Você está na página 1de 17

Formas e Termos

Musicais.

O apreciador de música, que gosta de ouví-la, mas não


entende sua linguagem, é como o turista que viaja ao
estrangeiro nas férias, encanta-se com a paisagem, as
gesticulações dos nativos e o som de suas vozes, mas
não consegue entender uma palavra do que eles dizem.
Sente, mas não pode compreender. A forma musical é
a linguagem da música e o seu conhecimento permite
um maior aprofundamento neste fascinante universo.

Existem dois ramos distintos de música: Sacra ou Litúrgica (tem a finalidade


de evocar sentimentos à Glória de Deus, a santificação e edificação dos fiéis) e Profana
ou Mundana (tem a finalidade de traduzir impressões relativas à vida mundana).

SACRA OU LITÚRGICA PROFANA OU MUNDANA


Glória a Deus e Santificação e edificação Vida mundana ou vida terrena.
dos fiéis.

Tanto a forma sacra como a profana tem a mesma estrutura para que esta se
torne compreensiva, bela e agradável obedecendo aos seguintes princípios:

ESTRUTURA
UNIDADE SIMETRIA TENSÃO/RELAXAMENTO
Altura (notas) Duração (compassos) Intensidade (expressão)
Frase (linha melódica Retrograda (lida de trás Aumentando
completa); Semifrase para frente) (acontecimentos,
(metade da frase) e Motivo afastamento, ampliando,
(metade da semifrase pode dissonância, acelerando,
ser ornamentada, sincopando, dinâmica,
simplificada ou contraponto, imitação,
transformada). canonizando, fugindo,
Aumentado (motivos com arpegiando, etc).
notas de maior valor)
Diminuídos (motivo com
notas de menor valor)
Expansão (Horizontal Espelho (a peça se Diminuindo-
motivo comprido) e movimenta e volta a um (acontecimentos,
Vertical (outras tessituras) princípio). afastamento, ampliando,
dissonância, acelerando,
sincopando, dinâmica,
contraponto, imitação,
canonizando, fugindo,
arpegiando, etc).
Inversão (virar a melodia Especular (gira em torno Aumentando e diminuindo
de cabeça para baixo) de um ponto central) (acontecimentos,
afastamento, ampliando,
dissonância, acelerando,
sincopando, dinâmica,
contraponto, imitação,
canonizando, fugindo,
arpegiando, etc).

FORMAS
ABERTA BINÁRIA CÍCLICA SONATA TERNÁRIA
Pode começar AB-As frases Retorno de um ABACABA- ABA-O retorno
ou terminar em são moldadas tema ou motivo Exposição do A na terceira
qualquer ponto simetricamente, musical. (tema), sessão é
da partitura. em passagens desenvolvimento ornamentada.
de 8 compassos, (transformação Forma de
enfatizadas por do tema) e canção,
cadências recapitulação minuetos e trio
rítmicas, isto é, (reafirmar o das suítes
na A é tom original). clássicas.
dominante ou
relativa e B
Tonica.
Fogo = Bilioso, Colérico ou Voluntarioso.
Ar = Sangüíneo, Expansivo ou Anímico.
Água = Linfático, Sentimental ou Sensível.
Terra = Melancólico, Apático ou Mental.

Uma pessoa que tem um temperamento predominantemente Água, ao entrar em


contato com uma música com as mesmas características e padrão vibratório, terá seu
temperamento Linfático, Sentimental ou Sensível, afinado pelo diapasão harmonioso
da música aquosa. Para o elemento Fogo, podemos escolher músicas vibrantes e
tonantes, tais como as de Bach (Concertos de Brandenburgo). Para o elemento Ar,
músicas expansivas e anímicas com as de Mozart. Para o elemento Terra, músicas de
efeito mais melancólico como a "Dança eslava" de Dvorak, e para o Elemento Água,
músicas sentimentais e sensíveis tais como o "Noturno" de Chopin.

