais a força transmitida. Entretanto, a deflexão da
máquina será maior~ o que poderá interferir na operação; isto
restringe a resiliência do isolador. A deflexão estática d produzida
no isolador, pela massa m, é dada por d= mg/I<. Viu-se anteri-
ormente que a freqüência natural está relacionada com K e m por
Ím = -/.,/K!m,
Assim, pode-se buscar a relação entre d e fm
d= _9_ (10.5)
4,.2 !;.
onde 9 é a aceleração da gravidade.
h = 0,05
0,1
u.
f-
w
o
c3
::J
~ 0,1'--------1------"-_,,_,_ __,,
(/)
;E
~
g
o
.S!
E
<O
e
o
o
10
0-
0
()
~
ci. 0,1
E
<(
1/ = (1-TF)xlOO (10.6)
1 - (f/fm) 2
A eficiência 1/ está plotada na figura 10. 7 em função da rotação
RP M e deflexão estática d. Alguns resultados de deflexão estática
são apresentados na tabela 10.1.
3001~-+-+--H--r--"?"-.c--r-+-f'f.<cf-l-f'-.s~'M"..._+r"!,&1
200f----+-+-J+---+-++--f'>j..±-H+tf'",-;::A-,~H3''!,j;j
150f----+-+-J+---+-++--+-+B>l-ltf--+-PN!c-f'Mcfltl
lOOL--__L-..L.L.L_L_l__L__LLJ.j...J..U.i...:,,J_LL.L~LLll>
0,001 0,005 op1 9,05 o,50 1,00
DEFLEXÃO ESTATICA, d (pol)
Figura 10.7: Eficiência do isolamento em sistema com montagem flexível
onde:
[M], (CJ e [KJ são as matrizes de massa, amortecimento e rigidez
generalizada, respectivamente.
jj,, JJ e µ são vetores representando aceleração, velocidade e des-
loca1nento, respectivamente, das coordenadas generalizadas.
F é o vetor das forças generalizadas aplicadas.
vertical
Tran,missibilidode de
Forço Total
0,05
-H---~>--------1--1----Y
- - - F-o-- - - c--
(10.10)
onde:
J ::; M r2é o momento de inércia de massa do sistema em relação
ao eixo y que passa pelo seu centro de gravidade.
k,: e ky são as rigidez dos isoladores nas direções x e y respec~
tivamente.
a e b são as distâncias horizontal e vertical do isolador até o
centro de gravidade.
A equação 10.8 do movimento na direção y depende apenas de
y; portanto o sistema é desacoplado nesta direção e a freqüência
natural do movimento na direção y é dada por:
[
2k,-Mw 2
-2bk, 2a 2 ky
-2bb,
+ 2b 3 k~ - Jw 2
l( X )
O
_
-
( 0 )
O
(!O.li)
onde:
,.- =
M
/,
ky
t
Tkx
io
' "·
3
I
i
422 - - - Capítulo 10 ISOLADORES DE VIBRAÇÕES E CHOQUES
RPM
oo 00g= 8 ºg 8~ 8_25
ºº= 88 o .gs&
- '\.
C\J ºº
.-N~C\J1il ,;;:-LO
li 1
~
Ili
2 a)~
""'
Q
I'\. ':s- 1
1 1
100o
'
Ê
"
"\.. 1'.
-3-10 o
o
'~~~ ~
s1 f'.c-'es: ~ R-1. ~
~~ ' "
Q_
"'o
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(.) o
"' " "'
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~
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z
w
::.
-%
~1;. /
"
!"\.." *
ó>,o
"'9
(.)
u~º ro
"'wo ~<- -::o
' .,~o
=~ ~~
0,1
1 1 1111 ~ /o
q
ht
5 10 20 30 eO 100 500 IK Hz
Fundação R1gido
_ __j
Fundação Flex,~el
1
10 100
tlfm
1~0,~--~--~----,
tlfm
Figura 10.17: Curva típica de transmissibilidade com ressonància interna
( 1) Isoladores metálicos
Existem vários tipos de isoladores metálicos. tais como:
- molas helicoidais (ver figura 10.21)
- molas laminadas
- cabos de aço e
- isoladores de mola helicoidal com malha metálica
O tipo mais comum. o de mola helicoidal metálica. é usado para
1náquinas pesadas, podendo suportar grandes deffexões. (ple af'.on-
tecem em baixas freqüências. Deve-se ainda ter cuidado com ,·nrtos
circuitos mecânicos como o mostrado na figura 10.22. Assim evica-
se que fluxos de energia vibratória se trans1nitam diretamente <lt:'
um meio a outro sem se propagar através da mola (isoladurJ.
Superf 1'cie de
Fricção
Curto Circuito
l
Mecânico
Comi:,-essão Mola
1'-~-"'2..JI
fn =.!....f;Ag
21rVV
onde:
')'éa constante do gás,')'= 1,4 para o ar
A é a área da seção transversal do pistão sustendador da massa
g é a aceleração da gravidade
V é o volume de ar
oudc:
F,1 é a força efetiva chi cxcitaçc\o de choque
F 1,,, é a for<;a máxima transmitida
436 _ _ _ Capitulo 10 ISOLADORES DE VIBRAÇÕES E CHOQUES
r 2: IOT
Forço de Choque
Regioo de Isolamento
o ,TIIJ
1 2
.I
1:
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Freqüência Natura! X Intervalo de Choque
11.1 Introdução
439
440 Capítulo 11 RUÍDO DAS MÁQUINAS
11.2.2 Tipos
Do ponto de vista de direção do fluxo, existem dois tipos princi-
pais de rotores usados na indústria: os de fluxo axial e os de fluxo
centrífugo.
Sistema Hélice
É usado como exaustor em telhados, sem a utilização de dutos, e
gera baixa pressão e alto fluxo de ar (ver figura 11.4).
Pás Airfoil :
São usadas cm ventilação com grande volume de ar; p01· exemplo,
em sistemas de aquecimento e de ar con<lidonado (ver figura 11.8).
Pás Radiais:
São usadas para serviços severos, como nos casos dei movin1cntaçãu
de areia, cavacos de madeira e corte de papel; normalmcutc tem de
6 a 12 pás (ver figura 11.10).
Motor
Fluxo ----..__
Pás fixos
Fluxo
• Pás rotativos
Fluxo
~:::::
Figma 11.:l: Botor Luho axial
SAMIR N.Y. GERGES - - - - - - - - - - - - - - 443
/'
,,,--:,!'
..
~~·
• 1
1
~
'!'
-
Figura 11.G: Rotor com pás curvadas para a frente
Figura 11.7: Rotor com pás curvadas para trás ou retas inclinadas
SAMIR N.Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 445
de posSOQem
(11.2)
(113)
onde:
Q é a velocidade de fluxo de volume (vazão)
PT é a press.ão total
W é a potência
NWS é o nível de potência souora
d ó o diâmetro do rnt.or
N é a velocidadC' <le rotação (rpm)
a e b são os pontos da curva de desempenho do rotor
448 - - - - - - - - - - C a p í t u l o 11 RUÍDO DAS MÁQUINAS
NWS
1,2 lOdB
ô 1p
HP
o..
