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Módulo 4 - Geração e Distribuição de Energia PDF
Módulo 4 - Geração e Distribuição de Energia PDF
MÓDULO 4
Geração de Energia
Índice
1 Introdução ....................................................................................................................9
1.1 Definição de energia e potência............................................................................. 10
1.1.1 Energia _____________________________________________________________10
1.1.2 Potência_____________________________________________________________10
1.2 O que é geração e cogeração? ............................................................................... 12
1.2.1 Geração _____________________________________________________________12
1.2.2 Cogeração ___________________________________________________________12
1.3 O sistema de geração ............................................................................................ 15
1.3.1 Máquina primária______________________________________________________15
1.3.2 Geradores ___________________________________________________________15
1.3.3 Transformadores ______________________________________________________15
1.3.4 Controle, comando e proteção_____________________________________________15
2 Máquinas Primárias ..................................................................................................17
2.1 Hidráulicas ........................................................................................................... 17
2.2 Diesel .................................................................................................................... 21
2.3 Termelétricas........................................................................................................ 24
2.4 Termonucleares .................................................................................................... 26
2.5 Turbina a Gás....................................................................................................... 30
2.5.1 Turbinas a gás em circuito aberto __________________________________________31
2.5.2 Turbinas a gás em circuito fechado._________________________________________33
2.6 Turbinas Eólicas ................................................................................................... 36
3 GERADORES.............................................................................................................42
3.1 Introdução ............................................................................................................ 42
3.1.1 Histórico ____________________________________________________________42
3.1.2 Noções de aplicações ___________________________________________________42
3.1.2.1Tipos de acionamentos ..........................................................................................................43
3.2 NOÇÕES FUNDAMENTAIS ............................................................................... 44
3.2.1 Princípio de funcionamento ______________________________________________44
3.2.2 Geração de corrente trifásica______________________________________________47
3.2.2.1Ligações no sistema trifásico ................................................................................................47
3.2.2.2Tensão nominal múltipla .......................................................................................................49
3.2.3 Comportamento do gerador em vazio e sob carga_______________________________52
3.2.4 Máquinas de pólos lisos e salientes _________________________________________55
3.2.5 Reatâncias ___________________________________________________________56
3.2.6 Potência em máquinas de pólos salientes_____________________________________59
3.2.7 Definições ___________________________________________________________61
3.2.7.1Distorção harmônica..............................................................................................................61
3.2.7.2Fator de desvio .......................................................................................................................61
3.2.7.3Modulação de tensão .............................................................................................................63
3.2.7.4Desequilíbrio angular .............................................................................................................63
3.2.7.5Desbalanceamento de t ensão.................................................................................................63
3.2.7.6Transiente de tensão...............................................................................................................63
3.2.7.7Tolerância de tensão ..............................................................................................................64
3.3 GERADORES WEG............................................................................................. 65
3.3.1 Normas aplicáveis _____________________________________________________65
4.3.4.2Corrente de excitação...........................................................................................................153
4.3.4.3Corrente de curto-circuito....................................................................................................154
4.3.4.4Corrente de partida ou In rush.............................................................................................155
4.3.5 Frequência Nominal ___________________________________________________155
4.3.6 Nível de Isolamento ___________________________________________________155
4.3.7 Deslocamento angular _________________________________________________156
4.3.8 Identificação dos Terminais _____________________________________________158
4.4 Características de Desempenho .......................................................................... 163
4.4.1 Perdas _____________________________________________________________163
4.4.2 Rendimento _________________________________________________________165
4.4.3 Regulação __________________________________________________________166
4.4.4 Capacidade de sobrecarga_______________________________________________167
4.5 CARACTERÍSTICAS DA INSTALAÇÃO......................................................... 173
4.5.1 OPERAÇÃO EM CONDIÇÕES NORMAIS E ESPECIAIS DE FUNCIONAMENTO.__173
4.5.2 CONDIÇÕES NORMAIS DE TRANSPORTE E INSTALAÇÃO. _________________173
4.5.2.1O transporte e a instalação devem estar de acordo com NBR 7036 ou a NBR 7037, a que
for aplicável................................................................................................................................173
4.5.3 OPERAÇÃO EM PARALELO ___________________________________________175
4.5.3.1DIAGRAMAS VETORIAIS COM MESMO DESLOCAMENTO ANGULAR............175
4.5.3.2RELAÇÕES DE TRANSFORMAÇÃO IDÊNTICAS INCLUSIVE DERIVAÇÕES ...175
4.5.3.3IMPEDÂNCIA.....................................................................................................................175
4.5.4 OPERAÇÃO EM PARALELO ___________________________________________178
4.6 SELEÇÃO DOS TRANSFORMADORES.......................................................... 179
4.6.1 DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA DO TRANSFORMADOR __________________179
4.6.2 FATOR DE DEMANDA (d)_____________________________________________179
4.6.2.1DETERMINAÇÃO DA DEMANDA MÁXIMA DE UM GRUPO DE MOTORES.....179
4.6.2.2DETERMINAÇÃO DA DEMANDA MÁXIMA DA INSTALAÇÃO ...........................181
4.6.3 CONSIDERAÇÕES SOBRE O USO DAS TABELAS _________________________182
4.6.4 CRITÉRIOS DE ESCOLHA DOS TRANSFORMADORES COM BASE NO VALOR
OBTIDO NA DEMANDA.______________________________________________182
4.6.4.1EVENTUAIS AUMENTOS DA POTÊNCIA INSTALADA..........................................186
4.6.4.2CONVENIÊNCIA DA SUBDIVISÃO EM MAIS UNIDADES......................................186
4.6.4.3POTÊNCIA NOMINAL NORMALIZADA......................................................................187
4.6.5 DADOS NECESSÁRIOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE UM TRANSFORMADOR ___187
4.7 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS .......................................................... 188
4.7.1.1NÚCLEO ..............................................................................................................................188
4.7.1.2ENROLAMENTO................................................................................................................189
4.7.1.3DISPOSITIVOS DE PRENSAGEM, CALÇOS E ISOLAMENTO ................................190
4.7.1.4COMUTADOR DE DERIVAÇÕES...................................................................................190
4.7.2 BUCHAS___________________________________________________________191
4.7.3 TANQUE___________________________________________________________194
4.7.3.1SELADOS.............................................................................................................................195
4.7.3.2COM CONSERVADOR DE ÓLEO...................................................................................196
4.7.3.3TRANSFORMADORES FLANGEADOS ........................................................................196
4.7.4 RADIADORES ______________________________________________________197
4.7.5 TRATAMENTO SUPERFICIAL E PINTURA _______________________________198
4.7.6 LÍQUIDO DE ISOLAÇÃO E REFRIGERAÇÃO _____________________________198
4.7.7 PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO E DIAGRAMÁTICA_________________________201
4.7.8 ACESSÓRIOS _______________________________________________________203
4.7.8.1RELÉ BUCHHOLZ (TRAFOSCÓPIO) .............................................................................204
4.7.8.2TERMÔMETRO COM CONTATOS ................................................................................205
4.7.8.3INDICADOR DE NÍVEL DE ÓLEO .................................................................................207
4.7.8.4IMAGEM TÉRMICA..........................................................................................................209
4.7.8.5VÁLVULA DE ALÍVIO DE PRESSÃO ...........................................................................211
4.7.8.6RELÉ DE PRESSÃO SÚBITA...........................................................................................213
1 INTRODUÇÃO
A eletricidade é a forma mais fácil de se transportar energia para a sua utilização nos
processos de manufatura. Ela surgiu como forma de substituir a energia da máquina a vapor,
pilastra mestra da atual revolução industrial.
Com o crescimento do setor industrial no Brasil a partir do inicio dos anos 90, o
aumento da demanda de energia elétrica superou a capacidade de crescimento do sistema de
geração das concessionárias de energia levando o governo a considerar possibilidade de
produção de energia elétrica por empresas do setor privado, com o objetivo de atrair
investimentos no setor e assim “desafogar” o sistema elétrico Brasileiro.
A economia e a produção de energia elétrica passaram a ser prioridade para o Ministério
das Minas e Energia e o DNAEE (hoje ANEEL), que através de campanhas informativas
incentivavam o uso racional de energia elétrica visando diminuir o desperdício e, através da
modificação da legislação regulamentar a geração e a cogeração de energia por grupos e
empresas privadas.
1.1.1 ENERGIA
Unidades de Energia
1.1.2 POTÊNCIA
turbinas retornam, na média, 2.300 horas de funcionamento a plena carga por ano. Para calcular
a energia total produzida multiplica-se os 1.000MW de potência instalada pelas 2.300 horas de
funcionamento a plena carga, que é igual a 2.300.000 [MWh] ou 2,3 [TW.h] de energia.
Em outras áreas, tais como a Escócia, ou o oeste da Irlanda, encontramos turbinas
que trabalham, na média, 3.000 horas a plena carga, e até mais. No entanto na Alemanha não são
encontradas turbinas que trabalham mais que 2.000 horas por ano a plena carga.
A potência dos motores de automóveis são geralmente medidas em cavalos e não em
kW. A unidade “cavalo vapor” da uma idéia intuitiva de quanto “músculo” o gerador ou motor
possui, enquanto a energia da uma idéia de quanto um motor ou gerador “trabalhou” durante um
período de tempo.
Unidades de potência.
1 kW = 1.359 CV
1.2.1 GERAÇÃO
1.2.2 COGERAÇÃO
Figura 1 – Central hidráulica em circuito aberto a céu aberto, Rio Paraná, Itapu, Brasil.
1- Barragem, 2- grades, 3- tomada de águas, 4- conduto forçado, 5- turbina, 6- alternador, 7- casa
de máquinas, 8- pórtico-ponte, 9- sistema de descarga 10- transformadores, 11- sistema de
transmissão.
A cogeração é a forma mais eficiente de gerar calor e energia elétrica a partir de uma
mesma fonte de energia. Comparando a utilização de combustível fóssil com a quantidade de
calor que é normalmente gasta no processo de geração de energia, a cogeração alcança níveis de
eficiência 3 vezes maior, podendo chegar a 4 vezes, do que no processo convencional de
geração. No entanto a cogeração passou a ser utilizada a muito pouco tempo. No meio da década
de 80, com o preço do gás natural relativamente baixo, a cogeração tornou-se uma alternativa
atrativa como uma nova forma de geração de energia elétrica. De fato, a cogeração é um dos
maiores responsáveis pela grande diminuição da construção de usinas hidrelétricas e
termonucleares ocorrida na década de 80. Hoje a cogeração corresponde a mais da metade da
capacidade das novas usinas instaladas na América do Norte na ultima década.
Os equipamentos de cogeração podem utilizar outros combustíveis além do gás natural.
Existem instalações em operação que utilizam madeira, bagaço de cana-de-açúcar, e outros
combustíveis dependendo do local e disponibilidade.
As implicações ambientais da cogeração são bem menores quando comparadas às do
processo convencional de geração, não apenas pela sua inerente eficiência, mas também pelo seu
caráter descentralizador. Isto se deve ao fato de ser impraticável o transporte de calor (energia
térmica) a grandes distâncias, e os equipamentos de cogeração são localizados fisicamente
próximos aos processos que utilizam calor. Desta forma a energia elétrica tende a ser gerada
Para entender cogeração, é necessário saber que a forma mais convencional de se gerar
energia é baseada na queima de um combustível para produzir vapor. É a pressão do vapor que
gira a turbina e gera energia, em um processo inerentemente ineficiente. Por causa de um
principio básico da física, pouco mais que um terço da energia liberada pela queima do
combustível pode ser convertida em pressão de vapor para gerar energia elétrica. A cogeração,
no entanto, utiliza esse excesso de calor, normalmente na forma de vapor, a uma temperatura
relativamente baixa, liberada pelas turbinas. Esse vapor é utilizado em uma gama de aplicações
das mais variadas, e efetivamente diminui a combustão de combustíveis a base de carbono,
juntamente com todas as implicações ambientais que a queima desses combustíveis possui.
Além da cogeração, há um grande número de tecnologias que fazem uso do vapor
liberado pelas turbinas a baixas temperatura e pressão. Essas tecnologias são conhecidas como
sistemas de “ciclo combinado”. Elas são mais eficientes que a geração convencional de energia,
mas não tão eficiente quanto a cogeração.
1.3.2 GERADORES
São os geradores que transformam a energia cinética de rotação das máquinas primárias
em energia elétrica.
Os geradores são dimensionados de acordo com a potência que a máquina primária
pode fornecer. Além da potência, o tipo de máquina primária ( eólica, hídrica, térmica, etc...)
define também a velocidade de rotação que irá ser transmitida ao gerador e, em função dessa
velocidade é definido o número de pólos do gerador. O funcionamento, especificação e detalhes
do projeto serão estudados mais profundamente no capitulo 3.
1.3.3 TRANSFORMADORES
proteção, tais como TC’s, TP’s, relés e disjuntores. O quadro de comando e proteção reúne todos
estes equipamentos, e permite ao operador supervisionar o funcionamento do sistema e atuar
imediatamente caso se faça necessário.
A freqüência do sistema elétrico é a variável mais importante e a mais difícil de ser
controlada. Para que o sistema de geração funcione corretamente, é necessário que a freqüência
de tensão de saída do gerador seja constante e de acordo com o sistema elétrico da região em que
se encontra. Por exemplo, no Brasil a freqüência de operação do sistema elétrico é de 60 Hz, e o
sistema de geração de energia elétrica do Paraguai é de 50 Hz. Esta freqüência é função da
rotação do gerador, portanto o gerador deve funcionar sempre em uma rotação fixa, que é
aplicada pela máquina primária. Portanto ela depende da velocidade de rotação da máquina
primária. Cabe ao sistema de controle atuar nos reguladores de velocidade das máquinas
primárias e assim garantir uma freqüência fixa da tensão na saída do gerador.
A potência elétrica de saída do gerador é diretamente proporcional a potência mecânica
transmitida pela máquina primária através do eixo. Sabemos que a potência mecânica na ponta
do eixo de uma máquina girante é diretamente proporcional ao produto da velocidade de rotação
e o torque na ponta de eixo:
P = k ⋅C ⋅ n
onde k é uma constante de proporcionalidade.
2 MÁQUINAS PRIMÁRIAS
2.1 HIDRÁULICAS
derivação, onde parte da água de um rio é desviada e jogada em outro rio aproveitando-se o
desnível entre os dois rios. Nestes últimos as casas de máquinas são localizadas o mais próximo
possível da jusante dos desníveis.
Figura 2.1.2 – Corte longitudinal em uma turbina tipo francis, eixo vertical. 1- rotor, 2- pá,
3- labirinto interno, 4- labirinto externo, 5- Orifícios de equilíbrio de pressão, 6- tubo de
equilíbrio de pressão, 7- palheta diretriz, 8- tampa, 9- caixa espiral, 10- palheta fixa, 11- tubo de
sucção, 12- eixo, 13- flange de acoplamento, 14- servomotor das aletas ajustáveis.
Figura 2.1.3 - Corte longitudinal em uma turbina tipo hélice, kaplan, de eixo vertical. 1- rotor,
2- pá, 3- palheta diretriz, 4- tampa intermediaria, 5- tampa externa, 6- tampa interna, 7- anel
periférico, 8- caixa, 9- palheta fixa, 10- tubo de sucção, 11- eixo, 12- flange de acoplamento.
Figura 2.1.4 – Corte transversal em uma turbina pelton de dois injetores, de eixo horizontal e
coroa em uma única peça. 1- rotor, 2- pá, 3- coroa de pás, 4- tampa, 5- desviador frontal,
6- poço, 7- blindagem, 8- canal de fuga, 9-eixo de turbina, 10- injetor, 11- freio de jato,
12- agulha, 13- cruzeta pelton, 14- defletor.
A turbina hidráulica utiliza a energia cinética de rotação de seu rotor para girar o
gerador ao qual está conectado. Um dispositivo elétrico chamado transformador converte a
tensão de saída do gerador em tensões aproveitáveis pelas concessionárias.
Estima-se que o Brasil tenha um potencial de geração de energia hidrelétrica da ordem
de 200.000MW, capaz de fornecer 1 milhão de GWh de eletricidade anualmente, dos quais
somente 25% estão sendo utilizados.
A capacidade nominal instalada de geração de energia elétrica no Brasil é de
57.232MW, dos quais 92% são derivados de hidrelétricas. A ELETROBRÁS participa com
27.052MW da capacidade nominal instalada. Em 1996, o sistema teve energia disponível da
ordem de 311.379GWh, para um consumo de 260.908GWh, empregava 157.063 trabalhadores e
tinha aproximadamente 39,8 milhões de consumidores.
O Brasil, juntamente com o Paraguai, possui uma das maiores usinas hidrelétricas do
mundo, a Itaipú Binacional, com capacidade instalada de 12.600MW, localizada no rio Paraná,
fronteira dos dois países.
2.2 DIESEL
O motor Diesel é uma maquina térmica, ou seja, transforma energia térmica em energia
mecânica através do mesmo principio de funcionamento dos motores a explosão, como os
conhecidos motores de automóveis. Esses motores são chamados de máquinas térmicas a pistão
ou motores de combustão interna. Seu objetivo é a obtenção de trabalho através da liberação da
energia química do combustível.
Figura 2.2.1 – Grupo gerador com motor Diesel 1- Máquina térmica motora, motor Diesel.
2- Máquina elétrica geradora. 3- Árvore, através da qual o motor Diesel fornece a potência para
o gerador. 4- Saída dos produtos da combustão. 5 - Entrada ou saída do fluido refrigerante.
A figura 2.2.1 mostra um grupo gerador onde um motor Diesel é a máquina térmica
motora que está acoplada a um alternador, máquina elétrica geradora ou operadora. Observa-se
que o motor Diesel fornece na árvore um trabalho em uma unidade de tempo, potência,
entregando ao meio externo, através de seus sistemas de refrigeração e nos produtos de
combustão, calor. Tal potência e calores são resultado da liberação de uma energia química
liberada através de reações exotérmicas entre um combustível, no caso o óleo Diesel, e um
comburente, no caso o oxigênio do ar.
Os motores a pistão de combustão interna podem ser classificadas de várias maneiras,
entre as quais algumas merecem destaque:
Figura 2.2.2 – Corte no cabeçote de um motor de combustão interna PM1- Ponto morto
superior. PM2- Ponto morto inferior. 1- Cilindro. 2- Pistão ou êmbolo. 3- Vela. 4- Válvulas.
2.3 TERMELÉTRICAS
como turfas linhitos e carvão, e os não-minerais como lenha, serragem, bagaço de cana, de pinho
etc. Os combustíveis líquidos também podem ser minerais ou não minerais. Os minerais são
obtidos pela refinação do petróleo, destilação do xisto betuminoso ou hidrogenação do carvão.
Os mais usados são a gasolina, o óleo diesel e o óleo combustível. Os combustíveis líquidos não-
minerais são os álcoois e os óleos vegetais. Os combustíveis gasosos são divididos em naturais e
artificiais. Entre os naturais destacam-se o gás dos pântanos CH4 e os gases de petróleo. Entre os
artificiais temos o gasogênio, gás de alto-forno e gás de esgoto.
Basicamente, uma instalação a vapor é composta de bomba, caldeira, turbina e
condensador. Tendo em vista a pressão na saída da turbina, temos as instalações a vapor de
condensação e de contrapressão. Nas primeiras, a pressão do vapor na saída da turbina é menor
que a atmosférica, nas segundas maior.
A combustão ocorre na caldeira, dentro da câmara de combustão onde são injetados o
combustível e o comburente (ar). Após a combustão são retirados, como produto do processo,
gases e cinzas constituídos de produtos não queimados. A liberação de energia térmica devido ao
processo de combustão aquece a água na caldeira até evaporar. Uma vez na tubulação um
superaquecedor eleva a temperatura do vapor aumentando assim a pressão para entrar na turbina.
Ao passar pela turbina o vapor perde pressão e vai para o condensador onde volta ao estado
líquido e é bombeado de volta para a caldeira.
A turbina é a máquina que transforma a energia da pressão do vapor em energia cinética
de rotação e, através de um eixo de acoplamento, transmite essa energia para o gerador.
2.4 TERMONUCLEARES
Ao se determinar a massa do núcleo, descobrimos que ela é menor que a soma das
massas dos seus componentes. A diferença entre as duas é chamada de erro de massa (∆m) e a
energia de coesão fica E=∆m.C2
Uma parte da massa do núcleo é transformada em energia de coesão para manter as
partículas do núcleo unidas. Essa energia é liberada durante a reação nuclear. Dividindo a
energia de coesão pelo número de componentes do núcleo obtemos a energia média do núcleo,
um valor que indica a estabilidade do núcleo. Se o valor da energia de coesão média é alto, então
este núcleo é estável. Se esse valor é baixo, então ele é instável e tende a emitir alguns de seus
componentes para tornar-se mais estável. Neste caso o núcleo é radioativo.
O elemento natural mais pesado que se encontra na Natureza é o urânio . A maior parte
dele constitui-se de átomos estáveis , dotados de 92 prótons e 146 nêutrons . A soma dessas
quantidades determina o número atômico 238 . Aproximadamente 1 % do urânio , porém , é
constituído de átomos com apenas 143 nêutrons , o que resulta no número atômico 235 : estes
são instáveis .
Os termos energia atômica e energia nuclear são sinônimos e definem o mesmo
conceito. A razão para esse nome duplo é histórica.
A fissão nuclear é a reação na qual um núcleo pesado, quando bombardeado por
nêutrons, dividem-se em dois núcleos, um com aproximadamente metade da massa do outro.
Esta reação libera uma grande quantidade de energia e emite dois ou três nêutrons. Estes por sua
vez podem causar outras fissões interagindo com outros núcleos que vão emitir novos nêutrons, e
assim por diante, proporcionando uma liberação de energia em progressão geométrica. Este
efeito é conhecido como reação em cadeia. Em uma fração de segundos o numero de núcleos que
foram divididos liberam 106 vezes mais energia do que a obtida na explosão de um bloco de
dinamite de mesma massa. Em vista da velocidade com que a reação nuclear ocorre, a energia é
liberada muito mais rapidamente do que em uma reação química. Este é o princípio no qual a
bomba nuclear é baseado. As condições sob as quais a bomba atômica foi descoberta e
construída fazem parte da historia da humanidade e é familiar a todo mundo.
Se, por outro lado, apenas um desses nêutrons liberados produzir apenas uma fissão, o
numero de fissões por segundo passa a ser constante e a reação é controlada. Este é o principio
de operação no qual os reatores nucleares são baseados, os quais são fontes controláveis de
energia proveniente de fissões nucleares.
A maioria dos reatores usa como combustível o urânio enriquecido, em que a
porcentagem de U-235 é elevada de 1 para 3. O urânio, normalmente em forma de óxido,
encontra-se acondicionado no interior de longas hastes. Estas são arranjadas paralelamente,
formando elementos cilíndricos. Inicia-se a reação em cadeia bombardeando com nêutrons esses
elementos de combustível. Ao se fissionarem, os núcleos de U-235 liberam nêutrons animados
de alta energia para que estes possam ser usados na fissão de novos núcleos, sua velocidade de
deslocamento precisa ser reduzida.