Abertura
A abertura é uma composição instrumental que, como
seu nome sugere, serve para introduzir uma ópera,
oratório ou composição similar. Nas óperas do início
do século XVII, a abertura, quando havia uma, não
passava de uma espécie de sinal destinado a chamar a
atenção do público antes do início da obra
propriamente dita. Desse item utilitário, evoluíram os
dois tipos clássicos de abertura: a f rancesa e a italiana.
A abertura francesa está associada ao nome Lully,
italiano de nascimento, músico da corte do Rei Sol
( Luís XIV ). Originalmente, a abertura francesa tinha
duas seções: uma lenta, escrita em estilo solene, com
predominância de ritmos pontuado e uma rápida, em
estilo contrapontístico, tratado de modo leve e livre.
Peça musical destinada a anteceder uma ópera, uma
suíte ou sinfonia. A partir do século XIX ganhou vida
própria, passando a representar uma peça puramente
orquestral, de caráter evocativo, próximo, em essência,
ao Poema Sinfônico.

a. No caso de óperas, a abertura tende a


caracterizar determinadas personagens ou
situações. As aberturas de Mozart ou
Wagner são um bom exemplo disso. No
período anterior a Mozart, as aberturas de
óperas, balés ou oratórios obedeciam a
dois estilos fundamentais: a abertura
"italiana" (rápido-lento-rápido) e a
"francesa" (Lento-rápido-Lento). Note-
se que a partir do esquema da abertura
"italiana", agregada a outros elementos,
como a forma-sonata, teve origem a
sinfonia como a conhecemos hoje.

b. Como peça isolada de concerto,


encontramos o gênero florescendo já em
Beethoven, com as aberturas
"Coriolano", op. 62 e "Egmont", op. 84,
inspiradas, respectivamente, por
Shaekespeare e Goethe. A abertura "As
Hébridas", de Mendelssohn,
representando uma caverna escocesa, são
um exemplo acabado da abertura, já mais
próxima do poema sinfônico que de sua
finalidade habitual.

Ária
A ária é uma composição vocal solista construída
numa escala mais ampla do que a canção simples e
acompanhamento instrumental. A escolha de sua
forma é muito livre: forma binária, forma ternária,
passacaglia, etc... .Todas essas formas podem servir
como estrutura formal da ária. A ária da capo (em
italiano, da capo=desde o princípio) apresenta uma
estrura fixa em três partes, a qual é realizada mediante
a repetição de sua primeira seção após uma segunda
seção contrastante. Esse é um exemplo óbvio de forma
ternária. A indicação de da capo (abreviatura D.C.) é
escrita no final da ária.

Trecho de uma ópera ou oratório executada por um


solista. Eventualmente é composta como peça
independente. Não é difícil encontrar coletâneas
oferecendo "as melhores árias de Verdi" ou Puccini.
Grandes cantores também costumam lançar coletâneas
com "as melhores árias" de alguém ou um grupo de
compositores. É difícil, porém, que uma única
coletânea traga todas as principais peças do repertório.

Além do mais, há um problema sério: uma ária,


extraída de seu contexto, perde muito do sentido. É
como destacar um belo trecho de livro, mas ignorar o
resto da história. Ajuda, mas está longe de ser o ideal.

Ato - uma das seções de uma ópera ou balé.

Cantata - peça musical para ser "cantada", como o


nome aponta. Originalmente era escrita para cantor e
acompanhamento, mas, com o tempo, passou a ser
uma obra para solistas, coro e orquestra.

Concerto
O concerto é uma composição para instrumento ou
instrumentos solistas e orquestra, em que os dois
lados, por assim dizer, se complementam . Quando um
pequeno grupo de instrumentos (denominado
principale ou concertino) compete com a orquestra
inteira (chamada tutti ou ripieno) a obra denomina-se
concerto grosso. Foi esse um dos tipos mais
importande música orquestral do período barroco. Os
concertos de Corelli, Vivaldi, Bach e Haendel ,são
exemplos de ambos os tipos.

O concerto para solista consta da apresentação de um


instrumento solista com o acompanhamento (o que
não significa necessariamente subordinação) de uma
orquestra. Às vezes, são usados dois, três a até quatro
instrumentos solistas; nesse caso o nome da obra é
"concerto duplo", "concerto triplo", "sinfonia
concertante", etc. Dos clássicos vienenses em diante, o
concerto passou a conter comumente três movimentos.
Estes correspondem, na estrutura, aos primeiro,
segundo e quarto movimentos de uma sonata
(omitindo-se o minueto e trio).

Como parte do primeiro movimento e , às vezes,


também dos outros dois, é inserida a cadência. Esta é,
simplesmente, uma oportunidade para que o solista
exiba sua técnica virtuosística, enquanto a orquestra
permanece em silêncio. O lugar usual da cadência é no
final da recapitulação. Originalmente, o solista
improvisava a sua cadência, que se baseava no tema
principal do movimento. Mas, de Beethoven em
diante, a cadência é usualmente escrita pelo próprio
compositor.