~ 0,8 25
o 20
•<t 0,6
"'"'w 0,4
15 3t
10 ~
a:
o.. 10
0,2 5
o o
VAZÃO (cf/min)
Figura 11.12: Característica tfpica de um rotor centrífugo
pressão total (PT), pressão estática (PS), potência (HP), eficiência
total (ET), eficiência estática (ES) e nível de potência sonora
(NWS)
NWS
i 10 dB
o HP
o..
"' 5
...
o
V,
4
3~
~ 2~
o..
1
o 4 6 8 10 12 14 16
o
VAZÃO(cf/min)
Figura 11.13: Característica típica de um rotor axial
pressão total (PT), pressão estática (PS), potência (HP), eficiência
total (ET), eficiência estática (ES) e nível de potência sonora
(NWS)
onde:
R é o fatol' para cada banda de 1/1 oitava dado na tabela 11.1
P, é a pressão estática (mm água)
KW é a potência do motor (kilowatts)
Q é a v"elocidade de fluxo de volume (m3 /h)
Ruído Magnético
O ruído magnético é originado priucipalmcnte pelas forças
magnéticas que atuam no estator e no rotor, através do espaço de
ar, dependendo do projeto do motor, sendo uma função da densi·
dade do fluxo magnético, do núme1·0 e forma dos polos, do mímero
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 451
Incorreto Correto
Incorreto Correto
Incorreto
Incorreto Correto
Incorreto Correto
~ ....._____.-
~
~- ~-
--.-------.--
Incorreto Correto
~- p-
Incorreto Correto
L~- LP
l diametro 5 diametros
Ruído Mecânico
As principais fontes de ruído mecânico são:
1 - Desbalanceamento do rotor
2 - Mancais e rolamentos
3 - Fricção das escovas nos anéis de escorregamento
4 - Fricção acidental de componentes dos estatores e rotores
5 - Ruído devido a componente solto
As fontes 4 e 5 indicam que o motor precisa de reparos e revisão.
Ruído Aerodinâmico
É criado por vórtices e fluxo turbulento do ar de refrigeração,
que são produzidos pelas pás do rotor cm movimento relativo aos
elementos estacionários. Consequentemente a potência sonora de-
pende da velocidade de rotação.
onde:
,V é a velocidade de 1·otação cm rpm
li P é a potência cm HP
A' é uma constante que depende de cada banda de 1/1 oitava,
sendo dada na tabela 11.3
A Associação Nacional de Fabricantes de Equipamentos Elétricos
dos EUA (N alional Electrical M anuf acl urers Associalion - N E/1. ! ;1)
1
Freqüências
das bandas de 31,5 63 125 250 500 lK 2K 4K SK
1/1 oitava [Hz)
Valor de K 13 15 16 16 14 7 O
f (11.12)
onde:
456 - - - - - - - - - - Capítulo 11 RUÍDO DAS MÁQUINAS
Tabela 11.5: Atenuação em dB, alta (A), média (M) ~ baixa (B)
ln.ter- Nível
Potência seçã.o mínimo
Modelo Tipo [,pm) [HP) m b com acima. da
1 HP interseção
[dB(A)l [dB(A))
3600 3 a 250 1,35 13,5 67,0 76
60Hz,3fase
aberto 1800 2 a 200 1,25 12,5 63,0 70
60Hz,3fa.se
1200 1 a 125 1,30 13,0 63,5 65
60Hz,3fase
900 3/4 a 100 1,20 12,0 62,0 67
60Hz,3fase
3600 2 a 250 0,90 9,0 84,0 86
60Hz,3fase
2 a 200 1,80 18,0 61,0 70
60Hz,3fase TEFC 1800
1 a 125 1,80 18,0 57,5 64
60Hz,3fase 1200
900 3/4 a 100 1,40 14,0 65,0 68
60Hz,3fase
l a 200 1,40 14,0 74,5 81
DC 2500
1 a 200 1,50 15,0 65,0 72
DC aberto 1750
1 a 200 1,60 16,0 57,0 63
DC 1150
1,35 13,S 57,0 60
DC 850 l a 40
onde:
P1 é a pressão na entrada,
P2 é a pressão na saída 1
é a razão calorífica do gás.
O, l3V
!o -d- (11.14)
SAMIR N. Y. GERGES - - - - - - - - - - - - - 459
A B D
-20
-30
-40
-50 L-------:-:----,';,---w
0,01 0,1 1,0 fito 10
Tipo de v<í..lvula A B
Globo 90 10.0
Gaveta 100 15,6
Diafragma 101 19.i
Esfera 105 12,8
~gulha 91,5 13.1
Entrado
Palhetas
Rotor
Saído
Entrado
i.:
NWS = 20/og(HP) + 81 + 50/og(soo) (11.16)
onde:
NW S é a potência sonora total na saída do duto (ref. 10- 12W)
U é a velocidade das extremidades das pás (em pé/seg), dada
por:
i; = (RPM)(,·afodapá) (!Ili)
60
A equação 11.16 111ostra que o nível de potência sonora aumenta
de 15 dB com a duplicação da velocidade.
464 - - - - - - - - - - C a p í t u l o 11 RUÍDO DAS MÁQUINAS
Equoçllo 11. 16
4dB
1i5
s
Freqüência (Hz)
/o 2 BRPM (!1.19)
60
SAMIR N. Y. GERGES
·-----------465
onde:
B é o número de pás
RP M é a velocidade de rotação
Na freqüência /o (Hz) o nível de potência sonora é dado por:
!/ (11.22)
1• = 400
e) Para as bandas de 37,5 Hz a 75 Hz, o nível de potência sonora
é dado por:
onde:
K, é um fator dependente da freqüência (ver tabela 11.9)
C 1 é um termo de correção que será desc1·ito a seguir.
onde:
I< e é um fator de ajustamento que engloba: a freqüência de
rotai;ão do compressor da turbina Rr, as freqüências de passagem
das pás B,. e os harmônicos e sub-harmônicos destas. Para cada
uma das freqüências calculadas (usando equações 11.28 e 11.29 e
tabela 11.10), os valores adequados de /\.'! são somados nas bandas
de oitava nas quais se situam estas freqüências.
A freqüência de rotação do compressor da turbina é:
(Hz) (11.28)
A freqüência de passagem das pás é dada por:
B _ (RPM)(n)
' - 60 (11.29)
Harmônica K,
(Hz) (dB)
0,25 R, 1
0,50 Rr 2
1,0 R, 3
2,0 R, 2
0,125 B, 3
0,25 Br 6
0,5 Br 12
1,0 Br 18
2,0 B, 15
4,0 B, 12
(11.30)
onde
lo é o comprimento do duto
D é a menor dimensão da sua seção transversal.
Nos planos de entrada e saída do duto C 1 = C-i = O.
(Pa) (1139)
onde
( Watts) ( 11.40)
1----- 2R -----1
Figura 1L25: Torre de refrigeração de convecção natural
i EXCITAÇÃO DE RUÍDO
- FONTES PRIMARIAS
DE RADIAÇÃO
---FONTES SECUNDÁRIAS
DE RADIAÇÃO
90
Cargo, 180
Específica
(kQ/cm) 90
"'.,,::;;
w
<(
o:: BO
o
z
o
."'"'~
"'wo::
ll.
w
Cl
...J
w
-~
z
60 2000 4000
500 1000
VELOCOADE EM RPM
CD Torque
"O
Transmitido
::;; (kg m)
w
"oa:
2
o
(/)
o ao,f------+-----=--~t------..----7""-t--------1
'"w
(/)
(/)
a:
a.
w
o
_J
w
2'.
