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CALDA DE FUMO 1

Medidas de Controle:

A nicotina é um alcalóide que se obtém através do fumo, é um poderoso inseticida de fácil


obtenção, tendo ação de contato contra pulgões, lagartas, tripes e outras pragas.

Preparo:

1. colocar 100 g de fumo de corda cortado em pedacinhos em 1 litro de álcool


mantendo abrigado da luz por alguns dias.

2. Filtrar espremendo em pano e guardar o extrato em garrafa escura.

3. Para melhor conservação é recomendado acrescentar 4 gramas de fenol por litro


de extrato.

Aplicação:

Para pulverizar nas plantas, na hora de usar, misturar 200 ml do extrato com 200 gramas de
sabão e dez litros de água. O sabão quanto mais forte (alcalino) melhor, o qual deverá ser
cortado em pequenos pedaços e dissolvido em água quente antes de adicionar a mistura.

• É tóxico para o ser humano e pode afetar os inimigos naturais. O seu preparo e
aplicação requerem cuidados.
• A colheita do vegetal tratado deve ser feita, somente 3 dias após a aplicação do
fumo.
• Não deve ser empregado o fumo em plantas da família da batata.

Quando aplicada como cobertura do solo, pode prevenir o ataque de lesmas, caracóis e
lagartas cortadeira, porém pode prejudicar insetos benéficos do solo como as minhocas.
CALDA DE FUMO 2
Medidas de Controle:

A nicotina é um alcalóide que se obtém através do fumo, é um poderoso inseticida de


fácil obtenção, tendo ação de contato contra pulgões, lagartas, tripes e outras pragas.

Segue aqui uma boa alternativa para o controle de pragas e doenças, sem o uso de
agrotóxicos em hortaliças, plantas ornamentais e frutíferas. Como dica iremos fazer o
controle através da calda do fumo, onde utilizaremos os seguintes ingredientes:

100 g de fumo de corda


10 l de água
20 g de pimenta vermelha (malagueta)
1 l de álcool
50 g de sabão neutro

PREPARO:

Ferver os 10 litros de água, retirar do fogo, adicionar 100 g de fumo picado, deixar
esfriar (a nicotina vai se dissolver na água quente). Esse extrato deve ser guardado em um
recipiente por até 30 dias.
Marcenar as 20 g de pimenta e colocar em vidro ou garrafa com tampa, junto com 1
litro de álcool e deixar descansando uma semana antes de usar. Este preparo pode ser
armazenado por alguns meses, se estiver bem tampado.
Dissolver 50 g do sabão neutro em 1 litro de água quente.
Na hora de usar, colocar 1 litro do extrato de fumo junto com ½ copo de extrato de
pimenta, juntando com a solução do sabão. Colocar tudo em um pulverizador costal de 20
litros. Agitar a mistura e completar com água.

Augusto Braga
Extensionista Agrícola da EMATER-PB

• É tóxico para o ser humano e pode afetar os inimigos naturais. O seu preparo e
aplicação requerem cuidados.
• A colheita do vegetal tratado deve ser feita, somente 3 dias após a aplicação do
fumo.
• Não deve ser empregado o fumo em plantas da família da batata.

Quando aplicada como cobertura do solo, pode prevenir o ataque de lesmas, caracóis e
lagartas cortadeira, porém pode prejudicar insetos benéficos do solo como as minhocas.
FUMO (NICOTINA)
Indicação - a nicotina contida no fumo é um excelente inseticida, tendo ação de contato
contra pulgões, tripes e outras pragas. Quando aplicada como cobertura do solo, pode
prevenir o ataque de lesmas, caracóis e lagartas cortadeiras, porém, pode prejudicar insetos
benéficos ao solo como as minhocas. 0 fumo em pó sobre os vegetais é um defensivo
contra pragas de corpo mole, como lesmas e outras, sendo menos tóxico se empregado
nesta forma. Na agricultura orgânica seu emprego deve ser precedido de autorização do
orgão certificador.
Características - a calda pronta pode ser acrescida de sabão e cal hidratada, melhorando a
sua atividade e persistência na folha. Quando a nicotina é exposta ao sol, diminui sua ação
em poucos dias. A adição de algumas gotas de fenol, é recomendada para manter suas
características iniciais. A colheita do vegetal tratado deve ser feita, somente 3 dias após a
aplicação do fumo. Não deve ser empregado o fumo em plantas da família da batata ou
tomate (Solanaceae). 0 tratamento com concentrações acima do recomendado, pode causar
danos para muitas plantas. A nicotina bem diluída apresenta baixo risco para o homem e
animais de sangue quente e 24 horas depois de pulverizada, torna-se inativa. No entanto,
em elevada concentração é tóxica para o ser humano e pode afetar os inimigos naturais. 0
seu preparo e aplicação requerem cuidados. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-
se respeitar um intervalo mínimo de 3 dias antes do consumo. Devido ao seu alto poder
inseticida, o seu emprego na agricultura orgânica é bastante restrito.
Receita 1 - para controle de pulgões, cochonilhas, grilos, vagalumes.
Ingredientes: 15 a 20 cm de fumo em corda e água. Preparo: Coloque o fumo em corda
deixando de molho durante 24 horas, com água suficiente para cobrir o recipiente.
Aplicação: Para cada litro de água, use 5 colheres (de sopa) dessa mistura, usando no
mesmo dia.
Receita 2 - controle de lagartas e pulgões em plantas frutíferas e hortaliças.
Ingredientes: 100g de fumo em corda, 1 litro de álcool e 100g de sabão. Preparo: misture
100g de fumo em corda cortado em pedacinhos com 1 litro de álcool. Junte 100g de sabão
e deixe curtir por 2 dias. Aplicação: para pulverizar plantas utilize 1 copo do produto em 15
litros de água.
Receita 3 - controle de vaquinhas, pulgões, cochonilhas, lagartas.

Ingredientes: 1 pedaço de fumo em corda (10 - 15 cm); 0,5 litros de álcool; 0,5 litros de
água e 100g de sabão em barra. Preparo: corte o fumo em pequenos pedaços e junte a água
e o álcool. Misture em um recipiente deixando curtir durante 15 dias. Decorrido esse
tempo, dissolva o sabão em 10 litros de água e junte com a mistura já curtida de fumo e
álcool. Aplicação: pode ser aplicado com pulverizador ou regador. No caso de hortaliças,
aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 3 dias antes da colheita.

Receita 4 - controle de pulgões, vaquinhas, cochonilhas.


Ingredientes: 20 colheres (sobremesa) de querosene, 3 colheres (sopa) de sabão em pó, 1
litro de calda de fumo e 10 litros de água. Preparo e Aplicação: para o preparo da água de
fumo coloque 20 gramas de fumo de rolo bem forte e picado em 1 litro de água, fervendo
essa mistura durante 30 minutos. Após, coá-la em pano fino, adicione 3-4 litros de água
limpa e utilize o produto obtido no mesmo dia. Em seguida, aqueça 10 litros de água e
junte 20 colheres (sobremesa) de querosene e 3 colheres (sopa) de sabão em pó. Deixe
esfriar em temperatura ambiente e adicione então 1 litro de calda de fumo.
Receita 5 - controle de pulgões, lagartas e tripes.

Ingredientes: 1,0 kg de folhas trituradas de fumo em 15 litros de água por 24 horas.


Preparo: a solução é coada e adicionado um pouco de sabão. Aplicação: pulverizada
conforme a receita acima ou no solo na forma de pó feito com folhas secas ou pedaços de
folhas colocadas no chão em cobertura.

ESPALHANTE ADESIVO
Existem insetos (pulgões, por exemplo) que, devido a sua capa cerosa, dificultam a ação de
produtos que, como o extrato de fumo, os matem por contato. Neste caso, o espalhante
adesivo melhora a ação de contato do extrato de fumo sobre o pulgão e, conseqüentemente,
permite um controle mais efetivo. A farinha de trigo apresentava boa atuação como
espalhante adesivo.

