Você está na página 1de 6

NBR 7175 - Cal hidratada para argamassas -

Requisitos

1 Objetivo

Esta Norma especifica os requisitos exigíveis no recebimento da cal


hidratada a ser empregada em argamassas para a construção civil.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem


citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições
indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda
norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam
acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as
edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a
informação das normas em vigor em um dado momento.

Código de Defesa do Consumidor - Lei nº 8078, de 11/09/1990

Portaria INMETRO nº 74, de 25/05/1995

Portaria INMETRO nº 88, de 28/05/1996

NBR 6473:2003 - Cal virgem e cal hidratada - Análise química


NBR 9205:2001 - Cal hidratada para argamassas - Determinação da
estabilidade
NBR 9206:2003 - Cal hidratada para argamassas - Determinação da
plasticidade
NBR 9207:2000 - Cal hidratada para argamassas - Determinação da
capacidade de incorporação de areia no plastômetro de Voss
NBR 9289:2000 - Cal hidratada para argamassas - Determinação da
finura
NBR 9290:1996 - Cal hidratada para argamassas - Determinação de
retenção de água
NBR 14399:1999 - Cal hidratada para argamassas - Determinação da
água da pasta de consistência normal

3 Definição
Para os efeitos desta Norma, aplica-se a seguinte definição:

3.1 cal hidratada: Pó obtido pela hidratação da cal virgem, constituído


essencialmente de uma mistura de hidróxido de cálcio e hidróxido de
magnésio, ou ainda, de uma mistura de hidróxido de cálcio, hidróxido de
magnésio e óxido de magnésio.
4 Requisitos gerais

4.1 Denominação normalizada


A cal hidratada deve ser denominada conforme as exigências químicas
indicadas em 5.1 e físicas indicadas em 5.2, pelas seguintes siglas:
a) cal hidratada: CH-I;
b) cal hidratada: CH-II;
c) cal hidratada: CH-III.

4.2 Embalagem, marcação e entrega

4.2.1 A cal pode ser entregue em sacos ou outras formas de


acondicionamento que preservem a qualidade do produto e
proporcionem segurança no manuseio e transporte, desde que se
mantenha o atendimento às condições da seção 5.

4.2.2 Quando a cal hidratada for entregue em sacos, estes devem


receber as identificações prescritas e pertinentes na Lei nº 8078 do
Código de Defesa do Consumidor e portarias 74 e 88 do INMETRO.

4.2.3 Quando a cal hidratada for entregue em sacos, estes devem ter
impressos, de forma visível, na frente e verso, as siglas CH-I, CH-II ou
CH-III, com 40 mm a 60 mm de altura, a denominação normalizada,
massa líquida, nome e marca do fabricante.

4.2.4 Devem ser igualmente impressas nos sacos informações técnicas


adicionais como instrução de uso, data de validade e informações sobre
segurança no manuseio e na utilização da cal.

4.2.5 Quando a cal hidratada for entregue a granel, contêiner ou outras


formas de acondicionamento que não permitam indicar as informações
prescritas em 4.2.3, 4.2.4 e 4.2.6, tais informações devem estar
descritas na documentação que acompanha o produto.

4.2.6 A massa líquida de cada saco deve ser expressa em quilogramas.

4.3 Armazenamento em sacos


A cal hidratada deve ser armazenada sobre estrados, em área coberta,
ambiente seco e arejado.
5 Requisitos específicos

5.1 Exigências químicas

A cal hidratada deve atender às condições indicadas na tabela 1.


5.2 Exigências físicas
A cal hidratada deve atender às condições indicadas na tabela 2.
6 Inspeção

6.1 A inspeção deve ser efetuada no recebimento da cal hidratada,


cabendo ao comprador:
a) verificar a quantidade fornecida e o acondicionamento
correspondente ao estipulado na seção 4;
b) retirar a amostra de acordo com a NBR 6471, para a execução dos
ensaios exigidos nesta Norma.

6.2 As exigências químicas e físicas da seção 5 devem ser verificadas de


acordo com os métodos de ensaios indicados na seção 2, quais sejam:

a) retirada e preparação de amostra: NBR 6471;


b) análise química: NBR 6473;
c) finura: NBR 9289;
d) água da pasta de consistência normal: NBR 14399;
e) retenção de água: NBR 9290;
f) estabilidade: NBR 9205;
g) incorporação de areia: NBR 9207;
h) plasticidade: NBR 9206.

7 Aceitação e rejeição

7.1 Ao comprador compete avaliar os resultados obtidos na inspeção e


nos ensaios de recebimento, de acordo com as exigências desta Norma.

7.2 O lote deve ser aceito sempre que os resultados dos ensaios
atenderem às exigências desta Norma ou quando acordado pelas partes
interessadas.
7.3 Quando os resultados não atenderem às condições específicas
constantes nesta Norma ou houver dúvida quanto ao procedimento de
retirada e preparação de amostra, nova amostragem deverá ser
realizada na presença das partes interessadas. A repetição dos ensaios
deverá ser efetuada em laboratório escolhido por consenso entre as
partes interessadas.

7.4 Independentemente das exigências, não deve ser aceita a cal


entregue em recipientes rasgados, molhados ou avariados durante o
transporte. Do mesmo modo, não deve ser aceita a cal transportada a
granel ou em contêiner quando houver sinais evidentes de
contaminação e/ou adulteração.

7.5 A tolerância da massa líquida deve atender ao prescrito nas


Portarias do INMETRO.

Você também pode gostar