2 75c__ _ _ _ _--1._ _ _ _ _ ____c__ _ _ _ _ __,___~
o 10 15
ERRO DE ALINHAMENTO DE DENTE
( )Jm /100 mm)
•~ 30~-----------~
"'"'w
lE 25
w
o
...J
w
.2: 15 \
z
::._ ', \
W ID 10 ',\
« 3
<> '~
' ,_
z <l '\
~ 25 5
wz
"- o
i5 "' ºo 10 20 30 40
ÂNGULO HÉLICE
12
o
~
(/)
w 10
a:
o..
w 8
a
...J
w
> 6
z
~ m4 1---1----1---~-;."'°".::.-+----1
.,3
~ ~ 2 >--+---;-~-+---+------<r-------<
a: o
wz
~ ril 0o 1000 2000 3000
VELOCOADE DE ROTAÇÃO (r.p.m.)
~ 12,---~-.---,--.----,-~---
! 10t--t---i-+--+-~:::-;;..::.~~
·[~ 8,-----t----t--t~,.-<--t---+--+~
~ 6,----t----t--+-j~l--,.+----+----J
·z~ 4r----i---t---+--,,,<f---t--+-~--
~
i2~ o,f--~~~"----=""----'-~L,---'---~oo
15
1,7 1,6 1,4 1,25
RAZAo DE CONTATO
Figura 11.31 Efeito do ângulo de pressão
o 2 1 1
""!R
~
a.
10
• r::_·=
.
~ 8
..J
UJ
-~ 6
~
z "
~ •
• "'-..
K ,..._
• .. I/'
•
LY.
10 20 40
DISTÂNCIA d-microns
Figura ll.32: Efeito da modificação do perfil dos dentes
478 - - - - - - - - - - Capítulo 11 RUÍDO DAS MÁQUINAS
, . . . , . 00
da Caixa
'"'º~ !
.2
~ 2 3 4 5
Freqüênc,a (kHz)
Carcaça de
Engrenagem
Engrenagens
j A
IJ')
~
80
Curvo erro(uml AGMAclosse
A 51 6
B 41 7
c G 12
10~--------------
75 100 125 150 175
CARGA ESPECÍFICA DE DENTE (kg/cm)
Nível de
Vibração dB
70 Freqüência de 2Fe
Engreromento
60 Fe
50 Bandos
Laterais
2, 10 3 FreqoÔn:i:> ~)
~HwlllW/ .~ ÀtvAAAILw
l'VV vwv vvv~ v, vvvv •.• ylj<r • • ri' V V.•.
,,ÁtAht,
(c) • Dente com Defeito
,------
150.----------------~
ai 140
s
e 13 --
g
(j, 120
1~
------
llO - - - - - -
,-.,...------
~ 100
a.. ---
-8 90 ---
j so~---~---~---~---~
z 10 100 1000 10000 100.000
Potência Transmitida {HP)
Figura 11.40: Variação do ruído com classificação de qualidade (AGMA)
N
li = 60 (Hz) (11.42)
!, = Í!.(1-~cos<f,) (11.43)
2 p
3. Contato das esferas, relativo ao anel interno
/,
f3 = 2 N (
, d
l+;;cos<f,)
. (ll44)
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 4g5
ÂNGULO DE
TATO 0
Í< = N, !, (11.15)
onde:
.\· é a rotação do eixo em RPM
.\',, é o número de esferas
d é o diâmetro da esfera
é o diâmetro primitivo ( de passo)
o é o ângulo de contato
Geralmente as vibrações cm baixas freqüências mascaram os pi-
cos das freqüências características calculadas pelas equações 11.42
a 11.46. Portanto, outras técnicas devem ser usadas para detecção
e identificação dos defeitos dos rolamentos, como por exemplo a
técnica de envelope [1 7],
85
~
N
Ô 80
w
o:
!
(f)
CL
z 75
L-41-'--LL'.L-
1
pl'.LLl...1-1 ...l'.LLL.._J'.l1LL
1 1
lilJ
Mancais Auto-Lubrificantes
Estes mancais possuem lubrificante contido na estrutura porosa da
bucha. Quando o eixo está em rotação, o óleo passa para fora
das estruturas porosas. Na temperatura de operação normal, es-
tes mancais apresentam níveis de ruído baixos como acontece nos
mancais hidrodinâmicos. Mas em temperaturas baixas, onde a vis-
cosidade do óleo aumenta, não há lubrificante suficiente e, portanto,
o contato metal com metal gera níveis de ruído mais altos.
Rolamentos Especiais
São usados em maquinário de precisão. São muito silenciosos, sendo
lubrificados com graxa que eles mesmos circulam nas pistas (ver
figura 11.43). São, por exemplo, usados em motores pequenos de
computadores.
Semi-Esfera
Estocioncirio
e irculoçõo
de Graxo
Eixo
Eixo
Protetores Auditivos
12.1 Introdução
Quando as técnicas de controle de ruído não são disponíveis de
imediato, ou aM que ações sejam tomadas para redução do ruído
até o limite permitido, o protetor auditivo de uso individual se apre-
senta como um dos métodos mais comuns e práticos para reduzir
a dose do ruído. Este tipo de solução não deve ser considerado
como definitivo, devido às características intrínsecas dos proteto-
res, tais como: pouco conforto, dificuldade de comunicação verbal,
etc .... Neste capitulo serão discutidos, de modo informativo, os me-
canismos pelos quais os protetores auditivos atuam na atenuação
de ruído e os possíveis caminhos de vazamento. São apresentados
os tipos de protetores e as técnicas de ensaio de atenuação, bem
como os possíveis problemas que podem ser encontrados em sua
utilização.
493
194 _ Capítulo 12 PROTETORES AUDITNOS
Transmissõo Através
dos Ossos e Tecidos
o Vibração dos
'º Protetores
~40 Tipo
~ 50
<!
Concho
Tampões
Protetores Tipo Concho
~ ~ ~
IJ
Pré - Moldado
c:J
Moldável
~ Protetor
Copa:ete com ~ Capacetes com
1
1
Ac~lodo Protetor Embutido
º@
1
1
Mc:iocaro de S o l d a ~
com Protetor Acoplado
Coberfo
Cavidode~xterior
Orificio
Cavidade
Coberta
Apêndice-
.A+s:c::eo
C~ O dB
! /\ i/ Som lnvertilo
8 'rV'J \.jl Geração
A ~ ; Som C~cdo
i
1
V: 1
120
Níveis no Cabina de Avião
a Jota (sem protetor)
110
ÍD
3
o 100
5
e:
o
(/)
90
·~
o
ct 80
"
-o
70
-~"
z
31,5 63 125 250 500 lk 2k 4k 8k
Freqüência (Hz)
Figura 12.8: Níveis de pressão sonora na cabina de avião jato sem protetor,
com protetor típico e com protetor ativo
504 - - - - - - - - - Capítulo 12 PROTETORES AUDITIVOS
o
10
j20
o 30
'8.
! 40
<i 5
Freqüência (Hz)
6i(}f-~~-~-·~-~-~-~-,-
63 125 250 500 lK 2K 4K BK
onde:
dB(A) é o nível total que atinge o sistema auditivo do usuário
dB(C) é o nível total do ambiente
N RR é obtido de acordo com a tabela 12.2, que considera a
situação ideal de colocação e tempo de uso do protetor de 100% da
jc,rnada.