Preparo:

Misture com a água os ingredientes a serem pulverizados, acrescentando a farinha por


último. Adicione a farinha aos poucos, lentamente e sob forte e constante agitação para que
a dissolução da farinha seja completa.

Para evitar obstrução de bicos do pulverizador, é prudente coar a calda, podendo-se utilizar
para isto a própria peneira do pulverizador.

Dosagem:

Utilizam-se 200 gramas de farinha de trigo em cada 10 litros de calda.

Esta dose pode ser aumentada ou diminuída de acordo com o grau de cerosidade das folhas.

* Eng. Agr., M.Sc., Extensionista Rural do Escritório Municipal da EMATER/RS de


Sobradinho e Coordenador do Plano Piloto de Agricultura Ecológica para a Região Centro-
Serra do RS.
SABÃO

0 sabão (não detergente) tem efeito inseticida e quando acrescentado em outros defensivos
naturais pode aumentar a sua efetividade.

0 sabão sozinho tem bom efeito sobre muitos insetos de corpo mole como: pulgão,
lagartas e mosca branca.

Raspar o sabão até obter 1 colher de chá que será colocada em 1 litro de água até total
dissolução.

O sabão pode também ser fervido para dissolver e aplicado quando frio.

CRAVO DE DEFUNTO
Cravo-de-defunto (Tagetes minuta) e ou Cravorana (Tagetes sp) silvestre.
As plantas inteiras, principalmente no florescimento, são boas repelentes de insetos e
nematóides (no solo). Usadas em bordadura das culturas ou em pulverizações na forma de
extratos alcoólicos, atuam tanto por ação direta contra as pragas, quanto por "disfarce" das
culturas pelo seu forte odor.
Fórmula Geral: 200 gramas de planta verde, mascerados por 12 (doze) horas em álcool
(aproximadamento 1 litro) e diluídos em 18 a 19 litros de água (20 litros para pulverização)

CINAMOMO
Cinamomo (Melia azedorach L., família Meliaceae)
O chá das folhas e o extraído acetônico-alcoólico dos frutos (ambos na dosagem média de
200 gramas para um volume final de 20 litros para pulverização) são inseticidas. Os frutos
devem ser moídos e seu pó pode ser usado na conservação de grãos armazenados.
Observação: É uma árvore ornamental comum no sul do Brasil, de origem asiática.

SABONETEIRA
Saboneteira ( Sapindus saponaria L.)
Árvore nativa da América Tropical, usada como ornamental , possui nos frutos um efeito
inseticida. Para se ter uma idéia de seu poder de ação, vale mencionar que seis frutos
bastam para preservar 60 quilos de grãos armazenados.
Os estratos podem ser feitos dos frutos amassados diretamente em água (uso imediato) ou
conservados por extração acetônica e/ou alcoólica. Em ambos os casos, 200 gramas são
suficientes para o volume de 20 litros de um pulverizador costal.

QUÁSSIA OU PAU-AMARGO
Quássia ou Pau-amargo (Quassia amara, família Simarubaceae)
Arbusto alto, nativo da América Central, com ação inseticida especialmente contra moscas
e mosquitos, pelo alto teor de substâncias amargas na casca e madeira. Estas partes podem
ser usadas em pó ou extrato acetônico-alcoólico, assim como os ramos e folhas, variando
apenas a concentração: 200 gramas de cascas ou madeira moída.

MUCUNA PRETA
Mucuna-preta (Mucuna sp ou Stizolobium oterrium)
Plantada associada ao milho, evita mais de 90% da instalação dos gorgulhos nas espigas

PURUNGO OU CABAÇA (ATRATIVO)


Purungo ou Cabaça (Lagenaria vulgaris)
Plantado em bordadura (em forma de cercas-vivas) ou com seus frutos cortados e
espalhados na lavoura é o melhor atrativo para o besourinho ou vaquinha verde-amarela
(Diabrotica speciosa).

TAIUÁ
Tajujá (Cayaponia tayuya)
Planta da família das cucurbitáceas, atrativa para as vaquinhas. Sua limitação consiste no
fato de que as raízes que são a parte mais útil da planta, são de cultivo mais difícil que o do
Purungo.

LEITE DE VACA
Oídio da abobrinha, causado pelo fungo Sphaerotheca fuliginea, é uma das principais
doenças da cultura e de outras cucurbitáceas (pepino e outras variedades de abóbora),
sobretudo em cultivo protegido (estufas). A doença ataca toda a parte aérea da planta
(folhas, ramos, caules, flores), fazendo com que esta perca o vigor e tenha sua produção
prejudicada.
O método de controle mais utilizado nos sistemas convencionais de cultivo é o emprego de
fungicidas. Contudo, seu uso contínuo resulta não apenas em riscos de contaminação
ambiental como na seleção de populações do fungo resistentes aos produtos. Aliado a esses
fatos, existe um mercado crescente para alimentos produzidos sem a utilização de
agrotóxicos, sendo o de produtos orgânicos, o mais conhecido

Como no sistema de produção orgânico não se permite o uso de fungicidas, esse grupo de
agricultores dispõe de poucas alternativas para o controle do Oídio da abobrinha, fato que
começa a mudar com a descoberta do leite cru como produto promissor para esse fim.

De acordo com o pesquisador Wagner Bettiol, da Embrapa Meio Ambiente, possivelmente


o leite apresenta mecanismos variados de ação no controle do Oídio da abobrinha, que são:

• O leite pode ter ação direta sobre o fungo devido à sua propriedade germicida.
• O leite contém vários sais e aminoácidos na sua composição, sendo que essas
substâncias são conhecidas por induzirem resistência nas plantas.

O leite modifica as características da superfície da folha, como pH, nutrientes, gorduras


entre outras e com isso não permite a instalação do patógeno.

A técnica foi desenvolvida pensando em ser uma alternativa para a agricultura orgânica.
Entretanto, devido ao baixo custo e à facilidade de obtenção do produto, vem sendo adotada
por diversos produtores, sejam eles orgânicos ou convencionais.

Esses produtores estão utilizando o leite de vaca cru na concentração de 5%, isto é , 5 litros
de leite para 95 litros de água, uma vez na semana e quando a infestação está muito alta
utilizam a 10%, para o controle do Oídio da abobrinha e do pepino.

Atualmente, além da explicação do mecanismo de ação envolvido no controle do Oídio


com o leite da vaca cru, estão sendo realizados estudos para verificar se o leite controla o
Oídio de outras culturas, como as do quiabo, do pimentão, da roseira e do feijoeiro, mas
sempre pensando na utilização dessas técnicas para a agricultura orgânica.

MANIPUEIRA (MANDIOCA)
No decurso de dez anos (1976/85), cresceu em mais de 500% o consumo de agrotóxicos no
Brasil, enquanto, no mesmo período, a rentabilidade da produção agrícola brasileira crescia
em apenas 5%. A discrepância entre estes dados atesta, em linhas gerais, o malogro
econômico de tão elevado investimento.

O emprego abusivo de agrotóxicos, sobre ser um empreendimento de elevado custo -até


mesmo anti-econõmico em muitos casos constitui, em função da alta toxicidade da maioria
desses compostos, um permanente risco à ecologia e, sobretudo, à saúde humana.
Consciente desses graves inconvenientes, o Setor de Fitopatologia da Universidade Federal
do Ceará (Brasil) criou, há mais de dez anos, uma linha de pesquisa direcionada para a
descoberta de defensivos agrícolas não-convencionais, a partir de extratos ou derivados
vegetais. Neste particular, sobressaiu-se a manipueira (nome indígena brasileiro designativo
do extrato liquido das raízes de cassava, Manihot esculenta Crantz), um sub produto da
fabricação da farinha de mandioca (Fig. 1.), que, até então, era praticamente desprezado,
sem qualquer aproveitamento econõmico. Este composto, uma ve ztestado como
nematicida e, posteriormente, como inseticida, revelou extraordinária eficiência e notável
economicidade; e sem os riscos de toxidez dos produtos comerciais.