1) Apresentação de um trabalho musical por um


conjunto de executantes. Sendo uma só pessoa,
chama-se "recital". Toda família tem um primo
músico, que no fim do ano apresenta as mediocridades
que aprendeu em um "recital". 2) No sentido
estritamente musical, significa uma peça para algum
instrumento solista e orquestra. Essa definição, porém,
só passa a valer a partir da segunda metade do século
XVIII. Até então o que se entendia por "concerto" era
a reunião de vários solistas e uma orquestra.
Sistematizando:

a. Sentido comum: apresentação musical


de um conjunto.

b. Até 1750-60: Obra para um pequeno


conjunto de solistas acompanhados de
uma orquestra. O equivalente de hoje em
dia seria o "Concerto para grupo e
orquestra", do Deep Purple.

c. De 1760 até hoje: obra para um


instrumento solista e orquestra.

Fantasia -não, não é o ridículo programa do SBT.


Trata-se de um gênero musical de forma livre, com seu
desenvolvimento deixado à critério dos compositores.
Intermezzo - Trecho instrumental, de menor
importância, tocado entre os atos de uma ópera ou
entre as partes de um drama.

Leitmotif - Do alemão, "Motivo condutor". Técnica


desenvolvida por Wagner de associar à cada
personagem de uma ópera um tema musical
específico, que, ainda que com variações, permanece
reconhecível por toda a obra. Os "leitmotives"
também costumam ser usados nos poemas sinfônicos,
com resultados diferentes mas igualmente
satisfatórios.

Minueto - pequena dança de origem francesa, de


compasso 3/4, muito usado por Mozart. Aliás, até a
Primeira Sinfonia de Beethoven, o minueto era
obrigatório como terceiro movimento.

Movimento - Cada uma das partes que compõe uma


sonata, suíte ou sinfonia. Geralmente os movimentos
de uma mesma obra diferem pelo andamento, ritmo e
mesmo pela tonalidade escolhida.

Noturno - obra para piano, de caráter tranqüilo e


meditativo. Levado ao auge de seu desenvolvimento
com Chopin, foi criado pelo inglês John Field (1782-
1837)

Ópera - grosso modo, representação teatral na qual os


atores cantam.

Essa definição é a mais simples possível,


uma vez que a ópera, unindo os
elementos expressivos do teatro à força
da representação musical, torna-se um
gênero musical único, impossível de ser
comparado à qualquer outro. Geralmente
a ópera é dividida em árias, duetos e
coros.
A ópera nasceu de um erro: por volta de
1600, na Itália, um grupo de músicos -
onde se incluía Vincenzo Galilei, pai do
astrônomo - tomou conhecimento do
estilo das tragédias gregas, na qual a
música e o texto estavam intimamente
relacionados.

Resolveram criar um equivalente


moderno. Havia só um problema: os
gregos não deixaram indicações musicais
de nenhum tipo. Não exisitia nenhum
meio de copiar o que havia sido feito.
ERa preciso, guardando as intenções
primitivas, criar um novo tipo de
representação musical na qual texto e
sons estivessem ligados. Dessa cópia a
partir do nada surgiu a ópera, tal qual a
conhecemos hoje.

Uma questão sempre presente: o texto


determina ou deve submeter-se à música?
As óperas italianas foram pelo primeiro
caminho; as alemãs, pelo segundo - com
resultados igualmente bons.

Rapsódia - peça não muito longa, escrita geralmente


para piano ou orquestra, baseada em temas populares.
As "Rapsódias Húngaras" de Liszt são um exemplo
acabado do tema.

Scherzo - peça de caráter ligeiro e alegre - quer dizer


"brincadeira" em italiano. Geralmente é parte de um
conjunto maior, como uma sonata ou sinfonia. À
propósito, sua introdução na sinfonia, no lugar do
minueto, foi feita por Beethoven. Apesar do compasso
ser o mesmo (3/4), o scherzo difere do minueto por
seu caráter mais sério e seu maior desenvolvimento.
Sinfonia - peça musical, em vários movimentos,
executada por uma orquestra. A sinfonia pode assumir
formas e desenvolvimentos absolutamente
inesperados, variando conforme o gosto do
compositor.

"Sinfonia" vem do grego "soar ao


mesmo tempo", e essa definição continua
valendo. O grande elemento que
diferencia a sinfonia de outras peças
orquestrais é a ausência de solistas.
Obviamente não são todos os
instrumentos que tocam durante todo o
tempo. Mas, ao contrário do concerto, na
sinfonia, mesmo quando alguns
instrumentos se calam, outros continuam
tocando, sempre em conjunto.