.. ....
de um ruido roaa,
100 dB por banda
(b) At. média
(e) 2a*
(d) Nivela em dB(A)
com o uso do
protetor auditivo
d=a-b+c
(e) Nível global, com protetor, em dB{A) = soma dos níveis do (d)
(f) NRR - 107 19••• - (nfvel global calculado em e) - 3,o• .. • dB
• Média aritmética dos dados de 3150 Hz e 4000 Hz
•• Média aritmética dos dados de 6300 Hz e 8000 Hz
••• Nível global, em dB(C), do ruído rosa de 100 dB/banda
•••• Fator de segurança para evitar superestjmação da proteção .
• dois desvios padrão
.
do protetor auditivo para as freqüências definidas de acordo com a
norma .
-
crofone e pré-amplificador deve ser feita sob pressão para dimU.u,it'
510 - - - - - - - - - Capítulo 12 PROTETORES AUDITIVOS
rR
77,0mm ,
' \ 3,0 in i PÉLE
\ DEV MIN / ARTIFICIAL
í\ iL-,/ 1
;,-yJ\
1
J !
J
I
E 98,0mm T
~ 3,9i\n:,i:_
f
450 I 156,0mm
L _J31,!5mm
5,2in .
- j__ -
- 1
_____ -$-- _ -tlin
1
23,8m m
1 0,94in
78,0mm
,
\.!__
o.~-::t- 3,lin
/\.._ 1
c:==~~~~s-:.::J __ _j 5 \_centro de
1 2,0,n .
,_ Toferancias 2,0mm Microfone
- As linhas tracejados
sóo supefícies nõo
especificados
Figura 12.10: Cabeça artificial (norma ANSI S3.19)
Tabela 12.5: ANSI S3.19 e ISO 4869-3 para o método objetivo fver EAR lo
512 - - - - - - - - - Capítulo 12 PROTETORES AUDITIVOS
Ponteiro
~
Pivot
------e~ ----
Figura 12.11: Aparelho da força de contato (ver norma ANSI S3.19)
a:
a:
z
'--Plug de Espuma
O e--+-,,-_,--+-----1:=- ~= g~~cº;~
-·-Plug Pré-moldado (V-51R)
t ivo semi-Aural
4 5 6 7 8
NUmero do Laboratório de Teste
o
·-
-
--- ..._ ...---_ ~ 1./
·- ,, .. ,,
30 ' ··i, .... i..
4'
50
125 250 500 lK 2K 4K BK
Freqüência em Hz N! DE
IM)IVIOUOS
- -- Dados dos Fabricantes 10
---- - NAL • National Acoustic Labotatory HI
-- Oad05 de Campo (NIOSH) 84
t Dados de Compo (Podillo) 183
o
10 i-_
20
30
r-
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4
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10
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2,
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30
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~
Freqüência em Hz N2 DE
INDIVÍDUOS
- - - Dados dos Fabricantes 10
----- NAL - National l\coustic Laboratory 15
- - Dados de Campo (Regan) 5
o
-
o - -r::: ~
o -- -- --~ v:".....
·-
,v
Figura 12.14: Atenuação média dos protetores tipo concha e tampão de es~
puma
SAMIR N.Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 517
ºn=:::i:::~=F=:-::.::~::r;n
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o"'gãi
·2 a::: s 20,1-+-+-·-t-+--.-++--+--I--<
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""
~~ 20t::;t::::::;::t=:=:l;:;::::lt:::±:í:í::±íj
125 250 500 1K 2K 4K 8K
Freqüência em Hz
Dados dos Fabricantes
NAL - National Acoustic Laboratory
Dados de Campo (Regan)
Laboratório de Acústica da Divisão
EAR 1 Dados de Campo, Estimativa.
o
~ g ~ 2D-+-...C,---t--+-+-!-+-+-H
•e a:
~ 3<>-+---"----~-1-+-+-+--,
~.g
.Q
> e
~
~ã
Freqüência em Hz
Dados dos Fabricantes
NAL - Notionol Acoustic Loborotory
Dados de Campo ( NIOSH)
Dados de Campo (Podilha)
GRUPO A.
Testado 8 Mir>Jtos Depois
da Exposição
N =9 para cada Dispositivo.
·-Plug V-51 R
[J -Plug de Espuma
-r-T~
1 ~ -Grwo A
6
-+--!
. ·-
••• i
••
~·
'-·
1
g
- 0,5
ri
2
• ...
Freqüência, kHz
3 4 5
1
GRUPO B:
Testado 12 Minutos Depois do
Exposição
N=l6 (3 Flonges)e N= 15 (Plug
de Espumo).
• - Plug com 3 F longes
D - Plug de Espumo
~ Grupo B
.2
E -5
:J ,g -~
.g
o<!~
~m=o . ...,
<> -~
1 .
<> o l LJ--LJ-- LJ- f-- J-
~"
, 3
:;e 0,5123456
Freqüência, kHz
(2) com volume de concha < 120 cm3 com almofada de líquido;
(3.) com volume de concha 335 cm3 com almofada de espwna;
(4) concha para pesquisa (feita de chumbo) com 3 kg de peso.
= 10 log [10• +2 10
10]
L,, = 97 dB(A)
100 - 97 = 3 dB(A).
SAMIR N. Y. G E R G E S - - - - - - - - - - - - - - 521
l!.TD. ÍÉV 10
o
h.
m
@2: 20"
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~
6C
0,12!5 0.5 2,0 4P BP
Freqi.ilncio (kHz)
tfflH
- - PluQ de Espumo 17
.........• Concho 1 21
----- PluQ de Espumo + C<n:ho 1 29
- - Condicõo Aosseo 35
o o
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·,/' ~
0,125 ~ 2p 4P BP
Freqülncio (kHz)
-Concho 2 !!!B
21
- - PtuQ de Flbro + Concha 2
·········· • PIUQ Pre'-fflOkildo + Concho 2
25
----- PIUQ de Elluno , Pllrclal + Qincho 2
29
30
- · -·- f'lu9 de Esp.,mo , PlldrOo + Concho 2 32
···- f'lu9 de EsPUmo ,oo Fundo+Concho2 35
Figura 12.19: Atenuação e desvio padrão da combinação de dois protetores
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 523
30
25
520
~ 15
•[ TO 10 dB {A) dtl F'lollç6o
ê 5 <ll {A) dl F'rof9çÕC>
<l"' 5
50 75 90 95 97,5 99,9
PorcontoQOm do Tempo de Uso
12.9.1 Higiene
A maioria dos problemas de higiene está associada com o uso
dos tampões que podem provocar infecções ou doenças no ouvido.
Tampões devem ser sempre guardados limpos e devem ser colocados
com as mãos limpas, livre de produtos quimices, óleo, graxa, etc,
Os tampões do tipo pré-moldado, incluindo seu estojo de transporte
e guarda, devem ser esterilizados no mínimo uma vez por semana,
Esta esterilização é feita fervendo por quinze minutos em água,
estojo e tampões.