Fig. 1. Extrato líquido das raízes de mandioca -a manipueira- coletado na casa-de-farinha (prédio ao lado)
e sendo estocado para posterior aplicação no campo.

Iniciada em 1979 (11), esta linha de pesquisa, intitula da "Utilização da Manipueira como
Defensivo Agrícola", já produziu doze trabalhos científicos, de zdos quais relativos a
primeira etapa do projeto (utilização como nematicida), reunindo um acervo de resultados
positivos. Os dois outros trabalhos (9, 10) correspondem á segunda etapa (utilização como
inseticida) e relatam pesquisas recentes que atestam a eficácia do composto no combate,
também, a insetos fitoparasitos.

Uma resenha de todas essas pesquisas é apresentada em seguida.

UTILIZAÇÃO DA MANIPUEIRA COMO NEMATICIDA

O trabalho pioneiro aconteceu há mais de dez anos, exatamente quando Ponte et al. (11)
descobriram a potencialidade nematicida inerente à manipueira, mediante o cultivo de
plantas de quiabo (Hibiscus esculentus L.) em solos envasados que haviam sido
previamente infestados com ovos e larvas de nematóides das galhas (Meloidogyne spp.) e,
dez dias depois, tratados com manipueira. Na ocasião, a partir de crescentes dosagens de
manipueira (0, 500, 750 e 1000 ml por vaso), obtiveram decrescentes percentagens de
plantas atacadas de Meloidoginose: 100, 60, 50 e 30%, respectivamente (Quadro 1). Neste
experimento, conduzido em casa-de-vegetação, foram usados vasos de 6L de capacidade,
contendo solo limo-arenoso.

Quadro 1. Quantificação da incidência de Meloidoginose em plantas de quiabo (Hibiscus


esculentus L.), cultivadas em vasos contendo solo previamente infestado com nematoides
das galhas (Meloidogyne spp.) e, posteriormente, tratado com diferentes dosagens de
manipueira extraída de mandiocas brava e mansa.

Dosagens (1) (ml / vaso) Plantas Atacadas(2) (%)


0 100
500 60
750 50
1000 30

(1) ml de manipueira por vaso contendo 6 L de solo infestado com


cerca de 10.000 espêcimes de nematóides das galhas.
(2) Total de 20 plantas por tratamento, distribuídas em cinco vasos (parcelas).

Quadro 2. Infestação de nematóides das galhas (Meloidogyne spp.) em raízes de tomateiros


(Lycopersicon esculentum Mill.), cultivados em vasos contendo solo previamente infestado
e, posteriormente, tratado com diferentes dosagens de manipuejra, extraída apenas de
mandioca brava.

Dosagens (1) (ml / vaso) Infestação


(2)
(Grau Médio) Classe
0 4.0 forte
500 1.3 muito fraca
1000 0.0 nula
1500 0.0 nula

(1) ml de manipueira por vaso contendo 6 L de solo infestado com cerca de 10.000 espêcimes de
nematóide das galhas.
(2) Média de 15 plantas por tratamento, distribuídas em quatro vasos. Notas atribuídas
conforme o seguinte critério: 0 - ausência de galhas; 1 - 1 a 3 galhas por sistema radicular;
2 - 4 a 6 galhas; 3 - 7 a 12 galhas; 4 - 13 a 20 galhas; 5 - mais de 20 galhas,
correspondendo, respectivamente, às infest

Dois anos depois, Ponte e Franco (7) comprovaram essa potencialidade nematóxica através
de dados ainda mais positivos do que os obtidos no experimento pioneiro. Com efeito, para
a dosagem de 1000 ml por vaso, a percentagem de plantas atacadas, que fora de 30% no
primeiro ensaio (Quadro 1), caiu para 0% (Quadro 2). Segundo os citados autores, este
melhor desempenho do composto deveu-se ao uso exclusivo, no segundo ensaio, de
manipueira extraída apenas de mandioca brava e não de uma mistura de extratos de
mandiocas brava e mansa, como aconteceu no primeiro experimento. Neste segundo ensaio,
o tomateiro (Lycopersiconesculentum Mill.) cv. Santa Cruz foi usado como planta-teste,
haja vista a sua condição de hospedeiro da mais alta suscetibilidade ao parasitismo de
nemitóides do gênero Meloidogyne.

No ano seguinte, Sena e Ponte (12) aplicaram manipueira em uma cultura de cenoura
(Daucus carota L.), de apenas 15 dias de idade e já sob ameaça de um severo ataque de
nematóides das galhas, a julgar pelo grau de infestação exibido pelas plantinhas removidas
por ocasião do primeiro desbaste. Nos canteiros tratados (l L do composto por m2), a par da
leve incidência de Meloidoginose constatada à época da colheita. a produção de cenouras
foi l00% superior à obtida nos canteiros não tratados, onde a incidência da doença foi
severa e generalizada.

Em 1983, direcionando as pesquisas para o conhecimento dos possíveis efeitos colaterais


do tratamento do solo com manipueira, Ponte e Franco (5) estudaram as implicações do
tratamento sobre a população rizobiana (Rhizobium spp.). Constataram um decréscimo
populacional de rizóbios inversamente proporcional à quantidade de manipueira
incorporada ao solo. A quantificação dos resultados se fe zmediante contagem dos nódulos
bacterianos em raizes de caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.), cujo cultivo se seguiu ao
tratamento do solo com manipueira.

Ainda em 1983, os mesmos autores (6) constataram que a manipueira poderia ser estocada
por um período de até três dias, à temperatura ambiente (25-31°C), sem nenhum prejuízo
para o seu poder nematicida. Com efeito, realizaram um experimento em que a manipueira
foi armazenada, em vasilhames de plástico não tamponados, por 0, 1, 3 e 5 d; logo após
estes períodos de estocagem, aplicaram 1 L dessa substâcia em vasos contendo 6 L de solo
previamente infestado de nematóides das galhas; ao final, constataram a ausência total de
galhas nas 12 plantas de tomate que haviam sido posteriormente cultivadas em cada um dos
vasos dos tratamentos correspondentes a 0, 1 e 3 d de armazenamento, enquanto
constatavam 5 galhas no conjunto das 12 plantas do tratamento de 5 d. Esta determinação é
importante do ponto-de-vista prático, pois anula a obrigatoriedade de usar o composto
apenas no mesmo dia de sua extração.

Em 1986, ao fim de vários experimentos (em casa-de-vegetação) que integraram a sua tese
de mestrado, Franco (1) obteve algumas valiosas informações adicionais sobre a utilização
da manipueira no tratamento de solos contaminados por nematóides fitoparasitos. Ficou
comprovado, por exemplo, um efeito residual fitotóxico que persiste por alguns dias, razão
porque se deve observar, entre a aplicação do composto no solo e a data do plantio ou
transplantio, um período de carência de 18 a 21 d, de acordo com as determinações
experimentais envolvendo as culturas hortícolas já mencionadas anteriormente (quiabo,
tomate e cenoura), além do mamoeiro (Carica papaya L.).