Nesse momento, entra em cena um moderador, substância que envolve os elementos de
combustível no núcleo do reator. Os moderador mais comuns são a água pesada e o grafite.
Regula-se a taxa com que se dá a reação em cadeia por meio de hastes de controle, que
podem ser introduzidas entre tubos de combustível. As hastes são feitas de materiais capazes de
absorver nêutrons: quanto mais nêutrons forem absorvidos, menos núcleos experimentam a
fissão e menor a energia produzida. O calor gerado na reação nuclear é absorvido no circuito de
refrigeração. Na ausência deste, o núcleo do reator aqueceria de tal forma que acabaria por
derreter.
Há dois tipos básicos de reatores nucleares modernos. O primeiro deles emprega grafite
como moderador e um gás no circuito de refrigeração. O segundo utiliza água pesada como
moderador e água comum pressurizada como refrigerante. A água é mantida sob uma pressão tão
alta que, mesmo em temperaturas na faixa de 300 graus centígrados, mantém seu estado liquido.
De uma forma bem geral podemos classificar as instalações de turbinas a gás em dois
grandes grupos: Turbinas a gás em circuito aberto e Turbinas a gás em circuito fechado.
As instalações das turbinas a gás em circuito aberto, estacionárias, podem ser com ou
sem recuperação. Neste tipo de instalação encontram-se os motores a reação turboélice e
turbojato.
O princípio de funcionamento dos motores a reação é simples. No item 2.2 vimos o
funcionamento dos motores a pistão. Esses motores utilizam a força exercida nos pistões devida
a rápida expansão dos gases em função da explosão. Como já sabemos, a toda força que exerce
uma ação corresponde uma força de reação de mesma intensidade, mas com o sentido oposto ao
da força atuante. Na figura 2.5.2 estão representadas, de forma simplificada, as forças que atuam
em um cilindro quando ocorre a combustão no seu interior.
Em função do princípio da ação e reação, as forças que agem nas laterais do cilindro se
anulam, uma vez que a superfície é cilíndrica. A força que provoca o deslocamento do pistão é
equilibrada por outra de mesma intensidade no fundo do cilindro, provocando também o seu
deslocamento se nenhum vínculo existir para impedir. Dizemos que o pistão sofre um
deslocamento pela “ação” de uma força, enquanto o cilindro é deslocado pela “reação” de uma
força de igual modulo e direção, porem no sentido contrário. Normalmente utilizamos a ação e
procuramos eliminar a reação através de vínculos. Isto ocorre, por exemplo, em todos os
motores a pistão, em fuzis, metralhadoras , canhões, etc. Nos motores a reação, a idéia é usar a
força de reação. No entanto essa força é de curta duração, como a força do recuo de um tiro.
Contudo, se usarmos uma metralhadora que dispara milhares de tiros por minuto, essa força terá
maior duração, mas com grandes oscilações. A amplitude das oscilações pode ser reduzida
diminuindo-se os tamanhos dos projéteis. Se essas dimensões tenderem a zero, também essas
amplitudes o farão. O escoamento contínuo de um gás corresponde a realização prática desse
princípio. Uma vez que as moléculas do gás representarão os elementos expelidos em dimensões
diminutas, logo teremos uma força de reação constante. Como em um balão de borracha cheio
onde o ar é expulso através de uma abertura.
A figura acima representa uma esfera oca, com uma abertura por onde escoa
continuamente uma massa m de fluido a uma velocidade c. Consequentemente ela sofrerá uma
reação ou impulsão com uma força F de módulo igual a:
F = m⋅c
Desta forma, quanto maior a massa de gás que sai da esfera por unidade de tempo,
maior a velocidade para a mesma seção, logo, maior a reação.
Este é o princípio de funcionamento dos motores a reação, dos quais fazem parte o
Turboélice, motojato, turbojato, pulsojato, estatorreator ou impactorreator e o foguete.
Se fixarmos essas máquinas e colocarmos na saída uma hélice, podemos transformar a
energia cinética do gás de escape, que sai por causa da diferença de pressão entre o interior e o
exterior, em energia cinética de rotação. Essa energia cinética de rotação pode ser transmitida a
um gerador através de um eixo acoplado as hélices.
Instalações com turbinas a gás em circuito fechado, onde a combustão ocorre fora do
circuito e o funcionamento é semelhante ao das turbinas a vapor, com a diferença que o fluido
utilizado é um gás, podendo ser o próprio ar ou outro gás como o hélio por exemplo.
Nas turbinas a gás com circuito fechado o fluido a baixas temperaturas (ambiente) passa
por um estágio de compressão onde 2 ou mais turbocompressores elevam a pressão do gás em
torno de 5 vezes. Após o estágio de compressão o gás é aquecido, aproveitando-se o calor da
saída da turbina e passando por uma caldeira, até atingir temperaturas superiores a 700oC de
onde vai para a entrada das turbinas.
As turbinas funcionam por diferença de pressão, ou seja, aproveitam a energia cinética
do gás que passa de um lugar de da alta para um lugar de baixa pressão. Após passar por alguns
estágios de turbinas o gás volta a pressão inicial e passa por um trocador de calor onde pré-
aquece o gás que entra no aquecedor, abaixando a sua temperatura para perto de 100oC. O gás
então é resfriado e retorna a sua condição inicial recomeçando o ciclo.
O esquema mostrado a seguir proporciona uma visão de como ocorre o processo a partir
da compressão do gás, até a sua expansão após a passagem pela turbina de baixa pressão. Para
entender o funcionamento basta acompanhar os valores de temperatura e pressão em cada etapa
do processo.
Figura 2.5.7 – Esquema geral de uma central térmica a gás em circuito fechado.
1 – Turbocompressor de baixa pressão. 2 – Turbocompressor de alta pressão.
3 – Turbina de alta pressão. 4 – Redutor. 5 – Turbina de baixa pressão. 6 – Pré-refrigerador.
7 – Refrigerador intermediário. 8 – Trocador de calor. 9 – Aquecedor de ar.
Note que a turbina a gás em circuito fechado não usa o gás como combustível. A
combustão é feita com qualquer produto combustível com a intenção de fornecer energia térmica
ao sistema. O gás é utilizado apenas como o fluido que transforma a energia térmica em energia
cinética para tocar as turbinas. Por exemplo existem usinas nucleares que utilizam o sistema de
turbinas a gás em circuito fechado para geração de energia elétrica, onde a energia térmica é
gerada a partir de combustível nuclear.
Figura 2.5.8 – Ciclos teóricos da turbina a gás com circuito fechado (Carnot, Ericsson)
Esse tipo de turbina utiliza o ciclo básico teórico de Carnot com duas isotérmicas e duas
adiabáticas tal como mostrado na figura 2.5.8, que é aproximado na prática pelo ciclo de Ackeret
e Keller onde a compressão isotérmica 1,2 é substituída por compressões adiabáticas e
velocidade do carro, será necessário 4 vezes mais energia para movimentá-lo (essencialmente
isto é conseqüência da Segunda lei de Newton para o movimento dos corpos). No caso da turbina
eólica utiliza-se a energia de frenagem do vento, e se a velocidade do vento for o dobro, tem-se
duas vezes mais volume de ar por segundo movendo-se através do rotor, e cada unidade de
volume possui 4 vezes mais energia, como no exemplo do carro. O gráfico mostra que a uma
velocidade de 8 m/s tem-se uma potência (quantidade de energia por segundo) de 314 Watts por
metro quadrado exposto ao vento (o vento que chega perpendicular a área coberta pelo rotor). A
16 m/s tem-se 8 vezes mais potência, isto é, 2509 W/m2.
A tabela mostra a potência por metro quadrado exposto ao vento para diferentes
velocidades.
m/s W/m2 m/s W/m2 m/s W/m2
0 0 8 314 16 2509
1 1 9 447 17 3009
2 5 10 613 18 3572
3 17 11 815 19 4201
4 39 12 1058 20 4900
5 77 13 1346 21 5672
6 132 14 1681 22 6522
À flange do rotor está ligado um eixo de baixa rotação que é acoplada a um ampliador.
Uma turbina de 600kW possui uma rotação relativamente baixa, cerca de 19 a 30 rpm. No eixo
de baixa rotação estão localizadas bombas para o sistema hidráulico que opera o freio
aerodinâmico como veremos mais adiante.
O ampliador é um dispositivo mecânico que transmite potência através de dois eixos
girando em velocidades diferentes. Em uma turbina de 600kW, por exemplo, o ampliador
transmite uma potência recebida da turbina através do eixo de baixa rotação a uma velocidade de
19 a 30 rpm para um gerador através do eixo de alta rotação a uma velocidade de
aproximadamente 1500 rpm, isto é, 50 vezes mais rápido. Por causa das perdas em função do
atrito mecânico das engrenagens, a temperatura do ampliador aumenta e um sistema de
refrigeração a óleo é responsável pela manutenção da temperatura dentro de faixas aceitáveis.
O eixo de alta rotação interliga o ampliador e o gerador. Ele esta equipado com um freio
a disco mecânico de emergência que é usado no caso do freio aerodinâmico falhar ou quando a
turbina está em manutenção.
O gerador usado nas turbinas eólicas é um gerador de indução ou gerador assíncrono,
que utiliza o mesmo princípio de funcionamento do motor assíncrono. Esta característica torna
os geradores de turbinas eólicas mais baratos e com um menor custo de manutenção. No entanto
isso só é possível porque a potência máxima das turbinas eólicas fica compreendida em uma
faixa que vai de 500 a 1500kW.
O controlador eletrônico é um computador que monitora continuamente as condições do
vento na turbina e controla o mecanismo de direcionamento da turbina, que tem a função de
manter a turbina sempre perpendicular à incidência do vento. No caso de algum defeito, como o
sobreaquecimento do gerador ou do ampliador, o controlador comanda a parada da turbina e
avisa o computador do operador via linha telefônica através de um modem.
O mecanismo de direcionamento utiliza um motor elétrico para virar o corpo da turbina
de forma que ela fique totalmente contra o vento. Ele é operado por um controlador eletrônico
que monitora a direção do vento utilizando o cata-vento.
O sistema hidráulico é utilizado para operar o freio aerodinâmico da turbina. Mudando-
se o angulo de ataque das pás, pode-se variar a velocidade da turbina. Desta forma o controlador
atua no sistema hidráulico com o objetivo de manter a velocidade da turbina constante.
A unidade de refrigeração é responsável por manter a temperatura do gerador e do
ampliador dentro de uma faixa aceitável para que não se diminua a vida útil destes
equipamentos. Por isso o sistema de refrigeração possui um ventilador elétrico independente que
tem a função de resfriar o gerador, bem como o óleo que é utilizado pelo ampliador.
3 GERADORES
3.1 INTRODUÇÃO
3.1.1 HISTÓRICO
• Telecomunicações;
• Usinas Hidroelétricas PCH’s;
• Cogeração / Turbo Geradores;
• Aplicações Específicas para uso Naval, Usinas de Açúcar e Álcool, Madeireiras,
Arrozeiras, Petroquímica, etc.
Admitamos que a bobina gira com velocidade uniforme no sentido da flecha dentro do
campo magnético "B" também uniforme (Figura 3.2).
Se "v" é a velocidade linear do condutor em relação ao campo magnético, segundo a lei
da indução (FARADAY), o valor instantâneo da f.e.m. induzida no condutor em movimento de
rotação é determinada por:
e = B ⋅ l ⋅ v ⋅ sen( θ )
e = B ⋅ l ⋅ v ⋅ sen( θ ) ⋅ N
A cada giro das espiras teremos um ciclo completo da tensão gerada, para uma máquina
de um par de pólos. Os enrolamentos podem ser construídos com um número maior de pares de
pólos, que se distribuirão alternadamente (um norte e um sul).
Neste caso, teremos um ciclo a cada par de pólos. Sendo "n" a rotação da máquina em
"rpm" e "f" a freqüência em ciclos por segundo (HERTZ) teremos:
p⋅n
f = [ Hz ]
120
Note que o número de pólos da máquina terá que ser sempre par, para formar os pares
de pólos. Na tabela 3.1 são mostradas, para as freqüências e polaridades usuais, as velocidades
síncronas correspondentes.
Número de pólos 60 Hz 50 Hz
2 3600 3000
4 1800 1500
6 1200 1000
8 900 750
10 720 600
Tabela 3.1 - Velocidades Síncronas
A ligação dos três sistemas monofásicos para se obter o sistema trifásico é feita
usualmente de duas maneiras, representadas nos esquemas seguintes. Nestes esquemas (Figuras
2.2.2 e 2.2.3) costuma-se representar as tensões com setas inclinadas, ou vetores girantes
mantendo entre si o ângulo correspondente à defasagem (120o).
a) Ligação triângulo:
1) A cada carga é aplicada a tensão de linha "Vl", que é a própria tensão do sistema
monofásico correspondente, ou seja, VL = VF.
2) A corrente em cada fio de linha, ou corrente de linha "IL", é a soma das correntes
das duas fases ligadas a este fio, ou seja, IL = IF1 + IF3.
Como as correntes estão defasadas entre si, a soma deverá ser feita graficamente, como
mostra a figura 3.6c. Pode-se mostrar que I L = I F ⋅ 3 = 1,732 ⋅ I F
b) Ligação estrela:
Ligando um dos fios de cada sistema monofásico a um ponto comum aos três, os três
fios restantes formam um sistema trifásico em estrela como na figura 6.7a.
Às vezes, o sistema trifásico em estrela é "a quatro fios" ou "com neutro".
O quarto fio é ligado ao ponto comum às três fases. A tensão de linha, ou tensão
nominal do sistema trifásico, e a corrente de linha são definidos do mesmo modo que na ligação
triângulo.
V L = V F ⋅ 3 = 1,732 ⋅ V F
Exemplo: Temos uma carga trifásica composta de três cargas iguais, cada carga é feita
para ser ligada a uma tensão de 220V, absorvendo, 5,77A. Qual a tensão nominal do sistema
trifásico que alimenta esta carga em suas condições normais (220V e 5,77A) Qual a corrente de
linha (IL)?
a) Ligação série-paralela:
O enrolamento de cada fase é dividido em duas partes (lembrar que o número de pólos é
sempre par, de modo que este tipo de ligação é sempre possível).
Ligando as duas metades em série, cada metade ficará com a metade da tensão de fase
nominal da máquina. Ligando as duas metades em paralelo, a máquina poderá ser alimentada
com uma tensão igual à metade da tensão anterior, sem que se altere a tensão aplicada a cada
bobina. Veja os exemplos numéricos da figura 3.8.
∆ VL = VF I L = IF ⋅ 3 P = 3 ⋅V L ⋅ I L
Tabela 3.2 - Relação entre tensões(linha/fase) correntes (linha/fase)
e potência em um sistema trifásico.
b) Ligação estrela-triângulo:
Note que uma tensão acima de 600 Volts não é considerada baixa tensão, mas entra na
faixa da alta tensão, em que as normas são outras, nos exemplos 380/660 e 440/760V, a maior
tensão declarada serve somente para indicar que o motor pode ser religado em estrela-triângulo,
pois não existem linhas dessas tensões.
Neste caso, a corrente de carga está defasada em 90o em atraso com relação a tensão, e o
campo de reação da armadura estará conseqüentemente na mesma direção do campo principal,
mas em polaridade oposta. O efeito da carga indutiva é desmagnetizante (figura 3.12a e b).
As cargas indutivas armazenam energia no seu campo indutor e a devolvem totalmente
ao gerador, não exercendo nenhum conjugado frenante sobre o induzido. Neste caso, só será
necessário energia mecânica para compensar as perdas.
Devido ao efeito desmagnetizante será necessário um grande aumento da corrente de
excitação para se manter a tensão nominal (figura 3.14).
d) Cargas intermediárias:
PÓLOS LISOS: São rotores nos quais o entreferro é constante ao longo de toda a
periferia do núcleo de ferro.
3.2.5 REATÂNCIAS
Reatância subtransitória
E
x ′′d =
I ′′
Onde:
E = Valor eficaz da tensão fase a neutro nos terminais do gerador síncrono,
antes do curto-circuito
I'' = Valor eficaz da corrente de curto-circuito do período sub-transitório em
regime permanente. Seu valor é dado por:
I ′′ = I max
2
Reatância transitória
E
x ′d =
I′
Reatância síncrona
I = I m x RP
2
P = m . UF . IF . cosϕ
m = Número de fases
UF = Tensão de fase
IF = Corrente de fase
P = Pd + Pq
Pd = UF . Id . senϕ
Pq = UF . Iq . cosϕ
m . E0 .U F m .U F2 1 1
P= sen( δ ) + - sen( 2 ⋅ δ )
xd 2 xq xd
m . E 0 .U F
O primeiro termo da expressão anterior: Pe = sen( δ ) , é a potência que
xd
depende da tensão da rede UF e da excitação da máquina (figura 3.20).
m .U F2 1 1
O segundo termo da expressão: - sen( 2 ⋅ δ ) , é adicional devido a
2 xq xd
diferença de relutância do entreferro, a qual não depende da excitação da máquina (figura 3.20).
3.2.7 DEFINIÇÕES
m
(E m )2
Distorção = ∑ E1
2
Onde:
E m = Tensão harmônica de ordem "m";
E1 = Fundamental;
Na figura 3.21 está representada a forma de onda tomada entre fase-fase em gerador. A
distorção calculada foi de 2,04%. Na figura 3.22 temos a forma de onda tomada entre fase-
neutro. A distorção calculada foi de 15,71%
(a) (b)
Figura 3.21 (a) - Forma de onda com 2,04% de distorção harmônica;
(b) - Forma de onda com 15,71% de distorção harmônica
A amplitude da variação (figura 3.23) expressa como uma percentagem do valor de pico
de uma onda senoidal de referência é o fator de desvio.
Desvio
Fdesv =
V pico
Exemplo:
Fase U a V Æ 208 V (1.6% acima da média)
VaW Æ 204 V (0.33% abaixo da média)
WaU Æ 202 V (1.3% abaixo da média)
Média: 204.67 V
Variação: 6V (2.9%)
São picos de tensão de curta duração que aparecem esporadicamente e podem atingir
centenas de Volts (figura 3.24).
VANTAGENS:
DESVANTAGENS:
c) GTA (antigo BTA) - Gerador brushless (sem escovas) sem excitatriz auxiliar.
Utiliza um enrolamento auxiliar independente, alojado nas ranhuras da armadura
(bobina auxiliar). Serve para fornecer a tensão para o regulador de tensão. (figuras
3.27 e 3.28).
A bobina auxiliar é um bobinado auxiliar que fica alojado em algumas
ranhuras do estator principal da máquina. Sua função é fornecer potência para
alimentar o campo da excitatriz principal, regulada e retificada pelo regulador de
tensão.
Figura 3.26 - Gerador tipo DKBH (linha antiga - com excitatriz auxiliar).
Vantagens:
Características Técnicas:
b) NAVAL - Os geradores para uso naval são projetados e fabricados para atender
parâmetros e características técnicas de acordo com as entidades classificadoras e
normas afins.
• Excitatriz auxiliar;
• Excitatriz principal;
• Enrolamento de campo.
A excitatriz auxiliar é uma máquina de pólos externos. Seu rotor é constituído de barras
axiais encravadas nas sapatas polares do rotor da máquina principal, que são seus pólos de
excitação. O estator, constituído de chapas, possui um enrolamento trifásico.
A excitatriz principal é um gerador de corrente trifásica de pólos salientes que
acomodam as bobinas do campo de excitação, que são ligadas em série.
O rotor da excitatriz principal é laminado, e suas ranhuras abrigam um enrolamento
trifásico ligado em estrela. O ponto comum desta ligação estrela é inacessível. De cada ponto da
ligação estrela saem dois fios para os retificadores girantes, assentados sobre dois suportes
dissipadores.
O enrolamento de campo é montado sobre o rotor da máquina principal, com as bobinas
enroladas sobre os pólos de excitação. O esquema do sistema de excitação do campo do motor
síncrono sem escovas é mostrado na figura 3.29b.
O estator da máquina principal, que é alimentado pela rede através dos terminais U1,
V1, W1 induz através das barras axiais encravadas no rotor, uma tensão trifásica na excitatriz
auxiliar. Esta tensão é retificada e alimenta o estator da excitatriz principal. A tensão induzida no
rotor da excitatriz principal é retificada e alimenta o enrolamento de campo.
Na partida é induzida uma tensão muito alta no rotor da máquina e isto faz com que
ocorra chaveamento dos tiristores, curto-circuitando o enrolamento de campo. Quando a tensão
cai para 130V (aproximadamente em 95% da rotação), os tiristores deixam de conduzir e o
enrolamento de campo passa, então, a receber a tensão retificada.
GTA . 3 1 5 M I 3 1 S 0 4 C
Tipo de Máquina
G Máquina Síncrona não Engenheirada
S Máquina Síncrona Engenheirada
GTA.315 M I 3 1 S 0 4C
Carcaça .160 até 2000
GTA . 3 1 5M I 3 1 S 0 4 C
Comprimento da Carcaça
S, M, L, A, B, C, D, E ,F
GTA . 3 1 5 M I 3 1 S 0 4 C
Aplicação
I Industrial
M Marinizado
T Telecomunicações
N Naval
E Especial
G T A . 3 1 5 M I 3 1 S 0 4 C
Característica
T Gerador Brushless c/Bobina auxiliar
P Gerador Brushless c/Excitatriz auxiliar
S Gerador Brushless s/auxiliar
L Gerador com escovas
D Motor com escovas
E Motor Brushless sem Excitatriz auxiliar
F Motor Brushless com Excitatriz auxiliar
M Monofásico Brushless sem Excitatriz auxiliar
N Monofásico Brushless com Excitatriz auxiliar
Q Monofásico Brushless com Bobina auxiliar
GTA.315M I 31 S 0 4 C
Código do Pacote
00 até 99
GTA.315M I31S0 4 C
Tipo de Rotor
S Pólos Salientes
L Pólos Lisos
GTA.315M I31S04 C
Número de Pólos
GTA.315MI31104C
Tipo de Cálculo
C Consulta
E Especificação para OP,AM e AT
K Catálogo
GTA . 3 1 5 M I 3 1 S 0 4 C
Tipo de Refrigeração
A Aberto Autoventilado
F Trocador de calor ar-ar
W Trocador de calor ar-água
I Ventilacao forçada Independente
D Auto-Ventilador por Dutos
T Ventilação Forçada por Dutos
L Ventilacao Forçada com Trocador Ar -água
V Ventilação Forçada Aberto
3.4.1 ALTITUDE
As máquinas podem ser operadas à potência nominal, nas diversas altitudes, desde que
as seguintes temperaturas não sejam excedidas:
0 a 1000m 40oC
1000 a 2000m 30oC
2000 a 3000m 20oC
3000 a 4000m 10oC
e outras conforme tabela 3.3, que determinam o limite máximo de potência do catálogo.