Em certos ambientes de trabalho, os protetores do tipo concha
podelJl causar uma certa transpiração que pode ser reduzida usando
524 - - - - - - - - - Capítulo 12 PROTETORES AUDITIVOS
12.9.2 Desconforto
O desconforto surge como decorrência da firmeza com que os
protetores devem ser colocados; afinal o protetor é, na realidade,
um elemento estranho ao corpo, mas com o tempo as pessoas
acostumam-se a usá-los. Os tampões de espwna expandida são me-
nos desconfortáveis. Os protetores tipo concha e os tampões mol-
dados são razoavelmente confortáveis, embora as alças de fixação
causem um certo desconforto.
12.9.6 Segurança
Todos protetores auditivos devem ser projetados de modo a mi-
nimizar os possíveis riscos de lesões a seus usuários. Portanto não
devem possuir c,;,mponentes ponteagudos ou serem fabricados com
material granulado que pode se despreender e contaminar o ou-
vido. Quando protetores tipo concha e capacetes forem utilizados
conjuntamente, ambos devem ser constrWdos de modo que cada um
atenda a seus objetivos sem que haja interferência de um sobre o
outro.
Uma das vantagens dos protetores tipo concha, em relação aos
tampões, é a facilidade na fiscalização de seu uso, pois, as conchas
coloridas são facilmente visua]izadas a longa distância.
12.10 Custos
No custo da implantação de protetores auditivos, como solução
para conservação de audição, devem ser incluidos os seguintes
parâmetros:
1- Custo dos protetores
2- Custo de manutenção ou reposição dos protetores
3- Custos administrativos (pedidos de compra, exames au-
diométricos, etc)
4- Custo de conscientização e educação (filmes, palestras, trei-
namentos, etc)
Quando um levantamento destes custos é feito para um deter-
minado período (por exen1plo, dois anos), o montante deverá ser
comparado com o investimento para a implantação de outros tipos
de soluções para a redução do ruído.
Engenharia de Controle de
Ruído
13.1 Introdução
O técnico responsável pelo projeto de controle de ruído necessita
sólidos conhecimentos em acústica aplicada (ver capítulos 1 e 4 a 9),
sobre fontes de ruído em máquinas e equipamentos (ver capítulo 11)
e sobre Controle e Isolamento de Vibrações e Choques (ver capítulo
10). Além disso, ele deve ter bom conhecimento em instrumentação
para medição e análise de ruído e vibração (ver capítulo 3). De
preferência o mesmo técnico responsável pelo controle de ruído, que
orienta o pessoal de medição, faz também a análise e processamento
dos dados medidos. O grupo responsável pelo controle de ruído deve
receber todo apoio e cooperação dos outros setores de manutenção,
operação, engenharia de projeto e pessoal de administração.
Oslfundamentos de acústica aplicada e controle de ruído estão já
bem desenvolvidos e os princípios das soluções dos casos típicos são
conhecidos. Entretanto, soluções de cada caso específico necessitam
não só conhecimento na área de controle de ruído mas também in-
formações completas sobre funcionamento, operação e manutenção
das máquinas e processos industriais.
Um programa de conservação da audição e/ou controle de ruído,
pode ser elaborado conforme os passos mostrados no capítulo 2. A
identificação e a quantificação das fontes de ruído em uma certa
área, podem ser feitas a partir do mapa dos níveis de ruído da
área, medidos em dB(A), e da medição dos espectros dos níveis
529
530 - - - - Capítulo 13 ENGENHARIA DE CONTROLE DE RUÍDO
receptor (ver figura 13.3), apesar dessas soluções poderem ser mais
caras do que as despesas de pagamentos extras, custo de protetores
e sua implantação ... etc.
NWS d3
110
95
~
o
li
90 ,,o o ,,e
õ ·f ~
E ~..J j -~ ~
~ ~ UJ u
o
a,
85
© © @ @ @ @ © @ (!)
(2) Uso de protetoresi auditivos até que ações sejam tomadas para
redução do ruído (o uso de protetores auditivoa não deve ser
considerado como solução permanente do problema).
Capítulo 13 ENGENHARIA DE CONTROLE DE RUÍDO
532----
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Equí\Íbrio
w
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t '---------------~
ATENUAÇÃO (dB)
(3) Uso de indivíduos surdos nas áreas com alto nível de ruído.
1 -Silenciador do Ventilador
2-Compressor de Ar
3-E ncrousuramentos
4
NPSrev ;;;; NWS + IOlog R, (13.1)
onde:
NWS é o nível de potência sonora da fonte em dB (ref. 10- 12
Watts);
R é a constante do enclausuramento, dada por:
(13.2)
(13.3)
(13.10)
onde:
A é a área externa do enclausuramento, que é igual aproxima-
damente à área interna, Se.
Portanto, pode-se calcular o nível de pressão sonora a qualquer
distância f. das paredes do enclausm·amento. Assim,
l ext
NPS0 (13.12)
538 - - - - Capitulo 13 ENGENHARIA DE CONTROLE DE RUÍDO
onde:
(13.17)
1 1
/i,1 = O, 48c,t(;;, + b') (13.18)
Enclousuromento
Compacto
Apoio •P
Flexível
Base Rí~ido
Areo
Vibrante d
Fonte (li,)
~r i+ x-,
2
)
l
Areo Vibrante: da
Parede de Enclau-
suramento (V,)
·A
-
-./ \ B
'
-- X \ _, ,,,..e;
Ondas
E~~cio-
nonas
~-" ei do
'Massa
100 • 1000
Freqüencia Hz
1
1/
Borracho de1
Vedação Parede Dcpkl
de Chapas de
Aço com Materiais
de Absorção
DE ALUMINIO l mm
MANTA DE LÃ DE VIDRO
LENÇOL DE CHUMBO
CAMADA DE FIBROCERÂMICA OU
FIBRA DE VIDRO
."i-··- .. ··.-,.
.. ·. ;·:·
.. ...: ............ · .... '· .
..untas
FieKÍvtil
- Enclausuramentos
- Barreiras
- Silenciadores.
Q: 2•iW, ( 13.21)
:J.T
Gei·almente usa-se AT entre 5 e 20 (ºC). O fornecimento de
Capitulo 13 ENGENHARIA DE CONTROLE DE RUÍDO
550----
Cabeço Eletrornognetico
Cobeço
Piezoele'.trica
Saído
i----.,
''
L '
_ _ _ ...J1 Refrigeração de
Componentes Críticos
AblrlUra dt
Convtcç&
Prntoo
E1tófica
Vazão
Formo Alttos
Formo Espiral
81.5..---.--,-.------.--,-~--.-~-~~~-.-,
ID
"O
§ 71,5
Ventoimo Original
Nível Total 81,6 dB
!
o
51,
o
'º!ll 31
.t., 21,5
"O Ventoinha de Discos
Nível Total- 61,9 dB
] 11,5
z
o.l--~-2~-3~-4~~-6~-7~-e--s~10,.,.-~11:---~12~
Freqüência ( KHz)
554 - - - - Capitulo 13 ENGENHARIA DE CONTROLE DE RUÍDO
onde:
com o Ar Ambiente
Comede Turbulento
Jato
Velocidode
---~-----
&~
~ ·~ s
~ '15 Qj"'
~
NPS (dBl
~
140
~:f(\(2)
(1)
,
,/"
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,
\
\ ,
/ 1 \
100~~~~~-+-~+-~~~-
100 200 ~ "000 2000 Frt~ic (Hz)
~
11
ÍD
:13.