Ainda no sentido de melhor orientar o tratamento do solo com manipueira, Franco e Ponte
(2) estudaram dois importantes aspectos pertinentes ao assunto: diluição e interferência da
manipueira na fertilidade do solo. Em relação ao primeiro aspecto, comprovaram que o
composto pode ser diluído em até 50% de água, sem prejuízo de sua ação nematicida. Esta
conclusão fundamentouse nos resultados de um experimento conduzido em solo envasado
(6 L por vaso) e pesadanente infestado de nematóides das galhas; aplicou-se, em cada vaso,
1 L de manipueira, usando a nas seguintes diluições: 100, 75, 50, 25 e 0% (testemunha,
com aplicação apenas de água). O composto diluído em igual parte de água (50%) foi tão
eficiente quanto à manipueira pura (l00%) ou a 75%, a julgar pela total ausência de galhas
nas plantas de tomate posteriormente cultivadas nos solos submetidos aos três citados
tratamentos. Já a manipueira a 25% (1 parte do composto para três de água) foi ineficaz,
com as respectivas plantas exibindo um número de galhas tao elevado quanto áquele
apresentado pelas plantas da testemunha. Com respeito à fertilidade do solo, concluíram
que a manipueira presta-se como fertilizante, aumentando, substancialmente, os níveis de
macronutrientes do solo, especialmente potássio, nitrogênio e magnêsio. Assim, além de
nematicida, há a vantagem adicional de ser um ótimo adubo.

Concluídos os vários experimentos programados para casa-de-vegetação, cujos resultados e


respectivas referências bibliográficas foram acima citados, a primeira etapa do projeto teve
prosseguimento e conclusão com três experimentos realizados em condições de campo, em
áreas naturalmente infestadas de nematóides das galhas. Estes experimentos (3, 4, 8),
estabelecidos em três diferentes zonas fisiográficas do nordeste do Brasil, foran
direcionados no sentido de esclarecer qual a dosagem adequada de manipueira para efeito
de tratamento de solos infestados de nematóides fitoparasitos. Os resultados então obtidos
fundamentaram as seguintes conclusões: a) por m2 de terreno, a dosagem mínima
necessária é a de 4 L de manipueira a 50%, o equivalente a 2 L de manipueira + 2 L de
agua (4, 8); b) por metro de sulco (linha de cultivo), a dosagem mínima é a de 2 L de
manipueira a 50% (3).

UTILIZAÇÃO DA MANIPUEIRA COMO INSETICIDA

Esta segunda fase do projeto teve início em 1988, mediante um teste preliminar conduzido
por Ponte et al (9) e envolvendo o controle de cochonilhas de carapaça marron (Coccus
hesperidium L.). Na oportunidade, uma única pulverização com manipueira pura, sobre
algumas copas de limoeiro-galego (Citrus aurantifolia Swingle) praguejadas por tais
cochonilhas, foi suficiente para eliminar quase toda a população desses coccídeos.

Além de outros testes bem sucedidos e envolvendo, inclusive, insetos-praga de maior porte
-por exemplo, as lagartas-peludas (Agraulis spp.) das passifloráceas-, Ponte e Santos(10)
concluíram, recentemente, um experimento que comprova a elevada potencialidade
inseticida da manipueira; com efeito, os citados autores controlaram duas importantes
pragas da citricultura -o pulgão negro (Toxoptera citricidus (Kirk)) e a cochonilha escama-
farinha (Pinnaspis aspidistrae (Sing))- usando três diferentes concentrações de manipueira:
50, 75 e 100%; nestas três concentrações, o composto revelou-se tão eficiente quanto o
inseticida comercial (parathion-metilico) usado como testemunha, além de muito mais
econômico do que este. Mais recentemente, os mesmos autores (trabalho ainda não
publicado) usaram a manipueira no tratamento de um plantio de tomateiros de dois meses
de idade, já severamente atacado pela traça (Scrobipalpula absoluta (Meirick)), uma das
mais importantes pragas da cultura no nordeste brasileiro. Em razão da sensibilidade do
tomateiro ao composto, a manipueira foi aplicada em diluição menos concentrada (1:4).
Mesmo assim, houve controle absoluto da praga, com apenas duas pulverizações, espaçadas
de 15 d.
à luz das pesquisas já desenvolvidas durante esta segunda etapa do projeto, pode-se
concluir, em resumo, que: a) a manipueira, como inseticida, pode ser usada pura (sobre
árvores adultas) ou diluída em 1 a 4 partes de água, dependendo a diluição da sensibilidade
da planta e do inseto ao composto; b) adicionar à manipueira a ser pulverizada sobre a
planta uma pequena porção (1 a l.5%) de açúcar ou farinha de trigo, para garantia de
melhor aderência; c) fazer duas ou três pulverizações, espaçadas de 12 a l5 d.

NOVAS FRONTEIRAS

Ja teve início, a partir de 1991, a terceira etapa do projeto, durante a qual será investigada
uma possível ação fungicida da manipueira. Neste sentido, os dois primeiros experimentos
já foram montados. Em um destes experimentos, o composto está sendo avaliado como
fungicida de folhagem, no controle curativo de oídios (Oidium spp.); no outro, como
fungicida de solo, no controle de patógenos do gênero Fusarium.

Paralelamente, pretende-se aprofundar os estudos sobre o aproveitamento da manipueira


como fertilizante do solo. Franco e Ponte (2) já demonstraram tal serventia da manipueira:
plantas de milho (Zea mays L.), em solo tratado, apresentaram, em confronto com o milho
cultivado em solo não tratado, crescimento e peso verde significativamente superiores
(respectivamente, 20 e l00% a mais). No momento, na Universidade Federal do Ceará, está
sendo desenvolvido um estudo -tese de pós-graduação orientada pelo autor deste artigo-
objetivando avaliar o aproveitamento da manipueira como adubo foliar, usando-a em
dosagens bem diluídas (1:6, 1:8 e 1:10), mediante pulverizações semanais; os resultados
parciais até agora coletados têm sido muito promissores, com as plantas de tomate tratadas
superando amplamente as testemunhas.

A composição química da manipueira, conforme análise estampada no Quadro 3, sustenta a


potencialidade do composto como adubo, haja vista sua riqueza em potássio, nitrogénio,
magnésio, fósforo, cálcio e enxofre (por ordem quantitativa), além de ferro e
micronutrientes em geral. Por outro lado, a presença de cianetos explica os efeitos
nematicida e inseticida inerentes à manipueira.

Quadro 3.(1) Composição química da manipueira.

Competente Quantidade (ppm)


Nitrogênio (N) 425.5
Fósforo (P) 259.5
Potássio (K) 1.863.5
Cálcio (Ca) 227.5
Magnésio (Mg) 405.0
Enxofre (S) l95.0
Ferro (Fe) 15.3
Zinco (Zn) 4.2
Cobre (Cu) 11.5
Manganês (Mn) 3.7
Boro (B) 5.0
-
Cianeto livre (CN ) 42.5
Cianeto total (CN) 604.0(2)

(1) Valor medio de várias determinações.


(2) 55.0 mg/l (em média).

MANIPUEIRA
É o líquido de aspecto leitoso e cor amarelo-claro que escorre de raízes carnosas da
mandioca (Manihot esculenta Crantz), por ocasião da prensagem das mesmas, com vista à
obtenção da fécula ou da farinha de mandioca. É, portanto, um subproduto ou resíduo da
industrialização da mandioca, que fisicamente se apresenta na forma de suspensão aquosa
e, quimicamente, como uma miscelânea de compostos que se prestam como macro e
micronutrientes vegetais.

- Recomendações de uso

Acaricida - manipueira diluída em água (uma parte de manipueira para duas partes de
água) – no mínimo, três pulverizações foliares, a intervalos semanais.

Adubo foliar - manipueira diluída em água (uma parte de manipueira para quatro partes de
água) - seis pulverizações foliares, a intervalos semanais.

Inseticida – manipueira diluída em igual volume de água (uma parte de manipueira para
uma parte de água) - três pulverizações foliares, a intervalos semanais.

Carrapaticida – controle de carrapatos de bovinos – manipueira + óleo de mamona (uma


parte de manipueira, uma parte de óleo de mamona, para duas partes de água), em 3
aplicações a intervalos semanais.