0 - sem proteção
1 - corpos estranhos de dimensões acima de 50mm
2 - idem, acima de 12mm
4 - idem, acima de 1mm.
5 - proteção contra acúmulo de poeiras prejudiciais ao gerador.
0 - sem proteção
1 - pingos de água na vertical
2 - pingos de água até a inclinação de 15 com a vertical
3 - água de chuva até a inclinação de 60 com a vertical
4 - respingos de todas as direções
5 - jatos de água de todas as direções
6 - água de vagalhões
7 - imersão temporária
8 - imersão permanente
1 o ALGARISMO 2 o ALGARISMO
CLASSE DE
GERADORES PROTEÇÃO CONTRA PROTEÇÃO CONTRA CORPOS
PROTEÇÃO PROTEÇÃO CONTRA ÁGUA
CONTATO ESTRANHOS
IP00 NÃO TEM NÃO TEM NÃO TEM
PINGOS DE ÁGUA ATÉ UMA
IP02 NÃO TEM NÃO TEM INCLINAÇÃO DE 15o COM A
VERTICAL
CORPOS ESTRANHOS
TOQUE ACIDENTAL
IP11 SÓLIDOS DE DIMENSÕES PINGOS DE ÁGUA NA VERTICAL
COM A MÃO
ACIMA DE 50mm.
PINGOS DE ÁGUA ATÉ UMA
IP12 INCLINAÇÃO DE 15o COM A
A VERTICAL
B ÁGUA DE CHUVA ATÉ UMA
E IP13 INCLINAÇÃO DE 60o COM A
R VERTICAL.
T CORPOS ESTRANHOS
O IP21 TOQUE COM OS DEDOS SÓLIDOS DE DIMENSÕES PINGOS DE ÁGUA NA VERTICAL
ACIMA DE 12mm.
PINGOS DE ÁGUA ATÉ UMA
IP22 INCLINAÇÃO DE 15o COM A
VERTICAL
ÁGUA DE CHUVA ATÉ UMA
IP23 INCLINAÇÃO DE 60o COM A
VERTICAL
TOQUE COM CORPOS ESTRANHOS RESPINGOS DE TODAS AS
IP44
FERRAMENTAS SÓLIDOS ACIMA DE 1mm DIREÇÕES
F PROTEÇÃO CONTRA
PROTEÇÃO COMPLETA RESPINGOS DE TODAS AS
E IP54 ACÚMULO DE POEIRAS
CONTRA TOQUE DIREÇÕES
C NOCIVAS
H
A JATOS DE ÁGUA DE TODAS AS
IP55
D DIREÇÕES
O
Tabela 3.4 - Grau de Proteção
As normas IEC 39.9 e a NBR - projetos limites 3:02.8-001 especificam limites máximos
de nível de potência sonora, em decibéis, na escala de ponderação A, dB (A), para ruídos de
máquinas elétricas girantes transmitindo através do ar, conforme Tabela 3.5.
GRAUS DE PROTEÇÃO IP22 IP44 IP22 IP44 IP22 IP44 IP22 IP44 IP22 IP44 IP22 IP44
960 < n 1320 < n 1900 < n 2360 < n 3150 < n
VELOCIDADE NOMINAL -RPM n > 960
≤ 1320 ≤ 1900 ≤ 2360 ≤ 3150 ≤ 3750
kW cv
55 < P < 110 75 < P< 150 94 96 97 100 100 103 101 105 103 107 104 108
110 < P < 220 150 < P < 300 97 99 100 103 103 106 103 108 105 109 106 110
220 < P < 630 300 < P < 860 99 101 102 105 106 108 106 110 107 111 107 112
630 < P < 1100 860 < P < 1500 101 103 105 108 108 111 108 112 109 112 109 114
1100 < P < 2500 1500 < P < 3400 103 105 108 110 110 113 109 113 110 113 110 115
2500 < P < 6300 3400 < P < 8600 105 108 110 112 111 115 111 115 112 115 111 116
Tabela 3.5 - Nível de potência sonora em dB(A).
3.4.7 VIBRAÇÃO
A tabela 3.6 indica valores admissíveis para a máxima velocidade de vibração para as
diversas carcaças, dentro de 3 tipos de balanceamento que são:
Normal, Reduzido e Especial conforme Norma DIN 45665.
Os geradores normalmente são balanceados no grau N.
Para vibrações ainda menores deverão ser tomados os valores de nível S, divididos por
1,6. Somente para vibrações senoidais puras é possível um cálculo simples da amplitude da
vibração. O aparelho para medição deve corresponder as exigências, conforme DIN 45666.Não
sendo feitas especificações especiais, os valores do nível N de vibrações valem para todas as
máquinas elétricas.
3.4.8 VENTILAÇÃO
As perdas são inevitáveis no gerador e o calor gerado por elas deve ser dissipado, ou
seja, transferido para o elemento de resfriamento do gerador, usualmente o ar ambiente. A
maneira pela qual é feita a troca de calor entre as partes aquecidas do gerador e o ar ambiente é o
que define o SISTEMA DE VENTILAÇÃO do gerador. Os sistemas usuais são de dois tipos
principais:
"Gerador Fechado de tal modo que não haja troca de meio refrigerante entre o interior e
o exterior da carcaça, não sendo necessariamente estanque" (Definição da ABNT).
O ar ambiente é separado do ar contido no interior do gerador não entrando em contato
direto com as partes internas do gerador. A transferência de calor é toda feita na superfície
externa do gerador.
O gerador não é "estanque", isto é, as folgas de montagem não impedem totalmente a
penetração do ar ambiente para dentro do gerador e a saída de ar de dentro para fora. Por
exemplo:
Quando o gerador começa a funcionar, o ar contido no seu interior se aquece e se
expande, criando uma leve diferença de pressão e fazendo com que um pouco de ar "escape" do
gerador para o ambiente. Quando o gerador para, o ar interno esfria e se contrai, fazendo com
que um pouco do ar externo penetre no gerador. O gerador, assim, "respira" em função das
oscilações de temperatura.
Dependendo da maneira como é feita a troca de calor na superfície externa do gerador,
existem os seguintes tipos de geradores totalmente fechado:
3.4.9 ACESSÓRIOS/ESPECIALIDADES
A aplicação é opcional, solicitada pelo cliente ou recomendada pela WEG quando ficar
evidenciada a aplicação em ambientes desfavoráveis.
As resistências de aquecimento poderão funcionar em redes de alimentação de 110V,
220V e 440V, dependendo da tensão da resistência e da ligação das mesmas.
A tensão de alimentação das resistências deverá ser especificada pelo cliente.
Dependendo da carcaça, serão empregados os resistores de aquecimento da tabela 3.7.
3.4.9.2.1 TERMORESISTÊNCIAS(PT-100)
Desvantagem:
• Os elementos sensores e o circuito de controle possuem um alto custo.
O tipo "PTC" é um termistor cuja resistência aumenta bruscamente para um valor bem
definido de temperatura, especificado para cada tipo. Essa variação brusca na resistência
interrompe a corrente no PTC, acionando um relé de saída, o qual desliga o circuito principal.
Também pode ser utilizado para sistemas de alarme ou alarme e desligamento (2 por fase).
Para o termistor "NTC" acontece o contrário do PTC, porém, sua aplicação não é
normal em geradores elétricos, pois os circuitos eletrônicos de controle disponíveis, geralmente
são para o PTC.
Os termistores possuem tamanho reduzido, não sofrem desgastes mecânicos e têm uma
resposta mais rápida em relação aos outros detetores, embora permitam um acompanhamento
contínuo do processo de aquecimento do gerador. Os termistores com seus respectivos circuitos
eletrônicos de controle oferecem proteção completa contra sobreaquecimento produzido por
sobrecarga, sub ou sobretensões ou liga-desliga. Possuem um baixo custo, relativamente ao do
tipo Pt-100, porém, necessitam de relé para comando da atuação do alarme ou operação.
3.4.9.2.3 TERMOSTATOS
São detetores térmicos do tipo bimetálico com contatos de prata normalmente fechados,
que se abrem quando ocorre determinada elevação de temperatura. Quando a temperatura de
atuação do bimetálico baixar, este volta a sua forma original instantaneamente permitindo o
fechamento dos contatos novamente.
Os termostatos podem ser destinados para sistemas de alarme, desligamento ou ambos
(alarme e desligamento) de geradores elétricos trifásicos, quando solicitado pelo cliente. São
ligados em série com bobina do contator. Dependendo do grau de segurança e da especificação
do cliente, podem ser utilizados três termostatos (um por fase) ou seis termostatos (grupos de
dois por fase).
S = UL x IL x 3.
Nos catálogos a potência aparente é dada em kVA, sendo válida para os fatores de
potência entre 0,8 e 1,0 (Indutivos).
Para fatores de potência menores que 0,8, a potência deve ser reduzida conforme a
figura 3.45, isto implica portanto que o cos(ϕ) também deve ser conhecido.
Portanto, se um gerador for conectado a carga com fatores de potência distintos, é
preciso averiguar antes, quais os componentes de potência ativa e reativa, e daí determinar a
potência aparente total, bem como o fator de potência geral.
∑P
c os ϕ =
S
Muitas vezes, não é possível conhecer a potência exata das fontes consumidoras. Neste
caso a potência do gerador é determinada a partir da potência de acionamentos e, como fator de
potência podemos adotar 0,8.
Da potência útil do motor de acionamento, diminuímos as perdas do gerador, para obter
a potência ativa que fica a disposição nos terminais do gerador.
PM . η( G )
PG = [ kW ]
100
Para potência do motor acionante dado em [cv], multiplicar por 0,736 para obter [kW]
PG PM x η
S= =
Cos( ϕ ) 100 x Cos( ϕ )
Exemplos:
Numa indústria deve ser instalado um Grupo Diesel para fornecer eletricidade às suas
instalações, onde existem as seguintes fontes consumidoras.
Pm [ kW ] x 100 30 × 100
P [ kW ] = = = 33,0 [ kW ]
η 90,9
P [ kW ] 33,0
S [ kVA ] = = = 38,8 [ kVA ]
cos ϕ 0,85
Q [ kVAr ] = S [ kVAr ] 2 - P [ kW ] 2
S = 375 [ kVA ]
∑ P 350,3
c os( ϕ ) = = = 0,934
S 375
A potência útil fornecida pelo gerador é menor que a potência acionante, isto é, o
rendimento do gerador é sempre inferior a 100%. A diferença entre duas potências representa as
perdas, que são transformadas em calor, o qual aquece o enrolamento e deve ser dissipado para
fora do gerador, para evitar que a elevação de temperatura seja excessiva.
O mesmo acontece em todos os tipos de máquinas elétricas.
No motor do automóvel, por exemplo, o calor gerado pelas perdas internas tem que ser
retirado do bloco pelo sistema de circulação de água com radiador ou pela ventoinha, em
motores resfriados a ar.
No item 3.4 podem ser vistos os diferentes tipos de ventilação.
Vida útil de máquina elétrica girante
Se não considerarmos as peças que se desgastam devido ao uso, como escovas e
rolamentos, a vida útil de máquina elétrica é determinada pelo material isolante.
Este material é afetado por muitos fatores, como umidade, vibrações, ambientes
corrosivos e outros. Dentre todos os fatores, o mais importante é, sem dúvida, a temperatura de
trabalho dos materiais isolantes empregados.
Um aumento de 8 a 10 graus na temperatura da isolação reduz sua vida útil pela metade.
Quando falamos em diminuição da vida útil da máquina, não nos referimos às
temperaturas elevadas, quando o isolante se queima e o enrolamento é destruído de repente. Vida
útil da isolação, em termos de temperatura de trabalho, bem abaixo daquela em que o material se
queima, refere-se ao envelhecimento gradual do isolante, que vai se tornando ressecado,
perdendo o poder isolante, até que não suporte mais a tensão aplicada e produza o curto-circuito.
A experiência mostra que a isolação tem uma duração praticamente ilimitada, se a sua
temperatura for mantida abaixo de um certo limite. Acima deste valor, a vida útil da isolação vai
se tornando cada vez mais curta, à medida que a temperatura de trabalho é mais alta. Este limite
de temperatura é muito mais baixo que a temperatura de "queima" do isolante e depende do tipo
de material empregado.
Esta limitação de temperatura se refere ao ponto mais quente da isolação e não
necessariamente ao enrolamento todo. Evidentemente, basta um ponto fraco no interior da
bobina para que o enrolamento fique inutilizado.
Como foi visto acima, o limite de temperatura depende do tipo de material empregado.
Para fins de normalização, os materiais isolantes e os sistemas de isolamento (cada um formado
pela combinação de vários materiais) são agrupados em Classes de isolamento, cada qual
definida pelo respectivo limite de temperatura, ou seja, pela maior temperatura que o material
pode suportar continuamente sem que seja afetada sua vida útil.
As classes de isolamento utilizados em máquinas elétricas e os respectivos limites de
temperatura conforme a Norma NBR 7094 são as seguintes:
• Classe A(105oC);
• Classe E(120oC);
• Classe B(130oC);
• Classe F(155oC);
• Classe H (180oC).
-
∆t = t 2 - t a = R 2 R1 (234,5 + t1 ) + t 1 - t a
R1
A temperatura do ponto mais quente do enrolamento deve ser mantida abaixo do limite
da classe. A temperatura total vale a soma da temperatura ambiente já com a elevação de
temperatura (∆t) mais a diferença que existe entre a temperatura média do enrolamento e a do
ponto mais quente.
As normas de máquinas elétricas fixam a máxima elevação de temperatura (∆t), de
modo que a temperatura do ponto mais quente fica limitada, baseada nas seguintes
considerações:
OBS: Para geradores de construção naval deverão ser obedecidos todos os detalhes
particulares de cada entidade classificadora.
Classe de Isolamento A E B F H
o
Temperatura ambiente C 40 40 40 40 40
∆ t= elevação de
o
temperatura C 60 75 80 100 125
(método de resistência)
Diferença entre o ponto
o
mais quente e a C 5 5 10 15 15
temperatura média
Total: temperatura do o
ponto mais quente C 105 120 130 155 180
Tabela 3.10 - Composição da temperatura em função da classe de isolamento
Ao se aplicar uma carga no gerador teremos subitamente uma queda de tensão que
depende da reatância do gerador, da corrente, do cos ø da carga e do tipo de regulação. Os
maiores problemas de queda de tensão e recuperação de tensão ocorrem na partida de motores de
indução.
Durante a partida de motores de indução, o fator de potência é da ordem de 0,3.
Para facilitar o cálculo vamos considerar o cos(ϕ) igual a zero, bem como desprezarmos
a impedância dos cabos de alimentação e a resistência interna do gerador.
Admitindo as simplificações mencionadas (figura 3.46).
XA
∆U =
X A + Xm
Em função da variação da carga a reatância do gerador varia com o tempo (xd”, xd' e xd
conforme as constantes de tempo próprias) como mostrado no item 3.2.5.
Na figura 3.47 é mostrado a variação da tensão em função do tempo. As curvas
mostradas dependem de parâmetros do gerador e do tempo de resposta da excitação e do sistema
de regulação.
*
X d
∆U% = . 100
1+ X* d
[ X * d . (Ip/In)]
∆U% = . 100
1 + [ X * d . (Ip/In)]
A tabela 3.11 mostra o valor de ∆U em função de X* d e Ip/In para cos(ϕ) igual a zero.
A queda de tensão, como pode ser visto na curva, irá reduzir quando o fator de potência
crescer.
• Impedância constante;
• kVA constante;
• Corrente constante.
• Lâmpadas;
• Aquecedores;
• Resistores.
OBS: Se for utilizado dois geradores iguais em paralelo, a reatância total é igual
reatância individual dos geradores.
Dados necessários:
b) Motores de indução
SOLUÇÃO:
230000
IG = = 302 A
3 . 440
IN = 120A
IP = 1056 A
K1 = 0,45
IPmotor 65% = IP100% . K1
IPmotor 65% = 1056 . 0,45 = 475 A
Refazendo o cálculo (1a iteração) para queda de tensão no gerador de 14,29%, temos:
Supondo queda de tensão inicial de 15% e utilizando chave compensadora com TAP
65%:
IPmotor 65%ref.= 647,5 . 0,45 . 0,65
IPmotor 65%ref.= 189A
IPmotor 65% ref. 189
= = 0,627
Ig 302
A queda de tensão que ocorrerá, considerando somente a partida do motor de 75cv será:
0,163 . 0,627
∆V = . 100%
1 + [0,163 . 0,627]
∆V = 9,27%
II.2 - Contribuição dos motores de 100 e 25cv quando da partida do motor de 75cv:
II.2.1 - Valor suposto de queda = 15%. Do gráfico da figura 3.50, obtemos a variação
da corrente dos motores em carga. Para o caso em questão temos ∆i = 0,26
8,2
∆i (M25) = = 0,027
302
Cálculo da queda
IP IP
= (M75) + _i(M100)+ _i(M25)
IN Ig
IP
= 0,627 + 0,103 + 0,027
IN
IP
= 0,757
IN
0,757 . 0,163
∆V = . 100
1 + [0,757 . 0,163]
∆V = 11%
IP IP
= (M75) + ∆i(M100) + ∆i(M25)
IN Ig
IP
= 0,712
IN
IP
= 0,627 + 0,067 + 0,018
IN
0,712 . 0,163
∆V = . 100%
1 + [0,712 . 0,163]
∆V = 10,4%
3.5.5 SOBRECARGA
Segundo as normas VDE 530 ou ABNT os geradores síncronos devem fornecer 1,5
vezes a corrente nominal durante 15 segundos. Neste caso, através de sua regulagem, deve-se
manter a tensão muito próxima da nominal.
Para utilização a bordo de navios, os geradores devem fornecer 1,5 vezes a corrente
nominal, durante 2 minutos.
No caso da linha TELEBRÁS a sobrecarga admissível é de 1,1 vezes a corrente nominal
durante 1 hora.
A sobrecarga momentânea em função da corrente, para máquinas de execução normal
(tipos de catálogos), é mostrada na figura 3.51.
3.5.6 SOBREVELOCIDADE
As máquinas síncronas estão aptas, segundo a norma NBR 5052 a resistir a 1,2 vezes a
velocidade nominal durante 2 minutos. Nesta condição a máquina poderá ou não estar excitada.
Sempre que se fizer uma conexão entre dois pontos com potenciais diferentes e baixa
resistência teremos um curto-circuito. Em regra geral, este acidente normalmente é prejudicial ao
circuito elétrico.
As correntes de curto-circuito nos sistemas podem ser calculados considerando as
reatâncias com seus valores em percentual.
A corrente de curto-circuito máxima trifásica pode ser calculada pela seguinte expressão
(xd'' em %):
2,55 x I F
Icc M`X = x 100 (A)
x′d
IF
I cceff = x 100 (A)
x′d
É hábito dar-se as reatâncias de uma máquina como valor de referência por unidade
(pu). Como grandeza de referência vale a reatância nominal.
UN
XN = (Ω )
3 x IN
X N = 1,0 (pu)
Se a mesma máquina for utilizada para um número maior de rotações e em vez de 60Hz,
outra tensão ou outra potência a reatância da máquina se modifica conforme a expressão abaixo:
Exemplo: É dado um gerador de 850 kVA - 380 V - 50Hz. O gerador sem alteração
deverá passar a acionar com 60Hz e fornecer 1000kVA e 440V. Para 50 Hz e 850 kVA a
reatância transitória obtida do cálculo foi de xd' = 21%. Que grandeza terá a reatância transitória
para a nova condição de acionamento?
Solução:
Neste item trataremos de alguns aspectos relativos à proteção dos geradores, mas não
nos preocuparemos com características de projetos, pois estaria fora do objetivo desta apostila.
Sobre certas condições anormais de funcionamento do gerador, poderemos ter valores
elevados de tensão terminal. Isto pode ocorrer, por exemplo, com o disparo na rotação da
máquina primária, ou quando a referência de tensão terminal (do regulador) é interrompida.
Nestes casos o gerador deve ter uma supervisão da tensão de modo a desexcitar a máquina.
Geradores com regulagem de tensão independente da freqüência, acionados com rotações abaixo
de 90% de sua rotação nominal, durante um período prolongado, devem ser desligados.
Se o gerador estiver alimentando uma rede, e ocorrer um curto-circuito na mesma,
ocorre uma situação crítica no momento em que o curto é desfeito e a tensão é restabelecida. A
potência fornecida pelo gerador, certamente não corresponderá a mesma antes do curto-circuito,
desta maneira, através do torque acionante, teremos uma aceleração ou um retardamento. Nestas
condições, as tensões não estarão mais em fase. Conforme a duração do curto e devido ao ângulo
de defasagem, aparecem fortes processos de reajustes, que podem ser comparados aos de uma
saída de sincronismo. Como conseqüência, podem aparecer danos nos acoplamentos, nas bases,
bem como no circuito de excitação. Desta maneira, ocorrendo curto na rede, se a tensão cair para
50% da nominal, o gerador deve ser imediatamente desacoplado da rede.
a) Regime S1
Funciona à carga constante, durante um certo tempo, inferior ao necessário para atingir
o equilíbrio térmico, seguido de um período de repouso de duração suficiente para restabelecer a
igualdade de temperatura com o meio refrigerante (figura 3.53).
O gerador deverá ser capaz de operar com uma variação de ± 10% de tensão.
A redução de tensão reduzirá a capacidade de fornecer potência reativa capacitiva,
aquecerá o estator e aumentará o ângulo de carga. Por outro lado, o aumento da tensão provocará
maior estabilidade (carga capacitiva), menor ângulo de potência, e maior aquecimento do
enrolamento de excitação.
Para uma utilização segura do gerador, todos os pontos de operação deverá estar na
região interna do diagrama de carga, observando-se a máxima potência ativa e reativa. Podemos
observar no gráfico que a maior limitação se encontra na região de cargas capacitivas. Estas
porém não correspondem a condição de funcionamento.
Os geradores de baixa tensão tem sua principal aplicação na ligação de equipamentos
industriais ou aplicações específicas como telecomunicações, onde teremos cargas normalmente
de caráter indutivo e não lineares.
Nestas condições o gerador estará sob forte excitação.
O limite de carga capacitiva se faz necessário para grandes geradores ligados a longas
linhas de transmissão abertas, por estas se tornarem cargas capacitivas.
Durante um ciclo de operação de um gerador, ele pode ser exigido, ora em sua potência
nominal e ora em valores menores que o nominal.
Quando o gerador está sendo pouco exigido, o seu rendimento e da máquina acionante
caem. Por este motivo, entre outros, e pelo fato de termos uma maior segurança de fornecimento
de energia pode-se optar pela operação em paralelo de geradores. Quando da ligação de
geradores em paralelo devemos observar:
Como podemos ver na figura 3.58, a soma geométrica das duas tensões é máxima
quando o gerador fornece corrente reativa. Com carga puramente resistiva, a soma geométrica
quase não desvia da tensão proporcional entre U e W. Logo, um aumento na potência reativa, faz
com que o gerador "veja" um aumento do valor atual da tensão do gerador, teremos então uma
diminuição da corrente de excitação provocando estabilidade na tensão terminal.