No começo do século XVIII, "sinfonia"


era um trecho pequeno, integrando
geralmente uma suíte ou um oratório.
Apenas com Haydn e os músicos da
chamada "Escola de Mannhein" que essa
forma tornou-se independente. De certa
maneira, foi da fusão entre a "abertura
italiana" e a "forma-sonata" que surgiu a
sinfonia no sentido moderno.

Vale notar também que a sinfonia não


escapou da influência do Poema
Sinfônico. Muitas sinfonias no século
XIX são puramente descritivas.
Curiosamente, os defensores da "música
pura" como Brahms, encontraram
justamente na sinfonia a oportunidade de
se oporem à música descritiva.

Sonata
A ascensão da música instrumental é
convencionalmente datada do século XVI. O germe da
sonata pode ser localizado nesse período.
Originalmente o termo "sonata" (do italiano suonare,
"tocar") significava tudo o que não era cantado, mas
tocado em instrumentos. Em contraste com a suíte, que
se desenvolveu a partir da música de dança, a sonata
tinha suas raízes num tipo vocal de música de origem
franco-flamenga chamado chanson. No século XVII a
começo do XVIII, a sonata, em contraste com suíte,
consistia, em geral, numa composição de vários
movimentos, mas de caráter mais sério, escrita em
parte na forma binária e em parte forma ternária. Uma
distinção adicional foi feita entre a sonata da camera
(sonata de câmara) e a sonata chiesa (sonata de
igreja). Entretanto, nessa época, as diferenças entre a
sonata e a suíte não eram muito nítidas. Movimentos
com características de dança apareciam
freqüentemente na sonata. O movimento minueto e
trio da sonata clássica é, de fato, uma herança desse
dualismo.

A partir desses tipos iniciais de sonata, em decorrência


de uma lenta evolução, na qual muitas e distintas
formas estiveram envolvidas a para a qual muitos
compositores contribuíram, a sonata adquiriu, em
meados do século XVIII, sua configuração
característica bem como sua importância suprema
entre as formas de música. A época de Haydn, Mozart
a Beethoven, o chamado período clássico, ostenta o
cunho inconfundível da forma sonata. Foi nas mãos
desses compositores que ela atingiu o apogeu de uma
estrutrutura musical sumamente complexa.

Forma sonata
A forma sonata descreve a estrutura
característica de um único movimento. A
forma sonata clássica apresenta três
divisões básicas: exposição,
desenvolvimento e recapitulação.

Exposição:
Tal como na primeira parte de uma peça
teatral somos apresentados aos principais
personagens, também na exposição da
forma sonata tomamos conhecimento de
seu material temático básico. Esse
material está dividido em dois grupos,
que podemos caracterizar como
masculino e feminino. O tema do
primeiro sujeito é usualmente uma breve
a concisa melodia de acentuado interesse
rítmico e de caráter "masculino", na
tonalidade da tônica. O segundo sujeito é
em geral de caráter lírico, mais
"feminino", em contraste com o primeiro
sujeito. O mais importante contraste entre
o primeiro e o segundo sujeito é que este
último aparece num tom diferente, que é
em geral, o da dominante, ou o relativo
maior ou menor.

A transição entre os dois grupos é feita


por uma ponte modulante de extensão
variável, baseada normalmente no
material temático do primeiro sujeito. A
exposição termina com uma codetta.
Nesse ponto, a menos que haja uma
repetição completa da exposição, como
acontece às vezes, inicia-se o
desenvolvimento.

Desenvolvimento:

No desenvolvimento, o material dado é


elaborado até um clímax. Tomamos
agora conhecimento de todo o conflito
dramático, o qual se expressa através de
vários recursos musicais, como a
modulação, o uso de cadências à
dominante (meias-cadências) , tensão
dinâmica, etc. Uma vez mais parece
óbvia a semelhança com o
desenvolvimento de uma peça teatral.
Recapitulação:

A recapitulação é a seção final, na qual a


exposição é repetida, mas com algumas
modificações técnicas e emocionais. A
modificação técnica importante é que o
segundo sujeito está agora na tonalidade
da tônica. O todo leva a uma coda. O
conflito cessou, os personagens
readquiriram seu equilíbrio, mas, em
decorrência dos eventos que
vivenciaram, sofreram mudanças.