K'2 10
/
/---
/
<( Jato Obstruído /
a::
o 90
~
."'~ 80
""' /
/
/
/
/ '-Jota livre
/
"'8:
w
~
w
o
Gl
·i
63 125 250 500 JCCO 2000 4000 8000
FREQUENCIA EM BANDA DE OITAVA (Hz)
~
DEA~--
Região de
Orificio Mistura
Turbulenta
"·~~~~
Orifício
ENVOLVIMENTO DE AR AO LONGO
DOS CONTORNOS DO BOCAL
30,0
20,0
lOP
0,0-l'--~~--~-.---~--,--,-~-.---~~---'
2 4 6 6 10 12 14 16 16 20 22 24
Freqüência K (Hz)
Figura 13.35: Espectro típico do nível de potência sonora de jat.o
1- vazão mássica M
2- nível de potência sonora e pressão sonora NWS c1n dB(A)
3- força total do jatoj no disco F d e na placa F p·
Computou-se um valor médio para cada parâmetro, na faixa de
pressão de utilização industrial, conforme visto na tabela 13.1.
A fim de extrair-se pa1·âmctros indicativos da influência de fa-
tores na redução de 1·uído ( tais como, tamanho do bocal, área do
oríficio de saída e trajetória do fluxo), todos os bocais ~studados fo-
ram agrupados em função da semelhança de projeto de construção:
l>
-
Figura 13.40: Bocais amplificadores de ar com fluxo central e secundário
30% na vazão mássica, fazendo com que este protótipo, além de ser
utilizado nas operações de limpeza, possa vir a ser utilizado como
ejetor de peças.
Já o bocal 15, construído com base de geometria variável, possui
elevados valores de força e vazão, porém seu nível de potência sonora
é em torno de 93 dB(A). Estas propriedades podem ser comparadas
com as propriedades dos bocais nacionais, excetuando o bocal 15
que devido a sua maior vazão permite trabalhar com pressões de
reservatório inferiores.
Os bocais amplificadores de ar (17, 18 e 19) apresentam c01no
características: baixa força, média vazão e uma redução do nível
de potência sonora de até 20 dB(A), comparativatncutc aos bocais
comerciais nacionais. Este resultado indica que tais bocais, cin espe-
cial o bocal 19, apresentam qualidades para serem empregados em
secagem ou outra atividade industrial, onde a força do jato não ne-
cessite ser excessivamente elevada. Considerando ainda o bocal 19,
pode-se estabelecei· comparações com o bocal 10 (grupo 2), sendo
ambos ejetares com, praticamente, a mesma força de jato. Vcrifica-
se que o bocal 19 possui uma vazão maim· e um nível de potência
sonora menor, isto podendo ser atribuído à inserção de material
dissipador de energia. Deve-se levar em consideração ainda que
os bocais 9 e 10 possuem ;\rca menor e. portanto, deveriam gerar
menores níveis de ruído.
O bocal 21 com múltiplos orifícios, além de ser qualificado tanto
para ejeção quanto para a limpeza de peças, apresenta a maior
vazão mássica entre todos os bo,:ais estudados neste trabalho, pos-
suindo uma força de jato de 1,4 N e um nível de potência sonora
de 81,9 dB(A). Este bocal pode ser considerado, através destas ca-
racterísticas, o melhor protótipo de bocal silencioso.
, = N RPM (13.23)
Jp 60
onde:
N é o número de pás.
RPM é a velocidade de giro do ventilador (rotação por minuto)
ll
Ventilador Original
Sem Ventilador
l
Ventikldor de Discos M'.iltiplOs
Níveis ! 1 Desvio Padrão
Figura 13.41: Espectro do NWS para motor de 15 HP, com e sem ventoinha
SAMIR N. Y. GERGES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 573
NPS (dB)
30·'--~~~~-'-~~~~~~~~~~~~~~~
80 4K BK 12K 16K
Freqüência (Hz)
Figura 13.42: Espectro do NPS de motor de 400 HP, com e sem ventoinha
574 - - - - Capitulo 13 ENGENHARIA DE CONTROLE DE RUÍDO
Silenc iodar
Motor
Freqüência (Hz)
Figura 13.46: NPS de motor de 20 CV, com ventoinha original e de discos
[3] Brüel & Kjaer, Lecture and technical notes, KD-2805, Den-
mark.
Comprimento metro m
Massa kilograma kg
Tempo segundo
Corrente elétrica ampere A
Temperatura Graus Ce)sius ªe
Temperatura kelvin K
Ângulo plano radiano rad
Aceleração m/s 2
Área m'
Volume m'
Pressão Pascal Pa = N/m 2
Densidade kg/m 3
Capacitância elétrica Farad F
Diferença de potencial volt V
Energia Joule J
Força Newton N
Indutância elétrica Henry H
Resistência elétrica Ohm n
Freqüência Hertz Hz
Fluxo magnético Weber Wb
Densidade de fluxo magnético Tesla T
Potência Watt w
Velocidade m/s
Quantidade de eletricidade Coulomb e
Fluxo sonoro ( velocidade de volume) m•/s
Intensidade sonora W/m 2
Impedância acústica rayls N s/m 3
As unidades são muitas vezes ~x~ressas através de múltiplos e
submultiplos.