Fungicida – controle de oídios e ferrugens – 100 ml de manipueira anteriormente diluída


em igual volume de água) + 1g de farinha de trigo.

Nematicida – controle de nematóides formadores de galhas (Meloidogyne spp) – 1 litro de


manipueira diluída em igual volume de água para 6 litros de solo infestado. Deixar o solo
em repouso no mínimo por 8 dias e revolvê-lo para plantio.
ALHO
Indicação - o extrato do alho pode ser utilizado na agricultura como defensivo agrícola,
tendo ampla ação contra pragas e moléstias. Segundo vários pesquisadores, quando
adequadamente preparado tem ação fungicida, combatendo doenças como míldio e
ferrugens; tem ação bactericida e controla insetos nocivos como a lagarta da maçã, pulgão,
etc. Sua principal ação é de repelência sobre as pragas, sendo inclusive recomendado o
plantio intercalado de certas fruteiras como a macieira, para repelir pragas.

Características e preparo - no Brasil o uso do alho está restrito ainda a pequenas áreas,
como na agricultura orgânica, enquanto que em outros países como nos Estados Unidos,
pela possibilidade de empregar o óleo de alho, obtido através de extração industrial, já é
possivel empregá-lo em larga escala em cultivos comerciais. Uma fórmula para o preparo
de um defensivo com alho compreende a mistura de 1,0 kg de alho + 5,0 litros de água +
100 gramas de sabão + 20 colheres (de café) de óleo mineral. Os dentes de alho devem ser
finamente moídos e deixados repousar por 24 horas, em 20 colheres de óleo mineral. Em
outro vasilhame, dissolve-se 100 gramas de sabão (picado) em 5 litros de água, de
preferência quente. Após a dissolução do sabão, mistura-se a solução de alho. Antes de
usar, é aconselhavel filtrar e diluir a mistura com 20 partes de água. As concentrações são
variáveis de acordo com o tipo de pragas que se quer combater (Stoll, 1989). Quando
pulverizado sobre as plantas depois de 36 horas não deixa cheiro nos produtos agrícolas.

CHÁ DE CAVALINHA (Equisetum arvense ou E. giganteum)


Indicação - é muito indicada e empregada na horticultura orgânica para aumentar a
resistência das plantas contra insetos nocivos em geral.

Preparo e aplicação - ingredientes: 100 gramas de cavalinha seca ou 300 gramas de planta
verde; 10 litros de água para maceração e 90 litros de água para diluição. Preparo: ferver as
folhas de cavalinha em 10 litros de água por 20 minutos. Diluir a calda resultante em 90
litros de água. Aplicação: regar ou pulverizar as plantas, alternando com a urtiga. Fonte:
Geraldo Deffune, 1992.
CONFREI
Indicação - combate a pulgões em hortaliças e frutíferas e como adubo foliar.

Preparo e aplicação - ingredientes: 1,0 kg de confrei e água para diluição.

Preparo: utilizar o liqüidificador para triturar 1 quilo de folhas de confrei com água ou
então deixar em infusão por 10 dias. Acrescentar 10 litros de água. Aplicação: pulverizar
periodicamente as plantas.

CRAVO DE DEFUNTO (Tagetes sp)


Indicação - combate a pulgões, ácaros e algumas lagartas.

Preparo e aplicação - ingredientes: 1 kg de folhas e/ou talo de cravo-de-defunto e 10 litros


de água. Preparo: misturar 1 quilo de folhas e/ou talos de cravo-de-defunto em 10 litros de
água. Levar ao fogo e deixar ferver durante meia hora ou então deixar de molho (picado)
por dois dias.
Aplicação: Coar o caldo obtido e pulverizar as plantas atacadas.

PIMENTA MALAGUETA
Indicação - a pimenta (vermelha ou malagueta) pode ser empregada como um defensivo
natural em pequenas hortas e pomares. Tem boa eficiência quando concentrada e misturada
com outros defensivos naturais, no combate a pulgões, vaquinhas, grilos e lagartas.
Obedecer um período de carência mínima de 12 dias da colheita, para evitar obter frutos
com forte odores.
Receita 1 - ingredientes: 50 g de fumo de rolo, picado + 1 punhado de pimenta vermelha +
1 litro de álcool + 250 g de sabão em pó. Preparo: dentro de 1 litro de álcool, coloque o
fumo e a pimenta, deixando essa mistura curtir durante 7 dias. Para usar essa solução, dilua
o conteúdo em 10 litros de água contendo 250 gramas de sabão em pó dissolvido ou então,
detergente, de modo que o inseto grude nas folhas e nos frutos. No caso de hortaliças e
medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 12 dias antes da colheita.

Receita 2 - ingredientes: 500 g de pimenta vermelha (malagueta) + 4 litros de água + 5


colheres (sopa) de sabão de coco em pó. Preparo: bater as pimentas em um liqüidificador
com 2 litros de água até a maceração total. Coar o preparado e misturar com 5 colheres
(sopa) de sabão de coco em pó, acrescentando então os 2 litros de água restantes.
Aplicação: pulverizar sobre as plantas atacadas.

PRIMAVERA/MARAVILHA
(Bougainvillea spectabilis / Mirabilis jalapa)
Indicação - método eficiente para imunizar mudas de tomate contra o vírus do vira cabeça
do tomateiro.
Preparo de aplicação - utilizar a quantidade de 1 litro de folhas maduras e lavadas de
primavera ou maravilha (rosa ou roxa) e 1 litro de água. Juntar estes ingredientes e bater no
liqüidificador. Coe com pano fino de gaze e dilua em 20 litros de água. Pulverize
imediatamente (em horas frescas). Não pode ser armazenado. Aplicar em mudas de
tomateiros 10 dias após a germinação (2 pares de folhas) e repetir a cada 2 a 3 dias até a
idade de 45 dias.

URTIGA
Indicação - planta empregada na agricultura orgânica, prinicipalmente na horticultura para
aumentar a resistência e no combate a pulgões.
Preparo e aplicação - Ingredientes: 500 g de urtiga fresca ou 100g de urtiga seca e 10 litros
de água. Preparo: Colocar 500 gramas de urtiga fresca ou 100 gramas de urtiga seca em 10
litros de água por dois dias ou então deixar curtir por quinze dias. Aplicação: a primeira
forma de preparo para aplicação imediata sobre as plantas atacadas. A segunda, deve ser
diluída, sendo uma parte da solução concentrada para 10 partes de água.

CINZAS

Cinzas - a cinza de madeira é um material rico em potássio, muito recomendado na


literatura mundial para controle de pragas e até algumas doenças. Pode ser aplicado na
mistura com outros produtos naturais.
Receita 1 - Para o combate a lagartas e vaquinhas dos melões. Preparo e aplicação: Testar
nas condições locais a seguinte fórmula: 0,5 copo de cinza de madeira, 0,5 copo de cal
virgem e 4 litros de água. A cinza deve ser colocada antes em água, deixando repousar pelo
menos 24 horas, coada, misturada com a cal virgem hidratada e pulverizada. Para o preparo
de maiores quantidades de calda, pode ser preparado: 1 kg. de cinza de madeira + 1 kg de
cal e 100 litros de água. A adição de soro de leite (1 a 2%) na mistura de cinza com água
pode favorecer o seu efeito no combate contra pragas e moléstias.
Receita 2 - Para combater insetos sugadores e larva minadora. Preparo e aplicação: testar
nas condições locais a receita: 0,5 kg de cinzas de madeira, deixando descansar 24 horas
em 4 litros de água. Coar e acrescentar seis colherinhas (café) de querosene. Misturar e
aplicar preventivamente.