A sonata como composição


Como estrutura completa, a forma sonata pode
descrita, em linhas gerais, como ternária (A1- B - A2).
Como termo genérico, "sonata" define uma
composição instrumental de vários movimentos para
um ou dois instrumentos, na qual um ou mais
movimentos são em forma sonata. Este constitui, na
grande maioiria das vezes, o primeiro movimento da
composição e, por causa disso, a forma sonata é
freqüentemente citada como "forma do primeiro
movimento". A sonata, como um todo, consiste
normalmente em três (ou, com maior freqüência,
quatro) movimentos. O plano comum de uma sonata
em quatro movimentos é:

 1o. movimento: Forma sonata.


 2o. movimento: Forma ternária (mas também pode ser forma
sonata, rondó, variações, etc.).
 3o. movimento: Minueto e trio (ou scherzo e trio).
 4o. movimento: Rondó (ou forma sonata, sendo às vezes
tema com variações).

Suas indicações usuais de andamento baseiam-se no


princípio estético da variedade equilibrada, sendo mais
comuns:

 (1) Rápido;
 (2) Lento;
 (3) Moderadamente rápido;
 (4) Rápido.

Quando a sonata é para mais de um ou dois


instrumentos, o nome da composição passa a ser trio,
quarteto, quinteto, etc. Portanto, um quarteto de
cordas, por exemplo, é realmente uma sonata para
quatro instruentos de cordas: dois violinos, viola e
violoncelo. Quando se trata de uma orquestra inteira,
falamos de uma sinfonia. Por vezes, essas obras são
precedidas de uma introdução. Esta é uma seção
musical que, como seu próprio nome indica, serve para
introduzir ou apresentar movimento subseqüente. Pode
ser muito breve ( como a introdução dos dois
primeiros compassos da Sinfonia Eroica de
Beethoven) ou muito mais extensa ( como no início de
sua sétima sinfonia ).

1) na origem do termo, música para instrumentos de


sopro ou para cordas. 2) Com o passar do tempo,
"sonata" passou a designar uma obra musical em
vários movimentos cuja estrutura era definida. A
sonata clássica, tal como desenvolvida por Mozart, era
constituída de quatro movimentos:

a. Um primeiro movimento
rápido, cuja forma se
baseava na "forma-sonata".

b. Um movimento lento,
geralmente em forma de
variações;

c. Um movimento dançante
(um minueto, por exemplo,
remanescente da suíte);

d. movimento final, de
caráter enérgico e
conclusivo.
Obviamente essa estrutura era
modificada de acordo com o compositor.
Todavia, permaneceu como principal
meio de composição até meados do
século XX.

Suíte ( ou partita )
A suíte é uma composição musical que consite num
encadeamento de danças estilizadas. Foi uma das
formas de música instrumental mais importantes dos
séculos XVII a XVIII, sendo ainda usada, embora
com, modificações. Os quatro tipos de danças mais
importantes que convencionalmente figuram numa
suíte da era barroca (por exemplo, as de Bach) são a
allemande, a courante, a sarabanda e a gigue.

Originalmente, um conjunto de danças. No século


XVIII, as suítes compreendiam as diversas danças da
época: allmande, sarabande, minuet, bourré, etc. A
famosa "Música Aquática", de Haendel, é um bom
exemplo desse gênero. Nos séculos XIX e XX o termo
ganhou nova acepção, passando a significar a reunião
de pedaços de uma ópera ou balé para ser executado
sem a ação no palco.

Toccata - Peça para ser "tocada" por instrumentos de


teclado, em oposição à um dos sentidos da "sonata" e
da "cantata".

Variações - como o nome diz, são as variações sobre


um tema musical, original ou do próprio compositor. É
uma das mais antigas formas musicais, existindo, em
formas variadas, desde o século XVII.

O rondó
O rondó musical baseia-se na repetição. Em um rondó,
o tema principal reaparece pelo menos três vezes, com
freqüência mais. A cada vez o tema e a sua repetição
estão claramente separados por um episódio
contrastante. Portanto, o plano de um rondó tem a
seguinte configuração:

1. A1 Tema na tônica.
2. B Primeiro episódio, em outro tom.
3. A2 Tema na tônica.
4. Segundo episódio, em outro tom.
5. A3 Tema na tônica, levando freqüentemente para uma coda.

Essas seções são, quando necessário, fluentemente


ligadas por pequenas "passagens" ou "pontes". A
forma rondó,é descrita às vezes como uma forma
ternária ampliada (um sanduíche duplo). Um notável
exemplo da forma rondó é o Presto da sonata n° 13 em
dó# menor, Op. 27 no. 2(Ao Luar), de Beethoven.