10-1• ato a
10-1• femto f
10-12 pico p
10-• nano n
10-• micro µ
10- 3 mili m
10° unidade
103 kilo k
106 mega M
10 9 giga G
1012 tera T
1 atmosfera
1 pol. água 1,013 10• Pascal
1 mm/Hg 2,491 10 2 Pascal
1 libra/pé 2 1,333 102 Pascal
1 libra/pol2 4, 78810 1 Pascal
Aceleração da gravidade 6,895 103 Pascal
1 ciclo 9,807 m/s2
1º 360° = 6,283 rad
l Hz 1,745 10- 2 rad
l rpm 6,283 rad/s
1 rps 1,047 10- 1 rad/s
6,283 rad/s
A p ê n d i c e s - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 581
Apêndice II
Propriedade das Substâncias
Sólidos
I Substância E V p e pc
Alumínio 7,1 10 10 0,33 2.700 5.200 / 1,40 10' 1
Bronze 10,4 10 10 0,37 8.500 3.500 2,98 10 7
Tijolo 2,5 10 10 - 1.800 3.700 6,66 10'
Concreto 2,5 10 10 - 2.600 3.100 8,06 10 6
Cobre 12,2 10 10 0,35 8.900 3.500 3,12 10 7
Cortiça 6,2 10 10 - 250 500 1,25 10 5
Duralumínio 7,0 10 10 0,33 2,800 5.000 1,40 10 7
Vidro (duro) 8,7 10 10 - 2.400 6.000 1,44 10 7
Vidro (mole) 6,0 10 10 2.400 5.000 1,20 10 7
Vidro (pirex) 6,2 10 10 0,24 2.300 5.200 1,20 10 7
Granito 9,8 10 10 2.700 6.000 1,62 10 7
Gelo 9,4 109 920 3.200 2,94 10 6
Chumbo 1,7 10 10 0,43 11.300 1.200 1,36 10 7
Magnésio 4,0 10 1 º 0,33 1.700 4.800 8,16 10 6
Níquel 21,0 10 10 0,31 8.800 4.900 4,31 10 7
Carvalho 120 4.000 2,88 10 6
Plástico 3,0 10 9 1.200 1.500 1,80 10 6
Quartzo 1,9 10 10 0,33 2.650 5.450 1,44 10 7
Borracha ( dura) 2,3 10 9 - 1.100
950
1.400 1,54 10 6
1.050 9,98 10 5
Borracha (mole) 5,0 10 6
Prata 7,8 10 10 0,37 10.500 2.700 2,84 10 7
Aço (C.08) 19,0 10 10 0,27 7.100 5.000 3,85 10 7
Aço (C.38) 20,0 10 1 º 0,29 7.700 5.100 3,93 10 7
Estanho 4,5 10 10 0,33 7.300 2.500 1,83 10 7
Madeira 1,2 10 10 -
0,17
650
7.100
4.300 2,80 10 6
3.400 2,41 10 7
Zinco 8,2 10 10
E é o Módulo de Young em N/m
v é a razão de Poisson
p é a densidade em kg /m;;s
e é a velocidade de som em m / s
---------------------Apêndices
582 -
Líquidos e Gases
p c pc
Substância
790 1.150 9,09 105
Alcool (2oºC) 1,46 106
950 1.540
Óleo (20°C) 1.390 9,45 105
680
Gasolina 1.980 2,49 106
1.260
Glicerina (20ºC) 1,97 107
13.600 1.450
Mercúrio (20ºC)
870 1.250 1,09 106
Terebentina (20ºC)
998 1.481 1,48 106
Água Doce (20ºC)
1.000 1.441 1,44 10 6
Água Doce (13ºC)
Água do Mar (13ºC) 1.026 1.500 1,54 106
Ar (OºC) 1.293 331 428
Ar (20ºC) 1.21 343 415
Monóxido de Carbono 1.25 337 421
Dióxido de Carbono (baixa freq.OºC) 1.98 258 511
Dióxido de Carbono (alta freq.OºC) 1.98 269 533
Cloro 3.17 205 650
Hidrogênio (oºC) 0.09 1.270 114
Metano 0.72 432 311
Nitrogênio 1.25 336 420
Oxigênio (OºC) 1.43 317 453
Vapor (lOOºC) 0.60 405 243
p densidade em kg/ m3
e é a velocidade do som em m/s
p e é a impedância característica em Rayls
A p ê n d i c e s - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 583
Apêndice Ili
Valores Representativos do Coeficiente de Absorção Acústica de
Algun1 Materiais Simples
Apêndice IV
Valores Representativos do Coeficiente de Absor,;ão Acústica de
Alguns Materiais Eucatex
Apêndice V
Valores do Coeficiente de Absorção Médio para Ambientes
Industriais
Apêndice VI
Absorção Total em (m 2 ) para Pessoas e Móveis
Apêndice VII
Valores Recomendados para Classe de Transmissão Sonora de
Paredes e Divisórias • CTS
Apêndice Vlll
Classe de Transmissão Sonora • CTS para Materiais de Construção
Mais Usados
Apêndice IX
Perda de Transmissão Média (IMRR) Recomendada para Várias
Condições de Privacidade
589
B
B=du, ,
de freqüências (1/1 e 1/3 oitava) · · · · · · · · .. · · · · · .. · · · · · · · ·. 106
237
Barreiras .................. , .. ·· · · ·· · · · ·· · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·· · · · · · · ·
555
Bocais de jatos silenciosos .......... · . · · · · · · .. · · · · · · · · · · · · · · · · · · · .
e
Câmara anecóica,
medição de potência sonora em campo livre ............. 274
Câmara reverberante,
medição de potência sonora em campo difuso . . . . . . . . . . . . 258
medição do coeficiente de absorção em . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313
Campo semi-reverberante,
medic;ão de potência sonora em .........................·. . 273
Choque,
isolamento d.e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 435
Circuito,
de compensação A,B,C e D . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Classe de Transmissão,
cálculo ....................................................... 214
de materiais ................................ _................ 587
programa de .. .. .. . . . .. .. .. . .. .. .. .. . . .. . . . . . .. . .. . . . . . . . . . . . . 72
Controle,
::;e::~-d~-.·.·. ·.·.·. ·. ·.·. ·.·.·.·.·.·. ·.·.·. ·.·.·.·.·.·.·. ·.·. ·.·. · . ·.·. ·.·.·. ·. ·. ·.·.·.·.·. ·.·. ·.·. ·. :::
ativo de ruido
590
Critérios,
curvas de avaliação de ruído NR e NC
63
curvas de ruído preferido PNC
65
e curvas para avaliação de ruído
61
para avaliação de ruído
53
Custos,
de controle de ruído
530
D
Decibel,
nível de intensidade sonora 6
nível de potência sonora 7
nível de pressão sonora 7
Densidade,
de energia da onda plana 20
de probabilidade 85
espectral 89
Dipolo 150, 269
Diretividade,
de fonte 37
índice de 37
Distribuição estatística no tempo: LN 58
Dose de ruído,
nível sonoro equivalente 56
Dosímetro 97
E
Enclausuramento,
amplo .. 534
compacto ... 537
controle de ruído por ... 531
parcial e barreiras 538
Engrenagens,
controle de ruído de caixas de 480
efeito da modificação do perfil dos dentes de ... 476
helicoidais 475
ruído e vibrações de 471
591
471
vibrações induzidas por
Erros, , . .... ..... ... 121
de iuedição de intensidade acushca
........... 53
Escalas para avaliação de ruído
..... 454
Espectro do ruído de motores
Extra-autivos,
efeito do ruído nos sistemas ................. 47
F
Filtros,
câmara de expansão 381
câmara de expansão dupla 384
câmara de expansão dupla com orificio 387
câmara de expansão simples 381
orifício na abertura lateral 371
orificio na direção de propagação 386
teoria geral de abertura lateral em dutos 371
tubo fechado na abertura lateral 380
Fluido,
comportamento elástico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Fonte sonora, 241
de ruído de ventiladores e exaustores 446
descrição da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244
diretividade de . . . . . . . 37
Freqüências,
características das salas cilíndricas 288
características das salas retangulares .. 282
isoladores de vibrações, efeitos de altas 423
Função Bessel 28, 34, 154, 289
Função Hankel 28, 154
...... 28, 154
G
Gravadores de fita .............. 115
592
H
Helmholtz,
equação de
34
ressonador de
368, 390
ressonador na abertu~~- i~~~·r·~j.
374
Higiene, com uso de protetores auditÍ~~·s· .
523
1
Impedância,
acústica específica 30
acústica específica da onda plana 23
de radiação 146
Impulso,
nível de pressão sonora [dB(impulsivo)] 56
Instrnmentos,
para medição de ruído 92
para medição de vibrações . 99
Intensidade,
acústica: 22
com dois microfones 118
crescimento da 250
das ondas acústicas 30
decaimento da 252
erros de medição de 127
instrumentos para medição de 92
medição da 119
medição de isolamento sonoro com medidor de 220
sonora próxima a uma fonte pistão 142
Isoladores de vibrações,
fundamentos de 408
outros fatores no projeto de 420
procedimentos simples de projeto 415
tipos e configurações de 427
Isolamento,
de choques 435
de vibrações - fatores no seu projeto . 420
número único para isolamento de ruído 213
593
J
Jatos, ............... , .. . 555
jatos livres . · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·. ~ .................. . 555
ruído aerodinâmico de · · · · · · · · · · · · · · · · · .......... . 555
ruído de .......... · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 558
silenciosos ...