Normalmente a influência estática da corrente reativa será escolhida tal que, para uma
corrente reativa da ordem de grandeza da corrente nominal do gerador corresponde a uma queda
na tensão de aproximadamente 5%.
Para dois geradores operando em paralelo, se a carga é aumentada, existe uma redução
em suas velocidades, a qual é sentida pelo sistema de controle de velocidade da máquina
primária. O regulador de velocidade age para reestabelecer a velocidade normal. A divisão de
carga entre dois geradores é determinada pelas características do regulador de velocidade da
máquina primária.
Se um sistema tem características de velocidade tipo "a" (figura 3.60) e outro tipo "b",
eles irão dividir a carga numa proporção Pa e Pb quando estiverem operando em uma velocidade
S. O controle de carga em uma unidade é conseguida, ajustando as características do regulador
de velocidade para cima ou para baixo.
Un
Xdr = . 0,3
3 In
O gerador completo, pode ser desmontado numa série de unidades funcionais, que são
mostradas a seguir. A composição dos geradores depende do tipo de máquina (linha GTA ou
linha S).
O rotor acomoda o enrolamento de campo, cujos pólos são formados por pacotes de
chapas. Um enrolamento em gaiola, para amortecimento compensa serviços em paralelo, e com
carga irregular.
O rotor da excitariz principal está montado sobre o eixo da máquina principal. O rotor é
laminado e suas ranhuras abrigam um enrolamento trifásico ligado em estrela. O ponto comum
desta ligação estrela é inacessível. De cada ponto da ligação estrela saem dois fios para os
retificadores girantes, assentados os suportes dissipadores. Dos dois fios, um é ligado ao
retificador sobre o suporte positivo e o segundo, ao mesmo retificador sobre os suporte negativo.
Somente na linha SP - A excitatriz auxiliar é uma máquina de pólos externos. Seu rotor
é constituído por imãs, que são seus pólos de excitação. O estator, constituído de chapas, possui
um enrolamento trifásico, e encontra-se no lado não acionado.
Quando o fabricante projeta um gerador e o oferece à venda, ele tem que partir de certos
valores adotados para:
- características de carga alimentada;
- condiçoes em que o gerador irá funcionar.
O conjunto desse valores constitui as "características nominais" do gerador. A maneira
pela qual o fabricante comunica estas informações ao cliente, é através da placa de identificação
do gerador (figura 3.62).
3.6.3 NORMAS
• Fundo: após a limpeza, as peças são pintadas com tinta fundo alquídica, aplicada por
imersão.
Os geradores WEG são construídos nas formas construtivas B15 (single bearing),
B5/B3, conforme pode ser observado no catálogo de geradores.
As formas construtivas D5 e D6 são, normalmente, utilizadas em geradores de grande
porte utilizados principalmente em hidro e turbogeração.
Para linha GTA as formas construtivas padrões normalmente oferecidas são:
Figura 3.65 - Forma construtiva B3 (Linha S, fechado com trocador de calor ar-ar)
Dentre as informações padronizadas por norma que não precisam ser declaradas por
extenso na placa de identificação, estão as condições sob as quais o gerador foi feito para
funcionar, ou seja, as "condições usuais de serviço". Se o gerador for comprado para trabalhar
em condições especiais, o fato deve ser claramente indicado no pedido. As condições usuais de
serviço são:
a) Meio refrigerante (na maioria dos casos o meio ambiente) de temperatura não
superior a 40ºC e isento de elementos prejudiciais ao gerador;
b) Localização à sombra;
c) Altitude não superior a 1000 m sobre o nível do mar.
Características:
As vantagens da conversão de freqüência com máquinas girantes sobre a conversão
estática de estados sólido, são:
Aplicações:
• Equipamentos militares;
• Equipamentos portuários em geral;
• Laboratório de ensaio de máquinas;
• Acionamento de equipamentos importados.
Possibilidades:
Características:
Aplicações:
3.7.2.3 NO-BREAK
Poderá ser associado a rede um grupo diesel de emergência para assegurar tempo de
operação ilimitado.
Vantagens:
Nas aplicações com uso de geradores não podemos deixar de citar as cargas do tipo não
lineares, que levam a certas considerações na utilização das máquinas.
Cargas ditas deformantes são tipos de cargas com comportamento não linear de corrente
e/ou tensão e ainda, dependendo do tipo, com grande quantidade de harmônicos. A forma de
onda das correntes dessas cargas não é senoidal, o que ocasiona uma corrente que não traduz a
nominal solicitada pelo equipamento. Atualmente este tipo de carga encontra-se presente em
muitas aplicações industriais, comerciais e residenciais e como tal deve ser determinada para
uma condizente aplicação do gerador.
3.8 ENSAIOS
• Ensaios de Rotina;
• Elevação de Temperatura;
• Sobrevelocidade;
• Reatância Subtransitória do Eixo Direto.
OBS:Os ensaios serão limitados a potência de 500 kVA. Para as potências superiores os
resultados serão extrapolados.
120 . f
Rotação Síncrona n= [rpm]
p
Potência S = U1 . I1 . 3 [VA]
1
2
m . E 0 . Uf m .Uf
Potência Eletromagnética P= senδ + sen2δ [W]
xd 2 xq
Pg(kW) . 100
Potência do Acionamento Pn = [kW]
η (g)
*
X d . (Ip/In) . 100
Queda de Tensão ∆U% = [pu]
1 + [ X * d . (Ip/In)]
If
Corrente de Curto-Circuito Icceff = x 100 [A]
x′′d
2,55 x If
Icc M`X = x 100 x′′d em % [A]
x′′d
4.1 INTRODUÇÃO
A energia elétrica, até chegar ao ponto de consumo, passa pelas seguintes etapas:
a) Geração
b) Transmissão
c) Distribuição
Figura 4.1
a) Transformadores de corrente;
b) Transformadores de potencial;
c) Transformadores de distribuição;
d) Transformadores de força.
1) Nuclear ou envolvido;
2) Encouraçado ou envolvente.
1) Monofásico;
2) Polifásico (principalmente o trifásico).
Figura 4.2
Se aplicarmos uma tensão U1 alternada ao primário, circulará por este enrolamento uma
corrente IL alternada que por sua vez dará condições ao surgimento de um fluxo magnético
também alternado.
A maior parte deste fluxo ficará confinado ao núcleo, uma vez que é este o caminho de
menor relutância.
Este fluxo originará uma força eletro motriz (f.e.m.) E1 no primário e E2 no secundário
proporcionais ao número de espiras dos respectivos enrolamentos, segundo a relação:
E1 N 1
= =a
E2 N 2
U 1 N1
= =a
U2 N2
I1 ⋅ N1 = I 2 ⋅ N 2
ou
I2
⋅ N 2 = N1 = a
I1
4.2.4.1.1 GENERALIDADES
No sistema monofásico, uma tensão alternada U (volts) é gerada e aplicada entre dois
fios, aos quais se liga a carga, que absorve uma corrente I (amperes).
Figura 4.3
Se ligarmos duas cargas iguais a um sistema monofásico, esta ligação poderá ser feita
de dois modos:
• Ligação em série (Figura 4.4): em que duas cargas são atravessadas pela corrente
total ou de circuito. Neste caso, a tensão em cada carga será a metade da tensão do
circuito.
Figura 4.4
Figura 4.5
Figura 4.6
a) Ligação Triângulo
Figura 4.7
A tensão em qualquer destes três fios chama-se tensão de linha (UL), que é a tensão
nominal do sistema trifásico. A corrente em qualquer um dos fios chama-se corrente de linha
(IL).
Examinando o esquema da Figura 4.8, vê-se que:
Como as correntes estão defasadas entre si, a soma deverá ser feita graficamente, como
mostra a Figura 4.9. Pode-se verificar que:
I L = I f ⋅ 3 = 1,732 ⋅ I f
IL = 1,732 x If, temos If = 0,577 x IL = 0,577 x 10 = 5.77 em cada uma das cargas.
b)Ligação Estrela
Ligando um dos fios de cada sistema monofásico a um ponto comum aos três restantes,
forma-se um sistema trifásico em estrela (Figura 4.10). Às vezes o sistema trifásico em estrela é
a “quatro fios” ou “com neutro”.
O quarto fio é ligado ao ponto comum às três fases. A tensão de linha, ou a tensão
nominal do sistema trifásico, e a corrente de linha são definidas do mesmo modo que na ligação
triângulo.
U L = U f ⋅ 3 = 1,732 ⋅ U f
U V W
I1 I2 I3
I f1 I f2 If3
Figura 4.10
Figura 4.11
Figura 4.12
Exemplo: Temos uma carga trifásica composta de três cargas iguais, cada carga é feita
para ser ligada a uma tensão de 220 volts, absorvendo 5,77 ampéres. Qual a tensão nominal do
sistema trifásico que alimenta esta carga em suas condições normais? (220 volts e 5,77 ampéres)
Qual a corrente de linha?
c) Ligação Zig-Zag
Figura 4.13
Figura 4.14
Figura 4.15
Desta maneira com dois enrolamentos conseguimos em ligação Zig-Zag 380 / 220 V.
Para obtermos 220/127V ligamos em paralelo as duas bobinas de uma mesma coluna e
para 440/254V ligamos as bobinas em série.
4.2.4.2.2 AUTOTRANSFORMADOR
Figura 4.16
P P
I1 = I2 =
V1 V2
I = I1 − I 2
A relação entre a tensão superior e a tensão inferior não deve ser superior a 3. É
reversível, pode ser abaixador ou elevador. Não possui comutador, quando tiver várias tensões, é
dotado de painel de religação ou as diversas saídas podem ser diretamente nas buchas.
O autotransformador trifásico trifásico é realizado com agrupamento das fases em
estrela.
Vantagens:
4.2.5 POTÊNCIAS
P = U ⋅ I ⋅ cos( ϕ )
Num sistema trifásico:
P = 3 ⋅ U F ⋅ I F ⋅ cos( ϕ ) ou P = 3 ⋅ U L ⋅ I L ⋅ cos( ϕ )
É a soma vetorial da potência útil e a reativa. É uma grandeza que para ser definida,
precisa de módulo e ângulo, características do vetor.
Módulo: S = P 2 + Q 2
Ângulo: (ϕ)
Q
ϕ = arctg
P
P
f . p . = cos( ϕ ) =
S
A seguir, introduzimos uma tabela prática para determinação dos valores de tensão,
corrente, potência e fator de potência de transformadores em Tabela 4.1. função do tipo de
ligação:
Ligações dos
enrolamentos
Esquemas
APARELHO 1 APARELHO 2
P = 100W P = 100W
P P
cos ϕ = S=
S cos ϕ
1000
APARELHO 1 : S= = 2000VA
0,5
1000
APARELHO 2 : S= = 1087VA
0,92
CONCLUSÃO:
a) Transformadores monofásicos para instalação em postes: 5, 10, 15, 25, 37.5, 50, 75
e 100 kVA;
b) Transformadores trifásicos para instalação em postes 15, 30, 45, 75, 112.5 e
150kVA;
c) Transformadores trifásicos para instalação em plataformas: 225 e 300kVA.
4.3.2 TENSÕES
4.3.2.1 DEFINIÇÕES
Tensão (V)
Tensão máxima do equipa-
Primário Secundário
Mento kV (eficaz)
Trifásico ou Monofásico
Trifásicos Monofásicos
monofásico (FF) (FN)
1 2 3 4 5
Tensão (V)
Primário Secundário
Tensão máxima de equipa- Deriva-
mento kV (eficaz) ção no Trifásico e
Monofásicos
monofásico Trifásicos Monofásicos
(FN)
(FF)
1
13800 7967
15.0 2 2terminais
13200 7621
3 380/ 220 220ou127
12600 7275
1 ou
23100 13337
24.2 2
22000 12702
3 ou 3 terminais
20900 12067
440/220ou
1 254/127ou
34500 19919
36.2 2 240/120ou
33000 19053
3 220/127 230/115
31500 18187
FF - tensão entre fases;
FN - tensão entre fase e neutro.
Exemplo:
CERJ:
AT: 13800 - 13200 - 12600 - 12000 - 11400 - 10800 V
BT: 380/220 V ou 220/127 V
CEEE:
AT: 13800 - 13200 - 12600 V ou 23100 - 22000 - 20900 V
BT: 380/220 V ou 220/127 V
Quando a potência dos transformadores for superior a 3MVA não se recomenda baixar
a tensão diretamente para tensão de uso, pois os mesmos tornam-se muito caros devido as altas
correntes.
Recomenda-se baixar para uma média tensão, ou seja, 6,9 kV, 4,16 kV ou 2,4 kV e,
próximo aos centros de carga rebaixar novamente para as tensões de uso.
Ainda um caso particular de nível de tensão primária deve ser comentado. Existem
algumas regiões onde o nível de tensão de distribuição está sendo alterado. Neste caso, a
concessionária avisa o interessado, que a tensão atual passará a outro nível dentro de um
determinado período de tempo; logo, o transformador a ser instalado deverá ser capaz de operar
em duas tensões primárias, para evitar a necessidade de aquisição de novo equipamento quando
da alteração.
Estes transformadores especiais são chamados de religáveis.
A escolha da tensão do secundário depende de vários fatores. Dentre eles destacamos:
De uma forma geral, podemos dizer que para instalações onde equipamentos como
motores, bombas, máquinas de solda e outras máquinas constituem a maioria da carga, deve-se
usar 380/220V e para instalações de iluminação e força de residências deve-se adotar 220/127V.
Na NBR 5440 da ABNT encontramos a padronização das tensões primárias e secundárias.
4.3.3 DERIVAÇÕES
4.3.3.1 DEFINIÇÕES
Derivação principal:
Figura 4.18
Derivação superior:
Derivação inferior:
Degrau de derivação:
Faixa de derivações:
Tabela III
Posições do comutador 1 2 3
10-7 7-13 13-4
Comutador conecta os pontos 11-8 8-14 14-5
12-9 9-15 15-6
Tensão em cada derivação UN + a% UN UN - b%
a b
Percentual de variação por degrau
Tabela IV
Derivação Derivação Derivação Degrau de
Classe
Superior Principal Inferior Derivação
15 13800 13200 + 4,5
12600
24,2 23100 22000 20900 + 5%
4.3.4 CORRENTES
A corrente nominal (In) é a corrente para a qual o enrolamento foi dimensionado, e cujo
valor é obtido dividindo-se, a potência nominal do enrolamento pela sua tensão nominal e pelo
fator de fase aplicável (1 para transformadores monofásicos e 3 para transformadores
trifásicos).
Figura 4.19
I p = I 0 ⋅ cos( φ 0 )
I q = I 0 ⋅ sen( φ 0 )
P0
sendo cos( φ 0 ) =
V ⋅ I0
IN( A)
I cc ( CA ) = ⋅ 100
E Z (%)
IN = corrente nominal
EZ = impedância a 751C (%)
O nível de isolamento dos enrolamentos deve ser escolhido entre os valores indicados
na tabela abaixo (NBR 5356).
0,6 4
1,2 10
40 44
7,2 20
60 66
95 105
15 34
110 121
125 138
24,2 50
150 165
150 165
36,2 170 187 70
200 220
72,5 350 385 140
380 418 150
92,4
450 495 185
450 495 185
145 550 605 230
650 715 275
750 825 325
242 850 935 360
950 1045 395
Tabela V - Níveis de Isolamento para tensão máxima iguais ou inferior a 242KV
Assim uma nova grandeza foi introduzida, o deslocamento angular é o ângulo que
define a posição recíproca entre o triângulo das tensões concatenadas primárias e o triângulo das
tensões concatenadas secundárias e será medido entre fases.
De uma maneira prática: seja o transformador ligado na configuração mostrada na
figura 4.19.
Figura 4.19
X2
H3 H2 X3
Figura 4.20
Figura 4.21
1 bucha de AT
2 buchas de BT
Figura 4.22 Transformador monofásico FN
1 bucha de AT
3 buchas de BT
Figura 4.23 - Transformador monofásico FN
Tabela 2.21
2 buchas de AT 2 buchas de AT
2 buchas de BT 3 buchas de BT
3 buchas de AT
4 buchas de BT
Figura 4.26 Transformador Trifásico FF
4.4.1 PERDAS
a.1) Perdas na resistência Ohmica dos enrolamentos: são perdas que surgem pela
passagem de uma corrente (I) por um condutor de determinada resistência (R);
estas perdas são representadas pela expressão I2R e dependem da carga aplicada
ao transformador.
a.2) Perdas parasitas no condutor dos enrolamentos: são perdas produzidas pelas
correntes parasitas induzidas, nos condutores das bobinas, pelo fluxo de dispersão;
são perdas que dependem da corrente (carga), do carregamento elétrico e da
geometria dos condutores das bobinas.
b.1) Perdas por Histerese: são perdas provocadas pela propriedade das substâncias
ferromagnéticas de apresentarem um atraso entre a indução magnética (B) e o
campo mangético (H). O fenômeno da histerese é análogo ao da inércia mecânica.
b.2) Perdas por Correntes parasitas: assim como no caso das perdas parasitas no
material condutor dos enrolamentos, o fluxo indutor variável induz no ferro forças
eletromotrises que por sua vez farão circular as correntes parasitas em circuitos
elétricos fechados; estas são proporcionais ao quadrado da indução.
Perdas
Corrente de Tensão de curto-
Perdas em vazio totais
Potência (kVA) excitação circuito (Impedância)
máxima (W) máxima
máxima (%) a 75 ºC (%)
(W)
15 6.0 130 520
30 5.0 215 860
45 4.5 290 1160
4,0
75 4.0 425 1700
1125 3.6 575 2300
150 3.3 715 2860
225 3.0 970 3880
5.0
300 2.8 1200 4800
Tensão curto-
Corrente de Perdas em
Perdas totais circuito
Potência (kVA) excitação vazio máxima
máxima (W) (Impedância) a 75 ºC
máxima (W)
(%)
5 4.2 55 165
10 3.5 70 270
15 3.2 100 370
25 2.8 140 540
2,5
37.5 2.5 190 730
50 2.3 220 860
75 2.1 270 1200
100 2.0 330 1550
4.4.2 RENDIMENTO
P
η= ⋅ 100(%)
P + Pt
Onde:
P
b = fatordec arg a = ;
Pn
Sn = potência nominal em KVA;
Po = perdas no ferro do núcleo magnético em KW;
Pc = perdas no material dos enrolamentos em KW; (perdas de carga)
cos ϕ = fator de potência da carga.
Se quisermos saber qual a carga que deve ser aplicada a um transformador para que este
opere com rendimento máximo, devemos fazer:
Po
b= e S = b ⋅ Sn
Pc
Tabela 4.5
Transformadores trifásicos - Rendimentos
Potência (kVA) 15 30 45 75 112.5 150 225 300 500
15 97,02 97,49 97,74 98,00 98,19 98,32 98,42 98,52 98,32
24,2 96,64 97,21 97,48 97,78 97,99 98,12 98,30 98,42 97,80
36,2 96,64 97,21 97,48 97,78 97,99 98,12 98,30 98,42 97,30
Transformadores monofásicos – Rendimentos
Potência (kVA) 5 10 15 25 37.5 50 75 100
15 96,15 97,37 97,59 97,88 98,09 98,30 98.42 98,47
24,2 96,52 97,08 97,33 97,65 97,88 98,01 98,29 98,42
36,2 96,52 97,08 97,33 97,65 97,88 98,01 98,29 98.42
4.4.3 REGULAÇÃO
(A) Os valores assinaldos estão acima dos limites recomendados, tendo sido indicados
apenas para efeito de interpolação no cálculo dos valores máximos.
CONDIÇÕES NORMAIS
CONDIÇÕES ESPECIAIS
i) Dificuldades de manutenção;
Surgirá uma corrente circular entre os dois transformadores caso tenham tensões
secundárias diferentes.
Esta corrente se soma à corrente de carga (geometricamente) e no caso de carga indutiva
haverá um aumento de corrente total no transformador com maior tensão secundária enquanto
que a corrente total do transformador com menor tensão secundária diminui. Isto significa que a
potência que pode ser fornecida pelos dois transformadores é menor do que a soma das potências
individuais, o que representa desperdício.
A corrente circulante existe também se os transformadores estiverem em vazio, sendo
independente da carga e sua distribuição.
4.5.3.3 IMPEDÂNCIA
Devemos inferir as impedâncias a uma mesma base de potência, que pode ser a de
qualquer um deles, da seguinte maneira:
Z 2 ⋅ P1
Z´ 2 = (eq 4.2)
P2
Z ⋅P
Z´1 = 1 2 (eq 4.3)
P1
P1 P2
Z1 Z2
P ⋅ Z2
P1 = (eq 4.4)
Z1 + Z 2
P ⋅ Z1
P2 = (eq 4.5)
Z1 + Z 2
P = P1 + P2 (eq 4.6)
Exemplo:
• Potência: 1000KVA;
• Tensões Primárias: 13,8 - 13,22 - 12,6KV;
• Tensões Secundárias: 380/220V;
• Impedância: 5%;
• Deslocamento Angular: Dyn 1;
Z 1 ⋅ P2 5 × 1500
Z´1 = =
P1 1000
∑P Nn
EM = 1
n
PNn
∑ E
1 n
Onde:
PFn = potência fornecida à carga pelo n-ésimo transformador.
PNn = potência nominal do n-ésimo transformador
EM = tensão média de curto-circuito (%)
En = tensão de curto-circuito do n-ésimo transformador (%)
Pc = potência solicitada pela carga (KVA)
Entende-se por fator de demanda (d) como a razão da demanda máxima total (Dmt ) da
instalação para a respectiva potência instalada (Pt) e é definido para um ponto de distribuição.
Portanto conhecendo-se:
D
d = mt
Pt
podemos determinar qual a potência do transformador através de Dmt , sendo conhecida
a potência instalada.
3 ⋅ I ⋅V
Pnom = [ kVA ]
1000
Sendo:
Pnom = potência nominal de cada motor
I = corrente absorvida pelo motor em A (retirada pelo catálogo do fabricante)
V = tensão de alimentação dos motores.
4 - Calculam-se as relações:
n´
N=
n
P´ inst
P=
Pinst
Sendo:
n' = somatória dos motores
n = número total de motores
P’inst = potência instalada dos n’ motores
5 - Com N e P iremos a tebela 5,6 obtendo o fator de demanda (G) para a instalação.
DM = G ⋅ Pinst
Na tabela obtemos:
n = 65
Pinst = 597,2
Consideramos o maior motor com demenda de 100% (kVA), sendo o valor dividido por
dois. Para determinar n’ o número de motores cujas as potências, sejam maiores ou iguais que a
metade da potência nominal do maior motor.