A sinfonia
A sinfonia é simplesmente uma adaptação da sonata
para a grande orquestra. Em virtude de suas maiores
possibilidades musicais , sobretudo de cor e clímax, a
escrita sinfônica ocupa um lugar imponente história da
música. É o romance da literatura musical; em seu
âmbito instrumental há lugar para tudo;do mais
delicado lirismo até a expressão da luta heróica. O
esquema comum de uma sinfonia é semelhante ao
esquema da sonata apresentado anteriormente.

O Lied
O Lied está associado, fundamentalmente, ao períolo
romântico alemão e, sobretudo, ao nome de Schubert.
Em sua acepção geral, o lied significa uma canção
baseada num poema, com acompanhamento de piano.
No entanto, a característica mais importante do lied é
que sua parte de piano não constitui um mero suporte
decorativo para a canção, sendo, pelo contrário, uma
pare igual e integrante dela. A milagrosa façanha
artísica do jovem Schubert foi justamente essa: o
significado essencial do texto poético é expresso por
voz e instrumento numa unidade insuperável (Ouça,
por exemplo, de Schubert, A Morte e a Donzela, O Rei
dos Elfos, etc.) A forma do lied pode ser qualquer uma
que melhor se ajuste à expressão musical do texto. Um
ciclo de canções é uma série de lieder relacionados
entre si por um pensamento comum, formando desse
modo uma unidade artística. São exemplos de ciclos:
A Bela Moleira, de Schubert, o Amor de Poeta,
Schumann.

Música programática
Esta expressão não implica uma determinada forma,
sendo uma descrição geral para a música que está sob
a influência de um tema não-musical, digamos, um
quadro ou uma história. Exemplos de música
programática são a Sinfonia Fantástica de Berlioz, E
assim falou Zaratustra de Richard Strauss e a Sinfonia
Fausto de Liszt. O poema sinfônico pertence à
categoria de música de programa. O termo descreve
uma composição orquestral programática que contém
usualmente um movimento numa forma sonata
livremente adaptada.

Fantasia - Peça musical de forma livre e caráter improvisado, onde uma idéia musical
leva a outra sem uma dependência formal clara. A aparição da sonata instrumental acaba
por conceder à fantasia o caráter de peça livre não sujeita uma rígida estrutura.
Frottola - [Ital.]. Canção polifônica italiana de tipo cômico, amoroso ou satírico. Muito
similar à Batalha e precursora do Madrigal mais elaborado. Foi muito popular entre os
séculos XV e XVI.

Lenda - Tipo de composição lírica, de estrutura livre, muito relacionada com a balada e
bastante utilizada no Romantismo e na música nacionalista. Geralmente, tem uma
inspiração comum em contos, milagres ou na vida dos santos.

Meane - Denominação que recebia a parte intermediária das composições polifônicas


inglesas dos séculos XV ao XVII.

Minuetto - {Ital.]. Dança popular francesa (minuê), de compasso ternário e ritmo


moderado, que chegou a ser extraordinariamente popular na Europa do séc. XVII. Assim
formou parte dos movimentos da Suite barroca instrumental. Com a chegada do
classicismo, acrescentou-se ao minuetto um episódio central, bem diferenciado, também de
compasso ternário, chamado trio, passando a formar parte da estrutura da Sonata e da
Sinfonia.

Noturno - Qualquer composição que evoque musicalmente a noite. O termo aplicou-se no


séc. XVIII a algumas serenatas e divertimentos, destinados a ser interpretados ao
anoitecer, mas a partir do séc. XIX, principalmente desde os 18 Noturnos para piano, do
irlandês John Field, o Noturno evoluiu até as composições pianísticas de salão, com uma
conotação lírica e contemplativa. Alcançou seu apogeu com os 21 Noturnos de Chopin, mas
continuou desenvolvendo-se com as contribuições à escola francesa (Faurè, Satie, Poulenc)
e obras de Liszt, Schumann, Grieg, entre outros. O Noturno orquestral tem o seu melhor
expoente em O sonho de uma noite de verão, de Mendelssohn e Nuvens - festas e sereias,
de Debussy.

Prelúdio - [Pre - "antes" + ludico - "jogo", "brincadeira"]. Introdução de uma obra


musical, com o mesmo significado de abertura, ou uma peça musical de forma livre.

Você também pode gostar