....................................
M
Mancais, 488
planos ( de escorregamento)
ruído e vibrac;ões dos
483
Mapeamento,
de ruído ... ············· 72
Máquinas,
ruído das ..... 299
Materiais acústicos,
tipos de materiais de absorção ..... 329
Média 85
Média quadrática .... ········· 85
Medição de ruído,
instrumentos para . 92
Medidor,
de nível de pressão sonora .............. 97
de vibração . . . . .............. . 104
Metereológicas,
efeito das condições .............. 230
Microfones ........... 92
Modal,
densidade modal para salas cilíndricas 288
densidade modal para salas retangulares 282
Modelo computacional,
para predição de ruído 239
Monopolo · · · · · .......................... 132, 269
Motores elétricos,
espectro de ruído de ························· 454
fontes de ruído em .................... 450
redução de ruído em .. . ....................... 570
Motores a diesel,
ruído de .. . ......... 467
594
ruído de descarga com silenciadores de ... 468
ruído dos ventiladores de refrigeração de 468
N
Nível de ruído,
adição de 7
subtração de ...... . 9
Nível equivalente,
dose de ruído .......... . 56
Nível total,
de pressão sonora 55
Normas,
recomendações ISO R1996 e NBR 10151 62
Número único,
para atenuação do protetor 505
para isolamento acústico 213
o
Onda,
de flexão em uma placa 1€1
equação da onda em coordenadas cilíndricas 33
equação da onda em coordenadas esféricas 26
equação da onda plana 16
equação geral da onda ( coordenadas retangulares) 24
plana . . . . . . . . . . . . .. 20
Ondas acústicas,
de propagação tridimensional . . 24
de propagação unidimensional . . . 12
Ondas acústicas esféricas harmônicas 29
Ondas de pressão sonora 2
Ondas em dutos,
reflexão de 361
Ouvido,
externo 42
humano 42
interno
44
médio
... 44
595
p 397
Painéis com faces perfuradas 395
Painéis vibrantes tipo membrana
Parede, 210
composta 207
dupla ...
Parede oscilante, 193
transmissão através de
Parede simples, 186
perda na transmissão de
Parede vibrante,
196
transmissão através de
Perda de transmissão,
medição com duas câmaras reverberantes 217
217
medição da
efeito de aberturas e paredes compostas 210
Pico,
nível de pressão sonora [dB(pico)] 55
Pistão,
intensidade sonora próxima a uma fonte . 142
Placa,
onda de flexão em uma 161
Potência sonora,
de compressores axiais 464
de compressores centrífugos 463
de motores 454
determinação de 258
de válvulas 458
de ventiladores e exaustores 448
nível de ......... 35
predição do nível de ... 439
Pré-amplificadores 113
Predição de,
nível de potência sonora das máquinas 439
ruído por modelo computacional 239
Problemas na utilização dos protetores auditivos 523
Propagação,
da onda acústica unidimensional 12
596
do som ....................... ..
5, 223
em dutos retos ............................ ..
tridimensional do som · · · · · · · · · · · · · · 358
24
Programa de conservação da aud·i~i~. : 69
Proteção da audição ........... . 75
Protetores auditivos,
atenuação de ruído dos 500
desconforto do uso de 524
em ambiente industrial .. 514
funcionamento dos 493
número único para atenuação dos 505
problemas de utilização dos 523
tampão e concha usados simultaneamente 518
tampão do tipo descartável 496
tampão do tipo pré-moldado ..................... 498
tampão do tipo moldável 498
tipo concha 497
tipos de .. 496
tipos especiais 499
R
Radiação,
impedância de 146
Radiação de ruído, 125
de corpos cilíndricos 152
de ondas de flexão em uma chapa infinita 164
de placa vibrante 161
de uma casca finita 156
de uma casca infinita 154
de uma esfera pubante 131
de uma esfera vibrante 150
de uma placa finita 168
de um pistão 136
de um pistão nwna esfera 151
de um segmento de casca 158
Reação no pistão vibrante 144
Recomendações ISO R 1996 e NBR 10151 62
Recomendações para atenuação de ruído 171
597
Redução de ruído, 277
por absorção 570
em motores elétricos 486
produzido por rolamentos
Reflexão do som, ... 361
em dutos 184
na superfície de um sólido
74
Refúgios do ruído .
114
Registradores de níveis ......... · · · · · · · · · · · · · · · · ·
Ressonador de Helmholtz na abertura lateral
374
... 368, 390
Ressonadores de Hehnholtz
418
Ressonância de vibrações
365
Ressonância em dutos
Ressonâncias internas nos isoladores 423
Rigidez da base 419
Risco do ruído .. 73
Rolamentos,
elementos rolantes 482
redução de ruído produzido por ..... 468
ruído e vibrações dos 483
Rotatividade de função ..... 74
Ruído,
controle ativo de 396
controle de 74, 531
controle por enclausuramento ........... 533
curvas de avaliação de, ...... 63
curvas de avaliação de ruído NR e NC 63
curvas de ruído preferido PNC 65
curvas e critérios para avaliação de ruído 61
de computadores e iinpressoras ....... 547
de engrenagens 471
de impacto 211, 215
de motores diesel 467
de rolamentos e mancais 483
de torres de refrigeração 469
de turbinas a gás ... 465
de válvulas 455
dos compressores ...... 460
dos motores elétricos ...... . 450
dos ventiladores e exaustores 440
598
especificação de ......................... ..
Ruído aerodinâmico, . . . . .. . . . . .. . . . . . . . . .. .. . . . · · " " · ...... · 15
de jatos livres . .. . .. .. .. .. .. · · · · .............. · 555
proveniente da obstrução d~ ·fl~~~.. ························
......................... 559
555
s
Sala retangular com paredes absorventes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291
Salas cilíndricas . .. . .. .. .. .. .. .. . .. .. . .. . .. . . . 288
!s&E•••••·•••••••·•••••• +•.·•••····IH
Sinais,
de alarme .................................................... 524
de ruído e vibrações .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
classificação de ............................................... 82
Sistema com vários graus de liberdade .......................... 412
Solução harmônica da equação da onda plana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Subtração do ruído de fundo .. .. .. . .. .. .. .. . .. .. .. . .. .. .. .. .. 9
Supervisão e treinamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Suporte de engrenagens e modificação da carcaça .............. 476
T
Tampão do tipo descartável .. .. . .. .. .. .. . .. . .. .. .. .. .. .. .. . .. .. . . 494
Tampão do tipo pré-moldado .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. .. . . 496
Tampão do tipo moldável ..... , ................................... 496
Tampão e concha usados simultaneamente . . . . . . . . . . . . . ..... 516
Transmissã?, , .
atraves de dous mems ................ - 179
através de parede oscilante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193
através de parede vibrante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196
caminho de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242
do som através de três meios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187
599
V'1vulas,
ruído de .. .... 455
Variância ..... .. .. 85
Vegetação,
efeito da 231
Velocidade do som nos fluidos ............... 4
Ventiladores,
ruído de .................. . ..................... 440
Vibração,
efeito da vibração no corpo humano .............. 65
medidor de .... 104
de engrenagens 471
isoladores de . 407
z
Zonas de risco de ruído e avisos de alerta. ...... 73
600
Edição e Distribuição
Centro Brasileiro de Segurança e Saúde Industrial