72 ,40
= 36,2[ kVA ]
2
será n’ = 8+5 = 13
P’inst =142,9+131,1=274[kVA]
Calculamos as relações:
13
N= = 0,2
65
274
P= = 0 ,458
597 ,2
G = 0,64
DM = 434,3 kVA
Nota: Através do Item 1 e tabela 4.11 (tab. 1200 RPM) obtemos os valores DM kVA
I II III
No Cv KVA Pinst (KVA)
2 75 72,40 144,8
5 30 28,58 142,9
8 15 16,39 131,1
20 5 5,72 114,4
30 1,5 2,13 64,0
65 597,2
Com o auxílio das tabelas 4.14, 4.15, 4.16, 4.17 e da fórmula a seguir, pode-se calcular
a demanda máxima da instalação, que por sua vez definirá a potência do transformador:
Dmt = A + B + C + D + E
Sendo:
A = Demanda da potência para iluminação e tomadas, conforme tabela 4.13.
B = Demanda de todos os aparelhos de aquecimento (chuveiros, aquecedores,
fornos, fogões, etc...) calculada conforme tabelas 4.17 onde deve-se
diversificar a demanda por tipo de aparelho.
Os valores encontrados nas tabelas devem ser compreendidos como referidos aos casos
mais frequêntes e devem ser usados quando na falta de algum dado informativo.
É natural que o técnico, antes de recorrer às tabelas, se informe sobre os ciclos usuais de
funcionamento e faça quanto mais possível, com que se aproximem os valores dos fatores com a
realidade do caso que deve resolver.
Uma vez descoberto o valor da demanda absorvida pela instalação, devemos escolher o
transformador ou os transformadores a serem instalados. Os principais critérios de escolha são:
Solda a Arco
Fator de Demanda %
Número de Aparelhos
1º e 2º maior aparelho 100
3º aparelho 85
º
4 aparelho 70
soma dos demais aparelhos 60
solda à resistência
maior aparelho 100
soma dos demais aparelhos 60
Tabela 5.5 - Demanda individual das máquinas de solda a transformador
P
0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95 1,00
N
0,005 0,34 0,18 0,11 0,073 0,051 0,039 0,030 0,024 0,019 0,016 0,013 0,011 0,010 0,009 0,007 0,007 0,006 0,005 0,005
0,01 0,52 0,32 0,20 0,14 0,10 0,076 0,059 0,047 0,037 0,031 0,026 0,023 0,019 0,017 0,015 0,013 0,012 0,011 0,009
0,02 0,71 0,51 0,36 0,26 0,19 0,14 0,11 0,09 0,07 0,06 0,05 0,04 0,04 0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02
0,03 0,81 0,64 0,48 0,36 0,27 0,21 0,16 0,13 0,11 0,09 0,08 0,07 0,06 0,05 0,04 0,04 0,04 0,03 0,03
0,04 0,86 0,72 0,57 0,44 0,34 0,27 0,22 0,18 0,15 0,12 0,10 0,09 0,08 0,07 0,06 0,05 0,05 0,04 0,04
0,05 0,90 0,79 0,64 0,51 0,41 0,33 0,26 0,22 0,18 0,15 0,13 0,11 0,10 0,08 0,07 0,07 0,06 0,05 0,05
0,06 0,92 0,83 0,70 0,58 0,47 0,38 0,31 0,26 0,21 0,18 0,15 0,13 0,12 0,10 0,09 0,08 0,07 0,06 0,06
0,08 0,94 0,89 0,79 0,68 0,57 0,48 0,40 0,33 0,28 0,24 0,20 0,17 0,15 0,13 0,12 0,11 0,09 0,08 0,08
0,10 0,95 0,92 0,85 0,76 0,66 0,56 0,47 0,40 0,34 0,29 0,25 0,22 0,19 0,17 0,15 0,13 0,12 0,10 0,09
0,15 0,95 0,93 0,88 0,86 0,72 0,67 0,56 0,48 0,42 0,37 0,32 0,28 0,25 0,23 0,20 0,17 0,16 0,14
0,20 0,95 0,93 0,89 0,83 0,76 0,69 0,64 0,54 0,47 0,42 0,37 0,33 0,29 0,26 0,23 0,21 0,19
0,25 0,95 0,93 0,90 0,85 0,78 0,71 0,64 0,57 0,51 0,45 0,41 0,36 0,32 0,29 0,26 0,24
0,30 0,95 0,94 0,90 0,86 0,80 0,73 0,66 0,60 0,53 0,48 0,43 0,39 0,35 0,32 0,29
0,35 0,95 0,94 0,91 0,86 0,81 0,74 0,68 0,62 0,56 0,50 0,45 0,41 0,37 0,33
0,40 0,95 0,93 0,91 0,86 0,81 0,75 0,69 0,63 0,57 0,52 0,47 0,42 0,38
0,45 0,95 0,93 0,91 0,87 0,81 0,76 0,70 0,64 0,58 0,52 0,47 0,43
0,50 0,95 0,94 0,91 0,87 0,82 0,76 0,70 0,64 0,58 0,53 0,48
0,55 0,95 0,94 0,91 0,87 0,82 0,75 0,69 0,63 0,57 0,52
0,60 0,95 0,94 0,91 0,87 0,81 0,75 0,69 0,63 0,57
0,65 0,95 0,94 0,91 0,86 0,81 0,74 0,68 0,62
0,70 0,95 0,94 0,90 0,86 0,80 0,73 0,66
0,75 0,95 0,93 0,90 0,83 0,78 0,71
0,80 0,95 0,94 0,89 0,83 0,76
0,85 0,95 0,93 0,88 0,80
0,90 0,95 0,92 0,85
1,0 0,95
Tabela 5.6 - Fatores de demanda de grupos de motores.
NOTA: Os fatores devem ser aplicados para cada tipo de aparelho separadamente.
criar uma instalação articulada e flexível, apta a adequar-se a cada situação e permitir o máximo
e racional aproveitamento dos transformadores, com o mínimo dano.
a) Potência;
b) Tensões Primárias e derivações;
c) Tensão Secundária;
d) Frequência;
e) Normas aplicáveis;
f) Acessórios;
g) Valores de Impedância, corrente de excitação e perdas;
h) Qualquer outra característica importante: dimensões especiais por exemplo.
Figura 4.28
4.7.1.1 NÚCLEO
45º
Figura 4.29
4.7.1.2 ENROLAMENTO
Para que o núcleo se torne um conjunto rígido, é necessário que se utilize dispositivos
de prensagem das chapas. São vigas dispostas horizontalmente, fixadas por tirantes horizontais e
verticais.
Devem ainda estar projetadas para suportar o comutador, os pés de apoio da parte ativa,
suporte das derivações e ainda o dispositivo de fixação da parte ativa do tanque. Os calços são
usados em vários pontos da parte ativa e tem várias finalidades.
Servem para constituir as vias de circulação de óleo, para impedir que os enrolamentos
se movam, como apoio da parte ativa (neste caso chamado pé), e outras. Os materiais dos calços
são vários e dentre eles podemos destacar o papelão (Presspan), o fenolite, a madeira, permalan,
permawood e playboard.
O isolamento se faz necessário nos pontos da parte ativa onde a diferença de potencial
seja expressiva, nos condutores, entre camadas dos enrolamentos, entre primário e secundário,
entre fases e entre enrolamentos e massa.
Os materiais são diversos e devem atender às exigências de rigidez dielétrica e
temperatura de operação (classe A-105ºC). No caso dos condutores, estes podem estar isolados
em papel Kraft neutro ou esmalte; este último, na WEG, é de classe H (180ºC).
Sua finalidade foi exposta no ítem relativo às tensões normalizadas. Pode assumir duas
formas básicas: tipo painel e tipo linear.
O painel é instalado imerso em óleo isolante e localizado acima das ferragens superiores
de aperto do núcleo, num ângulo que varia de 20 a 30º, para evitar depósitos de impurezas em
sua superfície superior.
A figura 4.32 mostra um comutador tipo painel de posições. Consta de chapa de fenolite
a qual recebe dentro de determinada disposição, os terminais dos enrolamentos.
Os parafusos que recebem estes terminais estão isolados desta chapa do painel por meio
de buchas de porcelana ou epoxí para garantir boa isolação entre eles.
A conexão entre os parafusos é feita por pontes de ligação de formato adequado a fácil
troca de posição e perfeito contato com o aperto das porcas.
Só se usa comutador tipo painel para casos em que se tenha 8 ou mais derivações ou no
caso de religáveis.
Este tipo de comutador tem como principal vantagem a facilidade de operação, sendo
sua manobra feita internamente por meio de uma manopla situada acima do nível do óleo, ou
feita externamente. O acionamento externo é usado obrigatoriamente quando o transformador
possui conservador de óleo, ou ainda quando o mesmo possui potência maior que 300kVA.
Há 3 tipos básicos de comutadores lineares:
Todos os comutadores mencionados são para acionamento sem tensão e sem carga.
4.7.2 BUCHAS
São os dispositivos que permitem a passagem dos condutores dos enrolamentos ao meio
externo. São constituidos basicamente por:
1) Buchas de AT: classe 15; 24,2 e 36,2KV; todas com capacidade de 160A (Figura
4.36).
2) Buchas de BT: tensão nominal 1,3KV; correntes nominais de 160; 400; 800; 2000;
3150 e 5000A (Figuras 4.34 e 4.35).
b) BUCHAS DIN
Para as AT nas classes de 15; 24,2 e 36,2KV nas correntes nominais de 250; 630; 1000;
2000 e 3150A (Figura 4.37 e 4.38)
c) BUCHAS CONDENSIVAS
Tabela - buchas de baixa tensão para transformadores monofásicos (conforme NBR 5437)
Tabela - Buchas de Alta Tensão para transformadores Trifásicos (conforme NBR 5437)
4.7.3 TANQUE
• Lateral;
• Fundo;
• Tampa.
conector de aterramento, furos de passagem das buchas, radiadores, visor de nível de óleo e
placa de identificação.
O tanque e a respectiva tampa devem ser de chapas de aço, laminadas a quente,
conforme NBR 6650 e NBR 6663.
As espessuras das chapas para transformadores de distribuição estão na tabela a seguir.
Para transformadores maiores não há normalização, cada fabricante escolhe as chapas conforme
a especificação do projeto mecânico.
4.7.3.1 SELADOS
Figura 4.40
Figura 4.43
Figura 4.44
4.7.4 RADIADORES
Todo o calor gerado na parte ativa se propaga através do óleo e é dissipado no tanque
(tampa e sua lateral). As elevações de temperatura do óleo e do enrolamento são normalizadas e
devem ser limitadas para evitar a deteriorização do isolamento de papel e do óleo. Dependêndo
da potência do transformador, ou melhor, de suas perdas, a área da superfície externa poderá ser
insuficiente para dissipar este calor e é então necessário aumentar a área de dissipação. Para tal
usam-se radiadores que poderão ser de elementos ou tubos (Figura 4.45 e 4.46).
Os radiadores de elementos são chamados de chapa de aço carbono.
Figura 4.46
Tabela 6.1- Características do óleo mineral isolante tipo A (para tensão máxima do
equipamento superior a 145KV).
(E) Esta especificação requer que o óleo isolante atenda ao limite de fator de potência a
100ºC pelo método ASTM D 924, ou ao fator de dissipação a 90ºC pelo método
IEC 247. Esta especificação não exige que o óleo isolante atenda aos limites
medidos por ambos os métodos;
(F) O ensaio do fator de dissipação a 90ºC, do óleo exidado pelo método IEC 74, é
realizado conforme método IEC 247 e após a preparação desse óleo feita de acordo
com o item 10.4.1 do método de ensaio IEC 10A (Central Office) 56;
(G) Estes itens não são válidos para refinarias que, entretanto, devem entregar o produto
em condições tais que, mediante tratamento convencional de absorção com argila,
por parte das distribuidoras, seja enquadrado nos valores especificados.
Nota : Os dados desta Tabela estão de acordo com a Resolução CNP 06/85 e com o
Regulamento Técnico correspondente, CNP 18/85
Nota: Os dados desta Tabela estão de acordo com a Resolução CNP 09/88, com o
Regulamento Técnico correspondente, CNP 06/79, e com sua revisão número 2,
de 01 de novembro de 1988.
Figura 4.47
4.7.8 ACESSÓRIOS
NOTA: Todas as aberturas na tampa inclusive as das buchas, devem ser providas de
ressaltos construídos de maneira a evitar a acumulação e/ou a penetração de
água.
O relé BUCHHOLZ tem por finalidade proteger aparelhos elétricos que trabalhem
imersos em líquido isolante, geralmente transformadores.
Enquanto sobrecargas são fenômenos controláveis por meio de relés, de máxima
intensidade de corrente, defeitos tais como perdas de óleo, descargas internas, isolação
Figura 4.48
Quando do acúmulo de uma certa quantidade de gás no relé, a bóia superior é forçada a
descer.
Se, por sua vez, uma produção excessiva de gás provoca uma circulação de óleo no relé,
é a bóia inferior que reage, antes mesmo que os gases formados atinjam o relé.
Em ambos os casos, as bóias ao sofrerem o deslocamento, ligam um contato elétrico.
a) APLICAÇÃO
temperatura, apenas quando em ascensão desta, pois, na redução ele fixa imóvel, sujeito apenas a
ação externa, possibilitando-se a verificação de temperatura máxima atingida em um dado
período.
O termômetro possui na extremidade um bulbo que é colocado na parte mais quente do
óleo, logo abaixo da tampa.
O bulbo contém em seu interior uma coluna de mercúrio (Hg) que transmite as
variações da temperatura até o bimetálico existente, indo à agulha indicadora de temperatura.
b) INSTRUÇÃO
a) APLICAÇÃO
b) INSTRUÇÃO
Figura 4.49
Figura 4.50
4.7.8.3.1 GENERALIDADES
Os indicadores magnéticos de nível tem por finalidade indicar com perfeição o nível de
líquidos tais como água, óleo, etc., e ainda, quando providos de contatos para alarme, servirem
como aparelhos de proteção à máquina, tais como transformadores, etc.
Figura 4.51
SECADOR DE AR DE SILICA-GEL
Figura 4.52
4.7.8.3.3 SILICA-GEL
O silica-gel se apresenta sob forma cristalina, não sendo venenoso, é inodoro, sem
sabor, não dissipando gases e não sendo solúvel em água, mesmo quando fragmentado. Quando
no seu estado seco, apresenta uma coloração azulada, porém, quando umificada adquire uma
tonalidade cor-de-rosa.
Existem pequenas variações das reações do silica-gel com a umidade. De um modo
geral absorve umidade em cerca de 20% de seu peso, porém atingindo 15% ele se torna cor-de-
rosa e neste ponto deverá ser feita a secagem ou troca dos cristais.
INTRODUÇÃO
Figura 4.53
Figura 4.54
R é o reostato de ajuste.
O elemento de aquecimento (2) possui uma resistência que varia de fabricante para
fabricante.
Figura 4.55
Figura 4.56
4.7.8.5.2 MONTAGEM
4.7.8.6.1 GENERALIDADES
- Uma caixa totalmente fechada (posição 1), flangeada sobre uma abertura do tanque
do transformador, localizada acima do líquido isolante, a caixa comunica com o
interior do transformador somente através de um pequeno orifício equalizador da
pressão existente no plug de latão (posição 2);
- Um fole metálico (posição 3), em liga não corrosível;
- Um microrruptor (posição 4), acionado pelo fole quando este alonga devido a
desiquilíbrios de pressão entre o transformador e o interior da caixa (posição 1) do
relé;
- Uma caixa de terminais (posição 5), com bornes (posição 6) do microrruptor.
Figura 4.57
O relé é provido de quatro contatos reversores, um dos quais é usado para autobloquear
a própria bobina do relé, através do botão de rearmamento (normalmente fechado).
Portanto, quando o elemento sensível à pressão aciona o microrruptor, o relé auxiliar
excita-se permanecendo excitado até que o operador proceda ao rearmamento manual, apertando
o botão.
Os demais contatos do relé são usados para sinalização, sendo utilizados um dos
circuitos representados na figura 4.60
Figura 4.60
Normalmente o relé de pressão súbita é montado em uma das paredes laterais do tanque
do transformador, no espaço entre o nível máximo do líquido isolante e a tampa.
Entretanto é aceitável também a montagem horizontal, sobre a tampa do transformador.
Quando o transformador é transportado cheio de líquido isolante ou é enchido no campo
com vácuo, é importante verificar que não penetre líquido isolante no orifício equalizador de
pressão ou no interior do relé.
Normalmente o flange ao qual se aplica o relé é fornecido com flange cego de vedação.
O relé é fornecido em separado, devendo ser montado após concluída a instalação do
transformador e o enchimento com líquido isolante.
4.7.8.6.4 MANUTENÇÃO
Figura 4.61
Também pode ser feito com o transformador em funcionamento nas condições descritas
em A e da seguinte forma:
Figura 6.39
4.8 ENSAIOS
1- Ensaios de rotina;
2- Ensaios de tipo;
3- Ensaios especiais.
Estes ensaios devem ser executados de acordo com a norma da ABNT NBR 5380, que
prescreve os métodos a serem seguidos para testes em transformadores.
a) Elevação de temperatura;
b) Tensão suportável nominal de impulso atmosférico, (para transformadores com
tensão nominal ≤ 242 kV;
c) Nível de ruído;
d) Ensaios no óleo isolante, após contato com o equipamento, em transformadores com
tensão nominal ≤ 36,2 kV:
- rigidez dielétrica;
- teor de água;
- fator de potência;
- tensão interfacial.
e) Medição da potência absorvida pelos motores de bombas de óleo e ventiladores.
a) Ensaio de curto-circuito;
b) Medição da impedância da sequência zero em transformadores trifásicos;
c) Medição de harmônicos na corrente de excitação;
d) Análise cromatográfica dos gases dissolvidos no óleo isolante;
e) Fator de potência do isolamento;
f) Vácuo interno;
g) Nível de tensão de radiointerferência;
h) Ensaios para verificação do esquema de pintura das partes interna e externa do
transformador, conforme a NBR 11.388.
Este ensaio visa determinar o valor da resistência elétrica de cada enrolamento, devendo
ser medida na derivação correspondente à tensão mais elevada ou naquela especificada pelo
cliente, e corrigida à temperatura de referência (75ºC).
No caso de transformadores trifásicos, este valor deve ser fornecido por fase.
O ensaio de relações de tensões visa determinar a proporção que existe entre a tensão
primária e a tensão secundária. O ensaio deve ser feito em todas as derivações.
Quando o transformador tiver ligações série-paralelo, o ensaio deve ser feito nas duas
ligações. As tensões são sempre dadas para o transformador funcionando em vazio.
V1
K=
V2
A resistência de isolamento deve ser medida antes dos ensaios dielétricos (tensão
aplicada e tensão induzida). Este ensaio não constitui critério para aprovação ou rejeição do
transformador.
A resistência determinada, embora sujeita a grandes variações devido a temperatura, a
umidade e a qualidade do óleo isolante empregado, é um valor que dá idéia do estado do
isolamento antes de submeter o transformador aos ensaios dielétricos.
Além disso, as medições permitem um acompanhamento do processo de secagem do
transformador.
Por ser uma simples medição sem valor de referência, geralmente só se pode verificar se
existem falhas grosseiras (curtos entre enrolamentos ou entre um enrolamento e massa) no
isolamento.
Os critérios e a interpretação dos valores encontrados, variam de acordo com a prática e
a experiência do fabricante e do usuário.
Os critérios bem como o procedimento de medição da resistência do isolamento devem
ser considerados como orientação genérica, e os valores de referência neles obtidos não
representam valores-limites absolutos, mas sim, ordem de grandeza.
4.8.4.4 POLARIDADE
Este ensaio visa determinar a polaridade do transformador, que pode ser aditiva ou
subtrativa (a grande maioria dos casos). Em transformadores trifásicos, o ensaio de polaridade é
dispensável, à vista do levantamento do diagrama fasorial.
Perdas no Núcleo:
O ensaio de perdas em carga visa a determinação de: perdas no cobre (PJ); queda de
tensão interna (∆V); impedâncias, resistência a reatâncias percentuais (Z%, R% e X%).
Na determinação das perdas dos enrolamentos (que são por efeito joule), deve-se notar
que elas dependem da carga elétrica alimentada pelo transformador. Isso sugere a necessidade de
se estabelecer um certo ponto de funcionamento (ou uma certa corrente fornecida) para a
determinação de R 1.I12 + R 2.I22, respectivamente, perdas nos enrolamentos primário e
secundário.
Tal ponto é fixado como o correspondente ao funcionamento nominal do transformador.
Desde que se tenha a circulação de corrente por um dos enrolamentos, pela relação de
transformação, a do outro enrolamento também o será, e nessas circunstâncias, as perdas por
efeito joule são as denominadas nominais.
Para o conhecimento das referidas perdas, podem-se determinar R1 e R2, e conectar em
seguida a carga nominal ao transformador para medição de I1 e I2. Essas correntes poderiam
também ser obtidas pelos dados de placa de potência e tensão.
Já que o problema consiste no estabelecimento de correntes nominais nos enrolamentos,
o método proposto corresponde à realização do denominado ensaio em curto circuito. O
enrolamento de tensão inferior (TI) é curto-circuitado e a alimentação proveniente de uma fonte
de tensão superior (TS).
Para que se faça uma análise real do isolamento entre os enrolamentos e entre os
mesmos e a massa, necessita-se aplicar ao transformador uma tensão tal que corresponda aos
valores especificados na tabela 2 da NBR 5356/93, à frequência nominal. O conjunto a ser
utilizado para este ensaio consistirá em uma fonte de tensão de frequência igual à nominal do
transformador, que alimenta um transformador de saída variável. A tensão de saída é graduada
para um valor que está relacionado coma classe de isolamento do transformador, segundo se
verifica pela tabela da norma NBR 5356. No ensaio, os terminais dos enrolamentos são curto-
circuitados e a alimentação é feita inicialmente pela tensão superior, aterrando-se os terminais de
baixa tensão e a massa.
Na segunda fase do ensaio, a alimentação é realizada pela baixa tensão, estando a alta e
a massa aterradas. Deve-se então observar que as tensões são diferentes nas duas etapas do
ensaio, pois o valor da tensão aplicada depende da classe de tensão do enrolamento em teste, a
qual é diferente para a baixa e alta tensão.
Para cada fase do ensaio, os terminais do enrolamento testado são curto-circuitados. Isso
implica que todos os pontos da bobina estão ao mesmo potencial. Este fato leva a conclusão de
que o ensaio em pauta permite analisar o isolamento entre as bobinas de alta tensão, baixa a
massa, sendo que o isolamento entre aspiras não foi verificado.
A constatação de existência ou não de defeitos, verifica-se por uma queda brusca de
tensão e aumento na corrente de ensaio.
Em relação a duração do ensaio, verificou-se que com 1 minuto, caso haja o defeito, o
mesmo já se manifesta, ficando deste modo o citado período padronizado.