FARINHA DE TRIGO
Indicação - a farinha de trigo de uso doméstico pode ser efetiva no controle de ácaros,
pulgões e lagartas em horta domésticas e comunitárias. Preparo e Aplicação: o seu emprego
é favorável em dias quentes e secos, com sol. Aplicar de manhã em cobertura total nas
folhas. Mais tarde, as folhas secando com o sol, forma uma película que envolve as pragas
e caem com o vento. Ela pode ser pulverizada em vegetais sujeitos ao ataque de lagartas.
Preparo: diluir 1 colher de sopa (20 g) em 1,0 litro de água e pulverize nas folhas atacadas.
Repetir depois de 2 semanas.

LEITE
Indicação - o leite na sua forma natural ou como soro de leite é indicado para controle de
ácaros e ovos de diversas lagartas, atrativo para lesmas e no combate de várias doenças
fúngicas e viróticas. O seu emprego é recomendado para hortas domésticas e comunitárias.
Preparo e recomendações: um dos métodos recomendados, é diluir 1 litro de leite em 3 a 10
litros de água e pulverizar as plantas. Repetir depois de 10 dias para doenças e 3 semanas
quando aplicado contra insetos. A mistura de leite azedo com água e cinza de madeira, é
citado como efetivo no controle de míldio. Há indicações do uso do leite como atrativo
para lesmas. Distribuir no chão, ao redor das plantas, estopa ou saco de amiagem molhado
com água e um pouco de leite. De manhã, virar a estopa ou o saco utilizado e matar as
lesmas que se reuniram embaixo. Pode ser utilizado como fungicida no pimentão, pepino,
tomate, batata. Sem contra-indicação para hortaliças. Preparar mistura com: 2,5 litros de
leite, 1,5 kg de cinza de madeira, 1,5 kg de esterco fresco de bovino e 1,5 kg de açúcar.
Aplicar no tomate a cada 10 dias, aplicar no café a cada 15 a 30 dias.

SABÃO E SUAS MISTURAS


Indicação - o sabão (não detergente) tem efeito inseticida e quando acrescentado em outros
defensivos naturais pode aumentar a sua efetividade. 0 sabão sozinho tem bom efeito sobre
muitos insetos de corpo mole como: pulgão, lagartas e mosca branca. A emulsão de sabão e
querosene é um inseticida de contato, que foi muito empregado no passado, contra insetos
sugadores, sendo indicada para combate aos pulgões, ácaros e cochonilhas. Características
de emprego: o preparo mais comum consiste em dissolver, mexendo bem, 50 gramas de
sabão (picado) para 2 até 5 litros de água quente. A solução feita com sabão tem boa
adesividade na planta e no inseto praga. Pulverizar sobre as folhagens e pragas. Nas plantas
delicadas e árvores novas, no verão ou períodos quentes, utiliza-se a solução de sabão e
querosene bem diluída, ou seja, uma parte para 50 a 60 partes de água. Depois de preparada
a emulsão deve ser aplicada dentro de um ou dois dias, para evitar a separação do
querosene, o que acarretaria queimaduras nas folhagens. No inverno, em plantas caducas,
utiliza-se dosagens mais concentradas, assim como a pincelagem do tronco contra
cochonilhas.
Receita 1 - para o controle de cochonilhas e lagartas. Ingredientes: 50 g de sabão de coco
em pó + 5 litros de água. Preparo: Coloque 50 g de sabão de coco em pó em 5 litros de
água fervente. Aplicação: essa solução deve ser pulverizada freqüentemente no verão e na
primavera.
Receita 2 - para o combate de pulgões, cochonilhas e lagartas. Ingredientes: 1 colher (sopa)
de sabão caseiro + 5 litros de água. Preparo: utilize uma colher (sopa) de sabão caseiro
raspado e misture em 5 litros de água agitando bem até dissolver o mesmo. Aplicação: essa
calda deve ser aplicada sobre as plantas com o auxílio de pulverizador ou regador.
Receita 3 - para o combate a pulgões, ácaros, brocas, moscas da fruta e formigas.
Ingredientes: 1 kg de sabão picado + 3 litros de querosene + 3 litros de água. Preparo:
derreta o sabão picado numa panela com água. Quando estiver completamente derretido,
desligue o fogo e acrescente o querosene mexendo bem a mistura. Aplicação: em seguida,
para a sua utilização, dissolva 1 litro dessa emulsão em 15 litros de água, repetindo a
aplicação com intervalos de 7 dias. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se
respeitar um intervalo mínimo de 12 dias antes da colheita.
Receita 4 - como inseticida de contato para sugadores: ácaros, pulgões e cochonilhas.
Ingredientes : 500 g de sabão + 8 litros de querosene + 4 litros de água. Preparo a quente:
ferver e dissolver o sabão picado em 4 litros de água. Retirar do fogo e dissolver
vigorosamente 8 litros de querosene, com a mistura ainda quente. Mexer vigorosamente a
mistura quente, até formar uma emulsão perfeita. Aplicação: diluir para cada parte do
produto 10 a 60 partes de água.

NIM
O Nim ou Amargosa (Azadirachta indica A. Juss) é uma planta que pertence à família
Meliaceae, de origem asiática, muito resistente e de rápido crescimento, alcançando
normalmente de 10 a 15 m de altura e produzindo uma madeira avermelhada, dura e
resistente.
Contudo, não são as suas características botânicas as que mais despertam o interesse de
agricultores em todo o mundo. O que chama a atenção desses agricultores é o conteúdo
de azadirachtina da planta, um princípio ativo que vem demonstrando alta eficácia no
combate a diversas pragas e doenças que atacam plantas e animais.
Segundo o pesquisador Hélcio Abreu Jr., o alto poder inseticida da planta permite
alcançar até 90% de sucesso no controle agroecológico com os extratos de Nim, com a
vantagem de não se afetar os inimigos naturais (predadores, parasitas e
entomopatógenos). Desta forma, é possível manter a população de pragas em níveis
baixos, fora do nível de dano econômico.
Através do cultivo do NIM em sua propriedade, o produtor pode reduzir muitos dos
seus custos e ainda garantir uma renda extra através da extração do seu óleo a partir dos
seus frutos e do seu extrato através das suas folhas. Com 10 anos o NIM já atinge o
ponto de corte e o valor da sua madeira é bem elevado.
No quadro a seguir, são apresentados alguns exemplos do potencial de controle do
Nim:

Cultura/Criação Produto do Nim Pragas Controladas


Acerola óleo pulgão, cochonilha, ácaro
óleo / extrato da
Café broca, bicho mineiro, ferrugem
folha
Feijão extrato da folha ferrugem
carrapato, berne e mosca do
Gado Leiteiro extrato da folha
chifre
Milho extrato da folha lagarta do cartucho
Pepino óleo trips, pulgões
Plantas
óleo brasileirinho mosca branca, pulgões, ácaros
Medicinais
mosca branca, trips, pulgão,
óleo / extrato da broca
Tomate
folha pequena, fungos do gênero
Phytophtora

Por fim, é preciso ressaltar que embora não haja período de carência para esses
produtos, e os produtos à base do Nim tenham baixa toxicidade para mamíferos, foi
comprovada a toxicidade dos mesmos para os peixes, devendo ser utilizados com
bastante cuidado em propriedades que pratiquem a piscicultura. Em outras palavras,
nenhum insumo agroecológico por mais inofensivo que seja, deve ser utilizado sem o
acompanhamento criterioso de um profissional (agrônomo, veterinário ou zootecnista
capacitado).

NEEM (NIM) (Azadirachta indica)


Indicação: pragas de hortaliças, traças, lagartas, pulgões, gafanhotos, etc. Recomendada
como inseticida e repelente de pragas em geral. É uma das plantas de maior potencial no
controle de pragas, atuando sobre 95% dos insetos nocivos. Já é utilizada comercialmente
em vários países do mundo. Tem como princípio ativo Azadiractina, podendo ser
aproveitado as suas folhas e frutos para extrair esse ingrediente ativo de largo emprego
inseticida. Nas doses recomendadas é um produto sem efeitos de toxicidade ao homem e
aos animais.
Receitas - Óleo de Nim é empregado na dosagem de 0,5% (0,5 litro em 100 litros de água)
pulverizado sobre as folhagens e frutos. No caso do emprego de sementes, o procedimento
é o seguinte: 25-50 g de sementes moídas (amarradas em um pano); 1 litro de água,
deixando repousar por 1 dia. Indicação: lagarta do cartucho, lagarta das hortaliças,
gafanhoto. 5 Kg de sementes secas e moídas; 5 litros de água e 10 g de sabão. Colocar os 5
quilos de sementes de Neem moídas em um saco de pano, amarrar e colocar em 5 litros de
água. Depois de 12 horas, espremer e dissolver 10 gramas de sabão neste extrato. Misture
bem e acrescente água para obter 100 litros de preparado. Aplique sobre as plantas
infestadas, imediatamente após preparado. O prensado de Neem pode ser utilizado
misturando-se com o solo na base de 1 a 2 t/ha. Esta medida protege as beringelas contra
minadoras e tomates contra nematóides e septorioses.

NIM (AZADIRACHTA INDICA)


É uma planta do gênero das Meliaceae, cuja origem provável é a Índia e o sul da Ásia, onde
é muito utilizada para fins medicinais e como pesticida. Tem grande potencial para ser
empregada na agricultura devido sua ação inseticida sobre a maioria dos insetos-pragas. No
Brasil, já se encontra em formas comerciais óleo de suas sementes e extratos de folhas para
pulverizações foliares. É recomendado no controle de:

- gorgulho (Sitophilus zeamais) – óleo de nim a 2% (20 ml/l)

- vaquinha (Ceratoma tingomarianus) – extrato aquoso de folhas de nim a 7% (70 ml/l)

- pulgão (acerola) – óleo de nim a 0,5% (5 ml/l)

- Zabrotes subfasciatus do feijoeiro – óleo de nim (2ml) + óleo safrol (2ml) para 200
sementes

- mosca branca (Bemisia argentifolii) – óleo de nim (3 a 6% - 30 a 60 ml/l) ou óleo de


nim a 4%(40ml/l) + 1% de sabão neutro.

ALHO E CAVALINHA
Acrescentar em 100 mililitros de água 20 gramas de alho amassado, deixando em infusão
por 24 horas. Paralelamente, fazer outra infusão com 10 g de folhas de cavalinha, em 100
ml de água. Misturar as duas soluções, coar e aplicar, nesta proporção, nas plantas através
de pulverizações foliares. É indicado para o controle do míldio em pepino.
CINAMOMO OU SANTA BÁRBARA (MELIA
AZEDARACH - FAMÍLIA MELIACEA)
Extrato aquoso de folhas e frutos de Cinamomo a 10% (macerar 10 g de folhas e frutos de
Cinamomo em 100 ml de água. Deixar em infusão por 24 horas, coar e pulverizar,
semanalmente). Controle de pulgões do feijoeiro.

CALDA SULFOCÁLCICA
Resultado de uma reação corretamente balanceada entre o cálcio e o enxofre dissolvidos em
água e submetidos à fervura, constituindo uma mistura de polissulfetos de cálcio. Foi
preparada pela primeira vez no ano de 1852, por Grison. Além do seu efeito fungicida,
exerce ação sobre ácaros, cochonilhas e outros insetos sugadores, tem também ação
repelente sobre “brocas” que atacam tecidos lenhosos.

- Ingredientes
(Para preparar 20 litros de calda)

• 5 kg de enxofre
• 2,5 kg de cal virgem

- Modo de preparo

Em tambor de ferro ou latão sobre forno ou fogão, adicionar vagarosamente a cal virgem
a 10 litros de água, agitando constantemente com uma pá de madeira. No início da
fervura, misturar vigorosamente o enxofre previamente dissolvido em água quente e
colocar o restante da água, também pré-aquecida. Ferver uma hora e quando a calda passar
da cor vermelha para a pardo-avermelhada estará pronta. Após o resfriamento, deverá ser
coada em pano ou peneira fina para evitar entupimento dos pulverizadores, sendo que a
borra restante poderá ser empregada para caiação de troncos de arbóreas.

A calda pronta deve ser estocada em recipiente de plástico opaco ou vidro escuro e
armazenada em local escuro e fresco, por um período relativamente curto, sendo ideal sua
utilização até, no máximo, 60 dias após a preparação.

Antes da aplicação sobre as plantas, através de pulverizações foliares, a calda concentrada


deve ser diluída. Para controlar essa diluição, determina-se a densidade através de um
densímetro ou aerômetro de Baumé com graduação de 0 a 500 Bé (graus de Baumé),
sendo considerada boa a calda que apresentar densidade entre 28 a 320 Bé.

- Recomendações de uso
Hortaliças – pulverizações foliares quinzenais a 1% (10 ml /litro).

Culturas perenes – após manifestações de sintomas, realizar pulverizações foliares


quinzenais a 1%.

Observações: a Calda Sulfocálcica é fitotóxica para as cucurbitáceas, e também para


outras espécies de plantas quando a temperatura for elevada.

O uso rotineiro da calda Sulfocálcica requer certos cuidados que são a seguir listados:

1 - a qualidade e a pureza dos componentes da calda determinam sua eficácia,


sendo que a cal não deve ter menos que 95% de CaO;

2 - a calda é alcalina e altamente corrosiva. Danifica recipientes de metal, roupas e


a pele. Após manuseá-la, é necessário lavar bem os recipientes e as mãos com uma
solução a 10% (100ml/l) de suco de limão ou de vinagre em água;

3 - a calda sulfocálcica pode ser fitotóxica para muitas plantas, principalmente


quando a temperatura ambiente é elevada, sendo conveniente testá-la antes de
emprego em maior escala e sempre preferir efetuar os tratamentos à tardinha;

4 - utilizar equipamento de proteção individual quando das realizações das


pulverizações;

5 - não descartar os excedentes em nascentes, cursos d’água, açudes ou poços;

6 - Após aplicação de caldas a base de cobre (Bordalesa e Viçosa), respeitar o intervalo


mínimo de 20 dias para tratamento com sulfocálcica.

CALDA BORDALESA
É uma suspensão coloidal, de cor azul celeste, obtida pela mistura de uma solução de
sulfato de cobre com uma suspensão de cal virgem ou hidratada. Acredita-se que foi usada
pela primeira vez na Europa no ano de 1800 para controle de doenças de origens fúngicas.

- Ingredientes
(Para preparar 100 litros de calda a 1%)

• 1 kg de sulfato de cobre em pedra moída ou socada


• 1 kg de cal virgem
• 100 litros de água
- Modo de preparo

O sulfato de cobre deve ser colocado em um saco de pano poroso, deixado imerso em 50
litros de água por 24 horas, para que ocorra total dissolução dos cristais. Em outro
vasilhame procede-se a queima ou extinção da cal em pequeno volume d’água; a medida
que a cal reagir, vai-se acrescentando mais água até completar 50 litros.

Em um terceiro recipiente de cimento-amianto ou plástico, devem ser misturados


vigorosamente os dois componentes ou acrescentar-se o leite de cal à solução de sulfato de
cobre, aos poucos, agitando fortemente com uma peça de madeira.

Após o preparo deve-se medir o pH da calda, através de peagâmetro ou papel de tornassol.


A reação ácida é indesejável, porque provoca fitotoxicidade decorrente do sulfato de cobre
livre, formando-se rapidamente um precipitado que prejudica a aplicação. Assim a reação
deve ser neutra ou, de preferência, levemente alcalina. Caso seja necessário elevar o pH,
deve-se adicionar mais leite de cal à calda. É necessário coar antes das pulverizações.
Nesta fase a calda já está pronta para uso, não havendo necessidade de diluição.