4.8.4.9 ESTANQUEIDADE
O transformador completo, cheio de óleo e com todos os acessórios, deve ser ensaiado
para verificar a vedação das gaxetas, conexões roscadas, etc.
Neste ensaio, os transformadores devem suportar as pressões manométricas de ensaio
especificadas na tabela 15 da norma da ABNT NBR 5356, durante o tempo especificado na
mesma.
O nível de ruído gerado por um transformador quando este é colocado em operação, não
pode exceder um valor determinado pela NBR 5356/93, quando este for ensaiado conforme NBR
7277.
É necessário ressaltar que ruído excessivo pode significar alguma anomalia no
equipamento, podendo futuramente tirá-lo de operação.
4.8.5.4 CURTO-CIRCUITO
Este ensaio deve ser realizado antes e após os ensaios dielétricos, desde que solicitado
pelo comprador.
O objetivo é fazer uma avaliação mais criteriosa e consequentemente mais precisa do
isolamento do equipamento, sob o aspecto da qualidade da secagem da parte ativa.
4.9.1.1 RECEBIMENTO
4.9.1.2 MANUSEIO
4.9.1.3 ARMAZENAGEM
Quando o transformador não for posto em serviço imediatamente, deve ser armazenado
com líquido isolante em seu nível normal, de preferência em condições que o transformador não
fique sugeito aos intempéries, as grandes variações de temperatura e a gases corrosivos e de
modo a não sofrer danos mecânicos.
Recomenda-se que o transformador não fique em contato direto com o solo.
4.9.1.4 INSTALAÇÃO
4.9.1.5 MANUTENSÃO
A cada doze meses, ou a critério do usuário, deve ser realizado no campo uma inspeção
externa com o transformador energizado, observando-se a distância e estado do equipamento.
A cada cinco anos, ou a critério do usuário, devem ser realizados os seguintes ensaios e
procedimentos com o transformador desenergizado.
• Resistência de isolamento;
• Retirada da amostra do líquido isolante.
NOTA: Os ensaios devem adotar, a seu critério, qualquer método a fim de evitar que
ocorram sobrecargas no transformador.
4.9.2.1 RECEBIMENTO
Antes do decarregamento, deve ser feito, por pessoal especializado, uma inspeção
preliminar no transformador, de modo a verificar:
• O levantamento ou tração deve ser feito pelos pontos de apoio indicados nos
desenhos ou instruções do fabricante;
• Todos os componentes e acessórios devem ser manuseados com devido cuidado;
Para transformador transportado sem óleo, verificar a pressão do gás seco no tanque e
nos cilindros de suprimento, conforme orientação do fabricante.
Quando transportado o transformador com óleo, fazer as análises de rigidez dielétrica e
teor de água no óleo para que possa concluir sobre a absorção de umidade por parte do
isolamento.
NOTA: Quando se tratar de transformadores sob garantia, qualquer ocorrência deve ser
comunicado ao fabricante, para que este indique as providências a serem
tomadas.
4.9.2.4 ARMAZENAMENTO
4.9.2.5 INSTALAÇÃO
Deve-se ter precauções para que sejam retirados calços eventualmente colocados no
seletor para fins de transporte;
- Acessórios:
- Relé de gás:
- Nível de óleo:
- Desareação (sangria:)
- Secador de ar:
- Indicador de temperatura:
Os seus capilares devem ser protegidos, evitando sua danificação durante os trabalhos
subsequentes;
- Ligações de aterramento:
- Buchas e conectores:
- Vazamento:
4.9.3 ENSAIOS
4.9.4 ENERGIZAÇÃO
4.9.5 MANUTENÇÃO
Buchas:
- Vazamentos(S);
- Nível do óleo (S);
- trincas ou partes quebradas, inclusive no visor do óleo (T);
- Fixação;
- Condições e alinhamento dos centelhadores (T);
- Conectores, cabos e barramentos (T);
- Limpeza das porcelanas (T).
Tanque e radiadores:
Conservador
- Vazamento (S);
- Registro entre o conservador e o tanque, se estão totalmente abertos (T);
Sistema de ventilação:
Secador de ar:
Relé de gás:
Relé de Pressão:
- Vazamento (S);
- Juntas (S);
- Contatores tipo Plugue (T);
- Fiação (T);
Comutadores de derivações:
Ligações externas:
- Aterramento (T);
- Circuitod de alimentação externos (S).
4.10CONFORME ANEXO
5 QUADROS
5.1.1.1 MANOBRA
• a operação normal;
• a prevenção contra falhas elétricas;
• e a limitação dos defeitos devidos as falhas.
1) Em nenhum caso a proteção deve dar ordens, se não existe defeito na sua zona de
controle (desligamentos intempestivos podem ser piores que a falha).
2) Se existe defeito nessa zona, as ordens devem corresponder exatamente àquilo que
se espera, considerada que seja a forma, intensidade e localização do defeito.
Evidentemente, relês rápidos devem ser associados a disjuntores rápidos, de modo a dar
um tempo de operação total pequeno. De fato, com o aumento da velocidade do releamento,
mais carga pode ser transportada sobre um sistema, do que resulta economia global aumentada
(evita-se as vezes, a necessidade de duplicar certas linhas ).
I cc min
k=
I pp
onde, por exemplo,
c) Chaves seccionadoras sob carga: São chaves seccionadoras que são construidas
com dispositivos especiais de extinção de arco, em seus contatos fixos e móveis,
capazes de interromper até a corrente nominal.
• Fusíveis;
• Relês térmicos.
• Relês de sobrecarga;
• Relês de tempo;
• Protetores térmicos;
• Relê de sequencia de fase;
• Relê PTC;
• Relê de falta de fase;
• Relê de mínima e máxima tensão.
• Transformadores de corrente;
• Transformadores de potêncial;
• Controladores de nível;
• Sensores;
• Transformadores de comando, etc.
Ao lado de alguns outros dispositivos não constituídos por meio de relês, tais como
pára-raios, indicadores de circulação de óleo, termostatos, etc., os seguintes elementos fazem
parte do primeiro grupo:
Além disso, há ainda que se considerar outros dispositivos que, não sendo relês, estão
intimamente ligados à proteção do gerador: os dispositivos de rápidas desexitação, que evitam
uma destruição maior dos enrolamentos devido a tensão própria, e a proteção contra incêndio,
que atua na extinção do fogo iniciado devido aos arcos voltaicos dos defeitos.
A proteção seletiva dos jogos de barras adquire grande importância nas redes equipadas
com sistemas de proteção, tais como a diferencial e por fio-piloto, e que em caso de defeito, não
podem agir senão sobre trechos de linha bem delimitados. Nesse caso a deteção de defeito nas
barras, se não fosse específica, ficaria a cargo da proteção de reserva, em geral insuficientemente
seletiva. Tal inconveniente seria menor se a rede estivesse protegida por meio de relês de
distância, caso em que a barra poderia ser protegida pela segunda zona do relé, uma razoável
solução em muitos casos.
De um modo geral, contudo, a importância de uma rápida proteção de barras é
considerável, pois que produzem-se grandes concentrações de energia nesses locais o que
conduz, em caso de defeito, a grandes prejuízos materiais e a sérias perturbações à exploração do
sistema elétrico.
Diversos fatores dificultam a generalização do emprego da proteção dos jogos de barras:
5.1.3 COORDENAÇÃO
a) isolar a parte defeituosa do sistema, tão próximo quanto possível de sua origem,
evitando a propagação das conseqüências;
b) fazer esse isolamento, no mais curto tempo possível, visando a redução dos danos.
São usados para isto, tanto dispositivos protetores, quanto os fusíveis, os disparadores e
os relês que vigiam constantemente os circuitos, como também dispositivos interruptores, que
desligam os circuitos quando necessários.
Um primeiro passo nesse estudo, seria a determinação das condições de operação
(nominais, máxima e mínima, de sobrecarga), de defeito (diversas correntes de curto-circuito), e
mesmo de situações excepcionais como partida de motores, magnetização dos transformadores,
etc. Necessita-se pois de um perfeito conjunto de informações iniciais, obtidas nas placas dos
equipamentos, catálogos, medições diretas no campo ou dadas pelos fabricantes.
Os mais importantes defeitos nas linhas são devidos aos curtos-circuitos, mas a
sobrecarga também precisa ser considerada.
Uma vez que nas redes de extra alta tensão se deva obter a máxima rapidez de
desligamento por motivos de manutenção da estabilidade, pode-se admitir, por vezes, em redes
menos sensíveis, tempos de desligamento atingindo até alguns segundos. Os equipamentos de
proteção são tanto mais simples quanto menor for a exigência de alta velocidade no
desligamento, e a simplicidade é sempre um objetivo a ser procurado na proteção. São usuais os
recursos a seguir indicados.
g) Proteção contra os defeito a à terra, usada nas linhas aéreas e cabos onde, em geral,
o incidente mais freqüente é o defeito monofásico. Dependendo da forma de ligação
a terra, pode aparecer tanto corrente ativa, da ordem da nominal ou menor, como
correntes capacitivas (rede com neutro isolado) também de baixo valor. Tanto relês
simplesmente indicadores quanto eliminadores, precisam ser utilizados, havendo
esquemas clássicos.
A proteção contra sobrecarga deve permitir a máxima utilização da linha sem que o
aquecimento resultante a danifique. Assim, quando a temperatura máxima for atingida, será dado
um sinal para que sejam tomadas medidas evitando-se o desligamento propriamente dito. Por
isso são usados relês térmicos diversos com constante de tempo igual ou inferior àquela do cabo
a proteger.
Uma última observação diz respeito ao religamento automático, muito útil na presença
de defeitos auto-extintores, (cerca de 80% dos casos). O religamento rápido é feito alguns
décimos de segundo , uma única vez, e aplicável somente a linhas aéreas, nunca aos cabos. Em
redes de alta e extra-alta tensão, é utilizado o religamento monopolar, freqüentemente, mas o
religamento tripolar é preferido nas linhas muito longas (algumas centenas de quilômetros) e
tensões muito elevadas, devido a dificuldade da extinção do arco residual realimentado pelo
efeito capacitivo entre as fases. Nas redes aéreas de média tensão, com maior incidência de
defeito, e já que elas costumam ter neutro isolado ou aterrado por meio de resistência de grande
valor ôhmico, só o religamento automático tripolar é indicado.
Costumamos dizer que dois dispositivos em série, ou cascata, estão coordenados se seus
ajustes são tais que ao segundo dispositivo, mais próximo da fonte, é permitido eliminar a falta
caso o primeiro, mais próximo do defeito, falhe na atuação. Denomina-se tempo ou degrau de
coordenação o intervalo de tempo que separa as duas hipóteses anteriores, e que deve cobrir pelo
menos o tempo próprio do disjuntor, mais o tempo próprio do relê e uma certa margem de
tolerância; por exemplo, em sistemas industriais (disjuntores até 8Hz) tal degrau é da ordem de
0,4-0,5[s].
Naturalmente na busca de uma perfeita coordenação devemos respeitar certas diretrizes
para o ajuste dos dispositivos; as limitações de coordenação fixadas pelos códigos; o
desempenho térmico e dinâmico dos equipamentos; etc. Isso conduz o projetista a analisar, por
vezes, muitos fatores contraditórios, polêmicos mesmo, tendo em vista aspectos de segurança,
economia, simplicidade, previsão de expansão, flexibilidade, facilidade de manutenção e custo,
por exemplo. Portanto é importante que o leitor saiba que um projeto de proteção depende da
busca de aprendizagem própria e análise de risco em suas decisões futuras.
• Diagramas Unifilares;
• Diagramas Trifilares;
• Diagramas funcionais;
• Diagramas Construtivos (sinópticos, disposição de aparelho, etc.).
É um diagrama onde representa-se o circuito elétrico por uma de suas fases, daí o nome
unifilar. Neste diagrama devem aparecer destacadamente as partes as partes de força do sistema
(aquelas que se destinam à condução de enrgia, como finalidade principal).
o conjunto, não devendo por esta razão ser usado para trabalhos específicos (como montagem),
mas sim como ponto de referência.
• Diagrama de Fiação
Os quadros elétricos constituem pontos nodais em uma rede e servem para unir ou
separar e proteger as diferentes partes destas, permitindo a distribuição da energia elétrica para
diversos pontos da instalação.
A função básica dessas execuções é abrigar toda a aparelhagem elétrica de comando,
controle, medição, sinalização etc., de forma que sejam montados mecanicamente em suportes
apropriados, de modo a proteger as partes sob tensão expostas contra contatos acidentais, seja
por pessoas, animais ou objetos.
Essa proteção deverá se dar também em caso de avaria ou operação inadequada de uma
chave que possa causar perigo na parte exterior.
Os instrumentos, as lâmpadas de sinalização, os botões de comando, os acionamentos
das chaves, são normalmente instalados do lado externo, ou seja, na porta.
Os instrumentos de medição podem também ser instalados no interior, porém visíveis
através de visor colocado na porta.
As características construtivas dessas execuções variam de acordo com o trabalho e as
instalações a que se destinam, isto é, para instalações ao ar livre ou abrigadas, para lugares
úmidos ou secos,, em áreas de possível explosão, poeirentas ou contaminados por agentes
corrosivos.
Os painéis são feitos em chapa de aço dobrada e, para capacidades de 630A, 1000A e
3000A em 500V CA ou 600V CC, são feitos conforme o princípio dos componentes modulares,
propiciando futuras ampliações.
Os módulos apresentam flange, permitindo interligações entre elas. Normalmente os
quadros são feitos para instalações abrigadas, porém, podem ser feitos para instalações ao tempo,
sob condições especiais, e o dimensionamento dos aparelhos, sob o ponto de vista físico, define
o número de caixas que constituirão o quadro.
5.3.1 CLASSIFICAÇÕES
1) Barramento;
2) Fiação;
3) disjuntores ou seccionadoras;
4) fusíveis e bases;
5) contatores;
6) relês;
7) relês Auxiliares;
8) botoeira;
9) lâmpadas;
10) voltímetros;
11) amperímetros;
12) seletores de amperímetros e voltímetros;
13) transformadores de corrente;
14) transformadores de potencial;
15) medidores específicos de processo: termostato, cosfímetro, frequencimetro,
varímetro, wattiímetro, pressostato, etc.;
16) isoladores.
1) chaves seletoras;
2) pirômetros indicadores e controladores;
3) sensores térmicos;
4) controladores de nível;
5) eletrodos sensores de nível;
6) sensores fotoelétricos;
7) controladores de ph;
8) válvulas solenóides;
9) registradores;
10) controle de pressão;
11) controle de vazão;
12) isoladores;
13) e mais todos os equipamentos eletropneumáticos destinados a função de quadro.
1) muflas;
2) barramento;
3) seccionadoras;
4) transformadores de corrente e de potencial;
5) contator;
6) chaves de aferição;
7) disjuntores;
8) transdutores;
9) voltímetros;
10) botoeiras;
11) fiação;
12) bases de fusíveis;
13) lâmpadas;
14) amperímetros;
15) seletores de tensão e de corrente;
16) isoladores.
1) disjuntores;
2) comutadores de TAP (do transformador);
3) demais aparelhos de medição e sinalização;
4) isoladores;
5) barramento, etc.
1) barramento;
2) isoladores;
3) disjuntoresa;
4) seccionadoras;
5) muflas;
6) transformadores de corrente e potencial;
7) voltímetros e comutador;
8) amperímetros e comutador;
9) botoeiras;
10) lâmpadas de sinalização;
11) cosfímetro;
12) fiação;
13) isoladores;
14) medidores de kW, kVA, kW.h, etc.
1) barramento;
2) disjuntores;
3) transformadores de corrente e potencial;
4) voltimetros e seletores;
5) amperímetros e seletores;
6) isoladores;
7) relês de proteção; diretos (primário) e indiretos (secundário);
8) fiação;
9) bloqueios.
Para essa classe de tensão não é comum se construir quadros, a não ser para proteção e
comando, e painéis de controle ou mesas de controle no próprio local da subestação. Pelas
normas ANSI, esses quadros são denominados “STATION TYPE SWITCHGEAR”.
Normalmente os quadros e mesas de controle recebem alimentação de fontes auxiliares
em baixa tensão e são equipadas basicamente com os mesmos aparelhos listados para os quadros
de baixa tensão.
Para o local de instalação admite-se como temperatura normal ambiente 35oC (valor
médio durante 24h) e temperatura máxima no barramento de 65oC. Acima destes valores, deverá
ser previsto um sistema com ventilação forçada.
b) Proteção a terra
Em vista do material empregado nos quadros elétricos, tanto na estrutura quanto nos
barramentos, ser metálico torna-se conveniente apresentar alguns conceitos que facilitarão a
compreensão do texto nas solicitações elétricas que ainda serão discutidas.
As propriedades dos metais, que estão relacionadas com as resistências que os mesmos
oferecem quando sujeitos a esforços de natureza mecânica, como tração, torção, compressão,
choque, etc., determinam a forma de como poderão ser projetadas e executadas as estruturas, daí
a sua importância prática.
É de grande importância o estudo de certas características físicas e químicas dos
materiais, cujo conhecimento é fundamental para sua escolha e utilização.
Essas propriedades, que serão analisadas em seguida, são características dos cristais que
formam o metalao passo que as propriedades mecânicas, por exemplo, dependem grandemente
das imperfeições que ocorrem nesses cristais. As primeiras são insensíveis de certo modo, à
estrutura cristalina dos metais e se relacionam a uma amostra particular de um material. Em
outras palavras, amostras diferentes de um mesmo metal apresentam essencialmente as mesmas
propriedades não sansíveis à estrutura, somente são identicas nas várias amostras do mesmo
material, quando as condições de fabricação e tratamento forem perfeitamente idênticas.
5.3.3.1 DENSIDADE
É o peso por unidade de volume. Nas ligas, a densidade muda devido a alteraçãoda
massa média dos átomos.
DENSIDADE PONTO DE
ELEMENTO SIMBOLO
[g/cm3] FUSÃO [ oC]
Alumínio Al 2,699 660
Antimônio Sb 6,62 630
Cromo Cr 7,19 1890
Cobre Cu 8,96 1083
Chumbo Pb 11,34 327
Estanho Sn 7,30 232
Ferro Fe 7,87 1539
Platina Pt 21,45 1773
Níquel Ni 8,9 1455
Tungstênio W 19,3 3410
Zinco Zn 7,13 419
Tabela 5.1 – Densidade e temperatura de fusão de alguns elementos
dQ = C p ⋅ dt
Por fim, outra propriedade térmica importante é a condutibilidade térmica, indicada por
um coeficiente k, expressa em [cal/s.cm. oC], que define a capacidade condutora de calor de uma
substância.
Dentre elas, a condutividade elétrrica é uma das mais importantes e que inclusive é a
prpriedade que distingue os metais dos não metais. A tabela 5.2 apresenta a condutividade de
alguns metais a 0oC.
CONDUTIVIDADE
METAL
ELETRICA [Ohm.m] -1
Prata 66,0
Cobre 64,5
Alumínio 40,0
Ferro 11,5
Tabela 5.2 – Condutividade elétrica de alguns metais
1º Algarismo
Algarismo Indicação
0 Sem proteção
1 Corpos estranhos de dimensões acima de 50mm
2 Corpos estranhos de dimensões acima de 12mm
3 Corpos estranhos de dimensões acima de 2,5mm
4 Corpos estranhos de dimensões acima de 1,0mm
5 Proteção contra acúmulo de poeiras prejudiciais ao motor
6 Totalmente protegido contra a poeira
Tabela 5.3 – 1º Algarismo: indica o grau de proteção
contra penetração de corpos sólidos estranhos e contato acidental
2º Algarismo
Algarismo Indicação
0 Sem proteção
1 Pingos de água na vertical
2 Pingos de água até a inclinação de 15 º com a vertical
3 Água de chuva até a inclinação de 60 º com a vertical
4 Respingos de todas as direções
5 Jatos de água de todas as direções
6 Água de vagalhões
7 Imersão temporária
8 Imersão permanente
Tabela 5.4 – 2º Algarismo: indica o grau de proteção
contra penetração de água no interior do painel
1º Algarismo 2º Algarismo
Classe de
Proteção contra corpos
proteção Proteção contra contato Proteção contra água
estranhos
IP00 Não tem Não tem Não tem
Pingos de água até uma inclinação de
IP02 Não tem Não tem
15º com a vertical
Toque acidental com a Corpos estranhos sólidos de
IP11 Pingos de água na vertical
mão dimensões acima de 50mm
Pingos de água até uma inclinação de
IP12
15º com a vertical
Água da chuva até uma inclinação de
IP13
60º com a vertical
Corpos sólidos estranhos de
IP21 Toque com os dedos Pingos de água na vertical
dimensões de 12mm
Pingos de água até uma inclinação de
IP22
15º com a vertical
Água da chuva até uma inclinação de
IP23
60º com a vertical
Corpos estranhos sólidos de
IP44 Toque com ferramentas Respingos de todas as direções
dimensões acima de 1mm
Proteção completa contra Proteção contra acúmulo de
IP54 Respingos de todas as direções
toque poeiras nocivas
Proteção completa contra Proteção contra acúmulo de
IP55 Jatos de água em todas as direções
toque poeiras nocivas
Proteção completa contra Proteção contra acúmulo de
IP(W)55 Chuva, maresia
toques poeiras nocivas
Tabela 5.5 – Graus de proteção
a) Que não tenha divisões, exceto para componentes de baixa tensão e entre cubículos
adjacentes, com proteção mínima IP2X;
A NBR 6979, que trata do conjunto de manobra e controle em invólucro metálico para
tensões acima de 1kV, é aplicada para projetos que estejam trabalhando nas seguintes condições:
a) a temperatura do ar ambiente não superior a 40oC, com média diária não superior a
35oC e temperatura mínima não inferior a –5oC.
b) altitude não superior a 1000m
NOTA: Para altitudes superiores a 1000m, os valores de tensão nominal devem ser
multiplicados pelo fator de correção dado na coluna 3 da tabela 5.7. Esta
correção pode ser dispensada, desde que no ensaio dielétrico as tensões de
ensaio sejam pelo fator de correção dado na coluna 2 da tabela 5.7.
Valores máximos
(1),(2) Elevação de temperatura
Natureza do elemento Temperatura final
o para um ambiente não
[ C]
excedendo 40oC [k]
(1) (2) (3)
Contatos
Cobre nu ou liga de cobre nua 75 35
Prateados ou niquelados (4) 105 65
Estanhados (4),(5) 90 50
Conexões parafusadas ou equivalentes (6)
Cobre nu liga de cobre nua ou liga de alumínio nua 90 50
Prateadas ou niqueladas (6) 115 75
Estanhadas 105 65
Invólucros
Partes manipuladas 50 10
Partes acessíveis 70 30
Partes inacessíveis 110 70
Segundo a sua função, a mesma parte pode pertencer a diversas categorias listadas nesta tabela.
Neste caso, os valores máximos permissíveis de temperatura e elevação de temperatura a serem
considerados são os menores entre as categorias correspondentes.
A elevação de temperatura das partes metálicas, condutoras ou não, deve ser limitada ao valor admissível
para a classe de temperatura do material isolante utilizado em contato com as mesmas. Todas as
precauções necessárias devem ser tomadas para que nenhum dano seja causado aos materiais isolantes
circunvizinhos.
Quando partes do contato tem revestimentos diferentes, as temperaturas e as elevações de temperaturas
permissíveis devem ser aquelas da parte que tem o valor permitido nesta tabela.
A qualidade do revestimento dos contatos devem ser tal que uma camada de material de revestimento
permaneça na área de contato após os ensaios de estabelecimento e interrupção (se existirem), corrente
suportável de curta duração e resistência mecânica. Caso contrário os contatos devem ser considerados
nus.
Para contatos de fusíveis, a elevação de temperatura deve ser conforme as normas pertinentes.
Quando as partes de conexão tem diferentes revestimentos, as temperaturas e elevações de temperatura
permissíveis devem ser aquelas da parte que tem maior valor permitido nesta tabela.
Tabela 5.8 – Limites de temperatura admissíveis
a) ar ambiente não poluído por poeira, fumaça, maresia, gases e vapores corrosivos ou
inflamáveis, em concentrações tal que possam alterar as características do
equipamento.
b) para uso exterior, presença de condensação ou chuva, neve, camada de gelo ou
geada de até 5Kg/m2, mudanças bruscas de temperatura, pressão do vento de 700Pa
e os efeitos da radiação solar.
NOTA: Isto não implica que o conjunto de manobra e controle para uso exterior suporte
a corrente nominal sob todas as condições de radiação solar sem exceder a
elevação de temperatura especificada na tabela 8.
Também devem ser tomadas medidas apropriadas para assegurar a operação
correta de componentes tais como relês, que não sejam previstos para estas
condições.
Deve-se sempre seguir uma determinada norma (ABNT, ANSI, IEC, etc.) para a
execução de um diagrama elétrico, tanto no que se refere ao projeto, a simbologia, como na
técnica de execução.
Alguns pontos importantes devem ser destacados.
Todos os diagramas devem ser elaborados considerando a instalação sem tensão e sem
corrente (portanto desligada) e os aparelhos em sua representação básica. Quaisquer exceções
devem ser indicadas claramente.
Os bornes dos equipamentos e aparelhos não devem necessariamente fazer parte de
todos os diagramas.
Finalmente, devemos lembrar que da exatidão de um diagrama elétrico, depende
diretamente da execução correta de uma instalação, é necessário que se conheça profundamente
as características dos equipamentos e aparelhos a serem utilizados para poder representa-los,
convenientemente.
As considerações da norma IEEE C 37.20.2 - 1993 inclui painéis de 240V até 69kV
(tanto baixa tensão quanto média tensão) destinadas ao controle e proteção de geração,
conversão e distribuição de energia, e não se aplicam a painéis abertos, painéis de controle
industrial e de comutação de navios.
A ABNT utiliza como base das normas a IEC 298.
Todos estes painéis devem ter as paredes e o teto metálicos. Não é obrigatório que o
piso seja metálico.
Estes painéis são para 14,4, 34,5 e 69kV. Esses quadros devem conter os seguintes
equipamentos:
Painéis para tensões de 4,16, 7,2, 13,8, 14,4, 23,0 e 34,5kV. Estes painéis os
dispositivos que forem necessário abaixo listados.
• Chaves seccionadoras
• Fusiveis
• Barramento e conexões
• Transformadores para instrumentação
• Cabeamento de controle e dispositivos acessórios
6.1 INTRODUÇÃO
Minas e Energia nº 180, de 25/06/97, a AES Uruguaiana Empreendimentos Ltda., com sede em
São Paulo, SP, foi autorizada a funcionar como PIE e a estabelecer usina termelétrica movida a
gás natural, denominada UTE Uruguaiana, com 456 MW, no Rio Grande do Sul. Esta
autorização decorreu de processo de licitação para compra de energia elétrica conduzido pela
CEEE, dirigido a PIE, que se constituiu no primeiro processo com tal objetivo e características
realizado no País.
Importante regulamentação relativa à produção independente de energia elétrica no
Brasil ocorreu em 10/11/97 com a Portaria do DNAEE nº 459 a qual fixa as condições para a
utilização dos sistemas de transmissão e de distribuição pertencentes a concessionários e
permissionários de serviço público de energia elétrica, mediante pagamentos pelo uso e pela
respectiva conexão.
Em 26/05/97 foi outorgada a primeira concessão para uso de bem público, voltado a
aproveitamento hidráulico destinado à produção independente. O decreto de 26/05/97 outorgou
concessão a consórcio denominado Porto Estrela, para a UHE Porto Estrela, a ser construída em
Minas Gerais, com 112 MW. Consórcio constituído por CEMIG, CVRD, Nova Era Silicon S/A e
COTOMINAS.
Se menos significativos são os valores de potência instalada, autorizada, ou concedida,
relativos à produção independente no Brasil, da ordem de 3.600 MW, muito significativos são os
números relativos a futuras concessões e autorizações previstas para tal modalidade.
A sinopse publicada pelo DNAEE, em novembro de 1997, mais especificamente no
Programa de Licitação de Concessões – Plano de Expansão 1995/2004 (atualizado para 1997 –
2006),informava que:
Como resumo de todas as portarias e despachos realizados até 07/05/99, podemos resumir
as condições mínimas para a regulamentação junto a ANEEL pela seguinte tabela:
Observações:
• Paralelismo;
• Proteção contra faltas;
• Projeto elétrico.
6.2.1 PARALELISMO
• Com apenas um grupo em operação, muitas vezes o gerador funcionará fora das
suas características ótimas e, assim, o rendimento do conjunto será baixo;
• A utilização de apenas um gerador, o qual forneça toda a potência de uma central, é
de difícil fabricação (impossível, em grande parte dos casos);
• Nos casos citados acima, a ocorrência de um problema qualquer leva à perda total
da geração;
Tendo em vista estes fatores, pode-se afirmar que a operação em paralelo de geradores
apresenta as seguintes características como vantagens:
Para que os geradores síncronos sejam ligados em paralelo a uma rede comum, eles
devem possuir exatamente a mesma freqüência, ou seja, devem girar em sincronismo. Se houver
alguma oscilação da velocidade em função do sistema, pode-se gerar, na malha dos geradores em
paralelo, uma corrente de circulação que pode causar um sobreaquecimento nos enrolamentos
dos geradores além que gerar conjugados sincronizantes para compensá-la, produzindo então
esforços excessivos no eixo, podendo danificá-los.
Para evitar esta “corrente de circulação” faz-se necessário que a tensão a ser gerada seja
rigorosamente igual ao sistema ao que será acoplada em paralelo. Para isto, é necessário que as
tensões geradas pela máquina, em relação ao sistema:
Para a colocação de um gerador em paralelo com uma rede deve-se avaliar várias
grandezas como tensões e freqüências através de voltímetros e frequencímetros, onde é muito
utilizado o aparelho de dupla escala (comparadores). Uma das escalas informará a grandeza do
sistema e a outra, a do gerador que será ligada em paralelo.
Os ajustes das tensões são feitos pela atuação na excitação, enquanto que o ajuste da
freqüência será feito na máquina primária.
Além dos dados de tensão e freqüência, deve-se verificar o defasamento nulo entre as
tensões (o sincronismo) que pode ser feito através de um instrumento chamado de
“sincronoscópio”.
Quando as freqüências de ambos os sinais são iguais, o ponteiro alinha-se em uma
posição pré-determinada, conhecido no jargão técnico como “mosca”; quando tem-se esta
situação, é o momento exato de fechar o paralelismo.
Hoje em dia pode-se utilizar sincronoscópios digitais (relés de sincronismo), de forma
bastante simplificada, possuindo um sistema de produção de pulsos cuja largura é proporcional à
freqüência e sua amplitude, à tensão. O número de pulsos são contados em intervalos definidos e
um sistema comparador define o momento exato do paralelismo. O sincronismo pode ser
automático ou manual. Caso se opte pelo método manual, o relé só permitirá o fechamento do
disjuntor de paralelismo quando o gerador e a rede estiverem sincronizados.
Existem outros métodos, dentre eles o mais conhecido é chamado de “fogo girante”.
Nele estão presentes três lâmpadas ligadas duas à fases trocadas e, a terceira, à fase de mesmo
nome. Quando as tensões correspondentes do gerador e do sistema estiverem exatamente em
fase, as lâmpadas das fases trocadas acenderão (defasamento de 120º entre elas), enquanto a
terceira lâmpada estará apagada. Neste instante deve-se fechar o paralelismo.
Dispositivo de aceleração
Dispositivo usado para fechar ou causar o
ou desaceleração
18 fechamento de circuitos utilizados para aumentar ou
(accelerating ou reduzir a velocidade de uma máquina.
decelerating device)
Dispositivo de transição
Dispositivo que opera para iniciar ou causar a
partida-funcionamento
19 transferência automática da ligação de uma máquina
(starting-to-running da fonte de partida para a de funcionamento.
transition contactor)
Válvula operada
Válvula operada, controlada e monitorada
20 eletricamente (electrically eletricamente, usada em um duto para fluído.
operated valve)
Relé que atua quando a admitância, a impedância ou
Relé de distância (distance
21 a reatância do circuito aumenta ou diminui em
relay) relação a valores predeterminados.
Disjuntor que serve para controlar ou para abrir ou
fechar as ligações equalizadoras ou de equilíbrio de
Disjuntor equalizador
22 corrente para o campo de uma máquina ou
(equalizer circuit breaker) equipamento de regulação, em uma instalação de
unidades múltiplas.
Dispositivo de controle de Dispositivo que atua para elevar ou abaixar a
temperatura de uma máquina ou outro equipamento,
23 temperatura (temperature quando sua temperatura for maior ou menor do que
Termostato
control device) um valor predeterminado.
Reservado para futura
24
aplicação
Dispositivo de
sincronização ou de Dispositivo que opera quando dois circuitos de CA
Relé de verificação de
verificação de sicronismo estão dentro dos limites desejados de frequência,
25 sincronismo para religamento
(synchronizing, or ângulo de fase e tensão, para permitir ou efetuar a
automático de disjuntor.
sincronização destes dois circuitos.
synchronism-check,
device)
Dispositivo térmico do Dispositivo que atua quando a temperatura de um Indicador de temperatura do
26 equipamento (apparatus equipamento ou parte dele, ou de um meio de óleo de um transformador,
thermal device) transferência de calor, sai de limites predeterminados com contatos.
Relé de subtensão (under Relé que atua quando a sua tensão de entrada é
27
voltage relay) menor do que um valor predeterminado.
Relé direcional de potênica Relé que atua quando um fluxo de potência circula Atuação do dispositivo quando
32
(directional power device) no sentido contrário ao predeterminado. da motorização de um gerador.
Chave de posição (position Chave que atua quando o dispositivo controlado
33 Chave fim de curso.
switch) atinge uma dada posição.
Dispositivo mestre de Chave motorizada de contatos
Dispositivo que estabelece ou determina a sequência
múltiplos.
34 sequência (motor-operated de operação dos dispositivos principais em operações
Controladores lógicos
sequence switch) seqüenciais de manobra.
programáveis.
Dispositivo para
posicionamento das
escovas ou para curto- Dispositivo para levantar, abaixar ou deslocar as
escovas de uma máquina, para curto-circuitar seus
35 circuitar os anéis coletores anéis coletores, ou para engatar ou desengatar os
(brush-operating, or slip- contatos de um retificador mecânico.
ring short-circuiting
device)
Dispositivo de verificação Dispositivo que aciona ou permite o acionamento de
da polaridade ou da tensão um outro, somente com uma polaridade
36
de polarização (polarity predeterminada, ou verifica a presença de uma
tensão de polarização em um equipamento
device)
Relé de subcorrente ou
Relé que opera quando a corrente ou a potência
37 subpotência (undercorrent forem inferiores a um valor predeterminado.
or under power relay)
Dispositivo de proteção de Dispositivo que atua quando a temperatura do
mancal excede um valor predeterminado ou por
38 mancal (bearing-protective outras condições mecânicas anormais a ele
device) associadas.
Dispositivo que atua por ocorrência de uma condição
Monitor de condição Vibração, excentricidade e
39 mecânica anormal (exceto aquela associada com
mecânica mancais, coberta pela função 38).
falha de vedação.
Relé que atua por perda de corrente de excitação de
40 Relé de campo (field relay) campo de uma máquina.
Disjuntor de campo (field Dispositivo que opera para aplicar ou remover a
41
circuit breaker) excitação do campo de uma máquina.
Disjuntor (contator) Dispositivo cuja principal função é ligar uma máquina
Chaves à óleo para bancos de
42 funcionamento (running à sua fonte de tensão de funcionamento, após ter
capacitores.
circuit breaker) sido conduzida a velocidade desejada.
Dispositivo ou seletor de Chave seletora para
Dispositivo operado manualmente que transfere os amperímetro, voltímetro, de
transferência manual
43 circuitos a fim de modificar o modo de operação do sincronismo de religamento.
(manual transfer or equipamento de manobra ou de outros dispositivos. Chave de transferência de
selector device) proteção.
Relé de partida seqüencial Relé que atua para dar partida à unidade seguinte
44 de unidade (unit sequence em um equipaemtno de unidades múltiplas, por falha
starting relay) ou disponibilidade da unidade precedente.
Dispositivo que atua na ocorrênica de condição
Monitor de condição
45 ambiental anormal, tal como gases nocivos, misturas Detetor de fumaça.
atmosférica explosivas, fumaça ou fogo.
Relé de corrente de Relé que atua quando as correntes polifásicas
estiverem em sequência inversa de fase ou quando
sequência negativa Relé de sobrecorrente de
46 estiverem desequilibradas, ou contiverem
(reversephase, ou phase- componentes de sequência negativa acima de um
sequência negativa.
balance, current relay) dado valor.
Relé de sequência de fase
Relé que atua para um valor predeterminado de
47 de tensão (phase- tensão polifásica na sequência de fase estabelecida.
sequence voltage relay)
Relé que geralmente retorna o equipamento para a
Relé de sequência posição normal ou desliga e o bloqueia se a
48 incompleta (incomplete sequência normal de partida, operação ou parada
sequence relay) não for completada adequadamente dentro de um
tempo predeterminado.
Relé térmico de
Relé que atua quando a temperatura de um Controlador de temperatura de
49 equipamento (machine, or equipamento excede um valor predeterminado. um retificador de potência
transformer, thermal relay)
Relé de sobrecorrente
instantâneo (instantaneous Relé que atua instantaneamente por valor de
50
over current, or rate-of- corrente superior a um limite predeterminado.
rise relay)
Dispositivo de proteção de
Chave que atua a um valor ou uma taxa de variação
80 Relé de fluxo de fluxo predeterminados
fluxo de óleo utilizado em
comutador sob carga
Relé de freqüência Dispositivo que opera quando a frequência (ou sua
81
(frequency relay) taxa de variação) está fora de limites determinados.
Dispositivo que controla o fechamento e religamento
Relé de religamento CC
82 automático de um disjuntor de CC, geralmente em
(d-c reclosing relay) resposta às condições de carga do circuito.
Relé de controle seletivo
ou de transferência Dispositivo que opera para selecionar
automaticamente uma dentre várias fontes ou Relé de transferência para
83 automática (automatic condições em um equipamento e permite realizar fontes de serviços auxiliares.
selective control, or tranfer uma operação de transferência.
relay)
Mecanismo ou servomecanismo elétrico completo,
Mecanismo de inclusive o motor de acionamento, solenóides,
chaves de posição, etc., para um comutador de
84 acionamento (operating derivação, regulador de tensão por indução ou
mechanism) qualquer componente similar de equipamento, que
não tenha número de função.
Relé receptor de onda
Dispositivo cuja atuação é liberada ou bloqueada por
portadora ou fio-piloto
85 um sinal transmitido por uma onda portadora ou fio
(carrier, or pilot-wire, piloto de CC.
receiver relay)
Relé de bloqueio de Dispositivo operado eletricamente, usado para
86 operação (locking-out desligar e manter inoperante dispositivos e
relay) equipametos.
Relé de proteção
Dispositivo de proteção que atua por diferença
87 diferencial (differential percentual entre duas ou mais grandezas elétricas.
protective relay)
Motor auxiliar ou motor Dispositivo usado para acionar equipamentos
auxiliares, tais como bombas, ventiladores,
88 gerador (auxiliary motor, excitatrizes, amplificadores magnéticos, rotativos,
ou motor generator) etc.
Seccionadora com Dispositivos usado como seccionador, interruptor de
Seccionadora com trava
89 acionamento elétrico (line carga, ou chave de isolação em um circuito de
magnética
switch) potência de CA ou CC.
Dispositivo que opera para regular uma ou mais
grandezas, tais como tensão, corrente, potência,
Dispositivo de regulação
90 velocidade, frequência, temperatura e carga em Regulador de tesão
(regulating device) máquinas, linhas de interligação ou outros
equipamentos.
Dispositivo que atua quando a tensão através de um
Relé direcional de tensão
91 disjuntor ou contator abertos excede um valor
(voltage directional relay) predeterminado em um dado sentido.
Dispositivo que permite ou causa a ligação de dois
Relé direcional de tensão e circutios, quando a diferença de tensão entre eles
excede um valor predeterminado em um dado
92 potência (voltage and sentido, e causa desligamento destes dois circuitos
power directional relay) quando o fluxo de potência entre eles excede um
valor predeterminado no sentido oposto.
Contactor de variação de Dispositivo que opera para aumentar ou reduzir, de
93 campo (field changing um passo, o valor da excitação do campo de uma
contactor) máquina.
Relé que atua para abrir um disjuntor, contator, ou
Relé de desligamento, ou equipamento, ou para permitir abertura imediata por
94 de disparo livre (tripping, outros dispositivos, ou para impedir o religamento
or trip-free, relay) imediato de uma chave caso ela deva abrir
automaticamente.
Usados para aplicações
95...99 específicas, não cobertos
pelos números anteriores
Com a nomenclatura acima descrita, pode-se utilizar a norma NT-202 da CPFL como
exemplo de relés exigidos na ligação de autoprodutores em paralelo com o sistema de
distribuição.
Os relés exigidos pelas concessionárias (no exemplo, a CPFL) dependem de cada tipo
de autoprodutor. Por exemplo, cita-se os relés exigidos para o autoprodutor com venda de
excedente e produtor independente de energia:
Cada concessionária tem sua norma característica, com suas exigências e atribuições, na
qual são citadas as condições e os equipamentos mínimos exigidos que visam a qualidade de
suprimento de energia elétrica, a proteção e a operação do sistema da concessionária. É
importante ressaltar aqui que, para o sistema elétrico de um autoprodutor, faz-se necessária toda
a proteção de sua instalação (gerador(es), linha, etc.), de forma a garantir a segurança da
operação em paralelo com a concessionária. (maiores detalhes, consultar a norma da respectiva
concessionária).
Para a análise prévia deverão ser enviados à CPFL 3 cópias dos seguintes dados:
• Tipo de paralelismo, se com venda de excedente, sem venda de excedente ou
momentâneo.
• Diagrama unifilar simplificado do sistema que irá operar em paralelo, contendo:
- Potência dos geradores e respectivas impedâncias (x”d, x’d, xd, x2 e x0);
- Potência e impedância série dos transformadores, exceto os transformadores que
atenderão as cargas;
- Tipo de ligação dos transformadores e dos geradores;
- Sistema de aterramento dos transformadores e dos geradores, com os valores das
impedâncias de aterrametno;
Além dos documentos exigidos pela NT-113, uma cópia dos seguintes documentos
deverá ser enviada à CPFL, após a análise prévia:
• Diagrama unifilar detalhado, incluindo os equipamentos de proteção;
• Diagrama trifilar completo;
• Diagrama funcional de comando e diagrama de fiação dos equipamentos envolvidos
com o paralelismo;
• Memorial de cálculo para dimensionamento dos TCs e TPs;
• Catálogos e instruções de instalação e manutenção dos relés exigidos pela CPFL.”
Os valores mínimos da seção do condutor neutro nestes casos estão indicados na tabela
16 a seguir.
A NBR 5410/1997 prevê no item 6.1.5.3 que os condutores de um circuito devam ser
identificados, porém deixa em aberto o modo de como fazer esta identificação. No caso de um
usuário desejar fazer a identificação por cores, então devem ser adotadas aquelas prescritas na
norma, a saber:
• Neutro (N) = azul-claro;
• Condutor de proteção (PE) = verde-amarelo ou verde;
• Condutor PEN = azul-claro com indicação verde-amarelo nos pontos visíveis.
7.5 TABELAS
Cabo Afumex
Cabo Afumex
Afastado da Parede ou suspenso por cabo de suporte (2) 15/17 - F E
Bandejas não perfuradas ou prateleiras 12 - C C
Bandejas perfuradas (horizontal ou vertical) 13 - F E
Canaleta fechada no piso, solo ou parede 33/34/72/72A/75/75A B1 B1 B2
Canaleta ventilada no piso ou solo 43 - B1 B1
Diretamente em espaço de construção - 1,5De ≤ V ≤ 5De (4) 21 - B2 B2
Diretamente em espaço de construção - 5De ≤ V ≤ 50De (4) 21 - B1 B1
Diretamente enterrado 62/63 - D D
Eletrocalha 31/31A/32/32A/35/36 B1 B1 B2
Eletroduto aparente 3/4/5/6 B1 B1 B2
Eletroduto de seção não circular embutido em alvenaria 27 - B2 B2
Eletroduto de seção não circular embutido em alvenaria
26 B2 - -
1,5De ≤ V ≤ 5De (4)
Eletroduto de seção não circular embutido em alvenaria
26 B1 - -
5De ≤ V ≤ 50De (4)
Eletroduto em canaleta fechada - 1,5De ≤ V ≤ 20De (4) 41 B2 B2 -
Eletroduto em canaleta fechada - V ³ 20De (4) 41 B1 B1 -
Eletroduto em canaleta ventilada no piso ou solo 42 B1 - -
Eletroduto em espaço de construção 23/25 - B2 B2
Eletroduto em espaço de construção - 1,5De ≤ V ≤ 20De (4) 22/24 B2 - -
Eletroduto em espaço de construção - V ³ 20De (4) 22/24 B1 - -
Eletroduto embutido em alvenaria 7/8 B1 B1 B2
Eletroduto embutido em caixilho de porta ou janela 73/74 A1 - -
Eletroduto embutido em parede isolante 1/2 A1 A1 A1
Eletroduto enterrado no solo ou canaleta não ventilada no
61/61A - D D
solo
Embutimento direto em alvenaria 52/53 - C C
Embutimento direto em caixilho de porta ou janela 73/74 - A1 A1
Embutimento direto em parede isolante 51 - - A1
Fixação direta à parede ou teto (3) 11/11A/11B - C C
Forro falso ou piso elevado - 1,5De ≤ V ≤ 5De (4) 28 - B2 B2
Forro falso ou piso elevado - 5De ≤ V ≤ 50De (4) 28 - B1 B1
Leitos, suportes horizontais ou telas 14/16 - F E
Moldura 71 A1 A1 -
Sobre isoladores 18 G - -
• Fio Pirastic Ecoflam, Cabo Pirastic Ecoflam, Cabo Flexível Pirastic Ecoplus, Cabo Sintenax Econax e Cabo
Sintenax Flex;
• 2 e 3 condutores carregados;
• Temperatura do condutor: 70 ºC;
• Temperaturas: 30 ºC (ambiente) e 20 ºC (solo).