A recomendação de uso é a mesma que para a calda de Viçosa.

O uso rotineiro da calda bordalesa deve obedecer a certos requisitos, a seguir


relacionados:

1 - O sulfato de cobre deve possuir, no mínimo, 98% de pureza e a cal não deve conter
menos que 95% de CaO;

2 - a calda deve ser empregada logo após o seu preparo ou no máximo dentro de 24
horas; quando estocada pronta, perde eficácia com rapidez;

3 - aplicar a calda somente com tempo claro e seco;

4 - os recipientes de plástico, madeira ou alvenaria são os mais indicados, porque não são
atacados pelo cobre e pela cal;

5 - utilizar equipamento de proteção individual quando da realização das pulverizações;

6 - não descartar excedentes em nascentes, cursos d’água, açudes ou poços;

7 - obedecer intervalos de 15 a 25 dias entre aplicações de calda sulfocálcica e de calda


bordalesa.
CALDA DE VIÇOSA
Foi desenvolvida a partir da calda bordalesa pela Universidade Federal de Viçosa. É
recomendada para controle de diversas doenças: antracnose em cucurbitáceas;
cercosporiose em beterraba e cafeeiro; mancha de alternária e requeima em tomateiro;
míldios e manchas foliares em abobrinha, alface, alho, cebola, chicória, couve,
cucurbitáceas e podridão de esclerotinia em alface e chicória. Em culturas perenes, também
exerce controle satisfatório de doenças de origem fúngica que ocorrem na parte aérea das
plantas e por ser complementada com sais minerais (cobre, zinco, magnésio e boro)
também funciona como adubo foliar.

Ingredientes
(Para preparar 100 litros de calda)

• 500 g de cal virgem


• 200 g de ácido bórico
• 500 g de sulfato de cobre
• 800 g de sulfato de magnésio
• 200 g de sulfato de zinco
• 400 g de uréia*
*para uso em agricultura orgânica não é permitido o uso da uréia

- Modo de preparo

Para a preparação de 100 litros da calda é necessário dissolver 500 g de cal virgem em 50
litros de água ; Em outro recipiente são dissolvidos: 200 g de ácido bórico, 500 g de
sulfato de cobre, 800 g de sulfato de magnésio, 200 g de sulfato de zinco e 400 g de uréia
em outros 50 litros de água. A seguir, num terceiro recipiente, adiciona-se esta mistura dos
sais, sob forte agitação, à água de cal previamente preparada. Não é necessário diluir.

- Recomendações de uso

Hortaliças – tratamento preventivo, através de pulverizações foliares quinzenais.

Culturas perenes - realizar pulverizações foliares quinzenais após as manifestações dos


sintomas das doenças.

Observação: Devem ser tomados os mesmos cuidados indicados para as caldas bordalesa e
sulfocálcica.
PIMENTA DO REINO, ALHO E SABÃO
Prepara-se uma garrafada com 100g de pimenta do reino e 1 litro de álcool; deixa-se
repousar por 1 semana. Paralelamente, fazer outra garrafada com 100g de alho amassado e
1 litro de álcool. Uma semana após, dissolver 50 g de sabão neutro em 1 litro de água
quente. No momento da aplicação, misturar as três substâncias coadas nas seguintes
proporções: 200 ml da garrafada de pimenta + 100 ml da garrafada de alho + toda a solução
de sabão. Dissolver a mistura para 20 litros de água. A pulverização deve ser feita nas horas
mais frescas do dia . Recomendado para controle das pragas das solanáceas.

TIMBÓ (DERRIS SP)


Pó de folhas de timbó para o controle de formigas cortadeiras (Atta spp.). Adicionar 10g do
produto diretamente dentro do olheiro principal do formigueiro.

EXTRATO PIROLENHOSO
É um sub-produto orgânico resultante da condensação da fumaça expelida no processo de
carbonização de madeira ou bambu. Segundo informações populares, este produto tem ação
repelente sobre determinados insetos pragas e previne algumas doenças de plantas.
Entretanto, ainda não se tem resultados de pesquisas oficiais no Brasil quanto às melhores
dosagens e limitações de uso.

FARINHA DE SEMENTES OU COM FOLHAS DE GERGELIM


Isca com farinha de sementes ou de folhas secas e moídas de gergelim (30g de sementes ou
folhas misturadas com 70g de material inerte - gesso ou talco ). Adicionar 10g do produto
diretamente dentro do olheiro principal do formigueiro.

DETERGENTE NEUTRO
O detergente neutro poderá ser utilizado para controle de formas adultas de mosca-branca.
Dilua 0,5 a 1,0 de detergente neutro e pulverize as plantas atacadas.

DICAS PARA ESPANTAR AS FORMIGAS


Quando a população de formigas no jardim ou horta aumenta muito, chegando a prejudicar
as plantas, é hora de agir. Mas, nem sempre é preciso lançar mão de produtos químicos.
Existem métodos naturais e caseiros que funcionam. Para combater as formigas diretamente
no local, existem algumas receitas muito simples:
O plantio de plantas repelentes: em hortas, principalmente, o plantio de cebolinha verde
em todo o contorno, costuma ser bem eficaz. Outras opções interessantes também para os
jardins são o plantio de menta, lavanda, manjerona, alho, coentro e losna. Sementes de
gergelim espalhadas no canteiro ou no caminho das formigas também costuma dar bons
resultados.

Para evitar que as formigas ataquem arbustos e árvores: recomenda-se o uso do suco de
pimenta vermelha. Amasse bem algumas pimentas vermelhas, até fazer um suco grosso.
Molhe um pano neste suco e amarre em volta do caule da planta ou pincele o tronco.

E dentro de casa: o coentro e as pimentas em geral podem ser usados dentro de casa sob a
forma de sachês amarrados às plantas.

Se você achou o formigueiro no jardim: coloque suco e cascas de limão na entrada do


formigueiro.

E se elas também já estão atacando seus armários: espalhe cravos-da-índia dentro deles
para espantar as formigas.

OLÉO MINERAL
Ingredientes:
2 litros de água
1 kg de sabão comum (em pedra ou líquido)
8 litros de óleo mineral

Modo de fazer:
Pique o sabão (se for em pedra), misture com o óleo e a água e leve ao fogo, mexendo
sempre, até que levante fervura. A mistura vai adquirir a consistência de uma pasta.
Guarde em um pote bem tampado e na hora da aplicação, dissolva cerca de 50g pasta em
água morna e dilua tudo em 3 litros de água.

Controle: Cochonilhas

MACERADO DE URTIGA

Ingredientes:
11 litros de água
100 g de folhas frescas de urtiga (use luvas para manusear a planta, pois ela causa
irritações na pele).

Modo de fazer:
Misture as folhas de urtiga em um litro de água. Deixe a infusão agir por 3 dias,
mantendo-a em um local seco e à meia-sombra. Coe e dilua o extrato em 10 litros de água.
Este preparado pode ser armazenado por alguns dias (em local seco e arejado) para
pulverizações preventivas nas plantas a cada 15 dias.
Controle: Pulgões

ANGICO

Ingredientes:
100 g de folhas de angico
1 litro de água

Modo de fazer:
Coloque as folhas de angico de molho na água por cerca de 10 dias, misturando
diariamente. Coe o chá e guarde em uma garrafa tampada. Quando for utilizar em
pulverizações, dilua uma parte do extrato em 10 partes de água.

Controle: LAGARTAS

CONTROLE DO ÁCARO DO COQUEIRO


Fazer três aplicações em intervalos de 21 dias ou, se o ataque for muito grave, 15 dias com
a seguinte mistura:
300 ml de óleo de algodão
200 ml de detergente neutro
20 l de água
O uso desses produtos chega a reduzir de maneira significativa o ataque do ácaro. Visitar
regularmente o pomar para verificar a existência de pragas.

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