Sessões em
MÉTODOS DE INSTALAÇÃO DEFINIDOS NA TABELA 1
mm2
2 condutores
3 condutores
2 condutores
3 condutores
2 condutores
3 condutores
2 condutores
3 condutores
2 condutores
3 condutores
2 condutores
3 condutores
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13)
0,5 7 7 7 7 9 8 9 8 10 9 12 10
0,75 9 9 9 9 11 10 11 10 13 11 15 12
1 11 10 11 10 14 12 13 12 15 14 18 15
1,5 14,5 13,5 14 13 17,5 15,5 16,5 15 19,5 17,5 22 18
2,5 19,5 18 18,5 17,5 24 21 23 20 27 24 29 24
4 26 24 25 23 32 28 30 27 36 32 38 31
6 34 31 32 29 41 36 38 34 46 41 47 39
10 46 42 43 39 57 50 52 46 63 57 63 52
16 61 56 57 52 76 68 69 62 85 76 81 67
25 80 73 75 68 101 89 90 80 112 96 104 86
35 99 89 92 83 125 110 111 99 138 119 125 103
50 119 108 110 99 151 134 133 118 168 144 148 122
70 151 136 139 125 192 171 168 149 213 184 183 151
95 182 164 167 150 232 207 201 179 258 223 216 179
120 210 188 192 172 269 239 232 206 299 259 246 203
150 240 216 219 19 309 275 265 236 344 299 278 230
185 273 245 248 223 353 314 300 268 392 341 312 258
240 321 286 291 261 415 370 351 313 461 403 361 297
300 367 328 334 298 477 426 401 358 530 464 408 336
400 438 390 398 355 571 510 477 425 634 557 478 394
500 502 447 456 406 656 587 545 486 729 642 540 445
630 578 514 526 467 758 678 626 559 843 743 614 506
800 669 593 609 540 881 788 723 645 978 865 700 577
1000 767 679 698 618 1012 906 827 738 1125 996 792 652
Seções
nominais MÉTODOS DE INSTALAÇÃO DEFINIDOS NA TABELA 1
(mm²)
A1 A2 B1 B2 C D
2 condutores
3 condutores
2 condutores
3 condutores
2 condutores
3 condutores
2 condutores
3 condutores
2 condutores
3 condutores
2 condutores
3 condutores
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
carregados
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13)
0,5 10 9 10 9 12 10 11 10 12 11 14 12
0,75 12 11 12 11 15 13 15 13 16 14 18 15
1 15 13 14 13 18 16 17 15 19 14 18 15
1,5 19 17 18,5 16,5 23 20 22 19,5 24 22 26 22
2,5 26 23 25 22 31 28 30 26 33 30 34 29
4 35 31 33 30 42 37 40 35 45 40 44 37
6 45 40 42 38 54 48 51 44 58 52 56 46
10 61 54 57 51 75 66 69 60 90 71 73 61
16 81 73 76 68 100 88 91 80 107 96 95 79
25 106 95 99 89 133 117 119 105 138 119 121 101
35 131 117 121 109 164 144 146 128 171 147 146 122
50 158 141 145 130 198 175 175 154 209 179 173 144
70 200 179 183 164 253 222 221 194 269 229 213 178
95 241 216 220 197 306 269 265 233 328 278 252 211
120 278 249 253 227 354 312 305 268 382 322 287 240
150 318 285 290 259 407 358 349 307 441 371 324 271
185 362 324 329 295 464 408 395 348 506 424 363 304
240 424 380 386 346 546 481 462 407 599 500 419 351
300 486 435 442 396 628 553 529 465 693 576 474 396
400 579 519 527 472 751 661 628 552 835 692 555 464
500 664 595 604 541 864 760 718 631 966 797 627 525
630 765 685 696 623 998 879 825 725 1122 923 711 596
800 885 792 805 721 1158 1020 952 837 1311 1074 811 679
1000 1014 908 923 826 1332 1173 1088 957 1515 1237 916 767
• Fio Pirastic Ecoflam, Cabo Pirastic Ecoflam, Cabo Flexível Pirastic Ecoplus, Cabo Sintenax Econax e
Cabos Sintenax Flex;
• Temperatura no condutor: 70 ºC;
• Temperatura ambiente: 30 ºC.
Seções
nominais
(mm²)
1 2 3 4 5 6 7 8
0,5 11 9 11 8 9 12 10
0,75 14 12 14 11 11 16 13
1 17 14 17 13 14 19 16
1,5 22 18,5 22 17 18 24 21
2,5 30 25 31 24 25 34 29
4 40 34 41 33 34 45 39
6 51 43 53 43 45 59 51
10 70 60 73 60 63 81 71
16 94 80 99 82 85 110 97
25 119 101 131 110 114 146 130
35 148 126 162 137 143 181 162
50 180 153 196 167 174 219 197
70 232 196 251 216 225 281 254
95 282 238 304 264 275 341 311
120 328 276 352 308 321 396 362
150 379 319 406 356 372 456 419
185 434 364 463 409 427 521 480
240 514 430 546 485 507 615 569
300 593 497 629 561 587 709 659
400 715 597 754 656 689 852 795
500 826 689 868 749 789 982 920
630 958 789 1005 855 905 1138 1070
800 1118 930 1169 971 1119 1325 1251
1000 1292 1073 1346 1079 1296 1528 1448
Seções
nominais
(mm²)
1 2 3 4 5 6 7 8
0,5 13 12 13 10 10 15 12
0,75 17 15 17 13 14 19 16
1 21 18 21 16 17 23 19
1,5 26 23 27 21 22 30 25
2,5 36 32 37 29 30 41 35
4 49 42 50 40 42 56 48
6 63 54 65 53 55 73 63
10 86 75 90 74 77 101 88
16 115 100 121 101 105 137 120
25 149 127 161 135 141 182 161
35 185 158 200 169 176 226 201
50 225 192 242 207 216 275 246
70 289 246 310 268 279 353 318
95 352 298 377 328 342 430 389
120 410 346 437 383 400 500 454
150 473 399 504 444 464 577 527
185 542 456 575 510 533 661 605
240 641 538 679 607 634 781 719
300 741 621 783 703 736 902 833
400 892 745 940 823 868 1085 1008
500 1030 859 1083 946 998 1253 1169
630 1196 995 1254 1088 1151 1454 1362
800 1396 1159 1460 1252 1328 1696 1595
1000 1613 1336 1683 1420 1511 1958 1849
ISOLAÇÃO
Temperatura
PVC EPR ou XLPE PVC EPR ou XLPE
(ºC)
Ambiente Do solo
10 1,22 1,15 1,10 1,07
15 1,17 1,12 1,05 1,04
20 1,12 1,08 1 1
25 1,06 1,04 0,95 0,96
30 1 1 0,89 0,93
35 0,94 0,96 0,84 0,89
40 0,87 0,91 0,77 0,85
45 0,79 0,87 0,71 0,80
50 0,71 0,82 0,63 0,76
55 0,61 0,76 0,55 0,71
60 0,50 0,71 0,45 0,65
65 - 0,65 - 0,60
70 - 0,58 - 0,53
75 - 0,50 - 0,46
80 - 0,41 - 0,38
Notas:
d) Se um agrupamento é constituído tanto de cabos bipolares como de cabos tripolares, o número total de
cabos é tomado igual ao número de circuítos e o fator de correção correspondente é aplicado às
tabelas de 3 condutores carregados para cabos tripolares.
e) Se um agrupamento consiste de N condutores isolados ou cabos unipolares pode-se considerar tanto
N/2 circuitos com 2 condutores carregados como N/3 circuitos com 3 condutores carregados.
f) Os valores indicados são médios para a faixa usual de seções nominais, com precisão de +/- 5%.
g) Os fatores de correção dos itens 4 e 5 são genéricos e podem não atender a situações especificadas.
Nesses casos, deve-se recorrer às tabelas 12 e 13.
Nota:
Leitos,
suportes 14 3 1,00 0,85 0,79 0,76 0,73 0,70
Contíguos
horizontais, 15
etc. 16 1 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 -
(nota C)
Nota:
• São considerados cabos semelhantes aqueles cujas capacidades de condução de
corrente baseiam-se na mesma temperatura máxima para serviço contínuo e cujas
seções nominais estão contidas no intervalo de 3 seções normalizadas secessivas.
1
F=
n
Onde:
F = fator de correção;
n = número de circuitos ou de cabos multipolares.
Notas:
• A expressão dada está a favor da segurança e reduz os perigos de sobrecarga sobre os
cabos de menor seção nominal.
• Pode, no entanto, resultar no superdimensionamento dos cabos de seções mais
elevadas.
Notas:
a) A tabela foi originalmente obtida para cabos tetrapolares e pentapolares, mas podem, em princípio, ser
utilizada para circuitos com cabos unipolares ou condutores isolados.
b) A corrente (I) a ser utilizada para a determinação da seção dos 4 condutores do circuito, utilizando as
tabelas 2,3 ou 5 (colunas de 3 condutores carregados), é obtida pelas expressões:
Seção mínima do
Tipo de instalação Utilização do circuito
condutor isolado (mm²)
Circuitos de iluminação 1,5
Instalações fixas em geral Circuitos de força (incluem tomada) 2,5
Circuitos de sinalização e circuitos de controle 0,5
Como especificado na norma do
Para um equipamento específico
equipamento
Ligações flexíveis
Para qualquer outra aplicação 0,75
Circuitos a extrabaixa tensão para aplicações especiais 0,75
Eletroduto e eletrocalha(A)
Eletroduto e eletrocalha(A) (material não-magnético)
(material magnético)
Seção Pirastic Ecoflam,
Pirastic Ecoflam e Pirastic Ecoplus
nominal Pirastic Ecoplus
(mm²) Circuito monofásico
Circuito monofásico Circuito trifásico
e trifásico
FP = 0,8 FP = 0,95 FP = 0,8 FP = 0,95 FP = 0,8 FP = 0,95
1,5 23 27,4 23,3 27,6 20,2 23,9
2,5 14 16,8 14,3 16,9 12,4 14,7
4 9,0 10,5 8,96 10,6 7,79 9,15
6 5,87 7,00 6,03 7,07 5,25 6,14
10 3,54 4,20 3,63 4,23 3,17 3,67
16 2,27 2,70 2,32 2,68 2,03 2,33
25 1,50 1,72 1,51 1,71 1,33 1,49
35 1,12 1,25 1,12 1,25 0.98 1,09
50 0,86 0,95 0,85 0,94 0,76 0,82
70 0,64 0,67 0,62 0,67 0,55 0,59
95 0,50 0,51 0,48 0,50 0,43 0,44
120 0,42 0,42 0,40 0,41 0,36 0,36
150 0,37 0,35 0,35 0,34 0,31 0,30
185 0,32 0,30 0,30 0,29 0,27 0,25
240 0,29 0,25 0,26 0,24 0,23 0,21
300 0,27 0,22 0,23 0,20 0,21 0,18
400 0,24 0,20 0,21 0,17 0,19 0,15
500 0,23 0,19 0,19 0,16 0,17 0,14
Notas:
a) As dimensões do eletroduto e da eletrocalha adotadas são tais que a área dos cabos não ultrapassa 40%
da área interna dos mesmos;
b) Os valores da tabela admitem uma temperatura no condutor de 70 ºC.
Seção
nominal
(mm²)
Circuito monofásico Circuito trifásico Circuito Circuito Circuito
trifásico(B) monofásico trifásico
S = 10 cm S = 20 cm S = 2D S = 10 cm S = 20 cm S = 2D
(B)
FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95
1,5 23,6 27,8 23,7 27,8 23,4 27,6 20,5 24,0 20,5 24,1 20,3 24,0 20,2 23,9 23,3 27,6 20,2 23,9
2,5 14,6 17,1 14,7 17,1 14,4 17,0 12,7 14,8 12,7 14,8 12,5 14,7 12,4 14,7 14,3 16,9 12,4 14,7
4 9,3 10,7 9,3 10,7 9,1 10,6 8,0 9,3 8,1 9,3 7,9 9,2 7,8 9,2 9,0 10,6 7,8 9,1
6 6,3 7,2 6,4 7,2 6,1 7,1 5,5 6,3 5,5 6,3 5,3 6,2 5,2 6,1 6,0 7,1 5,2 9,1
10 3,9 4,4 3,9 4,4 3,7 4,3 3,4 3,8 3,4 3,8 3,2 3,7 3,2 3,7 3,6 4,2 3,1 3,7
16 2,6 2,8 2,6 2,8 2,4 2,7 2,2 2,4 2,3 2,5 2,1 2,4 2,0 2,3 2,3 2,7 2,0 2,3
25 1,73 1,83 1,80 1,86 1,55 1,76 1,52 1,59 1,57 1,62 1,40 1,53 1,32 1,49 1,50 1,71 1,31 1,48
35 1,33 1,36 1,39 1,39 1,20 1,29 1,17 1,19 1,22 1,22 1,06 1,13 0,98 1,09 1,12 1,25 0,97 1,08
50 1.05 1,04 1,11 1,07 0.93 0,97 0.93 0,91 0,98 0,94 0,82 0,85 0,75 0,82 0,85 0,93 0,74 0,81
70 0,81 0,76 0,87 0,80 0,70 0,71 0,72 0,67 0,77 0,70 0,63 0,62 0,55 0,59 0,62 0,67 0,54 0,58
95 0,65 0,59 0,71 0,62 0,56 0,54 0,58 0,52 0,64 0,55 0,50 0,47 0,43 0,44 0,48 0,50 0,42 0,43
120 0,57 0,49 0,63 0,52 0,48 0,44 0,51 0,43 0,56 0,46 0,43 0,39 0,36 0,36 0,40 041 0,35 0,35
150 0,50 0,42 0,56 0,45 0,42 0,38 0,45 0,37 0,51 0,40 0,38 0,34 0,31 0,30 0,35 0,34 0,30 0,30
185 0,44 0,36 0,51 0,39 0,37 0,32 0,40 0,32 0,46 0,35 0,34 0,29 0,27 0,25 0,30 0,29 0,26 0,25
240 0,39 0,30 0,45 0,33 0,33 0,27 0,35 0,27 0,41 0,30 0,30 0,24 0,23 0,21 0,26 0,24 0,22 0,20
300 0,35 0,26 0,41 0,29 0,30 0,23 0,32 0,23 0,37 0,26 0,28 0,21 0,21 0,18 0,23 0,20 0,20 0,18
400 0,32 0,22 0,37 0,26 0,27 0,21 0,29 0,20 0,34 0,23 0,25 0,19 0,19 0,15 - - - -
500 0,28 0,20 0,34 0,23 0,25 0,18 0,26 0,18 0,32 0,21 0,24 0,17 0,17 0,14 - - - -
630 0,26 0,17 0,32 0,21 0,24 0,16 0,24 0,16 0,29 0,19 0,22 0,15 0,16 0,12 - - - -
800 0,23 0,15 0,29 0,18 0,22 0,15 0,22 0,14 0,27 0,17 0,21 0,14 0,15 0,11 - - - -
1000 0,21 0,14 0,27 0,17 0,21 0,14 0,20 0,13 0,25 0,16 0,20 0,13 0,14 0,10 - - - -
Notas:
Seção
nominal
(mm²)
Circuito
Circuito monofásico Circuito trifásico Circuito monofásico Circuito
trifásico(B) (B) trifásico
S = 10 cm S = 20 cm S = 2D S = 10 cm S = 20 cm S = 2D
FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95
1,5 23,8 28,0 23,9 28,0 23,6 27,9 20,7 24,3 20,5 24,1 20,4 24,1 20,4 24,1 23,5 27,8 20,3 24,1
2,5 14,9 17,4 15,0 17,5 14,7 17,3 12,9 15,1 13,0 15,1 12,8 15,0 12,8 15,0 14,6 17,3 12,7 15,0
4 9,4 10,9 9,5 10,9 9,2 10,8 8,2 9,5 8,2 9,5 8,0 9,4 7,9 9,3 9,1 10,8 7,9 9,3
6 6,4 7,3 6,4 7,3 6,2 7,2 5,5 6,3 5,6 6,3 5,4 6,2 5,3 6,2 6,1 7,1 5,3 6,2
10 3,9 4,4 4,0 4,4 3,7 4,3 3,4 3,8 3,5 3,8 3,3 3,7 3,2 3,7 3,6 4,2 3,2 3,7
16 2,58 2,83 2,64 2,86 2,42 2,74 2,25 2,46 2,31 2,48 2,12 2,39 2,05 2,35 2,34 2,70 2,03 2,34
25 1,74 1,85 1,81 1,88 1,61 1,77 1,53 1,61 1,58 1,64 1,41 1,55 1,34 1,51 1,52 1,73 1,32 1,50
35 1,34 1,37 1,40 1,41 1,21 1,30 1,18 1,20 1,23 1,23 1,06 1,14 0,99 1,10 1,15 1,26 0,98 1,09
50 1.06 1,05 1,12 1,09 0.94 0,99 0.94 0,92 0,99 0,95 0,83 0,87 0,76 0,83 0,86 0,95 0,75 0,82
70 0,81 0,77 0,88 0,80 0,70 0,71 0,72 0,68 0,78 0,70 0,63 0,63 0,56 0,59 0,63 0,67 0,54 0,58
95 0,66 0,59 0,72 0,62 0,56 0,54 0,59 0,52 0,64 0,55 0,50 0,48 0,43 0,44 0,48 0,50 0,42 0,44
120 0,57 0,49 0,63 0,53 0,48 0,45 0,51 0,44 0,56 0,46 0,43 0,40 0,36 0,36 0,40 041 0,35 0,35
150 0,50 0,42 0,57 0,46 0,42 0,38 0,45 0,38 0,51 0,41 0,39 0,34 0,32 0,31 0,35 0,35 0,30 0,30
185 0,44 0,36 0,51 0,39 0,38 0,32 0,40 0,32 0,46 0,35 0,34 0,29 0,27 0,26 0,30 0,29 0,26 0,25
240 0,39 0,30 0,45 0,33 0,33 0,27 0,35 0,27 0,41 0,30 0,30 0,24 0,23 0,21 0,26 0,24 0,22 0,21
300 0,35 0,26 0,41 0,29 0,30 0,24 0,32 0,24 0,37 0,26 0,28 0,21 0,21 0,18 0,23 0,20 0,20 0,18
400 0,31 0,23 0,38 0,26 0,27 0,21 0,29 0,21 0,34 0,23 0,25 0,19 0,19 0,16 - - - -
500 0,28 0,20 0,34 0,23 0,25 0,18 0,26 0,18 0,32 0,21 0,24 0,17 0,17 0,14 - - - -
630 0,26 0,17 0,32 0,21 0,24 0,16 0,24 0,16 0,29 0,19 0,22 0,15 0,16 0,12 - - - -
800 0,23 0,15 0,29 0,18 0,22 0,15 0,22 0,14 0,27 0,17 0,21 0,14 0,15 0,11 - - - -
1000 0,21 0,14 0,27 0,17 0,21 0,14 0,21 0,13 0,25 0,16 0,20 0,13 0,14 0,10 - - - -
Notas:
Cabos bi e Cabo
CONDUTORES ISOLADOS - CABOS UNIPOLARES AO AR LIVRE (B)
tripolares Tetrapolar
Circuitos 3F
(B) (B)
Seção S = de S = 2 de S = 10cm S = 20cm Trifófio FN / FF / 3F 3F + N / 3F + PE
Rcc(A)
(mm²)
Seção nominal Diâmetro máximo dos fios Resistência máxima do condutor a 20 ºC,
do condutor no condutor condutores circulares e fios nus.
(mm²) (mm) (Ω / km)
10 0,26 1,91
16 0,26 1,21
25 0,26 0,780
35 0,31 0,554
50 0,31 0,386
70 0,31 0,272
95 0,31 0,206
120 0,31 0,161
150 0,31 0,129
185 0,31 0,106
240 0,31 0,0801
• Fio Pirastic Ecoflam, Cabo Pirastic Ecoflam, Cabo Flexível Pirastic Ecoplus, Cabo Sintenax
Econax e Cabo Sintenax Flex.
• Condutor - Cobre Conexões Prensadas ou Soldadas
• Cabo Eprotenax Ecofix, Cabo Eprotenax Flex, Cabo Voltalene Ecolene e Cabo Afumex.
• Condutor - Cobre Conexões Prensadas.
• Cabo Eprotenax Ecofix, Cabo Eprotenax Flex, Cabo Voltalene Ecolene e Cabo Afumex.
• Condutor - Cobre Conexões Soldadas.
O cálculo do valor da Integral de Joule pode ser determinado de acordo com a norma
IEC 949 (1988).
Assim tem-se:
Fórmula geral: l2 t = l2 G2 ,
Onde:
X+ ∆ I2 Y
G= (1) z= − (3)
2z S α S
θ f +β
∆ = X 2 + 4 z S (2) α = K 2 S 2 ln (4)
θ
i + β
Sendo:
I = corrente admissível no condutor (A);
S = seção nominal no condutor (mm2);
f = Temperatura final do condutor (ºC);
i = Temperatura inicial do condutor (ºC);
ß = recíproco do coeficiente de temperatura da resistência do condutor em ºC
(K) - tabela 1;
K = constante que depende do material condutor - tabela 1;
X e Y = tabela 2.
Tabela 1
Material K ß
Cobre 226 234,5
Alumínio 148 228
Isolação X Y
PVC ≤ 3 kV 0,29 0,06
PVC > 3 kV 0,27 0,05
XLPE 0,41 0,12
EPR ≤ 3 kV 0,38 0,10
EPR > 3 kV 0,32 0,07
Exemplo:
Calcular a Integral de Joule para um cabo 6mm² de cobre, isolado em PVC, 0,6/1kV
percorrido por uma corrente de 100 A.
Considere ainda os seguintes parâmetros: θf = 160 ºC, θi = 70 ºC.
Tem-se:
θ +β
α = K 2 S 2 ln f = 226 2 × 6 2 ln 160 + 234 ,5 = 476137
θi + β 70 + 234 ,5
I2 Y 100 2 0 ,06
z= − = − = 0 ,011
α S 476137 6
X+ ∆ 0 ,29 + 0 ,59
G= = = 16 ,33
2z S 0 ,0539